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2
A Justiça da Graça
e a Justiça da Lei
Por
Silvio Dutra
Set/2019
3
A474
Alves, Silvio Dutra
A justiça da graça e a justiça da Lei
Silvio Dutra Alves – Rio de Janeiro, 2019.
42p.; 14,8 x21cm
1. Teologia. 2. Vida Cristã. 3. Fé 4. Graça.
I. Título.
CDD 252
4
A justiça da Graça é pela fé em Cristo e a
justiça da Lei é pelo cumprimento perfeito dos
mandamentos da Lei.
A justiça da Lei com seus sacerdotes, sacrifícios
de animais, cerimônias e obediência aos
mandamentos, não são suficientes e nem
eficazes para satisfazer a justiça de Deus. Isto é
feito somente pela justiça da graça com a fé no
sacrifício e sacerdócio de Cristo.
Somente Cristo poderia ser o sacrifício e o
sacerdote que convém a pecadores para que
possam ser apresentados por Ele a Deus.
Um sacerdote é uma pessoa pública, que lida
com um Deus ofendido em nome do culpado,
pela reconciliação pelo sacrifício, que ele
oferece a Deus sobre um altar, sendo chamado
por Deus para este ofício, para que ele possa ser
aceito. Então um sacerdote fala de uma relação
com um altar, um altar com uma sacrifício e
sacrifício pelo pecado.
Aqueles a quem Cristo representou na aliança
como pecadores, ele se tornou seu Sumo
Sacerdote, aparecendo diante de Deus em seu
nome, para fazer expiação e reconciliação por
eles.
5
Desde que o primeiro homem pecou, tornando-
se desagradável à justiça e santidade de Deus,
dali em diante, todo aquele que buscasse se
arrepender do pecado e se aproximar de Deus
deveria fazê-lo através de um mediador que
fosse sacerdote chamado por Deus para fazê-lo,
para agir entre Deus e o pecador, e isto foi feito
na dispensação do Antigo Testamento, ou da
Lei, com a chamada de Abraão e seus
descendentes para o exercício do sacerdócio, e
somente eles poderiam fazê-lo porque foram
consagrados por Deus especialmente para este
ofício.
Tudo isto, no entanto, tipificava aquele grande
mediador e sacerdote por meio de quem a
aproximação de pecadores era possível diante
de Deus, mesmo no período da Lei ou Antiga
Aliança.
Somente isto seria considerado justo, porque a
Justiça divina não permite que haja
aproximação para comunhão entre luz e trevas,
e de pecadores com um Deus santo.
O sacerdote que atenderia de fato às demandas
da justiça divina, deveria oferecer dons e um
sacrifício que fosse idôneo para realizar a
satisfação completa da justiça, que exige a
morte do transgressor da Lei de Deus.
6
A transgressão do pecador não foi dirigida
contra criaturas mas contra o próprio Deus
eterno, infinito e perfeito, de modo que o
sacerdote e o sacrifício que se interporiam em
favor de pecadores, deveria ser também de
alguém que fosse eterno, infinito e perfeito, a
saber, somente o próprio Deus poderia fazê-lo, e
como o Pai foi a parte diretamente ofendida, o
advogado do pecador deveria ser divino mas que
pudesse reconciliar a parte ofensora (pecador)
com a ofendida (Deus Pai).
O Espírito Santo, sendo o operador na Trindade
de tudo quanto deva ser criado ou realizado,
assim como se encontrava sobre as águas no
princípio da criação para gerar tudo o que foi
ordenado pela Palavra (Jesus), Ele também seria
o continuador destas operações na nova criação
espiritual que seria gerada pelo Verbo, ou
Palavra.
Então, por ordem na Trindade, Jesus deveria ser
designado o Sacerdote e Mediador desta nova
criação.
Todo este arranjo da Graça é perfeitamente
justo, pois é por ele que se atende todas as
demandas da própria justiça divina.
7
“Pois, segundo o seu querer, ele nos gerou pela
palavra da verdade, para que fôssemos como
que primícias das suas criaturas.” (Tiago 1.18).
“pois fostes regenerados não de semente
corruptível, mas de incorruptível, mediante a
palavra de Deus, a qual vive e é permanente.” (I
Pedro 1.23).
