SlideShare uma empresa Scribd logo
1 de 14
Baixar para ler offline
ANÁLISE COMPLETA DE UMA FUNÇÃO
(ALGEBRICAMENTE)
Estudo completo da função:
1. Domı́nio e imagem
2. Pontos de interseção com os eixos coordenados
3. Intervalos onde a função tem sinal positivo e negativo
4. Simetrias (paridade e periodicidade)
5. Limitação e extremos
6. Intervalos de monotonia
7. Intervalos em que a função é contı́nua (pontos de descontinuidade, in-
dicando o seu tipo)
8. Comportamento da função nos extremos do eixo x
9. Assı́ntotas verticais e horizontais
10. Esboço do gráfico.
1. f(x) = x3
− 3x + 2
O domı́nio é o maior conjunto de números para o qual a função faz sentido.
Como não há nenhuma restrição para qualquer número real ser aplicado na
expressão da função, dom(f) = R.
Os valores da função variam sem sofrer pulos e não se observa tendência a
infinito em nenhum ponto do domı́nio, então podemos concluir que a função é
contı́nua em todo o conjunto R e não possui assı́ntotas verticais. Justificativa
completa e formal será dada apenas na disciplina de Cálculo I.
1
Determinação das raı́zes de f(x) por tentativa e erro:
f(−1) = (−1)3
− 3(−1) + 2 = 4
f(1) = 13
− 3.1 + 2 = 0
Dividindo o polinômio por x − 1:
x3
− 3x + 2 ÷ x − 1
−x3
+ x2
x2
0 + x2
− 3x
−x2
+ x x
0 − 2x + 2
2x − 2 −2
0
(x3
− 3x + 2) ÷ (x − 1) = x2
+ x − 2
∆ = 9 x0
= 1 x00
= −2
f(0) = 03
− 3.0 + 2 = 2
Logo, os pontos de interseção da curva do gráfico da função com os eixos
coordenados são (−2, 0), (1, 0) e (0, 2).
Determinação dos intervalos positivos e negativos:
Sabemos que f(x) = (x − 1)2
(x + 2), então:
• Intervalo (−∞, −2)
(x − 1)2
> 0 e x + 2 < 0, portanto f(x) < 0.
• Intervalo (−2, 1)
(x − 1)2
> 0 e x + 2 > 0, portanto f(x) > 0.
• Intervalo (1, +∞)
(x − 1)2
> 0 e x + 2 > 0, portanto f(x) > 0.
2
Consideremos
f(x2) − f(x1) = x3
2 − 3x2 + 2 − (x3
1 − 3x1 + 2) = x3
2 − x3
1 − 3x2 + 3x1 =
(x2 − x1)(x2
2 + x2x1 + x2
1) − 3(x2 − x1) = (x2 − x1)(x2
2 + x2x1 + x2
1 − 3)
• Intervalo (−∞, −2), x1 < x2 < −2
x2 −x1 > 0, x2
2 > 4, x2
1 > 4 e x2x1 > 4. Isso implica x2
2 +x2x1 +x2
1 −3 >
0. Portanto, f(x2) − f(x1) > 0 e o intervalo é de crescimento strito.
• Intervalo (−2, −1), −2 < x1 < x2 < −1
x2 −x1 > 0 e como x2
2 > 1, x2
1 > 1 e x2x1 > 1, então x2
2 +x2x1 +x2
1 −3 >
0. Portanto, f(x2) − f(x1) > 0 e o intervalo é de crescimento estrito.
• Intervalo (−1, 0), −1 < x1 < x2 < 0
x2 − x1 > 0 e como 0 < x2
2 < 1, 0 < x2
1 < 1 e 0 < x2x1 < 1, então
x2
2 + x2x1 + x2
1 − 3 < 0. Portanto, f(x2) − f(x1) < 0 e o intervalo é de
decrescimento estrito.
• Intervalo (0, 1), 0 < x1 < x2 < 1
x2 − x1 > 0 e como 0 < x2
2 < 1, 0 < x2
1 < 1 e 0 < x2x1 < 1, então
x2
2 + x2x1 + x2
1 − 3 < 0. Portanto, f(x2) − f(x1) < 0 e o intervalo é de
decrescimento estrito.
• Intervalo (1, +∞), 1 < x1 < x2
x2 −x1 > 0 e como x2
2 > 1, x2
1 > 1 e x2x1 > 1, então x2
2 +x2x1 +x2
1 −3 >
0. Portanto, f(x2) − f(x1) > 0 e o intervalo é de crescimento estrito.
f(−x) = (−x)3
− 3(−x) + 2 = −x3
+ 3x + 2 que não é igual a f(x) nem
a −f(x). Assim, a função não é par nem ı́mpar.
Como a função é crescente em todo o intervalo (1, +∞) então ela não
pode ser periódica.
Análise do comportamento da função nos extremos do eixo x:
lim
x→+∞
(x3
− 3x + 2) ≈ lim
x→+∞
x3
= +∞
lim
x→−∞
(x3
− 3x + 2) ≈ lim
x→−∞
x3
= −∞
A função não apresenta assı́ntotas horizontais.
3
Como já provamos, a função é crescente no intervalo (1, +∞), f(1) = 0
com limx→+∞ f(x) = +∞. Ela também é crescente no intervalo (−∞, −2),
f(−2) = 0 com limx→−∞ f(x) = −∞. Levando ainda em conta a conti-
nuidade da função no seu domı́nio, podemos argumentar que a imagem da
função é R.
Como img(f) = R a função é ilimitada.
4
2. Seja
f(x) =
x2
x2 + 1
Determinação do domı́nio:
x2
+ 1 6= 0 ⇒ x2
6= −1
Assim, dom(f) = R
Determinação da imagem:
y =
x2
x2 + 1
x2
= y(x2
+ 1)
Isso significa que y = 1 deve ser descartado da imagem, pois x2
= x2
+ 1
ou 0 = 1 é um absurdo. Então,
x2
= yx2
+ y
x2
− yx2
= y
x2
(1 − y) = y
x2
=
y
1 − y
Observemos que y = 1 já foi retirado da imagem, assim a expressão no
denominador da fração nunca é nula. Sabemos que x2
≥ 0, assim x2
=
y/(1 − y) significa que y/(1 − y) ≥ 0 e
y ≥ 0 e 1 − y > 0 ou y ≤ 0 e 1 − y < 0
y ≥ 0 e y < 1 ou y ≤ 0 e y > 1
0 ≤ y < 1
img(f) = [0, 1)
Interceptação da curva do gráfico da função com os eixos coordenados:
f(0) =
02
02 + 1
= 0
f(x) = 0 ⇒
x2
x2 + 1
= 0 ⇒ x2
= 0 ⇒ x = 0
Intercepta os eixos apenas em (0, 0).
5
Analisando o sinal da função:
Considerando x ∈ R − {0}, x2
> 0 e x2
+ 1 > 0, então x2
x2+1
> 0. Logo, a
função é positiva em (−∞, 0) ∪ (0, +∞).
Investigando simetrias:
f(−x) =
(−x)2
(−x)2 + 1
=
x2
x2 + 1
= f(x)
A função é par e o gráfico da função é simétrico em relação ao eixo y.
Investigando a periodicidade:
f(x) = f(x + t)
x2
x2 + 1
=
(x + t)2
(x + t)2 + 1
x2
((x + t)2
+ 1) = (x2
+ 1)(x + t)2
x2
(x + t)2
+ x2
= x2
(x + t)2
+ (x + t)2
x2
= (x + t)2
x2
= x2
+ 2xt + t2
t2
+ 2xt = 0
t(t + 2x) = 0
t = 0 ou t = −2x
Logo, a função não é periódica.
A partir de img(f) = [0, 1) concluimos que f(x) não é limitada superior-
mente, pois sempre existe um x2 que é maior que um dado x1 ∈ [0, 1). Basta
fazer x2 = 1+x1
2
. O valor mı́nimo da função ocorre em f(0) = 0. Portanto a
