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Um Olhar Sobre a História de São João
do Caru e Seus Contrastes
Adilson Motta
Patrocinador:
Rodrigo Anderson da Silva Coelho
(Instituto Humanista Lima Coelho)
Um Olhar Sobre a História de São João do
Caru e Seus Contrastes
São João do Caru – MA
2014
Dedicatória
Dedico este trabalho aos cidadãos caruenses que lutam por construir um mundo
melhor a partir do universo desta cidade – querida por todos, o habitat de
nossa gente, onde devemos construir o futuro de nossa juventude e
especialmente àqueles que ajudaram a construir os pilares da história sócio
político-econômica de São João do Caru:
 pelas políticas públicas de inclusão social nos trilhos dos caminhos da
cidadania.
,
Presidente do Instituto Humanista Lima Coelho, 2014.
O descontentamento é o primeiro passo na
evolução de um homem ou de uma nação.
Oscar Wilde
Feita a revolução nas escolas,
o povo fará nas ruas.
(Florestan Fernandes)
Um Olhar Sobre a História de São João do
Caru e Seus Contrastes
Precedentes de uma História Civilizatória
Essa região onde hoje é São João do Carudesde os primórdios
foi habitada por nômades – os índios da etnia AwáGuajá, cujo costume,
conforme estudos era explorar as margens dos rios e igarapés onde
houvesse palmeiras de babaçu e caça. Os mesmos habitam a REBIO –
Reserva Biologia, os quais, devido certos costumes – são tidos como
“Guardiões Naturais” da floresta.
Indício de Colonização na Região Caru
Apesar da região Caru ter sido habitada apenas nos anos 66 do século XX, como é do
conhecimento de todos, há relatos e indícios que levam às evidências de ter existido
povoações na região possivelmente entre o século XVIII a XIX na região. Quando
analisamos os anais da história na região do Vale do Pindaré que ocorreu entre os séculos
XVIII a XIX, um questionamento dedutivo paira no ar:
- Essa colonização na região Pindaré não teria se espalhado pela região Caru, que está em
suas adjacência? Analisei os relatos de pessoas que chegaram em Bom Jardim nos anos de
1959 os quais, como numa aventura de colonizar tiveram os primeiros contatos com uma
região ocultada ou seja, desconhecida da população civilizada da época. Os relatos foram
colhidos de Dionísio Silva Lima, Luiz Xavier Ferreira (popular Luiz da SUCAM) e Manoel P.
Santos, do povoado Siringal, adjacência do relato. Veja o que diz Dionízio:
“No ano de 1953, meu pai veio morar num povoado por nome Limoeiro do Bento
Moraes, próximo a Águas Boas, município de Monção. Na época não existia Bom Jardim,
tudo era mata.
No ano de 1959, meu pai e outros companheiros vieram caçar aqui onde hoje é Bom
Jardim, em cuja localidade estava acontecendo um extenso desmatamento em todo o trajeto
que segue a BR 22, atual 316, eram homens contratados por agentes do governo federal para
desmatar e construir em anos que seguiram, a BR 316. Na ocasião, pararam com a caçada e
empreitaram3 quilômetros para desmatar um espaço entre a Curva e Chapéu de Couro –
provavelmente no Pau D´árco.
Em 1968, eu, meu pai e mais quatro pessoas da família saímos tipo uma expedição no
rio Caru que durou três meses. Nós fomos de canoa descendo pelo igarapé Água Preta até o
Pindaré e fomos de rio acima até o Caru. Tínhamos levado alguns mantimentos, mas
sobrevivíamos mesmo da farta caça que a floresta oferecia.
Na região Caru tudo era mata fechada e poucas pessoas moravam onde hoje é São
João do Caru, que era a última morada ou seja, que apresentava habitantes. Existia ali entre
15 a 20 barracas de lavradores e caçadores.
O rio Caru era um paraíso cheio de peixes de couro principalmente surubim, lírio,
mandubé e outros. Caça existia até demais de muitas espécies. Porco queixada (porco do
mato) eram em torno de quinhentos.
Depois de alguns dias de aventura subindo pelo rio tivemos que recuar quando
chegamos numa ponte feita por índios brabos da tribo Guajá. A madeira da ponte não era
cortada de ferro e sim com pedras que eles fatiavam rodeando até rolar (cortar). Movidos
pelo medo, tivemos que voltar e paramos perto da Barra do Turi, onde passamos muitos dias.
Foi ali que tive uma grande curiosidade por uma cadeia de fatos e antiguidades que muito me
chamou a atenção:
- Ao lado direito do rio, ou seja, entre o Caru e o Pindaré tive a sorte de fazer várias
descobertas. Numa grande área de mais ou menos 15 km encontrei uma grande quantidade de
pedaços de louças, possivelmente do século XVIII a XIX. Tudo bem decorado num colorido
com grande relevo. Quando se tocava nas peças, elas se desmanchavam – pela ação de tanto
tempo que ali se encontrava exposta (a sol e chuvas). Distante deste local, a cerca de 2
quilômetros, vi o aterro de uma casa que tinha mais ou menos 50 a60 metros. Neste local
tinha pedaços de telhas que media mais de 20 centímetros, e tudo debaixo da mata. Mais
adiante, a uns 9 quilômetros, chegamos num seringal. Com suas gigantescas árvores, fiquei
abismado em ver esta riqueza da Amazônia aqui em Bom Jardim, na região Caru. Vi que
aquelas seringueiras tinham sido exploradas a muitos anos; encontrei logo adiante um
instrumento de ferir as cascas das árvores para tirar o leite (látex) que fabrica a borracha,
achei também mais de duzentos copos de flandres –estes, quando os tocávamos, se
desmanchavam - e um galão de coletar o leite das seringueiras. Já quase desaparecido no
meio daquela mata encontrei o forno de defumar a borracha.
Ao retornar para o rancho na beira do rio, tive mais uma surpresa do lado de São João
do Caru, achei um forno de assar telha e em cima das grelhas tinha uma árvore que media
cerca de 80 centímetros de diâmetros.
Muito curioso e fascinado diante de tudo aquilo, eu queria ao menos saber um pouco
da origem de tudo que se apresentava a vista. Mas graças a Deus, tive a sorte de ver e
conhecer um senhor de 76 anos que se identificou pelo nome de Leriano. Vendo minha
preocupação e curiosidade diante de todos aqueles achados, ele me esclareceu dizendo:
- Vou te contar um pouco dessa história. Desde pequeno, sou desta região e o meu avô sabia
muito sobre Pindaré; ele falava que na época que situaram o Engenho Central, por volta dos
séculos XVIII a XIX, muita gente subiu às margens do rio Pindaré e Caru. Lá onde você viu
o aterro da casa foi uma feitoria e onde você viu o forno de assar telha, existiu mais de 40
casas. Só que naquela época, o número de índios era muito grande e todos, além de
selvagens, eram brabos e houve um conflito entre os índios (defendendo suas terras) e o povo
que não resistiram, tiveram que abandonar tudo. A cacaria que você viu era do dono da
feitoria. A história do seringal e seringueira foi dramática. Um homem rico de Pindaré de
influência política mandou homens para explorar o seringal só que o encarregado da
exploração era um homem muito mal e astuto. O mesmo contratava trabalhadores que tinha
mulher para trabalhar e armava cilada. Convidava para caçar e lá no mato, matava-os para
ficar com a mulher. Depois de algum tempo, ele chegava procurando pelo outro dizendo que
num momento haviam se apartado e dizia não saber o que havia acontecido, se estava perdido
ou algum bicho o havia devorado. Simulando preocupação e chorando, convidava os outros
para ir atrás do “desaparecido”, só que ia para outros lados diferentes, de forma que o mistério
permanecia encoberto. Certo dia, ele saiu com mais um trabalhador, ou melhor “vítima” para
fazer mais uma tragédia. Mas como tudo tem o tempo certo e fim, houve um vacilo e o
homem escapou e fugiu imediatamente e chegando onde estava a mulher, rapidamente fugiu
pela mata. Depois de muitos dias de viagens e sofrimento pela mata, quase morreram de fome
e doença. Chegaram em Pindaré e denunciaram o que ali acontecia. Segundo o velho, este
foi o problema do seringal abandonado”.
A foto acima é o Rio Caru no povoado Siringal/ o outro lado desse rio é área indígena onde
morava o senhor Carlos Gomes, o qual morreu entre os anos 65 a 70, onde segundos os
relatos, sua casa era edificada num local próximo a uma feitoria. Atualmente tudo está
coberto de mata.
Foto e texto por Adilson Motta, 2011.
No princípio, quando ainda povoado de Bom Jardim, com um alto
populacional, distante e sem sentir os efeitos de uma gestão de políticas
públicas na região com seus aglomerados de povoados, entre eles
Santarém (um dos maiores), vivia-se um isolamento sócio-político e
econômico. De tudo se dependia de Bom Jardim, saúde, educação,
infraestrutura (que nem sequer existia), nem se cogitava, e a longa
distância a seus cidadãos aposentados e empresários que tinham que
viajar 100 quilômetros para resolverem suas demandas.
Povoado Santarém.
No inverno, a vida do campesino da região Caru era sofrida, e ainda
se encontra por conta de uma estrada vicinal – hoje estadual (MA 318),
que no período do inverno, cujo lameral (lama) toma conta criando um
isolamento social, onde o acesso a Bom Jardim e outras cidades se tornam
via Rio Caru e Pindaré. Em período de inverno, em Povoados que não dar
acesso a beira rio, a comunidade, em seu isolamento, como em décadas
muito antigas, transporta seus doentes em rede, na função de
ambulância. Talvez a tão sonhada estrada dos sonhos seja em função
Povoado Siringal em São João do Caru
No povoado Siringal há existência de
vegetação típica da Amazônia como:
Castanheira-do-pará e açaí.
deste pesadelo, bem como a desilusão de décadas – em que cuja estrada
sempre foi lembrada em períodos de campanhas eleitorais no propósito de
angariar votos.
Fonte: http://www.cidadesdomeubrasil.com.br
ROSEANA SARNEY – O EMPRÉSTIMO DA SALVAÇÃO (2013)
Faltando apenas 1 ano e 7 meses para as eleições a governo do estado, um baixo índice de
aceitação e uma oposição fortalecida na pessoa de Flávio Dino, onde as pesquisas
apontavam 62% de intenção de votos. As pesquisas também mostravam que 83,69% dos
entrevistados disseram que o melhor para o futuro do Maranhão seria eleger um
governador que representasse a mudança. E apenas 12,3% achavam que o melhor para o
estado seria a continuidade do grupo Sarney no comando do estado.
Como estratégia para resolver velhos problemas relegados a anos e décadas – no sentido de
promover “obras sociais”, e tentar melhorar a imagem do governo, ou de seu candidato,
Roseana Sarney faz empréstimo politicamente estratégico na ordem de R$ 3,8 bilhões,
junto ao BNDES. Do qual, R$ 1 bilhão será aplicado em estradas e hospitais.
Ao todo, 550 km de asfalto para 9 rodovias estaduais.
(Fonte: Gazeta da Ilha, 13/03/2013)
Protesto em São Luis (em 2013) contra a corrupção endêmica instalada no estado, que a nível
nacional tem o título de 1º.
TRECHOS QUE SERÃO PAVIMENTADOS
MA-123 – Coelho Neto – Afonso Cunha
MA-138 – São Pedro dos Crentes – Fortaleza dos Nogueiras
MA-272 – Barra do Corda – Fernando Falcão
MA-278 – Barão de Grajaú – S. Francisco do Maranhão
MA-282 – Lagoa do Mato – Gavião
MA-307 – Presidente Médici – Centro do Guilherme
MA-318 – Bom Jardim – São João do Caru
MA-320 – Santo Amaro – Primeira Cruz
MA-320 – Entroncamento da BR 402 – Santo Amaro
MA-334 – Riachão – Feira Nova
Diante das obras, e em exclamações duvidosas acerca de sua conclusão –
devido experiências passadas vive-se a euforia de que a estrada dos
sonhos se torne realmente uma Estrada Real, cujo valor esteve acima de
118 milhões, conforme Placa abaixo.
12/2013
Diante da situação predita, muitos gestores – seja por conta da
grande extensão territorial, difícil acesso e econômico, distância e ou
mesmo por falta de um Planejamento integrado e proposto, cujo
populacional servia-se apenas de possibilidade para a somatória dos
recursos que ali entrava sem terem de volta sua devida retribuição, e nem
tampouco, usufruir os benefícios da zona urbana.
PROCESSO DE OCUPAÇÃO
Em 16/07/1966, deu-se início ao povoado de São João do Caru, através de seus fundadores:
José Leondida Siqueira e seu irmão Aldenor Leondida Siqueira, procedentes do povoado
Barra do Caru. Chegaram para trabalhar em roças e exploração da caça e da pesca. A chegada
de outras famílias aconteceu logo no ano seguinte e foram elas, a família do Senhor Faroal
Leondida Siqueira, Raimundo Nonato Siqueira, José Grande, Francisco Leonor, João Calado
e também o senhor Caetano.
O primeiro fato marcante na história deste povoado e agora cidade, foi o assassinato do Sr.
Faroal, no ano de 1970. Sendo ele irmão dos fundadores e também pioneiros na região, foi
grande a repercussão do caso, principalmente pela insignificância do motivo que envolveu as
partes.
Foi apenas o fato de que o Sr. Manoel Domingos, possuía uma nambutona e a mesma ter sido
devorado pelo gato do Sr. Faroal, daí surgia o conflito que resultou na morte com um tiro de
espingarda, desferido pelo Sr. Manoel Domingos.
Também em 1970 chegou em São João do Caru, o Sr. José Abreu de Oliveira (Marinheiro) e
família, sendo que o mesmo passara 8 dias de viagens de Novo Caru para São João do Caru.
