SlideShare uma empresa Scribd logo
1 de 53
Baixar para ler offline
MÉTODOS DE DIAGNÓSTICO
MICROBIOLÓGICO E SOROLÓGICO
EMPREGADO NO DIAGNÓSTICO DE
INFECÇÕES VIRAIS
Professora Zilka Nanes Lima
Especialização em Microbiologia
Referências
• Aula predominante retirada dos seguintes livros:
 Santos, N.S.de O.; Romanos, M.T.V.; Wigg, M.D. Introdução à Virologia
Humana. 2ª edição. Editora Guanabara Koogan. Rio de Janeiro - RJ, 2008.
 Koneman et al. Diagnóstico Microbiológico. Texto e Atlas Colorido : 6ª
Edição São Paulo, SP. Panamericana, 2008.
 Jawets, Melnick e Adelberg. Microbiologia Médica. 25ª Edição. Ed.
ArtMed. Porto Alegre – RS, 2012.
 Levinson, W. Microbiologia Médica e Imunologia. 13ª Edição. Ed. ArtMed.
Porto Alegre – RS, 2016.
 Declaro que não há conflito de interesses. (Professora Zilka Nanes Lima)
Professora Zilka Nanes / Virologia Clínica 2
HISTÓRICO
A medicina virológica começou em 1898 
Loeffler e Frosh  descobriram que doença
dos pés e boca no gado era causada por vírus.
Em 1892, Guarnieri descreveu inclusões
intranucleares em tecidos com vírus da
varíola.
No final do século XX aumentou o número de
doenças atribuídas ao virus.
Primeiro método utilizado foi o sorológico.
Em 1929 Bedson e Bland  teste de fixação
do complemento detectar anticorpos contra
vírus vacínia e varicela-zoster.
Weller e Enders em 1948  Primeiro
isolamento de patógenos virais humanos
em cultura de células  até hoje é método
gold standard para o diagnóstico.
Em 1970 desenvolveu-se anticorpos
monoclonais  produção reagentes com
alta especificidade na década de 80.
Em 1985 - PCR  introdução de técnicas
moleculares  final de 1990 – PCR em
tempo real.
Professora Zilka Nanes / Virologia Clínica 3
MÉTODOS USADOS EM VIROLOGIA
1. Isolamento e identificação do vírus
2. Sorologia para detecção de antígenos e/ou
anticorpos
3.Detecção direta da partícula viral
4.Amplificação de ácidos nucléicos virais.
Professora Zilka Nanes / Virologia Clínica Fonte: adaptado de Santos , Romanos, Wigg, 2008. 4
As técnicas utilizadas para o diagnóstico laboratorial de uma virose pode ser
realizada com base em quatro parâmetros:
Tipos de materias para exame virológico
Local da lesão MC* para propagação viral MC* para exame direto
Trato respiratório Lavado de garganta, aspirado de
nasofaringe (crianças)
Aspirado de nasofaringe, lavado de
garganta
Sistema nervoso Central Liquor., sangue (arbovírus), fezes ou
swab retal, lavado de garganta
biópsia cerebral
Biópsia cerebral, liquor, esfregaço de
fragmentos de corno de Ammon no
hipocampo (raiva)
Trato entérico Fezes Fezes
Sistema cardiovascular Fezes Biópsia de tecido cardíaco
Pele Líquido de vesículas ou pústulas,
raspado de úlceras ou crostas, fezes,
swab de garganta
Líquido de vesícula ou pústula,
raspado de úlceras, crostas
Olhos Swab conjuntival Esfregaço conjuntival (clamídias)
Fígado Sangue (isolamento de vírus da febre
amarela)
Soros (HBsAg), fezes (hepatite A e E.
Infecções congênitas Lavado de garganta, placenta
(rubéola e CMV)
Biópsia de tecido do feto (CMV)
Febres de origem desconhecida Sangue heparinizado, lavado de
garganta, fezes e urina recente
Não descrito
Professora Zilka Nanes / Virologia Clínica *Material coletado Fonte: adaptado de Santos;Romanos;Wigg, et al., 2008. 5
ISOLAMENTO E IDENTIFICAÇÃO DE VÍRUS
 Isolamento  cultura em sistemas hospedeiros obrigatoriamente
vivos. O primeiro passo é a cultura.
1. Propagação viral em animais de laboratório
(atualmente usado para vírus da raiva e alguns coxsackievírus do
grupo A  camundongos – via intraperitoneal ou intracerebral)
(vírus humanos não-cultiváveis em outros sistemas  chimpazés)
2. Propagação viral em ovos embrionados
(vírus aviários, vírus da influenza, e para produção de alguns tipos
de vacinas).
3. Propagação de viral em cultura de células
Morfologia da células: do tipo epitelial (epitelióides) e células do
tio fibroblástico (fibroblastóides). – poliovírus, e muitos outros.
Professora Zilka Nanes / Virologia Clínica 6
Cultura de células
Alguns vírus e células de escolha para o seu isolamento
Vírus Célula (Nota)
Enterovírus MA-104, GMK
Rotavírus MA-104, Vero
Adenovírus HeLa, H´p-2, A549, KB, MRC-5
Alfavírus Vero, A549, MRC-5
Vírus herpes simples Vero, Hep-2, MRC-5, HeLa, WI-38
Vírus da influenza MDCK, HuH7, IMR-32, GBM8401
Professora Zilka Nanes / Virologia Clínica Fonte: adaptado de Santos; Romanos ; Wigg, 2008. 7
Nota: MA-104 e GMK (rim de macaco verde africano);
Vero (rim de macaco-verde);
HeLa (carcinoma de cérvix uterino humano);
Hep-2 (carcinoma de laringe humana);
A-549 (carcinoma de pulmão humano);
KB (carcinoma epidermóide humano);
MRC-5 E WI-38 (pulmão de embrião
humano);
MDCK (rim de cachorro);
HuH7 (hepatocarcinoma humano);
IMR-32 (neuroblastoma humano);
GBM8401 (glioblastoma humano).
ISOLAMENTO E IDENTIFICAÇÃO DE VÍRUS
 Identificação  Após crescimento do vírus
1. Depois de cultura em animais de laboratório
Identificação – verificar desenvolvimento de sintomas em 15 dias
2. Depois de cultura em ovos embrionados
Identificação – técnica de hemaglutinação (HA)/ Reações
sorológicas com soros padrões. / Visualização de pocks (pústulas que
são lesões esbranquiçadas e/ou hemorrágicas na membrana
corioalantóica).
3. Depois da cultura em células
Identificação – efeito citopático (CPE), refere-se a alterações na
morfologia em células individuais ou grupos de células induzidas pela
infecção viral.
Professora Zilka Nanes / Virologia Clínica 8
Cultura de células
Professora Zilka Nanes / Virologia Clínica 9
CULTURA DE VÍRUS - IDENTIFICAÇÃO
Professora Zilka Nanes / Virologia Clínica 10
Identificação após a cultura em ovos
Pocks = pústulas, lesões hemorrágicas
na membrana corioalantóica.
Identificação após
cultura em células
Efeito citopático
Identificação de vírus / Reação de hemaglutinação (HA)
- Não é uma reação sorológica, porque não envolve a ligação antígeno-anticorpo.
- Usado para detectar vírus hemaglutinantes (Fonte: Santos;Romanos;Wigg, 2008)
Professora Zilka Nanes / Virologia Clínica 11
Identificação de vírus / Reação de hemaglutinação (HA)
- Não é uma reação sorológica, porque não envolve a ligação antígeno-anticorpo.
- Usado para detectar vírus hemaglutinantes (Fonte: Santos;Romanos;Wigg, 2008)
Professora Zilka Nanes / Virologia Clínica 12
DIAGNÓSTICO SOROLÓGICO
Envolve ligação antígeno-anticorpo
 Aglutinação passiva ou pelo látex
 Inibição de Hemaglutinação
 Imunofluorescência (direta e indireta)
 Imunoperoxidade (IP)
 Imunoenzimático (ELISA ou EIA)
 Immunoblotting (Western blotting)
Professora Zilka Nanes / Virologia Clínica 13
DIAGNÓSTICO SOROLÓGICO
Envolve ligação antígeno-anticorpo
Aglutinação passiva ou pelo látex
- Pesquisa de anticorpos heterofílos da mononucleose.
Professora Zilka Nanes / Virologia Clínica 14
Aglutinação pelo látex (MONONUCLEOSE)
Envolve ligação antígeno-anticorpo
Professora Zilka Nanes / Virologia Clínica 15
DIAGNÓSTICO SOROLÓGICO
Envolve ligação antígeno-anticorpo
Hemaglutinação indireta (HI)
- A capacidade de hemaglutinação de um vírus é bloqueada quando esse vírus
reage com o anticorpo específico.
Professora Zilka Nanes / Virologia Clínica 16
Sem o vírus
Com o vírus: Etapa 1 – Anticorpo + vírus
Etapa 2 – Não tem a reação com o antígeno na hemácia
Etapa 3 – Inibição da aglutinação
 Leitura do teste quando
não se utiliza o vírus.
DIAGNÓSTICO SOROLÓGICO
Envolve ligação antígeno-anticorpo
Imunofluorescência
- Utiliza anticorpos marcados com corantes fluorescentes para revelar a formação de
imunocomplexo vírus-anticorpo.
- Os anticorpos são chamados de conjugados.
- Corante mais usado em virologia é o isotiocianato de fluoresceína (verde-amarelada).
- Leitura em microscópio de fluorescência
Imunofluorescência direta (IFD)
- Conjugado é adicionado a células infectadas por vírus que estão fixadas numa lâmina
de microscópio. Se houver a formação do complexo antígeno-anticorpo, observa-se no
microscópio a fluorescência.
Imunofluorescência indireta (IFI)
- Etapa 1: Anticorpos não-marcados são adicionados a células infectadas fixadas em
lâmina de microscópio.
- Etapa 2: É adicionado anti-imunoglobulina conjugado com fluorescência.
Professora Zilka Nanes / Virologia Clínica 17
DIAGNÓSTICO SOROLÓGICO
Envolve ligação antígeno-anticorpo
Imunofluorescência
Professora Zilka Nanes / Virologia Clínica 18
DIAGNÓSTICO SOROLÓGICO
Envolve ligação antígeno-anticorpo
Imunoperoxidase
- A reação envolve o uso de anticorpos marcados com a enzima peroxidase.
- Peroxidases são um grupo de enzimas oxirredutases que oxidam substratos
orgânicos, tendo o peróxido de hidrogénio como molécula aceitadora de elétrons.
S= substrato
S reduzido + H2O2 (peroxidase + cofator) -----> S oxidado + H2 O
Professora Zilka Nanes / Virologia Clínica 19
DIAGNÓSTICO SOROLÓGICO
Envolve ligação antígeno-anticorpo
Imunoenzimático (ELISA ou EIA)
– enzyma lynked imunosobert assay
- Detecção de imunocomplexo fixo em um suporte, usando para isto um anticorpo
conjugado a uma enzima.
- O resultado do teste é determinado por observação (avaliação qualitativa) ou
espectrofotométrica (avaliação quantitiva) da mudança de cor produzida pela ação da
enzima sobre o seu substrato.
(1) Formação do imunocomplexo (Ag-Ac)
(2) Adição do conjugado (Ac + enzima)
(3) Revelação (adiciona o substrato)
