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NEVO DE SUTTON-RELATO DE CASO E REVISÃO DE
LITERATURA
Godoi, Lília Tomaz1
; Jesus, Bruna Pimentel 1
; Pimenta, Ivy de Toledo Ribeiro1
; Toti, Vanessa Junqueira1
; Alquati, Ellene
Papazis1
; Reis, Gleice Rodrigues1
;Bezerra, Maria Olívia Lima2
.
INTRODUÇÃO
O nevo de Sutton ou nevo halo ou vitiligo peri-névico ou
leucoderma centrífugo adquirido é um halo despigmentado em
redor do nevo melanocítico. Geralmente são múltiplos, em vários
estágios evolutivos, com distribuição aleatória. Surge geralmente
em adolescentes. Pode associar-se ao vitiligo ou ser a primeira
manifestação deste. O nevo resulta de uma reação imunológica,
pela formação de anticorpos antimelanócitos que destroem os
melanócitos névicos e os melanócitos da pele ao redor.
DISCUSSÃO
Segundo o quadro clínico e resultado histopatológico, foi
diagnosticado nevo de Sutton de acordo com o aspecto,
disposição e multiplicidade das lesões. A reação tipo halo nevo é
caracterizada clinicamente pelo surgimento de mácula acrômica
em torno de lesão melanocítica tumoral, assemelhando-se a uma
mancha de vitiligo. Do ponto de vista histopatológico, essa
reação é formada por infiltrado mononuclear ao redor de células
névicas, as quais vão sendo progressivamente destruídas.
Já o vitiligo, no início, há manchas hipocrômicas, acrômicas,
marfínicas, de limites nítidos, geralmente com bordas
hiperpigmentadas, com forma e extensão variáveis não
pruriginosas. Há tendência à distribuição simétrica e predileção
por áreas como, maleolares, punhos, face ântero-lateral das
pernas, dorso das mãos, dedos, axilas, pescoço e genitália. O
vitiligo ao contrário do nevo de Sutton é de maior ocorrência em
meia-idade, a evolução é indefinida e necessita de tratamento.
Estudos evidenciaram a presença de anticorpos contra
componentes citoplasmáticos de células de melanoma em
pacientes com halo nevo em involução. Eles concluíram que
anticorpos circulantes contribuem para a ocorrência do halo nevo
e que tal fato sugere que a reação vitiligóide possa significar uma
rejeição do organismo a um melanoma inicial que esteja se
desenvolvendo sobre uma lesão névica.
Doentes com vitiligo e nevo halo apresentaram anticorpos
antimelanócitos detectados pela imunofluorescência. O melhor
substrato constituiu-se de células de melanoma cultivadas. Não
houve diferenças significativas nas comparações entre vitiligo e
nevo halo.
OBJETIVOS
O objetivo deste trabalho consiste em relatar um caso de
nevo de Sutton, estabelecer o diagnóstico diferencial com o
vitiligo e fazer revisão da literatura.
CONCLUSÃO
Conclui-se que os nevos melanocíticos são de ocorrência
comum, o nevo de Sutton possui freqüência relativamente
comum, e não necessariamente se relaciona ao vitiligo. Todavia,
sua presença está cercada de certo receio na população pelo
fato de ser considerado vitiligo. O nevo de Sutton é uma lesão
benigna e há relatos de que pelo menos 50% dos halos nevos
desaparecem espontaneamente, logo não necessita de
tratamento. Com a destruição dos melanócitos o halo acrômico
irá gradualmente desaparecer.
REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS
1.AZULAY, RD, AZULAY, DR. Dermatologia, Guanabara Koogan, 4ª ed., 2006.
2.CAMPOS MGSC. Nevo halo e melanoma em regressão - uma avaliação da
imunorreatividade com os marcadores HMB-45, Melan A e tirosinase. Tese de Doutorado.
Rio de Janeiro: Rio de Janeiro, 2000.
3.COPEMAN PWM, ELLIOT PG. Melanoma cytoplasmic humoral antibody test. Br J
Dermatol l976:94:565.
4.DU VIVIER, A, MCKEE, PH. Atlas of Clinical Dermatology, Gower Medical Publishing,
3rd ed., 2004.
5.FITIZPATRICK, TB, BERNHARD,JD. “The structure of skin lesions and fundamental of
diagnosis.” In: FITZPATRICK, TB, EISEN, AZ, WOLFF, K, et al (Eds), Dermatology in
General Medicine, 3rd ed., Mc Graw-Hill.
6. FRANK SB, COHEN HJ. The halo nevus. Arch Dermatol l964; 89:367.
7.SAMPAIO, SAP, RIVITTI, EA. Dermatologia, Artes Médicas 2ª ed., 2001.
MATERIAIS E MÉTODOS
Para tanto, utilizou-se a história clínica do paciente que
constava em seu prontuário, cujos dados foram obtidos no
ambulatório de dermatologia. De acordo com as normas éticas o
paciente assinou um termo de consentimento.
RELATO DE CASO
FMR, masculino, leucodérmico, 28 anos, universitário,
residente em Vassouras - RJ. Ao exame clínico, constataram-se
lesões múltiplas, em vários estágios. Em uma mancha foi
observado halo acrômico com nevo melanocítico, em outra, halo
acrômico com regressão parcial do nevo, e ainda outras, de área
acrômica com o nevo totalmente desaparecido. Há história
familiar positiva (irmã) de nevo de Sutton.
1- Discentes do Curso de Medicina-USS
2- Docente do Curso de Medicina-USS
VI ENIC - USS
Seta única: nevo melanocítico com halo acrômico.