função é limitada inferiormente.
6
Consideremos
f(x2) − f(x1) =
x2
2
x2
2 + 1
−
x2
1
x2
1 + 1
=
x2
2(x2
1 + 1) − x2
1(x2
2 + 1)
(x2
2 + 1)(x2
1 + 1)
=
x2
2 − x2
1
(x2
2 + 1)(x2
1 + 1)
=
(x2 + x1)(x2 − x1)
(x2
2 + 1)(x2
1 + 1)
Sabemos que x2
2 + 1 > 0 e x2
1 + 1 > 0.
• Intervalo (−∞, 0), x1 < x2 < 0. Neste intervalo, x2 −x1 > 0 e x2 +x1 <
0. Assim f(x2) − f(x1) < 0 e o intervalo é de decrescimento estrito.
• Intervalo (0, +∞), 0 < x1 < x2. Neste intervalo, x2 −x1 > 0 e x2 +x1 >
0. Assim f(x2) − f(x1) > 0 e o intervalo é de crescimento estrito.
A função está definida em todo o conjunto R e não há evidências que
possua saltos, então f é contı́nua em todo o conjunto R.
lim
x→±∞
x2
x2 + 1
≈
x2
x2
= 1
A função possui uma assı́ntota horizontal em y = 1. Não existem assı́n-
totas verticais.
7
3. Seja
f(x) =
2x
x + 1
Determinação do domı́nio:
x + 1 6= 0 ⇒ x 6= −1
dom(f) = R − {−1}
O gráfico da função apresenta uma descontinuidade infinita em x = −1.
Determinação da imagem:
y =
2x
x + 1
2x = y(x + 1)
2x = yx + y
2x − yx = y
x(2 − y) = y
x =
y
2 − y
e y 6= 2
img(f) = R − {2}
Pontos de interseção com os eixos coordenados:
f(0) =
2.0
0 + 1
= 0
f(x) = 0 ⇒ 2x = 0 ⇒ x = 0
Concluimos que a curva do gráfico da função intercepta os eixos apenas
em (0, 0).
Sinal da função:
Consideraremos os intervalos entre os valores −1 e 0 do domı́nio pois já
sabemos que estes pontos são candidatos a serem os pontos onde a função
muda de sinal. O primeiro por ser uma descontinuidade infinita e o segundo
por ser um zero da função.
8
• Intervalo (−∞, −1)
Neste caso, x < −1, que implica 2x < 0 e x + 1 < 0, então f(x) > 0.
• Intervalo (−1, 0)
Neste caso, −1 < x < 0, que implica 2x < 0 e x+1 > 0, então f(x) < 0.
• Intervalo (0, +∞)
Neste caso, x > 0, que implica 2x > 0 e x + 1 > 0, então f(x) > 0.
Como f(−2) = 4 e f(2) = 4/3, a função não é par nem ı́mpar.
Verificação de periodicidade:
f(x) = f(x + t)
2x
x + 1
=
2(x + t)
x + t + 1
2x(x + t + 1) = 2(x + 1)(x + t)
2x2
+ 2xt + 2x = 2x2
+ 2xt + 2x + 2t
2t = 0
t = 0
Como t deve ser diferente de zero para que a função seja periódica, con-
cluimos que a função não é periódica.
Como a imagem da função é R − {2}, a função é ilimitada.
Consideremos x2 > x1 e
f(x2) − f(x1) =
2x2
x2 + 1
−
2x1
x1 + 1
=
2x2(x1 + 1) − 2x1(x2 + 1)
(x2 + 1)(x1 + 1)
=
2x2 − 2x1
(x2 + 1)(x1 + 1)
=
2(x2 − x1)
(x2 + 1)(x1 + 1)
> 0
Pois 2(x2 − x1) > 0 e (x2 + 1)(x1 + 1) > 0.
Então a função é crescente estritamente em todo o seu domı́nio.
9
Análise de assı́ntotas verticais:
lim
x→−1−
2x
x + 1
= +∞
pois limx→−1− 2x = −2 < 0 e limx→−1− (x + 1) < 0.
lim
x→−1+
2x
x + 1
= −∞
pois limx→−1+ 2x = −2 < 0 e limx→−1+ (x + 1) > 0.
Análise de comportamento nos extremos do eixo x:
lim
x→±∞
2x
x + 1
≈
2x
x
= 2
Assı́ntota horizontal em y = 2.
10
4. Seja
f(x) =
x2
+ 1
x2 − 1
Determinação do domı́nio:
x2
− 1 6= 0 ⇒ x2
6= 1 ⇒ x 6= ±1
dom(f) = R − {−1, 1}
A função possui assı́ntotas em x = −1 e x = 1.
Determinação da imagem:
y =
x2
+ 1
x2 − 1
(x2
− 1)y = x2
+ 1
x2
=
y + 1
y − 1
Então, como x2
≥ 0,
y + 1
y − 1
≥ 0
y + 1 ≥ 0 e y − 1 > 0 ou y + 1 ≤ 0 e y − 1 < 0
y > 1 ou y ≤ −1
Logo, img(f) = (−∞, −1] ∪ (1, +∞).
Isso significa que não existem um valor mı́nimo e um valor máximo da
função e a função é ilimitada.
f(0) =
02
+ 1
02 − 1
= −1
f(x) = 0 ⇒ x2
+ 1 = 0 ⇒ x2
= −1
Logo a função intercepta os eixos coordenados apenas em (0, −1).
11
Determinação do sinal da função:
• intervalo (−∞, −1)
Neste caso, como x2
+ 1 > 0 e x2
− 1 > 0, então f(x) > 0.
• intervalo (−1, 1)
Neste caso, como x2
+ 1 > 0 e x2
− 1 < 0, então f(x) < 0.
• intervalo (1, +∞)
Neste caso, como x2
+ 1 > 0 e x2
− 1 > 0, então f(x) > 0.
Determinação da paridade:
f(−x) =
(−x)2
+ 1
(−x)2 − 1
=
x2
+ 1
x2 − 1
= f(x)
A função é par e apresenta simetria em relação ao eixo y.
Verificação se a função é periódica:
f(x) = f(x + t)
x2
+ 1
x2 − 1
=
(x + t)2
+ 1
(x + t)2 − 1
x2
+ 1
x2 − 1
=
x2
+ 2xt + t2
+ 1
x2 + 2xt + t2 − 1
2t2
+ 4xt = 0
t(2t + 4x) = 0
t = 0 ou t = 2x
Logo, a função não é periódica.
Determinação dos intervalos de monotonia:
f(x2) − f(x1) =
x2
2 + 1
x2
2 − 1
−
x2
1 + 1
x2
1 − 1
=
(x2
2 + 1)(x2
1 − 1) − (x2
2 − 1)(x2
1 + 1)
(x2
2 − 1)(x2
1 − 1)
=
2x2
1 − 2x2
2
(x2
2 − 1)(x2
1 − 1)
=
2(x1 − x2)(x1 + x2)
(x2
2 − 1)(x2
1 − 1)
12
• Intervalo (−∞, −1), x1 < x2 < −1
Neste caso, x1 − x2 < 0, x1 + x2 < 0, x2
2 − 1 > 0, x2
1 − 1 > 0, então
f(x2) − f(x1) > 0 e o intervalo é de crescimento estrito.
• Intervalo (−1, 0), −1 < x1 < x2 < 0
Neste caso, x1 − x2 < 0, x1 + x2 < 0, x2
2 − 1 < 0, x2
1 − 1 < 0, então
f(x2) − f(x1) > 0 e o intervalo é de crescimento estrito.
• Intervalo (0, 1), 0 < x1 < x2 < 1
Neste caso, x1 − x2 < 0, x1 + x2 > 0, x2
2 − 1 < 0, x2
1 − 1 < 0, então
f(x2) − f(x1) < 0 e o intervalo é de decrescimento estrito.
• Intervalo (1, +∞), 1 < x1 < x2
Neste caso, x1 − x2 < 0, x1 + x2 > 0, x2
2 − 1 > 0, x2
1 − 1 > 0, então
f(x2) − f(x1) < 0 e o intervalo é de decrescimento estrito.
Determinação das assı́ntotas verticais:
lim
x→−1−
x2
+ 1
x2 − 1
= +∞
lim
x→−1+
x2
+ 1
x2 − 1
= −∞
lim
x→1−
x2
+ 1
x2 − 1
= −∞
lim
x→1+
x2
+ 1
x2 − 1
= +∞
Análise da função nos extremos do eixo x:
lim
x→±∞
x2
+ 1
x2 − 1
≈
x2
x2
= 1
Então, existe uma assı́ntota horizontal em y = 1.
13
14