O rio Caru não dava condições de se desenvolver uma viagem com mais agilidade, pois o
mesmo era de baixa profundidade, cheio de madeira e na época havia bastante quedas que
impediam o bom desempenho da viagem.
O povoado recebeu o nome de São João do Caru, por está localizado às margens do rio Caru
que banha a mesma, com apenas 11 casas, São João do Caru iniciou-se como pequeno
povoado, com grande probabilidade de crescimento. Conseguiu evoluir tornando-se mais
tarde independente.
Com o passa dos anos, com a chegada de pessoas, foram surgindo os problemas,
principalmente o da violência. Foram vários assassinatos que envolviam as pessoas da
comunidade e deixaram marcas profundas nos entes queridos e no povoado como um todo.
Pertencendo na época ao município de Bom Jardim, São João do Caru, pouco sabia por parte
das autoridades municipais, daí surgiu em 1976, o primeiro candidato a vereador escolhido
pela própria comunidade, o Sr. José de Abreu Oliveira (Marinheiro), ele que foi o primeiro
farmacêutico do município e agia também como uma espécie de delegado-conselheiro, pois
quando tinha algum desentendimento entre os moradores, ele como um senhor que tinha o
respeito de todos os moradores, as pessoas levavam até ele o caso para ser resolvido; e assim
ele se elegeu com 95% dos Votos da comunidade, sendo assim o segundo mais votado em
todo município de Bom Jardim. com o representante na Câmara Municipal o povoado
começou a receber benefícios nunca antes recebidos como: colégios pontes, mercado, mini
posto de saúde, etc. O Sr. (Marinheiro) foi e sempre será um grande nome em São João do
Caru.
Em 1980, apenas o Povoado São João do Caru possuía 1.346 habitantes,
sem contar o populacional do aglomerado de povoados que o circundava. Em
1998, após sua emancipação, segundo o IBGE, contava com um contingente
populacional de 14.006 habitantes, cuja densidade demográfica é de 19,99
hab./km².
Segundo RIVALDO (2012), os primeiros exploradores começaram a chegar no
início da década de 60 e eram caçadores que passavam semanas nas proximidades
do rio Caru onde hoje é a praia dos festivais e percorriam veredas abertas onde
atualmente é a rua Getúlio Vargas, no entanto, não fixaram morada pois ano após
ano seguiam o curso rio a cima, deixando suas marcas como cabanas abandonadas,
limoeiros que nasceram das sementes que os mesmo jogavam fora, inclusive após
o início do povoamento, o caminho deixado por eles era chamado de vereda do
limão, hoje chamada de rua Getúlio Vargas, ficando no entanto parte da rua
conservando esse nome, a rua do Limão.
Há ainda o histórico da passagem aqui pela região, no início da
década, dos senhores Carlos Gomes e Caetano, que trabalhavam no local onde
hoje é o povoado Seringal e que aqui sempre pernoitavam em cabanas sempre que
estava de passagem.
Em 1965 o Senhor Aldenor Leônidas Siqueira acompanhado de outros
caçadores oriundos do povoado Barra do Caru, aqui aportaram com o intuito de
caçar, pescar e quebrar coco babaçu, permaneceram por alguns dias e após
explorar a região, o Sr. Aldenor chegou à conclusão de que esse era um lugar bom
para se viver e decidido, chegando de volta à Barra do Caru, convocou aos parentes
e vizinhos para se mudarem para o local por ele descoberto e que considerava ideal
para uma nova povoação. Um ano após, muitos tinha mudado de ideia, assim, em
17 de julho de 1966 às 14:30h chegaram os primeiros moradores desse novo
povoado, o Senhor Aldenor Leônida Siqueira, sua esposa Joana Fernandes de
Oliveira e seu irmão José Leônida Siqueira. No ano seguinte chegaram outras
famílias dentre elas, a família do Senhor Faroal Leônida Siqueira, do Senhor
Raimundo Nonato Siqueira, e do Senhor José Grande. (RIVALDO, 2012).
Aldenor Leônidas Siqueira.
Considerado o 1º morador de São João do Caru.
Como o objetivo era sobreviver da prática da agricultura dentre outra atividades,
lavraram suas primeiras roças de arroz que ficavam exatamente onde hoje é a rua
do comércio, que se estendiam desde a esquina da rua do porto onde fixaram sua
moradia.
Os estudos de RIVALDO (2012) aponta também que nessa época, os índios tinham
migrado para dois pontos: as margens do rio Caru, hoje porto Franco e as margens
do rio Turi por causa da chegada dos colonizadores, e com o aumento significativo
da população, consequências terríveis se tornaram inevitáveis, um surto de gripe
acometeu aos índios que tinham se adaptado ao contato com os moradores do
povoado, e com o isolamento e distância para os povoados mais próximos,
morreram centenas de índios chegando a dizimar famílias inteiras. Com a
interferência de um casal de antropólogos, Fiorelo e Valéria Aparício, conseguiram
capturar e salvar da morte alguns índios, dentre eles os jovens IapóGuajá e
JeíGuajá.
A princípio, o nome do povoado era Igarapé São João, visto está próximo ao igarapé
em cujas margens era abundante uma árvore chamada são-joão (, que nomeou
inicialmente ao igarapé e logo em seguida ao povoado. Só mais tarde passaram a
denominar São João do Caru, por causa do rio Caru e sua importância para a
população. Quanto ao igarapé São João, nessa época importante pela grande
quantidade de peixes, era profundo e suas águas eram usadas para o consumo
epara lavar roupa, hoje, nem parece que teve tamanha importância para a
população caruense, pelo desprezo com que é tratado.
As pesquisas de RIVALDO (2012) revelam que, com a chegada do
Senhor Nonato Silveira em 1967, o mesmo empreendeu a construção da primeira
congregação da Assembleia de Deus. Já a primeira capela da igreja Católica só
foi construída em 1970 pelo Senhor João Miguel. A primeira missa celebrada em
solo caruense ocorreu apenas em 1972. O catequista da época era o Senhor
Abdias.
As viagens eram feitas de canoa e levavam em média quatro dias para o destino final
que quase sempre era Alto Alegre do Pindaré. O rio ainda pouco explorado parecia uma estreita
vereda envolta em muitas árvores. Com o tempo, após a retirada do excesso de árvores foi possível o
tráfego de barcos movidos a motor. Como na época os barcos eram pequenos e descobertos,
receberam o apelido de “periquito pelado”.
Uma atividade econômica que gerava renda para muitas famílias além
da agricultura era a extração de madeira. Toras gigantes de cedro eram
empurradas rio abaixo e seguidas por canoas até chegarem ao rio Pindaré, quando
eram atreladas em forma de balsa e conduzidas até um local próximo ao povoado
Bambu, município de Pindaré, chamado Aterro, onde eram comercializadas. Todo
o percurso entre São João do Caru e Aterro levava meses para ser concluído. O
cedro antes abundante nessa região, infelizmente hoje está extinta.
Fatos marcantes ocorreram no desenrolar da história deste recém-criado povoado,
como a tão famosa história do nambu contada pelos antigos moradores. O fato ocorreu em 1970 e
um dos envolvidos, irmão do Senhor Aldenor, o Senhor Faroal, tornou-se vítima de um ato impensado
que manchou de sangue a nossa história. O senhor Manoel Domingos criava um nambu, vindo o
mesmo e ser devorada por um gato de propriedade do senhor Faroal. Houve o desentendimento e
consequentemente a morte do Senhor Farol por tiros de espingarda desferidos pelo ressentido
Senhor Manoel Domingos.
Em 1978 na administração do senhor Miguel Meireles, prefeito de Bom Jardim, foi
construído a estrada vicinal que liga São João do Caru à sede do município, atual MA 318, (mudou
apenas o nome, a estrada continua a mesma, sem asfalto e sem tráfego no período das chuvas). Um
episódio marcou a finalização da construção: quando o trator que abria a estrada entrava em São
João do Caru, trazia um senhor chamado Manoel Cândido que vinha soltando fogos, alegre com a
chegada da estrada, acontece que o trator entrou em uma vala, o homem caiu e o trator tombou
sobre ele, que morreu minutos depois.
Dentre os vultos de nossa história podemos citar dois grandes guerreiros: O Senhor
José Abreu de Oliveira, mais conhecido como Marinheiro e o Senhor José Rodrigues Neto, conhecido
como Dedezão.
O Senhor José Abreu de Oliveira instalou moradia fixa no pequeno povoado de São
João do Caru em 1970 aos 35 anos de idade e acabou exercendo importante papel na pacificação do
povoado que com a distância, o isolamento e o crescimento da população acabava cedendo espaço
à violência, assim o Senhor Marinheiro, primeiro delegado do povoado, era procurado para resolver
os problemas que surgiam e graças às suas qualidades de homem íntegro e respeitável, acabava
aconselhando e pacificando as partes envolvidas. O mesmo foi eleito vereador em 1976 pelo
município de Bom Jardim, chegando a ser o segundo vereador mais votado em todo o município,
trazendo para São João do Caru benefícios tão necessários para o crescimento do povoado como
escolas, pontes, mercado, posto de saúde dentre outros. Devido perseguições políticas, em 1978
partiu para a cidade de Vila Rondon-PA, retornando em 1993 e lutando bravamente pela
emancipação do povoado, elegeu-se vereador já pelo recém-criado município de São João do Caru
fazendo parte da mesa diretora da primeira composição da Câmara Municipal de Vereadores como
Vice-Presidente. Faleceu em 30 de setembro de 2003 deixando um rastro de muita luta, conquistas e
dedicação ao município de São João do Caru, cidade que escolheu como terra-mãe. (RIVALDO,
2012).
A LUTA PELA EMANCIPAÇÃO POLÍTICO-ADMINISTRATIVA
Até o ano de 1994 era povoado de Bom Jardim, e a luta pela
emancipação política era uma constante na vida de cada caruense,
principalmente das lideranças políticas constituídas. Após décadas de
luta e frustrações, finalmente em 1994 acontece o tão sonhado
plebiscito. Assim, Fica criado, pela Lei Estadual Nº 6.125, de 10 de
novembro de 1994, o município de São João do Caru, com sede no
Povoado São João do Caru, desmembrado do município de Bom
Jardim, subordinado à Comarca de Bom Jardim, tendo com gentílico
caruense ou são joanense. A emancipação foi votada e aprovada na
Assembleia Legislativa do Estado do Maranhão, em 11 de Novembro do
mesmo ano, e sancionada pelo Governador da época, José Ribamar
Fiquene, surgindo assim um município independente de Bom Jardim-
MA.
Política: 1ª Eleição/Mandato: 1996-2000
Em 03 de Outubro de 1996, deu-se a primeira eleição municipal, concorrendo pela a chefia do
poder executivo os Senhores: Manoel Meireles, Sebastião Matos, Marcos Viana e James
Ribeiro de Sousa, sendo eleito este último.
James Ribeiro de Sousa, 1º prefeito de São João do Caru.
Para o quadriênio de 1997 a 2000, os poderes do município de São João do Caru - MA, ficou
assim constituído:
Ribamar Fiquene
PODER EXECUTIVO
PREFEITO E VICE-PREFEITO
James Ribeiro de Sousa e Francisco Andrade de Lima
Poder Legislativo
A primeira Câmara Municipal foi composta por nove Vereadores, sendo eles:
José Rodrigues Neto - (Dedezão) Presidente
José Abreu de Oliveira (Marinheiro) - Vice - Presidente
Carlos Alberto Pinto Pereira (Carlos do Meleiro) - 1º Secretário
Severo Albuquerque Moreira (Severin) - 2º Secretário
José Maria de Sousa (Zé Elias)
Cláudio Tavares de Matos (Claudionor)
Antonio Joaquim Nascimento (Antonio Davi)
Antonio Paulo Alves do Nascimento (Antonio Ramalho)
Raimundo de Sousa (Currupião)
2ª EleiçãoMandato: 2.000-2004
PREFEITO: James Ribeiro de Sousae Francisco Andrade de Lima
VEREADORES DO 2º MANDATO:

3ª ELEIÇÃO/MANDATO: 2005-2008
PREFEITO ELEITO: Edinaldo Prado Nascimento - Edinaldo Davi
Vice-prefeito:Luis Vieira Passos
Edinaldo Davi.
VEREADORES DO 3º MANDATO:
 Elias Antonio de Andrade – 289 votos
 Erisvaldo Cavalcante de Lima – 362 votos
 Francisco de Assis Rodrigues dos Santos – 475 votos
 Francisco Wilame Vasconcelos Passos – 310 votos
 José Viana do Nascimento – 308 votos
 Maralice Almeida Pinto- 212 votos
 Plácido de Sousa – 235 votos
 Raul Dantas Ferreira – 187 votos
 Antonio Andrade Camelo- 411 votos
*.4ª ELEIÇÃO/MANDATO: 2009-2012
Prefeito Eleito: Alissom Luiz Camporez "Bidu"
Vice: Nenê (do Chiquinho da Carroça).
VEREADORES ELEITORES:
* ALEX CAVALCANTE LIMA – 629 votos
* ANTONIO ANDRADE CAMELO – 329 votos
* ANTONIO MARCOS DA SILVA ARAUJO – 472 votos
* ERISVALDO CAVALCANTE DE LIMA – 373 votos
* JOSE CRUZ JACOME – 351 votos
* MARIA DOS MILAGRES PESSOA DA SILVA – 216 votos
* MAURO BEZERRA SILVA – 338 votos
* RAIMUNDO NASCIMENTO COSTA -556 votos
* RAUL DANTAS FERREIRA – 371 votos
5ª ELEIÇÃO/MANDATO:2013- 2016
Prefeito Eleito: Jadson Lobo Rodrigues
Jadsondo Zezinho votos: 50,38% = 3.813
Jadson do Zezinho
Vereadores Eleitos:
Duda: 422 votos
Júnior: 413 votos
Manoel de Ouro: m370 votos
Dácio do Chico Crente: 342 votos
Geraldo: 322 votos
Batista Santana: 319 votos
Fanta: 315 votos
Zé Elias: 298 votos
Alex do Demar: 292 votos
Irmão Coquinho: 263 votos
Afrânio: 252 votos
Geopolítica: Distribuição do Eleitorado de São João do Caru
Povoado/Local Nº de votos
Santana dos Machados 156
Murchinhos 313
Linhares 237
Jaboti 83
Valdimiro 188
Bom Jesus 377
Boa Esperança 160
Pacas* Desativado 56*Transferidos
São Francisco do Turi 102
Santarém 1.626
Floresta 129
Floresta II 68
Alto dos Bezerra 75
Conceição do Caru 123
União do Caru 94
Dois Irmãos 623
Manguari 638
Pegado 231
Cabeça Fria 227
PONTOS FIXOS
Escola Artur Costa e Silva 1.565
Posto Médico 515
Prefeitura Municipal 928
Escola Aldenor Leônidas Siqueira 1.097
Escola Antonio Ramalho 162
Imagens de São João do Caru
Rua do Comércio – Município de São João doCaru. Segundo a senhora Joana, esposa do 1º morador,
a rua do comércio foi o local onde foi plantada a primeiraroça no município.
Centro Educacional Aldenor Leônidas Siqueira. Rio Caru
Fonte: IBGE, 2010
9,80%
13,7
13,7
11
9,2
9
7
5,5
4,7
3,6
3,3
2,7
2,1
1,8
1,3
0,9
0,4
0,2
0,1
0,02
0,00% 500,00% 1000,00% 1500,00%
1 a 4 anos
5 a 9
10 a 14
15 a 19
20 a 24
25 a 29
30 a 34
35 a 39
40 a 44
45 a 49
50 a 54
55 a 59
60 a 64
65 a 69
70 a 74
75 a 79
80 a 84
85 a 89
90 a 94
95 a 99
Pirâmide Faixa Etária da População de São
João do Caru
Pirâmide Faixa Etária da
População de São João do Caru
Fonte: IBGE, 2010
Imagem de São João do Caru
91
9
0
10
20
30
40
50
60
70
80
90
100
Domicílios particulares ocupados particulares de uso não ocupados
e ocasional
Distribuição dos Domicílios em São João do Caru:
2.887 domicílios (%)
Distribuição dos Domicílios em São
João do Caru: 2.887 domicílios
Aspectos Geográficos
Com uma área territorial de615,700 km², uma população de 15.558 e uma densidade
demográfica de 19,99 hab./km². A altitude de São João do Caru é de 65 metros. Suas
coordenadas geográficas são: Latitude: 3.54765, Longitude: -46.1619. O município apresenta
oscilação no seu crescimento populacional, ou seja, comparado a 2013 que tinha 15.599
habitantes, houve uma redução populacional. Mas, comparado a 2010, cuja população era
de 12.309 habitantes, e em 2.000 era de 13.495 habitantes. O que se verifica que houve um
crescimento no populacional do município.
IBGE, 2000
Gentílico: Caruense.
Considerando a via de acesso Bom Jardim-São Luis, São João do Caru apresenta uma
distância de 370 km de São Luís (pois de Bom Jardim a São Luis são 270 km, e de Bom
Jardim a São João do Caru: 100 km). São João do Caru está localizado no oeste
maranhense, microrregião do médio Pindaré, cujos limites são: Ao Norte, município de
Governador Newton Bello; a Leste, município de Bom Jardim; a Oeste, município de
Centro Novo do Maranhão e ao Sul, município de Bom Jardim. A estimativa da população
é de 12.315 habitantes, sendo que 51,5% são homens e 48,5 mulheres. Com uma área
territorial de 616 km² e densidade demográfica de 17,13 hab./km² segundo o IBGE no
senso de 2010. A altitude é de 50 metros.
Ladeado do Rio Caru e cercado de uma densa floresta que ainda resta, o município
apresenta 15% de sua área territorial dentro dos limites da REBIO Gurupi (Reserva
Biológica), razão da desintrusão ocorrida nos limites territoriais do município.
São João do Caru tem três vias de acesso: Bom Jardim, Governador
Newton Belo e a cidade de Maranata - Pará. A fronteira de São João do
23,40%
76,60%
Localização da População de
São João do Caru
Zona Urbana
Zona Rural
Caru com Bom Jardim se dá na ponte do povoado Joãozinho (pertencente
a São João do Caru).
Na região Caru existe grande extração de madeira, que é exportada para
Paragoaminas, no Pará. O escoamento se dá através de estradas vicinais
abertas àquela região, via-Caru.
Segundo o documento Indicadores Ambientais do Maranhão
(2009), São João do Caruapresentou 220 focos anuais de queimadas, e
um remanescente de 65% de suas florestas naturais.
OUTROS PONTOS EXTREMOS
Os pontos extremos do município de São João do Caru, ou seja, pontos mais afastados do
centro do município são:
*Ao norte com Pin Juriti;
*Ao sul, com Boa esperança “Fazenda Mendes”
*Ao leste, com o povoado “Cabeça Fria”
*Ao oeste, com o povoado “Joãozinho”
fontehttp://mapas.guiamais.com.br/guia/sao+joao+do+caru-ma
MAPA DAS RUAS DE SÃO JOÃO DO CARU:
Fonte: http://www.cidade-brasil.com.br/mapa-sao-joao-do-caru.html
VEGETAÇÃO
A vegetação caruense é muito variada, refletindo o seu clima quente e úmido, o qual favorece
a predominância de arvores de grande porte. Apesar do acentuado processo de desmatamento
da mata nativa, ainda é possível encontrar trechos razoáveis de mata tropical úmida.
Com o que resta da exuberante vegetação, São João do Caru, possui ainda um diversidade de
espécie dentre elas algumas em extinção, como: Cedro, Ipê Roxo e Amarelo, Jatobá,
Angelim, Bacuri, Maçaranduba, Tatajuba, Sapucaia, etc., além de outras espécies
permanentes à mata aberta como o babaçu, tucum, açaí, bacaba e buriti.
A realidade da ambientação regional possui uma situação econômica baseada nas suas
atividades no setor primário, através do extrativismo vegetal e agropecuário. Desta forma, o
homem passou a interferir no meio ambiente, modificando as partes componentes do sistema,
cuja diversidade fica sempre ameaçada por fatores ecológicos de difícil controle podendo,
inclusive, levar a perda de espécies ainda desconhecidas. Não tem se preocupado com o meio
em que vive, a todo instante, com sua ação incontinente, vem destruindo parcial até
totalmente hectares da mata nativa local.
Fazendo uma análise consciente do atual quadro ambiental e sua confrontação com o
desenvolvimento econômico da região, nos induz seriamente a mobilizar-nos numa ação para
conter esse desastre ambiental. O mapa abaixo permite perceber que ainda existe uma boa
densidade de florestas envolvendo o Município de São João do Caru.
FOTO DE SATÉLITE DE SÃO JOÃO DO CARU: DENSIDADE FLORESTAL
http://www.cidade-brasil.com.br/mapa-sao-joao-do-caru.html
O Rio Caru nasce na serra do Piracambú ao norte do município. É um rio permanente, tendo
um longo período de cheia, período em que é grande o tráfego de transportes fluviais, como
lanchas, canoas e rabetas que percorrem todo o seu curso.
De acordo com informações obtidas por antigos moradores, o rio Caru foi muito fértil,
constando-se a diversidade e quantidade de peixe que garantiam a subsistência da população,
além de atrair também pescadores de outras regiões que vinham a procura de peixe, em
grande numero naquela época, o SURUBIM, peixe muito apreciado pelo o paladar
(Maranhense) brasileiro. Hoje, o rio já não conta mais com a mesma fartura que se encontrava
há certa de três ou quatro décadas atrás. A destruição do Rio Caru, vem se propagando cada
vez mais, devido a ação desenfreada e impensada do homem que tem poluído aos poucos um
recurso natural que é indispensável para a sua sobrevivência. Diariamente são jogadas
quantidades significativas de lixo nas encostas do rio, detritos químicos que provem de
esgotos domésticos, além de derrubada da vegetação de suas margens e assoreamento das
águas.
MAPA DE USO E OCUPAÇÃO DE SOLO: SÃO JOÃO DO CARU
USO E OCUPAÇÃO DE SOLO: SÃO JOÃO DO CARU
Distância dos Principais Povoados à Sede Municipal
DE PARA POVOADO Distância Tempo
SÃO JOÃO DO
CARU
À
Santana dos Machados 09 km 00:15 h
Bom Jesus 10 km 00:20 h
São Francisco do Turi 8 km 00:20 h
Santarém 14 km 0:20 h
Floresta 21 km 00:30 h
Floresta II 24 km 00:40 h
Alto dos Bezerra 19 km 00:35 h
Conceição do Caru 27 km 00:25 h
Dois Limãos 12 km 00:20 h
Manguari 25 km 00:40 h
Pegado 33 km 00:50 h
Cabeça Fria 38 km 1:00 h
União do Caru 17 km 00:25 h
Murchinho 9 km 00:15 km
Linhares 12 km 00:20 h
Jaboti 14 km 00:25 h
Valdimiro 20 km 0:35 h
Boa Esperança 18 km 00:40
Povoado Pacas 22 km 00:40 h
Fonte: TSE, 2014
Reserva Biológica – REBIO/Gurupi
São João do Caru, Bom Jardim e Centro Novo do Maranhão
REBIO Gurupi - Criada em 1988, através do Decreto Federal nº 95.614 de 12 de
janeiro de 1988, com uma área de 341.650 ha e é a única Proteção Integral do
Maranhão com uma área de 271.197 há, abrangendo três municípios: Bom Jardim
onde compreende uma área de (35,49%), Centro Novo do Maranhão (59,01%), São
João do Caru (5,5%) no Estado do Maranhão.
Ela (REBIO) está situada na região do Arco do Desmatamento e é estratégica para a
conservação, pois, somada às três terras indígenas que fazem fronteira com ela -
Alto Turiaçu, Awá e Caru - constitui a última fronteira de área contínua amazônica do
Maranhão.
A REBIO Gurupi sofre ameaças ao seu território desde que foi criada. Grupos de
madeireiros e pequenos agricultores, que vivem dentro dos limites da reserva,
destroem a floresta para exploração ilegal de madeira, criação de gado, trabalho
escravo e plantações de maconha. Há também conflitos entre colonos, grileiros,
sem-terra, e povos indígenas aliciados ao garimpo.
Hoje a cobertura florestal da REBIO/Gurupi está reduzida a 65% do original.
Toras arrmazenadas na REBIO do Gurupi. Foto: Nelson Feitosa.
Caminhão apreendido em flagrante e depois liberado por decisão judicial. (Foto 2)
Aspectos Educacionais
Nos anos 80, quando ainda povoado de Bom Jardim, São João do Caru
mesmo com um grande contingente populacional, funcionava apenas o ensino
fundamental de 1ª a 8ª série. O alto índice de analfabetismo existente, fato que
até o ano 2.000 o município ostentava acima de 51,6% de analfabetismo pleno
(o pior do estado do Maranhão), situação esta omissa e entregues à revelia dos
governos das esferas municipal, estadual e federal. O ensino Médio era
prerrogativa apenas da zona urbana do município.
Atualmente, no período pós emancipação e com sua independência
administrativa, muitas conquistas foram auferidas no campo educacional.
O município, em seu quadro educacional encontra-se “aparelhado” com
todas as modalidades de ensino em ação que encontra-se assim definida:
 A Educação Infantil – na Pré-Escola apresentava um número de 789
alunos matriculados no ano de 2012.
 O Ensino Fundamental de 1º ao 9º ano em 2012 contava com um total de
4.378 alunos matriculados na rede municipal.
 Já o Ensino Médio que dantes não era ofertado – ficando a juventude
entregue ao abandono educacional, - em 2012 contava com um total de
495 alunos matriculados, o que ainda é pouco, comparado a uma
população atual de cerca de 15.000 habitantes.
Diagnóstico da Educação de São João do Caru em sua problemática
Distorção Idade-Série
Zona Urbana
Ensino Fundamental de
1º ao 9º ano
Ensino Médio
1º ao 3º ano
27,7% 43,3%
Zona Rural
Ensino Fundamental de
1º ao 9º ano
Ensino Médio
1º ao 3º ano
39,6% 68,1%
Fonte: IBGE, 2013.
Taxa de Abandono (Evasão Escolar)
Ensino Fundamental – 1º ao 9º ano Ensino Médio
Zona Urbana 5,1% Zona Urbana 8,6%
Zona Rural 2,8% Zona Rural 5,4%
INEP/2013.
NÚMERO DE PROFESSORES POR MOIDALIDADES
Ano Referencial: 2012
Rede Modalidade Nº
Professores
Nº de Escolas
Municipal
Ensino
Fundamental 1º
ao 9º ano 239 52
Estadual Ensino Médio:
1º, 2º e 3º ano
31 4
Fonte: IBGE, 2013
IDEB Resultados e Metas - 5º ao 6º ano
IDEB Observado Metas Projetadas
Município 2005 2007 2009 2011 2013 2013 2015 2017 2019 2021
São João
do Caru
3,7 4,8 3,3 3,8 2,9 4,8 5,0 5,3 5,5,6 5,9
IDEB Resultados e Metas - 9º ano
IDEB Observado Metas Projetadas
Município 2005 2009 2011 2013 2013 2015 2017 2019 2021
São João
do Caru
3,4 3,0 3,6 3,5 4,2 4,6 4,9 5,1 5,4
Fonte: INEP, 2013.
Aspectos Econômicos
IBGE, 2013
Dados Evolutivos da Pecuária em São João do Caru
Ano nº por cabeças/gado
2004 26.237
2006 20.697
2012 28.290
Produção de leite - 398 mil litros.
Fonte: IBGE, 2012
A produção bovina prepondera no pesa da
economia municipal.
49,3
7,1
43,6
0
10
20
30
40
50
60
Agropecuária Indústria Serviços
Composição da Economia de São João do
Caru
Composição da Economia
de São João do Caru
Produção Agrícola de São João do Caru
Ano Produto Agrícola Quantidade
2006
Feijão 147 toneladas
Mandioca 2.510 toneladas
Milho 197 toneladas
Arroz 9.581 toneladas
Fonte: IBGE/2012.
Na agricultura a produção de arroz é predominante.
Observação
Sabe-se que o município tem terras férteis e boas para produção de abóbora e
melancia, no entanto há pouca produção. Outro fato que vale citar é que
atualmente, além da produção da piscicultura, existe também uma grande
quantidade de açudes espalhados na área territorial do município, e esta
produção não é contabilizada nos dados econômicos do município nas fontes do
IBGE.
Extração Vegetal e Silvicultura e Extrativismo - 2012
Fonte: IBGE, 2012
Situação de Emprego Socioeconômica
Número de empresas 34
Maior empregador: Prefeitura Municipal
Pessoal ocupado 460 pessoas
Salário médio mensal 1,3 salários mínimos.
Além dessas fontes, existem também
outras como:
Aposentados, beneficiários de
programas Bolsa Família e Pesca
Artesanal – que contribuem para
dinamizar a vida econômica no
município.
Fonte: IBGE, 2012.
Produto Quantidade Valor/Produção r$
Madeiras- Carvão
vegetal
769 toneladas 431 mil reais
Madeiras lenha 14.820 metros
cúbicos
320 mil reais
Madeiras em tora 3.943 metros cúbicos 662 mil reais
Oleaginosos babaçu,
amêndoa
199 toneladas 234 mil reais
Dados Evolutivos da Frota em São João do Caru
Ano: 2005 a 2013
Tipo 2005 2013
Automóveis 02 36
Caminhões 3 31
Trator 0 0
Caminhonetes 0 35
Camionetas 0 01
Micro-ônibus 1 01
Motocicletas 100 630
Motonetas 2 11
Ônibus 0 01
Total Geral 108 746 veículos
Fonte: IBGE, 2013.
Hino a São João do Caru
Das verdes matas surges com resplendor
O rio Caru é teu seio amado
Teus filhos te honram, terra de labor!
São João do Caru, berço adorado.
És terra fértil,
de céu de anil
És preciosa
para o Brasil.
Das tuas terras saem nosso sustento
concedes abrigo ao desamparado
por isso cresceste forte, com talento!
São João do Caru, berço adorado.
És terra fértil,
de céu de anil
És preciosa
para o Brasil.
Das tuas entranhas surgiram grandes homens
que com coragem te emanciparam
Por este feito és, hoje e para sempre,
São João do Caru, berço adorado.
És terra fértil,
de céu de anil
És preciosa
para o Brasil.
O hino a São João do Caru, foi criado e aprovado no ano de 2008; o hino é uma das autorias
do professor e também poeta da terra Cláudyo Teixeira.
Brasão de São João do Caru
Festival do Peixe em São João do Caru
O Festival do Peixe é um evento cultural de São João do Caru que, assim como outras cidades
na região Pindaré, tornou-se tradição na vida social de seus munícipes. Em 2013 aconteceu
nos dias 20, 21 e 22 de Setembro.
Fonte: www.bomjardimma, 2013
São João do Caru e seus Contrastes Sociais
Atualmente emancipado, possui um número populacional segundo as
estimativas do IBGE de 2014 de 15.558 habitantes. Em 2006 eram
14.845. Já no ano de População 2010 essa população havia caído para
12.309 habitantes.
E apresenta uma área territorial de 616 km². A cerca de 100 km de
Bom Jardim, este município, em 2.000 possuía o maior índice de
analfabetismo do estado do Maranhão: 50,6%. Nos indicadores da ONU no
mesmo ano, esse índice era de 53%. Em 2010 esse índice de
analfabetismo caiu para 31,06%. Devido o alto contingente de analfabetos
ser pessoas idosas, há especulações e estudos que afirmam que, essa
redução de analfabetismo elevados em muitos municípios seja por conta
de dois fatores:
 Um paliativo dos programas existentes como Brasil
Alfabetizado;
 E o consequente índice de mortalidade – afinal neste
contingente encontra-se um grande número de pessoas em
idade avançada.
 Sabendo que o índice de analfabetismo (dos países) da África
gira em torno de 33%, conclui-se que existem verdadeiras
“pequenas áfricas” no interior do Maranhão pelo exposto
acima.
 O índice de analfabetismo de São João do Caru é o do Brasil
dos anos 70.
 Em 2010, o índice de analfabetismo do Brasil era de 9,6%.
 Em 2012, o índice de analfabetismo do Nordeste era de 17,4%
(onde se localizava 54% dos analfabetos do país).
 Em 2009, o índice de analfabetismo do Estado do Maranhão
era de 19,31%.
Veja o que dizem pesquisas e grandes pensadores sobre o analfabetismo:
“O analfabeto compreende mal o que ouve e responde de maneira bastante imperfeita às
mensagens assim recebidas. O analfabeto precisa até de atenção mais aplicada ao que
vê.”(O GLOBO,27/10/1989)
Para Coelho Neto (apud Leandro, 2007), a ignorância é a treva de cegueira. Cada letra do
alfabeto que nela soa é como uma centelha na escuridão.
Já para Sócrates, “Quem ler tem mais chance à cidadania, sabe o que está acontecendo,
avança para novos horizontes e melhora o vocabulário”.
“A pobreza é a mãe do analfabetismo. O analfabetismo é uma porta entreaberta para a
pobreza.” (Roza, 2005, p. 8).
“Os problemas causados pelo analfabetismo são as principais razões do ciclo permanente
de pobreza e subdesenvolvimento em que muitos países se encontram”.(Correio Brasiliense,
7/9/1989).
“O analfabetismo inibe o progresso e a produtividade, impede o avanço cultural e espiritual,
e ajuda a manter a dependência crônica de sociedades inteiras”.(Correio Brasiliense,
7/9/1989).
Piora nos indicadores de Desenvolvimento Humano
IDH São João do Caru
Em 2000 ocupava a 205ª posição de Índice de Desenvolvimento Humanono ranking do Estado. Em
2010 despencou para 211ª posição. Isso significa que a qualidade de vida da população,
considerando EDUCAÇÃO, SAÚDE, LONGEVIDADE E RENDA - Piorou. É o preço da falta de políticas
públicas sérias e planejadas e competentes para o município.
IDH DE SÃO JOÃO DO CARU 1.991-2010
Fonte: Atlas Brasil 2013. Programa das Nações Unidas para o Desenvolvimento.
Produto Interno Bruto Per capita de São João do Caru:
Ano Nº Habitantes Renda per capita R$:
2.000 13.495 3.165 r$/ha
2005 -- 2.679 r$ /ha IBGE, 2005
2011 -- 5.089,14 r$/ha
Fonte: IBGE/2013
No ano de 2013, a renda média mensal do maranhense é de r$ 360,43, segundo
Nações Unidas (a pior do Brasil).
*PIB per capita de São João do Caru em 2009 – r$ 3.165,00
* PIB per capita de Bom Jardim – r$ 6.517,00.
1.991 2.000 2010
0,408 0,511 0,509 - 211ª posição no Estado
* PIB per capita Maranhão: r$ 6.259,00
O IDH é um critério estabelecido pela ONU (Organização das Nações Unidas)
para avaliar o nível de desenvolvimento econômico e social dos países, estados e
municípios. É publicado anualmente para classificar os países. O IDH leva em
consideração três características do processo de desenvolvimento humano: A
expectativa ou esperança devida ao nascer, ou seja, a quantidade de anos que
as pessoas poderão viver, considerando as condições de moradia, saúde,
alimento. Essa característica é denominada longevidade.
Considerando o aspecto longevidade, a expectativa de vida em Bom
Jardim em 2007 é de 55 anos.
Maranhão: 66,4 anos.
Brasil: 72,7 anos.
Estados Unidos: 78 anos.
África do Sul: 49,3 anos.
O IDH vai de 0 a 1: quanto mais próximo de 0, pior o desenvolvimento humano; quanto mais
próximo de 1, melhor. O índice considera indicadores de saúde, renda e educação. Bom Jardim teve
os seguintes índices: Renda: 0.519 Longevidade: 0.750 Educação: 0.400
De acordo o gráfico, o desempenho foi arrastado pra baixo bruscamente pela educação, apesar do
índice ter melhorado nos últimos anos.
Veja o Ranking de algumas cidades da Região considerando que são 217 municípios maranhenses:
O povo de Bom Jardim deixa de viver 17,7 anos a menos que a média
nacional. Infelizmente, há cidadãos conformados que “acham”que isto não tem a
ver com o modelo político local vigente.
Distribuição da População Ocupada por Rendimento (Salário Mínimo)- 2000
Até 1 1-2 2-3 3,5 5-10 Mais de 10
42,4% 14,7% 2,8% 2,3% 1,5% 0,7%
IDH 2010
IDH Geral Esperança
de Vida
Mortalidade
Infantil
IDH
educação
IDH
longevidade
IDH renda
0,538 69,98 29,4 0,4 0,75 0,519
Dentre os municípios do Vale do Pindaré, Bom Jardim tem segundo pior IDH,
perdendo apenas para São João do Caru. Sendo de acordo com os dados
comparativos, a segunda pior cidade para se viver do Vale do Pindaré e uma das
Desintrusão da área Indígena REBIO/Gurupi em Território
de São João do Caru
O município de São João do Caru sofreu um duro golpe com o processo
de desintrusão da terra indígena dos Awá-Guajá, determinada pelo Governo
Federal. Cerca de 1.200 famílias (mais de 6.000 pessoas) que viviam em
povoados dentro da área indígenas (Povoado Caju e Cabeça Fria) as quais não
tinham para onde ir. As mesmas foram retiradas por forças federais em 2014,
acampada pela FUNAI (Fundação Nacional do Índio) com amparo judicial, o
qual busca preservar a etnia, considerada um dos últimos índios isolados do
planeta. Três outros municípios também afetados foram: Zé Doca, Newton Belo
e Centro Novo do Maranhão. São famílias humildes, que vivem abaixo da linha
da pobreza, morando em barracos de pau a pique e cobertos de palha. Os
mesmos vivem da produção de mandioca para produção de farinha e do cultivo
de arroz. Foram impiedosamente “expulsos” de suas terras onde muitos – por
quase meio século ali viviam, sem direito a indenização e acolhimento no
governo Dilma Roussef.
Com 118 mil hectares, a TI está entre outras duas terras indígenas que
os Guajás compartilham com outros índios, já demarcadase homologadas. São
elas: a TI Alto Turiaçu, com 530 mil hectarese a TI Caru, com 172 mil hectares.
Com a demarcação da TI Awá, forma-se uma área contínua de extrema
importância na defesa dos povos Awá-Guajá.
Insatisfação popular
Casas destruídas pela ação de desocupação.
Moradores, literalmente, sendo expulsos de suas casas, sem direito à
indenização.
Reserva Indígena ou Interesses Escusos?
Os moradores da área, afetada alegam que ali não existia nenhuma aldeia Awa-Guajá.
Segundo uma comissão de atingidos pela demarcação da terra indígena, o problema teria
iniciado em 1980, quando a Petrobras e a Vale do Rio Doce fizeram uma pesquisa de
prospecção de minério, quando deixaram vários poços perfurados e hoje lacrados com
existência de gás natural. Jazidas de bauxita e outros minérios ficaram marcados com marcos
de cimento e toda a extensão da serra da desordem.
Em 1992, o então ministro da justiça Célio Borja, na gestão de Fernando Collor e se
baseando em laudos da Funai, baixou a portaria 373/92, que de acordo com os atingidos, foi
de “forma irresponsável” porque não analisou o impacto social que iria causar nos quatro
municípios afetados. “Estamos sendo tratados como invasores de reserva indígena, sendo que
é o contrario, é a Funai que está invadindo nossas propriedades” afirmam os moradores,
apresentando documentos de cartório de 1929 e autorizações de desmatamento oriunda do
IBAMA (antigo IBDF) de 1982.
Um auto de inspeção judicial de 2002, assinado pelo juiz federal José Carlos Madeira
é apresentado pela comissão que defende a permanência dos moradores, onde é relatado que
foram encontrados 33 silvícolas nas proximidades do posto indígena Juriti, que tinha como
responsável Patriolino Viana. A visita contou com a presença da antropóloga Eliane
Cantarino. Na visita, dois índios reconheceram o comandante do helicóptero como sendo o
homem que os resgataram em 1999 nas proximidades do estado do Pará, na região de
Paragominas. Desta forma, entendem que, milhares de brasileiros estão sendo expulsos de
suas terras, ocupadas há quase um século, para defesa de indígenas que não são tradicionais
na ocupação da região. Foram trazidos e colocados ali pela Funai para “legitimar” o direito de
expulsão.
Em reunião com moradores, todos relatam que nunca foram intimados ou
comunicados da iminente desintrusão. “Aqui nunca veio ninguém para nos notificar. Só passa
por aqui um pessoal falando enrolado, devem ser gringos” afirmam, se referindo
supostamente integrantes da ONG Survival International, que pressiona o Governo
Brasileiro para a conclusão da demarcação e expulsão das cerca de 6000 pessoas que estão
dentro da terra do Awa-Guajá
Para os moradores, este fato comprova que os índios nunca habitaram aquela região.
Na época, o juiz pediu que todo o processo fosse levado a cabo, com extrema sensibilidade
social.
Segundo o advogado Emerson Galvão, da FAEMA (Federação da Agricultura e Pecuária
do Maranhão), "a demarcação é tendenciosa e prejudica somente os mais pobres".
Próximo dali, na área conhecida como Serra da Desordem, já existe autorização de pesquisa
para exploração de metais como estanho e ouro. Uma delas conta inclusive com autorização
da Funai.
Referência
MOTTA, Adilson. Radiografia de uma cidade brasileira. Bom Jardim – MA, 2013.
TEIXEIRA, Cláudyo. História de São João do Caru. 2011.
Profº RIVALDO. História de São João do Caru. 2012.
COSTA, Paulo. Revista: “O Retrato do Brasil” que o Brasil não conhece.
01/2014
http://jornalggn.com.br/noticia/exercito-planeja-cortar-energia-para-sufocar-povoados-de-
sao-joao-do-caru-ma-na-proxima-segunda-feira-6. Reserva Awá-Guajá, 2013.
Um Olhar Sobre a História de São João
do Caru e Seus Contrastes

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História e contrastes de São João do Caru

  • 1. Um Olhar Sobre a História de São João do Caru e Seus Contrastes
  • 2. Adilson Motta Patrocinador: Rodrigo Anderson da Silva Coelho (Instituto Humanista Lima Coelho) Um Olhar Sobre a História de São João do Caru e Seus Contrastes São João do Caru – MA 2014
  • 3. Dedicatória Dedico este trabalho aos cidadãos caruenses que lutam por construir um mundo melhor a partir do universo desta cidade – querida por todos, o habitat de nossa gente, onde devemos construir o futuro de nossa juventude e especialmente àqueles que ajudaram a construir os pilares da história sócio político-econômica de São João do Caru:  pelas políticas públicas de inclusão social nos trilhos dos caminhos da cidadania. , Presidente do Instituto Humanista Lima Coelho, 2014.
  • 4. O descontentamento é o primeiro passo na evolução de um homem ou de uma nação. Oscar Wilde Feita a revolução nas escolas, o povo fará nas ruas. (Florestan Fernandes)
  • 5. Um Olhar Sobre a História de São João do Caru e Seus Contrastes Precedentes de uma História Civilizatória Essa região onde hoje é São João do Carudesde os primórdios foi habitada por nômades – os índios da etnia AwáGuajá, cujo costume, conforme estudos era explorar as margens dos rios e igarapés onde houvesse palmeiras de babaçu e caça. Os mesmos habitam a REBIO – Reserva Biologia, os quais, devido certos costumes – são tidos como “Guardiões Naturais” da floresta. Indício de Colonização na Região Caru Apesar da região Caru ter sido habitada apenas nos anos 66 do século XX, como é do conhecimento de todos, há relatos e indícios que levam às evidências de ter existido povoações na região possivelmente entre o século XVIII a XIX na região. Quando analisamos os anais da história na região do Vale do Pindaré que ocorreu entre os séculos XVIII a XIX, um questionamento dedutivo paira no ar: - Essa colonização na região Pindaré não teria se espalhado pela região Caru, que está em suas adjacência? Analisei os relatos de pessoas que chegaram em Bom Jardim nos anos de 1959 os quais, como numa aventura de colonizar tiveram os primeiros contatos com uma região ocultada ou seja, desconhecida da população civilizada da época. Os relatos foram colhidos de Dionísio Silva Lima, Luiz Xavier Ferreira (popular Luiz da SUCAM) e Manoel P. Santos, do povoado Siringal, adjacência do relato. Veja o que diz Dionízio: “No ano de 1953, meu pai veio morar num povoado por nome Limoeiro do Bento Moraes, próximo a Águas Boas, município de Monção. Na época não existia Bom Jardim, tudo era mata. No ano de 1959, meu pai e outros companheiros vieram caçar aqui onde hoje é Bom Jardim, em cuja localidade estava acontecendo um extenso desmatamento em todo o trajeto que segue a BR 22, atual 316, eram homens contratados por agentes do governo federal para desmatar e construir em anos que seguiram, a BR 316. Na ocasião, pararam com a caçada e empreitaram3 quilômetros para desmatar um espaço entre a Curva e Chapéu de Couro – provavelmente no Pau D´árco.
  • 6. Em 1968, eu, meu pai e mais quatro pessoas da família saímos tipo uma expedição no rio Caru que durou três meses. Nós fomos de canoa descendo pelo igarapé Água Preta até o Pindaré e fomos de rio acima até o Caru. Tínhamos levado alguns mantimentos, mas sobrevivíamos mesmo da farta caça que a floresta oferecia. Na região Caru tudo era mata fechada e poucas pessoas moravam onde hoje é São João do Caru, que era a última morada ou seja, que apresentava habitantes. Existia ali entre 15 a 20 barracas de lavradores e caçadores. O rio Caru era um paraíso cheio de peixes de couro principalmente surubim, lírio, mandubé e outros. Caça existia até demais de muitas espécies. Porco queixada (porco do mato) eram em torno de quinhentos. Depois de alguns dias de aventura subindo pelo rio tivemos que recuar quando chegamos numa ponte feita por índios brabos da tribo Guajá. A madeira da ponte não era cortada de ferro e sim com pedras que eles fatiavam rodeando até rolar (cortar). Movidos pelo medo, tivemos que voltar e paramos perto da Barra do Turi, onde passamos muitos dias. Foi ali que tive uma grande curiosidade por uma cadeia de fatos e antiguidades que muito me chamou a atenção: - Ao lado direito do rio, ou seja, entre o Caru e o Pindaré tive a sorte de fazer várias descobertas. Numa grande área de mais ou menos 15 km encontrei uma grande quantidade de pedaços de louças, possivelmente do século XVIII a XIX. Tudo bem decorado num colorido com grande relevo. Quando se tocava nas peças, elas se desmanchavam – pela ação de tanto tempo que ali se encontrava exposta (a sol e chuvas). Distante deste local, a cerca de 2 quilômetros, vi o aterro de uma casa que tinha mais ou menos 50 a60 metros. Neste local tinha pedaços de telhas que media mais de 20 centímetros, e tudo debaixo da mata. Mais adiante, a uns 9 quilômetros, chegamos num seringal. Com suas gigantescas árvores, fiquei abismado em ver esta riqueza da Amazônia aqui em Bom Jardim, na região Caru. Vi que aquelas seringueiras tinham sido exploradas a muitos anos; encontrei logo adiante um instrumento de ferir as cascas das árvores para tirar o leite (látex) que fabrica a borracha, achei também mais de duzentos copos de flandres –estes, quando os tocávamos, se desmanchavam - e um galão de coletar o leite das seringueiras. Já quase desaparecido no meio daquela mata encontrei o forno de defumar a borracha. Ao retornar para o rancho na beira do rio, tive mais uma surpresa do lado de São João do Caru, achei um forno de assar telha e em cima das grelhas tinha uma árvore que media cerca de 80 centímetros de diâmetros. Muito curioso e fascinado diante de tudo aquilo, eu queria ao menos saber um pouco da origem de tudo que se apresentava a vista. Mas graças a Deus, tive a sorte de ver e
  • 7. conhecer um senhor de 76 anos que se identificou pelo nome de Leriano. Vendo minha preocupação e curiosidade diante de todos aqueles achados, ele me esclareceu dizendo: - Vou te contar um pouco dessa história. Desde pequeno, sou desta região e o meu avô sabia muito sobre Pindaré; ele falava que na época que situaram o Engenho Central, por volta dos séculos XVIII a XIX, muita gente subiu às margens do rio Pindaré e Caru. Lá onde você viu o aterro da casa foi uma feitoria e onde você viu o forno de assar telha, existiu mais de 40 casas. Só que naquela época, o número de índios era muito grande e todos, além de selvagens, eram brabos e houve um conflito entre os índios (defendendo suas terras) e o povo que não resistiram, tiveram que abandonar tudo. A cacaria que você viu era do dono da feitoria. A história do seringal e seringueira foi dramática. Um homem rico de Pindaré de influência política mandou homens para explorar o seringal só que o encarregado da exploração era um homem muito mal e astuto. O mesmo contratava trabalhadores que tinha mulher para trabalhar e armava cilada. Convidava para caçar e lá no mato, matava-os para ficar com a mulher. Depois de algum tempo, ele chegava procurando pelo outro dizendo que num momento haviam se apartado e dizia não saber o que havia acontecido, se estava perdido ou algum bicho o havia devorado. Simulando preocupação e chorando, convidava os outros para ir atrás do “desaparecido”, só que ia para outros lados diferentes, de forma que o mistério permanecia encoberto. Certo dia, ele saiu com mais um trabalhador, ou melhor “vítima” para fazer mais uma tragédia. Mas como tudo tem o tempo certo e fim, houve um vacilo e o homem escapou e fugiu imediatamente e chegando onde estava a mulher, rapidamente fugiu pela mata. Depois de muitos dias de viagens e sofrimento pela mata, quase morreram de fome e doença. Chegaram em Pindaré e denunciaram o que ali acontecia. Segundo o velho, este foi o problema do seringal abandonado”. A foto acima é o Rio Caru no povoado Siringal/ o outro lado desse rio é área indígena onde morava o senhor Carlos Gomes, o qual morreu entre os anos 65 a 70, onde segundos os relatos, sua casa era edificada num local próximo a uma feitoria. Atualmente tudo está coberto de mata.
  • 8. Foto e texto por Adilson Motta, 2011. No princípio, quando ainda povoado de Bom Jardim, com um alto populacional, distante e sem sentir os efeitos de uma gestão de políticas públicas na região com seus aglomerados de povoados, entre eles Santarém (um dos maiores), vivia-se um isolamento sócio-político e econômico. De tudo se dependia de Bom Jardim, saúde, educação, infraestrutura (que nem sequer existia), nem se cogitava, e a longa distância a seus cidadãos aposentados e empresários que tinham que viajar 100 quilômetros para resolverem suas demandas. Povoado Santarém. No inverno, a vida do campesino da região Caru era sofrida, e ainda se encontra por conta de uma estrada vicinal – hoje estadual (MA 318), que no período do inverno, cujo lameral (lama) toma conta criando um isolamento social, onde o acesso a Bom Jardim e outras cidades se tornam via Rio Caru e Pindaré. Em período de inverno, em Povoados que não dar acesso a beira rio, a comunidade, em seu isolamento, como em décadas muito antigas, transporta seus doentes em rede, na função de ambulância. Talvez a tão sonhada estrada dos sonhos seja em função Povoado Siringal em São João do Caru No povoado Siringal há existência de vegetação típica da Amazônia como: Castanheira-do-pará e açaí.
  • 9. deste pesadelo, bem como a desilusão de décadas – em que cuja estrada sempre foi lembrada em períodos de campanhas eleitorais no propósito de angariar votos. Fonte: http://www.cidadesdomeubrasil.com.br ROSEANA SARNEY – O EMPRÉSTIMO DA SALVAÇÃO (2013) Faltando apenas 1 ano e 7 meses para as eleições a governo do estado, um baixo índice de aceitação e uma oposição fortalecida na pessoa de Flávio Dino, onde as pesquisas apontavam 62% de intenção de votos. As pesquisas também mostravam que 83,69% dos entrevistados disseram que o melhor para o futuro do Maranhão seria eleger um governador que representasse a mudança. E apenas 12,3% achavam que o melhor para o estado seria a continuidade do grupo Sarney no comando do estado. Como estratégia para resolver velhos problemas relegados a anos e décadas – no sentido de promover “obras sociais”, e tentar melhorar a imagem do governo, ou de seu candidato, Roseana Sarney faz empréstimo politicamente estratégico na ordem de R$ 3,8 bilhões, junto ao BNDES. Do qual, R$ 1 bilhão será aplicado em estradas e hospitais. Ao todo, 550 km de asfalto para 9 rodovias estaduais. (Fonte: Gazeta da Ilha, 13/03/2013)
  • 10. Protesto em São Luis (em 2013) contra a corrupção endêmica instalada no estado, que a nível nacional tem o título de 1º. TRECHOS QUE SERÃO PAVIMENTADOS MA-123 – Coelho Neto – Afonso Cunha MA-138 – São Pedro dos Crentes – Fortaleza dos Nogueiras MA-272 – Barra do Corda – Fernando Falcão MA-278 – Barão de Grajaú – S. Francisco do Maranhão MA-282 – Lagoa do Mato – Gavião MA-307 – Presidente Médici – Centro do Guilherme MA-318 – Bom Jardim – São João do Caru MA-320 – Santo Amaro – Primeira Cruz MA-320 – Entroncamento da BR 402 – Santo Amaro MA-334 – Riachão – Feira Nova Diante das obras, e em exclamações duvidosas acerca de sua conclusão – devido experiências passadas vive-se a euforia de que a estrada dos sonhos se torne realmente uma Estrada Real, cujo valor esteve acima de 118 milhões, conforme Placa abaixo. 12/2013
  • 11. Diante da situação predita, muitos gestores – seja por conta da grande extensão territorial, difícil acesso e econômico, distância e ou mesmo por falta de um Planejamento integrado e proposto, cujo populacional servia-se apenas de possibilidade para a somatória dos recursos que ali entrava sem terem de volta sua devida retribuição, e nem tampouco, usufruir os benefícios da zona urbana. PROCESSO DE OCUPAÇÃO Em 16/07/1966, deu-se início ao povoado de São João do Caru, através de seus fundadores: José Leondida Siqueira e seu irmão Aldenor Leondida Siqueira, procedentes do povoado Barra do Caru. Chegaram para trabalhar em roças e exploração da caça e da pesca. A chegada de outras famílias aconteceu logo no ano seguinte e foram elas, a família do Senhor Faroal Leondida Siqueira, Raimundo Nonato Siqueira, José Grande, Francisco Leonor, João Calado e também o senhor Caetano. O primeiro fato marcante na história deste povoado e agora cidade, foi o assassinato do Sr. Faroal, no ano de 1970. Sendo ele irmão dos fundadores e também pioneiros na região, foi grande a repercussão do caso, principalmente pela insignificância do motivo que envolveu as partes. Foi apenas o fato de que o Sr. Manoel Domingos, possuía uma nambutona e a mesma ter sido devorado pelo gato do Sr. Faroal, daí surgia o conflito que resultou na morte com um tiro de espingarda, desferido pelo Sr. Manoel Domingos. Também em 1970 chegou em São João do Caru, o Sr. José Abreu de Oliveira (Marinheiro) e família, sendo que o mesmo passara 8 dias de viagens de Novo Caru para São João do Caru. O rio Caru não dava condições de se desenvolver uma viagem com mais agilidade, pois o mesmo era de baixa profundidade, cheio de madeira e na época havia bastante quedas que impediam o bom desempenho da viagem. O povoado recebeu o nome de São João do Caru, por está localizado às margens do rio Caru que banha a mesma, com apenas 11 casas, São João do Caru iniciou-se como pequeno povoado, com grande probabilidade de crescimento. Conseguiu evoluir tornando-se mais tarde independente.