Seta dupla: área acrômica com nevo totalmente desaparecido.
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Nevo De Sutton

  • 1. NEVO DE SUTTON-RELATO DE CASO E REVISÃO DE LITERATURA Godoi, Lília Tomaz1 ; Jesus, Bruna Pimentel 1 ; Pimenta, Ivy de Toledo Ribeiro1 ; Toti, Vanessa Junqueira1 ; Alquati, Ellene Papazis1 ; Reis, Gleice Rodrigues1 ;Bezerra, Maria Olívia Lima2 . INTRODUÇÃO O nevo de Sutton ou nevo halo ou vitiligo peri-névico ou leucoderma centrífugo adquirido é um halo despigmentado em redor do nevo melanocítico. Geralmente são múltiplos, em vários estágios evolutivos, com distribuição aleatória. Surge geralmente em adolescentes. Pode associar-se ao vitiligo ou ser a primeira manifestação deste. O nevo resulta de uma reação imunológica, pela formação de anticorpos antimelanócitos que destroem os melanócitos névicos e os melanócitos da pele ao redor. DISCUSSÃO Segundo o quadro clínico e resultado histopatológico, foi diagnosticado nevo de Sutton de acordo com o aspecto, disposição e multiplicidade das lesões. A reação tipo halo nevo é caracterizada clinicamente pelo surgimento de mácula acrômica em torno de lesão melanocítica tumoral, assemelhando-se a uma mancha de vitiligo. Do ponto de vista histopatológico, essa reação é formada por infiltrado mononuclear ao redor de células névicas, as quais vão sendo progressivamente destruídas. Já o vitiligo, no início, há manchas hipocrômicas, acrômicas, marfínicas, de limites nítidos, geralmente com bordas hiperpigmentadas, com forma e extensão variáveis não pruriginosas. Há tendência à distribuição simétrica e predileção por áreas como, maleolares, punhos, face ântero-lateral das pernas, dorso das mãos, dedos, axilas, pescoço e genitália. O vitiligo ao contrário do nevo de Sutton é de maior ocorrência em meia-idade, a evolução é indefinida e necessita de tratamento. Estudos evidenciaram a presença de anticorpos contra componentes citoplasmáticos de células de melanoma em pacientes com halo nevo em involução. Eles concluíram que anticorpos circulantes contribuem para a ocorrência do halo nevo e que tal fato sugere que a reação vitiligóide possa significar uma rejeição do organismo a um melanoma inicial que esteja se desenvolvendo sobre uma lesão névica. Doentes com vitiligo e nevo halo apresentaram anticorpos antimelanócitos detectados pela imunofluorescência. O melhor substrato constituiu-se de células de melanoma cultivadas. Não houve diferenças significativas nas comparações entre vitiligo e nevo halo. OBJETIVOS O objetivo deste trabalho consiste em relatar um caso de nevo de Sutton, estabelecer o diagnóstico diferencial com o vitiligo e fazer revisão da literatura. CONCLUSÃO Conclui-se que os nevos melanocíticos são de ocorrência comum, o nevo de Sutton possui freqüência relativamente comum, e não necessariamente se relaciona ao vitiligo. Todavia, sua presença está cercada de certo receio na população pelo fato de ser considerado vitiligo. O nevo de Sutton é uma lesão benigna e há relatos de que pelo menos 50% dos halos nevos desaparecem espontaneamente, logo não necessita de tratamento. Com a destruição dos melanócitos o halo acrômico irá gradualmente desaparecer. REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS 1.AZULAY, RD, AZULAY, DR. Dermatologia, Guanabara Koogan, 4ª ed., 2006. 2.CAMPOS MGSC. Nevo halo e melanoma em regressão - uma avaliação da imunorreatividade com os marcadores HMB-45, Melan A e tirosinase. Tese de Doutorado. Rio de Janeiro: Rio de Janeiro, 2000. 3.COPEMAN PWM, ELLIOT PG. Melanoma cytoplasmic humoral antibody test. Br J Dermatol l976:94:565. 4.DU VIVIER, A, MCKEE, PH. Atlas of Clinical Dermatology, Gower Medical Publishing, 3rd ed., 2004. 5.FITIZPATRICK, TB, BERNHARD,JD. “The structure of skin lesions and fundamental of diagnosis.” In: FITZPATRICK, TB, EISEN, AZ, WOLFF, K, et al (Eds), Dermatology in General Medicine, 3rd ed., Mc Graw-Hill. 6. FRANK SB, COHEN HJ. The halo nevus. Arch Dermatol l964; 89:367. 7.SAMPAIO, SAP, RIVITTI, EA. Dermatologia, Artes Médicas 2ª ed., 2001. MATERIAIS E MÉTODOS Para tanto, utilizou-se a história clínica do paciente que constava em seu prontuário, cujos dados foram obtidos no ambulatório de dermatologia. De acordo com as normas éticas o paciente assinou um termo de consentimento. RELATO DE CASO FMR, masculino, leucodérmico, 28 anos, universitário, residente em Vassouras - RJ. Ao exame clínico, constataram-se lesões múltiplas, em vários estágios. Em uma mancha foi observado halo acrômico com nevo melanocítico, em outra, halo acrômico com regressão parcial do nevo, e ainda outras, de área acrômica com o nevo totalmente desaparecido. Há história familiar positiva (irmã) de nevo de Sutton. 1- Discentes do Curso de Medicina-USS 2- Docente do Curso de Medicina-USS VI ENIC - USS Seta única: nevo melanocítico com halo acrômico. Seta dupla: área acrômica com nevo totalmente desaparecido. Legenda: