1. Universidade Severino Sombra Miomatose Uterina Bruna Pimentel de Jesus Acadêmica de Medicina- 9P Módulo de GO
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3. Ac. Bruna Pimentel de Jesus Miomatose Uterina Representa 1/3 das indicações de histerectomia. Frequência de 3 a 9 vezes maior em mulheres de raça negra. Relação de frequência em mulheres com antecedentes familiares. A Miomatose Uterina é um importante problema de saúde pública.
4. Ac. Bruna Pimentel de Jesus Miomatose Uterina Definição: O leiomioma uterino é neoplasia benigna de células musculares lisas do endométrio ,de aspecto nodular, responsiva aos hormônios ovarianos. São formados por fibras musculares lisas uterinas com estroma de tecido conjuntivo, em proporções variáveis. Podem incidir no corpo e cérvice uterinos. Podem causar aumento simétrico do útero ou distorcer seu contorno. Têm aspecto homogêneo. São fasciculados, pseudocapsulados, bem delimitados, circunscritos. Geralmente, são múltiplos, mas podem ser únicos, sendo chamados de miomas. Podem ser pediculados ou sésseis.
5. Ac. Bruna Pimentel de Jesus Miomatose Uterina Sinonímia: Escleroma Fibroma São termos impróprios Fibroleiomioma Fibromioma Fibróide Leiomiofibroma OBS: O aumento ocasional do tecido conjuntivo que permeia as fibras musculares, não é de natureza neoplásica. MIOMA: uso corrente.
6. Ac. Bruna Pimentel de Jesus Miomatose Uterina Epidemiologia: É o tumor benigno da musculatura lisa mais frequente no sexo feminino ( 95%). Difícil precisão da incidência: leiomiomas uterinos de pequenas dimensões e assintomáticos. Varia com: idade, raça, paridade e método de avaliação. Incide, preferencialmente em mulheres negras, nulíparas e obesas (portadoras de Síndromes hiperestrogênicas).
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13. Ac. Bruna Pimentel de Jesus Miomatose Uterina Etiopatogenia: Estrogênio: Principal fator determinante do crescimento tumoral. Promove a proliferação celular nos tecidos-alvo, embora isoladamente não explique a formação do tumor. Maior número de receptores de estrogênio nos tecidos tumorais, o que faz com que a massa uma vez formada, responda de forma sensível as variações do ambiente hormonal feminino. Os miomas aparecem durante a fase reprodutiva, aumentam durante a gestação, com uso de TRH e diminuem após a menopausa (nível de hormônios femininos diminuídos na circulação; estados hipoestrogênicos), sugerindo a dependência dos hormônios ovarianos (hormônio-dependente).
14. Ac. Bruna Pimentel de Jesus Miomatose Uterina Progesterona: Estudos recentes mostram que a progesterona está relacionada ao crescimento tumoral e a inibição da apoptose ( propicia aumento na atividade mitótica do tumor, como na fase lútea, que é quando ocorre grande produção da progesterona). A progesterona nos dá a impressão de ser benéfica por diminuir o fluxo sanguíneo no endométrio.
15. Ac. Bruna Pimentel de Jesus Miomatose Uterina Classificação: 1) Quanto ao Volume: Pequeno: o fundo uterino não ultrapassa a sínfise púbica. Médio: o fundo uterino está entre a sínfise púbica e a cicatriz umbilical. Grande: o fundo uterino ultrapassa a cicatriz umbilical. 2) Quanto à Porção Uterina (topografia): Cervicais (2,6%): localizam-se no colo uterino . Desenvolvem-se para dentro da vagina, razão da sinusorragia e infecções frequentes. Oferece dificuldade na abordagem cirúrgica. Ístimicos (7,2%): localizam-se no istmo . Há sintomatologia dolorosa e repercussões sobre o sistema urinário . Difícil distinguir dos corpóreos. Corporais (91,2%): são os mais frequentes, podendo atingir grandes volumes sem nenhuma clínica.
23. Ac. Bruna Pimentel de Jesus Miomatose Uterina Patologia Suas apresentações macro e microscópicas sofrem influência do meio ambiente hormonal, que os torna dinâmicos quanto a sua morfologia e heterogênios nas repercussões clínicas. Macroscopia: nódulos duros, circunscritos, superfície de corte esbranquiçada e fasciculada, com brilho róseo. Consistência amolecida, cística ou elástica. Quando predomina o tecido conjuntivo são duros e brancacentos, quando predomina tecido muscular são de coloração rósea e consistência amolecida. Microscopia: raras mitoses. Os Miomas podem sofrer alterações degenerativas secundárias (na sua histologia; alteração da consistência e cor; alterações dos aspectos micro/macroscópicos), geralmente por diminuição do suprimento sanguíneo.
24. Ac. Bruna Pimentel de Jesus Miomatose Uterina Patologia Degeneração dos Leiomiomas: por suprimento sanguíneo deficiente. -Degeneração Hialina : é a mais frequente, tumor amolecido , mais eosinofílico. - Degeneração Cística: secundária à liquefação de áreas previamente hialinizadas (formação de coleção líquida), geralmente central. - Degeneração Mucóide: cistos preenchidos com material gelatinoso. Diagnóstico diferencial: Tumor do Ovário. - Degeneração Gordurosa: mais rara , tecido gorduroso depositado no interior das fibras musculares lisas. Precede a Necrose e a Calcificação. - Necrose: interrupção do fluxo sanguíneo. Pode acometer qualquer Mioma ( principalmente, os Pediculados ).
25. Ac. Bruna Pimentel de Jesus Miomatose Uterina Patologia: - Degeneração Vermelha ou Carnosa ou Rubra: ocorre por crescimento rápido do nódulo, causando obstrução venosa, congestão e hemólise. Nódulo fica muito avermelhado. Pode cursar com quadro de dor, hipertermia, hemorragia, sequestro sanguíneo, rotura tumoral e choque. É mais comum na gravidez e nos Miomas Intramurais. - Calcificação: acúmulo de Cálcio em áreas com diminuição do aporte sanguíneo. Pode ocorrer após necrose tumoral, degeneração gordurosa ou após a menopausa. - Degeneração Sarcomatosa: possui baixa incidência (0,1-1%). É a degeneração maligna do tumor, extremamente agressivos, de crescimento rápido e geralmente encontrados na pós-menopausa ( idosa ) com súbito crescimento de um mioma pré-existente.
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27. Ac. Bruna Pimentel de Jesus Miomatose Uterina Quadro clínico: Manifestações Clínicas Locais: - Alterações menstruais ( 30-60% ): metrorragias ( sangramento uterino anormal ), menorragias ( aumento do volume menstrual ) e hipermenorréia ( aumento da duração do fluxo menstrual ). - Dor inespecífica :dor pélvica em cólica ou pressão. - Infertilidade :localização do tumor- submucoso . Após 35 anos: depleção do patrimônio folicular. - Aumento do volume abdominal: miomas volumosos ou múltiplos.
28. Ac. Bruna Pimentel de Jesus Miomatose Uterina Quadro clínico: - Distúrbios urinários :compressão do reto, bexiga, ureter: polaciúria, incontinência, hidronefrose e ITU. - Distúrbios intestinais: constipação, fezes em fita e hemorróidas: compressão do reto. - Distúrbios venosos: por compressão. - Corrimento (leucorréia). - Sinais de transformação sarcomatosa ( aumento uterino em pacientes menopausadas, crescimento rápido e alteração da consistência do útero, ascite, recorrência do tumor após cirurgia conservadora ).
29. Ac. Bruna Pimentel de Jesus Miomatose Uterina Quadro Clínico: Manifestações Clínicas Gerais: inespecíficas: Anemia: fadiga, astenia, dispnéia, descoramento Hipertermia: necrose tumoral asséptica. Excesso menstrua l Náuseas e vômitos: torção e necrose do tumor. Derrames cavitários: ascite, derrame pleural. Sintomas raros: compressão dp retossigmóide ( obstrução intestinal ou constipação), prolapso de tumor submucoso pediculado ( mioma parido ), estase venosa dos MMII, policitemia e ascite.
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33. Ac. Bruna Pimentel de Jesus Miomatose Uterina Diagnóstico Diferencial: Qualquer condição que curse com sangramento uterino anormal ou alterações do volume uterino ou abdominal deve ser afastada. - Adenomiose: dor pélvica, dismenorréia, aumento do fluxo menstrual. Conduta.: USG pélvico ou transvaginal. - Endometriose. Hiperplasias endometriais. - Infecção pélvica : dor pélvica, aumento do fluxo menstrual, febre, corrimento . - Pólipos endometriais ou endocervicais : irregularidade menstrual e fluxo aumentado. - Cistos anexiais : dor, alteração do volume abdominal. Conduta.: USG. - Tumores pélvicos - Leiomiossarcomas - Gravidez ectópica ou tópica. Abortamentos. Neoplasia trofoblástica gestacional. Outros: Tumor de bexiga ou intestinais, tumores retroperitoneais, Aderências pélvicas; Rim ectópico, Abscesso, Fecaloma, Cistos mesentéricos.
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37. Ac. Bruna Pimentel de Jesus Miomatose Uterina Tratamento Clínico: O objetivo da terapêutica conservadora é o alívio dos sintomas. redução tumoral Indicações controle da perda sanguínea peri-menopausa risco cirúrgico elevado Como a grande maioria das pacientes torna-se assintomática após a menopausa, o tratamento medicamentoso pode tornar os sintomas aceitáveis até a chegada da menopausa. A vantagem é permitir a conservação uterina e evitar os riscos inerentes a cirurgia.
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42. Ac. Bruna Pimentel de Jesus Miomatose Uterina Tratamento Cirúrgico: 2) Miomectomia: Indicação: desejo da paciente em manter a fertilidade e o útero. Pode ser por laparotomia, via vaginal, via laparoscópica ou histeroscopia, dependendo da localização e do número de miomas a serem retirados. As complicações aumentam com o n° de miomas a serem retirados, e o risco de recorrência é menor quando apenas um mioma está presente e é retirado. A laparotomia é indicada para a maioria dos miomas intramurais, geralmente com incisões verticais no útero para evitar secção da vascularização principal. Via laparoscópica é indicado para úteros não muito volumosos (<17 sem gestação) com miomas subserosos ou com poucos miomas intramurais (<3), quando profundos, esta técnica deve ser evitada. Via vaginal é indicada em miomas protuindo pelo orifício cervical externo.
43. Ac. Bruna Pimentel de Jesus Miomatose Uterina Tratamento Cirúrgico: 3) Embolização da Artéria Uterina: Nova opção para o tratamento dos miomas sintomáticos com melhora da menorragia e diminuição do volume uterino. Vantagem: tratar todos os miomas simultaneamente, pouco invasiva, não provoca aderências e permite rápido retorno ao trabalho. O risco de insuficiência ovariana, mesmo que temporária, reserva este procedimento para pacientes que não desejam gestação. As complicações: dor abdominal, febrícula, infecção, expulsão do mioma, necessidade de histerectomia após o procedimento (1 a 2%) e mortalidade de 0,1 a 0,2 por 1000 procedimentos.
44. Ac. Bruna Pimentel de Jesus Miomatose Uterina Embolização da Artéria Uterina:
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