A dependência tecnológica encontra-se como pesquisas futuras inserida no Manual Diagnostico e Estatísticos de Doenças Mentais (DSM). Grandes são os prejuízos provocados pelo excesso do uso. Neste sentido, os sintomas mais frequentes são: Estresse, Ansiedade, Insônia, falta de concentração entre outros problemas de ordem psicológicas.
O Tratamento mais comum tem decorrido da abordagem Cognitivo Comportamental (TCC), que trabalha na modificação cognitiva e comportamental. Por traz do tempo de utilização e interação virtual, é comum observar sentimento de vazio e isolamento social. Pessoas que sofrem de Transtorno de ansiedade Social (TAS) são encontrados como usuários em potencial.
Quando a psicoterapia está em funcionalidade com o usuário dependente, pensa-se nas estratégias de planejamento de recaídas.
O faz uma pessoa passar tanto tempo em conexão?
Os usuários investem grande parte do seu tempo em: Aplicativos de Jogos eletrônicos, Sites de Namoros e relacionamentos, Redes Sociais entre outros.
Como prejuízos podemos observar: deficiência na rotina de trabalho, deficiência na produção escolar nos relacionamentos físicos.
Como tratar?
Como tratamento, acredita-se na possibilidade de ofertar entre 10 à 14 sessões de terapia, visando trabalhar as modificações de pensamentos, crenças disfuncionais e estabelecer formas de modificação de comportamentos.
Caso queira maiores informações entrar em contato no Link: https://www.dirceunascimentopsi.net.br/ e/ou contato (81) 995551773
2. Objetivos
Refletir criticamente o fenômeno “Dependência
Tecnológica” e os Impactos na saúde mental, observando
o contexto evolutivo das tecnologias e as mudanças
socioculturais, aos alunos da disciplina: pesquisa do
comportamento humano da Faculdade de Ciências
Humanas de Olinda.
3. Etapas da Aula
1º Momento – Aula Expositiva;
2º Momento – Discussão do tema,
3º Momento – Considerações finais e conclusão.
Obs: Fazer a lista de perguntas no chat.
4. Zygmunt Bauman
Na era da informação, a invisibilidade é equivalente à
morte.
Hoje, o medo da exposição foi abafado pela alegria de ser
notado.
A internet e o Facebook nos tranquilizam e nos dão a
sensação de proteção e abrigo, afastando o medo
inconsciente de sermos abandonados. Na verdade, muitas
vezes você está cercado de pessoas tão solitárias quanto
você.
5. Conceito de Dependência de Internet
A adição de dependência não química tem sido
considerada como doença primária do cérebro, em vez de
lidar com os obstáculos da vida, administrar o estresse do
cotidiano e/ou enfrentar traumas passados ou presentes, o
dependente tecnológico responde de forma desadaptativa
[...] tipicamente, a dependência apresenta características
psicológicas e físicas.
_________________
SICAD: Serviço de Intervenção nos Comportamentos Aditivos e nas Dependências. PLANO NACIONAL PARA A
REDUÇÃO DOS COMPORTAMENTOS ADITIVOS E DAS DEPENDÊNCIAS 2013-2020. Lisboa, 2013. Disponível
em:< http://www.sicad.pt. Acesso em: 04/10/2020>.
6. Conceito de Dependência de Internet
Comportamento aditivo ou desenvolvimento de adição: são
comportamentos com características impulsivas/compulsivas
em relação a diferentes atividades ou condutas ( ex. jogos
Eletrônicos, internet, corrida de cavalos, cassinos etc.. A
dependência tecnológica tem sido comparada ao consumo de
substâncias psicoativas); envolvendo um potencial de prazer
e ausência de saciedade. A continuidade e persistência deste
tipo de comportamento, pode evoluir para um processo de
dependência.
______________________
SICAD: Serviço de Intervenção nos Comportamentos Aditivos e nas Dependências. PLANO NACIONAL PARA A REDUÇÃO
DOS COMPORTAMENTOS ADITIVOS E DAS DEPENDÊNCIAS 2013-2020. Lisboa, 2013. Disponível em:< http://www.sicad.pt.
Acesso em: 04/10/2020>.
