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ANAIS

   I SEMINARIO PAULISTA DE
ENFERMAGEM EM DERMATOLOGIA
           I SPEED

   30 de setembro e 01 outubro/2011
TRABALHO 01

CONTRIBUIÇÃO DA ABORDAGEM DE ROY PARA O CUIDADO DE ENFERMAGEM A UMA ADOLESCENTE COM ICTIOSE: RELATO DE
EXPERIÊNCIA

Claudia Aparecida da Silva Funada; Cristiane Laurinda de Moura; Ana Flávia Bezerra, Stela Márcia Draib Gervásio


Introdução: As Ictioses fazem parte de um grupo de genodermatoses, caracterizada por uma serie de alterações no processo de
queratinização da pele. A Ictiose Arlequim é a forma mais severa e rara das genodermatoses, de herança recessiva autossômica
monogênica, com uma incidência de 1: 300.000 nascidos vivos, sendo que em 1990 estimavam-se 100 pessoas vivas no mundo
todo, com uma possível ancestralidade na Escandinávia. Em 2005 identificou-se o gene recessivo ABCA12 responsável por esta
Síndrome, que causa o endurecimento da camada queratinizada da pele formando placas que envolvem todo o corpo,
impossibilitando a pele de cumprir suas funções, favorecendo a perda de líquido e infecção. O avanço tecnológico possibilitou a
detecção desta genodermatose no período gestacional por ultrassonografia 3D, mapeamento genético através do DNA via fetoscopia
ou análise de líquido amniótico. O tratamento dermatológico específico visa à manutenção da permeabilidade da pele e de suas
funções essenciais. A utilização de retinóides, uma das bases do tratamento, ainda apresenta controvérsias, devido à toxicidade e
outros eventos adversos graves. O modelo de adaptação de Roy é um sistema no qual o individuo tem a capacidade de criar
mudanças para se adaptar ao ambiente, podendo ser validamente aplicado aos portadores de Ictiose Arlequim, uma vez que o
convívio social e a manutenção do tratamento são seus maiores desafios, devido às alterações visíveis em toda extensão corpórea. O
conhecimento da doença, o apoio da família, o convívio social e o tratamento continuam dermatológico e emocional, são
ferramentas importantes para a autoaceitação. Objetivo: Discorrer o relato de experiência de uma adolescente com Ictiose Arlequim
abordando as contribuições da Teoria de Roy para os cuidados de enfermagem. Método: Relato de experiência de uma adolescente
de 16 anos da Pensilvânia, EUA, realizado no período de Agosto de 2011, com aprovação do CEP sob protocolo 483/11. A coleta de
dados foi realizada através de endereço eletrônico, na qual foi encaminhado um questionário semi-estruturado contendo de 12
perguntas a adolescente em estudo. Fazem parte do critério de inclusão da pesquisa artigos de 1950 a 2011 por se tratar de uma
doença rara. As bases de dados consultadas foram Lilacs, Scielo, Medline, e PubMed. Utilizou-se os seguintes descritores: Ictiose
Arlequim, Adolescência e Teoria de Roy. Resultado: Após análise dos dados coletados demonstra à adolescente ter conhecimento
aprofundado da doença, mas o convívio social e a manutenção do tratamento são seus maiores desafios. Adapta-se ao processo
saúde doença, seguindo rigorosamente o tratamento diário proposto. Percebe-se que a estrutura familiar, o apoio da sociedade e o
autocuidado diferem na sobrevivência desta adolescente. Conclusão: Concluímos que o processo de adaptação aos portadores de
Ictiose Arlequim é possível a partir da Teoria de Roy. A manutenção rigorosa e continua do tratamento permite o aumento de
sobrevida destes pacientes. O autocuidado é fundamental em todas as etapas do processo saúde e doença. Faz-se necessário o
desenvolvimento de terapias medicamentosas menos agressivas ao organismo e a conscientização da sociedade a esses
portadores.

Referências
AKIYAMA, M. Harlequin ichthyosis and other autosomal recessive congenital ichthyoses: The underlying genetic defects and
pathomechanisms. Jornal of Dermatological Science, 2006 january; 42:83-9.
GEORGETTI, F.C.D.; EUGÊNIO, G.R.; VOLPE, H.T. Ictiose arlequim: relato de caso e revisão de literatura. Harlequin icthyosis: case report
and literature review. Rev Paul Pediatria 2006; 24(1): 90-3.
LAI- CHEONG, J. E.; MCGRATH, J. A. Avanços no entendimento da base genetic de doenças hereditárias monogênicas da barreira
epidérmica: novas pistas para os principais genes que podem estar envolvidos na patogênese da dermatite atópica. Advances in
understanding the genetic basis of inherited single gene skin barrier disorders: new clues to key genes that may be involved in the
pathogenesis of atopic dermatitis. An. Bras Dermatol. 2006; 81(6): 567- 71.
MELO, M.E.; LOPES, M.V.O.; FERNANDES, C.A.F.; LIMA, T.F.E.; BARBOSA, I.V. Teorias de Enfermagem: importância da correta aplicação
dos conceitos. Enfermeria Global. Rev Eletronica cuatrimestral de enfermeria.out 2009; 17: 1-9.


Graduanda de Enfermagem Claudia Aparecida da Silva Funada - kapsif@yahoo.com.br
Graduanda de Enfermagem Cristiane Laurinda de Moura
Profª. MsC Ana Flávia Bezerra
Coord. do Curso de Enfermagem da UNIP- Prof.ª Stela Márcia Draib Gervásio
TRABALHO 02

    SPINAL CORD INJURY PRESSURE ULCER SCALE : UMA NOVA ESCALA DE AVALIAÇÃO DE RISCO PARA ÚLCERA POR
                                               PRESSÃO

                                                   RITA DE CÁSSIA FERREIRA


Introdução: As úlceras por pressão(UPP) são freqüentes em pacientes com lesão medular, proporcionando sérias
complicações clínicas, psicológicas e sociais. A prevenção torna-se fundamental através da avaliação de seus fatores de
risco(CALIRI et al 2002). Atualmente existem inúmeras escalas de avaliações de risco para o desenvolvimento das UPP,
porém não especificamente para pacientes com lesão medular. SALZBERG et al(1996) desenvolveram uma escala
específica para essa clientela denominada de Spinal Cord Injury Ulcer Pressure Scale (SCIPUS). Objetivo: Esse estudo tem
como objetivo descrever a SCIPUS em suas propriedades, bem como sua aplicabilidade através da revisão de literatura.
Métodos: A metodologia utilizada foi a consulta as bases de dados Cochrane, LILACS, MEDILINE, SciELO e PUBMED de
artigos publicados desde a sua criação até o presente momento. Resultados: A SCIPUS foi desenvolvida a partir de um
estudo retrospectivo em um centro hospitalar para veteranos de guerra numa população total de 219 pacientes com
lesão medular(LME), tendo como critérios de inclusão: LME sem lesão de córtex cerebral. Tratamento e exames dentre os
anos de 1987 e 1993, limitações de mobilidade e etiologia neoplásica ou traumática com início de LME. Quinze fatores
de risco atingiram os quatro critérios de inclusão para a formação da SCIPUS: nível de atividade, grau de morbidade, LME
completa, incontinência urinária, disreflexia autonômica, idade avançada, doenças cardíaca-pulmonares ou renais, função
cognitiva diminuída, diabetes, tabagismo, internação hospitalar ou casa de repouso, hipoalbuminemia e anemia. Os
escores estavam classificados como: risco baixo 0-2; moderado: 3-5; alto: 6-8; muito alto 9-25. Nos resultados individuais
totais variam de 0 a 19, o valor mais alto foi de 25, o médio valor 7. Pacientes pertencentes ao grupo com UPP obtiveram
resultado médio significante maior do que o grupo de controle sem UPP. Comparada as escalas disponíveis usadas, os
primeiros resultados da SCIPUS representaram uma especificidade e sensibilidade melhor a esta clientela
específica(BYRNE et al, 1999). Os 15 fatores de risco da SCIPUS foram considerados como fortes indicadores aos
pacientes com LME para o desenvolvimento das UPP, intensificando assim sua prevenção
Como tratamento. Conclusões: A SCIPUS no momento está em projeto de tradução para a língua portuguesa,
adaptadação transcultural e validação pela autora citada acima.


Referências:
Byrne WD, Salzberg CA, Klabir R, Niewerburgh P, Clayten CG. Predicting Pressure Ulcers During Initial Hospitalization for Acute Cord
Injury. Wounds, 1999;11(2):45-7.
Caliri MHL, Nogueira PC, Santos CB. Fatores de risco e medidas para úlcera por pressão no lesado medular, experiência da equipe de
enfermagem do Hospital das Clinicas de FMRP-USP. Medicina, Ribeirão Preto,2002;35:14-23.
Salzberg CA, Byrne DW, Clayten CG, Klabir R, Niewerburgh P, Viehbeck M. A new Pressure Ulcer Assessment Scale for individual with
spinal Cord injury. Am J Phys Med Rehabil, 1996;75(2):96-104.
TRABALHO 03

A UTILIZAÇÃO DA MEMBRANA POLIMÉRICA ASSOCIADA À PRATA EM PACIENTE QUEIMADO – UM ESTUDO DE CASO

Juliana T. Ramos; Loretta Castellar de Andrade; Marília Cristina M. Gomes; Márcio Martins da Costa


Trata-se de um relato de experiência de enfermeiros. O estudo de caso refere-se ao tratamento de paciente portador de
queimadura de 2° grau superficial e profunda na face após exposição direta a chama associada ao querosene.
OBJETIVOS: Apresentar e discutir a luz do referencial bibliográfico a metodologia de trabalho dispensada a um paciente
em uso de membrana polimérica impregnada com prata no tratamento tópico para queimadura térmica na face; Analisar
os resultados obtidos com o tratamento supramencionado frente aos sentimentos relatados no momento da primeira
consulta de enfermagem. METODOLOGIA: estudo de abordagem qualitativa, do tipo estudo de caso. A utilização desta
metodologia permitiu reconhecer o fenômeno, possibilitando refletir sobre o tema e a identificação dos resultados
esperados. Cabe dizer que durante a realização do estudo, foi solicitado ao paciente autorização para coleta dos dados e
registros fotográficos. RESULTADOS: Para a análise dos dados utilizamos os registros fotográficos, a observação após a
troca dos curativos e a opinião do paciente a cerca do tratamento e suas ansiedades. CONCLUSÃO: No tratamento de
afecções cutâneas é fundamental que a conduta seja baseada em uma tríade primordial, qual seja, na realização do
diagnóstico diferencial, nos critérios de elegibilidade do curativo e na relação de confiança do paciente com a equipe. A
utilização da membrana polimérica associada à prata nanocristalina proporcionou uma cicatrização esteticamente
aceitável, em um curto espaço de tempo e com conforto para o paciente.


1. Leão CEG. Queimaduras. In: Fonseca FP, Rocha PRS, editors. Cirurgia ambulatorial. 3ª ed. Rio de Janeiro: Guanabara
Koogan; 1999. p.122-8.
2. SILVIA A.JORGE, SÔNIA REGINA P.E.DANTAS. Abordagem Multiprofissional do Tratamento de Feridas. São Paulo: Editora
Atheneu, 2008.
3. Site : Hospitalar.com.br ; Copyright© 2000-2011 HOSPITALAR. Nanotecnologia agiliza o tratamento de regeneração de
tecidos em queimados, 2006.
4. MARIANE, Urio. Bases para tratamento das queimaduras na fase aguda. In: BIROLINI, Dário;URIYAMA,Edivaldo;
STEINMAN, Eliana. Cirurgia de emergência. São Paulo: Atheneu, 1996.
TRABALHO 04

O CUIDADO À PESSOA PORTADORA DE FERIDA CRÔNICA: REFLEXÕES ACERCA DA DIMENSÃO PSICOSSOCIAL

Maria Vigoneti Araujo Lima Armelin¹


RESUMO

Os avanços no tratamento das feridas permitiram uma evolução na assistência às pessoas, promovendo resultados
evidentes. Pesquisas foram elaboradas para identificar o melhor tratamento, porém, destacamos a necessidade de
compreender além das terapêuticas tópicas, os aspectos psicossociais que envolvem esses indivíduos. O cuidado da
ferida vai além do curativo propriamente dito. Uma ferida não é somente uma lesão física, mas algo que dói sem
necessariamente precisar de estímulos sensoriais; uma marca, uma mágoa, uma perda irreparável ou uma doença
incurável. A ferida fragiliza e incapacita. Essa condição implica em profundas modificações no estilo de vida, podendo
levar à ruptura das relações sociais. O distanciamento entre os indivíduos é intensificado pelo estigma que a sociedade
tem da pessoa com lesão, causando repercussões em seu cotidiano. Nesta perspectiva, entende-se que é necessária
uma leitura reflexiva acerca dos aspectos psicossociais que envolvem o cuidado à pessoa com feridas crônicas. Este
trabalho objetiva refletir sobre o cuidado de pessoas com ferida crônica contemplando aspectos psicológicos e sociais,
bem como fomentar discussões a esse respeito. Trata-se de um estudo exploratório-descritivo, e para sua execução
realizamos um levantamento bibliográfico sobre o tema proposto e após leitura detalhada tecemos as seguintes
reflexões. A palavra ferida significa muito mais que a perda da continuidade da pele, nos remete à palavra chaga, que
significa algo que penaliza, “castiga”, desgraça e deixa cicatriz (JORGE; DANTAS; VON ZUBEN, 2004). Conviver com
qualquer tipo de lesão segundo Brandão 2002, interfere nas relações sociais, no ambiente de trabalho e no convívio
familiar. Conseqüentemente essas pessoas tornam-se vulneráveis a diversas situações: desemprego, abandono,
isolamento social, resultando em efeitos indesejáveis para os projetos de vida. Essas situações provocam sentimentos
como tristeza, ansiedade, raiva, vergonha, interferindo no estado de equilíbrio, na auto-imagem, na auto-estima,
tornando-se fenômeno relevante para o cuidar em enfermagem. O indivíduo que possui sua integridade cutânea
prejudicada não tem somente este desequilíbrio em sua totalidade, mas em sua necessidade de amor, de estima e de
auto-imagem formando um contexto global que deve ser visto pela Enfermagem para prestar cuidados (HORTA, 1979).
Em vista disso é preciso refletir como o Enfermeiro cuida de um ser humano fragilizado, com odores e secreções, com
auto-estima destruída, prolongada recuperação e extremamente assustado com complicações que podem acontecer
nestes casos (JORGE; DANTAS; VON ZUBEN, 2004). Diante da complexa realidade que envolve o portador de ferida é
importante que o profissional de enfermagem amplie sua visão a respeito dos sentimentos que, frente à doença,
afloram no círculo familiar e social do paciente.


REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS
- BRANDÃO, E. S. O cuidar de enfermagem ao cliente com afecção cutânea: Paradigma sociopoético [dissertação]. Rio
de Janeiro: Universidade de Rio de Janeiro; 2002.
- JORGE, Sílvia Angélica; DANTAS, Sônia Regina Peres Evangelista; VON ZUBEN, Afonso Celso. Abordagem
multiprofissional do tratamento de feridas. São Paulo: Atheneu, 2004.
TRABALHO 05

                            CUIDADOS COM A PELE ADOTADOS POR GESTANTES

                                                                                     Maristela Belletti Mutt Urasaki


Introdução: as modificações que ocorrem durante a gravidez tornam a pele da mulher mais predisposta a
ocorrências exigindo rigor nos cuidados. Objetivos: conhecer os cuidados com a pele adotados pela mulher no
período gestacional e identificar a apropriação dos mesmos. Métodos: estudo quantitativo, descritivo e exploratório
realizado com 124 gestantes de quatro UBS da zona leste de São Paulo. Critérios de inclusão adotados: maiores de
18 anos, idade gestacional maior ou igual a 13 semanas e inexistência de problemas dermatológicos anteriores a
gestação. A coleta de dados foi realizada em julho de 2008 através de formulário composto por cinco domínios:
caracterização da população, estilo de vida, cuidados com a pele e cabelos, auto-percepção sobre cuidados com a
pele e orientações recebidas por profissionais. A pesquisa foi aprovada pelo Comitê de Ética em Pesquisa da
Secretaria Municipal de Saúde de São Paulo (CEP/SMS 301/07). Resultados: a média de idade foi de 26,5 anos; a
escolaridade mais freqüente o ensino médio completo e a renda três salários mínimos; 57 (46%) mulheres estavam
no segundo trimestre de gestação e 67 (54%) no terceiro. Sobre estilo de vida e cuidados com a pele: 62 (50%)
gestantes mantêm atividades que exigem permanência em pé prolongada, dessas 18 (29%) por mais de seis horas
ao dia; 107 (86,3%) não realizam qualquer tipo de exercício físico; 59 (48%) ficam expostas a radiação solar no
período das 10 às 16 horas; a maior parte das mulheres toma mais de um banho ao dia, banhos quentes e
demorados, usam sabonete comum, em barra, diretamente sobre a pele e com pH alcalino. 57 (46%) gestantes não
fazem hidratação facial, 38 (30,6%) realizam de forma irregular, apenas uma (1,4%) usa produto recomendado por
dermatologista; 13 (10,5 %) não fazem hidratação corporal; 90 (72,6%) não fazem uso de protetores solar. Das 34
que usam 12 (35,3%) passam o produto diariamente e regularmente, 5 (14,7%) diariamente e com reaplicação, 10
(29,4%) de forma irregular e sete (20,6%) somente no lazer. Sobre o controle de peso, 35 (28,2%) gestantes
informaram não fazer; 46 (37,1%) afirmaram manter hábito alimentar inadequado e 44 (35,5%) ter mudado a
alimentação para mais saudável após a gestação; 27 (21,8%) ingerem menos de um litro de líquido por dia. A
maioria 92 (74,2%) afirma investir nos cuidados com a própria pele e 70 (56%) informam não receber da equipe de
saúde orientações sobre cuidados com a pele na gestação. Constatou-se inadequação de várias práticas que
podem contribuir no desencadeamento de alterações cutâneas como melasma gravídico, estrias, aranhas
vasculares e acne1,2. Conclusões: os resultados evidenciam a importância da inserção dos cuidados da pele nos
programas de educação em saúde dos serviços que proporcionam atendimento a gestante.


Referências bibliográficas: 1 Alves GF, Varella TCN, Nogueira LSC. Dermatologia e gestação. An. bras. dermatol.
2005; 80 (2): 179-86; 2 Reis VMS; Patriarca M. Prevenção das alterações da pele na gestação [Internet]. São Paulo:
Organon Farmacêutica; [acesso em 2008 Ago 23]. Disponível em: <http:// www.pelenagravidez.com.br>.
TRABALHO 06

                              Alterações fisiológicas da pele percebidas por gestantes

                                                                                       Maristela Belletti Mutt Urasaki

Introdução: as modificações fisiológicas que ocorrem na pele no período gestacional usualmente não comprometem
fisicamente a mãe e o bebe, mas podem deflagrar problemas psicossociais na mãe. Às enfermeiras que atuam no
acompanhamento das gestantes compete ter conhecimento sobre tais ocorrências, estabelecer diagnósticos
apurados e, incorporar, no plano assistencial, intervenções eficazes para problemas potenciais e reais. Objetivo:
descrever as alterações de pele percebidas pela gestante durante o período gestacional e verificar o grau de
incômodo sentido. Métodos: estudo quantitativo, descritivo e exploratório realizado com 124 gestantes de quatro
UBS da zona leste de São Paulo. Critérios de inclusão adotados: maiores de 18 anos, idade gestacional maior ou
igual a 13 semanas e inexistência de problemas dermatológicos anteriores a gestação. A coleta de dados foi
realizada em julho de 2008 por meio de formulário composto por três domínios: caracterização da população,
alterações de pele percebidas na gestação e grau de incômodo das alterações percebidas. A pesquisa foi aprovada
pelo Comitê de Ética em Pesquisa da Secretaria Municipal de Saúde de São Paulo (CEP/SMS 301/07). Resultados:
A média de idade foi 26,5 anos; 59 (47,6%) gestantes brancas e 39 (31,4%) pardas; 41 (33%) com ensino médio
completo; 76 (63,3%) com renda menor de três salários mínimos. Da amostra, 113 (91,2%) gestantes perceberam
alterações na pele e fâneros; das que não observaram alterações seis encontravam-se no início do segundo
trimestre, período este em que as modificações começam a surgir; apenas uma mulher completou o período de
quarenta semanas sem notar qualquer alteração. Foram citadas 345 alterações; a média por gestante foi 2, 78 (dp =
1,89). As alterações pigmentares foram as mais citadas; 70 (20,3%) mulheres referiram manchas (maioria na face,
seguida por mama, pescoço, abdome, braços e dorso) e 53 (15,4%) confirmaram hiperpigmentação (surgimento da
linha alba e escurecimento da auréola mamária). As alterações vasculares foram citadas por 61 (17,7%) gestantes,
estrias por 59 (17,1%), acne 44 (12,8%), alterações de pelo 33 (9,6%) e unha fraca 13 (3,7%). Os resultados são
compatíveis com dados de outros estudos1-3. Das gestantes que perceberam alterações em sua pele 50 (44,2)
sentiram-se incomodadas pelo quadro e 26 (23%) muito incomodadas. O desconforto referido pode tornar-se um
agente estressor significativo e, ainda, se levar a busca de soluções ou tratamentos inadequados agravará o
problema existente. Conclusão: evidenciou-se alta prevalência das alterações de pele no período gestacional e de
desconforto. Diante dos resultados compreende-se que a condução das atividades assistenciais e educativas
desenvolvidas por profissionais de saúde devem valorizar enfaticamente esta problemática.


 Referências bibliográficas: 1 Muzaffar F, Hussain I, Haroon TS. Physiologic skin changes during pregnancy: a study
of 140 cases. Int. j. dermatol. 1998; 37 (6): 429-31; 2 Barankin B, Silver SG; Carruthers A. The skin in pregnancy. J.
cutan. Med. surg. 2002; 6, (3): 236-40; 3 Suzuki MM, Pinheiro AM, Suzuki MT, Mosci C, Suzuki AM. Dermatoses na
gravidez: a importância do exame dermatológico no pré-natal. An. bras. dermatol. 2005; 80 (supl2): S77-188.
TRABALHO 07

Diagrama de Avaliação de Úlceras Arteriais : Uma revisão sistemática

Luma Santos; Raquel Cunha; Sheila Maria; Tais Tonelli, Alessandra Bongiovani e Patrícia Ferreira

RESUMO

Introdução: As úlceras arteriais são caracterizadas pela aterosclerose que leva a obstrução progressiva das
artérias, acarretando em isquemia. É uma doença extremamente incapacitante e que reduz qualidade de vida dessa
clientela, devido presença de muita dor. (Iponema & Costa, 2007) A partir dessa caracterização é fundamental a
realização dos diagnósticos de base e diferencial das úlceras para a melhor opção terapêutica, prevenção das
complicações decorrentes e recuperação do paciente. (Gamba, 2005) Objetivo: Descrever as formas de avaliação
para diagnóstico de úlceras arteriais. Métodos: Trata-se de uma revisão sistemática de literatura realizada por meio
da análise retrospectiva de estudos primários que focalizam úlceras vasculogênicas e a abordagem adequada do
profissional de enfermagem. Os estudos foram identificados nas seguintes bases de dados: LILACS, SCIELO,
MEDLINE, PubMed, BVS, DEDALUS. Foram consultadas monografias, trabalhos de conclusão de curso e literatura
presentes no acervo da biblioteca Pe. Inocenti Radrizzani do Centro Universitário São Camilo, por meio de consultas
no catálogo On Line Quíron e acervo da biblioteca Wanda de Aguiar Horta da Escola de Enfermagem da
Universidade de São Paulo. Discussão: Para o diagnóstico diferencial de úlceras arteriais é necessário uma
anammese detalhada com busca no histórico do cliente; focar nos fatores de risco como tabagismo, etilismo crônico,
sedentarismo, idade, e ocupação; doenças prévias como: vasculites, doenças vasoespásticas, hipertensão arterial,
diabetes mellitus e demais doenças relacionadas à lesão de artérias (Iponema & Costa, 2007); histórico familiar,
estado nutricional e condições alimentares; exame físico minucioso das características clínicas da lesão, utilizando o
sistema de avaliação MEASURE Keast, et al (2004) apud Dealey (2008), além da avaliação dos MMII como
coloração da pele adjacente, pulsos, perfusão periférica, edema, turgor e hidratação de modo comparativo do
membro com a lesão e outro; coleta de exames laboratoriais que analisem aporte nutricional, sistema vascular,
imunológico e metabólico e exames complementares como realização do Doppler que caracteriza local de redução
de fluxo e grau de obstrução (COREN-SP CAT nº 019/2010) e ITB - Índice Tornozelo Braço, responsável por definir
a localização da doença arterial e
quantificá-la (Giollo Jr & Martin, 2010), ambos confirmam o diagnóstico de Úlcera Arterial e auxiliam na escolha do
tratamento adequado. Conclusão: A capacidade para a realização de avaliação acurada de uma ferida é uma
aptidão importante e necessária do enfermeiro
Descritores: enfermagem, avaliação, úlcera arterial

Referências Bibliográficas:

DEALEAY, Carol. Cuidando de Feridas – Um Guia para as Enfermeiras. 3ªEd. Atheneu. São Paulo. 2008. pg.
240.