A necessidade de um sacrifício na segunda
aliança surgiu da justiça de Deus exigindo a
execução da maldição da primeira aliança
quebrada; pela qual o pecador deve cair em
sacrifício por seu pecado, de acordo com isso.
A maldição não pode ser removida porque é
segundo a justiça divina em razão do pecado,
mas o pecador poderia ser resgatado de debaixo
da dela, se este Substituto perfeito, eterno e
infinito se fizesse maldição em seu lugar.
“13 Cristo nos resgatou da maldição da lei,
fazendo-se ele próprio maldição em nosso lugar
(porque está escrito: Maldito todo aquele que
for pendurado em madeiro),
14 para que a bênção de Abraão chegasse aos
gentios, em Jesus Cristo, a fim de que
recebêssemos, pela fé, o Espírito prometido.”
(Gálatas 3.13,14).
8
Se a justiça exige tal satisfação à Lei quebrada,
para o resgate da sua maldição, então jamais
poderíamos realizar tal satisfação por nossos
próprios méritos e obras, os quais são finitos e
imperfeitos.
Daí dizer o apóstolo:
“13 Cristo nos resgatou da maldição da lei,
fazendo-se ele próprio maldição em nosso lugar
(porque está escrito: Maldito todo aquele que
for pendurado em madeiro),
14 para que a bênção de Abraão chegasse aos
gentios, em Jesus Cristo, a fim de que
recebêssemos, pela fé, o Espírito prometido.”
(Filipenses 3: 8, 90.
“sabendo, contudo, que o homem não é
justificado por obras da lei, e sim mediante a fé
em Cristo Jesus, também temos crido em Cristo
Jesus, para que fôssemos justificados pela fé em
Cristo e não por obras da lei, pois, por obras da
lei, ninguém será justificado.” (Gálatas 2.16).
“21 Mas agora, sem lei, se manifestou a justiça
de Deus testemunhada pela lei e pelos profetas;
22 justiça de Deus mediante a fé em Jesus Cristo,
para todos [e sobre todos] os que creem; porque
não há distinção,
9
23 pois todos pecaram e carecem da glória de
Deus,
24 sendo justificados gratuitamente, por sua
graça, mediante a redenção que há em Cristo
Jesus,
25 a quem Deus propôs, no seu sangue, como
propiciação, mediante a fé, para manifestar a
sua justiça, por ter Deus, na sua tolerância,
deixado impunes os pecados anteriormente
cometidos;
26 tendo em vista a manifestação da sua justiça
no tempo presente, para ele mesmo ser justo e o
justificador daquele que tem fé em Jesus.
27 Onde, pois, a jactância? Foi de todo excluída.
Por que lei? Das obras? Não; pelo contrário, pela
lei da fé.
28 Concluímos, pois, que o homem é justificado
pela fé, independentemente das obras da lei.”
(Romanos 3.21-28).
Uma justiça que respondesse somente ao
cumprimento da Lei por parte de pecadores que
são por natureza imperfeitos, jamais poderia ser
uma justiça perfeita, e a razão disso é muito
simples e clara, uma vez que sendo Deus
perfeitamente justo e santo, importa que aquele
10
que for justificado seja habilitado para isto, e a
única forma de obter tal perfeição é somente
pela fé do evangelho, que nos introduz na
esperança da salvação em Cristo, de que
seremos aperfeiçoados até a Sua plena estatura,
quando atingirmos o estado de glória, conforme
prometido na Palavra, e comprovado pelo
crescimento espiritual progressivo que fazemos
ainda nesta vida, sendo transformados de glória
em glória e de fé em fé, pelo recebimento de
medidas maiores da graça de Deus em nossa
santificação.
Como tudo isso se refere à vida do próprio Cristo
que é infundida em nós, e que se manifesta
mediante a nossa fé nEle, então é dito nas
Escrituras ser o próprio Cristo a nossa justiça.
“Mas vós sois dele, em Cristo Jesus, o qual se nos
tornou, da parte de Deus, sabedoria, e justiça, e
santificação, e redenção,” (I Cor 1.30).
