1. O CBC de História e a
construção do conhecimento
histórico através de fontes em
sala de aula
Superintendência Regional de Ensino de Caxambu
Programa de Intervenção Pedagógica – PIP
Encontro dos professores de História
3. Como o CBC se organiza?
A organização do CBC, seguindo a noção de
“complexus”(aquilo que é tecido junto), abandona a
visão linear de uma lista de conteúdos e se organiza
em forma de uma rede (hipertexto), possibilitando a
construção de diferentes caminhos a partir da sua
estruturação.
4. O que significa um hipertexto?
É um texto que bifurca, que permite que seja o leitor a
eleger o melhor caminho de leitura. Trata-se de uma
série de blocos de textos conectados entre si e que
formam diferentes itinerários para o leitor. Com isso faz
com que os blocos se distanciem da linearidade da
página e se pareçam mais com uma rede.
5. Como se dá essa rede?
1º: Pelo recorte de EIXOS TEMÁTICOS
Esses eixos expressam recortes da visão sistêmica
e têm sido elaborados de modos bastante
diferenciados. Normalmente não passam de três
ou quatro, pois é em torno deles que giram os
saberes.
6. HISTÓRIA
Proposta de Conteúdo Básico Comum
Ensino Fundamental
Eixo Temático I: Histórias de vida, diversidade populacional
e migrações
Eixo Temático II: Construção do Brasil: Território, Estado e
nação
Eixo Temático III: Nação, trabalho e cidadania no Brasil
7. 2º: Pela seleção de temas e subtemas
Representam aspectos mais abstratos em que um eixo
pode ser dividido. São em número reduzido.
De acordo com os PCN, um tema estruturador é “Um
conjunto de temas que possibilitam o desenvolvimento
das competências almejadas com relevância científica
e cultural e com uma articulação lógica das ideias e
conteúdos.”
8. Exemplo de História EF
Eixo temático III – Nação, Trabalho e Cidadania no
Brasil
Tema 1: A Era Vargas (1930-1945): fortalecimento do Poder
Central, a Nação Brasileira “re-significada” e a Cidadania
Subtema 1 – A Revolução de 1930, Estado e
Industrialização: os avanços e recuos da cidadania, extensão
dos direitos sociais X cerceamento dos direitos políticos e
civis
9. 3º: Dos temas decorrem os tópicos
TÓPICO – compreende e ou representa a menor
unidade de conteúdo a ser trabalhado em sala de
aula.
10. Como os tópicos são selecionados?
O critério principal é a relevância do tópico dentro da
estrutura lógica da disciplina. O segundo e não menos
importante é o critério da sua aplicação no cotidiano.
Pergunta básica: o tópico envolve um conceito que é
fundamental para a compreensão de outros conceitos
que sustentam a rede de conhecimento da disciplina?
11. Exemplo de História
Eixo temático III – Nação, Trabalho e Cidadania no Brasil
Tema 1: A Era Vargas (1930-1945): fortalecimento do Poder
Central, a Nação Brasileira “re-significada” e a Cidadania
Subtema 1 – A Revolução de 1930, Estado e Industrialização:
os avanços e recuos da cidadania, extensão dos direitos sociais
X cerceamento dos direitos políticos e civis
Tópico: 18. A Era Vargas: autoritarismo, Estado e nação
12. 4º: Pelo delineamento das habilidades
Na visão contemporânea da seleção de conteúdo
cultural, as habilidades constituem o foco do
trabalho do professor, portanto, seu conteúdo de
ensino.
13. Como compreender as habilidades?
Habilidades são conjuntos de possibilidades
concretas e de repertórios em ação que expressam
nossas conquistas específicas em relação a
determinado conhecimento.
Habilidade, portanto, refere-se ao plano imediato
do saber fazer (operações mentais).
14. 18.1. Relacionar o autoritarismo do governo Vargas com a
ascensão do nazi-fascismo.
18.2. Identificar as ambigüidades da política econômica
nacionalista do governo Vargas.
18.3. Relacionar a II Segunda Guerra Mundial e a
industrialização no Brasil.
18.4. Analisar e compreender os avanços e recuos da cidadania
nesse período: extensão dos direitos sociais (direitos
trabalhistas, ampliação do direito de voto) X cerceamento dos
direitos políticos e civis (autoritarismo).
18.5. Analisar e compreender o processo de constituição de
uma nova identidade nacional ligada à industrialização e à
centralização do poder.
18.6. Analisar o papel da propaganda oficial para difusão do
novo ideário nacional, utilizando os meios de comunicação
(rádio) e as expressões artísticas (música, literatura, cinema).
19. PROJETO EM REDE
O “segredo” está nas relações, nos infinitos caminhos
que permitem ligar os conhecimentos uns aos outros
Há que se ter um “ponto de partida”
Os alunos têm que ser autores
É fundamental a intencionalidade do trabalho docente.
20. ALGUMAS CONSIDERAÇÕES
Compreender é apreender o significado
Aprender o significado de um objeto ou de um
acontecimento é vê-lo em suas relações com outros
objetos ou acontecimentos
Os significados constituem , pois, feixes de relações
As relações articulam-se em redes
Conhecer é enredar (individual e coletivamente)
Na rede não há hierarquia ou privilégios
Rede não é cadeia
25. Como devem acontecer o ensino e a
aprendizagem de História?
Com teoria e metodologia apropriadas!
26. A Alfabetização Histórica.
O CBC de História pauta-se sobre cinco diretrizes
fundamentais:
- Sintonia com as renovações historiográficas.
-Desenvolvimento do Raciocínio Histórico.
-Desenvolvimento da Perspectiva Temporal.
-História-Problema
- Projetos Interdisciplinares.
27. A Alfabetização Histórica.
A alfabetização histórica se constitui na utilização de
documentos no ensino-aprendizagem de História.
Leva-se ainda em consideração a problematização como
ponto focal da disciplina e não a exposição de conteúdo.
28. Acredita-se que o aluno, ao refletir e se posicionar diante de um
documento, exercita habilidades necessárias para “se posicionar
diante dos materiais que geralmente passam despercebidos no
dia-a-dia, como fotografias, peças publicitárias, recortes de
jornais, histórias em quadrinhos, caricaturas”, etc., uma vez que
os pressupostos da leitura e interpretação de documentos são
basicamente os mesmos necessários ao entendimento dos
conteúdos e linguagens do mundo atual.
29. Alfabetizar historicamente é, ressalta-se, desenvolver o domínio
de habilidades que proporcionem “condições para se ler os
documentos do mundo” e “ousar ler o mundo como um grande
documento sobre o qual cumpre atuar” (CERRI, 2004, p. 68).
30. Referências
CERRI, Luis Fernando. Direto à fonte. Nossa história, maio 2004.
_____________. A Cabeça bem feita: repensar a reforma, reformar o pensamento.
Tradução de Eloá Jacobina. 5ª Ed. – RJ. – Bertrand Brasil, 2001.
SEFFNER, Fernando. Teoria, metodologia de ensino de História. Em: GUAZELLI,
Cezar A. B. (org.). Questões de teoria e metodologia da História. Porto Alegre: Ed.
Universidade/UFRES, 2000.
MORIN, Edgar. Introdução ao Pensamento Complexo. 3. ed. Lisboa: Instituto Piaget,
2001. 177p.
ARAÚJO, Ulisses F. Temas transversais e a estratégia de projetos. São Paulo:
Moderna, 2003 – Coleção Cotidiano Escolar.
36. Grupo 1
1.3. Conceituar cultura, mestiçagem e hibridismo.
Histórias de Vida, Diversidade Populacional e
Migrações
1.2. Identificar a diversidade populacional presente em
sala de aula, na escola e na localidade do aluno, em
termos sociais, étnico culturais e de procedência regional;
analisar e interpretar fontes que evidenciem essa
diversidade.
1. População mineira e brasileira: várias
origens, várias histórias
40. Grupo 2
Histórias de Vida, Diversidade Populacional e
Migrações
2. Primeiros povoadores: os ameríndios e suas
origens
2.1. Caracterizar e diferenciar os povoadores de origem
asiática (mongolóides) e de origem
africana (negróides) e confrontar interpretações distintas
sobre sua identidade.
2.2. Problematizar a distinção entre história e pré história.
2.3. Caracterizar e analisar a origem, evolução e diversidade
da espécie humana.
41. Grupo 3
Oscar Pereira da Silva. Desembarque de Pedro Álvares Cabral em Porto
Seguro em 1500, 1902.
43. Grupo 3
Subtema 2 - Transformações econômicas,
diversidade populacional e colonização portuguesa
no Brasil
7. Expansão econômica européia e descobrimentos
marítimos nos séculos XV e XVI
7.1. Analisar o processo da expansão econômica e marítima
européia nos séculos XV e XVI.