8. Contexto Histórico
A origem da internet teve início
em meados de agosto de 1962.
Os cientistas previu que poderia
ser construída uma rede de
computadores interconectados
globalmente, pelos quais seria
possível a comunicação, acesso
de dados e programas de
qualquer ponto dessa rede
global.
ENIAC – Criado em 1945 por John Eckert e
John Mauchly, da Electronic Control
Company.
MORENO, João Brunelli. A história do ENIAC, o primeiro computador do mundo. Tecnoblog, Disponível em: <
https://tecnoblog.net/56910/eniac-primeiro-computador-do-mundo-completa-65-anos. Acesso em: 04/10/2020>.
9. FICHA TECNICA ENIAC
• Criado em 1946;
• Electrical Numerical Integrator and Calculator;
• Computador multipropósito;
• 30 toneladas;
• 5,50 m de altura;
• 25 m de comprimento;
• Ocupava 180 m² de área construída;
• 70 mil resistores;
• 17.468 válvulas a vácuo,
• Ocupava uma sala de no primeiro andar da Moore School, oeste da
Filadélfia.
10. Batman 1966
Disponível em: https://www.omelete.com.br/batman/batman-18-coisas-que-voce-nao-sabia-sobre-a-serie-de-66 Acesso em:
04/102020.
11. Contexto Histórico
A partir dos anos 70, os
computadores, que antes eram
máquinas de uso restrito às
indústrias públicas e privadas e às
universidades, foram fazendo parte
da casa das pessoas. O marco, do
que temos até hoje como
desenvolvimento tecnológico, é
oriundo deca de 90, com a criação
da Microsoft e seus processadores,
modificando definitivamente a vida
das pessoas..
______________________________
PC 500
GOMES, Geovane Ferreira. SOUSA, Cidoval Morais. HAYASHI, Maria cristina Piumbato. Tecnologia e sociedade: Alvaro
vieira Pinto e a filosofia do Desenvolvimento Social. INTERAÇÕES, Campo Grande, MS, v. 18, n. 2, p. 129-144, abr./jun.
2017.
13. Os instrumentos de comunicação
Escrita 3000 a.C Áudio 1896, Áudio visual 1923
Telefonia 1870 Mensagem eletrônica 1990 celular 5g
14. Inteligência Artificial
O Assistente Cortana é um assistente virtual inteligente
do sistema operacional Windows 10 disponível em base
opt-in. voz no/na assistente pessoal.
Disponível em: https://www.microsoft.com/pt-br. Acesso em: 04/10/2020.
15. Softweres (IA)
Microsoft, com a “CORTANA”, a Apple com a “SIRI”, a IBM
com o WATSON e a Amazon com a “ALEXA”, que funcionam
como assistentes pessoais estabelecendo um relacionamento
entre maquina e o homem. (OLIVEIRA et. al. 2018).
______________________________________
OLIVEIRA, Alana Lucia S. MATOS, Leonardo N. DELABRIDA. Zenith N. C. DA SILVA, Gilton J.F. MACÊDO, Hendrick T.
PRADO. Bruno O. P. Chatbot para Terapia Cognitivo Comportamental focada em Ruminação (RFCBT) em jovens
universitários: Uma Revisão Sistemática. Universidade Federal de Sergipe. São Cristóvão . Sergipe, 2018
16. PRINCIPAIS CARACTERISTICAS DE DESENVOLVIMENTO
TECNOLÓGICOS
Curiosidade;
Suprimento de necessidades;
Promoção na qualidade de vida;
Aproximação das pessoas;
Redução do custo,
Conexão em tempo real.
17. Refletindo sobre gerações
GERAÇÕES: São pessoas que nascem e vivem em
um mesmo período de tempo: assim pode ser definida
uma geração. O conceito reúne um grupo que foi, ou
ainda é, impactado(a) pelo mesmo contexto social e
econômico.
_________________________________
Disponível em: https://www.impacta.edu.br/blog/geracao-y-x-e-z-como-se-relacionam-com-o-trabalho-e-a-tecnologia.
Acesso em: 04/10/2020.
18. Impactos Sociais
Cibercultura é, a forma
sociocultural que emerge da
relação simbiótica entre
sociedade, cultura e as novas
tecnologias.