  • 12. Com o passa dos anos, com a chegada de pessoas, foram surgindo os problemas, principalmente o da violência. Foram vários assassinatos que envolviam as pessoas da comunidade e deixaram marcas profundas nos entes queridos e no povoado como um todo. Pertencendo na época ao município de Bom Jardim, São João do Caru, pouco sabia por parte das autoridades municipais, daí surgiu em 1976, o primeiro candidato a vereador escolhido pela própria comunidade, o Sr. José de Abreu Oliveira (Marinheiro), ele que foi o primeiro farmacêutico do município e agia também como uma espécie de delegado-conselheiro, pois quando tinha algum desentendimento entre os moradores, ele como um senhor que tinha o respeito de todos os moradores, as pessoas levavam até ele o caso para ser resolvido; e assim ele se elegeu com 95% dos Votos da comunidade, sendo assim o segundo mais votado em todo município de Bom Jardim. com o representante na Câmara Municipal o povoado começou a receber benefícios nunca antes recebidos como: colégios pontes, mercado, mini posto de saúde, etc. O Sr. (Marinheiro) foi e sempre será um grande nome em São João do Caru. Em 1980, apenas o Povoado São João do Caru possuía 1.346 habitantes, sem contar o populacional do aglomerado de povoados que o circundava. Em 1998, após sua emancipação, segundo o IBGE, contava com um contingente populacional de 14.006 habitantes, cuja densidade demográfica é de 19,99 hab./km². Segundo RIVALDO (2012), os primeiros exploradores começaram a chegar no início da década de 60 e eram caçadores que passavam semanas nas proximidades do rio Caru onde hoje é a praia dos festivais e percorriam veredas abertas onde atualmente é a rua Getúlio Vargas, no entanto, não fixaram morada pois ano após ano seguiam o curso rio a cima, deixando suas marcas como cabanas abandonadas, limoeiros que nasceram das sementes que os mesmo jogavam fora, inclusive após o início do povoamento, o caminho deixado por eles era chamado de vereda do limão, hoje chamada de rua Getúlio Vargas, ficando no entanto parte da rua conservando esse nome, a rua do Limão. Há ainda o histórico da passagem aqui pela região, no início da década, dos senhores Carlos Gomes e Caetano, que trabalhavam no local onde
  • 13. hoje é o povoado Seringal e que aqui sempre pernoitavam em cabanas sempre que estava de passagem. Em 1965 o Senhor Aldenor Leônidas Siqueira acompanhado de outros caçadores oriundos do povoado Barra do Caru, aqui aportaram com o intuito de caçar, pescar e quebrar coco babaçu, permaneceram por alguns dias e após explorar a região, o Sr. Aldenor chegou à conclusão de que esse era um lugar bom para se viver e decidido, chegando de volta à Barra do Caru, convocou aos parentes e vizinhos para se mudarem para o local por ele descoberto e que considerava ideal para uma nova povoação. Um ano após, muitos tinha mudado de ideia, assim, em 17 de julho de 1966 às 14:30h chegaram os primeiros moradores desse novo povoado, o Senhor Aldenor Leônida Siqueira, sua esposa Joana Fernandes de Oliveira e seu irmão José Leônida Siqueira. No ano seguinte chegaram outras famílias dentre elas, a família do Senhor Faroal Leônida Siqueira, do Senhor Raimundo Nonato Siqueira, e do Senhor José Grande. (RIVALDO, 2012). Aldenor Leônidas Siqueira. Considerado o 1º morador de São João do Caru. Como o objetivo era sobreviver da prática da agricultura dentre outra atividades, lavraram suas primeiras roças de arroz que ficavam exatamente onde hoje é a rua do comércio, que se estendiam desde a esquina da rua do porto onde fixaram sua moradia. Os estudos de RIVALDO (2012) aponta também que nessa época, os índios tinham migrado para dois pontos: as margens do rio Caru, hoje porto Franco e as margens do rio Turi por causa da chegada dos colonizadores, e com o aumento significativo da população, consequências terríveis se tornaram inevitáveis, um surto de gripe acometeu aos índios que tinham se adaptado ao contato com os moradores do povoado, e com o isolamento e distância para os povoados mais próximos, morreram centenas de índios chegando a dizimar famílias inteiras. Com a
  • 14. interferência de um casal de antropólogos, Fiorelo e Valéria Aparício, conseguiram capturar e salvar da morte alguns índios, dentre eles os jovens IapóGuajá e JeíGuajá. A princípio, o nome do povoado era Igarapé São João, visto está próximo ao igarapé em cujas margens era abundante uma árvore chamada são-joão (, que nomeou inicialmente ao igarapé e logo em seguida ao povoado. Só mais tarde passaram a denominar São João do Caru, por causa do rio Caru e sua importância para a população. Quanto ao igarapé São João, nessa época importante pela grande quantidade de peixes, era profundo e suas águas eram usadas para o consumo epara lavar roupa, hoje, nem parece que teve tamanha importância para a população caruense, pelo desprezo com que é tratado. As pesquisas de RIVALDO (2012) revelam que, com a chegada do Senhor Nonato Silveira em 1967, o mesmo empreendeu a construção da primeira congregação da Assembleia de Deus. Já a primeira capela da igreja Católica só foi construída em 1970 pelo Senhor João Miguel. A primeira missa celebrada em solo caruense ocorreu apenas em 1972. O catequista da época era o Senhor Abdias. As viagens eram feitas de canoa e levavam em média quatro dias para o destino final que quase sempre era Alto Alegre do Pindaré. O rio ainda pouco explorado parecia uma estreita vereda envolta em muitas árvores. Com o tempo, após a retirada do excesso de árvores foi possível o tráfego de barcos movidos a motor. Como na época os barcos eram pequenos e descobertos, receberam o apelido de “periquito pelado”. Uma atividade econômica que gerava renda para muitas famílias além da agricultura era a extração de madeira. Toras gigantes de cedro eram empurradas rio abaixo e seguidas por canoas até chegarem ao rio Pindaré, quando eram atreladas em forma de balsa e conduzidas até um local próximo ao povoado Bambu, município de Pindaré, chamado Aterro, onde eram comercializadas. Todo o percurso entre São João do Caru e Aterro levava meses para ser concluído. O cedro antes abundante nessa região, infelizmente hoje está extinta.
  • 15. Fatos marcantes ocorreram no desenrolar da história deste recém-criado povoado, como a tão famosa história do nambu contada pelos antigos moradores. O fato ocorreu em 1970 e um dos envolvidos, irmão do Senhor Aldenor, o Senhor Faroal, tornou-se vítima de um ato impensado que manchou de sangue a nossa história. O senhor Manoel Domingos criava um nambu, vindo o mesmo e ser devorada por um gato de propriedade do senhor Faroal. Houve o desentendimento e consequentemente a morte do Senhor Farol por tiros de espingarda desferidos pelo ressentido Senhor Manoel Domingos. Em 1978 na administração do senhor Miguel Meireles, prefeito de Bom Jardim, foi construído a estrada vicinal que liga São João do Caru à sede do município, atual MA 318, (mudou apenas o nome, a estrada continua a mesma, sem asfalto e sem tráfego no período das chuvas). Um episódio marcou a finalização da construção: quando o trator que abria a estrada entrava em São João do Caru, trazia um senhor chamado Manoel Cândido que vinha soltando fogos, alegre com a chegada da estrada, acontece que o trator entrou em uma vala, o homem caiu e o trator tombou sobre ele, que morreu minutos depois. Dentre os vultos de nossa história podemos citar dois grandes guerreiros: O Senhor José Abreu de Oliveira, mais conhecido como Marinheiro e o Senhor José Rodrigues Neto, conhecido como Dedezão. O Senhor José Abreu de Oliveira instalou moradia fixa no pequeno povoado de São João do Caru em 1970 aos 35 anos de idade e acabou exercendo importante papel na pacificação do povoado que com a distância, o isolamento e o crescimento da população acabava cedendo espaço à violência, assim o Senhor Marinheiro, primeiro delegado do povoado, era procurado para resolver os problemas que surgiam e graças às suas qualidades de homem íntegro e respeitável, acabava aconselhando e pacificando as partes envolvidas. O mesmo foi eleito vereador em 1976 pelo município de Bom Jardim, chegando a ser o segundo vereador mais votado em todo o município, trazendo para São João do Caru benefícios tão necessários para o crescimento do povoado como escolas, pontes, mercado, posto de saúde dentre outros. Devido perseguições políticas, em 1978 partiu para a cidade de Vila Rondon-PA, retornando em 1993 e lutando bravamente pela emancipação do povoado, elegeu-se vereador já pelo recém-criado município de São João do Caru fazendo parte da mesa diretora da primeira composição da Câmara Municipal de Vereadores como Vice-Presidente. Faleceu em 30 de setembro de 2003 deixando um rastro de muita luta, conquistas e dedicação ao município de São João do Caru, cidade que escolheu como terra-mãe. (RIVALDO, 2012).
  • 16. A LUTA PELA EMANCIPAÇÃO POLÍTICO-ADMINISTRATIVA Até o ano de 1994 era povoado de Bom Jardim, e a luta pela emancipação política era uma constante na vida de cada caruense, principalmente das lideranças políticas constituídas. Após décadas de luta e frustrações, finalmente em 1994 acontece o tão sonhado plebiscito. Assim, Fica criado, pela Lei Estadual Nº 6.125, de 10 de novembro de 1994, o município de São João do Caru, com sede no Povoado São João do Caru, desmembrado do município de Bom Jardim, subordinado à Comarca de Bom Jardim, tendo com gentílico caruense ou são joanense. A emancipação foi votada e aprovada na Assembleia Legislativa do Estado do Maranhão, em 11 de Novembro do mesmo ano, e sancionada pelo Governador da época, José Ribamar Fiquene, surgindo assim um município independente de Bom Jardim- MA. Política: 1ª Eleição/Mandato: 1996-2000 Em 03 de Outubro de 1996, deu-se a primeira eleição municipal, concorrendo pela a chefia do poder executivo os Senhores: Manoel Meireles, Sebastião Matos, Marcos Viana e James Ribeiro de Sousa, sendo eleito este último. James Ribeiro de Sousa, 1º prefeito de São João do Caru. Para o quadriênio de 1997 a 2000, os poderes do município de São João do Caru - MA, ficou assim constituído: Ribamar Fiquene
  • 17. PODER EXECUTIVO PREFEITO E VICE-PREFEITO James Ribeiro de Sousa e Francisco Andrade de Lima Poder Legislativo A primeira Câmara Municipal foi composta por nove Vereadores, sendo eles: José Rodrigues Neto - (Dedezão) Presidente José Abreu de Oliveira (Marinheiro) - Vice - Presidente Carlos Alberto Pinto Pereira (Carlos do Meleiro) - 1º Secretário Severo Albuquerque Moreira (Severin) - 2º Secretário José Maria de Sousa (Zé Elias) Cláudio Tavares de Matos (Claudionor) Antonio Joaquim Nascimento (Antonio Davi) Antonio Paulo Alves do Nascimento (Antonio Ramalho) Raimundo de Sousa (Currupião) 2ª EleiçãoMandato: 2.000-2004 PREFEITO: James Ribeiro de Sousae Francisco Andrade de Lima VEREADORES DO 2º MANDATO:  3ª ELEIÇÃO/MANDATO: 2005-2008 PREFEITO ELEITO: Edinaldo Prado Nascimento - Edinaldo Davi Vice-prefeito:Luis Vieira Passos Edinaldo Davi. VEREADORES DO 3º MANDATO:  Elias Antonio de Andrade – 289 votos  Erisvaldo Cavalcante de Lima – 362 votos  Francisco de Assis Rodrigues dos Santos – 475 votos
  • 18.  Francisco Wilame Vasconcelos Passos – 310 votos  José Viana do Nascimento – 308 votos  Maralice Almeida Pinto- 212 votos  Plácido de Sousa – 235 votos  Raul Dantas Ferreira – 187 votos  Antonio Andrade Camelo- 411 votos *.4ª ELEIÇÃO/MANDATO: 2009-2012 Prefeito Eleito: Alissom Luiz Camporez "Bidu" Vice: Nenê (do Chiquinho da Carroça). VEREADORES ELEITORES: * ALEX CAVALCANTE LIMA – 629 votos * ANTONIO ANDRADE CAMELO – 329 votos * ANTONIO MARCOS DA SILVA ARAUJO – 472 votos * ERISVALDO CAVALCANTE DE LIMA – 373 votos * JOSE CRUZ JACOME – 351 votos * MARIA DOS MILAGRES PESSOA DA SILVA – 216 votos * MAURO BEZERRA SILVA – 338 votos * RAIMUNDO NASCIMENTO COSTA -556 votos * RAUL DANTAS FERREIRA – 371 votos 5ª ELEIÇÃO/MANDATO:2013- 2016 Prefeito Eleito: Jadson Lobo Rodrigues Jadsondo Zezinho votos: 50,38% = 3.813
  • 19. Jadson do Zezinho Vereadores Eleitos: Duda: 422 votos Júnior: 413 votos Manoel de Ouro: m370 votos Dácio do Chico Crente: 342 votos Geraldo: 322 votos Batista Santana: 319 votos Fanta: 315 votos Zé Elias: 298 votos Alex do Demar: 292 votos Irmão Coquinho: 263 votos Afrânio: 252 votos Geopolítica: Distribuição do Eleitorado de São João do Caru Povoado/Local Nº de votos Santana dos Machados 156 Murchinhos 313 Linhares 237 Jaboti 83 Valdimiro 188 Bom Jesus 377 Boa Esperança 160 Pacas* Desativado 56*Transferidos São Francisco do Turi 102 Santarém 1.626
