1. 1. (ENEM)
O encontro "Vem ser cidadão" reuniu 380 jovens de 13 Estados, em Faxinal do Céu (PR). Eles foram trocar
experiências sobre o chamado protagonismo juvenil. O termo pode até parecer feio, mas essas duas palavras
significam que o jovem não precisa de adulto para encontrar o seu lugar e a sua forma de intervir na
sociedade. Ele pode ser protagonista.
([Adaptado de] "Para quem se revolta e quer agir", Folha de S.Paulo, 16/11/98)
Depoimentos de jovens participantes do encontro: Eu não sinto vergonha de ser brasileiro. Eu sinto muito
orgulho. Mas eu sinto vergonha por existirem muitas pessoas acomodadas. A realidade está nua e crua. (...)
Tem de parar com o comodismo. Não dá para passar e ver uma criança na rua e achar que não é problema
seu. (E.M.O.S., 18 anos, Minas Gerais)
A maior dica é querer fazer. Se você é acomodado, fica esperando cair no colo, não vai acontecer nada.
Existe muita coisa para fazer. Mas primeiro você precisa se interessar. (C.S.Jr., 16 anos, Paraná)
Ser cidadão não é só conhecer os seus direitos. É participar, ser dinâmico na sua escola, no seu bairro. (H.A.,
19 anos, Amazonas)
(Depoimentos extraídos de "Para quem se revolta e quer agir", Folha de S.Paulo, 16/11/98)
Com base na leitura dos quadrinhos e depoimentos, responda às questões propostas.
a) Que surpresa teve o bode Orelana, personagem do cartunista Henfil, com a jovem Graúna, que teria
vivido na década de 1970, período da Ditadura Militar no Brasil.
Escola Estadual Ignácio Paes Leme
MATERIAL AULA DE HISTÓRIA
1º ANO – TURMA: A/E
Professora: Elisângela M. Rodrigues
FOLHA
1
Aluno (a): ____________________________________ Nº.: _____
Observações: Questões abertas devem ser respondidas no caderno.
Data: __/___/16
2. A surpresa se refere ao fato de que mesmo uma geração reprimida na ditadura (geração que nasceu sem
asas) e sem acesso às informações mais críticas pode se rebelar e criar novas ideias e atitudes (a juventude é
uma caixinha de segredos).
b) Em seu ponto de vista, os jovens têm se interessado pela participação ativa na sociedade? Liste
alguns argumentos e fatos para apoiar seu posicionamento.
Argumentação pessoal. Podemos citar jovens que participam de atividades na defesa da proteção dos
animais, de questões ambientais e que lutam para defender o acesso das pessoas a seus direitos.
c) Como você acha que a aprendizagem histórica pode colaborar para a prática da cidadania?
A História auxilia na compreensão do mundo em que vivemos, a partir desse entendimento podemos exercer
melhor nossa cidadania, pois entendemos os nossos direitos como resultado da luta de vários grupos para
alcançar essas conquistas.
2. (PUCSP)
“... o tempo é a minha matéria, o tempo presente, os homens presentes, a vida presente.”
(Carlos Drummond de Andrade, Mãos Dadas, 1940).
a) Se o presente é o tempo do poeta, resta ao historiador somente o tempo passado?
Não. A História não estuda o passado. Ela estuda a vida do homem ao longo do tempo, procurando
estabelecer relações entre o passado e o nosso tempo.
b) Justifique sua resposta, procurando discutir as relações que a História ou o historiador pode
estabelecer entre presente e passado.
Comparando o presente com o passado, analisando permanências e rupturas, continuidades e
descontinuidades, e buscando enriquecer sua experiência cultural e compreender a dinâmica construção das
sociedades humanas.
3. (UFPE) História é a ciência que:
a) estuda os acidentes históricos e geográficos do planeta Terra;
b) se fundamenta unicamente em documentos escritos;
c) estuda os acontecimentos do passado dos homens, utilizando-se dos vestígios que a humanidade
deixou;
d) estuda os acontecimentos presentes para prever o futuro da humanidade;
e) estuda a causalidade dos fenômenos físicos e sociais com base no empirismo.
4. (UnB) No limiar do século XX, às vésperas da Primeira Guerra Mundial, o historiador francês Ernest
Lavisse fornecia as instruções para o ensino da História aos jovens de seu tempo, das quais reproduz-
se o trecho seguinte:
“Ao ensino histórico incumbe o dever glorioso de fazer amar e de fazer compreender a pátria, todos os
nossos heróis do passado, mesmo envoltos em lendas. Se o estudante não leva consigo a viva lembrança
de nossas glórias nacionais, se não sabe que nossos ancestrais combateram por mil campos de batalha
por nobres causas, se não aprendeu o que custou o sangue e o esforço para constituir a unidade da pátria
e retirar, em seguida do caos de nossas instituições envelhecidas, as leis sagradas que nos fizeram livres,
se não se torna um cidadão compenetrado de seus deveres e um soldado que ama sua bandeira, o
professor perdeu seu tempo.”
Com o auxílio das ideias defendidas pelo historiador Lavisse, julgue os itens que se seguem em
verdadeiro ou falso:
(1) (V ) A História é escrita pelos pesquisadores e deve ser ensinada pelos mestres com o compromisso
de quem pesquisa e ensina as grandes questões de seu tempo.
(2) (V ) A visão excessivamente patriótica do autor expõe concepções que, no alvorecer do século XX,
entendiam que o historiador tinha como função glorificar a nação, o Estado e as instituições.
(3) (F ) O "ensino histórico", no contexto do Brasil contemporâneo, deve ser, sobretudo, um instrumento
de combate para fazer que as armas intelectuais estejam a favor da unidade da pátria e do amor de cada
cidadão pela sua bandeira.
(4) (F) A revolução metodológica no ensino da História tornou-a, no fim do século XX, completamente
racional e neutra, sem qualquer possibilidade de interferência da ideologia na teoria.
3. 5. (UnB) Pelo olhar do poeta, também é possível compreender determinados aspectos essenciais para a
conceituação de História. Leia, por exemplo, Carlos Drummond de Andrade:
Aconteceu há mil anos? Continua acontecendo. Nos mais desbotados panos estou me lendo e relendo.
Ou, ainda, do mesmo autor: O tempo é a minha matéria, o tempo presente, os homens presentes, a vida
presente.
Com o auxílio das observações de Drummond, julgue os seguintes itens, referentes ao conceito de
História e ao ofício do historiador.
(1) ( V) Tendo por objeto o estudo do passado, a História parte das contingências da "vida presente" para
inquirir aquilo que passou.
(2) (V ) Especialmente em épocas de crise generalizada, sobressai o papel que se espera do historiador:
lembrar o que os outros esqueceram.
(3) ( F) A reconstrução do passado, exatamente como ele ocorreu, é o que fazem os historiadores,
independentemente de suas convicções ideológicas e pessoais.