44. Grupo 3
8. O “sistema colonial” e a realidade efetiva da
colonização: política metropolitana versus diversificação
econômica e interesses locais
Subtema 2 - Transformações econômicas,
diversidade populacional e colonização portuguesa
no Brasil
8.2. Analisar as contradições inerentes ao funcionamento do
“sistema colonial” como projeto metropolitano que foi
constantemente frustrado pelas especificidades e diversidade da
América Portuguesa.
48. Grupo 4
Construção do Brasil: Território, Estado e Nação
15. Mudanças sócioeconômicas, crise política e fim da
monarquia
15.3. Analisar as tensões no interior do Estado: a Coroa em
conflito com os militares e a igreja.
VI. O Imperador e a Constituição de 1824: fundamentos
jurídicos e políticos da monarquia
• Compreender e analisar o processo de implantação da
monarquia no Brasil e sua singularidade.
49. Grupo 4
14. Bases do estado monárquico e limites da cidadania:
patrimonialismo, escravidão e grande propriedade
14.1. Analisar e compreender as bases socioeconômicas
da monarquia brasileira, identificando continuidades e
mudanças em relação à era colonial e à época atual.
12. Inconfidências e Brasil Joanino: movimentos de
contestação e reorganização da relação metrópole/colônia
12.3. Identificar as decorrências da instalação da corte no
Rio de Janeiro: centralização administrativa na Colônia,
constituição de grupos de interesse no Sudeste brasileiro em
torno da monarquia (a chamada “interiorização da
metrópole”).
50. Grupo 5
Nação, Trabalho e Cidadania no Brasil
18. A Era Vargas: autoritarismo, estado e nação
Subtema 1 – A Revolução de 1930, Estado e
Industrialização: os avanços e recuos da cidadania, extensão
dos direitos sociais X cerceamento dos direitos políticos e
civis
18.2. Identificar as ambigüidades da política econômica
nacionalista do governo Vargas.
18.5. Analisar e compreender o processo de constituição
de uma nova identidade nacional
ligada à industrialização e à centralização do poder.
51. Grupo 5
18.6. Analisar o papel da propaganda oficial para difusão
do novo ideário nacional, utilizando os meios de
comunicação (rádio) e as expressões artísticas (música,
literatura, cinema).
Nação, Trabalho e Cidadania no Brasil
18. A Era Vargas: autoritarismo, estado e nação
Subtema 1 – A Revolução de 1930, Estado e
Industrialização: os avanços e recuos da cidadania, extensão
dos direitos sociais X cerceamento dos direitos políticos e
civis
52. Grupo 5
XII. O rádio, o cinema, o carnaval e o futebol: a cultura de
massas no Brasil
Nação, Trabalho e Cidadania no Brasil
Subtema 1 – A Revolução de 1930, Estado e
Industrialização: os avanços e recuos da cidadania, extensão
dos direitos sociais X cerceamento dos direitos políticos e
civis
• Compreender a constituição e difusão de uma cultura
popular e, ao mesmo tempo, de uma
cultura de massas, no Brasil da Era Vargas.
• Conceituar cultura de massas e cultura popular.
53. Grupo 6
Nação, Trabalho e Cidadania no Brasil
Subtema 1 – A Revolução de 1930, Estado e
Industrialização: os avanços e recuos da cidadania, extensão
dos direitos sociais X cerceamento dos direitos políticos e
civis
XII. O rádio, o cinema, o carnaval e o futebol: a cultura de
massas no Brasil
• Compreender a constituição e difusão de uma cultura
popular e, ao mesmo tempo, de uma
cultura de massas, no Brasil da Era Vargas.
• Conceituar cultura de massas e cultura popular.
54. Grupo 6
Nação, Trabalho e Cidadania no Brasil
18. A Era Vargas: autoritarismo, estado e nação
Subtema 1 – A Revolução de 1930, Estado e
Industrialização: os avanços e recuos da cidadania, extensão
dos direitos sociais X cerceamento dos direitos políticos e
civis
18.6. Analisar o papel da propaganda oficial para difusão
do novo ideário nacional, utilizando os meios de
comunicação (rádio) e as expressões artísticas (música,
literatura, cinema).
55. Grupo 6
Tema 2: A República Democrático-Populista (1945-1964):
Avanços e Recuos da Cidadania,
Guerra Fria e Internacionalização Econômica
Subtema 1 – A Guerra Fria, a internacionalização da
economia e a industrialização do Brasil
20. Avanços do capital estrangeiro e crise do populismo
20.2. Conceituar populismo.
20.1. Analisar a influência do capital estrangeiro na
industrialização do Brasil e os embates
internos entre “entreguistas” e “nacionalistas”.