GAMBA, Mônica Antar. Úlceras Vasculogênicas – Úlcera Aterial. In: JORGE, Silvia Angélica & DANTAS, Sônia
Regina Luiz Evangelista. Abordagem Multiprofissional ao Tratamento de Feridas. 1ª Ed. Atheneu. São Paulo,
2005. pg. 241-246.


GIOLLO JUNIOR, Luiz Tadeu & MARTIN, José Fernando Vilela. Índice tornozelo-braquial no diagnóstico da
doença aterosclerótica carotídea. Revista Brasileira de Hipertensão. V. 17. n. 2. pg. 117-118 2010. Disponível em:
http://departamentos.cardiol.br/dha/revista/17-2/13-indice.pdf


HARADA, Maria de Jesus Castro S. et al. Doppler para avaliação de feridas Parecer COREN-SP CAT nº
019/2010. Disponível em: http://inter.coren-sp.gov.br/sites/default/files/019_2010_Doppler.pdf


IPÓNEMA, Elizabeth Conceição & COSTA, Márcia Martins da. Úlceras Vasculogênicas. In: SILVA, Roberto Carlos
Lyra da; FIGUEIREDO, Níbia Maria de & MEIRELLES, Isabella Barabosa. Feridas Fundamentos e Atualizações
em Enfermagem. Yendis. São Caetano do Sul, 2007. pg. 337-350.
TRABALHO 08

ATUAÇÃO DA COMISSÃO DE CURATIVOS DE UM HOSPITAL GERAL: RESULTADOS NO
TRATAMENTE DE FERIDAS

                                                 Aline Néri¹ ; Janici Th. Santos²


INTRODUÇÃO: O cuidado aos pacientes acometidos por feridas é uma especialidade da Enfermagem,
reconhecida pela Sociedade Brasileira de Enfermagem Dermatológica (SOBENDE) e Associação Brasileira de
Estomaterapia (SOBEST). Diante das necessidades apresentadas por uma amostra de pacientes clínicos e
cirúrgicos acometidos por lesões de pele de diferentes etiologias e outros com potencial de risco para
desenvolvimento de novas lesões, sentiu-se a necessidade de descrever os resultados alcançados pela atuação
do enfermeiro da Comissão de Curativo (COC) por meio da avaliação, intervenção e evolução do processo
cicatricial das feridas, assim como a aplicação de estratégias para prevenção de outras lesões. OBJETIVO:
Descrever os resultados do tratamento de lesões de pele, alcançados pelas estratégias implementadas pela
Comissão de Curativos (COC), em um Hospital Geral. METODOLOGIA: Foram analisados os resultados da
evolução do processo de cicatrização de um total de 202 pacientes internados nas Unidades de Internação e
Terapia Intensiva, com acompanhamento de feridas de várias etiologias. Os dados foram coletados através de
um instrumento elaborado pela Enfermeira do COC, entre janeiro e junho de 2011, com registros dos
seguintes dados: a-) setor, b-) identificação do paciente, c-) data da 1ª avaliação, d-) classificação da ferida, e-)
localização, f-) tipo de lesão g-) evolução da lesão. RESULTADOS: Foram obtidos por meio de análise
quantitativa. Do total de 202 lesões acompanhadas, organizou-se os resultados do processo de cicatrização em
três aspectos: a-)lesões com cicatrização completa, 43 lesões, representando 21% do total, b-) lesões com
cicatrização em vigência, total de 91, equivalendo a 45% das lesões acompanhadas, as demais lesões num total
de 68, representam 43% das lesões em que os pacientes evoluíram para óbito ou alta, sem possibilidade de
descrever resultados. CONCLUSÃO: A atuação da enfermeira do COC, por meio de um trabalho
sistematizado e próximo ao paciente, resultou em diminuição das lesões, na conscientização quanto à
prevenção e na elaboração de um manual de orientações que possibilita a continuidade do tratamento em
domicílio. Por meio deste estudo conseguiu-se a implantação de medidas que permitam desenvolver uma
enfermagem de qualidade.


REFERENCIAS:
          1.Dealey C. cuidando de feridas: um guia para enfermeiras. 2ªed. São Paulo: Atheneu; 2001.
          3. Backes DS. A evolução de uma ferida aguda com o uso de carvão ativado e prata. Nursing
          (São Paulo) 2005; 91(8):588-92.
          4. Gomes AMT, Oliveira DC. Estudo da estrutura da representação social da autonomia
          profissional em enfermagem. Rev. Esc. Enferm USP 2005;39(2):145-5. IRON, Glenn. Feridas:
          novas abordagens, manejo clínico e atlas em cores. Rio de Janeiro: Guanabara Koogan, 2005.
          Instituição : Hospital Santa Cruz
          1- Enfermeira integrante da Comissão de Curativos do Hospital Santa Cruz, Especializanda
          em Enfermagem em Dermatologia.
          2-Enfermeira de Educação Continuada do Hospital Santa Cruz - Mestre em Gerontologia-
          Especialista em Geriatria, Terapia Intensiva e Emergência.
TRABALHO 09

Tratamento de Úlceras Arteriais

Luma Santos; Raquel Cunha; Sheila Maria; Tais Tonelli e Patrícia Ferreira
Introdução: As úlceras de etiologia arterial devem ser abordadas como um problema grave que requer atenção, pois, apesar de superficiais, podem
evoluir rapidamente e acometer tecidos subcutâneos, fáscia muscular, ossos e articulações, sem esquecer seu alto grau incapacitante em virtude da
lesão propriamente dita e da amputação, e sua incidência no índice de mortalidade (corroborando com o aumento deste) relacionado às infecções
secundárias. Não é raro identificar alterações na coloração cutânea resultantes de uma vasodilatação no leito da pele, por ação de metabólitos
vasoativos produzidos pela isquemia, a grande maioria apresenta tecido desvitalizado, amarelo ou preto, tipo esfacelo ou escara (“necrose”), não
sendo muito exsudativas. Localizam-se na região distal retromaleolar, no calcâneo ou em pododáctilos acarretando em muita dor aos portadores de
úlcera arterial (SILVA, FIGUEIREDO e MEIRELES, 2007). Objetivo: Identificar os principais tratamentos existentes para úlceras arteriais.
Métodos: Trata-se de uma revisão sistemática de literatura realizada por meio da análise retrospectiva de estudos primários que focalizam úlceras
vasculogênicas e a abordagem adequada do profissional de enfermagem. Os estudos foram identificados nas seguintes bases de dados: LILACS,
SCIELO, MEDLINE, PubMed, BVS, DEDALUS. Foram consultadas monografias, trabalhos de conclusão de curso e literatura presentes no acervo
da biblioteca Pe. Inocenti Radrizzani do Centro Universitário São Camilo, por meio de consultas no catálogo On Line Quíron e acervo da biblioteca
Wanda de Aguiar Horta da Escola de Enfermagem da Universidade de São Paulo. Discussão: Segundo Gamba apud Jorge e Dantas (2005), é
fundamental a realização dos diagnósticos diferencial e de base das úlceras para a melhor opção terapêutica, prevenção das complicações
decorrentes e recuperação do paciente. Para tanto a correta conduta torna-se primordial para o tratamento nas úlceras isquêmicas arteriais, que
classicamente envolve o desbridamento conservador, controle da dor, uso de curativos oclusivos e melhora da circulação (HESS, 2002).
Revascularização: A intervenção cirúrgica é realizada para melhorar a circulação e é essencial no tratamento de membros gravemente
comprometidos. Os procedimentos incluem angioplastia percutânea por balão com ou sem introdução de stent, angioplastia percutânea por laser e
cirurgia de derivação arterial (HESS, 2002). Para Brandão, Martins e Kolblinger apud Brandão e Santos (2006), havendo necessidade de intervenção
cirúrgica para revascularização, enquanto aguarda-se o procedimento, é possível, na presença de esfacelo ou tecido necrótico no leito da ferida, fazer
uso de desbridantes autolíticos, como por exemplo, o hidrogel ou químico, como as enzimas proteolíticas. Todo cuidado na manipulação ou
procedimento deverá ser tomado devido à hipóxia tissular. Os curativos utilizados não devem fazer aderência para evitar traumatismos
desnecessários e aliviar a dor. Curativos oclusivos: Segundo Hess (2002) os curativos oclusivos proporcionam diversos benefícios. Ao oferecer
cobertura imediata, reduzem a dor e protegem a ferida de infecção. Além disso, ajudam a controlar o exsudato, aumentam o desbridamento
autolítico e mantêm um ambiente úmido na ferida, que acelera o processo de cicatrização. Em virtude do ressecamento da pele, nenhum curativo
deverá ser preso diretamente sobre a ferida devido ao risco de escoriação. Assim, deve-se utilizar atadura de crepom sem compressão fixando-a com
fita adesiva. É recomendável a utilização de algodão ortopédico ou gazes sobre o curativo para aquecer os pés, diminuindo a vasoconstrição.
Mudanças nos hábitos de vida e Terapia Sintomática: Hess (2002) relata que a conduta na arteriosclerose, por exemplo, inclui algumas mudanças nos
hábitos de vida, tais como: prática de exercícios físicos, redução do colesterol, abandono do tabagismo, controle da pressão arterial e glicemia e dieta
regrada. Alguns agentes antiplaquetários (ácido acetilsalicílico, ticlopidina e clopidogrel) e derivados da xantina (pentoxifilina) são frequentemente
usados para tratar os sintomas associados à doença arterial periférica. Entretanto, o tratamento clínico isolado tipicamente tem eficácia limitada em
úlceras arteriais. Modalidades terapêuticas mais modernas, inclusive fatores de crescimento humano e substitutos cutâneos fabricados por
bioengenharia, são promessas importantes no tratamento dessas feridas, freqüentemente difíceis de cicatrizar. Segundo Brandão, Martins e
Kolblinger apud Brandão e Santos (2006), mesmo os indivíduos que não forem portadores de úlceras, mas tiverem algum grau de insuficiência
arterial devem:
• Manter as extremidades aquecidas com meias de algodão sem garrotear o membro - Proteger as proeminências ósseas de atrito e cisalhamento -
Evitar o cruzamento das pernas devido à compressão dos vasos - Evitar traumatismo nos pés por traumatismo mecânico ou térmico - Utilizar
emolientes neutros para evitar ressecamento e fissuração da pele - Realizar regularmente a inspeção de pernas e pés - Lavar e secar os pés com
cuidado - Cortar as unhas no formato quadrado a fim de evitar “unha encravada” - Manter a cabeceira da cama elevada - Minimizar a dor com
medicações específicas prescritas pelo médic - Procurar atendimento médico e tratar imediatamente quando apresentar flictemia, hiperemia, dor,
edema, calor e/ou infecção.

Conclusão: A úlcera arterial é um agravo de alta incidência e é fundamental que o profissional enfermeiro esteja sempre se atualizando no intuito de
estar preparado para atuar de forma satisfatória no cuidado e tratamento de portadores de úlceras arteriais. É preciso a criação de vínculo paciente-
enfermeiro para que haja adesão ao tratamento e melhora da cicatrização. É importante ressaltar a necessidade de estudos e aprimoramento no
diagnóstico e tratamento deste tipo de lesão, visto a carência de publicações sobre o tema.
Descritores: úlcera arterial, tratamento, enfermagem, curativos oclusivos, revascularização.
Referências bibliográficas:
v BRANDÃO, Euzeli da Silva; KÖLBLINGER, Elizabeth & MARINS, Rosângela Guiomar de A. Cuidados Essenciais ao cliente com Úlceras
Arteriais e Venosas. . In: BRANDÂO, Euzeli da Silva & SANTOS, Iraci dos. Enfermagem em Dermatologia – Cuidados técnico, dialógico e
solidário. Cultura Médica. Rio de Janeiro, 2006. pg. 295-303.
v HESS, Cathy Thomaz. Úlceras Venosas e Arteriais. In: HESS, Cathy Thomaz. Tratamento de feridas e úlceras. 4ª Ed. Reichmann & Affonso.
Rio de Janeiro, 2002, pg. 135 -139.
v GAMBA, Mônica Antar. Úlceras Vasculogênicas – Úlcera Aterial. In: JORGE, Silvia Angélica & DANTAS, Sônia Regina Luiz Evangelista.
Abordagem Multiprofissional ao Tratamento de Feridas. 1ª Ed. Atheneu. São Paulo, 2005. pg. 241-246.
v IPONEMA, Elizabeth Conceição & COSTA, Márcia Martins da. Úlceras Vasculogênicas. In: SILVA, Roberto Carlos Lyra da; FIGUEIREDO,
Níbia Maria De & MEIRELLES, Isabella Barbosa. Feridas Fundamentos e

Atualizações em Enfermagem. Yendis. São Caetano do Sul, 2007. pg. 337-350.
TRABALHO 10


TRATAMENTO DE ÚLCERAS VENOSA: REVISÃO SISTEMÁTICA

Luma Santos; Raquel Cunha; Sheila Maria; Tais Tonelli e Patrícia Ferreira

Introdução: A insuficiência venosa resulta da obstrução das válvulas venosas nas pernas ou de um fluxo do sangue para trás através
das válvulas, afetando as veias superficiais e profundas. Esse distúrbio no mecanismo fisiológico do fluxo venoso resulta em
hipertensão venosa, em virtude do aumento prolongado da pressão nos vasos. Como as paredes das veias são mais delgadas e
complacentes que as paredes das artérias, acabam por se distender prontamente quando a pressão venosa se eleva de maneira
consistente. Assim, os folhetos das válvulas venosas são estirados e impedidos de se fechar por completo, permitindo um refluxo
retrógrado do sangue (Yamada apud Jorge e Dantas, 2003). Segundo Carmo, Castro e Sarquis (2007), o tratamento clínico oferecido
ao portador de úlcera venosa consiste na realização do curativo, terapia compressiva, prescrição de dieta que favoreça a cicatrização,
orientações quanto à importância de repouso e uso de meias de compressão após a cura da ferida. Objetivo: Identificar a etiologia da
insuficiência venosa e os principais tratamentos existentes para esse tipo de lesão. Métodos: Trata-se de uma revisão sistemática de
literatura realizada por meio da análise retrospectiva de estudos primários que focalizam úlceras vasculogênicas e a abordagem
adequada do profissional de enfermagem. Os estudos foram identificados nas seguintes bases de dados: LILACS, SCIELO,
MEDLINE, PubMed, BVS, DEDALUS. Foram consultadas monografias, trabalhos de conclusão de curso e literatura presentes no
acervo da biblioteca Pe. Inocenti Radrizzani do Centro Universitário São Camilo, por meio de consultas no catálogo On Line Quíron e
acervo da biblioteca Wanda de Aguiar Horta da Escola de Enfermagem da Universidade de São Paulo. Discussão: Cullum et al
apud Borges Caliri e Hass (2007), relata que a terapia compressiva deve ser aplicada, de modo consistente, para melhorar a
efetividade do cuidado e reduzir os custos do tratamento. Os profissionais que utilizam o sistema devem ser capacitados, uma vez
que a compressão aplicada inadequadamente pode predispor os pacientes a complicações. Johnson e Paustrian apud Borges, Caliri e
Hass (2007) descrevem existem situações em que a compressão graduada está contra-indicada como nos casos de insuficiência
arterial moderada e severa, carcinoma, bem como em pacientes que estejam desenvolvendo trombose venosa profunda. Em relação à
bandagem de compressão pneumática intermitente, os resultados sugeriram que ela é benéfica no tratamento da úlcera venosa e deve
ser considerada como terapia adjunta. Mas essa recomendação não é consenso, uma vez que não foram percebidas diferenças com o
seu uso em todos os estudos analisados (HOFMAN e CHERRY, 1998). O uso de bandagem de calor radiante mostra ser seguro e
eficiente para pacientes internados com úlcera venosa recalcitrante, mas requer mais avaliação para investigar sua eficácia, enquanto
tratamento ambulatorial (BELVARO e NICOLARE, 1993). Segundo Harding et al apud Borges, Caliri e Hass (2007), quanto à
terapia tópica, não foram encontradas evidências indicando qual é a melhor. Os resultados dos estudos sugerem o uso de uma
cobertura simples, não aderente, de baixo custo e aceitável pelo paciente e, com opções de tratamento. Pacientes com úlcera extensa
ou associada com o comprometimento arterial podem ser beneficiados com as técnicas de cicatrização adjuvante, tais como pele
humana e revascularização arterial, quando possível. Para os pacientes com comprometimento primário do sistema venoso
superficial, é sugerido o procedimento cirúrgico minimamente invasivo para a correção (ZAMBONI et al, 2003). Conclusão: Cabe
ao enfermeiro estabelecer comunicação terapêutica com o cliente visando à valorização das queixas apresentadas e o respeito à
particularidade de cada indivíduo. É de extrema importância que o profissional use da comunicação verbal de forma clara e objetiva,
respeitando a linguagem do paciente, para que o mesmo possa compreender as informações que lhe são transmitidas e, assim,
comprometer-se com sua saúde possibilitando o cumprimento das ações que lhe são delegadas a fim de garantir o sucesso do
tratamento. Descritores: tratamento, ulcera varicosa, enfermagem, literatura de revisão e medicina baseada em evidências.

Referências Bibliográficas:
- BORGES, Eline Lima; CALIRI, Maria Helena Larcher & HAAS, Vanderlei José. Revisão sistemática do tratamento tópico da
úlcera venosa. Rev Latino-am Enfermagem. São Paulo. v.15. n. 06. pg. 1163-70. Novembro-dezembro 2007. Disponível em:
http://www.scielo.br/pdf/rlae/v15n6/pt_16.pdf - CARMO, Sara da Silva; CASTRO, Clarissa Domingos de; RIOS, Vanessa Souza
& SARQUIS, Micheline Garcia Amorim. Atualidades na assistência de enfermagem a portadores de úlcera venosa. Revista
Eletrônica de Enfermagem. (serial on line) v. 09. n.02. pg. 506-517. Mai-Ago 2007. Disponível em:
http://www.fen.ufg.br/revista/v9/n2/pdf/v9n2a17.pdf - YAMADA, Beatriz Farias Alves. Úlceras Vasculogênicas – Úlcera Venosa.
In: JORGE, Silvia Angélica & DANTAS, Sônia Regina Luiz Evangelista. Abordagem Multiprofissional ao Tratamento de
Feridas. 1ª Ed. Atheneu. São Paulo, 2005. pg. 248-259.
TRABALHO 11


    USO DE POLIHEXAMETILENO-BIGUANIDAS (PHMB) NO TRATAMENTO DE FERIDAS: RELATO DE CASOS


                                                  ANTONUCCI, R. B.; MARCARI, A. N.; PEIXOTO, N.; POLETTI, N. A. A.


O tratamento tópico de feridas infectadas é um tema muito debatido entre enfermeiros, e a vivência em um
ambulatório de cuidados a pacientes portadores de feridas tem apontado para uma dificuldade no tratamento tópico
destas lesões, quer seja pela falta de opção de coberturas existentes no mercado, quer pela utilização dos produtos
que tem como objetivo a desinfecção local, mas que possuem efeitos tóxicos sobre as células envolvidas com o
delicado processo de cicatrização. O PHMB (Polihexametileno-Biguanidas é um antisséptico do mesmo
grupo da clorexidina que atua em bactérias gram positivas e gram negativas, e em anaeróbios que são
responsáveis pelo odor. O polihexametileno biguanida é também considerado um antimicrobiano, que favorece o
controle de microorganismos presentes em feridas infectadas, visto que as moléculas deste produto exercem seu
efeito bactericida, por meio de mecanismos de agregação, mediada pelos seus núcleos catiônicos de biguanida
Também atua na modificação da permeabilidade da               membrana citoplasmática microbiana que leva a
perda de componentes fundamentais e morte celular. Desta forma, o presente estudo tem por objetivo relatar
alguns casos de pacientes com úlceras crônicas e agudas com presença de tecido necrótico e desvitalizado, e de
odor forte em diversas localizações, em uma enfermaria cirúrgica de um Hospital Escola de São José do Rio
Preto. O estudo foi realizado no período compreendido entre os meses de Maio a Agosto de 2011, iniciando após a
autorização do cliente e/ou de seu responsável pela assinatura do termo de consentimento livre e esclarecido e
autorização para registro fotográfico. As lesões foram tratadas com curativo local diário de PHMB gel associado à
antibioticoterapia sistemática. Este tratamento apresentou resultado satisfatório, com a diminuição do odor,
desbridamento da placa necrótica e cicatrização parcial das lesões até o momento e proporcionando ao cliente o
alívio da dor, diminuição do odor e melhora da qualidade de vida.


REFERÊNCIAS

•    MOORE, K.; GRAY, D. Uso del agente antimicrobiano PHMB para prevenir la infección de heridas. Gerokomos, v. 19, n. 3,
     p. 145-152, 2008.
•    KIRKER, K. R.; FISHER, S. T.; JAMES, G. A.; MCGHEE, D.; SHAH, C. B. Efficacy of polyhexamethylene biguanide-
     containing antimicrobial foam dressing against MRSA relative to standard foam dressing. WOUNDS, v. 9, n. 3, p. 229-233,
     2009.
•    TIMMONS, J.; LEAK, K PHMB: Utilización del apósito de espuma antimicrobiana (AMD) KendallTM (PHMB 0,5%) en el tratamiento
     de las heridas crónicas. Gerokomos, v. 21, n. 1, p. 37-43,
     2010.
•    Rafaela Butinholi Antonucci - Pós Graduanda em Dermatologia pela Faculdade de Medicina de São José do Rio Preto - FAMERP-SP, e
     Enfermeira Aprimoranda em Curativo e Estomaterapia pelo Hospital de Base.

e-mail: rafa.antonucci@hotmail.com - Ana Maria Marcari – Enfermeira Pós Graduada em Estomaterapia pela PUC-PR, enfermeira
aprimoranda em Curativo e Estomaterapia pelo Hospital de Base - Nádia Antonia Aparecida Poletti – Profª Dra. do Departamento de
Enfermagem Geral da Faculdade de Medicina de São José do Rio Preto - FAMERP-SP. - Nelci Peixoto – Enfermeira Pós Graduanda em
Estomaterapia pela Faculdade de Medicina de São José do Rio Preto - FAMERP-SP, e enfermeira técnica da Helianto
TRABALHO 12


                     TRATAMENTO DE ÚLCERA CRÔNICA, TERAPIA COM PLASMA RICO EM PLAQUETAS.

                           ERICA CAMARGO DE OLIVEIRA1, SHIRLEY SAMPE 2, FABIANA MARQUES 3

                                                          RESUMO

        O presente estudo relata a aplicação de Plasma Rico em Plaquetas (PRP) em úlceras crônicas de pacientes diabéticos e
        hipertensos. As doenças de base retardam a cicatrização e contribuem para infecções e amputações, no entanto as
        plaquetas ativadas liberam quantidades aumentadas de fatores de crescimento pré - formados dentro da ferida, esses
        fatores são responsáveis por estimular a angiogênese, a mitogênese e a permeabilidade vascular, o que os tornam
        essenciais para o tratamento de feridas em pacientes diabéticos, pois a hiperglicemia interfere principalmente na
        angiogênese, diminuindo a capacidade natural de cicatrização do individuo. (1,2). O intuito do estudo foi avaliar a
        eficácia do Plasma Rico em Plaquetas (PRP) na cicatrização de feridas crônicas e dessa forma reduzir complicações
        como infecções e amputações de extremidades. A aplicação do PRP em seres humanos foi iniciada após aprovação do
        projeto pelo COEP da Universidade Nove de Julho (aprovado em 16/02/2011, sob o nº. 384396). Os dados foram
        coletados após assinatura de termo de consentimento livre e esclarecido (resolução 196/96 do conselho nacional de
        saúde). Realizávamos anamnese e exame físico do paciente, utilizando instrumento onde constam também
        informações sobre a lesão, a terapia ocorreu no período de cinco semanas, com aplicações semanais. O PRP era
        obtido através de punção venosa periférica, onde coletávamos 20ml de sangue venoso, separados em tubos com
        anticoagulante, que submetíamos a centrifugação para separação celular. Após limpeza da ferida com SF 0,9%
        aplicávamos o gel plaquetário no leito da lesão e utilizávamos adaptic® como cobertura primária, gaze como
        secundária e envolvíamos o membro em atadura crepom. O tratamento com PRP proporcionou aos voluntários,
        redução do tempo de cicatrização, redução significativa da dor local e contribuiu diretamente para a epitelização
        tecidual, com formação de tecidos de melhor qualidade e aproximação das bordas, não foram observadas
        complicações ou desconfortos durante a terapia, concluindo que os fatores de crescimento presentes no plasma rico
        em plaquetas cooperam gradativamente e de forma acelerada na cicatrização tecidual e apresentou eficácia
        terapêutica para o caso descrito.


Palavras-chave: Úlcera crônica, plasma rico em plaquetas, feridas, fator de crescimento.

Referências Bibliográficas
1.      Nobrega NL, Biondo-Simões MLP, Barczak D, Ioshii SO. Effects of hiperglycemia and aging in angiogenesis and
        reepithelization of colonic anastomoses in rats. Acta Cir. Bras. 2007, vol. 22 (suppl. 1): 2-7.
2.      Brunner & Suddarth. Tratado de Enfermagem Medico Cirúrgica. V.2 Rio de Janeiro (RJ): Guanabara Koogan; 2008.



1. Enfermeira. Sócia da sociedade Brasileira em Dermatologia
e – mail: erica_enf@yahoo.com.br
2. Enfermeira. Professora do departamento de saúde da Universidade Nove de Julho. UNINOVE (SP)
3. Biomédica. Mestranda em Biologia Molecular na Universidade Federal de São Paulo – UNIFESP (SP).
TRABALHO 13


           TRATAMENTO DE LESÃO POR EMBOLIA CUTIS MEDICAMENTOSA: RELATO DE CASO

     ANTONUCCI, RAFAELA BUTINHOLI; ANSELMO, AMANDA MAYRA; MARCARI, ANA MARIA; RUIZ, PAULA
                                                                                     BUCK

A Embolia cútis medicamentosa ou Síndrome de Nicolau é um evento adverso raro, decorrente da administração de
medicamentos intramusculares; dentre os quais incluímos o cetoprofeno, o diclofenaco, a penicilina, a vacina tríplice, etc. A
Sindrome se manifesta com uma grave reação local a droga, caracterizada por dor aguda intensa, inflamação cutânea,
subcutânea e intramuscular e necrose dos tecidos moles no local da administração da injeção; apresenta sequelas
potencialmente devastadoras, podendo resultar em significativa morbidade para o indivíduo e o custo elevado para as
Instituições de saúde. Desta forma, o presente estudo tem por objetivo relatar um caso de lesão por Embolia cútis
medicamentosa em região glútea porcetoprofeno, em uma enfermaria cirúrgica de um Hospital Escola de São José do Rio
Preto. Para revisão da literatura realizou-se a busca nos bancos de dados: Medline, Scielo e Lilacs durante o período de 2006 a
2011. O estudo foi realizado no período compreendido entre os meses de Fevereiro a setembro de 2011, em uma enfermaria
cirúrgica e setor ambulatorial de um hospital escola de São José do Rio Preto. O trabalho foi desenvolvido na forma de estudo
de caso, tendo início após a autorização do cliente através do termo de consentimento livre e esclarecido e autorização para
registro fotográfico. A lesão foi tratada com curativo local diário (papaína gel 6% e 3%) associado à terapia de Câmara
Hiperbárica e antibioticoterapia sistêmica. Este tratamento apresentou resultado satisfatório, com a cicatrização parcial da lesão
até o momento e proporcionando ao cliente o alívio da dor e melhora da qualidade de vida.

                                                       REFERÊNCIAS

Hamilton, B et al. Nicolau syndrome in an athlete following intra-muscular diclofenac injection. Acta Orthopaedica
Belgica,v. 74, n.74, p. 860-864; 2008.

Lie, C; Leung, F; Chow, S; Nicolau syndrome following intramuscular diclofenac administration: a case report. Journal of
Orthopaedic Surgery, v. 14, n. 1, p. 104-107; 2006.

Duque, FLV; Chagas, CAA. Acidente por injeção medicamentosa no músculo deltóide: lesões locais e à distância, revisão de
32 casos. Jornal Vascular Brasileiro, v. 8 n. 3; 2009.
Alyasin, S; Sharifian, M. Nicolau Syndrome Caused by Penicillin Injection a Report From Iran. Shiraz E Medical Journal, v.
11, n. 2; 2010.
Nischal, KC et al. Nicolau syndrome: An iatrogenic cutaneous necrosis. Journal Cutan Aesthet Surg, v. 2, p. 92-95; 2009.
Rafaela Butinholi Antonucci - Pós Graduanda em Dermatologia pela Faculdade de Medicina de São José do Rio Preto -
FAMERP-SP, Enfermeira Aprimoranda em Curativo e Estomaterapia pelo Hospital de Base de São José do Rio Preto.e-mail:
rafa.antonucci@hotmail.com

Amanda Mayra Anselmo - Enfermeira Clínica do Hospital de Base de São José do Rio Preto, Especialista em Enfermagem em
Dermatologia pela Faculdade de Medicina de Rio Preto - FAMERP.

Ana Maria Marcari – Enfermeira Pós Graduada em Estomaterapia pela PUC-PR, Enfermeira Aprimoranda em Curativo e
Estomaterapia pelo Hospital de Base de São José do Rio Preto.

Paula Buck Ruiz – Enfermeira em Centro Cirúrgico; Sala de Recuperação Pós Anestésica do Hospital de Base de São José do
Rio Preto.
TRABALHO 14

AVALIAÇÃO DE LESÕES MAMILARES DECORRENTES DA PRÁTICA DA AMAMENTAÇÃO: UMA REVISÃO
INTEGRATIVA DA LITERATURA.


Marina Possato Cervellini, Mônica Antar Gamba, Ana Cristina Freitas de Vilhena Abrão

                                                     RESUMO

Introdução: A prevalência do trauma mamilar pode chegar a 96% durante a primeira semana de puerpério, sendo a
dor no mamilo ocasionada pela lesão, a segunda razão mais comum para o desmame precoce, além disso, a
ruptura na pele favorece o aparecimento de comorbidades. Na literatura atual, muitos estudos clínicos sobre
intervenções no tratamento do trauma mamilar, vêm apresentando limitações e viéses metodológicos que reduzem
sua validade interna, além de impossibilitar o emprego seguro das intervenções na prática. Nesse sentido, a
avaliação das lesões mamilares, bem como o uso de um instrumento de mensuração adequado nos estudos
clínicos, são de grande importância na eficácia científica da intervenção proposta e especificidade do tratamento,
além de fornecer uma linguagem padronizada entre os profissionais de saúde e ajudar no avanço do conhecimento
das lesões e do tecido mamilar.
Objetivos: Identificar e avaliar as evidências disponíveis na literatura sobre avaliações de lesões mamilares
causadas pela prática da amamentação.
Métodos: Realizou-se um estudo de revisão integrativa da literatura, buscando publicações indexadas nas
seguintes bases de dados: Medline, Lilacs, Pubmed Central, Embase, Science Verse-Scopus e Cochrane Library,
com período de busca variando entre 1966 a 2011 ou sem restrições de data, conforme base de dados. Foram
identificadas publicações no idioma inglês, alemão, espanhol e português. Os Descritores em Saúde foram:
mamilos, lesões, dor, trauma, avaliação ou classificação, sinais e sintomas e resultado de tratamentos. Após leitura
de títulos e resumos das 1228 publicações identificadas, encontraram-se 62 artigos que apresentaram os critérios de
seleção previamente definidos. Em seguida, com a leitura na íntegra, obteve-se uma amostra final de 20 artigos.
Resultados: Os autores da literatura atual demonstram uma forma particular de análise das lesões mamilares,
sendo praticamente em cada estudo, escolhida uma forma de mensuração da área lesionada. Encontrou-se nos
artigos analisados, o uso de escalas de avaliação do processo de cicatrização, do estadiamento do trauma mamilar;
escores de pontuação, quanto à severidade da lesão e aspectos morfológicos apresentados; e o uso de
classificações preexistentes para definição e mensuração do trauma mamilar. Entre os estudos, as lesões mais
observadas foram: eritema, edema, vesículas, crostas e equimose. Algumas características da lesão foram
ressaltadas: o sangramento, o exsudato e a coloração vermelha de várias tonalidades. Outras lesões foram citadas
pelos autores, dentre elas; fissuras, escoriações, bolhas, erosões, dilaceração, abscesso, descamação, marcas
brancas, amarelas ou escuras, áreas inflamadas, hematoma, petéquias, úlcera, cisto, descoloração e faixas de
compressão.
Conclusões: Concluiu-se a inexistência de consenso ou de concordância, quanto à forma de avaliação das lesões
mamilares, tanto na descrição dos tipos de lesão, bem como fase de cicatrização em que se encontram. Este fato
vem dificultando a assistência e o tratamento das lesões, provocando no meio profissional a falta de entendimento e
criando opiniões conflitantes, bem como, trazendo dificuldades metodológicas às pesquisas científicas. Neste
sentido, faz-se necessário a elaboração de uma classificação dos traumas mamilares, com entendimento
dermatológico das lesões e especificidades do tecido mamilar.
TRABALHO 15


ASPECTOS METODOLÓGICOS RELEVANTES EM ESTUDOS DE VALIDAÇÃO EM DERMATOLOGIA: UMA
REVISÃO INTEGRATIVA.
Marina Possato Cervellini, Ana Cristina Freitas de Vilhena Abrão, Mônica Antar Gamba.


                                                    RESUMO

Introdução: A importância dos instrumentos de mensuração em dermatologia tem sido reconhecida. Na prática
clínica podem orientar a prevenção, o diagnóstico, e as intervenções. Na investigação científica, além de um
instrumento de mensuração específico, podem trazer avanços no ensino de base. No entanto, a elaboração e
validação de novos instrumentos de medida são tarefas complexas e consomem um tempo considerável do
pesquisador. Para que sejam confiáveis e válidos, é fundamental que sejam desenvolvidos embasados em métodos
científicos e que o pesquisador possua conhecimento definido do construto, geralmente adquirido através de
extensa revisão de literatura. Observam-se algumas dificuldades na realização de estudos de validação em
dermatologia, julgando-se oportuno descrever aspectos metodológicos referentes ao processo de validação através
do levantamento da literatura atual.
Objetivos: Verificar qual metodologia vem sendo adotada em estudos de validação relacionados ao cuidado com
lesões cutâneas ou mucosas e identificar aspectos metodológicos relevantes ao conhecimento acadêmico.
Métodos: Realizou-se este estudo de revisão integrativa da literatura, buscando publicações indexadas nas
seguintes bases de dados: Medline, Lilacs e Pubmed Central, com período de busca variando entre 1997 a 2011 ou
sem restrições de data, conforme base de dados. Foram identificadas publicações no idioma inglês, alemão,
espanhol e português, através dos descritores: estudos de validação, reprodutibilidade dos testes, confiabilidade,
lesões e feridas,
classificados conforme o índice DeCs de Descritores em Saúde. Após leitura de títulos e resumos das 302
publicações identificadas, encontraram-se 62 artigos que apresentaram os critérios de seleção definidos. Em
seguida, com a leitura na íntegra, obteve-se uma amostra final de 6 artigos.
Resultados: Observou-se entre os estudos a concordância na adoção de três atributos para a avaliação da
confiabilidade: a estabilidade, a equivalência e a homogeneidade. Encontrou-se entre os artigos incluídos
semelhança com relação ao processo inicial de validação. De forma que, a definição do construto e a elaboração
dos instrumentos ocorreram através de revisão da literatura ou em estudo anteriormente realizado. Observou-se a
formação de um conjunto de abordagens metodologicamente selecionadas entre os estudos. Com relação à
validade, as abordagens mais utilizadas foram: a validade de conteúdo, de construto do tipo convergente e
discriminante e de critério do tipo concorrente.
Conclusões: Comparando-se os achados com a literatura atual, concluiu-se que os autores estão em consenso,
quanto à forma metodológica do processo de validação de instrumentos de mensuração, porém, notou-se o alto grau
de exigência imposta aos pesquisadores, em sua maioria doutores, quanto à necessidade de clareza,
disponibilidade de tempo, detalhamento do estudo, adequação de testes estatísticos e conhecimento do tema
pesquisado. A presença do rigor metodológico entre os estudos é fato significativo e valoroso para a pesquisa
científica e para os portadores de lesões cutâneo-mucosas.
TRABALHO 16

                PERFIL DA CRIANÇA COM ULCERA POR PRESSÃO- ESTUDO MULTICÊNTRICO

    Donata Maria De Souza Pellegrino1, Geraldo Magela Salome2, Ana Claudia Amoroso Ribeiro3, Leila Blanes4, Lydia
                                                 MasakoFerreira3


Introdução. A úlcera por pressão (UP) na criança ocorre principalmente durante a internação em unidades de terapia intensiva
pediátricas (UTIP)1. Uma correta avaliação do evento UP, direciona para o conjunto de características do paciente, da
instituição e intervenções multiprofissionais na prevenção e tratamento2. A pesquisa brasileira,nesta área é incipiente. A melhoria
na qualidade do atendimento à criança necessita de parâmetros objetivos e imparciais para subsidiar práticas assistenciais e
administrativas. Objetivo. Caracterizar o perfil das crianças com úlcera por pressão, internadas em quatro UTIPs. Métodos.
Estudo observacional, descritivo-exploratório, multicêntrico. Autorizado por Comitê de Ética em Pesquisa sob nº1384/09 e pelas
quatro instituições pesquisadas. Critérios de inclusão: internação em UTI Pediátrica, mínimo 24 h, ocorrência de UP após a
internação, idade entre 30 dias à 17 anos. Exclusão: recusa em participar da pesquisa, e úlceras relacionadas a equipamentos
com causa diversa de forças de pressão. Utilizados formulários de dados demográficos e clínicos, prontuário, entrevista com o
responsável pela criança, Escala de Braden Q3, para avaliação do risco, após informação e orientação aos enfermeiros pelo
pesquisador. Inspeção direta da pele,em dias alteranados, durante o banho da criança para detecção da UP e classificação dos
estágios segundo NPUAP- 2007. Dados levantados no período de 30 a 45 dias. Resultados. Avalidas167 crianças em risco
para UP, destas 26 desenvolveram 38 UP durante a internação na UTIP. Três delas nas primeiras 24 h de internação, 2
durante o ato operatório. Quatorze crianças tiveram apenas uma UP, 8 apresentaram 2 úlceras concomitantes e 7 em mais de
uma ocasião e Metade das crianças apresentaram escore de risco menor que 16. Houve predomínio do sexo feminino (54%), cor
branca(72%), idade pré-escolar com mediana de 4 anos. Cateter central, incluindo de inserção periférica presente em 63,1%
dos casos, tubo naso-enteral ou gastrostomia em pacientes crônicos (25,3%). A sedação e drogas vasoativas administradas em
65%, sendo ventiladas mecanicamente em sua maioria (63%). Ocorreram alterações na temperatura corporal em 13 crianças.
Nas crianças que apresentaram edema 61% desenvolveram UP. Quanto à localização: nove UP no pavilhão auricular externo,
occipito e calcâneos seis em cada local, quatro em vértebras lombares, três em maléolos, dorso e têmporas, duas em cada.
Quanto ao estágio: Grau I, hiperemia não reativa, em 20 UP; grau II em nove. A indisponibilidade de exames como albuminemia
e hemoglobina sérica, abaixo de 10 mg/dl, na metade dos resultados obtidos, impediu a análise. Uso de prevenção em todas as
unidades: colchão piramidal (93,9%), seguido de mudanças de decúbito e uso de placas de hidrocolide. Conclusão. Úlceras por
pressão na UTI pediátrica é um evento com características próprias: crianças estão sob risco, apresentando uma ou mais
úlceras por pressão. A prevenção deve ser melhorada, outros parâmetros melhor investigados para compor o diagnóstico real do
problema aqui delineado.


Referências. 1. Baharestani MM, Ratlif C, National Pressure Ulcer Advisory Panel. Pressures ulcers in nenonates and children:
A NPUAP white paper. Adv Skin Wound Care. 2007;20(4): 2008-220. 2. Willock J, Harris C, Harrison J, Poole C. Identifying the
characteristics of children with pressure ulcers. Nurs. Times. 2005;101(11):40-3. 3. Maia ACAR, Blanes L, Pellegrino DMS, Dini
GM, Ferreira LM.Tradução para a língua portuguesa, adaptação cultural e validação da Escala de Braden Q. Rev Paul Ped (in
Pub). 2011.



1Enfermeira estomaterapeuta. Curso de Aperfeiçoamento:Pesquisa Científica em Cirurgia- Unifesp .donatas@uol.com.br

2. Enfermeiro estomaterapeuta. Doutor em Ciências da Saúde- Unifesp
3. Enfermeira. Mestre em Ciências da Saúde. Unifesp
4. Enfermeira. Doutora em Ciências da Saúde. Unifesp
5.Médica. Professora Titular da Disciplina Cirurgia Plástica. Unifesp

.
TRABALHO 17

RELATO DE EXPERIÊNCIA: PELÍCULA DE CELULOSE NO TRATAMENTO DE FITOFOTODERMATOSE

                                                                                                      CARLA DUARTE GARCIA1
                                                                                             ELBIA REGINA PEREIRA DE SOUZA2
                                                                                                 JÉSSICA EVERTHY CAROLINO3

INTRODUÇÃO Há várias plantas que contém uma substância conhecida como furocumarina, que produz na pele reações
fototóxicas por estimulação da luz, particularmente, a luz ultravioleta A (320nm a 400nm). Essas reações são conhecidas como
fitofotodermatoses. Geralmente, surge dentro de 24 até 72 horas após o contato e caracteriza-se por eritema, conseqüente
formação de vesículas e bolhas e pigmentação, dependendo da intensidade da reação. As plantas podem causar
fitofotodermatoses, principalmente as que pertencem à família das rutáceas, plantas produtoras de frutas cítricas, como a
laranja (Citrus sinensis), o limão-galego (Citrus limmonia), o limão Taiti (Citrus medica), a tangerina ou mexerica (Citrus reticulata
ou Citrus nobilis) e outras, como a arruda (Ruta graveolens). A dermatose desencadeada pode ser localizada nas mãos,
usualmente, no seu dorso, assim como nos locais tocados por elas, sendo comum aparecer na pele de outras pessoas,
especialmente, crianças, tocadas por essas mãos. Isso ocorre pelo conhecido fato de que as furocumarinas (metoxipsoralenos)
estão abundantemente presentes nas cascas dessas frutas. A classificação da lesão vem de encontro com a descrição da
queimadura de segundo grau que acomete e epiderme e derme, são extremamente dolorosas e há presença de bolhas com
exsudato seroso. A assistência ao paciente, assim como o manejo e o tratamento especifico, exige do enfermeiro conhecimento
e estratégias para a indicação da cobertura ideal. A película de celulose é uma cobertura biocompatível produzida pela
bactéria Acetobacter xylinum, um microrganismo encontrado na natureza, em frutas e legumes em decomposição. Após uma
série de procedimentos industriais passa a ter grande resistência mecânica e se torna impermeável a líquidos, mantendo a
permeabilidade a gases, formando uma barreira bacteriológica. Outra característica é a atenuação ou mesmo a eliminação da
dor, redução do tempo de tratamento e diminuição do custo com coberturas secundárias e internações
OBJETIVO Avaliar a eficácia da película de celulose em paciente com fitofotodermatose.
METODOLOGIA Estudo de caso de um paciente durante o período 01 de janeiro de 2011 á 31 de janeiro de 2011 em Pronto
Atendimento no município de São Paulo. Foram realizados registros fotográficos e o acompanhamento do caso foi autorizado
mediante termo de livre consentimento assinado pelo familiar do paciente. Aprovado pela Comissão de Ética da Instituição
RESULTADOS P.H.S.K., masculino, 17 anos, compareceu a unidade de Pronto Atendimento após contato com limão realizando
caipirinhas e se expondo ao sol, iniciou quadro com aparecimento de eritema, bolhas e dor intensa. Na avaliação inicial referia
dor e apresentava bolhas na região do dorso das mãos. No terceiro dia de curativo realizado desbridamento mecânico com a
retirada de tecido desvitalizado, apresentando tecido viável à aplicação da película de celulose. O paciente retornou no período
de 72 horas sem queixas álgicas e após avaliação constatada aderência da membrana, com a orientação do retorno a cada dois
dias. Manteve a película de celulose durante 26 dias apresentando boa evolução de cicatrização com desprendimento da
membrana recebendo alta com orientações
CONCLUSÕES O conhecimento do enfermeiro no que tange a dermatologia e o uso de novas tecnologias é um diferencial na
assistência. A indicação da película de celulose bacteriana é válida e segura no tratamento de lesões fitofotodermatoses
proporcionando aceleração da cicatrização, dispensando a troca de curativos secundários, minimizando o trauma e a dor. A
orientação sobre a atuação da cobertura proporcionou confiança e aderência do paciente ao tratamento e tranqüilidade da
família com as ações propostas trazendo parceria e um excelente resultado no processo cicatricial.