Professora Zilka Nanes / Virologia Clínica 20
DIAGNÓSTICO SOROLÓGICO
Envolve ligação antígeno-anticorpo
Imunoenzimático (ELISA ou EIA)
– enzyma lynked imunosobert assay
Professora Zilka Nanes / Virologia Clínica 21
DIAGNÓSTICO SOROLÓGICO
Envolve ligação antígeno-anticorpo
Imunoenzimático (ELISA ou EIA)
– enzyma lynked imunosobert assay
Professora Zilka Nanes / Virologia Clínica 22
(HRP)enzima
horseradish
peroxidase.
DIAGNÓSTICO SOROLÓGICO
Envolve ligação antígeno-anticorpo
Immunoblotting (Western Blotting – WE)
- É um imunoensaio em suporte sólido que utiliza antígenos virais imbilizados
para detectar anticorpos contra proteínas específicas.
-Teste amplamente utilizado para confirmar EIA positivo para HIV.
Procedimento:
(1) Separação das proteínas virais em SDS-page (eletroforese em gel de
poliacrilamida contendo duodecil sulfato de sódio)
(2) As bandas resultantes são transferidas (blotting) para uma membrana de
nitrocelulose.
(3) O soro humano teste (contendo anticorpos para as proteínas virais) é
adicionado
(4) Anticorpo anti-imunoglobulina humana marcado com enzima é adicionado.
Professora Zilka Nanes / Virologia Clínica 23
Immunoblotting (Western Blotting – WE)
Professora Zilka Nanes / Virologia Clínica 24
DIAGNÓSTICO SOROLÓGICO
Envolve ligação antígeno-anticorpo
Immunobloting (Western Blotting – WE)
-
Professora Zilka Nanes / Virologia Clínica 25
DIAGNÓSTICO SOROLÓGICO
Envolve ligação antígeno-anticorpo
Immunobloting (Western Blotting – WE)
Professora Zilka Nanes / Virologia Clínica 26
DIAGNÓSTICO SOROLÓGICO
Envolve ligação antígeno-anticorpo
 Immunobloting (Western Blotting – WE)
-
Professora Zilka Nanes / Virologia Clínica 27
HIV-2
Western Blotting para HIV
Professora Zilka Nanes / Virologia Clínica 28
Immunoblotting (Western Blotting – WE)
Professora Zilka Nanes / Virologia Clínica 29
DIAGNÓSTICO MOLECULAR
Técnicas baseadas na Biologia Molecular  sequências únicas do ácido nucléico viral
Eletroforese em gel de poliacrilamida (PAGE)
 Polimerase Chain Reaction (PCR)
 Multiplex – PCR
 PCR em tempo real (uma das técnicas utilizadas para quantificar o ácido nucleico viral)
 Hybrid Capture Assay (HCA)
Professora Zilka Nanes / Virologia Clínica 30
DIAGNÓSTICO MOLECULAR
Técnicas baseadas na Biologia Molecular  sequências únicas do ácido nucléico viral
Eletroforese em gel de poliacrilamida (PAGE)
- Consiste na separação através do tamanho molecular, dos segmentos
genômicos virais em gel de poliacrilamida. - Coloração do gel com nitrato de
prata.
Professora Zilka Nanes /
Virologia Clínica
31
DIAGNÓSTICO MOLECULAR
Técnicas baseadas na Biologia Molecular  sequências únicas do ácido nucléico viral
Polimerase Chain Reaction (PCR)
-Técnica de amplificação usada para sintetizar,
in vitro, sequencias específicas de DNA.
Professora Zilka Nanes / Virologia Clínica 32Termociclador
DIAGNÓSTICO MOLECULAR
Técnicas baseadas na Biologia Molecular  sequências únicas do ácido nucléico viral
Polimerase Chain Reaction (PCR)
Professora Zilka Nanes / Virologia Clínica 33Termociclador
Polimerase Chain Reaction – Leitura de Gel de
agarose com brometo de etídio em luz UV.
http://www.scielo.br/scielo.php?script=sci_arttext&pid=S0037-86822013000500625
• FIGURE 1 Amplified viral nucleic acids from commercial control dilutions after agarose gel electrophoresis,
ethidium bromide staining and UV transillumination. Lane 1: negative control. Lane 2: negative nucleic
acid amplification (1 copy/µL of HSV). Lanes 3 to 7: samples containing HSV DNA (dilutions of 5, 10, 50, 75
and 100 copies/µL, respectively). Lane 8: 100 to 1,000 bp MWM; Lanes 9 and 10: negative nucleic acid
amplification (1 and 5 copies/µL of VZV, respectively). Lanes 11 to 14: samples containing VZV DNA
(dilutions 10, 50, 75 and 100 copies/µL, respectively). HSV: herpes simplex virus; VZV: varicella zoster
virus; DNA: deoxyribonucleic acid; UV: ultraviolet; MWM: molecular weight marker.
Professora Zilka Nanes / Virologia Clínica 34
Polimerase Chain Reaction (PCR)
Eletroforese em gel de agarose
Professora Zilka Nanes / Virologia Clínica 35
Polimerase Chain Reaction (PCR)
Leitura do gel com luz UV
Professora Zilka Nanes / Virologia Clínica 36
DIAGNÓSTICO MOLECULAR
Técnicas baseadas na Biologia Molecular  sequências únicas do ácido nucléico viral
Multiplex – PCR
- Variação da técnica de PCR,
possibilitando a detecção de
múltiplos alvos na mesma reação.
- Existem protocolos para detecção
vírus respiratórios, enterovírus,
herpesvírus.
- Também para detecção simultânea
de vírus e protozoários (Epstein Barr
e Toxoplasma gondii).
Professora Zilka Nanes / Virologia Clínica 37
DIAGNÓSTICO MOLECULAR
Técnicas baseadas na Biologia Molecular  sequências únicas do ácido nucléico viral
Multiplex – PCR
- Variação da técnica de PCR, possibilitando a detecção de múltiplos alvos na mesma reação.
Professora Zilka Nanes / Virologia Clínica 38
DIAGNÓSTICO MOLECULAR
Técnicas baseadas na Biologia Molecular  sequências únicas do ácido nucléico viral
PCR em tempo real
 É possível acompanhar visualmente o progresso da amplificação do produto da PCR.
 Utilização de primers, sondas, ou produtos amplificados marcados com moléculas
fluorescentes.
 Estes produtos marcados produzem um mudança no sinal após interação direta com o
produto amplificado.
Professora Zilka Nanes / Virologia
Clínica
39
DIAGNÓSTICO MOLECULAR
Técnicas baseadas na Biologia Molecular  sequências únicas do ácido nucléico viral
PCR em tempo real
Professora Zilka Nanes / Virologia Clínica Fonte: Santos, Romanos, Wigg; 2008 40
DIAGNÓSTICO MOLECULAR
Técnicas baseadas na Biologia Molecular  sequências únicas do ácido nucléico viral
 PCR em tempo real
Professora Zilka Nanes / Virologia Clínica Fonte: Santos; Romanos; Wigg,
2008
41
Fase de transição
Fase de platô
Fase linear
DIAGNÓSTICO MOLECULAR
Técnicas baseadas na Biologia Molecular  sequências únicas do ácido nucléico viral
PCR em tempo real
Vídeo não carregou
Professora Zilka Nanes / Virologia
Clínica
42
DIAGNÓSTICO MOLECULAR
Técnicas baseadas na Biologia Molecular  sequências únicas do ácido nucléico viral
Hybrid Capture Assay (HCA)
 Disponíveis para quantificação do HCMV e do HBV.
 Sondas de RNA se ligam ao DNA-alvo do vírus, os híbridos RNA-DNA são
capturados por um anticorpo ligado a uma fase sólida . Depois é usado outro
anticorpo marcado com fosfatase alcalina ou quimioluminescêcia.
Professora Zilka Nanes / Virologia
Clínica
43
•DIAGNÓSTICO MOLECULAR
Real Time NASBA + Hibridação sondas
Amplifica mRNA a 41ºC com trasncriptase reversa aviária.
Professora Zilka Nanes / Virologia Clínica 44
NASBA (Nucleic Acid Specific Based Amplification)
Quimioluminescência
 Conceito - é a emissão de luz não acompanhada
da emissão de calor em consequência de uma
reação química.
 Dois produtos químicos reagem para formar um
intermediário excitado (de alta energia), que se
decompõe libertando parte da sua energia como
fotóns de luz. As reações quimioluminescentes
habitualmente não libertam muito calor, uma vez
que a energia é libertada sob a forma de luz.
 O luminol produz uma luz quando reage com um
agente oxidante.
Professora Zilka Nanes / Virologia Clínica 45
Quimioluminescência
• Exames feitos por quimiolusminência são basicamente
automaitizados.
• Quantificam Ag ou Ac presentes no soro. São muito usados
para dosagem de hormônios, marcadores tumorais e
dosagem de anticorpos séricos.
• A técnica se baseia na ligação Ag-Ac. Como no ELISA, um
dos dois reagentes é conjugado com uma substãncia que
quando ativada, emite luz vísivel. A luz emitida é
proporcional a concentração da molécula pesquisada.
• Os tipos mais usados: competição e sanduiche.
Professora Zilka Nanes / Virologia Clínica 46
Quimioluminescência
• Figura 1: Movimento entre níveis eletrônicos. Um átomo de hidrogênio no seu estado
fundamental. Um único elétron encontra-se no nível n = 1. Cada nível eletrônico tem a
sua própria energia.
Quando o átomo de hidrogênio absorve um quantum (quantidade definida) de
energia, é promovido para um nível de energia superior (nível n = 2) e passa a estar num
estado excitado (de alta energia). Um asterisco (*) é colocado junto à molécula para
indicar este estado.
Professora Zilka Nanes / Virologia Clínica http://www.scienceinschool.org/pt/2011/issue19/chemiluminescence 47
*
Quimioluminescência
• O elétron regressa à sua posição original no estado fundamental (nível n = 1).
Neste processo, uma quantidade de energia (um fóton) é libertada sob a forma de
radiação eletromagnética. O comprimento de onda depende da quantidade de
energia. Se o comprimento de onda encontra-se dentro da gama da luz visível, a
transição eletrônica será observada como luz de uma cor específica. O
comprimento de onda determina a cor (ver a Figura abaixo)
Professora Zilka Nanes / Virologia Clínica Imagem cortesia de Chemistry Review
48
Quimioluminescência
• Muito utilizada em análises clínicas.
 ELISA sanduíche na quimioluminescência.
Professora Zilka Nanes / Virologia Clínica 49
Quimioluminescência
Professora Zilka Nanes / Virologia Clínica 50
Immulite ® 1000
Professora Zilka Nanes / Virologia Clínica 51
Immulite ® 2000
Professora Zilka Nanes / Virologia Clínica 52
OBRIGADA
zilkananeslima@gmail.com
Professora Zilka Nanes / Virologia Clínica 53