  • 20. Floresta 129 Floresta II 68 Alto dos Bezerra 75 Conceição do Caru 123 União do Caru 94 Dois Irmãos 623 Manguari 638 Pegado 231 Cabeça Fria 227 PONTOS FIXOS Escola Artur Costa e Silva 1.565 Posto Médico 515 Prefeitura Municipal 928 Escola Aldenor Leônidas Siqueira 1.097 Escola Antonio Ramalho 162 Imagens de São João do Caru Rua do Comércio – Município de São João doCaru. Segundo a senhora Joana, esposa do 1º morador, a rua do comércio foi o local onde foi plantada a primeiraroça no município. Centro Educacional Aldenor Leônidas Siqueira. Rio Caru
  • 21. Fonte: IBGE, 2010 9,80% 13,7 13,7 11 9,2 9 7 5,5 4,7 3,6 3,3 2,7 2,1 1,8 1,3 0,9 0,4 0,2 0,1 0,02 0,00% 500,00% 1000,00% 1500,00% 1 a 4 anos 5 a 9 10 a 14 15 a 19 20 a 24 25 a 29 30 a 34 35 a 39 40 a 44 45 a 49 50 a 54 55 a 59 60 a 64 65 a 69 70 a 74 75 a 79 80 a 84 85 a 89 90 a 94 95 a 99 Pirâmide Faixa Etária da População de São João do Caru Pirâmide Faixa Etária da População de São João do Caru
  • 22. Fonte: IBGE, 2010 Imagem de São João do Caru 91 9 0 10 20 30 40 50 60 70 80 90 100 Domicílios particulares ocupados particulares de uso não ocupados e ocasional Distribuição dos Domicílios em São João do Caru: 2.887 domicílios (%) Distribuição dos Domicílios em São João do Caru: 2.887 domicílios
  • 23. Aspectos Geográficos Com uma área territorial de615,700 km², uma população de 15.558 e uma densidade demográfica de 19,99 hab./km². A altitude de São João do Caru é de 65 metros. Suas coordenadas geográficas são: Latitude: 3.54765, Longitude: -46.1619. O município apresenta oscilação no seu crescimento populacional, ou seja, comparado a 2013 que tinha 15.599 habitantes, houve uma redução populacional. Mas, comparado a 2010, cuja população era de 12.309 habitantes, e em 2.000 era de 13.495 habitantes. O que se verifica que houve um crescimento no populacional do município. IBGE, 2000 Gentílico: Caruense. Considerando a via de acesso Bom Jardim-São Luis, São João do Caru apresenta uma distância de 370 km de São Luís (pois de Bom Jardim a São Luis são 270 km, e de Bom Jardim a São João do Caru: 100 km). São João do Caru está localizado no oeste maranhense, microrregião do médio Pindaré, cujos limites são: Ao Norte, município de Governador Newton Bello; a Leste, município de Bom Jardim; a Oeste, município de Centro Novo do Maranhão e ao Sul, município de Bom Jardim. A estimativa da população é de 12.315 habitantes, sendo que 51,5% são homens e 48,5 mulheres. Com uma área territorial de 616 km² e densidade demográfica de 17,13 hab./km² segundo o IBGE no senso de 2010. A altitude é de 50 metros. Ladeado do Rio Caru e cercado de uma densa floresta que ainda resta, o município apresenta 15% de sua área territorial dentro dos limites da REBIO Gurupi (Reserva Biológica), razão da desintrusão ocorrida nos limites territoriais do município. São João do Caru tem três vias de acesso: Bom Jardim, Governador Newton Belo e a cidade de Maranata - Pará. A fronteira de São João do 23,40% 76,60% Localização da População de São João do Caru Zona Urbana Zona Rural
  • 24. Caru com Bom Jardim se dá na ponte do povoado Joãozinho (pertencente a São João do Caru). Na região Caru existe grande extração de madeira, que é exportada para Paragoaminas, no Pará. O escoamento se dá através de estradas vicinais abertas àquela região, via-Caru. Segundo o documento Indicadores Ambientais do Maranhão (2009), São João do Caruapresentou 220 focos anuais de queimadas, e um remanescente de 65% de suas florestas naturais. OUTROS PONTOS EXTREMOS Os pontos extremos do município de São João do Caru, ou seja, pontos mais afastados do centro do município são: *Ao norte com Pin Juriti; *Ao sul, com Boa esperança “Fazenda Mendes” *Ao leste, com o povoado “Cabeça Fria” *Ao oeste, com o povoado “Joãozinho” fontehttp://mapas.guiamais.com.br/guia/sao+joao+do+caru-ma
  • 25. MAPA DAS RUAS DE SÃO JOÃO DO CARU: Fonte: http://www.cidade-brasil.com.br/mapa-sao-joao-do-caru.html
  • 26. VEGETAÇÃO A vegetação caruense é muito variada, refletindo o seu clima quente e úmido, o qual favorece a predominância de arvores de grande porte. Apesar do acentuado processo de desmatamento da mata nativa, ainda é possível encontrar trechos razoáveis de mata tropical úmida. Com o que resta da exuberante vegetação, São João do Caru, possui ainda um diversidade de espécie dentre elas algumas em extinção, como: Cedro, Ipê Roxo e Amarelo, Jatobá, Angelim, Bacuri, Maçaranduba, Tatajuba, Sapucaia, etc., além de outras espécies permanentes à mata aberta como o babaçu, tucum, açaí, bacaba e buriti. A realidade da ambientação regional possui uma situação econômica baseada nas suas atividades no setor primário, através do extrativismo vegetal e agropecuário. Desta forma, o homem passou a interferir no meio ambiente, modificando as partes componentes do sistema, cuja diversidade fica sempre ameaçada por fatores ecológicos de difícil controle podendo, inclusive, levar a perda de espécies ainda desconhecidas. Não tem se preocupado com o meio em que vive, a todo instante, com sua ação incontinente, vem destruindo parcial até totalmente hectares da mata nativa local. Fazendo uma análise consciente do atual quadro ambiental e sua confrontação com o desenvolvimento econômico da região, nos induz seriamente a mobilizar-nos numa ação para conter esse desastre ambiental. O mapa abaixo permite perceber que ainda existe uma boa densidade de florestas envolvendo o Município de São João do Caru. FOTO DE SATÉLITE DE SÃO JOÃO DO CARU: DENSIDADE FLORESTAL http://www.cidade-brasil.com.br/mapa-sao-joao-do-caru.html
  • 27. O Rio Caru nasce na serra do Piracambú ao norte do município. É um rio permanente, tendo um longo período de cheia, período em que é grande o tráfego de transportes fluviais, como lanchas, canoas e rabetas que percorrem todo o seu curso. De acordo com informações obtidas por antigos moradores, o rio Caru foi muito fértil, constando-se a diversidade e quantidade de peixe que garantiam a subsistência da população, além de atrair também pescadores de outras regiões que vinham a procura de peixe, em grande numero naquela época, o SURUBIM, peixe muito apreciado pelo o paladar (Maranhense) brasileiro. Hoje, o rio já não conta mais com a mesma fartura que se encontrava há certa de três ou quatro décadas atrás. A destruição do Rio Caru, vem se propagando cada vez mais, devido a ação desenfreada e impensada do homem que tem poluído aos poucos um recurso natural que é indispensável para a sua sobrevivência. Diariamente são jogadas quantidades significativas de lixo nas encostas do rio, detritos químicos que provem de esgotos domésticos, além de derrubada da vegetação de suas margens e assoreamento das águas. MAPA DE USO E OCUPAÇÃO DE SOLO: SÃO JOÃO DO CARU
  • 28. USO E OCUPAÇÃO DE SOLO: SÃO JOÃO DO CARU Distância dos Principais Povoados à Sede Municipal DE PARA POVOADO Distância Tempo SÃO JOÃO DO CARU À Santana dos Machados 09 km 00:15 h Bom Jesus 10 km 00:20 h São Francisco do Turi 8 km 00:20 h Santarém 14 km 0:20 h Floresta 21 km 00:30 h Floresta II 24 km 00:40 h Alto dos Bezerra 19 km 00:35 h Conceição do Caru 27 km 00:25 h Dois Limãos 12 km 00:20 h Manguari 25 km 00:40 h Pegado 33 km 00:50 h Cabeça Fria 38 km 1:00 h União do Caru 17 km 00:25 h Murchinho 9 km 00:15 km Linhares 12 km 00:20 h Jaboti 14 km 00:25 h Valdimiro 20 km 0:35 h Boa Esperança 18 km 00:40 Povoado Pacas 22 km 00:40 h Fonte: TSE, 2014
  • 29. Reserva Biológica – REBIO/Gurupi São João do Caru, Bom Jardim e Centro Novo do Maranhão REBIO Gurupi - Criada em 1988, através do Decreto Federal nº 95.614 de 12 de janeiro de 1988, com uma área de 341.650 ha e é a única Proteção Integral do Maranhão com uma área de 271.197 há, abrangendo três municípios: Bom Jardim onde compreende uma área de (35,49%), Centro Novo do Maranhão (59,01%), São João do Caru (5,5%) no Estado do Maranhão. Ela (REBIO) está situada na região do Arco do Desmatamento e é estratégica para a conservação, pois, somada às três terras indígenas que fazem fronteira com ela - Alto Turiaçu, Awá e Caru - constitui a última fronteira de área contínua amazônica do Maranhão. A REBIO Gurupi sofre ameaças ao seu território desde que foi criada. Grupos de madeireiros e pequenos agricultores, que vivem dentro dos limites da reserva, destroem a floresta para exploração ilegal de madeira, criação de gado, trabalho escravo e plantações de maconha. Há também conflitos entre colonos, grileiros, sem-terra, e povos indígenas aliciados ao garimpo. Hoje a cobertura florestal da REBIO/Gurupi está reduzida a 65% do original. Toras arrmazenadas na REBIO do Gurupi. Foto: Nelson Feitosa. Caminhão apreendido em flagrante e depois liberado por decisão judicial. (Foto 2)
  • 30. Aspectos Educacionais Nos anos 80, quando ainda povoado de Bom Jardim, São João do Caru mesmo com um grande contingente populacional, funcionava apenas o ensino fundamental de 1ª a 8ª série. O alto índice de analfabetismo existente, fato que até o ano 2.000 o município ostentava acima de 51,6% de analfabetismo pleno (o pior do estado do Maranhão), situação esta omissa e entregues à revelia dos governos das esferas municipal, estadual e federal. O ensino Médio era prerrogativa apenas da zona urbana do município. Atualmente, no período pós emancipação e com sua independência administrativa, muitas conquistas foram auferidas no campo educacional. O município, em seu quadro educacional encontra-se “aparelhado” com todas as modalidades de ensino em ação que encontra-se assim definida:  A Educação Infantil – na Pré-Escola apresentava um número de 789 alunos matriculados no ano de 2012.  O Ensino Fundamental de 1º ao 9º ano em 2012 contava com um total de 4.378 alunos matriculados na rede municipal.  Já o Ensino Médio que dantes não era ofertado – ficando a juventude entregue ao abandono educacional, - em 2012 contava com um total de 495 alunos matriculados, o que ainda é pouco, comparado a uma população atual de cerca de 15.000 habitantes. Diagnóstico da Educação de São João do Caru em sua problemática Distorção Idade-Série Zona Urbana Ensino Fundamental de 1º ao 9º ano Ensino Médio 1º ao 3º ano 27,7% 43,3% Zona Rural Ensino Fundamental de 1º ao 9º ano Ensino Médio 1º ao 3º ano 39,6% 68,1% Fonte: IBGE, 2013.
  • 31. Taxa de Abandono (Evasão Escolar) Ensino Fundamental – 1º ao 9º ano Ensino Médio Zona Urbana 5,1% Zona Urbana 8,6% Zona Rural 2,8% Zona Rural 5,4% INEP/2013. NÚMERO DE PROFESSORES POR MOIDALIDADES Ano Referencial: 2012 Rede Modalidade Nº Professores Nº de Escolas Municipal Ensino Fundamental 1º ao 9º ano 239 52 Estadual Ensino Médio: 1º, 2º e 3º ano 31 4 Fonte: IBGE, 2013 IDEB Resultados e Metas - 5º ao 6º ano IDEB Observado Metas Projetadas Município 2005 2007 2009 2011 2013 2013 2015 2017 2019 2021 São João do Caru 3,7 4,8 3,3 3,8 2,9 4,8 5,0 5,3 5,5,6 5,9 IDEB Resultados e Metas - 9º ano IDEB Observado Metas Projetadas Município 2005 2009 2011 2013 2013 2015 2017 2019 2021 São João do Caru 3,4 3,0 3,6 3,5 4,2 4,6 4,9 5,1 5,4 Fonte: INEP, 2013.
  • 32. Aspectos Econômicos IBGE, 2013 Dados Evolutivos da Pecuária em São João do Caru Ano nº por cabeças/gado 2004 26.237 2006 20.697 2012 28.290 Produção de leite - 398 mil litros. Fonte: IBGE, 2012 A produção bovina prepondera no pesa da economia municipal. 49,3 7,1 43,6 0 10 20 30 40 50 60 Agropecuária Indústria Serviços Composição da Economia de São João do Caru Composição da Economia de São João do Caru
  • 33. Produção Agrícola de São João do Caru Ano Produto Agrícola Quantidade 2006 Feijão 147 toneladas Mandioca 2.510 toneladas Milho 197 toneladas Arroz 9.581 toneladas Fonte: IBGE/2012. Na agricultura a produção de arroz é predominante. Observação Sabe-se que o município tem terras férteis e boas para produção de abóbora e melancia, no entanto há pouca produção. Outro fato que vale citar é que atualmente, além da produção da piscicultura, existe também uma grande quantidade de açudes espalhados na área territorial do município, e esta produção não é contabilizada nos dados econômicos do município nas fontes do IBGE.