Mais conteúdo relacionado

Mais procurados

Matemática Discreta - Parte VI funções
Matemática Discreta - Parte VI funçõesMatemática Discreta - Parte VI funções
Matemática Discreta - Parte VI funçõesUlrich Schiel
 
Ορισμένο ολοκλήρωμα με 918 ασκήσεις
Ορισμένο ολοκλήρωμα με 918 ασκήσειςΟρισμένο ολοκλήρωμα με 918 ασκήσεις
Ορισμένο ολοκλήρωμα με 918 ασκήσειςΜάκης Χατζόπουλος
 
Matemática Discreta - Parte V relações
Matemática Discreta - Parte V relaçõesMatemática Discreta - Parte V relações
Matemática Discreta - Parte V relaçõesUlrich Schiel
 
Composição de Funções
Composição de FunçõesComposição de Funções
Composição de FunçõesCarlos Campani
 
www.professoraparticularapoio.com.br - Matemática - Frações Algébricas
www.professoraparticularapoio.com.br - Matemática -  Frações Algébricaswww.professoraparticularapoio.com.br - Matemática -  Frações Algébricas
www.professoraparticularapoio.com.br - Matemática - Frações AlgébricasPatrícia Morais
 
Aplicações da Derivada
Aplicações da DerivadaAplicações da Derivada
Aplicações da DerivadaCarlos Campani
 
Tabela derivadas e integrais 1
Tabela derivadas e integrais 1Tabela derivadas e integrais 1
Tabela derivadas e integrais 1José Milton
 