Mais conteúdo relacionado

Mais procurados

Mais procurados (20)

ICSA32 - Antigen Discovery
ICSA32 - Antigen DiscoveryICSA32 - Antigen Discovery
ICSA32 - Antigen Discovery
 
Diagnóstico Molecular das Viroses Respiratórias
Diagnóstico Molecular das Viroses RespiratóriasDiagnóstico Molecular das Viroses Respiratórias
Diagnóstico Molecular das Viroses Respiratórias
 
Virologia Clínica Parte 2 Imunologia 2017 [Profa.Zilka]
Virologia Clínica Parte 2 Imunologia 2017 [Profa.Zilka]Virologia Clínica Parte 2 Imunologia 2017 [Profa.Zilka]
Virologia Clínica Parte 2 Imunologia 2017 [Profa.Zilka]
 
Resumo teórico de virologia
Resumo teórico de virologiaResumo teórico de virologia
Resumo teórico de virologia
 
Precipitacao
PrecipitacaoPrecipitacao
Precipitacao
 
Ap8 - Imunofluorescencia
Ap8 - ImunofluorescenciaAp8 - Imunofluorescencia
Ap8 - Imunofluorescencia
 
Quimioluminescencia
QuimioluminescenciaQuimioluminescencia
Quimioluminescencia
 
Virologia Clínica Parte 3 Viroses Humanas [Profa.Zilka]
Virologia Clínica Parte 3  Viroses Humanas [Profa.Zilka]Virologia Clínica Parte 3  Viroses Humanas [Profa.Zilka]
Virologia Clínica Parte 3 Viroses Humanas [Profa.Zilka]
 
Virologia - Super super med
Virologia - Super super medVirologia - Super super med
Virologia - Super super med
 
Virus - Anglo Santos Dumont
Virus - Anglo Santos DumontVirus - Anglo Santos Dumont
Virus - Anglo Santos Dumont
 
Imunofluorescencia
ImunofluorescenciaImunofluorescencia
Imunofluorescencia
 
Diagnóstico anclivepa
Diagnóstico anclivepaDiagnóstico anclivepa
Diagnóstico anclivepa
 
Biologia- Virus
Biologia- VirusBiologia- Virus
Biologia- Virus
 
Biologia - vírus e príon
Biologia - vírus e príonBiologia - vírus e príon
Biologia - vírus e príon
 
ICSA17 - Resposta Imune a infecções PDF
ICSA17 - Resposta Imune a infecções PDFICSA17 - Resposta Imune a infecções PDF
ICSA17 - Resposta Imune a infecções PDF
 
I M U N O F L U O R E S C E N C I A
I M U N O F L U O R E S C E N C I AI M U N O F L U O R E S C E N C I A
I M U N O F L U O R E S C E N C I A
 
Imunohistoquimica
ImunohistoquimicaImunohistoquimica
Imunohistoquimica
 
Os vírus
Os vírusOs vírus
Os vírus
 
Anticorpos Monoclonais
Anticorpos MonoclonaisAnticorpos Monoclonais
Anticorpos Monoclonais
 
Aglutinacao
AglutinacaoAglutinacao
Aglutinacao
 

Semelhante a Virologia Clínica Parte 4 Diagnóstico Laboratorial [Profa.Zilka]

Laboratório em Reumatologia
Laboratório em ReumatologiaLaboratório em Reumatologia
Laboratório em ReumatologiaPaulo Alambert
 
Laboratório em Reumatologia
Laboratório em ReumatologiaLaboratório em Reumatologia
Laboratório em Reumatologiapauloalambert
 
Leptospira Interrogans e Treponema pallidum
Leptospira Interrogans e Treponema pallidumLeptospira Interrogans e Treponema pallidum
Leptospira Interrogans e Treponema pallidumLuizaBiomed
 
O Anticorpo anti-citoplasma de neutrófilo nas Vasculites Pulmonares
O Anticorpo anti-citoplasma de neutrófilo nas Vasculites PulmonaresO Anticorpo anti-citoplasma de neutrófilo nas Vasculites Pulmonares
O Anticorpo anti-citoplasma de neutrófilo nas Vasculites PulmonaresFlávia Salame
 
Pneumonias (e Fibrose Cística)
Pneumonias (e Fibrose Cística) Pneumonias (e Fibrose Cística)
Pneumonias (e Fibrose Cística) Mônica Firmida
 
4ª DiagnóStico Laboratorial
4ª  DiagnóStico Laboratorial4ª  DiagnóStico Laboratorial
4ª DiagnóStico LaboratorialRenato Moura
 
Imunodiagnóstico de doenças infecciosas
Imunodiagnóstico de doenças infecciosasImunodiagnóstico de doenças infecciosas
Imunodiagnóstico de doenças infecciosasSandra Lago Moraes
 