  • 34. Extração Vegetal e Silvicultura e Extrativismo - 2012 Fonte: IBGE, 2012 Situação de Emprego Socioeconômica Número de empresas 34 Maior empregador: Prefeitura Municipal Pessoal ocupado 460 pessoas Salário médio mensal 1,3 salários mínimos. Além dessas fontes, existem também outras como: Aposentados, beneficiários de programas Bolsa Família e Pesca Artesanal – que contribuem para dinamizar a vida econômica no município. Fonte: IBGE, 2012. Produto Quantidade Valor/Produção r$ Madeiras- Carvão vegetal 769 toneladas 431 mil reais Madeiras lenha 14.820 metros cúbicos 320 mil reais Madeiras em tora 3.943 metros cúbicos 662 mil reais Oleaginosos babaçu, amêndoa 199 toneladas 234 mil reais
  • 35. Dados Evolutivos da Frota em São João do Caru Ano: 2005 a 2013 Tipo 2005 2013 Automóveis 02 36 Caminhões 3 31 Trator 0 0 Caminhonetes 0 35 Camionetas 0 01 Micro-ônibus 1 01 Motocicletas 100 630 Motonetas 2 11 Ônibus 0 01 Total Geral 108 746 veículos Fonte: IBGE, 2013.
  • 36. Hino a São João do Caru Das verdes matas surges com resplendor O rio Caru é teu seio amado Teus filhos te honram, terra de labor! São João do Caru, berço adorado. És terra fértil, de céu de anil És preciosa para o Brasil. Das tuas terras saem nosso sustento concedes abrigo ao desamparado por isso cresceste forte, com talento! São João do Caru, berço adorado. És terra fértil, de céu de anil És preciosa para o Brasil. Das tuas entranhas surgiram grandes homens que com coragem te emanciparam Por este feito és, hoje e para sempre, São João do Caru, berço adorado. És terra fértil, de céu de anil És preciosa para o Brasil. O hino a São João do Caru, foi criado e aprovado no ano de 2008; o hino é uma das autorias do professor e também poeta da terra Cláudyo Teixeira. Brasão de São João do Caru
  • 37. Festival do Peixe em São João do Caru O Festival do Peixe é um evento cultural de São João do Caru que, assim como outras cidades na região Pindaré, tornou-se tradição na vida social de seus munícipes. Em 2013 aconteceu nos dias 20, 21 e 22 de Setembro. Fonte: www.bomjardimma, 2013
  • 38. São João do Caru e seus Contrastes Sociais Atualmente emancipado, possui um número populacional segundo as estimativas do IBGE de 2014 de 15.558 habitantes. Em 2006 eram 14.845. Já no ano de População 2010 essa população havia caído para 12.309 habitantes. E apresenta uma área territorial de 616 km². A cerca de 100 km de Bom Jardim, este município, em 2.000 possuía o maior índice de analfabetismo do estado do Maranhão: 50,6%. Nos indicadores da ONU no mesmo ano, esse índice era de 53%. Em 2010 esse índice de analfabetismo caiu para 31,06%. Devido o alto contingente de analfabetos ser pessoas idosas, há especulações e estudos que afirmam que, essa redução de analfabetismo elevados em muitos municípios seja por conta de dois fatores:  Um paliativo dos programas existentes como Brasil Alfabetizado;  E o consequente índice de mortalidade – afinal neste contingente encontra-se um grande número de pessoas em idade avançada.  Sabendo que o índice de analfabetismo (dos países) da África gira em torno de 33%, conclui-se que existem verdadeiras “pequenas áfricas” no interior do Maranhão pelo exposto acima.  O índice de analfabetismo de São João do Caru é o do Brasil dos anos 70.  Em 2010, o índice de analfabetismo do Brasil era de 9,6%.  Em 2012, o índice de analfabetismo do Nordeste era de 17,4% (onde se localizava 54% dos analfabetos do país).  Em 2009, o índice de analfabetismo do Estado do Maranhão era de 19,31%. Veja o que dizem pesquisas e grandes pensadores sobre o analfabetismo: “O analfabeto compreende mal o que ouve e responde de maneira bastante imperfeita às mensagens assim recebidas. O analfabeto precisa até de atenção mais aplicada ao que vê.”(O GLOBO,27/10/1989) Para Coelho Neto (apud Leandro, 2007), a ignorância é a treva de cegueira. Cada letra do alfabeto que nela soa é como uma centelha na escuridão.
  • 39. Já para Sócrates, “Quem ler tem mais chance à cidadania, sabe o que está acontecendo, avança para novos horizontes e melhora o vocabulário”. “A pobreza é a mãe do analfabetismo. O analfabetismo é uma porta entreaberta para a pobreza.” (Roza, 2005, p. 8). “Os problemas causados pelo analfabetismo são as principais razões do ciclo permanente de pobreza e subdesenvolvimento em que muitos países se encontram”.(Correio Brasiliense, 7/9/1989). “O analfabetismo inibe o progresso e a produtividade, impede o avanço cultural e espiritual, e ajuda a manter a dependência crônica de sociedades inteiras”.(Correio Brasiliense, 7/9/1989). Piora nos indicadores de Desenvolvimento Humano IDH São João do Caru Em 2000 ocupava a 205ª posição de Índice de Desenvolvimento Humanono ranking do Estado. Em 2010 despencou para 211ª posição. Isso significa que a qualidade de vida da população, considerando EDUCAÇÃO, SAÚDE, LONGEVIDADE E RENDA - Piorou. É o preço da falta de políticas públicas sérias e planejadas e competentes para o município. IDH DE SÃO JOÃO DO CARU 1.991-2010 Fonte: Atlas Brasil 2013. Programa das Nações Unidas para o Desenvolvimento. Produto Interno Bruto Per capita de São João do Caru: Ano Nº Habitantes Renda per capita R$: 2.000 13.495 3.165 r$/ha 2005 -- 2.679 r$ /ha IBGE, 2005 2011 -- 5.089,14 r$/ha Fonte: IBGE/2013 No ano de 2013, a renda média mensal do maranhense é de r$ 360,43, segundo Nações Unidas (a pior do Brasil). *PIB per capita de São João do Caru em 2009 – r$ 3.165,00 * PIB per capita de Bom Jardim – r$ 6.517,00. 1.991 2.000 2010 0,408 0,511 0,509 - 211ª posição no Estado
  • 40. * PIB per capita Maranhão: r$ 6.259,00 O IDH é um critério estabelecido pela ONU (Organização das Nações Unidas) para avaliar o nível de desenvolvimento econômico e social dos países, estados e municípios. É publicado anualmente para classificar os países. O IDH leva em consideração três características do processo de desenvolvimento humano: A expectativa ou esperança devida ao nascer, ou seja, a quantidade de anos que as pessoas poderão viver, considerando as condições de moradia, saúde, alimento. Essa característica é denominada longevidade. Considerando o aspecto longevidade, a expectativa de vida em Bom Jardim em 2007 é de 55 anos. Maranhão: 66,4 anos. Brasil: 72,7 anos. Estados Unidos: 78 anos. África do Sul: 49,3 anos. O IDH vai de 0 a 1: quanto mais próximo de 0, pior o desenvolvimento humano; quanto mais próximo de 1, melhor. O índice considera indicadores de saúde, renda e educação. Bom Jardim teve os seguintes índices: Renda: 0.519 Longevidade: 0.750 Educação: 0.400 De acordo o gráfico, o desempenho foi arrastado pra baixo bruscamente pela educação, apesar do índice ter melhorado nos últimos anos. Veja o Ranking de algumas cidades da Região considerando que são 217 municípios maranhenses: O povo de Bom Jardim deixa de viver 17,7 anos a menos que a média nacional. Infelizmente, há cidadãos conformados que “acham”que isto não tem a ver com o modelo político local vigente. Distribuição da População Ocupada por Rendimento (Salário Mínimo)- 2000 Até 1 1-2 2-3 3,5 5-10 Mais de 10 42,4% 14,7% 2,8% 2,3% 1,5% 0,7% IDH 2010 IDH Geral Esperança de Vida Mortalidade Infantil IDH educação IDH longevidade IDH renda 0,538 69,98 29,4 0,4 0,75 0,519 Dentre os municípios do Vale do Pindaré, Bom Jardim tem segundo pior IDH, perdendo apenas para São João do Caru. Sendo de acordo com os dados comparativos, a segunda pior cidade para se viver do Vale do Pindaré e uma das
  • 41. Desintrusão da área Indígena REBIO/Gurupi em Território de São João do Caru O município de São João do Caru sofreu um duro golpe com o processo de desintrusão da terra indígena dos Awá-Guajá, determinada pelo Governo Federal. Cerca de 1.200 famílias (mais de 6.000 pessoas) que viviam em povoados dentro da área indígenas (Povoado Caju e Cabeça Fria) as quais não tinham para onde ir. As mesmas foram retiradas por forças federais em 2014, acampada pela FUNAI (Fundação Nacional do Índio) com amparo judicial, o qual busca preservar a etnia, considerada um dos últimos índios isolados do planeta. Três outros municípios também afetados foram: Zé Doca, Newton Belo e Centro Novo do Maranhão. São famílias humildes, que vivem abaixo da linha da pobreza, morando em barracos de pau a pique e cobertos de palha. Os mesmos vivem da produção de mandioca para produção de farinha e do cultivo de arroz. Foram impiedosamente “expulsos” de suas terras onde muitos – por quase meio século ali viviam, sem direito a indenização e acolhimento no governo Dilma Roussef. Com 118 mil hectares, a TI está entre outras duas terras indígenas que os Guajás compartilham com outros índios, já demarcadase homologadas. São elas: a TI Alto Turiaçu, com 530 mil hectarese a TI Caru, com 172 mil hectares. Com a demarcação da TI Awá, forma-se uma área contínua de extrema importância na defesa dos povos Awá-Guajá.
  • 42. Insatisfação popular Casas destruídas pela ação de desocupação. Moradores, literalmente, sendo expulsos de suas casas, sem direito à indenização. Reserva Indígena ou Interesses Escusos? Os moradores da área, afetada alegam que ali não existia nenhuma aldeia Awa-Guajá. Segundo uma comissão de atingidos pela demarcação da terra indígena, o problema teria iniciado em 1980, quando a Petrobras e a Vale do Rio Doce fizeram uma pesquisa de prospecção de minério, quando deixaram vários poços perfurados e hoje lacrados com existência de gás natural. Jazidas de bauxita e outros minérios ficaram marcados com marcos de cimento e toda a extensão da serra da desordem.
  • 43. Em 1992, o então ministro da justiça Célio Borja, na gestão de Fernando Collor e se baseando em laudos da Funai, baixou a portaria 373/92, que de acordo com os atingidos, foi de “forma irresponsável” porque não analisou o impacto social que iria causar nos quatro municípios afetados. “Estamos sendo tratados como invasores de reserva indígena, sendo que é o contrario, é a Funai que está invadindo nossas propriedades” afirmam os moradores, apresentando documentos de cartório de 1929 e autorizações de desmatamento oriunda do IBAMA (antigo IBDF) de 1982. Um auto de inspeção judicial de 2002, assinado pelo juiz federal José Carlos Madeira é apresentado pela comissão que defende a permanência dos moradores, onde é relatado que foram encontrados 33 silvícolas nas proximidades do posto indígena Juriti, que tinha como responsável Patriolino Viana. A visita contou com a presença da antropóloga Eliane Cantarino. Na visita, dois índios reconheceram o comandante do helicóptero como sendo o homem que os resgataram em 1999 nas proximidades do estado do Pará, na região de Paragominas. Desta forma, entendem que, milhares de brasileiros estão sendo expulsos de suas terras, ocupadas há quase um século, para defesa de indígenas que não são tradicionais na ocupação da região. Foram trazidos e colocados ali pela Funai para “legitimar” o direito de expulsão. Em reunião com moradores, todos relatam que nunca foram intimados ou comunicados da iminente desintrusão. “Aqui nunca veio ninguém para nos notificar. Só passa por aqui um pessoal falando enrolado, devem ser gringos” afirmam, se referindo supostamente integrantes da ONG Survival International, que pressiona o Governo Brasileiro para a conclusão da demarcação e expulsão das cerca de 6000 pessoas que estão dentro da terra do Awa-Guajá Para os moradores, este fato comprova que os índios nunca habitaram aquela região. Na época, o juiz pediu que todo o processo fosse levado a cabo, com extrema sensibilidade social. Segundo o advogado Emerson Galvão, da FAEMA (Federação da Agricultura e Pecuária do Maranhão), "a demarcação é tendenciosa e prejudica somente os mais pobres". Próximo dali, na área conhecida como Serra da Desordem, já existe autorização de pesquisa para exploração de metais como estanho e ouro. Uma delas conta inclusive com autorização da Funai.
  • 44.
  • 45. Referência MOTTA, Adilson. Radiografia de uma cidade brasileira. Bom Jardim – MA, 2013. TEIXEIRA, Cláudyo. História de São João do Caru. 2011. Profº RIVALDO. História de São João do Caru. 2012. COSTA, Paulo. Revista: “O Retrato do Brasil” que o Brasil não conhece. 01/2014 http://jornalggn.com.br/noticia/exercito-planeja-cortar-energia-para-sufocar-povoados-de- sao-joao-do-caru-ma-na-proxima-segunda-feira-6. Reserva Awá-Guajá, 2013.
  • 46. Um Olhar Sobre a História de São João do Caru e Seus Contrastes