Derivoinnin harjoittelua
Derivoinnin harjoitteluaDerivoinnin harjoittelua
Derivoinnin harjoitteluateemunmatikka
 
9 ano-funcoes-do-2-grau-equacoes-biquadradas-equacoes-irracionais
9 ano-funcoes-do-2-grau-equacoes-biquadradas-equacoes-irracionais9 ano-funcoes-do-2-grau-equacoes-biquadradas-equacoes-irracionais
9 ano-funcoes-do-2-grau-equacoes-biquadradas-equacoes-irracionaiscristinaeguga
 
Aplicações da equação de Schrödinger independente do tempo
Aplicações da equação de Schrödinger independente do tempoAplicações da equação de Schrödinger independente do tempo
Aplicações da equação de Schrödinger independente do tempoLucas Guimaraes
 
Sistemas Lineares 2equacoes 2incognitas Problemas
Sistemas Lineares 2equacoes 2incognitas ProblemasSistemas Lineares 2equacoes 2incognitas Problemas
Sistemas Lineares 2equacoes 2incognitas Problemastioheraclito
 
컴퓨터 비전 지역특징검출
컴퓨터 비전 지역특징검출컴퓨터 비전 지역특징검출
컴퓨터 비전 지역특징검출jdo
 
Exercícios resolvidos sobre logaritmos (Inclui o uso das propriedades, restiç...
Exercícios resolvidos sobre logaritmos (Inclui o uso das propriedades, restiç...Exercícios resolvidos sobre logaritmos (Inclui o uso das propriedades, restiç...
Exercícios resolvidos sobre logaritmos (Inclui o uso das propriedades, restiç...wilkerfilipel
 

Mais procurados (20)

Matemática Discreta - Parte VI funções
Matemática Discreta - Parte VI funçõesMatemática Discreta - Parte VI funções
Matemática Discreta - Parte VI funções
 
Aula 01 limites e continuidade
Aula 01   limites e continuidadeAula 01   limites e continuidade
Aula 01 limites e continuidade
 
Ορισμένο ολοκλήρωμα με 918 ασκήσεις
Ορισμένο ολοκλήρωμα με 918 ασκήσειςΟρισμένο ολοκλήρωμα με 918 ασκήσεις
Ορισμένο ολοκλήρωμα με 918 ασκήσεις
 
Derivadas
DerivadasDerivadas
Derivadas
 
Matemática Discreta - Parte V relações
Matemática Discreta - Parte V relaçõesMatemática Discreta - Parte V relações
Matemática Discreta - Parte V relações
 
Função composta
Função compostaFunção composta
Função composta
 
Composição de Funções
Composição de FunçõesComposição de Funções
Composição de Funções
 
www.professoraparticularapoio.com.br - Matemática - Frações Algébricas
www.professoraparticularapoio.com.br - Matemática -  Frações Algébricaswww.professoraparticularapoio.com.br - Matemática -  Frações Algébricas
www.professoraparticularapoio.com.br - Matemática - Frações Algébricas
 
Aplicações da Derivada
Aplicações da DerivadaAplicações da Derivada
Aplicações da Derivada
 
Derivada
DerivadaDerivada
Derivada
 
Tabela derivadas e integrais 1
Tabela derivadas e integrais 1Tabela derivadas e integrais 1
Tabela derivadas e integrais 1
 
Derivoinnin harjoittelua
Derivoinnin harjoitteluaDerivoinnin harjoittelua
Derivoinnin harjoittelua
 
Vetores
VetoresVetores
Vetores
 
9 ano-funcoes-do-2-grau-equacoes-biquadradas-equacoes-irracionais
9 ano-funcoes-do-2-grau-equacoes-biquadradas-equacoes-irracionais9 ano-funcoes-do-2-grau-equacoes-biquadradas-equacoes-irracionais
9 ano-funcoes-do-2-grau-equacoes-biquadradas-equacoes-irracionais
 
Aplicações da equação de Schrödinger independente do tempo
Aplicações da equação de Schrödinger independente do tempoAplicações da equação de Schrödinger independente do tempo
Aplicações da equação de Schrödinger independente do tempo
 
Matemática básica derivada e integral
Matemática básica   derivada e integralMatemática básica   derivada e integral
Matemática básica derivada e integral
 
Συναρτήσεις, επανάληψη
Συναρτήσεις, επανάληψη Συναρτήσεις, επανάληψη
Συναρτήσεις, επανάληψη
 
Sistemas Lineares 2equacoes 2incognitas Problemas
Sistemas Lineares 2equacoes 2incognitas ProblemasSistemas Lineares 2equacoes 2incognitas Problemas
Sistemas Lineares 2equacoes 2incognitas Problemas
 
컴퓨터 비전 지역특징검출
컴퓨터 비전 지역특징검출컴퓨터 비전 지역특징검출
컴퓨터 비전 지역특징검출
 
Exercícios resolvidos sobre logaritmos (Inclui o uso das propriedades, restiç...
Exercícios resolvidos sobre logaritmos (Inclui o uso das propriedades, restiç...Exercícios resolvidos sobre logaritmos (Inclui o uso das propriedades, restiç...
Exercícios resolvidos sobre logaritmos (Inclui o uso das propriedades, restiç...
 