__________________________
Disponível em: https://www.impacta.edu.br/blog/geracao-y-x-e-z-como-se-relacionam-com-o-trabalho-e-a-tecnologia.
Acesso em: 04/10/2020.
19. Tradicionalista : feudalismo, os senhores de engenho,
Século XVIII e XIX.
Baby Boomer : pessoas que nasceram entre 1946 e 1964
pós segunda guerra mundial. Século XX ... Os jovens sempre
foram atores principais de diversos movimentos de
transformação social. Tenham sido utópicas ou radicais, essas
atividades permitiram que esse contingente protagonizasse
mudanças nas estruturas políticas, sociais e midiáticas de e
em diversos continentes.
Geração X : foi a primeira a entender a grande importância
do equilíbrio entre vida profissional e pessoal nascidos entre
1965 a 1981. Pessoas muito independentes:
acredita na recompensa por mérito;
apresenta forte respeito pelas hierarquias;
enfrenta desafios com bastante coragem.
20. Geração Y: são aqueles que nasceram entre os
anos 80 e o começo dos anos 90, e são parte de um
grupo que foi fortemente impactado por avançados
tecnológicos mais ainda que seus antecessores.
capacidade de exercer várias funções ao mesmo
tempo;
ambição e desejo de rápido crescimento
profissional;
busca por reconhecimento financeiro;
facilidade para assimilar novas tarefas.
21. Geração Z: nascidos entre os meados de 1990 e os
anos 2010, a geração Z foi a primeira a ser
classificada como nativa digital. Ou seja, tiveram
contato com as novas tecnologias desde os primeiros
dias de vida.
Acredita na flexibilização das relações profissionais;
Busca um trabalho plural;
Entende a Internet como parte da carreira.
22. O Brasil já conta com 22 milhões dos chamados nativos
digitais, nascidos e criados a partir da década 1980, na era
dos games e da internet.
__________________________
KIEFER, Sandra. Exagero de tecnologia deixa crianças e adolescentes desconectados do mundo real. Site
Estado de Minas Gerais. Disponível em: < https://www.em.com.br. Acesso em: 04/10/2020.
23. A visão comportamental
A dependência pelo uso excessivo da Internet
caracteriza-se como uma inabilidade que o sujeito
possui para reprimir e controlar impulsos pela
conectividade, provocando desconforto, ansiedade,
baixa concentração e o sentimento de
culpa(Azevedo et al 2016)
24.
25. Mecanismos psicológicos da dependência
Proximidade: quanto mais perto maior o impacto na nossa
mente.
Stopping cue: a dica para parar (ex Jornais e etc...), nosso
cérebro é feito de perceber dicas de certas ações e nós
fazem mudar nossas ações.
Recompensas Inesperadas: “Efeito Cassino” por conta do
conceito de ação e recompensa. Fissura por efeito de
dopamina, que promove felicidade.
Metas quantificadas: números de seguidores, Likes e
inscrição nos canais.
26. Circuito Neural
A DOPAMINA, a molécula do prazer, pois ela está diretamente
relacionada com o nosso circuito de recompensa. A
dependência do smartphone é como um vicio qualquer,
apresentando, portanto, potencial aditivo e tendo como
pressuposto a exclusividade, a tolerância e a abstinência, tendo
igualmente a participação da dopamina em seus processos
bioquímicos.
A SEROTONINA, é um hormônio que atua regulando o humor,
sono, apetite, ritmo cardíaco, temperatura corporal,
sensibilidade e funções intelectuais e por isso, quando este
hormônio se encontra numa baixa concentração, pode causar
mau humor, dificuldade para dormir, ansiedade ou mesmo
depressão.
27. Como Identifico a dependência?
1. Fica constantemente controlando seus E-mails.
2. Não sai das redes sociais e deixa até de se alimentar para
permanecer no chat e/ou outras atividades na internet.
3. Não consegue ficar sem o celular, mesmo em ambientes
inapropriados.
4. Tem tendência a supervalorizar relacionamentos superficiais
nas redes sociais em detrimento dos relacionamentos reais.
28. Os prejuízos da Dependência
Danos no convívio familiar;
Ansiedade;
Falta de concentração;
Insônia;
Sedentarismo;
Deformação corporal;
TDAH;
Transtorno Obsessivo Compulsivo,
Comprometimento na visão.
29. O ciclo dependente
CD
Transtorno do
Eixo I e II
( TAG, TOC,
TPAS,
Depressão)
FISSURA
(checagem)
PREOCUPAÇÃO
(obsessão)
Baixo
desempenho
(Sem saciedade)
Recaída
(Conectado)
30. Ausência de saciedade e interrupções
Fonte Disponível em: http://prelocomunicacao.com.br. Acesso em: 04/10/2020
31. Psicoterapias
O tratamento da dependência Tecnológica utilizando a
(TCC), observará: evento, avaliação cognitiva, emoção e o
comportamento. com o compromisso de envolver os
seguintes aspectos: estratégia de aprendizagem, de
gestão de tempo, reconhecimento dos potenciais
benefícios e malefícios da utilização da internet;
identificação de “gatilhos” que levam ao uso compulsivo da
internet, tais como aquilo que a própria internet oferece,
estados emocionais, cognição disfuncional e eventos da
vida.
_________________
PROCCA, Caroline. Dependência de Internet, definição e tratamento: revisão sistemática da
Literatura. Universidade Federal do Rio Grande do Sul. Porto alegre, 2012.
32. Psicoterapia
Psicoeducação;
Identificação dos pensamentos automáticos;
Identificação das crenças: Centrais e Intermediárias;
Questionamentos Socráticos;
Criando lista de Ações;
Estabelecer metas seguindo uma escala de Pequenas
ações até chegar em ações mais difíceis:
_______________________________________
ABREU, Cristiano Nabuco; KARAM, Rafael Gomes; GÓES, Dora Sampaio, SPRITZER, Daniel Tornaim. DEPENDÊNCIA
DE INTERNET E DE JOGOS ELETRÔNICOS: uma revisão. Universidade de São Paulo. São Paulo, 2008. Disponível em:
http://www.scielo.br. Acesso em: 13/06/2019.
33. A internet cria um espaço intermediário entre a realidade
(do outro lado do computador existe uma pessoa real) e a
imaginação (pessoa que eu crio e idealizo conforme meus
desejos
Na internet acontece uma ausência de adiamento de
gratificações, o que a torna uma experiência quase mágica
de ter um pensamento, um desejo, uma curiosidade e
simplesmente dar um clique e ver aquilo transformado em
realidade.
______________________________
KALLAS, Marília Brandão Lemos de Morais. O sujeito Contemporâneo, o Mundo Virtual e a Psicanálise. Clínica
Psicanalítica Contemporânea. Reverso • Belo Horizonte • ano 38 • n. 71 • p. 55 – 64 • jun. 2016.
Percepção da Psicanálise
34. Reflexão
Você pode usar a tecnologia.
Ela tem de estar ao seu
serviço e não ao contrário,
ela não pode te deixar
dependente e aprisionado.
Cristiano Nabuco
35. Bibliografia Complementar
Barros, B. M. C., & Roldão, M. L. (2017). A sociedade em rede e as
doenças emergentes: uma proposta baseada na utilização excessiva das
tecnologias digitais. Revista Sociais e Humanas. 30(1), 21-38.
Yong, K. S., & Abreu, C. N. (2011). Dependência de internet: manual e
guia de avaliação e tratamento. Porto alegre: Artmed.
Kohn, K. & Moraes, C. H. (2007). O impacto das novas tecnologias na
sociedade:conceitos e características da Sociedade da Informação e da
Sociedade Digital. 2007. Congresso Brasileiro de Ciências da
Comunicação, Intercom – Sociedade Brasileira de Estudos
Interdisciplinares da Comunicação, 30 (pp. -). Santos, SP.
Abreu, C. N., Goes, D. S., Vieira, A. & Chwartzmann, F. Dependência de
Internet. In: C.N. Abreu, H. Tavares; Cordás, T. A. Manual clínico dos
transtornos do controle dos impulsos. Porto Alegre: Artmed, 2008. p.
137-153.