REFERENCIAS
1. Reis, VMS. Dermatoses provocadas por plantas (fitodermatoses). Anais Brasileiros de Dermatologia, 2010 85 (4).
2. Vale ECS. Primeiro Atendimento em queimaduras: a abordagem do dermatologista. An. Bras.Dermatol,2005 80(1).
3. Galli, R. Estudo comparativo entre o rayon e a membrana de celulose produzida por
bactéria (Bionext®) como nova alternativa para o tratamento de queimaduras de
segundo grau.Revista Brasileira de Queimaduras,2010 9(4):155-215.
4. Vieira, J.C. eta al.Menbrana porosa de celulose no tratamento de queimaduras.Arquivos Catarinenses de Medicina,2007 36(1)


1. Carla Duarte Garcia. Enfermeira Assistencial da Unimed Paulistana CPAZL. Pós-Graduação em Urgência
e Emergência.
2. Elbia Regina Pereira de Souza. Coordenadora de Enfermagem da Unimed Paulistana CPAZL. Pós-
Graduação em Administração Hospitalar.
3. . Enfermeira Assistencial da Unimed Paulistana CPAZL. Pós-Graduação em Administração Hospitalar.
Relatora do Trabalho. Telefone (11) 9956-6574. Email: kekacarolino@hotmail.com
TRABALHO 18

Título: Diagnósticos de Enfermagem prioritários no Lesado Medular: Estudo de caso clínico
Autores: Bruna Prini Rafaldini (1); Paula Buck de Oliveira Ruiz (2); João Junior Gomes(3); Nadia Aparecida Poletti (4);


 Introdução: O enfermeiro naturalmente desenvolve papéis nos âmbitos educativo, gerencial, na coordenação e
implementação da assistência de Enfermagem ao paciente , à família e à comunidade, tornando-se integrante
essencial na recuperação e cuidado com pacientes portadores de lesão medular. Atualmente o IBGE identificou que
14,5% da população brasileira como portadora de deficiência física (1). O inevitável comprometimento da estrutura da
pele está no grupo das complicações mais freqüentes na pessoa com lesão medular, por surgir como resultado do
repouso prolongado no leito ou permanência por longo período na mesma posição (2). Dado que afirma a
necessidade de conhecimentos de enfermagem específicos e assistência sistematizada proporcionando cuidado
integral e humanizado ao lesado medular. Nesse contexto torna-se importante a realização da sistematização da
assistência de enfermagem e, a definição de Diagnosticos de Enfermagem específicos para o cuidado com
pacientes portadores de lesão medular, contribuindo para uma assistência qualificada, facilitando assim, a
recuperação do paciente e a reabilitação em conjunto com a familia. Objetivo: Será identificar os Diagnosticos de
Enfermagem mais freqüentes em um paciente com lesao medular. Metodologia: Por se tratar de um projeto de
pesquisa para elaboração do trabalho de conclusão de curso de especializacao em estomaterapia, está em fase de
aprovação pelo comitê de ética. Estudo de caso baseado na situação real de paciente que oferece um método de
tomada de decisão clínica e permite a investigação em profundidade de uma pessoa. (3) . O sujeito deverá ser
atendido em domicilio por um serviço de atenção especializada do interior de São Paulo, ser portador de lesão
medular com paraplegia ou tetraplegia. Os diagnósticos de enfermagem serão baseados na taxonomia II NANDA
Internacionaol 2009-2011, definidos por meio do raciocínio Risner. O instrumento de coleta será o mesmo utilizado
durante a entrevista clinica da instituição de saúde que atenderá o paciente. Resultados esperados: A identificação
dos diagnósticos de enfermagem relevantes na atenção ao paciente que sejam pertinentes ao cuidado em domicilio,
que atendam as necessidades primordiais do binômio paciente e família visando a superação das limitações
impostas pelo comprometimento neuromuscular proveniente da lesão medular.

        Heck A. Brasil, um país de pessoas com deficiência. [on line] 2005 [citado 2 ago 2011]; Disponível em: URL:
        http://www.entreamigos.com.br/noticias/BrasilRadiografia.html.

        Scramin A. P.; Machado W. C. A. Cuidar de pessoas com tetraplegia no ambiente domiciliário:
        intervenções de Enfermagem na dependência de longo prazo. Esc Anna Nery R Enferm 2006 dez; 10
        (3): 501 – 8

        Muller-Staub M, Stuker-Studer U. Clinical decision making: fostering critical thinking in the nursing diagnostic
        process through case studies (German). Pflege. 2006;19(5):281-6.
TRABALHO 21

ASSISTENCIA DE ENFERMAGEM FRENTE AO EXTRAVASAMENTO DE ANTINEOPLASICOS EM
ONCOPEDIATRIA.

Dreiciene Moreira da Silva; Ana Flávia Bezerra, Carlos Oliveira Rocha, Stela Márcia Draib Gervásio

O câncer infantil é um grave problema de saúde pública sendo a principal causa de mortalidade em crianças e
adolescentes brasileiros até 18 anos. Dados epidemiológicos sobre o câncer infantil mostram que o avanço científico
na área oncológica promoveu grandes oportunidades de cura, quando o diagnóstico é feito precocemente e o
tratamento é especializado. Neste sentido, o tratamento antineoplásico, torna-se imprescindível para o sucesso da
cura destes pacientes. Contudo, alguns antineoplásicos são dotados de toxicidade dermatológica local quando há
extravasamento destes, comprometendo vasos sanguíneos e tecidos adjacentes, causando dor, irritação ao longo
do seu trajeto venoso e inclusive podendo acarretar em necrose da região acometida. A incidência de
extravasamento está em torno de 0,1 a 6% do total de antineoplásicos administrados sendo as seqüelas e danos
teciduais relacionados às drogas empregadas e a concentração administrada. O extravasamento de drogas
antineoplásicas pode ser prevenido, diagnosticado precocemente e ter intervenções e seguimento de enfermagem
mais adequados, por meio da utilização de protocolos específicos. Objetivo: Destacar a importância da assistência
de enfermagem frente ao extravasamento de antineoplásicos em oncopediatria. Método: Revisão integrativa e
sistemática da literatura, sendo revisados 52 artigos publicados de 1997 a 2011 e selecionados de bibliotecas
virtuais como Scielo e Lilacs. Resultados: O diagnóstico precoce, a suspeita ou ocorrência de extravasamento em
oncopediatria deve ser acompanhado por meio de instrumentos e protocolos específicos. Frente ao extravasamento
de antineoplásico deve-se proceder: 1-Interromper imediatamente a infusão da droga; 2- Realizar aspiração do
máximo de medicação extravasada possível; 3- Remover o dispositivo intravenoso periférico com cuidado para não
provocar lesões adicionais; 4- Instalar compressas frias ou quentes conforme droga extravasada; 5- Medir a
circunferência do membro afetado para comparações seguintes; 6- Cobrir levemente com um curativo estéril
oclusivo; 7- Registrar no prontuário ou formulário específico a quantidade extravasada, os sinais e sintomas
apresentados, as medidas e orientações realizadas; 8- Observar regularmente a presença de dor, eritema e sinais
de necrose; 9- Fotografar o membro para documentação e reavaliação das condutas; 10- Manter vigilância rigorosa
e controle seqüencial por telefone, durante as 24 e 48 horas subseqüentes ao incidente. Conclusão: O
extravasamento de antineoplásicos é uma das complicações agudas mais severas relacionadas à administração
endovenosa dessa modalidade de tratamento. A padronização dos cuidados de enfermagem, para a administração
destes e intervenção nos casos de extravasamento, é uma importante medida para a segurança do paciente. É de
suma importância a observância de protocolos de extravasamento de antineoplásicos previamente estabelecidos.
Cabe ao profissional enfermeiro a aquisição do conhecimento técnico-científico, sendo de sua competência ética e
legal evitar e minimizar qualquer iatrogênia ocorrida com o paciente durante a infusão do antineoplásico.


REFERENCIAS

ANDRADE, M; SILVA, S. R. Administração de quimioterápicos: uma proposta de protocolo de enfermagem. Revista Brasileira de
Enfermagem. Brasilia, vol. 60, n.3. 2007.

BHUNHEROTTI, M. R. Intervenções no extravasamento de quimioterápicos vesicantes: revisão integrativa da literatura. 2007.
143f. Dissertação de mestrado, USP. Ribeirão Preto.

CHANES, D. C; DIAS, G. C; GUTIERREZ, M. G. R. Extravasamento de drogas antineoplásicas em pediatria: algoritmos para
Prevenção, Tratamento e Seguimento. vol. 54, n.3.2008. p. 263-273.

CICONA, E. C. Crianças e adolescentes com câncer: experiências com a quimioterapia. 2009, 143f. Dissertação (Mestrado em
Enfermagem junto ao Programa de Pós-Graduação Enfermagem em Saúde Pública) – Universidade de São Paulo, Ribeirão
Preto, 2009.


FONTES, C. A. S; ALVIM, N. A. T. Human relations in nursing care towards cancer patients submitted to antineoplasic
chemotherapy. Acta Paulista de Enfermagem. São Paulo, vol. 21, n.1, Jan/Março 2008.
TRABALHO 22


O cuidado domiciliar de paciente com úlcera de membro inferior associada a edema linfático : relato de experiência



                                                                                                    Arlei Rodrigues

O cuidado de enfermagem a pacientes com feridas é de extrema importância e deve considerar essencialmente o
acompanhamento de todas as etapas do tratamento no que se refere à evolução do processo cicatricial, as condutas
terapêuticas as condições sistêmicas da pessoa e o planejamento da assistência. Para complementar o enfermeiro
deve ainda acolher e planejar junto ao paciente o ambiente em que será exercido esse cuidado. Deste modo esta
investigação tem por objetivo relatar a experiência de enfermagem quanto ao cuidado domiciliar de paciente com
úlcera de membro inferior associado a edema linfático. Trata-se de uma investigação do tipo relato de experiência,
realizado na cidade de Birigui- SP no período de março a setembro de 2010 com uma pessoa do sexo masculino
portador de úlcera venosa na perna esquerda associada a edema linfático. Ao exame inicial verificou-se que o
paciente apresentava uma ulcera com evolução de trinta e cinco anos, associada a edema linfático, deformidades no
pé e odor de forte intensidade. Para começar o tratamento foi preciso preparar o paciente para adesão, pois tratava-
se de uma pessoa com idéias pré concebidas a respeito da ferida, e que já havia passado por sucessivos
tratamentos, que frustraram suas expectativas já que não culminaram com a cicatrização. Após avaliação local e
sistêmica e com a obtenção da adesão ao tratamento domiciliar procedeu-se a limpeza rigorosa da ferida e optou-
se por aplicar um curativo primário de hidrofibra , curativo secundário com gaze de algodão, aplicação de terapia de
contenção com bota de Unna a 23 mmhg com associação de terapia de compressão com Faixa Elástica a 40
mmhg . As trocas de curativo eram realizadas a cada três dia devido a grande quantidade de exsudato. Foi ainda
iniciado tratamento médico com o antibiótico Ciprofloxacina 500 mg durante um período de quatorze dias. Durante
as três primeiras semanas observou-se dificuldade de adaptação do paciente ao tratamento e maceração da pele
perilesional devido a quantidade de exsudato. Na quarta semana a ferida foi acometida por uma infestação de
larvas do tipo miiase, sendo retiradas 200 larvas de forma mecânica da lesão. Neste sentido identificou-se neste
período uma involução da lesão e foi necessária intervenção junto aos familiares devido as condições precárias de
higiene do ambiente, no qual o paciente vivia . Após a quinta semana de tratamento verificou-se a diminuição de
50% do edema, tecido de granulação vermelho brilhante, ilhas de epitélio espalhadas sobre o leito da ferida e
contração das bordas que levou a uma redução de 40% nas dimensões. Assim ficou estabelecido troca de curativos
três vezes por semana , em uma fase que manteve a diminuição progressiva das dimensões da ferida e do edema.
Ao final de seis meses houve a epitelização total da ferida e a alta do paciente. Neste caso é foi possível concluir
que o cuidado de enfermagem adequado e a participação do paciente e familiares conduziu a melhora na qualidade
de vida.




End: Sebastião Custódio 1836     res.Simões   fone: (18) 3644-5350 cel (18) 97929106     email:
arlei.enf@hotmail.com.br
TRABALHO 23

          USO DE ENXAGUATÓRIO DE POLI-HEXA METILENOBIGUANIDA (PHMB) NO TRATAMENTO DE CANDIDÍASE
          OROFARÍNGEA (C.O) – RELATO DE CASO.

                           GERALDO BLSS, COSTA RA, VILLA PR, KLUMPP CC, MONETTA L O tratamento de diversas
          patologias pode exigir o uso prolongado de corticoterapia, antibioticoterapia e inibidores da bomba de prótons. O uso de
          tais fármacos e principalmente a imunossupressão causada pelos corticosteróides caracteriza importante fator de risco
          para o desenvolvimento de Candidíase Oral (C.O.) e esofágica7. A C.O. é a infecção fúngica mais comum em pacientes
          imunossuprimidos1, Candida albicans é a espécie mais frequente, no entanto, outras espécies como C. tropicalis,
          C.glabrata, C. Krusei e C. parapsilosis, também têm sido identificadas2. A Association of the Infectious Diseases Society
          of America (AIDSA) recomenda a associação de antifúngicos e uso de anti-sépticos orais no tratamento da C.O.3
          Atualmente, tem-se recomendado como tratamento o uso de clotrimazol, nistatina, miconazol, e fluconazol4. Inúmeros
          estudos têm apresentado as vantagens do uso da poli-hexa-metilenobiguanida (PHMB), um agente antimicrobiano
          catiônico biguanídico, que interage com ácidos carregados negativamente nas moléculas de fosfolipídios presentes na
          membrana de bactérias, protozoários e fungos, incluindo as leveduras. Proporciona maior fluidez, aumento da
          permeabilidade e perda da integridade celular, causando extravasamento de eletrólitos citoplasmáticos, em particular,
          sódio e potássio, o que leva a lise dos microrganismos5. Conhecido por possuir efeitos antimicrobianos superior a
          outros biocidas catiônicos, como a clorexidina, o PHMB apresenta amplo espectro contra a maioria das espécies de
          Cândida6. O perfil de toxicidade do PHMB confia elevada segurança no seu uso para o tratamento de afecções em pele
          e mucosas, o que justifica sua indicação no tratamento de ceratite ocular por Acanthamoeba Keratitis e na composição
          de formulações para manutenção de lentes de contato.8 O estudo objetivou relatar os resultados do uso de
          enxaguatório bucal com PHMB 0,2% como coadjuvante no tratamento em um paciente acometido por C.O. Paciente
          I.O., 31 anos, com púrpura trombocitopênica idiopática secundária ao HIV, submetido a corticoterapia contínua por 60
          dias, queixando-se de saliva escassa, alteração de paladar, dificuldade na deglutição de alimentos sólidos e dor em
          cavidade oral. Ao exame físico foi observado: lábios ressecados, saliva espessa e esbranquiçada, eritema, papilas
          proeminentes em base da língua com presença de lesão e aprofundamento do sulco mediano, caracterizando
          diagnóstico de C.O. No dia 0 de tratamento, foi orientado e esclarecido pela enfermeira a realizar três bochechos diários
          com enxaguatório bucal contendo PHMB 2% e a proceder adequadamente a higiene oral diária. Foram realizados
          registros fotográficos da cavidade oral nos dias da avaliação do tratamento. Durante todo o período manteve
          corticoterapia e nos primeiros 14 dias fez uso de fluconazol 150mg/dia. Conforme a AIDSA, o diagnóstico e seguimento
          da C.O. baseia-se em critérios clínicos4, devido a inexistência de um instrumento validado para avaliação de mucosite
          não relacionada a quimioterapia. Para análise dos resultados, os autores definiram os sinais e sintomas do paciente
          como parâmetros de avaliação, analisado-os nos dias 0, 4, 13 e 35 de tratamento. No 4ºdia observou-se melhora
          importante na coloração do leito da língua, eritema e lesões, sendo relatado pelo paciente, melhora da algia e
          deglutição desde o 2º dia de tratamento. No 13º dia nenhum sintoma ou sinal clínico de C.O. foi observado, sendo
          descontinuado o uso do enxaguatório. Porém, após 7 dias, o paciente queixou-se de retorno das alterações da mucosa
          oral, quando foi reintroduzido o uso do enxaguatório na mesma freqüência, mantendo seu uso de forma profilática,
          conduta esta que manteve o paciente sem retorno do quadro.


          REFERENCIAS:
                               1Klein RS, Harris CA, Small CB, et al. Oral candidiasis in high-risk patients as the initial manifestation of the
                               acquired immunodeficiency syndrome. N Engl J Med 1984; 311:354–8.
                               2Rex JH, Rinaldi MG, Pfaller MA. Resistance of Candida species to fluconazole. Antimicrob Agents Chemother
                               1995; 39:1–8.
                               3Guidelines for Prevention and Treatment of Opportunistic Infections in HIV-Infected Adults and Adolescents
                               Recommendations from CDC, the National Institutes of Health, and the HIV Medicine Association of the Infectious
                               Diseases Society of America Morbidity and Mortality Weekly Report www.cdc.gov/mmwr Recommendations and
                               Reports April 10, 2009 / Vol. 58 / No. RR-4
                               4Van Roey J, Haxaire M, Kamya M, Lwanga I, Katabira E. Comparative efficacy of topical therapy with a slow-
                               release mucoadhesive buccal tablet containing miconazole nitrate versus systemic therapy with ketoconazole in
                               HIV-positive patients with oropharyngeal candidiasis. J Acquir Immune Defic Syndr 2004; 35: 144–50.
5Silva, N.C.L., et al. Demonstração do efeito microbicida das moléculas de PHMB sobre as leveduras. VI Congresso Pan-Americano e X
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6Larson, E.L., Macginley, K.J., Leyden, J.J., et al. Skin colonization with antibiotic-resitent (JK Group) and antibiotic-sensitive lipophilic
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                               7Chocarro Martínez A, Galindo Tobal F, Ruiz-Irastorza G, González López A, Alvarez Navia F, Ochoa Sangrador
                               C, Martín Arribas MI. Risk factors for esophageal candidiasis. Eur J Clin Microbiol Infect Dis. 2000 Feb; 19 (2):96-
                               100.
8Alfawaz, A. Radial Keratoneuritis as a presenting sign in acanthamoeba keratitis. Middle East Afr J Ophthalmol. 2011 Jul; 18(3):252-5.
TRABALHO 24

LASERTERAPIA ASSOCIADA AO USO DE MEMBRANA POLIMÉRICA COM PRATA NO TRATAMENTO DE ÚLCERA CAUSADA
POR ANEMIA FALCIFORME: ESTUDO DE CASO

                                                                                               SIMÕES CR, FARIA G, MONETTA L
A anemia falciforme é o resultado de uma alteração genética caracterizada pela hemozigose de um gene que designa uma
hemoglobina anormal denominada de hemoglobina S (HbS), a qual provoca a alteração dos eritrócitos fazendo-os tomar a forma de
“foice” (1). No Brasil, aproximadamente 0,3% da população negra é afetada pela doença e estima-se a existência de pelo menos dois
milhões de portadores da HbS (heterozigotos) (2). Dentre as complicações presentes nesta patologia encontra-se a úlcera de membros
inferiores, tipicamente ao redor do maléolo e mais freqüentemente bilaterais. A causa destas lesões ulcerativas é complexa e
multifatorial, o que leva a uma difícil cicatrização, com alta taxa de recorrência (2-3). Terapias coadjuvantes no tratamento de feridas
incluem o uso do LASER de baixa potência (Light Amplification by the Stimulated Emission of Radiation), que consiste em uma energia
luminosa (fóton) monocromática, coerente e colimada com a capacidade de provocar mudanças na permeabilidade da membrana
mitocondrial gerando um aumento do nível de ATP na célula(4-5). Na fase inflamatória da cicatrização, o LASER promove a
fotobiomodulação celular, produzindo fatores de crescimento e reduzindo o número de células inflamatórias. (6) Na fase proliferativa, sua
ação estimula a neoangiogênese e a contração da ferida. Muitos autores têm investigado os efeitos bioestimulatórios da laserterapia em
vários campos de pesquisa, como cultura de células, cicatrização muscular e de feridas, estimulação neural e hormonal e diminuição da
dor. (7) O objetivo deste estudo foi relatar os resultados do tratamento de um paciente no tratamento tópico de lesão ulcerativa por
anemia falciforme utilizando membrana polimérica com prata associada a laserterapia de baixa potencia, GaAIAs de 830nm
(infravermelho) e InGaAIP de 655nm (vermelho). Paciente com 28 anos, sexo masculino, raça negra, com diagnóstico clínico de anemia
falciforme, com acompanhamento de médico hematologista, referindo intensa queixa álgica durante a manipulação e em episódios
noturnos (valor 7 de 10), exsudato sero-purulento em média quantidade, bordos macerados, leito recoberto parcialmente (cerca de
70%) por tecido desvitalizado; faz uso de ácido fólico, sulfato de zinco, complexo B, hidroxiuréia, pidolato de magnésio e omeprazol.
Foram realizados 39 curativos, na freqüência de 3x/semana, com acompanhamento semanal da enfermeira especialista em
dermatologia do serviço. O tratamento tópico consistiu em limpeza da lesão com soro fisiológico 0,9% morno; higienização da pele
íntegra na margem da ferida com PHMB degermante; desbridamento enzimático com solução de papaína a 2% por 15 minutos, apenas
até o desbridamento do tecido desvitalizado; laserterapia de baixa potência e cobertura da lesão com membrana polimérica com prata.
A aplicação do laser era realizada no modo pontual, margiando a ferida e varredura no centro da mesma, com uma distância mínima
possível entre a caneta e a ferida, sem proporcionar contato. O paciente foi orientado pela enfermeira e esclarecido sobre os objetivos
do tratamento, assinando espontaneamente o termo de consentimento informado. Na segunda semana de tratamento, relatou melhora
significativa da algia não relacionada a troca do curativo, com remissão completa em 5 semanas, porém, manteve queixa álgica (de
valor 7 em 10) durante o manuseio da ferida até a 12ª semana. Na a 4ª semana foi concluído o desbridamento enzimático e suspensa a
papaína. Na 8ª semana de curativos, pode-se observar diminuição significativa da exsudação, passando de purulenta a serosa, e na
16ª semana, o tratamento proposto apresentou sucesso com a epitelização total da úlcera. Os resultados positivos obtidos neste caso
nos estimulam a continuar estudando os efeitos da laserterapia e da cobertura de membrana polimérica em pacientes com úlceras de
difícil do tratamento tópico.

Referências:
        1Loureiro Monique Morgado, Rozenfeld Suely. Epidemiologia de internações por doença falciforme no Brasil. Rev. Saúde
        Pública [serial on the Internet]. 2005 Dec [cited 2011 Sep 20] ; 39(6): 943-949. Available from:
        http://www.scielo.br/scielo.php?script=sci_arttext&pid=S0034-89102005000600012&lng=en. http://dx.doi.org/10.1590/S0034-
        89102005000600012.

2Stypulkowski Jaíne B., Manfredini Vanusa. Alterações hemostásicas em pacientes com doença falciforme. Rev. Bras. Hematol.
Hemoter. [serial on the internet]. 2010 Feb (cited 2011 Sep 05]; 32(1): 56-62. Available from:
http://www.scielo.com.br//scielo.php?script=sci_arttext&pid=S1516-8484420100001000014&Ing=en.Epub Feb 26,2010.
http://dx.doi.org/10.1590/S1516-84842010005000001.
3Ruiz Milton A. Anemia falciforme: objetivos e resultados no tratamento de uma doença de saúde pública no Brasil. Rev. Bras. Hematol.
Hemoter. [serial on the Internet]. 2007 Sep [cited 2011 Sep 05]; 29 (3): 203-204. Available from:
http://www.scielo.com.br//scielo.php?script=sci_arttext&pid=S1516-84842007000300001&Ing=en. http://dx.doi.org/10.1590/S1516-
8484200700300001.
4Aguimar de Matos Bouruinon-Filho, Alfredo Carlos Rodrigues Feitosa, Gilson Correia Beltrão, Rogério Miranda Pagnoncelli. Utilização
do Laser de Baixa Intensidade no Processo de Cicatrização Tecidual. Revisão de Literatura. Rev. Portuguesa de Estomalogia, Medicina
Dentária e Cirurgia Maxilofacial. 2005; 46, (01): 37-43.
5Kátia Simone de Souza, Antonio Carlos Tavares de Lucena, Alice Cristina Sampaio do Nascimento, Anderson da Silva Araújo. O uso
do laser de InGaP de 670nm na cicatrização de úlceras de perna em pacientes com anemia falciforme. An. Fac. Med. Univ. Fed.
Pernamb, 2007; 52 (1): 45-50.
6OLIVEIRA MMM, SOUZA APO Efeitos do laser de baixa potência (685 nm) na cicatrização de feridas cutâneas.
http://forumenfermagem.org/feridas/2011/04/efeitos-do-laser-de-baixa-potencia-685nm-na-cicatrizacao-de-feridas-cutaneas-artigo-
original-de-investigacao/ 2011.
7LUCAS C, GEMERT MJC, HAAN RJ. Efficacy of low-level laser therapy in the management of stage III decubitus ulcers: a prospective,
observer-blinded multicentre randomized clinical trial. Rev. Photomedicine and Laser Sugery. V. 18, p. 72-77, 2003.


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A utilização da membrana polimérica associada à prata no tratamento de queimadura facial

  • 1. ANAIS I SEMINARIO PAULISTA DE ENFERMAGEM EM DERMATOLOGIA I SPEED 30 de setembro e 01 outubro/2011
  • 2. TRABALHO 01 CONTRIBUIÇÃO DA ABORDAGEM DE ROY PARA O CUIDADO DE ENFERMAGEM A UMA ADOLESCENTE COM ICTIOSE: RELATO DE EXPERIÊNCIA Claudia Aparecida da Silva Funada; Cristiane Laurinda de Moura; Ana Flávia Bezerra, Stela Márcia Draib Gervásio Introdução: As Ictioses fazem parte de um grupo de genodermatoses, caracterizada por uma serie de alterações no processo de queratinização da pele. A Ictiose Arlequim é a forma mais severa e rara das genodermatoses, de herança recessiva autossômica monogênica, com uma incidência de 1: 300.000 nascidos vivos, sendo que em 1990 estimavam-se 100 pessoas vivas no mundo todo, com uma possível ancestralidade na Escandinávia. Em 2005 identificou-se o gene recessivo ABCA12 responsável por esta Síndrome, que causa o endurecimento da camada queratinizada da pele formando placas que envolvem todo o corpo, impossibilitando a pele de cumprir suas funções, favorecendo a perda de líquido e infecção. O avanço tecnológico possibilitou a detecção desta genodermatose no período gestacional por ultrassonografia 3D, mapeamento genético através do DNA via fetoscopia ou análise de líquido amniótico. O tratamento dermatológico específico visa à manutenção da permeabilidade da pele e de suas funções essenciais. A utilização de retinóides, uma das bases do tratamento, ainda apresenta controvérsias, devido à toxicidade e outros eventos adversos graves. O modelo de adaptação de Roy é um sistema no qual o individuo tem a capacidade de criar mudanças para se adaptar ao ambiente, podendo ser validamente aplicado aos portadores de Ictiose Arlequim, uma vez que o convívio social e a manutenção do tratamento são seus maiores desafios, devido às alterações visíveis em toda extensão corpórea. O conhecimento da doença, o apoio da família, o convívio social e o tratamento continuam dermatológico e emocional, são ferramentas importantes para a autoaceitação. Objetivo: Discorrer o relato de experiência de uma adolescente com Ictiose Arlequim abordando as contribuições da Teoria de Roy para os cuidados de enfermagem. Método: Relato de experiência de uma adolescente de 16 anos da Pensilvânia, EUA, realizado no período de Agosto de 2011, com aprovação do CEP sob protocolo 483/11. A coleta de dados foi realizada através de endereço eletrônico, na qual foi encaminhado um questionário semi-estruturado contendo de 12 perguntas a adolescente em estudo. Fazem parte do critério de inclusão da pesquisa artigos de 1950 a 2011 por se tratar de uma doença rara. As bases de dados consultadas foram Lilacs, Scielo, Medline, e PubMed. Utilizou-se os seguintes descritores: Ictiose Arlequim, Adolescência e Teoria de Roy. Resultado: Após análise dos dados coletados demonstra à adolescente ter conhecimento aprofundado da doença, mas o convívio social e a manutenção do tratamento são seus maiores desafios. Adapta-se ao processo saúde doença, seguindo rigorosamente o tratamento diário proposto. Percebe-se que a estrutura familiar, o apoio da sociedade e o autocuidado diferem na sobrevivência desta adolescente. Conclusão: Concluímos que o processo de adaptação aos portadores de Ictiose Arlequim é possível a partir da Teoria de Roy. A manutenção rigorosa e continua do tratamento permite o aumento de sobrevida destes pacientes. O autocuidado é fundamental em todas as etapas do processo saúde e doença. Faz-se necessário o desenvolvimento de terapias medicamentosas menos agressivas ao organismo e a conscientização da sociedade a esses portadores. Referências AKIYAMA, M. Harlequin ichthyosis and other autosomal recessive congenital ichthyoses: The underlying genetic defects and pathomechanisms. Jornal of Dermatological Science, 2006 january; 42:83-9. GEORGETTI, F.C.D.; EUGÊNIO, G.R.; VOLPE, H.T. Ictiose arlequim: relato de caso e revisão de literatura. Harlequin icthyosis: case report and literature review. Rev Paul Pediatria 2006; 24(1): 90-3. LAI- CHEONG, J. E.; MCGRATH, J. A. Avanços no entendimento da base genetic de doenças hereditárias monogênicas da barreira epidérmica: novas pistas para os principais genes que podem estar envolvidos na patogênese da dermatite atópica. Advances in understanding the genetic basis of inherited single gene skin barrier disorders: new clues to key genes that may be involved in the pathogenesis of atopic dermatitis. An. Bras Dermatol. 2006; 81(6): 567- 71. MELO, M.E.; LOPES, M.V.O.; FERNANDES, C.A.F.; LIMA, T.F.E.; BARBOSA, I.V. Teorias de Enfermagem: importância da correta aplicação dos conceitos. Enfermeria Global. Rev Eletronica cuatrimestral de enfermeria.out 2009; 17: 1-9. Graduanda de Enfermagem Claudia Aparecida da Silva Funada - kapsif@yahoo.com.br Graduanda de Enfermagem Cristiane Laurinda de Moura Profª. MsC Ana Flávia Bezerra Coord. do Curso de Enfermagem da UNIP- Prof.ª Stela Márcia Draib Gervásio
  • 3. TRABALHO 02 SPINAL CORD INJURY PRESSURE ULCER SCALE : UMA NOVA ESCALA DE AVALIAÇÃO DE RISCO PARA ÚLCERA POR PRESSÃO RITA DE CÁSSIA FERREIRA Introdução: As úlceras por pressão(UPP) são freqüentes em pacientes com lesão medular, proporcionando sérias complicações clínicas, psicológicas e sociais. A prevenção torna-se fundamental através da avaliação de seus fatores de risco(CALIRI et al 2002). Atualmente existem inúmeras escalas de avaliações de risco para o desenvolvimento das UPP, porém não especificamente para pacientes com lesão medular. SALZBERG et al(1996) desenvolveram uma escala específica para essa clientela denominada de Spinal Cord Injury Ulcer Pressure Scale (SCIPUS). Objetivo: Esse estudo tem como objetivo descrever a SCIPUS em suas propriedades, bem como sua aplicabilidade através da revisão de literatura. Métodos: A metodologia utilizada foi a consulta as bases de dados Cochrane, LILACS, MEDILINE, SciELO e PUBMED de artigos publicados desde a sua criação até o presente momento. Resultados: A SCIPUS foi desenvolvida a partir de um estudo retrospectivo em um centro hospitalar para veteranos de guerra numa população total de 219 pacientes com lesão medular(LME), tendo como critérios de inclusão: LME sem lesão de córtex cerebral. Tratamento e exames dentre os anos de 1987 e 1993, limitações de mobilidade e etiologia neoplásica ou traumática com início de LME. Quinze fatores de risco atingiram os quatro critérios de inclusão para a formação da SCIPUS: nível de atividade, grau de morbidade, LME completa, incontinência urinária, disreflexia autonômica, idade avançada, doenças cardíaca-pulmonares ou renais, função cognitiva diminuída, diabetes, tabagismo, internação hospitalar ou casa de repouso, hipoalbuminemia e anemia. Os escores estavam classificados como: risco baixo 0-2; moderado: 3-5; alto: 6-8; muito alto 9-25. Nos resultados individuais totais variam de 0 a 19, o valor mais alto foi de 25, o médio valor 7. Pacientes pertencentes ao grupo com UPP obtiveram resultado médio significante maior do que o grupo de controle sem UPP. Comparada as escalas disponíveis usadas, os primeiros resultados da SCIPUS representaram uma especificidade e sensibilidade melhor a esta clientela específica(BYRNE et al, 1999). Os 15 fatores de risco da SCIPUS foram considerados como fortes indicadores aos pacientes com LME para o desenvolvimento das UPP, intensificando assim sua prevenção Como tratamento. Conclusões: A SCIPUS no momento está em projeto de tradução para a língua portuguesa, adaptadação transcultural e validação pela autora citada acima. Referências: Byrne WD, Salzberg CA, Klabir R, Niewerburgh P, Clayten CG. Predicting Pressure Ulcers During Initial Hospitalization for Acute Cord Injury. Wounds, 1999;11(2):45-7. Caliri MHL, Nogueira PC, Santos CB. Fatores de risco e medidas para úlcera por pressão no lesado medular, experiência da equipe de enfermagem do Hospital das Clinicas de FMRP-USP. Medicina, Ribeirão Preto,2002;35:14-23. Salzberg CA, Byrne DW, Clayten CG, Klabir R, Niewerburgh P, Viehbeck M. A new Pressure Ulcer Assessment Scale for individual with spinal Cord injury. Am J Phys Med Rehabil, 1996;75(2):96-104.
  • 4. TRABALHO 03 A UTILIZAÇÃO DA MEMBRANA POLIMÉRICA ASSOCIADA À PRATA EM PACIENTE QUEIMADO – UM ESTUDO DE CASO Juliana T. Ramos; Loretta Castellar de Andrade; Marília Cristina M. Gomes; Márcio Martins da Costa Trata-se de um relato de experiência de enfermeiros. O estudo de caso refere-se ao tratamento de paciente portador de queimadura de 2° grau superficial e profunda na face após exposição direta a chama associada ao querosene. OBJETIVOS: Apresentar e discutir a luz do referencial bibliográfico a metodologia de trabalho dispensada a um paciente em uso de membrana polimérica impregnada com prata no tratamento tópico para queimadura térmica na face; Analisar os resultados obtidos com o tratamento supramencionado frente aos sentimentos relatados no momento da primeira consulta de enfermagem. METODOLOGIA: estudo de abordagem qualitativa, do tipo estudo de caso. A utilização desta metodologia permitiu reconhecer o fenômeno, possibilitando refletir sobre o tema e a identificação dos resultados esperados. Cabe dizer que durante a realização do estudo, foi solicitado ao paciente autorização para coleta dos dados e registros fotográficos. RESULTADOS: Para a análise dos dados utilizamos os registros fotográficos, a observação após a troca dos curativos e a opinião do paciente a cerca do tratamento e suas ansiedades. CONCLUSÃO: No tratamento de afecções cutâneas é fundamental que a conduta seja baseada em uma tríade primordial, qual seja, na realização do diagnóstico diferencial, nos critérios de elegibilidade do curativo e na relação de confiança do paciente com a equipe. A utilização da membrana polimérica associada à prata nanocristalina proporcionou uma cicatrização esteticamente aceitável, em um curto espaço de tempo e com conforto para o paciente. 1. Leão CEG. Queimaduras. In: Fonseca FP, Rocha PRS, editors. Cirurgia ambulatorial. 3ª ed. Rio de Janeiro: Guanabara Koogan; 1999. p.122-8. 2. SILVIA A.JORGE, SÔNIA REGINA P.E.DANTAS. Abordagem Multiprofissional do Tratamento de Feridas. São Paulo: Editora Atheneu, 2008. 3. Site : Hospitalar.com.br ; Copyright© 2000-2011 HOSPITALAR. Nanotecnologia agiliza o tratamento de regeneração de tecidos em queimados, 2006. 4. MARIANE, Urio. Bases para tratamento das queimaduras na fase aguda. In: BIROLINI, Dário;URIYAMA,Edivaldo; STEINMAN, Eliana. Cirurgia de emergência. São Paulo: Atheneu, 1996.
  • 5. TRABALHO 04 O CUIDADO À PESSOA PORTADORA DE FERIDA CRÔNICA: REFLEXÕES ACERCA DA DIMENSÃO PSICOSSOCIAL Maria Vigoneti Araujo Lima Armelin¹ RESUMO Os avanços no tratamento das feridas permitiram uma evolução na assistência às pessoas, promovendo resultados evidentes. Pesquisas foram elaboradas para identificar o melhor tratamento, porém, destacamos a necessidade de compreender além das terapêuticas tópicas, os aspectos psicossociais que envolvem esses indivíduos. O cuidado da ferida vai além do curativo propriamente dito. Uma ferida não é somente uma lesão física, mas algo que dói sem necessariamente precisar de estímulos sensoriais; uma marca, uma mágoa, uma perda irreparável ou uma doença incurável. A ferida fragiliza e incapacita. Essa condição implica em profundas modificações no estilo de vida, podendo levar à ruptura das relações sociais. O distanciamento entre os indivíduos é intensificado pelo estigma que a sociedade tem da pessoa com lesão, causando repercussões em seu cotidiano. Nesta perspectiva, entende-se que é necessária uma leitura reflexiva acerca dos aspectos psicossociais que envolvem o cuidado à pessoa com feridas crônicas. Este trabalho objetiva refletir sobre o cuidado de pessoas com ferida crônica contemplando aspectos psicológicos e sociais, bem como fomentar discussões a esse respeito. Trata-se de um estudo exploratório-descritivo, e para sua execução realizamos um levantamento bibliográfico sobre o tema proposto e após leitura detalhada tecemos as seguintes reflexões. A palavra ferida significa muito mais que a perda da continuidade da pele, nos remete à palavra chaga, que significa algo que penaliza, “castiga”, desgraça e deixa cicatriz (JORGE; DANTAS; VON ZUBEN, 2004). Conviver com qualquer tipo de lesão segundo Brandão 2002, interfere nas relações sociais, no ambiente de trabalho e no convívio familiar. Conseqüentemente essas pessoas tornam-se vulneráveis a diversas situações: desemprego, abandono, isolamento social, resultando em efeitos indesejáveis para os projetos de vida. Essas situações provocam sentimentos como tristeza, ansiedade, raiva, vergonha, interferindo no estado de equilíbrio, na auto-imagem, na auto-estima, tornando-se fenômeno relevante para o cuidar em enfermagem. O indivíduo que possui sua integridade cutânea prejudicada não tem somente este desequilíbrio em sua totalidade, mas em sua necessidade de amor, de estima e de auto-imagem formando um contexto global que deve ser visto pela Enfermagem para prestar cuidados (HORTA, 1979). Em vista disso é preciso refletir como o Enfermeiro cuida de um ser humano fragilizado, com odores e secreções, com auto-estima destruída, prolongada recuperação e extremamente assustado com complicações que podem acontecer nestes casos (JORGE; DANTAS; VON ZUBEN, 2004). Diante da complexa realidade que envolve o portador de ferida é importante que o profissional de enfermagem amplie sua visão a respeito dos sentimentos que, frente à doença, afloram no círculo familiar e social do paciente. REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS - BRANDÃO, E. S. O cuidar de enfermagem ao cliente com afecção cutânea: Paradigma sociopoético [dissertação]. Rio de Janeiro: Universidade de Rio de Janeiro; 2002. - JORGE, Sílvia Angélica; DANTAS, Sônia Regina Peres Evangelista; VON ZUBEN, Afonso Celso. Abordagem multiprofissional do tratamento de feridas. São Paulo: Atheneu, 2004.
  • 6. TRABALHO 05 CUIDADOS COM A PELE ADOTADOS POR GESTANTES Maristela Belletti Mutt Urasaki Introdução: as modificações que ocorrem durante a gravidez tornam a pele da mulher mais predisposta a ocorrências exigindo rigor nos cuidados. Objetivos: conhecer os cuidados com a pele adotados pela mulher no período gestacional e identificar a apropriação dos mesmos. Métodos: estudo quantitativo, descritivo e exploratório realizado com 124 gestantes de quatro UBS da zona leste de São Paulo. Critérios de inclusão adotados: maiores de 18 anos, idade gestacional maior ou igual a 13 semanas e inexistência de problemas dermatológicos anteriores a gestação. A coleta de dados foi realizada em julho de 2008 através de formulário composto por cinco domínios: caracterização da população, estilo de vida, cuidados com a pele e cabelos, auto-percepção sobre cuidados com a pele e orientações recebidas por profissionais. A pesquisa foi aprovada pelo Comitê de Ética em Pesquisa da Secretaria Municipal de Saúde de São Paulo (CEP/SMS 301/07). Resultados: a média de idade foi de 26,5 anos; a escolaridade mais freqüente o ensino médio completo e a renda três salários mínimos; 57 (46%) mulheres estavam no segundo trimestre de gestação e 67 (54%) no terceiro. Sobre estilo de vida e cuidados com a pele: 62 (50%) gestantes mantêm atividades que exigem permanência em pé prolongada, dessas 18 (29%) por mais de seis horas ao dia; 107 (86,3%) não realizam qualquer tipo de exercício físico; 59 (48%) ficam expostas a radiação solar no período das 10 às 16 horas; a maior parte das mulheres toma mais de um banho ao dia, banhos quentes e demorados, usam sabonete comum, em barra, diretamente sobre a pele e com pH alcalino. 57 (46%) gestantes não fazem hidratação facial, 38 (30,6%) realizam de forma irregular, apenas uma (1,4%) usa produto recomendado por dermatologista; 13 (10,5 %) não fazem hidratação corporal; 90 (72,6%) não fazem uso de protetores solar. Das 34 que usam 12 (35,3%) passam o produto diariamente e regularmente, 5 (14,7%) diariamente e com reaplicação, 10 (29,4%) de forma irregular e sete (20,6%) somente no lazer. Sobre o controle de peso, 35 (28,2%) gestantes informaram não fazer; 46 (37,1%) afirmaram manter hábito alimentar inadequado e 44 (35,5%) ter mudado a alimentação para mais saudável após a gestação; 27 (21,8%) ingerem menos de um litro de líquido por dia. A maioria 92 (74,2%) afirma investir nos cuidados com a própria pele e 70 (56%) informam não receber da equipe de saúde orientações sobre cuidados com a pele na gestação. Constatou-se inadequação de várias práticas que podem contribuir no desencadeamento de alterações cutâneas como melasma gravídico, estrias, aranhas vasculares e acne1,2. Conclusões: os resultados evidenciam a importância da inserção dos cuidados da pele nos programas de educação em saúde dos serviços que proporcionam atendimento a gestante. Referências bibliográficas: 1 Alves GF, Varella TCN, Nogueira LSC. Dermatologia e gestação. An. bras. dermatol. 2005; 80 (2): 179-86; 2 Reis VMS; Patriarca M. Prevenção das alterações da pele na gestação [Internet]. São Paulo: Organon Farmacêutica; [acesso em 2008 Ago 23]. Disponível em: <http:// www.pelenagravidez.com.br>.
  • 7. TRABALHO 06 Alterações fisiológicas da pele percebidas por gestantes Maristela Belletti Mutt Urasaki Introdução: as modificações fisiológicas que ocorrem na pele no período gestacional usualmente não comprometem fisicamente a mãe e o bebe, mas podem deflagrar problemas psicossociais na mãe. Às enfermeiras que atuam no acompanhamento das gestantes compete ter conhecimento sobre tais ocorrências, estabelecer diagnósticos apurados e, incorporar, no plano assistencial, intervenções eficazes para problemas potenciais e reais. Objetivo: descrever as alterações de pele percebidas pela gestante durante o período gestacional e verificar o grau de incômodo sentido. Métodos: estudo quantitativo, descritivo e exploratório realizado com 124 gestantes de quatro UBS da zona leste de São Paulo. Critérios de inclusão adotados: maiores de 18 anos, idade gestacional maior ou igual a 13 semanas e inexistência de problemas dermatológicos anteriores a gestação. A coleta de dados foi realizada em julho de 2008 por meio de formulário composto por três domínios: caracterização da população, alterações de pele percebidas na gestação e grau de incômodo das alterações percebidas. A pesquisa foi aprovada pelo Comitê de Ética em Pesquisa da Secretaria Municipal de Saúde de São Paulo (CEP/SMS 301/07). Resultados: A média de idade foi 26,5 anos; 59 (47,6%) gestantes brancas e 39 (31,4%) pardas; 41 (33%) com ensino médio completo; 76 (63,3%) com renda menor de três salários mínimos. Da amostra, 113 (91,2%) gestantes perceberam alterações na pele e fâneros; das que não observaram alterações seis encontravam-se no início do segundo trimestre, período este em que as modificações começam a surgir; apenas uma mulher completou o período de quarenta semanas sem notar qualquer alteração. Foram citadas 345 alterações; a média por gestante foi 2, 78 (dp = 1,89). As alterações pigmentares foram as mais citadas; 70 (20,3%) mulheres referiram manchas (maioria na face, seguida por mama, pescoço, abdome, braços e dorso) e 53 (15,4%) confirmaram hiperpigmentação (surgimento da linha alba e escurecimento da auréola mamária). As alterações vasculares foram citadas por 61 (17,7%) gestantes, estrias por 59 (17,1%), acne 44 (12,8%), alterações de pelo 33 (9,6%) e unha fraca 13 (3,7%). Os resultados são compatíveis com dados de outros estudos1-3. Das gestantes que perceberam alterações em sua pele 50 (44,2) sentiram-se incomodadas pelo quadro e 26 (23%) muito incomodadas. O desconforto referido pode tornar-se um agente estressor significativo e, ainda, se levar a busca de soluções ou tratamentos inadequados agravará o problema existente. Conclusão: evidenciou-se alta prevalência das alterações de pele no período gestacional e de desconforto. Diante dos resultados compreende-se que a condução das atividades assistenciais e educativas desenvolvidas por profissionais de saúde devem valorizar enfaticamente esta problemática. Referências bibliográficas: 1 Muzaffar F, Hussain I, Haroon TS. Physiologic skin changes during pregnancy: a study of 140 cases. Int. j. dermatol. 1998; 37 (6): 429-31; 2 Barankin B, Silver SG; Carruthers A. The skin in pregnancy. J. cutan. Med. surg. 2002; 6, (3): 236-40; 3 Suzuki MM, Pinheiro AM, Suzuki MT, Mosci C, Suzuki AM. Dermatoses na gravidez: a importância do exame dermatológico no pré-natal. An. bras. dermatol. 2005; 80 (supl2): S77-188.
  • 8. TRABALHO 07 Diagrama de Avaliação de Úlceras Arteriais : Uma revisão sistemática Luma Santos; Raquel Cunha; Sheila Maria; Tais Tonelli, Alessandra Bongiovani e Patrícia Ferreira RESUMO Introdução: As úlceras arteriais são caracterizadas pela aterosclerose que leva a obstrução progressiva das artérias, acarretando em isquemia. É uma doença extremamente incapacitante e que reduz qualidade de vida dessa clientela, devido presença de muita dor. (Iponema & Costa, 2007) A partir dessa caracterização é fundamental a realização dos diagnósticos de base e diferencial das úlceras para a melhor opção terapêutica, prevenção das complicações decorrentes e recuperação do paciente. (Gamba, 2005) Objetivo: Descrever as formas de avaliação para diagnóstico de úlceras arteriais. Métodos: Trata-se de uma revisão sistemática de literatura realizada por meio da análise retrospectiva de estudos primários que focalizam úlceras vasculogênicas e a abordagem adequada do profissional de enfermagem. Os estudos foram identificados nas seguintes bases de dados: LILACS, SCIELO, MEDLINE, PubMed, BVS, DEDALUS. Foram consultadas monografias, trabalhos de conclusão de curso e literatura presentes no acervo da biblioteca Pe. Inocenti Radrizzani do Centro Universitário São Camilo, por meio de consultas no catálogo On Line Quíron e acervo da biblioteca Wanda de Aguiar Horta da Escola de Enfermagem da Universidade de São Paulo. Discussão: Para o diagnóstico diferencial de úlceras arteriais é necessário uma anammese detalhada com busca no histórico do cliente; focar nos fatores de risco como tabagismo, etilismo crônico, sedentarismo, idade, e ocupação; doenças prévias como: vasculites, doenças vasoespásticas, hipertensão arterial, diabetes mellitus e demais doenças relacionadas à lesão de artérias (Iponema & Costa, 2007); histórico familiar, estado nutricional e condições alimentares; exame físico minucioso das características clínicas da lesão, utilizando o sistema de avaliação MEASURE Keast, et al (2004) apud Dealey (2008), além da avaliação dos MMII como coloração da pele adjacente, pulsos, perfusão periférica, edema, turgor e hidratação de modo comparativo do membro com a lesão e outro; coleta de exames laboratoriais que analisem aporte nutricional, sistema vascular, imunológico e metabólico e exames complementares como realização do Doppler que caracteriza local de redução de fluxo e grau de obstrução (COREN-SP CAT nº 019/2010) e ITB - Índice Tornozelo Braço, responsável por definir a localização da doença arterial e quantificá-la (Giollo Jr & Martin, 2010), ambos confirmam o diagnóstico de Úlcera Arterial e auxiliam na escolha do tratamento adequado. Conclusão: A capacidade para a realização de avaliação acurada de uma ferida é uma aptidão importante e necessária do enfermeiro Descritores: enfermagem, avaliação, úlcera arterial Referências Bibliográficas: DEALEAY, Carol. Cuidando de Feridas – Um Guia para as Enfermeiras. 3ªEd. Atheneu. São Paulo. 2008. pg. 240. GAMBA, Mônica Antar. Úlceras Vasculogênicas – Úlcera Aterial. In: JORGE, Silvia Angélica & DANTAS, Sônia Regina Luiz Evangelista. Abordagem Multiprofissional ao Tratamento de Feridas. 1ª Ed. Atheneu. São Paulo, 2005. pg. 241-246. GIOLLO JUNIOR, Luiz Tadeu & MARTIN, José Fernando Vilela. Índice tornozelo-braquial no diagnóstico da doença aterosclerótica carotídea. Revista Brasileira de Hipertensão. V. 17. n. 2. pg. 117-118 2010. Disponível em: http://departamentos.cardiol.br/dha/revista/17-2/13-indice.pdf HARADA, Maria de Jesus Castro S. et al. Doppler para avaliação de feridas Parecer COREN-SP CAT nº 019/2010. Disponível em: http://inter.coren-sp.gov.br/sites/default/files/019_2010_Doppler.pdf IPÓNEMA, Elizabeth Conceição & COSTA, Márcia Martins da. Úlceras Vasculogênicas. In: SILVA, Roberto Carlos Lyra da; FIGUEIREDO, Níbia Maria de & MEIRELLES, Isabella Barabosa. Feridas Fundamentos e Atualizações em Enfermagem. Yendis. São Caetano do Sul, 2007. pg. 337-350.
  • 9. TRABALHO 08 ATUAÇÃO DA COMISSÃO DE CURATIVOS DE UM HOSPITAL GERAL: RESULTADOS NO TRATAMENTE DE FERIDAS Aline Néri¹ ; Janici Th. Santos² INTRODUÇÃO: O cuidado aos pacientes acometidos por feridas é uma especialidade da Enfermagem, reconhecida pela Sociedade Brasileira de Enfermagem Dermatológica (SOBENDE) e Associação Brasileira de Estomaterapia (SOBEST). Diante das necessidades apresentadas por uma amostra de pacientes clínicos e cirúrgicos acometidos por lesões de pele de diferentes etiologias e outros com potencial de risco para desenvolvimento de novas lesões, sentiu-se a necessidade de descrever os resultados alcançados pela atuação do enfermeiro da Comissão de Curativo (COC) por meio da avaliação, intervenção e evolução do processo cicatricial das feridas, assim como a aplicação de estratégias para prevenção de outras lesões. OBJETIVO: Descrever os resultados do tratamento de lesões de pele, alcançados pelas estratégias implementadas pela Comissão de Curativos (COC), em um Hospital Geral. METODOLOGIA: Foram analisados os resultados da evolução do processo de cicatrização de um total de 202 pacientes internados nas Unidades de Internação e Terapia Intensiva, com acompanhamento de feridas de várias etiologias. Os dados foram coletados através de um instrumento elaborado pela Enfermeira do COC, entre janeiro e junho de 2011, com registros dos seguintes dados: a-) setor, b-) identificação do paciente, c-) data da 1ª avaliação, d-) classificação da ferida, e-) localização, f-) tipo de lesão g-) evolução da lesão. RESULTADOS: Foram obtidos por meio de análise quantitativa. Do total de 202 lesões acompanhadas, organizou-se os resultados do processo de cicatrização em três aspectos: a-)lesões com cicatrização completa, 43 lesões, representando 21% do total, b-) lesões com cicatrização em vigência, total de 91, equivalendo a 45% das lesões acompanhadas, as demais lesões num total de 68, representam 43% das lesões em que os pacientes evoluíram para óbito ou alta, sem possibilidade de descrever resultados. CONCLUSÃO: A atuação da enfermeira do COC, por meio de um trabalho sistematizado e próximo ao paciente, resultou em diminuição das lesões, na conscientização quanto à prevenção e na elaboração de um manual de orientações que possibilita a continuidade do tratamento em domicílio. Por meio deste estudo conseguiu-se a implantação de medidas que permitam desenvolver uma enfermagem de qualidade. REFERENCIAS: 1.Dealey C. cuidando de feridas: um guia para enfermeiras. 2ªed. São Paulo: Atheneu; 2001. 3. Backes DS. A evolução de uma ferida aguda com o uso de carvão ativado e prata. Nursing (São Paulo) 2005; 91(8):588-92. 4. Gomes AMT, Oliveira DC. Estudo da estrutura da representação social da autonomia profissional em enfermagem. Rev. Esc. Enferm USP 2005;39(2):145-5. IRON, Glenn. Feridas: novas abordagens, manejo clínico e atlas em cores. Rio de Janeiro: Guanabara Koogan, 2005. Instituição : Hospital Santa Cruz 1- Enfermeira integrante da Comissão de Curativos do Hospital Santa Cruz, Especializanda em Enfermagem em Dermatologia. 2-Enfermeira de Educação Continuada do Hospital Santa Cruz - Mestre em Gerontologia- Especialista em Geriatria, Terapia Intensiva e Emergência.
  • 10. TRABALHO 09 Tratamento de Úlceras Arteriais Luma Santos; Raquel Cunha; Sheila Maria; Tais Tonelli e Patrícia Ferreira Introdução: As úlceras de etiologia arterial devem ser abordadas como um problema grave que requer atenção, pois, apesar de superficiais, podem evoluir rapidamente e acometer tecidos subcutâneos, fáscia muscular, ossos e articulações, sem esquecer seu alto grau incapacitante em virtude da lesão propriamente dita e da amputação, e sua incidência no índice de mortalidade (corroborando com o aumento deste) relacionado às infecções secundárias. Não é raro identificar alterações na coloração cutânea resultantes de uma vasodilatação no leito da pele, por ação de metabólitos vasoativos produzidos pela isquemia, a grande maioria apresenta tecido desvitalizado, amarelo ou preto, tipo esfacelo ou escara (“necrose”), não sendo muito exsudativas. Localizam-se na região distal retromaleolar, no calcâneo ou em pododáctilos acarretando em muita dor aos portadores de úlcera arterial (SILVA, FIGUEIREDO e MEIRELES, 2007). Objetivo: Identificar os principais tratamentos existentes para úlceras arteriais. Métodos: Trata-se de uma revisão sistemática de literatura realizada por meio da análise retrospectiva de estudos primários que focalizam úlceras vasculogênicas e a abordagem adequada do profissional de enfermagem. Os estudos foram identificados nas seguintes bases de dados: LILACS, SCIELO, MEDLINE, PubMed, BVS, DEDALUS. Foram consultadas monografias, trabalhos de conclusão de curso e literatura presentes no acervo da biblioteca Pe. Inocenti Radrizzani do Centro Universitário São Camilo, por meio de consultas no catálogo On Line Quíron e acervo da biblioteca Wanda de Aguiar Horta da Escola de Enfermagem da Universidade de São Paulo. Discussão: Segundo Gamba apud Jorge e Dantas (2005), é fundamental a realização dos diagnósticos diferencial e de base das úlceras para a melhor opção terapêutica, prevenção das complicações decorrentes e recuperação do paciente. Para tanto a correta conduta torna-se primordial para o tratamento nas úlceras isquêmicas arteriais, que classicamente envolve o desbridamento conservador, controle da dor, uso de curativos oclusivos e melhora da circulação (HESS, 2002). Revascularização: A intervenção cirúrgica é realizada para melhorar a circulação e é essencial no tratamento de membros gravemente comprometidos. Os procedimentos incluem angioplastia percutânea por balão com ou sem introdução de stent, angioplastia percutânea por laser e cirurgia de derivação arterial (HESS, 2002). Para Brandão, Martins e Kolblinger apud Brandão e Santos (2006), havendo necessidade de intervenção cirúrgica para revascularização, enquanto aguarda-se o procedimento, é possível, na presença de esfacelo ou tecido necrótico no leito da ferida, fazer uso de desbridantes autolíticos, como por exemplo, o hidrogel ou químico, como as enzimas proteolíticas. Todo cuidado na manipulação ou procedimento deverá ser tomado devido à hipóxia tissular. Os curativos utilizados não devem fazer aderência para evitar traumatismos desnecessários e aliviar a dor. Curativos oclusivos: Segundo Hess (2002) os curativos oclusivos proporcionam diversos benefícios. Ao oferecer cobertura imediata, reduzem a dor e protegem a ferida de infecção. Além disso, ajudam a controlar o exsudato, aumentam o desbridamento autolítico e mantêm um ambiente úmido na ferida, que acelera o processo de cicatrização. Em virtude do ressecamento da pele, nenhum curativo deverá ser preso diretamente sobre a ferida devido ao risco de escoriação. Assim, deve-se utilizar atadura de crepom sem compressão fixando-a com fita adesiva. É recomendável a utilização de algodão ortopédico ou gazes sobre o curativo para aquecer os pés, diminuindo a vasoconstrição. Mudanças nos hábitos de vida e Terapia Sintomática: Hess (2002) relata que a conduta na arteriosclerose, por exemplo, inclui algumas mudanças nos hábitos de vida, tais como: prática de exercícios físicos, redução do colesterol, abandono do tabagismo, controle da pressão arterial e glicemia e dieta regrada. Alguns agentes antiplaquetários (ácido acetilsalicílico, ticlopidina e clopidogrel) e derivados da xantina (pentoxifilina) são frequentemente usados para tratar os sintomas associados à doença arterial periférica. Entretanto, o tratamento clínico isolado tipicamente tem eficácia limitada em úlceras arteriais. Modalidades terapêuticas mais modernas, inclusive fatores de crescimento humano e substitutos cutâneos fabricados por bioengenharia, são promessas importantes no tratamento dessas feridas, freqüentemente difíceis de cicatrizar. Segundo Brandão, Martins e Kolblinger apud Brandão e Santos (2006), mesmo os indivíduos que não forem portadores de úlceras, mas tiverem algum grau de insuficiência arterial devem: • Manter as extremidades aquecidas com meias de algodão sem garrotear o membro - Proteger as proeminências ósseas de atrito e cisalhamento - Evitar o cruzamento das pernas devido à compressão dos vasos - Evitar traumatismo nos pés por traumatismo mecânico ou térmico - Utilizar emolientes neutros para evitar ressecamento e fissuração da pele - Realizar regularmente a inspeção de pernas e pés - Lavar e secar os pés com cuidado - Cortar as unhas no formato quadrado a fim de evitar “unha encravada” - Manter a cabeceira da cama elevada - Minimizar a dor com medicações específicas prescritas pelo médic - Procurar atendimento médico e tratar imediatamente quando apresentar flictemia, hiperemia, dor, edema, calor e/ou infecção. Conclusão: A úlcera arterial é um agravo de alta incidência e é fundamental que o profissional enfermeiro esteja sempre se atualizando no intuito de estar preparado para atuar de forma satisfatória no cuidado e tratamento de portadores de úlceras arteriais. É preciso a criação de vínculo paciente- enfermeiro para que haja adesão ao tratamento e melhora da cicatrização. É importante ressaltar a necessidade de estudos e aprimoramento no diagnóstico e tratamento deste tipo de lesão, visto a carência de publicações sobre o tema. Descritores: úlcera arterial, tratamento, enfermagem, curativos oclusivos, revascularização. Referências bibliográficas: v BRANDÃO, Euzeli da Silva; KÖLBLINGER, Elizabeth & MARINS, Rosângela Guiomar de A. Cuidados Essenciais ao cliente com Úlceras Arteriais e Venosas. . In: BRANDÂO, Euzeli da Silva & SANTOS, Iraci dos. Enfermagem em Dermatologia – Cuidados técnico, dialógico e solidário. Cultura Médica. Rio de Janeiro, 2006. pg. 295-303. v HESS, Cathy Thomaz. Úlceras Venosas e Arteriais. In: HESS, Cathy Thomaz. Tratamento de feridas e úlceras. 4ª Ed. Reichmann & Affonso. Rio de Janeiro, 2002, pg. 135 -139. v GAMBA, Mônica Antar. Úlceras Vasculogênicas – Úlcera Aterial. In: JORGE, Silvia Angélica & DANTAS, Sônia Regina Luiz Evangelista. Abordagem Multiprofissional ao Tratamento de Feridas. 1ª Ed. Atheneu. São Paulo, 2005. pg. 241-246. v IPONEMA, Elizabeth Conceição & COSTA, Márcia Martins da. Úlceras Vasculogênicas. In: SILVA, Roberto Carlos Lyra da; FIGUEIREDO, Níbia Maria De & MEIRELLES, Isabella Barbosa. Feridas Fundamentos e Atualizações em Enfermagem. Yendis. São Caetano do Sul, 2007. pg. 337-350.
  • 11. TRABALHO 10 TRATAMENTO DE ÚLCERAS VENOSA: REVISÃO SISTEMÁTICA Luma Santos; Raquel Cunha; Sheila Maria; Tais Tonelli e Patrícia Ferreira Introdução: A insuficiência venosa resulta da obstrução das válvulas venosas nas pernas ou de um fluxo do sangue para trás através das válvulas, afetando as veias superficiais e profundas. Esse distúrbio no mecanismo fisiológico do fluxo venoso resulta em hipertensão venosa, em virtude do aumento prolongado da pressão nos vasos. Como as paredes das veias são mais delgadas e complacentes que as paredes das artérias, acabam por se distender prontamente quando a pressão venosa se eleva de maneira consistente. Assim, os folhetos das válvulas venosas são estirados e impedidos de se fechar por completo, permitindo um refluxo retrógrado do sangue (Yamada apud Jorge e Dantas, 2003). Segundo Carmo, Castro e Sarquis (2007), o tratamento clínico oferecido ao portador de úlcera venosa consiste na realização do curativo, terapia compressiva, prescrição de dieta que favoreça a cicatrização, orientações quanto à importância de repouso e uso de meias de compressão após a cura da ferida. Objetivo: Identificar a etiologia da insuficiência venosa e os principais tratamentos existentes para esse tipo de lesão. Métodos: Trata-se de uma revisão sistemática de literatura realizada por meio da análise retrospectiva de estudos primários que focalizam úlceras vasculogênicas e a abordagem adequada do profissional de enfermagem. Os estudos foram identificados nas seguintes bases de dados: LILACS, SCIELO, MEDLINE, PubMed, BVS, DEDALUS. Foram consultadas monografias, trabalhos de conclusão de curso e literatura presentes no acervo da biblioteca Pe. Inocenti Radrizzani do Centro Universitário São Camilo, por meio de consultas no catálogo On Line Quíron e acervo da biblioteca Wanda de Aguiar Horta da Escola de Enfermagem da Universidade de São Paulo. Discussão: Cullum et al apud Borges Caliri e Hass (2007), relata que a terapia compressiva deve ser aplicada, de modo consistente, para melhorar a efetividade do cuidado e reduzir os custos do tratamento. Os profissionais que utilizam o sistema devem ser capacitados, uma vez que a compressão aplicada inadequadamente pode predispor os pacientes a complicações. Johnson e Paustrian apud Borges, Caliri e Hass (2007) descrevem existem situações em que a compressão graduada está contra-indicada como nos casos de insuficiência arterial moderada e severa, carcinoma, bem como em pacientes que estejam desenvolvendo trombose venosa profunda. Em relação à bandagem de compressão pneumática intermitente, os resultados sugeriram que ela é benéfica no tratamento da úlcera venosa e deve ser considerada como terapia adjunta. Mas essa recomendação não é consenso, uma vez que não foram percebidas diferenças com o seu uso em todos os estudos analisados (HOFMAN e CHERRY, 1998). O uso de bandagem de calor radiante mostra ser seguro e eficiente para pacientes internados com úlcera venosa recalcitrante, mas requer mais avaliação para investigar sua eficácia, enquanto tratamento ambulatorial (BELVARO e NICOLARE, 1993). Segundo Harding et al apud Borges, Caliri e Hass (2007), quanto à terapia tópica, não foram encontradas evidências indicando qual é a melhor. Os resultados dos estudos sugerem o uso de uma cobertura simples, não aderente, de baixo custo e aceitável pelo paciente e, com opções de tratamento. Pacientes com úlcera extensa ou associada com o comprometimento arterial podem ser beneficiados com as técnicas de cicatrização adjuvante, tais como pele humana e revascularização arterial, quando possível. Para os pacientes com comprometimento primário do sistema venoso superficial, é sugerido o procedimento cirúrgico minimamente invasivo para a correção (ZAMBONI et al, 2003). Conclusão: Cabe ao enfermeiro estabelecer comunicação terapêutica com o cliente visando à valorização das queixas apresentadas e o respeito à particularidade de cada indivíduo. É de extrema importância que o profissional use da comunicação verbal de forma clara e objetiva, respeitando a linguagem do paciente, para que o mesmo possa compreender as informações que lhe são transmitidas e, assim, comprometer-se com sua saúde possibilitando o cumprimento das ações que lhe são delegadas a fim de garantir o sucesso do tratamento. Descritores: tratamento, ulcera varicosa, enfermagem, literatura de revisão e medicina baseada em evidências. Referências Bibliográficas: - BORGES, Eline Lima; CALIRI, Maria Helena Larcher & HAAS, Vanderlei José. Revisão sistemática do tratamento tópico da úlcera venosa. Rev Latino-am Enfermagem. São Paulo. v.15. n. 06. pg. 1163-70. Novembro-dezembro 2007. Disponível em: http://www.scielo.br/pdf/rlae/v15n6/pt_16.pdf - CARMO, Sara da Silva; CASTRO, Clarissa Domingos de; RIOS, Vanessa Souza & SARQUIS, Micheline Garcia Amorim. Atualidades na assistência de enfermagem a portadores de úlcera venosa. Revista Eletrônica de Enfermagem. (serial on line) v. 09. n.02. pg. 506-517. Mai-Ago 2007. Disponível em: http://www.fen.ufg.br/revista/v9/n2/pdf/v9n2a17.pdf - YAMADA, Beatriz Farias Alves. Úlceras Vasculogênicas – Úlcera Venosa. In: JORGE, Silvia Angélica & DANTAS, Sônia Regina Luiz Evangelista. Abordagem Multiprofissional ao Tratamento de Feridas. 1ª Ed. Atheneu. São Paulo, 2005. pg. 248-259.
  • 12. TRABALHO 11 USO DE POLIHEXAMETILENO-BIGUANIDAS (PHMB) NO TRATAMENTO DE FERIDAS: RELATO DE CASOS ANTONUCCI, R. B.; MARCARI, A. N.; PEIXOTO, N.; POLETTI, N. A. A. O tratamento tópico de feridas infectadas é um tema muito debatido entre enfermeiros, e a vivência em um ambulatório de cuidados a pacientes portadores de feridas tem apontado para uma dificuldade no tratamento tópico destas lesões, quer seja pela falta de opção de coberturas existentes no mercado, quer pela utilização dos produtos que tem como objetivo a desinfecção local, mas que possuem efeitos tóxicos sobre as células envolvidas com o delicado processo de cicatrização. O PHMB (Polihexametileno-Biguanidas é um antisséptico do mesmo grupo da clorexidina que atua em bactérias gram positivas e gram negativas, e em anaeróbios que são responsáveis pelo odor. O polihexametileno biguanida é também considerado um antimicrobiano, que favorece o controle de microorganismos presentes em feridas infectadas, visto que as moléculas deste produto exercem seu efeito bactericida, por meio de mecanismos de agregação, mediada pelos seus núcleos catiônicos de biguanida Também atua na modificação da permeabilidade da membrana citoplasmática microbiana que leva a perda de componentes fundamentais e morte celular. Desta forma, o presente estudo tem por objetivo relatar alguns casos de pacientes com úlceras crônicas e agudas com presença de tecido necrótico e desvitalizado, e de odor forte em diversas localizações, em uma enfermaria cirúrgica de um Hospital Escola de São José do Rio Preto. O estudo foi realizado no período compreendido entre os meses de Maio a Agosto de 2011, iniciando após a autorização do cliente e/ou de seu responsável pela assinatura do termo de consentimento livre e esclarecido e autorização para registro fotográfico. As lesões foram tratadas com curativo local diário de PHMB gel associado à antibioticoterapia sistemática. Este tratamento apresentou resultado satisfatório, com a diminuição do odor, desbridamento da placa necrótica e cicatrização parcial das lesões até o momento e proporcionando ao cliente o alívio da dor, diminuição do odor e melhora da qualidade de vida. REFERÊNCIAS • MOORE, K.; GRAY, D. Uso del agente antimicrobiano PHMB para prevenir la infección de heridas. Gerokomos, v. 19, n. 3, p. 145-152, 2008. • KIRKER, K. R.; FISHER, S. T.; JAMES, G. A.; MCGHEE, D.; SHAH, C. B. Efficacy of polyhexamethylene biguanide- containing antimicrobial foam dressing against MRSA relative to standard foam dressing. WOUNDS, v. 9, n. 3, p. 229-233, 2009. • TIMMONS, J.; LEAK, K PHMB: Utilización del apósito de espuma antimicrobiana (AMD) KendallTM (PHMB 0,5%) en el tratamiento de las heridas crónicas. Gerokomos, v. 21, n. 1, p. 37-43, 2010. • Rafaela Butinholi Antonucci - Pós Graduanda em Dermatologia pela Faculdade de Medicina de São José do Rio Preto - FAMERP-SP, e Enfermeira Aprimoranda em Curativo e Estomaterapia pelo Hospital de Base. e-mail: rafa.antonucci@hotmail.com - Ana Maria Marcari – Enfermeira Pós Graduada em Estomaterapia pela PUC-PR, enfermeira aprimoranda em Curativo e Estomaterapia pelo Hospital de Base - Nádia Antonia Aparecida Poletti – Profª Dra. do Departamento de Enfermagem Geral da Faculdade de Medicina de São José do Rio Preto - FAMERP-SP. - Nelci Peixoto – Enfermeira Pós Graduanda em Estomaterapia pela Faculdade de Medicina de São José do Rio Preto - FAMERP-SP, e enfermeira técnica da Helianto
  • 13. TRABALHO 12 TRATAMENTO DE ÚLCERA CRÔNICA, TERAPIA COM PLASMA RICO EM PLAQUETAS. ERICA CAMARGO DE OLIVEIRA1, SHIRLEY SAMPE 2, FABIANA MARQUES 3 RESUMO O presente estudo relata a aplicação de Plasma Rico em Plaquetas (PRP) em úlceras crônicas de pacientes diabéticos e hipertensos. As doenças de base retardam a cicatrização e contribuem para infecções e amputações, no entanto as plaquetas ativadas liberam quantidades aumentadas de fatores de crescimento pré - formados dentro da ferida, esses fatores são responsáveis por estimular a angiogênese, a mitogênese e a permeabilidade vascular, o que os tornam essenciais para o tratamento de feridas em pacientes diabéticos, pois a hiperglicemia interfere principalmente na angiogênese, diminuindo a capacidade natural de cicatrização do individuo. (1,2). O intuito do estudo foi avaliar a eficácia do Plasma Rico em Plaquetas (PRP) na cicatrização de feridas crônicas e dessa forma reduzir complicações como infecções e amputações de extremidades. A aplicação do PRP em seres humanos foi iniciada após aprovação do projeto pelo COEP da Universidade Nove de Julho (aprovado em 16/02/2011, sob o nº. 384396). Os dados foram coletados após assinatura de termo de consentimento livre e esclarecido (resolução 196/96 do conselho nacional de saúde). Realizávamos anamnese e exame físico do paciente, utilizando instrumento onde constam também informações sobre a lesão, a terapia ocorreu no período de cinco semanas, com aplicações semanais. O PRP era obtido através de punção venosa periférica, onde coletávamos 20ml de sangue venoso, separados em tubos com anticoagulante, que submetíamos a centrifugação para separação celular. Após limpeza da ferida com SF 0,9% aplicávamos o gel plaquetário no leito da lesão e utilizávamos adaptic® como cobertura primária, gaze como secundária e envolvíamos o membro em atadura crepom. O tratamento com PRP proporcionou aos voluntários, redução do tempo de cicatrização, redução significativa da dor local e contribuiu diretamente para a epitelização tecidual, com formação de tecidos de melhor qualidade e aproximação das bordas, não foram observadas complicações ou desconfortos durante a terapia, concluindo que os fatores de crescimento presentes no plasma rico em plaquetas cooperam gradativamente e de forma acelerada na cicatrização tecidual e apresentou eficácia terapêutica para o caso descrito. Palavras-chave: Úlcera crônica, plasma rico em plaquetas, feridas, fator de crescimento. Referências Bibliográficas 1. Nobrega NL, Biondo-Simões MLP, Barczak D, Ioshii SO. Effects of hiperglycemia and aging in angiogenesis and reepithelization of colonic anastomoses in rats. Acta Cir. Bras. 2007, vol. 22 (suppl. 1): 2-7. 2. Brunner & Suddarth. Tratado de Enfermagem Medico Cirúrgica. V.2 Rio de Janeiro (RJ): Guanabara Koogan; 2008. 1. Enfermeira. Sócia da sociedade Brasileira em Dermatologia e – mail: erica_enf@yahoo.com.br 2. Enfermeira. Professora do departamento de saúde da Universidade Nove de Julho. UNINOVE (SP) 3. Biomédica. Mestranda em Biologia Molecular na Universidade Federal de São Paulo – UNIFESP (SP).
  • 14. TRABALHO 13 TRATAMENTO DE LESÃO POR EMBOLIA CUTIS MEDICAMENTOSA: RELATO DE CASO ANTONUCCI, RAFAELA BUTINHOLI; ANSELMO, AMANDA MAYRA; MARCARI, ANA MARIA; RUIZ, PAULA BUCK A Embolia cútis medicamentosa ou Síndrome de Nicolau é um evento adverso raro, decorrente da administração de medicamentos intramusculares; dentre os quais incluímos o cetoprofeno, o diclofenaco, a penicilina, a vacina tríplice, etc. A Sindrome se manifesta com uma grave reação local a droga, caracterizada por dor aguda intensa, inflamação cutânea, subcutânea e intramuscular e necrose dos tecidos moles no local da administração da injeção; apresenta sequelas potencialmente devastadoras, podendo resultar em significativa morbidade para o indivíduo e o custo elevado para as Instituições de saúde. Desta forma, o presente estudo tem por objetivo relatar um caso de lesão por Embolia cútis medicamentosa em região glútea porcetoprofeno, em uma enfermaria cirúrgica de um Hospital Escola de São José do Rio Preto. Para revisão da literatura realizou-se a busca nos bancos de dados: Medline, Scielo e Lilacs durante o período de 2006 a 2011. O estudo foi realizado no período compreendido entre os meses de Fevereiro a setembro de 2011, em uma enfermaria cirúrgica e setor ambulatorial de um hospital escola de São José do Rio Preto. O trabalho foi desenvolvido na forma de estudo de caso, tendo início após a autorização do cliente através do termo de consentimento livre e esclarecido e autorização para registro fotográfico. A lesão foi tratada com curativo local diário (papaína gel 6% e 3%) associado à terapia de Câmara Hiperbárica e antibioticoterapia sistêmica. Este tratamento apresentou resultado satisfatório, com a cicatrização parcial da lesão até o momento e proporcionando ao cliente o alívio da dor e melhora da qualidade de vida. REFERÊNCIAS Hamilton, B et al. Nicolau syndrome in an athlete following intra-muscular diclofenac injection. Acta Orthopaedica Belgica,v. 74, n.74, p. 860-864; 2008. Lie, C; Leung, F; Chow, S; Nicolau syndrome following intramuscular diclofenac administration: a case report. Journal of Orthopaedic Surgery, v. 14, n. 1, p. 104-107; 2006. Duque, FLV; Chagas, CAA. Acidente por injeção medicamentosa no músculo deltóide: lesões locais e à distância, revisão de 32 casos. Jornal Vascular Brasileiro, v. 8 n. 3; 2009. Alyasin, S; Sharifian, M. Nicolau Syndrome Caused by Penicillin Injection a Report From Iran. Shiraz E Medical Journal, v. 11, n. 2; 2010. Nischal, KC et al. Nicolau syndrome: An iatrogenic cutaneous necrosis. Journal Cutan Aesthet Surg, v. 2, p. 92-95; 2009. Rafaela Butinholi Antonucci - Pós Graduanda em Dermatologia pela Faculdade de Medicina de São José do Rio Preto - FAMERP-SP, Enfermeira Aprimoranda em Curativo e Estomaterapia pelo Hospital de Base de São José do Rio Preto.e-mail: rafa.antonucci@hotmail.com Amanda Mayra Anselmo - Enfermeira Clínica do Hospital de Base de São José do Rio Preto, Especialista em Enfermagem em Dermatologia pela Faculdade de Medicina de Rio Preto - FAMERP. Ana Maria Marcari – Enfermeira Pós Graduada em Estomaterapia pela PUC-PR, Enfermeira Aprimoranda em Curativo e Estomaterapia pelo Hospital de Base de São José do Rio Preto. Paula Buck Ruiz – Enfermeira em Centro Cirúrgico; Sala de Recuperação Pós Anestésica do Hospital de Base de São José do Rio Preto.
  • 15. TRABALHO 14 AVALIAÇÃO DE LESÕES MAMILARES DECORRENTES DA PRÁTICA DA AMAMENTAÇÃO: UMA REVISÃO INTEGRATIVA DA LITERATURA. Marina Possato Cervellini, Mônica Antar Gamba, Ana Cristina Freitas de Vilhena Abrão RESUMO Introdução: A prevalência do trauma mamilar pode chegar a 96% durante a primeira semana de puerpério, sendo a dor no mamilo ocasionada pela lesão, a segunda razão mais comum para o desmame precoce, além disso, a ruptura na pele favorece o aparecimento de comorbidades. Na literatura atual, muitos estudos clínicos sobre intervenções no tratamento do trauma mamilar, vêm apresentando limitações e viéses metodológicos que reduzem sua validade interna, além de impossibilitar o emprego seguro das intervenções na prática. Nesse sentido, a avaliação das lesões mamilares, bem como o uso de um instrumento de mensuração adequado nos estudos clínicos, são de grande importância na eficácia científica da intervenção proposta e especificidade do tratamento, além de fornecer uma linguagem padronizada entre os profissionais de saúde e ajudar no avanço do conhecimento das lesões e do tecido mamilar. Objetivos: Identificar e avaliar as evidências disponíveis na literatura sobre avaliações de lesões mamilares causadas pela prática da amamentação. Métodos: Realizou-se um estudo de revisão integrativa da literatura, buscando publicações indexadas nas seguintes bases de dados: Medline, Lilacs, Pubmed Central, Embase, Science Verse-Scopus e Cochrane Library, com período de busca variando entre 1966 a 2011 ou sem restrições de data, conforme base de dados. Foram identificadas publicações no idioma inglês, alemão, espanhol e português. Os Descritores em Saúde foram: mamilos, lesões, dor, trauma, avaliação ou classificação, sinais e sintomas e resultado de tratamentos. Após leitura de títulos e resumos das 1228 publicações identificadas, encontraram-se 62 artigos que apresentaram os critérios de seleção previamente definidos. Em seguida, com a leitura na íntegra, obteve-se uma amostra final de 20 artigos. Resultados: Os autores da literatura atual demonstram uma forma particular de análise das lesões mamilares, sendo praticamente em cada estudo, escolhida uma forma de mensuração da área lesionada. Encontrou-se nos artigos analisados, o uso de escalas de avaliação do processo de cicatrização, do estadiamento do trauma mamilar; escores de pontuação, quanto à severidade da lesão e aspectos morfológicos apresentados; e o uso de classificações preexistentes para definição e mensuração do trauma mamilar. Entre os estudos, as lesões mais observadas foram: eritema, edema, vesículas, crostas e equimose. Algumas características da lesão foram ressaltadas: o sangramento, o exsudato e a coloração vermelha de várias tonalidades. Outras lesões foram citadas pelos autores, dentre elas; fissuras, escoriações, bolhas, erosões, dilaceração, abscesso, descamação, marcas brancas, amarelas ou escuras, áreas inflamadas, hematoma, petéquias, úlcera, cisto, descoloração e faixas de compressão. Conclusões: Concluiu-se a inexistência de consenso ou de concordância, quanto à forma de avaliação das lesões mamilares, tanto na descrição dos tipos de lesão, bem como fase de cicatrização em que se encontram. Este fato vem dificultando a assistência e o tratamento das lesões, provocando no meio profissional a falta de entendimento e criando opiniões conflitantes, bem como, trazendo dificuldades metodológicas às pesquisas científicas. Neste sentido, faz-se necessário a elaboração de uma classificação dos traumas mamilares, com entendimento dermatológico das lesões e especificidades do tecido mamilar.
  • 16. TRABALHO 15 ASPECTOS METODOLÓGICOS RELEVANTES EM ESTUDOS DE VALIDAÇÃO EM DERMATOLOGIA: UMA REVISÃO INTEGRATIVA. Marina Possato Cervellini, Ana Cristina Freitas de Vilhena Abrão, Mônica Antar Gamba. RESUMO Introdução: A importância dos instrumentos de mensuração em dermatologia tem sido reconhecida. Na prática clínica podem orientar a prevenção, o diagnóstico, e as intervenções. Na investigação científica, além de um instrumento de mensuração específico, podem trazer avanços no ensino de base. No entanto, a elaboração e validação de novos instrumentos de medida são tarefas complexas e consomem um tempo considerável do pesquisador. Para que sejam confiáveis e válidos, é fundamental que sejam desenvolvidos embasados em métodos científicos e que o pesquisador possua conhecimento definido do construto, geralmente adquirido através de extensa revisão de literatura. Observam-se algumas dificuldades na realização de estudos de validação em dermatologia, julgando-se oportuno descrever aspectos metodológicos referentes ao processo de validação através do levantamento da literatura atual. Objetivos: Verificar qual metodologia vem sendo adotada em estudos de validação relacionados ao cuidado com lesões cutâneas ou mucosas e identificar aspectos metodológicos relevantes ao conhecimento acadêmico. Métodos: Realizou-se este estudo de revisão integrativa da literatura, buscando publicações indexadas nas seguintes bases de dados: Medline, Lilacs e Pubmed Central, com período de busca variando entre 1997 a 2011 ou sem restrições de data, conforme base de dados. Foram identificadas publicações no idioma inglês, alemão, espanhol e português, através dos descritores: estudos de validação, reprodutibilidade dos testes, confiabilidade, lesões e feridas, classificados conforme o índice DeCs de Descritores em Saúde. Após leitura de títulos e resumos das 302 publicações identificadas, encontraram-se 62 artigos que apresentaram os critérios de seleção definidos. Em seguida, com a leitura na íntegra, obteve-se uma amostra final de 6 artigos. Resultados: Observou-se entre os estudos a concordância na adoção de três atributos para a avaliação da confiabilidade: a estabilidade, a equivalência e a homogeneidade. Encontrou-se entre os artigos incluídos semelhança com relação ao processo inicial de validação. De forma que, a definição do construto e a elaboração dos instrumentos ocorreram através de revisão da literatura ou em estudo anteriormente realizado. Observou-se a formação de um conjunto de abordagens metodologicamente selecionadas entre os estudos. Com relação à validade, as abordagens mais utilizadas foram: a validade de conteúdo, de construto do tipo convergente e discriminante e de critério do tipo concorrente. Conclusões: Comparando-se os achados com a literatura atual, concluiu-se que os autores estão em consenso, quanto à forma metodológica do processo de validação de instrumentos de mensuração, porém, notou-se o alto grau de exigência imposta aos pesquisadores, em sua maioria doutores, quanto à necessidade de clareza, disponibilidade de tempo, detalhamento do estudo, adequação de testes estatísticos e conhecimento do tema pesquisado. A presença do rigor metodológico entre os estudos é fato significativo e valoroso para a pesquisa científica e para os portadores de lesões cutâneo-mucosas.
  • 17. TRABALHO 16 PERFIL DA CRIANÇA COM ULCERA POR PRESSÃO- ESTUDO MULTICÊNTRICO Donata Maria De Souza Pellegrino1, Geraldo Magela Salome2, Ana Claudia Amoroso Ribeiro3, Leila Blanes4, Lydia MasakoFerreira3 Introdução. A úlcera por pressão (UP) na criança ocorre principalmente durante a internação em unidades de terapia intensiva pediátricas (UTIP)1. Uma correta avaliação do evento UP, direciona para o conjunto de características do paciente, da instituição e intervenções multiprofissionais na prevenção e tratamento2. A pesquisa brasileira,nesta área é incipiente. A melhoria na qualidade do atendimento à criança necessita de parâmetros objetivos e imparciais para subsidiar práticas assistenciais e administrativas. Objetivo. Caracterizar o perfil das crianças com úlcera por pressão, internadas em quatro UTIPs. Métodos. Estudo observacional, descritivo-exploratório, multicêntrico. Autorizado por Comitê de Ética em Pesquisa sob nº1384/09 e pelas quatro instituições pesquisadas. Critérios de inclusão: internação em UTI Pediátrica, mínimo 24 h, ocorrência de UP após a internação, idade entre 30 dias à 17 anos. Exclusão: recusa em participar da pesquisa, e úlceras relacionadas a equipamentos com causa diversa de forças de pressão. Utilizados formulários de dados demográficos e clínicos, prontuário, entrevista com o responsável pela criança, Escala de Braden Q3, para avaliação do risco, após informação e orientação aos enfermeiros pelo pesquisador. Inspeção direta da pele,em dias alteranados, durante o banho da criança para detecção da UP e classificação dos estágios segundo NPUAP- 2007. Dados levantados no período de 30 a 45 dias. Resultados. Avalidas167 crianças em risco para UP, destas 26 desenvolveram 38 UP durante a internação na UTIP. Três delas nas primeiras 24 h de internação, 2 durante o ato operatório. Quatorze crianças tiveram apenas uma UP, 8 apresentaram 2 úlceras concomitantes e 7 em mais de uma ocasião e Metade das crianças apresentaram escore de risco menor que 16. Houve predomínio do sexo feminino (54%), cor branca(72%), idade pré-escolar com mediana de 4 anos. Cateter central, incluindo de inserção periférica presente em 63,1% dos casos, tubo naso-enteral ou gastrostomia em pacientes crônicos (25,3%). A sedação e drogas vasoativas administradas em 65%, sendo ventiladas mecanicamente em sua maioria (63%). Ocorreram alterações na temperatura corporal em 13 crianças. Nas crianças que apresentaram edema 61% desenvolveram UP. Quanto à localização: nove UP no pavilhão auricular externo, occipito e calcâneos seis em cada local, quatro em vértebras lombares, três em maléolos, dorso e têmporas, duas em cada. Quanto ao estágio: Grau I, hiperemia não reativa, em 20 UP; grau II em nove. A indisponibilidade de exames como albuminemia e hemoglobina sérica, abaixo de 10 mg/dl, na metade dos resultados obtidos, impediu a análise. Uso de prevenção em todas as unidades: colchão piramidal (93,9%), seguido de mudanças de decúbito e uso de placas de hidrocolide. Conclusão. Úlceras por pressão na UTI pediátrica é um evento com características próprias: crianças estão sob risco, apresentando uma ou mais úlceras por pressão. A prevenção deve ser melhorada, outros parâmetros melhor investigados para compor o diagnóstico real do problema aqui delineado. Referências. 1. Baharestani MM, Ratlif C, National Pressure Ulcer Advisory Panel. Pressures ulcers in nenonates and children: A NPUAP white paper. Adv Skin Wound Care. 2007;20(4): 2008-220. 2. Willock J, Harris C, Harrison J, Poole C. Identifying the characteristics of children with pressure ulcers. Nurs. Times. 2005;101(11):40-3. 3. Maia ACAR, Blanes L, Pellegrino DMS, Dini GM, Ferreira LM.Tradução para a língua portuguesa, adaptação cultural e validação da Escala de Braden Q. Rev Paul Ped (in Pub). 2011. 1Enfermeira estomaterapeuta. Curso de Aperfeiçoamento:Pesquisa Científica em Cirurgia- Unifesp .donatas@uol.com.br 2. Enfermeiro estomaterapeuta. Doutor em Ciências da Saúde- Unifesp 3. Enfermeira. Mestre em Ciências da Saúde. Unifesp 4. Enfermeira. Doutora em Ciências da Saúde. Unifesp 5.Médica. Professora Titular da Disciplina Cirurgia Plástica. Unifesp .
  • 18. TRABALHO 17 RELATO DE EXPERIÊNCIA: PELÍCULA DE CELULOSE NO TRATAMENTO DE FITOFOTODERMATOSE CARLA DUARTE GARCIA1 ELBIA REGINA PEREIRA DE SOUZA2 JÉSSICA EVERTHY CAROLINO3 INTRODUÇÃO Há várias plantas que contém uma substância conhecida como furocumarina, que produz na pele reações fototóxicas por estimulação da luz, particularmente, a luz ultravioleta A (320nm a 400nm). Essas reações são conhecidas como fitofotodermatoses. Geralmente, surge dentro de 24 até 72 horas após o contato e caracteriza-se por eritema, conseqüente formação de vesículas e bolhas e pigmentação, dependendo da intensidade da reação. As plantas podem causar fitofotodermatoses, principalmente as que pertencem à família das rutáceas, plantas produtoras de frutas cítricas, como a laranja (Citrus sinensis), o limão-galego (Citrus limmonia), o limão Taiti (Citrus medica), a tangerina ou mexerica (Citrus reticulata ou Citrus nobilis) e outras, como a arruda (Ruta graveolens). A dermatose desencadeada pode ser localizada nas mãos, usualmente, no seu dorso, assim como nos locais tocados por elas, sendo comum aparecer na pele de outras pessoas, especialmente, crianças, tocadas por essas mãos. Isso ocorre pelo conhecido fato de que as furocumarinas (metoxipsoralenos) estão abundantemente presentes nas cascas dessas frutas. A classificação da lesão vem de encontro com a descrição da queimadura de segundo grau que acomete e epiderme e derme, são extremamente dolorosas e há presença de bolhas com exsudato seroso. A assistência ao paciente, assim como o manejo e o tratamento especifico, exige do enfermeiro conhecimento e estratégias para a indicação da cobertura ideal. A película de celulose é uma cobertura biocompatível produzida pela bactéria Acetobacter xylinum, um microrganismo encontrado na natureza, em frutas e legumes em decomposição. Após uma série de procedimentos industriais passa a ter grande resistência mecânica e se torna impermeável a líquidos, mantendo a permeabilidade a gases, formando uma barreira bacteriológica. Outra característica é a atenuação ou mesmo a eliminação da dor, redução do tempo de tratamento e diminuição do custo com coberturas secundárias e internações OBJETIVO Avaliar a eficácia da película de celulose em paciente com fitofotodermatose. METODOLOGIA Estudo de caso de um paciente durante o período 01 de janeiro de 2011 á 31 de janeiro de 2011 em Pronto Atendimento no município de São Paulo. Foram realizados registros fotográficos e o acompanhamento do caso foi autorizado mediante termo de livre consentimento assinado pelo familiar do paciente. Aprovado pela Comissão de Ética da Instituição RESULTADOS P.H.S.K., masculino, 17 anos, compareceu a unidade de Pronto Atendimento após contato com limão realizando caipirinhas e se expondo ao sol, iniciou quadro com aparecimento de eritema, bolhas e dor intensa. Na avaliação inicial referia dor e apresentava bolhas na região do dorso das mãos. No terceiro dia de curativo realizado desbridamento mecânico com a retirada de tecido desvitalizado, apresentando tecido viável à aplicação da película de celulose. O paciente retornou no período de 72 horas sem queixas álgicas e após avaliação constatada aderência da membrana, com a orientação do retorno a cada dois dias. Manteve a película de celulose durante 26 dias apresentando boa evolução de cicatrização com desprendimento da membrana recebendo alta com orientações CONCLUSÕES O conhecimento do enfermeiro no que tange a dermatologia e o uso de novas tecnologias é um diferencial na assistência. A indicação da película de celulose bacteriana é válida e segura no tratamento de lesões fitofotodermatoses proporcionando aceleração da cicatrização, dispensando a troca de curativos secundários, minimizando o trauma e a dor. A orientação sobre a atuação da cobertura proporcionou confiança e aderência do paciente ao tratamento e tranqüilidade da família com as ações propostas trazendo parceria e um excelente resultado no processo cicatricial. REFERENCIAS 1. Reis, VMS. Dermatoses provocadas por plantas (fitodermatoses). Anais Brasileiros de Dermatologia, 2010 85 (4). 2. Vale ECS. Primeiro Atendimento em queimaduras: a abordagem do dermatologista. An. Bras.Dermatol,2005 80(1). 3. Galli, R. Estudo comparativo entre o rayon e a membrana de celulose produzida por bactéria (Bionext®) como nova alternativa para o tratamento de queimaduras de segundo grau.Revista Brasileira de Queimaduras,2010 9(4):155-215. 4. Vieira, J.C. eta al.Menbrana porosa de celulose no tratamento de queimaduras.Arquivos Catarinenses de Medicina,2007 36(1) 1. Carla Duarte Garcia. Enfermeira Assistencial da Unimed Paulistana CPAZL. Pós-Graduação em Urgência e Emergência. 2. Elbia Regina Pereira de Souza. Coordenadora de Enfermagem da Unimed Paulistana CPAZL. Pós- Graduação em Administração Hospitalar. 3. . Enfermeira Assistencial da Unimed Paulistana CPAZL. Pós-Graduação em Administração Hospitalar. Relatora do Trabalho. Telefone (11) 9956-6574. Email: kekacarolino@hotmail.com
  • 19. TRABALHO 18 Título: Diagnósticos de Enfermagem prioritários no Lesado Medular: Estudo de caso clínico Autores: Bruna Prini Rafaldini (1); Paula Buck de Oliveira Ruiz (2); João Junior Gomes(3); Nadia Aparecida Poletti (4); Introdução: O enfermeiro naturalmente desenvolve papéis nos âmbitos educativo, gerencial, na coordenação e implementação da assistência de Enfermagem ao paciente , à família e à comunidade, tornando-se integrante essencial na recuperação e cuidado com pacientes portadores de lesão medular. Atualmente o IBGE identificou que 14,5% da população brasileira como portadora de deficiência física (1). O inevitável comprometimento da estrutura da pele está no grupo das complicações mais freqüentes na pessoa com lesão medular, por surgir como resultado do repouso prolongado no leito ou permanência por longo período na mesma posição (2). Dado que afirma a necessidade de conhecimentos de enfermagem específicos e assistência sistematizada proporcionando cuidado integral e humanizado ao lesado medular. Nesse contexto torna-se importante a realização da sistematização da assistência de enfermagem e, a definição de Diagnosticos de Enfermagem específicos para o cuidado com pacientes portadores de lesão medular, contribuindo para uma assistência qualificada, facilitando assim, a recuperação do paciente e a reabilitação em conjunto com a familia. Objetivo: Será identificar os Diagnosticos de Enfermagem mais freqüentes em um paciente com lesao medular. Metodologia: Por se tratar de um projeto de pesquisa para elaboração do trabalho de conclusão de curso de especializacao em estomaterapia, está em fase de aprovação pelo comitê de ética. Estudo de caso baseado na situação real de paciente que oferece um método de tomada de decisão clínica e permite a investigação em profundidade de uma pessoa. (3) . O sujeito deverá ser atendido em domicilio por um serviço de atenção especializada do interior de São Paulo, ser portador de lesão medular com paraplegia ou tetraplegia. Os diagnósticos de enfermagem serão baseados na taxonomia II NANDA Internacionaol 2009-2011, definidos por meio do raciocínio Risner. O instrumento de coleta será o mesmo utilizado durante a entrevista clinica da instituição de saúde que atenderá o paciente. Resultados esperados: A identificação dos diagnósticos de enfermagem relevantes na atenção ao paciente que sejam pertinentes ao cuidado em domicilio, que atendam as necessidades primordiais do binômio paciente e família visando a superação das limitações impostas pelo comprometimento neuromuscular proveniente da lesão medular. Heck A. Brasil, um país de pessoas com deficiência. [on line] 2005 [citado 2 ago 2011]; Disponível em: URL: http://www.entreamigos.com.br/noticias/BrasilRadiografia.html. Scramin A. P.; Machado W. C. A. Cuidar de pessoas com tetraplegia no ambiente domiciliário: intervenções de Enfermagem na dependência de longo prazo. Esc Anna Nery R Enferm 2006 dez; 10 (3): 501 – 8 Muller-Staub M, Stuker-Studer U. Clinical decision making: fostering critical thinking in the nursing diagnostic process through case studies (German). Pflege. 2006;19(5):281-6.
  • 20. TRABALHO 21 ASSISTENCIA DE ENFERMAGEM FRENTE AO EXTRAVASAMENTO DE ANTINEOPLASICOS EM ONCOPEDIATRIA. Dreiciene Moreira da Silva; Ana Flávia Bezerra, Carlos Oliveira Rocha, Stela Márcia Draib Gervásio O câncer infantil é um grave problema de saúde pública sendo a principal causa de mortalidade em crianças e adolescentes brasileiros até 18 anos. Dados epidemiológicos sobre o câncer infantil mostram que o avanço científico na área oncológica promoveu grandes oportunidades de cura, quando o diagnóstico é feito precocemente e o tratamento é especializado. Neste sentido, o tratamento antineoplásico, torna-se imprescindível para o sucesso da cura destes pacientes. Contudo, alguns antineoplásicos são dotados de toxicidade dermatológica local quando há extravasamento destes, comprometendo vasos sanguíneos e tecidos adjacentes, causando dor, irritação ao longo do seu trajeto venoso e inclusive podendo acarretar em necrose da região acometida. A incidência de extravasamento está em torno de 0,1 a 6% do total de antineoplásicos administrados sendo as seqüelas e danos teciduais relacionados às drogas empregadas e a concentração administrada. O extravasamento de drogas antineoplásicas pode ser prevenido, diagnosticado precocemente e ter intervenções e seguimento de enfermagem mais adequados, por meio da utilização de protocolos específicos. Objetivo: Destacar a importância da assistência de enfermagem frente ao extravasamento de antineoplásicos em oncopediatria. Método: Revisão integrativa e sistemática da literatura, sendo revisados 52 artigos publicados de 1997 a 2011 e selecionados de bibliotecas virtuais como Scielo e Lilacs. Resultados: O diagnóstico precoce, a suspeita ou ocorrência de extravasamento em oncopediatria deve ser acompanhado por meio de instrumentos e protocolos específicos. Frente ao extravasamento de antineoplásico deve-se proceder: 1-Interromper imediatamente a infusão da droga; 2- Realizar aspiração do máximo de medicação extravasada possível; 3- Remover o dispositivo intravenoso periférico com cuidado para não provocar lesões adicionais; 4- Instalar compressas frias ou quentes conforme droga extravasada; 5- Medir a circunferência do membro afetado para comparações seguintes; 6- Cobrir levemente com um curativo estéril oclusivo; 7- Registrar no prontuário ou formulário específico a quantidade extravasada, os sinais e sintomas apresentados, as medidas e orientações realizadas; 8- Observar regularmente a presença de dor, eritema e sinais de necrose; 9- Fotografar o membro para documentação e reavaliação das condutas; 10- Manter vigilância rigorosa e controle seqüencial por telefone, durante as 24 e 48 horas subseqüentes ao incidente. Conclusão: O extravasamento de antineoplásicos é uma das complicações agudas mais severas relacionadas à administração endovenosa dessa modalidade de tratamento. A padronização dos cuidados de enfermagem, para a administração destes e intervenção nos casos de extravasamento, é uma importante medida para a segurança do paciente. É de suma importância a observância de protocolos de extravasamento de antineoplásicos previamente estabelecidos. Cabe ao profissional enfermeiro a aquisição do conhecimento técnico-científico, sendo de sua competência ética e legal evitar e minimizar qualquer iatrogênia ocorrida com o paciente durante a infusão do antineoplásico. REFERENCIAS ANDRADE, M; SILVA, S. R. Administração de quimioterápicos: uma proposta de protocolo de enfermagem. Revista Brasileira de Enfermagem. Brasilia, vol. 60, n.3. 2007. BHUNHEROTTI, M. R. Intervenções no extravasamento de quimioterápicos vesicantes: revisão integrativa da literatura. 2007. 143f. Dissertação de mestrado, USP. Ribeirão Preto. CHANES, D. C; DIAS, G. C; GUTIERREZ, M. G. R. Extravasamento de drogas antineoplásicas em pediatria: algoritmos para Prevenção, Tratamento e Seguimento. vol. 54, n.3.2008. p. 263-273. CICONA, E. C. Crianças e adolescentes com câncer: experiências com a quimioterapia. 2009, 143f. Dissertação (Mestrado em Enfermagem junto ao Programa de Pós-Graduação Enfermagem em Saúde Pública) – Universidade de São Paulo, Ribeirão Preto, 2009. FONTES, C. A. S; ALVIM, N. A. T. Human relations in nursing care towards cancer patients submitted to antineoplasic chemotherapy. Acta Paulista de Enfermagem. São Paulo, vol. 21, n.1, Jan/Março 2008.
  • 21. TRABALHO 22 O cuidado domiciliar de paciente com úlcera de membro inferior associada a edema linfático : relato de experiência Arlei Rodrigues O cuidado de enfermagem a pacientes com feridas é de extrema importância e deve considerar essencialmente o acompanhamento de todas as etapas do tratamento no que se refere à evolução do processo cicatricial, as condutas terapêuticas as condições sistêmicas da pessoa e o planejamento da assistência. Para complementar o enfermeiro deve ainda acolher e planejar junto ao paciente o ambiente em que será exercido esse cuidado. Deste modo esta investigação tem por objetivo relatar a experiência de enfermagem quanto ao cuidado domiciliar de paciente com úlcera de membro inferior associado a edema linfático. Trata-se de uma investigação do tipo relato de experiência, realizado na cidade de Birigui- SP no período de março a setembro de 2010 com uma pessoa do sexo masculino portador de úlcera venosa na perna esquerda associada a edema linfático. Ao exame inicial verificou-se que o paciente apresentava uma ulcera com evolução de trinta e cinco anos, associada a edema linfático, deformidades no pé e odor de forte intensidade. Para começar o tratamento foi preciso preparar o paciente para adesão, pois tratava- se de uma pessoa com idéias pré concebidas a respeito da ferida, e que já havia passado por sucessivos tratamentos, que frustraram suas expectativas já que não culminaram com a cicatrização. Após avaliação local e sistêmica e com a obtenção da adesão ao tratamento domiciliar procedeu-se a limpeza rigorosa da ferida e optou- se por aplicar um curativo primário de hidrofibra , curativo secundário com gaze de algodão, aplicação de terapia de contenção com bota de Unna a 23 mmhg com associação de terapia de compressão com Faixa Elástica a 40 mmhg . As trocas de curativo eram realizadas a cada três dia devido a grande quantidade de exsudato. Foi ainda iniciado tratamento médico com o antibiótico Ciprofloxacina 500 mg durante um período de quatorze dias. Durante as três primeiras semanas observou-se dificuldade de adaptação do paciente ao tratamento e maceração da pele perilesional devido a quantidade de exsudato. Na quarta semana a ferida foi acometida por uma infestação de larvas do tipo miiase, sendo retiradas 200 larvas de forma mecânica da lesão. Neste sentido identificou-se neste período uma involução da lesão e foi necessária intervenção junto aos familiares devido as condições precárias de higiene do ambiente, no qual o paciente vivia . Após a quinta semana de tratamento verificou-se a diminuição de 50% do edema, tecido de granulação vermelho brilhante, ilhas de epitélio espalhadas sobre o leito da ferida e contração das bordas que levou a uma redução de 40% nas dimensões. Assim ficou estabelecido troca de curativos três vezes por semana , em uma fase que manteve a diminuição progressiva das dimensões da ferida e do edema. Ao final de seis meses houve a epitelização total da ferida e a alta do paciente. Neste caso é foi possível concluir que o cuidado de enfermagem adequado e a participação do paciente e familiares conduziu a melhora na qualidade de vida. End: Sebastião Custódio 1836 res.Simões fone: (18) 3644-5350 cel (18) 97929106 email: arlei.enf@hotmail.com.br
  • 22. TRABALHO 23 USO DE ENXAGUATÓRIO DE POLI-HEXA METILENOBIGUANIDA (PHMB) NO TRATAMENTO DE CANDIDÍASE OROFARÍNGEA (C.O) – RELATO DE CASO. GERALDO BLSS, COSTA RA, VILLA PR, KLUMPP CC, MONETTA L O tratamento de diversas patologias pode exigir o uso prolongado de corticoterapia, antibioticoterapia e inibidores da bomba de prótons. O uso de tais fármacos e principalmente a imunossupressão causada pelos corticosteróides caracteriza importante fator de risco para o desenvolvimento de Candidíase Oral (C.O.) e esofágica7. A C.O. é a infecção fúngica mais comum em pacientes imunossuprimidos1, Candida albicans é a espécie mais frequente, no entanto, outras espécies como C. tropicalis, C.glabrata, C. Krusei e C. parapsilosis, também têm sido identificadas2. A Association of the Infectious Diseases Society of America (AIDSA) recomenda a associação de antifúngicos e uso de anti-sépticos orais no tratamento da C.O.3 Atualmente, tem-se recomendado como tratamento o uso de clotrimazol, nistatina, miconazol, e fluconazol4. Inúmeros estudos têm apresentado as vantagens do uso da poli-hexa-metilenobiguanida (PHMB), um agente antimicrobiano catiônico biguanídico, que interage com ácidos carregados negativamente nas moléculas de fosfolipídios presentes na membrana de bactérias, protozoários e fungos, incluindo as leveduras. Proporciona maior fluidez, aumento da permeabilidade e perda da integridade celular, causando extravasamento de eletrólitos citoplasmáticos, em particular, sódio e potássio, o que leva a lise dos microrganismos5. Conhecido por possuir efeitos antimicrobianos superior a outros biocidas catiônicos, como a clorexidina, o PHMB apresenta amplo espectro contra a maioria das espécies de Cândida6. O perfil de toxicidade do PHMB confia elevada segurança no seu uso para o tratamento de afecções em pele e mucosas, o que justifica sua indicação no tratamento de ceratite ocular por Acanthamoeba Keratitis e na composição de formulações para manutenção de lentes de contato.8 O estudo objetivou relatar os resultados do uso de enxaguatório bucal com PHMB 0,2% como coadjuvante no tratamento em um paciente acometido por C.O. Paciente I.O., 31 anos, com púrpura trombocitopênica idiopática secundária ao HIV, submetido a corticoterapia contínua por 60 dias, queixando-se de saliva escassa, alteração de paladar, dificuldade na deglutição de alimentos sólidos e dor em cavidade oral. Ao exame físico foi observado: lábios ressecados, saliva espessa e esbranquiçada, eritema, papilas proeminentes em base da língua com presença de lesão e aprofundamento do sulco mediano, caracterizando diagnóstico de C.O. No dia 0 de tratamento, foi orientado e esclarecido pela enfermeira a realizar três bochechos diários com enxaguatório bucal contendo PHMB 2% e a proceder adequadamente a higiene oral diária. Foram realizados registros fotográficos da cavidade oral nos dias da avaliação do tratamento. Durante todo o período manteve corticoterapia e nos primeiros 14 dias fez uso de fluconazol 150mg/dia. Conforme a AIDSA, o diagnóstico e seguimento da C.O. baseia-se em critérios clínicos4, devido a inexistência de um instrumento validado para avaliação de mucosite não relacionada a quimioterapia. Para análise dos resultados, os autores definiram os sinais e sintomas do paciente como parâmetros de avaliação, analisado-os nos dias 0, 4, 13 e 35 de tratamento. No 4ºdia observou-se melhora importante na coloração do leito da língua, eritema e lesões, sendo relatado pelo paciente, melhora da algia e deglutição desde o 2º dia de tratamento. No 13º dia nenhum sintoma ou sinal clínico de C.O. foi observado, sendo descontinuado o uso do enxaguatório. Porém, após 7 dias, o paciente queixou-se de retorno das alterações da mucosa oral, quando foi reintroduzido o uso do enxaguatório na mesma freqüência, mantendo seu uso de forma profilática, conduta esta que manteve o paciente sem retorno do quadro. REFERENCIAS: 1Klein RS, Harris CA, Small CB, et al. Oral candidiasis in high-risk patients as the initial manifestation of the acquired immunodeficiency syndrome. N Engl J Med 1984; 311:354–8. 2Rex JH, Rinaldi MG, Pfaller MA. Resistance of Candida species to fluconazole. Antimicrob Agents Chemother 1995; 39:1–8. 3Guidelines for Prevention and Treatment of Opportunistic Infections in HIV-Infected Adults and Adolescents Recommendations from CDC, the National Institutes of Health, and the HIV Medicine Association of the Infectious Diseases Society of America Morbidity and Mortality Weekly Report www.cdc.gov/mmwr Recommendations and Reports April 10, 2009 / Vol. 58 / No. RR-4 4Van Roey J, Haxaire M, Kamya M, Lwanga I, Katabira E. Comparative efficacy of topical therapy with a slow- release mucoadhesive buccal tablet containing miconazole nitrate versus systemic therapy with ketoconazole in HIV-positive patients with oropharyngeal candidiasis. J Acquir Immune Defic Syndr 2004; 35: 144–50. 5Silva, N.C.L., et al. Demonstração do efeito microbicida das moléculas de PHMB sobre as leveduras. VI Congresso Pan-Americano e X Congresso Brasileiro de Controle de Infecção e Epidemiologia Hospitalar. Porto Alegre, 2006. 6Larson, E.L., Macginley, K.J., Leyden, J.J., et al. Skin colonization with antibiotic-resitent (JK Group) and antibiotic-sensitive lipophilic diphtheroids in hospitalized and normal adults. J.Infect. Dis. 153, 701-706. 7Chocarro Martínez A, Galindo Tobal F, Ruiz-Irastorza G, González López A, Alvarez Navia F, Ochoa Sangrador C, Martín Arribas MI. Risk factors for esophageal candidiasis. Eur J Clin Microbiol Infect Dis. 2000 Feb; 19 (2):96- 100. 8Alfawaz, A. Radial Keratoneuritis as a presenting sign in acanthamoeba keratitis. Middle East Afr J Ophthalmol. 2011 Jul; 18(3):252-5.
  • 23. TRABALHO 24 LASERTERAPIA ASSOCIADA AO USO DE MEMBRANA POLIMÉRICA COM PRATA NO TRATAMENTO DE ÚLCERA CAUSADA POR ANEMIA FALCIFORME: ESTUDO DE CASO SIMÕES CR, FARIA G, MONETTA L A anemia falciforme é o resultado de uma alteração genética caracterizada pela hemozigose de um gene que designa uma hemoglobina anormal denominada de hemoglobina S (HbS), a qual provoca a alteração dos eritrócitos fazendo-os tomar a forma de “foice” (1). No Brasil, aproximadamente 0,3% da população negra é afetada pela doença e estima-se a existência de pelo menos dois milhões de portadores da HbS (heterozigotos) (2). Dentre as complicações presentes nesta patologia encontra-se a úlcera de membros inferiores, tipicamente ao redor do maléolo e mais freqüentemente bilaterais. A causa destas lesões ulcerativas é complexa e multifatorial, o que leva a uma difícil cicatrização, com alta taxa de recorrência (2-3). Terapias coadjuvantes no tratamento de feridas incluem o uso do LASER de baixa potência (Light Amplification by the Stimulated Emission of Radiation), que consiste em uma energia luminosa (fóton) monocromática, coerente e colimada com a capacidade de provocar mudanças na permeabilidade da membrana mitocondrial gerando um aumento do nível de ATP na célula(4-5). Na fase inflamatória da cicatrização, o LASER promove a fotobiomodulação celular, produzindo fatores de crescimento e reduzindo o número de células inflamatórias. (6) Na fase proliferativa, sua ação estimula a neoangiogênese e a contração da ferida. Muitos autores têm investigado os efeitos bioestimulatórios da laserterapia em vários campos de pesquisa, como cultura de células, cicatrização muscular e de feridas, estimulação neural e hormonal e diminuição da dor. (7) O objetivo deste estudo foi relatar os resultados do tratamento de um paciente no tratamento tópico de lesão ulcerativa por anemia falciforme utilizando membrana polimérica com prata associada a laserterapia de baixa potencia, GaAIAs de 830nm (infravermelho) e InGaAIP de 655nm (vermelho). Paciente com 28 anos, sexo masculino, raça negra, com diagnóstico clínico de anemia falciforme, com acompanhamento de médico hematologista, referindo intensa queixa álgica durante a manipulação e em episódios noturnos (valor 7 de 10), exsudato sero-purulento em média quantidade, bordos macerados, leito recoberto parcialmente (cerca de 70%) por tecido desvitalizado; faz uso de ácido fólico, sulfato de zinco, complexo B, hidroxiuréia, pidolato de magnésio e omeprazol. Foram realizados 39 curativos, na freqüência de 3x/semana, com acompanhamento semanal da enfermeira especialista em dermatologia do serviço. O tratamento tópico consistiu em limpeza da lesão com soro fisiológico 0,9% morno; higienização da pele íntegra na margem da ferida com PHMB degermante; desbridamento enzimático com solução de papaína a 2% por 15 minutos, apenas até o desbridamento do tecido desvitalizado; laserterapia de baixa potência e cobertura da lesão com membrana polimérica com prata. A aplicação do laser era realizada no modo pontual, margiando a ferida e varredura no centro da mesma, com uma distância mínima possível entre a caneta e a ferida, sem proporcionar contato. O paciente foi orientado pela enfermeira e esclarecido sobre os objetivos do tratamento, assinando espontaneamente o termo de consentimento informado. Na segunda semana de tratamento, relatou melhora significativa da algia não relacionada a troca do curativo, com remissão completa em 5 semanas, porém, manteve queixa álgica (de valor 7 em 10) durante o manuseio da ferida até a 12ª semana. Na a 4ª semana foi concluído o desbridamento enzimático e suspensa a papaína. Na 8ª semana de curativos, pode-se observar diminuição significativa da exsudação, passando de purulenta a serosa, e na 16ª semana, o tratamento proposto apresentou sucesso com a epitelização total da úlcera. Os resultados positivos obtidos neste caso nos estimulam a continuar estudando os efeitos da laserterapia e da cobertura de membrana polimérica em pacientes com úlceras de difícil do tratamento tópico. Referências: 1Loureiro Monique Morgado, Rozenfeld Suely. Epidemiologia de internações por doença falciforme no Brasil. Rev. Saúde Pública [serial on the Internet]. 2005 Dec [cited 2011 Sep 20] ; 39(6): 943-949. Available from: http://www.scielo.br/scielo.php?script=sci_arttext&pid=S0034-89102005000600012&lng=en. http://dx.doi.org/10.1590/S0034- 89102005000600012. 2Stypulkowski Jaíne B., Manfredini Vanusa. Alterações hemostásicas em pacientes com doença falciforme. Rev. Bras. Hematol. Hemoter. [serial on the internet]. 2010 Feb (cited 2011 Sep 05]; 32(1): 56-62. Available from: http://www.scielo.com.br//scielo.php?script=sci_arttext&pid=S1516-8484420100001000014&Ing=en.Epub Feb 26,2010. http://dx.doi.org/10.1590/S1516-84842010005000001. 3Ruiz Milton A. Anemia falciforme: objetivos e resultados no tratamento de uma doença de saúde pública no Brasil. Rev. Bras. Hematol. Hemoter. [serial on the Internet]. 2007 Sep [cited 2011 Sep 05]; 29 (3): 203-204. Available from: http://www.scielo.com.br//scielo.php?script=sci_arttext&pid=S1516-84842007000300001&Ing=en. http://dx.doi.org/10.1590/S1516- 8484200700300001. 4Aguimar de Matos Bouruinon-Filho, Alfredo Carlos Rodrigues Feitosa, Gilson Correia Beltrão, Rogério Miranda Pagnoncelli. Utilização do Laser de Baixa Intensidade no Processo de Cicatrização Tecidual. Revisão de Literatura. Rev. Portuguesa de Estomalogia, Medicina Dentária e Cirurgia Maxilofacial. 2005; 46, (01): 37-43. 5Kátia Simone de Souza, Antonio Carlos Tavares de Lucena, Alice Cristina Sampaio do Nascimento, Anderson da Silva Araújo. O uso do laser de InGaP de 670nm na cicatrização de úlceras de perna em pacientes com anemia falciforme. An. Fac. Med. Univ. Fed. Pernamb, 2007; 52 (1): 45-50. 6OLIVEIRA MMM, SOUZA APO Efeitos do laser de baixa potência (685 nm) na cicatrização de feridas cutâneas. http://forumenfermagem.org/feridas/2011/04/efeitos-do-laser-de-baixa-potencia-685nm-na-cicatrizacao-de-feridas-cutaneas-artigo- original-de-investigacao/ 2011. 7LUCAS C, GEMERT MJC, HAAN RJ. Efficacy of low-level laser therapy in the management of stage III decubitus ulcers: a prospective, observer-blinded multicentre randomized clinical trial. Rev. Photomedicine and Laser Sugery. V. 18, p. 72-77, 2003. Contato: Lina Monetta 9666.7114