Semelhante a ANÁLISE COMPLETA DE UMA FUNÇÃO

Funções, suas propriedades e gráfico
Funções, suas propriedades e gráficoFunções, suas propriedades e gráfico
Funções, suas propriedades e gráficoCarlos Campani
 
Exercícios adicionais
Exercícios adicionaisExercícios adicionais
Exercícios adicionaisCarlos Campani
 
Lista de exercícios 9
Lista de exercícios 9Lista de exercícios 9
Lista de exercícios 9Carlos Campani
 
Lista de exercícios 11
Lista de exercícios 11Lista de exercícios 11
Lista de exercícios 11Carlos Campani
 
Lista de exercícios 8
Lista de exercícios 8Lista de exercícios 8
Lista de exercícios 8Carlos Campani
 
Teorema do confronto
Teorema do confrontoTeorema do confronto
Teorema do confrontocalculogrupo
 
www.AulasDeMatematicaApoio.com - Matemática - Função Afim
www.AulasDeMatematicaApoio.com  - Matemática - Função Afimwww.AulasDeMatematicaApoio.com  - Matemática - Função Afim
www.AulasDeMatematicaApoio.com - Matemática - Função AfimAulas De Matemática Apoio
 
www.aulaparticularonline.net.br - Matemática - Função Afim
www.aulaparticularonline.net.br - Matemática -  Função Afimwww.aulaparticularonline.net.br - Matemática -  Função Afim
www.aulaparticularonline.net.br - Matemática - Função AfimLucia Silveira
 
Aplicações da integração
Aplicações da integraçãoAplicações da integração
Aplicações da integraçãoCarlos Campani
 
PROPRIEDADES DAS FUNÇÕES
PROPRIEDADES DAS FUNÇÕESPROPRIEDADES DAS FUNÇÕES
PROPRIEDADES DAS FUNÇÕESCarlos Campani
 
Mn aula06-interpolacao
Mn aula06-interpolacaoMn aula06-interpolacao
Mn aula06-interpolacaojadsons95
 
Lista de exercícios 7 - Mat Elem
Lista de exercícios 7 - Mat ElemLista de exercícios 7 - Mat Elem
Lista de exercícios 7 - Mat ElemCarlos Campani
 
www.AulasDeMatematicanoRJ.Com.Br -Matemática - Função Afim
 www.AulasDeMatematicanoRJ.Com.Br  -Matemática -  Função Afim www.AulasDeMatematicanoRJ.Com.Br  -Matemática -  Função Afim
www.AulasDeMatematicanoRJ.Com.Br -Matemática - Função AfimClarice Leclaire
 
www.AulasDeMatematicaApoio.com.br - Matemática - Função Afim
 www.AulasDeMatematicaApoio.com.br  - Matemática - Função Afim www.AulasDeMatematicaApoio.com.br  - Matemática - Função Afim
www.AulasDeMatematicaApoio.com.br - Matemática - Função AfimBeatriz Góes
 
unidade-1.1-noção intuitiva de limite-limites laterais.ppt
unidade-1.1-noção intuitiva de limite-limites laterais.pptunidade-1.1-noção intuitiva de limite-limites laterais.ppt
unidade-1.1-noção intuitiva de limite-limites laterais.pptThaysonDourado1
 
Material sobre a Derivada
Material sobre a DerivadaMaterial sobre a Derivada
Material sobre a DerivadaEinstein Rafael
 

Semelhante a ANÁLISE COMPLETA DE UMA FUNÇÃO (20)

Funções, suas propriedades e gráfico
Funções, suas propriedades e gráficoFunções, suas propriedades e gráfico
Funções, suas propriedades e gráfico
 
Exercícios adicionais
Exercícios adicionaisExercícios adicionais
Exercícios adicionais
 
Lista de exercícios 9
Lista de exercícios 9Lista de exercícios 9
Lista de exercícios 9
 
Lista de exercícios 11
Lista de exercícios 11Lista de exercícios 11
Lista de exercícios 11
 
Lista de exercícios 8
Lista de exercícios 8Lista de exercícios 8
Lista de exercícios 8
 
Teorema do confronto
Teorema do confrontoTeorema do confronto
Teorema do confronto
 
www.AulasDeMatematicaApoio.com - Matemática - Função Afim
www.AulasDeMatematicaApoio.com  - Matemática - Função Afimwww.AulasDeMatematicaApoio.com  - Matemática - Função Afim
www.AulasDeMatematicaApoio.com - Matemática - Função Afim
 
www.aulaparticularonline.net.br - Matemática - Função Afim
www.aulaparticularonline.net.br - Matemática -  Função Afimwww.aulaparticularonline.net.br - Matemática -  Função Afim
www.aulaparticularonline.net.br - Matemática - Função Afim
 
Aplicações da integração
Aplicações da integraçãoAplicações da integração
Aplicações da integração
 
PROPRIEDADES DAS FUNÇÕES
PROPRIEDADES DAS FUNÇÕESPROPRIEDADES DAS FUNÇÕES
PROPRIEDADES DAS FUNÇÕES
 
Função
FunçãoFunção
Função
 
Mn aula06-interpolacao
Mn aula06-interpolacaoMn aula06-interpolacao
Mn aula06-interpolacao
 
Lista de exercícios 7 - Mat Elem
Lista de exercícios 7 - Mat ElemLista de exercícios 7 - Mat Elem
Lista de exercícios 7 - Mat Elem
 
www.AulasDeMatematicanoRJ.Com.Br -Matemática - Função Afim
 www.AulasDeMatematicanoRJ.Com.Br  -Matemática -  Função Afim www.AulasDeMatematicanoRJ.Com.Br  -Matemática -  Função Afim
www.AulasDeMatematicanoRJ.Com.Br -Matemática - Função Afim
 
www.AulasDeMatematicaApoio.com.br - Matemática - Função Afim
 www.AulasDeMatematicaApoio.com.br  - Matemática - Função Afim www.AulasDeMatematicaApoio.com.br  - Matemática - Função Afim
www.AulasDeMatematicaApoio.com.br - Matemática - Função Afim
 
Calculo1 aula10
Calculo1 aula10Calculo1 aula10
Calculo1 aula10
 
unidade-1.1-noção intuitiva de limite-limites laterais.ppt
unidade-1.1-noção intuitiva de limite-limites laterais.pptunidade-1.1-noção intuitiva de limite-limites laterais.ppt
unidade-1.1-noção intuitiva de limite-limites laterais.ppt
 
CUSC.pptx
CUSC.pptxCUSC.pptx
CUSC.pptx
 
Material sobre a Derivada
Material sobre a DerivadaMaterial sobre a Derivada
Material sobre a Derivada
 
Esboço - Gráfico de Função
Esboço - Gráfico de FunçãoEsboço - Gráfico de Função
Esboço - Gráfico de Função
 

Mais de Carlos Campani

Mais de Carlos Campani (20)

Técnicas de integração
Técnicas de integraçãoTécnicas de integração
Técnicas de integração
 
Lista de exercícios 3
Lista de exercícios 3Lista de exercícios 3
Lista de exercícios 3
 
Lista de exercícios 2
Lista de exercícios 2Lista de exercícios 2
Lista de exercícios 2
 
Lista de exercícios 1
Lista de exercícios 1Lista de exercícios 1
Lista de exercícios 1
 
Integral
IntegralIntegral
Integral
 
Semana 14
Semana 14 Semana 14
Semana 14
 
Semana 13
Semana 13 Semana 13
Semana 13
 
Semana 12
Semana 12Semana 12
Semana 12
 
Semana 11
Semana 11Semana 11
Semana 11
 
Semana 10
Semana 10 Semana 10
Semana 10
 
Semana 9
Semana 9 Semana 9
Semana 9
 
Solução de equações modulares
Solução de equações modularesSolução de equações modulares
Solução de equações modulares
 
Equações polinomiais
Equações polinomiaisEquações polinomiais
Equações polinomiais
 
PROVAS DE TEOREMAS
PROVAS DE TEOREMASPROVAS DE TEOREMAS
PROVAS DE TEOREMAS
 
Instruções de Aprendiz
Instruções de AprendizInstruções de Aprendiz
Instruções de Aprendiz
 
Álgebra básica, potenciação, notação científica, radiciação, polinômios, fato...
Álgebra básica, potenciação, notação científica, radiciação, polinômios, fato...Álgebra básica, potenciação, notação científica, radiciação, polinômios, fato...
Álgebra básica, potenciação, notação científica, radiciação, polinômios, fato...
 
Iezzi solcos
Iezzi solcosIezzi solcos
Iezzi solcos
 
Iezzi93 109
Iezzi93 109Iezzi93 109
Iezzi93 109
 
Iezzi24 35
Iezzi24 35Iezzi24 35
Iezzi24 35
 
Equações
EquaçõesEquações
Equações
 

ANÁLISE COMPLETA DE UMA FUNÇÃO

  • 1. ANÁLISE COMPLETA DE UMA FUNÇÃO (ALGEBRICAMENTE) Estudo completo da função: 1. Domı́nio e imagem 2. Pontos de interseção com os eixos coordenados 3. Intervalos onde a função tem sinal positivo e negativo 4. Simetrias (paridade e periodicidade) 5. Limitação e extremos 6. Intervalos de monotonia 7. Intervalos em que a função é contı́nua (pontos de descontinuidade, in- dicando o seu tipo) 8. Comportamento da função nos extremos do eixo x 9. Assı́ntotas verticais e horizontais 10. Esboço do gráfico. 1. f(x) = x3 − 3x + 2 O domı́nio é o maior conjunto de números para o qual a função faz sentido. Como não há nenhuma restrição para qualquer número real ser aplicado na expressão da função, dom(f) = R. Os valores da função variam sem sofrer pulos e não se observa tendência a infinito em nenhum ponto do domı́nio, então podemos concluir que a função é contı́nua em todo o conjunto R e não possui assı́ntotas verticais. Justificativa completa e formal será dada apenas na disciplina de Cálculo I. 1
  • 2. Determinação das raı́zes de f(x) por tentativa e erro: f(−1) = (−1)3 − 3(−1) + 2 = 4 f(1) = 13 − 3.1 + 2 = 0 Dividindo o polinômio por x − 1: x3 − 3x + 2 ÷ x − 1 −x3 + x2 x2 0 + x2 − 3x −x2 + x x 0 − 2x + 2 2x − 2 −2 0 (x3 − 3x + 2) ÷ (x − 1) = x2 + x − 2 ∆ = 9 x0 = 1 x00 = −2 f(0) = 03 − 3.0 + 2 = 2 Logo, os pontos de interseção da curva do gráfico da função com os eixos coordenados são (−2, 0), (1, 0) e (0, 2). Determinação dos intervalos positivos e negativos: Sabemos que f(x) = (x − 1)2 (x + 2), então: • Intervalo (−∞, −2) (x − 1)2 > 0 e x + 2 < 0, portanto f(x) < 0. • Intervalo (−2, 1) (x − 1)2 > 0 e x + 2 > 0, portanto f(x) > 0. • Intervalo (1, +∞) (x − 1)2 > 0 e x + 2 > 0, portanto f(x) > 0. 2
  • 3. Consideremos f(x2) − f(x1) = x3 2 − 3x2 + 2 − (x3 1 − 3x1 + 2) = x3 2 − x3 1 − 3x2 + 3x1 = (x2 − x1)(x2 2 + x2x1 + x2 1) − 3(x2 − x1) = (x2 − x1)(x2 2 + x2x1 + x2 1 − 3) • Intervalo (−∞, −2), x1 < x2 < −2 x2 −x1 > 0, x2 2 > 4, x2 1 > 4 e x2x1 > 4. Isso implica x2 2 +x2x1 +x2 1 −3 > 0. Portanto, f(x2) − f(x1) > 0 e o intervalo é de crescimento strito. • Intervalo (−2, −1), −2 < x1 < x2 < −1 x2 −x1 > 0 e como x2 2 > 1, x2 1 > 1 e x2x1 > 1, então x2 2 +x2x1 +x2 1 −3 > 0. Portanto, f(x2) − f(x1) > 0 e o intervalo é de crescimento estrito. • Intervalo (−1, 0), −1 < x1 < x2 < 0 x2 − x1 > 0 e como 0 < x2 2 < 1, 0 < x2 1 < 1 e 0 < x2x1 < 1, então x2 2 + x2x1 + x2 1 − 3 < 0. Portanto, f(x2) − f(x1) < 0 e o intervalo é de decrescimento estrito. • Intervalo (0, 1), 0 < x1 < x2 < 1 x2 − x1 > 0 e como 0 < x2 2 < 1, 0 < x2 1 < 1 e 0 < x2x1 < 1, então x2 2 + x2x1 + x2 1 − 3 < 0. Portanto, f(x2) − f(x1) < 0 e o intervalo é de decrescimento estrito. • Intervalo (1, +∞), 1 < x1 < x2 x2 −x1 > 0 e como x2 2 > 1, x2 1 > 1 e x2x1 > 1, então x2 2 +x2x1 +x2 1 −3 > 0. Portanto, f(x2) − f(x1) > 0 e o intervalo é de crescimento estrito. f(−x) = (−x)3 − 3(−x) + 2 = −x3 + 3x + 2 que não é igual a f(x) nem a −f(x). Assim, a função não é par nem ı́mpar. Como a função é crescente em todo o intervalo (1, +∞) então ela não pode ser periódica. Análise do comportamento da função nos extremos do eixo x: lim x→+∞ (x3 − 3x + 2) ≈ lim x→+∞ x3 = +∞ lim x→−∞ (x3 − 3x + 2) ≈ lim x→−∞ x3 = −∞ A função não apresenta assı́ntotas horizontais. 3
  • 4. Como já provamos, a função é crescente no intervalo (1, +∞), f(1) = 0 com limx→+∞ f(x) = +∞. Ela também é crescente no intervalo (−∞, −2), f(−2) = 0 com limx→−∞ f(x) = −∞. Levando ainda em conta a conti- nuidade da função no seu domı́nio, podemos argumentar que a imagem da função é R. Como img(f) = R a função é ilimitada. 4
  • 5. 2. Seja f(x) = x2 x2 + 1 Determinação do domı́nio: x2 + 1 6= 0 ⇒ x2 6= −1 Assim, dom(f) = R Determinação da imagem: y = x2 x2 + 1 x2 = y(x2 + 1) Isso significa que y = 1 deve ser descartado da imagem, pois x2 = x2 + 1 ou 0 = 1 é um absurdo. Então, x2 = yx2 + y x2 − yx2 = y x2 (1 − y) = y x2 = y 1 − y Observemos que y = 1 já foi retirado da imagem, assim a expressão no denominador da fração nunca é nula. Sabemos que x2 ≥ 0, assim x2 = y/(1 − y) significa que y/(1 − y) ≥ 0 e y ≥ 0 e 1 − y > 0 ou y ≤ 0 e 1 − y < 0 y ≥ 0 e y < 1 ou y ≤ 0 e y > 1 0 ≤ y < 1 img(f) = [0, 1) Interceptação da curva do gráfico da função com os eixos coordenados: f(0) = 02 02 + 1 = 0 f(x) = 0 ⇒ x2 x2 + 1 = 0 ⇒ x2 = 0 ⇒ x = 0 Intercepta os eixos apenas em (0, 0). 5
  • 6. Analisando o sinal da função: Considerando x ∈ R − {0}, x2 > 0 e x2 + 1 > 0, então x2 x2+1 > 0. Logo, a função é positiva em (−∞, 0) ∪ (0, +∞). Investigando simetrias: f(−x) = (−x)2 (−x)2 + 1 = x2 x2 + 1 = f(x) A função é par e o gráfico da função é simétrico em relação ao eixo y. Investigando a periodicidade: f(x) = f(x + t) x2 x2 + 1 = (x + t)2 (x + t)2 + 1 x2 ((x + t)2 + 1) = (x2 + 1)(x + t)2 x2 (x + t)2 + x2 = x2 (x + t)2 + (x + t)2 x2 = (x + t)2 x2 = x2 + 2xt + t2 t2 + 2xt = 0 t(t + 2x) = 0 t = 0 ou t = −2x Logo, a função não é periódica. A partir de img(f) = [0, 1) concluimos que f(x) não é limitada superior- mente, pois sempre existe um x2 que é maior que um dado x1 ∈ [0, 1). Basta fazer x2 = 1+x1 2 . O valor mı́nimo da função ocorre em f(0) = 0. Portanto a função é limitada inferiormente. 6