Aula de exames sorologia
Aula de exames sorologiaAula de exames sorologia
Aula de exames sorologiaRamon Mendes
 
Aula de exames_sorologicos_e_bioquimicos
Aula de exames_sorologicos_e_bioquimicosAula de exames_sorologicos_e_bioquimicos
Aula de exames_sorologicos_e_bioquimicosKEYTIANE JVA
 
Antibióticos - Seminario UFPB - Prof Evanizio Roque
Antibióticos - Seminario UFPB - Prof Evanizio RoqueAntibióticos - Seminario UFPB - Prof Evanizio Roque
Antibióticos - Seminario UFPB - Prof Evanizio RoqueBarbara Queiroz
 
Caso Clínico de Leishmaniose
Caso Clínico de LeishmanioseCaso Clínico de Leishmaniose
Caso Clínico de LeishmanioseKarina Pereira
 
Carbapenemase NDM em não-baumannii na China
Carbapenemase NDM em não-baumannii na ChinaCarbapenemase NDM em não-baumannii na China
Carbapenemase NDM em não-baumannii na ChinaIvson Cassiano
 

Semelhante a Virologia Clínica Parte 4 Diagnóstico Laboratorial [Profa.Zilka] (20)

Laboratório em Reumatologia
Laboratório em ReumatologiaLaboratório em Reumatologia
Laboratório em Reumatologia
 
Laboratório
LaboratórioLaboratório
Laboratório
 
Laboratório
LaboratórioLaboratório
Laboratório
 
Laboratório em Reumatologia
Laboratório em ReumatologiaLaboratório em Reumatologia
Laboratório em Reumatologia
 
Leptospira Interrogans e Treponema pallidum
Leptospira Interrogans e Treponema pallidumLeptospira Interrogans e Treponema pallidum
Leptospira Interrogans e Treponema pallidum
 
Leptospirose
LeptospiroseLeptospirose
Leptospirose
 
O Anticorpo anti-citoplasma de neutrófilo nas Vasculites Pulmonares
O Anticorpo anti-citoplasma de neutrófilo nas Vasculites PulmonaresO Anticorpo anti-citoplasma de neutrófilo nas Vasculites Pulmonares
O Anticorpo anti-citoplasma de neutrófilo nas Vasculites Pulmonares
 
Pneumonias (e Fibrose Cística)
Pneumonias (e Fibrose Cística) Pneumonias (e Fibrose Cística)
Pneumonias (e Fibrose Cística)
 
Viroses x antivirais
Viroses x antiviraisViroses x antivirais
Viroses x antivirais
 
Patogenicidade Bacteriana
Patogenicidade BacterianaPatogenicidade Bacteriana
Patogenicidade Bacteriana
 
4ª DiagnóStico Laboratorial
4ª  DiagnóStico Laboratorial4ª  DiagnóStico Laboratorial
4ª DiagnóStico Laboratorial
 
Imunodiagnóstico de doenças infecciosas
Imunodiagnóstico de doenças infecciosasImunodiagnóstico de doenças infecciosas
Imunodiagnóstico de doenças infecciosas
 
HIV
HIVHIV
HIV
 
Aula de exames sorologia
Aula de exames sorologiaAula de exames sorologia
Aula de exames sorologia
 
Aula de exames_sorologicos_e_bioquimicos
Aula de exames_sorologicos_e_bioquimicosAula de exames_sorologicos_e_bioquimicos
Aula de exames_sorologicos_e_bioquimicos
 
Antibióticos - Seminario UFPB - Prof Evanizio Roque
Antibióticos - Seminario UFPB - Prof Evanizio RoqueAntibióticos - Seminario UFPB - Prof Evanizio Roque
Antibióticos - Seminario UFPB - Prof Evanizio Roque
 
Caso Clínico de Leishmaniose
Caso Clínico de LeishmanioseCaso Clínico de Leishmaniose
Caso Clínico de Leishmaniose
 
Enteroparasitoses 75
Enteroparasitoses   75Enteroparasitoses   75
Enteroparasitoses 75
 
Imunidade inata farmácia
Imunidade inata farmáciaImunidade inata farmácia
Imunidade inata farmácia
 
Carbapenemase NDM em não-baumannii na China
Carbapenemase NDM em não-baumannii na ChinaCarbapenemase NDM em não-baumannii na China
Carbapenemase NDM em não-baumannii na China
 

Mais de Profª. Zilka Nanes Lima - UEPB - Microbiologia e Imunologia

Mais de Profª. Zilka Nanes Lima - UEPB - Microbiologia e Imunologia (13)

AÇÃO MODULADORA DE EXTRATOS ETANÓLICOS DE PLANTAS MEDICINAIS SOBRE ANTIBIÓTIC...
AÇÃO MODULADORA DE EXTRATOS ETANÓLICOS DE PLANTAS MEDICINAIS SOBRE ANTIBIÓTIC...AÇÃO MODULADORA DE EXTRATOS ETANÓLICOS DE PLANTAS MEDICINAIS SOBRE ANTIBIÓTIC...
AÇÃO MODULADORA DE EXTRATOS ETANÓLICOS DE PLANTAS MEDICINAIS SOBRE ANTIBIÓTIC...
 
Aula Extra_ImunologiaBásica_Citocinas_[Profª.Zilka]
Aula Extra_ImunologiaBásica_Citocinas_[Profª.Zilka]Aula Extra_ImunologiaBásica_Citocinas_[Profª.Zilka]
Aula Extra_ImunologiaBásica_Citocinas_[Profª.Zilka]
 
Parte_6_ImunologiaBásica_Hipersensibilidade [Profª.Zilka]
Parte_6_ImunologiaBásica_Hipersensibilidade [Profª.Zilka]Parte_6_ImunologiaBásica_Hipersensibilidade [Profª.Zilka]
Parte_6_ImunologiaBásica_Hipersensibilidade [Profª.Zilka]
 
Parte_5_ImunologiaBásica_Imunidade_Adquirida_MHC [Profª.Zilka]
Parte_5_ImunologiaBásica_Imunidade_Adquirida_MHC [Profª.Zilka]Parte_5_ImunologiaBásica_Imunidade_Adquirida_MHC [Profª.Zilka]
Parte_5_ImunologiaBásica_Imunidade_Adquirida_MHC [Profª.Zilka]
 
Parte_4_ImunologiaBásica_Órgãos_e_Células_do_Sistema_Imune [Profª.Zilka]
Parte_4_ImunologiaBásica_Órgãos_e_Células_do_Sistema_Imune [Profª.Zilka]Parte_4_ImunologiaBásica_Órgãos_e_Células_do_Sistema_Imune [Profª.Zilka]
Parte_4_ImunologiaBásica_Órgãos_e_Células_do_Sistema_Imune [Profª.Zilka]
 
Parte_2_ImunologiaBásica_Antígenos_Anticorpos_Complemento_ [Profª.Zilka]
Parte_2_ImunologiaBásica_Antígenos_Anticorpos_Complemento_ [Profª.Zilka]Parte_2_ImunologiaBásica_Antígenos_Anticorpos_Complemento_ [Profª.Zilka]
Parte_2_ImunologiaBásica_Antígenos_Anticorpos_Complemento_ [Profª.Zilka]
 
Parte_1_ImunologiaBásica_ Relação_Parasito-Hospedeiro_[Profª.Zilka]
Parte_1_ImunologiaBásica_ Relação_Parasito-Hospedeiro_[Profª.Zilka]Parte_1_ImunologiaBásica_ Relação_Parasito-Hospedeiro_[Profª.Zilka]
Parte_1_ImunologiaBásica_ Relação_Parasito-Hospedeiro_[Profª.Zilka]
 
Parte_0_ImunologiaBásica_Introdução à Imunologia_[Profª.Zilka]
Parte_0_ImunologiaBásica_Introdução à Imunologia_[Profª.Zilka]Parte_0_ImunologiaBásica_Introdução à Imunologia_[Profª.Zilka]
Parte_0_ImunologiaBásica_Introdução à Imunologia_[Profª.Zilka]
 
Conceitos para entender o Currículo Lattes...[Profa.zilka]
Conceitos para entender o Currículo Lattes...[Profa.zilka]Conceitos para entender o Currículo Lattes...[Profa.zilka]
Conceitos para entender o Currículo Lattes...[Profa.zilka]
 
Tutorial_Adicionar no Currículo Lattes_trabalhos publicados em anais de eventos
Tutorial_Adicionar no Currículo Lattes_trabalhos publicados em anais de eventosTutorial_Adicionar no Currículo Lattes_trabalhos publicados em anais de eventos
Tutorial_Adicionar no Currículo Lattes_trabalhos publicados em anais de eventos
 
Virologia Clínica Parte 1 Básico 2017 [Profa.Zilka]
Virologia Clínica Parte 1 Básico 2017 [Profa.Zilka]Virologia Clínica Parte 1 Básico 2017 [Profa.Zilka]
Virologia Clínica Parte 1 Básico 2017 [Profa.Zilka]
 
Diferenças entre micro-organismos - conceitos em taxonomia e sistemática [Pro...
Diferenças entre micro-organismos - conceitos em taxonomia e sistemática [Pro...Diferenças entre micro-organismos - conceitos em taxonomia e sistemática [Pro...
Diferenças entre micro-organismos - conceitos em taxonomia e sistemática [Pro...
 
Microbiologia: áreas de atuação no Brasil (segundo SBM)
Microbiologia: áreas de atuação no Brasil (segundo SBM)Microbiologia: áreas de atuação no Brasil (segundo SBM)
Microbiologia: áreas de atuação no Brasil (segundo SBM)
 

Último

Aula 1 - Clínica Cirurgica -organização, estrutura, funcionamento.pdf
Aula 1 - Clínica Cirurgica -organização, estrutura, funcionamento.pdfAula 1 - Clínica Cirurgica -organização, estrutura, funcionamento.pdf
Aula 1 - Clínica Cirurgica -organização, estrutura, funcionamento.pdfGiza Carla Nitz
 
PRINCIPAIS DOENÇAS DO SISTEMA DIGESTÓRIO (1).pptx
PRINCIPAIS DOENÇAS DO SISTEMA DIGESTÓRIO (1).pptxPRINCIPAIS DOENÇAS DO SISTEMA DIGESTÓRIO (1).pptx
PRINCIPAIS DOENÇAS DO SISTEMA DIGESTÓRIO (1).pptxEmanuellaFreitasDiog
 
Aula 4- Biologia Celular - Membrana Plasmática. pptx.pdf
Aula 4- Biologia Celular - Membrana Plasmática. pptx.pdfAula 4- Biologia Celular - Membrana Plasmática. pptx.pdf
Aula 4- Biologia Celular - Membrana Plasmática. pptx.pdfGiza Carla Nitz
 
aula de codigo de etica dos profissionais da enfermagem
aula de codigo de etica dos profissionais da  enfermagemaula de codigo de etica dos profissionais da  enfermagem
aula de codigo de etica dos profissionais da enfermagemvaniceandrade1
 
Encontro Clínico e Operações - Fotos do Evento
Encontro Clínico e Operações - Fotos do EventoEncontro Clínico e Operações - Fotos do Evento
Encontro Clínico e Operações - Fotos do Eventowisdombrazil
 
Aula 4 - Centro Cirúrgico -Materiais.pdf
Aula 4 - Centro Cirúrgico -Materiais.pdfAula 4 - Centro Cirúrgico -Materiais.pdf
Aula 4 - Centro Cirúrgico -Materiais.pdfGiza Carla Nitz
 
Aula 3 - Epidemiologia - Conceito e História.pdf
Aula 3 - Epidemiologia - Conceito e História.pdfAula 3 - Epidemiologia - Conceito e História.pdf
Aula 3 - Epidemiologia - Conceito e História.pdfGiza Carla Nitz
 
Aula 7 - Tempos Cirurgicos - A Cirurgia Passo A Passo - PARTE 1.pdf
Aula 7 - Tempos Cirurgicos - A Cirurgia Passo A Passo - PARTE 1.pdfAula 7 - Tempos Cirurgicos - A Cirurgia Passo A Passo - PARTE 1.pdf
Aula 7 - Tempos Cirurgicos - A Cirurgia Passo A Passo - PARTE 1.pdfGiza Carla Nitz
 
Aula 2 - Contrução do SUS - Linha do Tempo da Saúde no Brasil.pdf
Aula 2 - Contrução do SUS - Linha do Tempo da Saúde no Brasil.pdfAula 2 - Contrução do SUS - Linha do Tempo da Saúde no Brasil.pdf
Aula 2 - Contrução do SUS - Linha do Tempo da Saúde no Brasil.pdfGiza Carla Nitz
 
Nutrição Enteral e parenteral para enfermagem .pdf
Nutrição Enteral e parenteral para enfermagem .pdfNutrição Enteral e parenteral para enfermagem .pdf
Nutrição Enteral e parenteral para enfermagem .pdfThiagoAlmeida458596
 
Aula 3- CME - Tipos de Instrumentais - Pacotes -.pdf
Aula 3- CME - Tipos de Instrumentais -  Pacotes -.pdfAula 3- CME - Tipos de Instrumentais -  Pacotes -.pdf
Aula 3- CME - Tipos de Instrumentais - Pacotes -.pdfGiza Carla Nitz
 
Aula 4 - Sistema Articular- Anatomia Humana.pdf
Aula 4 - Sistema Articular- Anatomia Humana.pdfAula 4 - Sistema Articular- Anatomia Humana.pdf
Aula 4 - Sistema Articular- Anatomia Humana.pdfGiza Carla Nitz
 
Aula 8 - Primeiros Socorros - IAM- INFARTO AGUDO DO MIOCARDIO.pdf
Aula 8 - Primeiros Socorros - IAM- INFARTO AGUDO DO MIOCARDIO.pdfAula 8 - Primeiros Socorros - IAM- INFARTO AGUDO DO MIOCARDIO.pdf
Aula 8 - Primeiros Socorros - IAM- INFARTO AGUDO DO MIOCARDIO.pdfGiza Carla Nitz
 
Aula 3- Biologia Celular - Componente da Celula Eucarionte Animal - Parte 1.pdf
Aula 3- Biologia Celular - Componente da Celula Eucarionte Animal  - Parte 1.pdfAula 3- Biologia Celular - Componente da Celula Eucarionte Animal  - Parte 1.pdf
Aula 3- Biologia Celular - Componente da Celula Eucarionte Animal - Parte 1.pdfGiza Carla Nitz
 
Aula 9 - Doenças Transmitidas Por Vetores.pdf
Aula 9 - Doenças Transmitidas Por Vetores.pdfAula 9 - Doenças Transmitidas Por Vetores.pdf
Aula 9 - Doenças Transmitidas Por Vetores.pdfGiza Carla Nitz
 
Aula 6 - Sistema Circulatório cardiovascular - Anatomia humana.pdf
Aula 6 - Sistema Circulatório cardiovascular - Anatomia humana.pdfAula 6 - Sistema Circulatório cardiovascular - Anatomia humana.pdf
Aula 6 - Sistema Circulatório cardiovascular - Anatomia humana.pdfGiza Carla Nitz
 
Aula 3- Conhecendo o Instrumental Cirúrgico.pdf
Aula 3-  Conhecendo o Instrumental Cirúrgico.pdfAula 3-  Conhecendo o Instrumental Cirúrgico.pdf
Aula 3- Conhecendo o Instrumental Cirúrgico.pdfGiza Carla Nitz
 
Histologia- Tecido muscular e nervoso.pdf
Histologia- Tecido muscular e nervoso.pdfHistologia- Tecido muscular e nervoso.pdf
Histologia- Tecido muscular e nervoso.pdfzsasukehdowna
 
Aula 11 - Prevenção e Controle da Hanseníase e Tuberculose - Parte II.pdf
Aula 11 - Prevenção e Controle da Hanseníase e Tuberculose - Parte II.pdfAula 11 - Prevenção e Controle da Hanseníase e Tuberculose - Parte II.pdf
Aula 11 - Prevenção e Controle da Hanseníase e Tuberculose - Parte II.pdfGiza Carla Nitz
 
Aula 5 - Sistema Muscular- Anatomia Humana.pdf
Aula 5 - Sistema Muscular- Anatomia Humana.pdfAula 5 - Sistema Muscular- Anatomia Humana.pdf
Aula 5 - Sistema Muscular- Anatomia Humana.pdfGiza Carla Nitz
 

Último (20)

Aula 1 - Clínica Cirurgica -organização, estrutura, funcionamento.pdf
Aula 1 - Clínica Cirurgica -organização, estrutura, funcionamento.pdfAula 1 - Clínica Cirurgica -organização, estrutura, funcionamento.pdf
Aula 1 - Clínica Cirurgica -organização, estrutura, funcionamento.pdf
 
PRINCIPAIS DOENÇAS DO SISTEMA DIGESTÓRIO (1).pptx
PRINCIPAIS DOENÇAS DO SISTEMA DIGESTÓRIO (1).pptxPRINCIPAIS DOENÇAS DO SISTEMA DIGESTÓRIO (1).pptx
PRINCIPAIS DOENÇAS DO SISTEMA DIGESTÓRIO (1).pptx
 
Aula 4- Biologia Celular - Membrana Plasmática. pptx.pdf
Aula 4- Biologia Celular - Membrana Plasmática. pptx.pdfAula 4- Biologia Celular - Membrana Plasmática. pptx.pdf
Aula 4- Biologia Celular - Membrana Plasmática. pptx.pdf
 
aula de codigo de etica dos profissionais da enfermagem
aula de codigo de etica dos profissionais da  enfermagemaula de codigo de etica dos profissionais da  enfermagem
aula de codigo de etica dos profissionais da enfermagem
 
Encontro Clínico e Operações - Fotos do Evento
Encontro Clínico e Operações - Fotos do EventoEncontro Clínico e Operações - Fotos do Evento
Encontro Clínico e Operações - Fotos do Evento
 
Aula 4 - Centro Cirúrgico -Materiais.pdf
Aula 4 - Centro Cirúrgico -Materiais.pdfAula 4 - Centro Cirúrgico -Materiais.pdf
Aula 4 - Centro Cirúrgico -Materiais.pdf
 
Aula 3 - Epidemiologia - Conceito e História.pdf
Aula 3 - Epidemiologia - Conceito e História.pdfAula 3 - Epidemiologia - Conceito e História.pdf
Aula 3 - Epidemiologia - Conceito e História.pdf
 
Aula 7 - Tempos Cirurgicos - A Cirurgia Passo A Passo - PARTE 1.pdf
Aula 7 - Tempos Cirurgicos - A Cirurgia Passo A Passo - PARTE 1.pdfAula 7 - Tempos Cirurgicos - A Cirurgia Passo A Passo - PARTE 1.pdf
Aula 7 - Tempos Cirurgicos - A Cirurgia Passo A Passo - PARTE 1.pdf
 
Aula 2 - Contrução do SUS - Linha do Tempo da Saúde no Brasil.pdf
Aula 2 - Contrução do SUS - Linha do Tempo da Saúde no Brasil.pdfAula 2 - Contrução do SUS - Linha do Tempo da Saúde no Brasil.pdf
Aula 2 - Contrução do SUS - Linha do Tempo da Saúde no Brasil.pdf
 
Nutrição Enteral e parenteral para enfermagem .pdf
Nutrição Enteral e parenteral para enfermagem .pdfNutrição Enteral e parenteral para enfermagem .pdf
Nutrição Enteral e parenteral para enfermagem .pdf
 
Aula 3- CME - Tipos de Instrumentais - Pacotes -.pdf
Aula 3- CME - Tipos de Instrumentais -  Pacotes -.pdfAula 3- CME - Tipos de Instrumentais -  Pacotes -.pdf
Aula 3- CME - Tipos de Instrumentais - Pacotes -.pdf
 
Aula 4 - Sistema Articular- Anatomia Humana.pdf
Aula 4 - Sistema Articular- Anatomia Humana.pdfAula 4 - Sistema Articular- Anatomia Humana.pdf
Aula 4 - Sistema Articular- Anatomia Humana.pdf
 
Aula 8 - Primeiros Socorros - IAM- INFARTO AGUDO DO MIOCARDIO.pdf
Aula 8 - Primeiros Socorros - IAM- INFARTO AGUDO DO MIOCARDIO.pdfAula 8 - Primeiros Socorros - IAM- INFARTO AGUDO DO MIOCARDIO.pdf
Aula 8 - Primeiros Socorros - IAM- INFARTO AGUDO DO MIOCARDIO.pdf
 
Aula 3- Biologia Celular - Componente da Celula Eucarionte Animal - Parte 1.pdf
Aula 3- Biologia Celular - Componente da Celula Eucarionte Animal  - Parte 1.pdfAula 3- Biologia Celular - Componente da Celula Eucarionte Animal  - Parte 1.pdf
Aula 3- Biologia Celular - Componente da Celula Eucarionte Animal - Parte 1.pdf
 
Aula 9 - Doenças Transmitidas Por Vetores.pdf
Aula 9 - Doenças Transmitidas Por Vetores.pdfAula 9 - Doenças Transmitidas Por Vetores.pdf
Aula 9 - Doenças Transmitidas Por Vetores.pdf
 
Aula 6 - Sistema Circulatório cardiovascular - Anatomia humana.pdf
Aula 6 - Sistema Circulatório cardiovascular - Anatomia humana.pdfAula 6 - Sistema Circulatório cardiovascular - Anatomia humana.pdf
Aula 6 - Sistema Circulatório cardiovascular - Anatomia humana.pdf
 
Aula 3- Conhecendo o Instrumental Cirúrgico.pdf
Aula 3-  Conhecendo o Instrumental Cirúrgico.pdfAula 3-  Conhecendo o Instrumental Cirúrgico.pdf
Aula 3- Conhecendo o Instrumental Cirúrgico.pdf
 
Histologia- Tecido muscular e nervoso.pdf
Histologia- Tecido muscular e nervoso.pdfHistologia- Tecido muscular e nervoso.pdf
Histologia- Tecido muscular e nervoso.pdf
 
Aula 11 - Prevenção e Controle da Hanseníase e Tuberculose - Parte II.pdf
Aula 11 - Prevenção e Controle da Hanseníase e Tuberculose - Parte II.pdfAula 11 - Prevenção e Controle da Hanseníase e Tuberculose - Parte II.pdf
Aula 11 - Prevenção e Controle da Hanseníase e Tuberculose - Parte II.pdf
 
Aula 5 - Sistema Muscular- Anatomia Humana.pdf
Aula 5 - Sistema Muscular- Anatomia Humana.pdfAula 5 - Sistema Muscular- Anatomia Humana.pdf
Aula 5 - Sistema Muscular- Anatomia Humana.pdf
 

Virologia Clínica Parte 4 Diagnóstico Laboratorial [Profa.Zilka]

  • 1. MÉTODOS DE DIAGNÓSTICO MICROBIOLÓGICO E SOROLÓGICO EMPREGADO NO DIAGNÓSTICO DE INFECÇÕES VIRAIS Professora Zilka Nanes Lima Especialização em Microbiologia
  • 2. Referências • Aula predominante retirada dos seguintes livros:  Santos, N.S.de O.; Romanos, M.T.V.; Wigg, M.D. Introdução à Virologia Humana. 2ª edição. Editora Guanabara Koogan. Rio de Janeiro - RJ, 2008.  Koneman et al. Diagnóstico Microbiológico. Texto e Atlas Colorido : 6ª Edição São Paulo, SP. Panamericana, 2008.  Jawets, Melnick e Adelberg. Microbiologia Médica. 25ª Edição. Ed. ArtMed. Porto Alegre – RS, 2012.  Levinson, W. Microbiologia Médica e Imunologia. 13ª Edição. Ed. ArtMed. Porto Alegre – RS, 2016.  Declaro que não há conflito de interesses. (Professora Zilka Nanes Lima) Professora Zilka Nanes / Virologia Clínica 2
  • 3. HISTÓRICO A medicina virológica começou em 1898  Loeffler e Frosh  descobriram que doença dos pés e boca no gado era causada por vírus. Em 1892, Guarnieri descreveu inclusões intranucleares em tecidos com vírus da varíola. No final do século XX aumentou o número de doenças atribuídas ao virus. Primeiro método utilizado foi o sorológico. Em 1929 Bedson e Bland  teste de fixação do complemento detectar anticorpos contra vírus vacínia e varicela-zoster. Weller e Enders em 1948  Primeiro isolamento de patógenos virais humanos em cultura de células  até hoje é método gold standard para o diagnóstico. Em 1970 desenvolveu-se anticorpos monoclonais  produção reagentes com alta especificidade na década de 80. Em 1985 - PCR  introdução de técnicas moleculares  final de 1990 – PCR em tempo real. Professora Zilka Nanes / Virologia Clínica 3
  • 4. MÉTODOS USADOS EM VIROLOGIA 1. Isolamento e identificação do vírus 2. Sorologia para detecção de antígenos e/ou anticorpos 3.Detecção direta da partícula viral 4.Amplificação de ácidos nucléicos virais. Professora Zilka Nanes / Virologia Clínica Fonte: adaptado de Santos , Romanos, Wigg, 2008. 4 As técnicas utilizadas para o diagnóstico laboratorial de uma virose pode ser realizada com base em quatro parâmetros:
  • 5. Tipos de materias para exame virológico Local da lesão MC* para propagação viral MC* para exame direto Trato respiratório Lavado de garganta, aspirado de nasofaringe (crianças) Aspirado de nasofaringe, lavado de garganta Sistema nervoso Central Liquor., sangue (arbovírus), fezes ou swab retal, lavado de garganta biópsia cerebral Biópsia cerebral, liquor, esfregaço de fragmentos de corno de Ammon no hipocampo (raiva) Trato entérico Fezes Fezes Sistema cardiovascular Fezes Biópsia de tecido cardíaco Pele Líquido de vesículas ou pústulas, raspado de úlceras ou crostas, fezes, swab de garganta Líquido de vesícula ou pústula, raspado de úlceras, crostas Olhos Swab conjuntival Esfregaço conjuntival (clamídias) Fígado Sangue (isolamento de vírus da febre amarela) Soros (HBsAg), fezes (hepatite A e E. Infecções congênitas Lavado de garganta, placenta (rubéola e CMV) Biópsia de tecido do feto (CMV) Febres de origem desconhecida Sangue heparinizado, lavado de garganta, fezes e urina recente Não descrito Professora Zilka Nanes / Virologia Clínica *Material coletado Fonte: adaptado de Santos;Romanos;Wigg, et al., 2008. 5
  • 6. ISOLAMENTO E IDENTIFICAÇÃO DE VÍRUS  Isolamento  cultura em sistemas hospedeiros obrigatoriamente vivos. O primeiro passo é a cultura. 1. Propagação viral em animais de laboratório (atualmente usado para vírus da raiva e alguns coxsackievírus do grupo A  camundongos – via intraperitoneal ou intracerebral) (vírus humanos não-cultiváveis em outros sistemas  chimpazés) 2. Propagação viral em ovos embrionados (vírus aviários, vírus da influenza, e para produção de alguns tipos de vacinas). 3. Propagação de viral em cultura de células Morfologia da células: do tipo epitelial (epitelióides) e células do tio fibroblástico (fibroblastóides). – poliovírus, e muitos outros. Professora Zilka Nanes / Virologia Clínica 6
  • 7. Cultura de células Alguns vírus e células de escolha para o seu isolamento Vírus Célula (Nota) Enterovírus MA-104, GMK Rotavírus MA-104, Vero Adenovírus HeLa, H´p-2, A549, KB, MRC-5 Alfavírus Vero, A549, MRC-5 Vírus herpes simples Vero, Hep-2, MRC-5, HeLa, WI-38 Vírus da influenza MDCK, HuH7, IMR-32, GBM8401 Professora Zilka Nanes / Virologia Clínica Fonte: adaptado de Santos; Romanos ; Wigg, 2008. 7 Nota: MA-104 e GMK (rim de macaco verde africano); Vero (rim de macaco-verde); HeLa (carcinoma de cérvix uterino humano); Hep-2 (carcinoma de laringe humana); A-549 (carcinoma de pulmão humano); KB (carcinoma epidermóide humano); MRC-5 E WI-38 (pulmão de embrião humano); MDCK (rim de cachorro); HuH7 (hepatocarcinoma humano); IMR-32 (neuroblastoma humano); GBM8401 (glioblastoma humano).
  • 8. ISOLAMENTO E IDENTIFICAÇÃO DE VÍRUS  Identificação  Após crescimento do vírus 1. Depois de cultura em animais de laboratório Identificação – verificar desenvolvimento de sintomas em 15 dias 2. Depois de cultura em ovos embrionados Identificação – técnica de hemaglutinação (HA)/ Reações sorológicas com soros padrões. / Visualização de pocks (pústulas que são lesões esbranquiçadas e/ou hemorrágicas na membrana corioalantóica). 3. Depois da cultura em células Identificação – efeito citopático (CPE), refere-se a alterações na morfologia em células individuais ou grupos de células induzidas pela infecção viral. Professora Zilka Nanes / Virologia Clínica 8
  • 9. Cultura de células Professora Zilka Nanes / Virologia Clínica 9
  • 10. CULTURA DE VÍRUS - IDENTIFICAÇÃO Professora Zilka Nanes / Virologia Clínica 10 Identificação após a cultura em ovos Pocks = pústulas, lesões hemorrágicas na membrana corioalantóica. Identificação após cultura em células Efeito citopático
  • 11. Identificação de vírus / Reação de hemaglutinação (HA) - Não é uma reação sorológica, porque não envolve a ligação antígeno-anticorpo. - Usado para detectar vírus hemaglutinantes (Fonte: Santos;Romanos;Wigg, 2008) Professora Zilka Nanes / Virologia Clínica 11
  • 12. Identificação de vírus / Reação de hemaglutinação (HA) - Não é uma reação sorológica, porque não envolve a ligação antígeno-anticorpo. - Usado para detectar vírus hemaglutinantes (Fonte: Santos;Romanos;Wigg, 2008) Professora Zilka Nanes / Virologia Clínica 12
  • 13. DIAGNÓSTICO SOROLÓGICO Envolve ligação antígeno-anticorpo  Aglutinação passiva ou pelo látex  Inibição de Hemaglutinação  Imunofluorescência (direta e indireta)  Imunoperoxidade (IP)  Imunoenzimático (ELISA ou EIA)  Immunoblotting (Western blotting) Professora Zilka Nanes / Virologia Clínica 13
  • 14. DIAGNÓSTICO SOROLÓGICO Envolve ligação antígeno-anticorpo Aglutinação passiva ou pelo látex - Pesquisa de anticorpos heterofílos da mononucleose. Professora Zilka Nanes / Virologia Clínica 14
  • 15. Aglutinação pelo látex (MONONUCLEOSE) Envolve ligação antígeno-anticorpo Professora Zilka Nanes / Virologia Clínica 15
  • 16. DIAGNÓSTICO SOROLÓGICO Envolve ligação antígeno-anticorpo Hemaglutinação indireta (HI) - A capacidade de hemaglutinação de um vírus é bloqueada quando esse vírus reage com o anticorpo específico. Professora Zilka Nanes / Virologia Clínica 16 Sem o vírus Com o vírus: Etapa 1 – Anticorpo + vírus Etapa 2 – Não tem a reação com o antígeno na hemácia Etapa 3 – Inibição da aglutinação  Leitura do teste quando não se utiliza o vírus.
  • 17. DIAGNÓSTICO SOROLÓGICO Envolve ligação antígeno-anticorpo Imunofluorescência - Utiliza anticorpos marcados com corantes fluorescentes para revelar a formação de imunocomplexo vírus-anticorpo. - Os anticorpos são chamados de conjugados. - Corante mais usado em virologia é o isotiocianato de fluoresceína (verde-amarelada). - Leitura em microscópio de fluorescência Imunofluorescência direta (IFD) - Conjugado é adicionado a células infectadas por vírus que estão fixadas numa lâmina de microscópio. Se houver a formação do complexo antígeno-anticorpo, observa-se no microscópio a fluorescência. Imunofluorescência indireta (IFI) - Etapa 1: Anticorpos não-marcados são adicionados a células infectadas fixadas em lâmina de microscópio. - Etapa 2: É adicionado anti-imunoglobulina conjugado com fluorescência. Professora Zilka Nanes / Virologia Clínica 17
  • 18. DIAGNÓSTICO SOROLÓGICO Envolve ligação antígeno-anticorpo Imunofluorescência Professora Zilka Nanes / Virologia Clínica 18
  • 19. DIAGNÓSTICO SOROLÓGICO Envolve ligação antígeno-anticorpo Imunoperoxidase - A reação envolve o uso de anticorpos marcados com a enzima peroxidase. - Peroxidases são um grupo de enzimas oxirredutases que oxidam substratos orgânicos, tendo o peróxido de hidrogénio como molécula aceitadora de elétrons. S= substrato S reduzido + H2O2 (peroxidase + cofator) -----> S oxidado + H2 O Professora Zilka Nanes / Virologia Clínica 19
  • 20. DIAGNÓSTICO SOROLÓGICO Envolve ligação antígeno-anticorpo Imunoenzimático (ELISA ou EIA) – enzyma lynked imunosobert assay - Detecção de imunocomplexo fixo em um suporte, usando para isto um anticorpo conjugado a uma enzima. - O resultado do teste é determinado por observação (avaliação qualitativa) ou espectrofotométrica (avaliação quantitiva) da mudança de cor produzida pela ação da enzima sobre o seu substrato. (1) Formação do imunocomplexo (Ag-Ac) (2) Adição do conjugado (Ac + enzima) (3) Revelação (adiciona o substrato) Professora Zilka Nanes / Virologia Clínica 20
  • 21. DIAGNÓSTICO SOROLÓGICO Envolve ligação antígeno-anticorpo Imunoenzimático (ELISA ou EIA) – enzyma lynked imunosobert assay Professora Zilka Nanes / Virologia Clínica 21
  • 22. DIAGNÓSTICO SOROLÓGICO Envolve ligação antígeno-anticorpo Imunoenzimático (ELISA ou EIA) – enzyma lynked imunosobert assay Professora Zilka Nanes / Virologia Clínica 22 (HRP)enzima horseradish peroxidase.
  • 23. DIAGNÓSTICO SOROLÓGICO Envolve ligação antígeno-anticorpo Immunoblotting (Western Blotting – WE) - É um imunoensaio em suporte sólido que utiliza antígenos virais imbilizados para detectar anticorpos contra proteínas específicas. -Teste amplamente utilizado para confirmar EIA positivo para HIV. Procedimento: (1) Separação das proteínas virais em SDS-page (eletroforese em gel de poliacrilamida contendo duodecil sulfato de sódio) (2) As bandas resultantes são transferidas (blotting) para uma membrana de nitrocelulose. (3) O soro humano teste (contendo anticorpos para as proteínas virais) é adicionado (4) Anticorpo anti-imunoglobulina humana marcado com enzima é adicionado. Professora Zilka Nanes / Virologia Clínica 23
  • 24. Immunoblotting (Western Blotting – WE) Professora Zilka Nanes / Virologia Clínica 24
  • 25. DIAGNÓSTICO SOROLÓGICO Envolve ligação antígeno-anticorpo Immunobloting (Western Blotting – WE) - Professora Zilka Nanes / Virologia Clínica 25
  • 26. DIAGNÓSTICO SOROLÓGICO Envolve ligação antígeno-anticorpo Immunobloting (Western Blotting – WE) Professora Zilka Nanes / Virologia Clínica 26
  • 27. DIAGNÓSTICO SOROLÓGICO Envolve ligação antígeno-anticorpo  Immunobloting (Western Blotting – WE) - Professora Zilka Nanes / Virologia Clínica 27 HIV-2
  • 28. Western Blotting para HIV Professora Zilka Nanes / Virologia Clínica 28
  • 29. Immunoblotting (Western Blotting – WE) Professora Zilka Nanes / Virologia Clínica 29
  • 30. DIAGNÓSTICO MOLECULAR Técnicas baseadas na Biologia Molecular  sequências únicas do ácido nucléico viral Eletroforese em gel de poliacrilamida (PAGE)  Polimerase Chain Reaction (PCR)  Multiplex – PCR  PCR em tempo real (uma das técnicas utilizadas para quantificar o ácido nucleico viral)  Hybrid Capture Assay (HCA) Professora Zilka Nanes / Virologia Clínica 30
  • 31. DIAGNÓSTICO MOLECULAR Técnicas baseadas na Biologia Molecular  sequências únicas do ácido nucléico viral Eletroforese em gel de poliacrilamida (PAGE) - Consiste na separação através do tamanho molecular, dos segmentos genômicos virais em gel de poliacrilamida. - Coloração do gel com nitrato de prata. Professora Zilka Nanes / Virologia Clínica 31
  • 32. DIAGNÓSTICO MOLECULAR Técnicas baseadas na Biologia Molecular  sequências únicas do ácido nucléico viral Polimerase Chain Reaction (PCR) -Técnica de amplificação usada para sintetizar, in vitro, sequencias específicas de DNA. Professora Zilka Nanes / Virologia Clínica 32Termociclador
  • 33. DIAGNÓSTICO MOLECULAR Técnicas baseadas na Biologia Molecular  sequências únicas do ácido nucléico viral Polimerase Chain Reaction (PCR) Professora Zilka Nanes / Virologia Clínica 33Termociclador
  • 34. Polimerase Chain Reaction – Leitura de Gel de agarose com brometo de etídio em luz UV. http://www.scielo.br/scielo.php?script=sci_arttext&pid=S0037-86822013000500625 • FIGURE 1 Amplified viral nucleic acids from commercial control dilutions after agarose gel electrophoresis, ethidium bromide staining and UV transillumination. Lane 1: negative control. Lane 2: negative nucleic acid amplification (1 copy/µL of HSV). Lanes 3 to 7: samples containing HSV DNA (dilutions of 5, 10, 50, 75 and 100 copies/µL, respectively). Lane 8: 100 to 1,000 bp MWM; Lanes 9 and 10: negative nucleic acid amplification (1 and 5 copies/µL of VZV, respectively). Lanes 11 to 14: samples containing VZV DNA (dilutions 10, 50, 75 and 100 copies/µL, respectively). HSV: herpes simplex virus; VZV: varicella zoster virus; DNA: deoxyribonucleic acid; UV: ultraviolet; MWM: molecular weight marker. Professora Zilka Nanes / Virologia Clínica 34
  • 35. Polimerase Chain Reaction (PCR) Eletroforese em gel de agarose Professora Zilka Nanes / Virologia Clínica 35
  • 36. Polimerase Chain Reaction (PCR) Leitura do gel com luz UV Professora Zilka Nanes / Virologia Clínica 36
  • 37. DIAGNÓSTICO MOLECULAR Técnicas baseadas na Biologia Molecular  sequências únicas do ácido nucléico viral Multiplex – PCR - Variação da técnica de PCR, possibilitando a detecção de múltiplos alvos na mesma reação. - Existem protocolos para detecção vírus respiratórios, enterovírus, herpesvírus. - Também para detecção simultânea de vírus e protozoários (Epstein Barr e Toxoplasma gondii). Professora Zilka Nanes / Virologia Clínica 37
  • 38. DIAGNÓSTICO MOLECULAR Técnicas baseadas na Biologia Molecular  sequências únicas do ácido nucléico viral Multiplex – PCR - Variação da técnica de PCR, possibilitando a detecção de múltiplos alvos na mesma reação. Professora Zilka Nanes / Virologia Clínica 38
  • 39. DIAGNÓSTICO MOLECULAR Técnicas baseadas na Biologia Molecular  sequências únicas do ácido nucléico viral PCR em tempo real  É possível acompanhar visualmente o progresso da amplificação do produto da PCR.  Utilização de primers, sondas, ou produtos amplificados marcados com moléculas fluorescentes.  Estes produtos marcados produzem um mudança no sinal após interação direta com o produto amplificado. Professora Zilka Nanes / Virologia Clínica 39
  • 40. DIAGNÓSTICO MOLECULAR Técnicas baseadas na Biologia Molecular  sequências únicas do ácido nucléico viral PCR em tempo real Professora Zilka Nanes / Virologia Clínica Fonte: Santos, Romanos, Wigg; 2008 40
  • 41. DIAGNÓSTICO MOLECULAR Técnicas baseadas na Biologia Molecular  sequências únicas do ácido nucléico viral  PCR em tempo real Professora Zilka Nanes / Virologia Clínica Fonte: Santos; Romanos; Wigg, 2008 41 Fase de transição Fase de platô Fase linear
  • 42. DIAGNÓSTICO MOLECULAR Técnicas baseadas na Biologia Molecular  sequências únicas do ácido nucléico viral PCR em tempo real Vídeo não carregou Professora Zilka Nanes / Virologia Clínica 42
  • 43. DIAGNÓSTICO MOLECULAR Técnicas baseadas na Biologia Molecular  sequências únicas do ácido nucléico viral Hybrid Capture Assay (HCA)  Disponíveis para quantificação do HCMV e do HBV.  Sondas de RNA se ligam ao DNA-alvo do vírus, os híbridos RNA-DNA são capturados por um anticorpo ligado a uma fase sólida . Depois é usado outro anticorpo marcado com fosfatase alcalina ou quimioluminescêcia. Professora Zilka Nanes / Virologia Clínica 43
  • 44. •DIAGNÓSTICO MOLECULAR Real Time NASBA + Hibridação sondas Amplifica mRNA a 41ºC com trasncriptase reversa aviária. Professora Zilka Nanes / Virologia Clínica 44 NASBA (Nucleic Acid Specific Based Amplification)
  • 45. Quimioluminescência  Conceito - é a emissão de luz não acompanhada da emissão de calor em consequência de uma reação química.  Dois produtos químicos reagem para formar um intermediário excitado (de alta energia), que se decompõe libertando parte da sua energia como fotóns de luz. As reações quimioluminescentes habitualmente não libertam muito calor, uma vez que a energia é libertada sob a forma de luz.  O luminol produz uma luz quando reage com um agente oxidante. Professora Zilka Nanes / Virologia Clínica 45
  • 46. Quimioluminescência • Exames feitos por quimiolusminência são basicamente automaitizados. • Quantificam Ag ou Ac presentes no soro. São muito usados para dosagem de hormônios, marcadores tumorais e dosagem de anticorpos séricos. • A técnica se baseia na ligação Ag-Ac. Como no ELISA, um dos dois reagentes é conjugado com uma substãncia que quando ativada, emite luz vísivel. A luz emitida é proporcional a concentração da molécula pesquisada. • Os tipos mais usados: competição e sanduiche. Professora Zilka Nanes / Virologia Clínica 46
  • 47. Quimioluminescência • Figura 1: Movimento entre níveis eletrônicos. Um átomo de hidrogênio no seu estado fundamental. Um único elétron encontra-se no nível n = 1. Cada nível eletrônico tem a sua própria energia. Quando o átomo de hidrogênio absorve um quantum (quantidade definida) de energia, é promovido para um nível de energia superior (nível n = 2) e passa a estar num estado excitado (de alta energia). Um asterisco (*) é colocado junto à molécula para indicar este estado. Professora Zilka Nanes / Virologia Clínica http://www.scienceinschool.org/pt/2011/issue19/chemiluminescence 47 *
  • 48. Quimioluminescência • O elétron regressa à sua posição original no estado fundamental (nível n = 1). Neste processo, uma quantidade de energia (um fóton) é libertada sob a forma de radiação eletromagnética. O comprimento de onda depende da quantidade de energia. Se o comprimento de onda encontra-se dentro da gama da luz visível, a transição eletrônica será observada como luz de uma cor específica. O comprimento de onda determina a cor (ver a Figura abaixo) Professora Zilka Nanes / Virologia Clínica Imagem cortesia de Chemistry Review 48
  • 49. Quimioluminescência • Muito utilizada em análises clínicas.  ELISA sanduíche na quimioluminescência. Professora Zilka Nanes / Virologia Clínica 49
  • 51. Immulite ® 1000 Professora Zilka Nanes / Virologia Clínica 51
  • 52. Immulite ® 2000 Professora Zilka Nanes / Virologia Clínica 52