  • 7. Consideremos f(x2) − f(x1) = x2 2 x2 2 + 1 − x2 1 x2 1 + 1 = x2 2(x2 1 + 1) − x2 1(x2 2 + 1) (x2 2 + 1)(x2 1 + 1) = x2 2 − x2 1 (x2 2 + 1)(x2 1 + 1) = (x2 + x1)(x2 − x1) (x2 2 + 1)(x2 1 + 1) Sabemos que x2 2 + 1 > 0 e x2 1 + 1 > 0. • Intervalo (−∞, 0), x1 < x2 < 0. Neste intervalo, x2 −x1 > 0 e x2 +x1 < 0. Assim f(x2) − f(x1) < 0 e o intervalo é de decrescimento estrito. • Intervalo (0, +∞), 0 < x1 < x2. Neste intervalo, x2 −x1 > 0 e x2 +x1 > 0. Assim f(x2) − f(x1) > 0 e o intervalo é de crescimento estrito. A função está definida em todo o conjunto R e não há evidências que possua saltos, então f é contı́nua em todo o conjunto R. lim x→±∞ x2 x2 + 1 ≈ x2 x2 = 1 A função possui uma assı́ntota horizontal em y = 1. Não existem assı́n- totas verticais. 7
  • 8. 3. Seja f(x) = 2x x + 1 Determinação do domı́nio: x + 1 6= 0 ⇒ x 6= −1 dom(f) = R − {−1} O gráfico da função apresenta uma descontinuidade infinita em x = −1. Determinação da imagem: y = 2x x + 1 2x = y(x + 1) 2x = yx + y 2x − yx = y x(2 − y) = y x = y 2 − y e y 6= 2 img(f) = R − {2} Pontos de interseção com os eixos coordenados: f(0) = 2.0 0 + 1 = 0 f(x) = 0 ⇒ 2x = 0 ⇒ x = 0 Concluimos que a curva do gráfico da função intercepta os eixos apenas em (0, 0). Sinal da função: Consideraremos os intervalos entre os valores −1 e 0 do domı́nio pois já sabemos que estes pontos são candidatos a serem os pontos onde a função muda de sinal. O primeiro por ser uma descontinuidade infinita e o segundo por ser um zero da função. 8
  • 9. • Intervalo (−∞, −1) Neste caso, x < −1, que implica 2x < 0 e x + 1 < 0, então f(x) > 0. • Intervalo (−1, 0) Neste caso, −1 < x < 0, que implica 2x < 0 e x+1 > 0, então f(x) < 0. • Intervalo (0, +∞) Neste caso, x > 0, que implica 2x > 0 e x + 1 > 0, então f(x) > 0. Como f(−2) = 4 e f(2) = 4/3, a função não é par nem ı́mpar. Verificação de periodicidade: f(x) = f(x + t) 2x x + 1 = 2(x + t) x + t + 1 2x(x + t + 1) = 2(x + 1)(x + t) 2x2 + 2xt + 2x = 2x2 + 2xt + 2x + 2t 2t = 0 t = 0 Como t deve ser diferente de zero para que a função seja periódica, con- cluimos que a função não é periódica. Como a imagem da função é R − {2}, a função é ilimitada. Consideremos x2 > x1 e f(x2) − f(x1) = 2x2 x2 + 1 − 2x1 x1 + 1 = 2x2(x1 + 1) − 2x1(x2 + 1) (x2 + 1)(x1 + 1) = 2x2 − 2x1 (x2 + 1)(x1 + 1) = 2(x2 − x1) (x2 + 1)(x1 + 1) > 0 Pois 2(x2 − x1) > 0 e (x2 + 1)(x1 + 1) > 0. Então a função é crescente estritamente em todo o seu domı́nio. 9
  • 10. Análise de assı́ntotas verticais: lim x→−1− 2x x + 1 = +∞ pois limx→−1− 2x = −2 < 0 e limx→−1− (x + 1) < 0. lim x→−1+ 2x x + 1 = −∞ pois limx→−1+ 2x = −2 < 0 e limx→−1+ (x + 1) > 0. Análise de comportamento nos extremos do eixo x: lim x→±∞ 2x x + 1 ≈ 2x x = 2 Assı́ntota horizontal em y = 2. 10
  • 11. 4. Seja f(x) = x2 + 1 x2 − 1 Determinação do domı́nio: x2 − 1 6= 0 ⇒ x2 6= 1 ⇒ x 6= ±1 dom(f) = R − {−1, 1} A função possui assı́ntotas em x = −1 e x = 1. Determinação da imagem: y = x2 + 1 x2 − 1 (x2 − 1)y = x2 + 1 x2 = y + 1 y − 1 Então, como x2 ≥ 0, y + 1 y − 1 ≥ 0 y + 1 ≥ 0 e y − 1 > 0 ou y + 1 ≤ 0 e y − 1 < 0 y > 1 ou y ≤ −1 Logo, img(f) = (−∞, −1] ∪ (1, +∞). Isso significa que não existem um valor mı́nimo e um valor máximo da função e a função é ilimitada. f(0) = 02 + 1 02 − 1 = −1 f(x) = 0 ⇒ x2 + 1 = 0 ⇒ x2 = −1 Logo a função intercepta os eixos coordenados apenas em (0, −1). 11
  • 12. Determinação do sinal da função: • intervalo (−∞, −1) Neste caso, como x2 + 1 > 0 e x2 − 1 > 0, então f(x) > 0. • intervalo (−1, 1) Neste caso, como x2 + 1 > 0 e x2 − 1 < 0, então f(x) < 0. • intervalo (1, +∞) Neste caso, como x2 + 1 > 0 e x2 − 1 > 0, então f(x) > 0. Determinação da paridade: f(−x) = (−x)2 + 1 (−x)2 − 1 = x2 + 1 x2 − 1 = f(x) A função é par e apresenta simetria em relação ao eixo y. Verificação se a função é periódica: f(x) = f(x + t) x2 + 1 x2 − 1 = (x + t)2 + 1 (x + t)2 − 1 x2 + 1 x2 − 1 = x2 + 2xt + t2 + 1 x2 + 2xt + t2 − 1 2t2 + 4xt = 0 t(2t + 4x) = 0 t = 0 ou t = 2x Logo, a função não é periódica. Determinação dos intervalos de monotonia: f(x2) − f(x1) = x2 2 + 1 x2 2 − 1 − x2 1 + 1 x2 1 − 1 = (x2 2 + 1)(x2 1 − 1) − (x2 2 − 1)(x2 1 + 1) (x2 2 − 1)(x2 1 − 1) = 2x2 1 − 2x2 2 (x2 2 − 1)(x2 1 − 1) = 2(x1 − x2)(x1 + x2) (x2 2 − 1)(x2 1 − 1) 12
  • 13. • Intervalo (−∞, −1), x1 < x2 < −1 Neste caso, x1 − x2 < 0, x1 + x2 < 0, x2 2 − 1 > 0, x2 1 − 1 > 0, então f(x2) − f(x1) > 0 e o intervalo é de crescimento estrito. • Intervalo (−1, 0), −1 < x1 < x2 < 0 Neste caso, x1 − x2 < 0, x1 + x2 < 0, x2 2 − 1 < 0, x2 1 − 1 < 0, então f(x2) − f(x1) > 0 e o intervalo é de crescimento estrito. • Intervalo (0, 1), 0 < x1 < x2 < 1 Neste caso, x1 − x2 < 0, x1 + x2 > 0, x2 2 − 1 < 0, x2 1 − 1 < 0, então f(x2) − f(x1) < 0 e o intervalo é de decrescimento estrito. • Intervalo (1, +∞), 1 < x1 < x2 Neste caso, x1 − x2 < 0, x1 + x2 > 0, x2 2 − 1 > 0, x2 1 − 1 > 0, então f(x2) − f(x1) < 0 e o intervalo é de decrescimento estrito. Determinação das assı́ntotas verticais: lim x→−1− x2 + 1 x2 − 1 = +∞ lim x→−1+ x2 + 1 x2 − 1 = −∞ lim x→1− x2 + 1 x2 − 1 = −∞ lim x→1+ x2 + 1 x2 − 1 = +∞ Análise da função nos extremos do eixo x: lim x→±∞ x2 + 1 x2 − 1 ≈ x2 x2 = 1 Então, existe uma assı́ntota horizontal em y = 1. 13
  • 14. 14