“Nos seus dias, Judá será salvo, e Israel habitará
seguro; será este o seu nome, com que será
chamado: SENHOR, Justiça Nossa.” (Jeremias
23.6).
A justiça que é segundo Deus não decorre
somente de punição de transgressões ou
restituições feitas às partes ofendidas, mas a um
11
caráter verdadeiramente justo, a um estado
santo e bom da alma, que possa estar em
perfeita e completa obediência e amor a Ele.
Como alguém poderia obter isto sem ser
redimido e aperfeiçoado por Jesus Cristo?
Como poderíamos ser espirituais e não carnais,
de modo a atender em tudo a Deus que é
Espírito?
Necessitávamos de Alguém que além de fazer a
expiação da nossa culpa e pecados, fosse
também espírito vivificador para nós, para que
pudéssemos nascer de novo, por um
nascimento espiritual, que nos tornasse novas
criaturas para Deus.
Como é somente isto que atende ao plano
eterno de Deus, e a tudo o que Ele é em Sua
pessoa e caráter, então somente disto pode ser
dito ser justo perante Ele.
Cristo é a nossa justiça, e o fim da Lei é Cristo
para todo aquele que crê.
A Lei não pode operar tudo o que a justiça exige.
A Lei não opera pela fé, senão somente a graça.
E como somos salvos pela graça, importa que
12
esta salvação seja pela fé, e não pelas obras da
Lei.
A obediência da fé foi a única obediência pela
qual a condição da aliança da graça foi
realizada; e assim pecadores teriam vida, não
por nenhum trabalho pessoal ou ação deles,
mas pela obediência do próprio Cristo, nossos
representante a quem Deus graciosamente fez a
promessa da vida.
Assim, a aliança da graça exclui nossa
vanglória. Isso está claro em Romanos 3:27,
"Onde, pois, a jactância? Foi de todo excluída.
Por que lei? Das obras? Não; pelo contrário, pela
lei da fé.”
Portanto, uma vez que a aliança da graça é tão
estruturada, que não deixa terreno para nossa
vanglória, nenhuma obra nossa, senão a
obediência perfeita de Cristo à Lei, cumpre toda
a justiça.
“Não por obras de justiça praticadas por nós,
mas segundo sua misericórdia, ele nos salvou
mediante o lavar regenerador e renovador do
Espírito Santo.” (Tito 3: 5)
“8 Porque pela graça sois salvos, mediante a fé;
e isto não vem de vós; é dom de Deus;
13
9 não de obras, para que ninguém se glorie.”
(Efésios 2.8,9).
Ainda que o homem não tivesse caído no
pecado, ele não teria motivo para se gloriar por
ser justo, porque isto seria nele o resultado da
operação da graça divina. A mesma graça que
está operando agora nos eleitos.
É justo que Deus exija conformidade absoluta à
Sua pessoa, santidade e caráter porque o
homem foi criado para ser à Sua exata imagem e
semelhança. E onde isto falta, não se cumpre o
propósito divino, e por conseguinte não há
satisfação da justiça.
Então alguém dirá: “Se os crentes não são
perfeitamente justos neste mundo, como
podem ser considerados aptos para o céu e para
a comunhão com Deus, uma vez que é inegável
que há a presença de pecados que remanescem
neles?”
A isto respondemos que tendo pela fé em Jesus
para ser a Justiça deles, são considerados por
Deus como mortos com Cristo e tendo sua culpa
e pecados perdoados, porque Cristo os tomou
sobre Si em sua morte na cruz. Quanto à prática
das obras de justiça e de um procedimento justo
e santo, Deus poderia lhes conceder isto de
14
forma total e absoluta, como é concedido aos
anjos eleitos no céu, no momento mesmo da
conversão inicial deles, mas para o atendimento
de propósitos específicos, conforme a Sua
eterna sabedoria, permite que tenham ainda
que lutar com muitos pecados, para o exercício
da fé.
Aí vem a réplica: “Mas a questão permanece de
pé, porque se a justiça exige perfeição absoluta,
como podem ser aceitos e recebidos por Deus na
condição de imperfeição em que ainda se
encontram?”
De novo respondemos: Não pode ser esquecido
que os que são salvos foram eleitos para a
salvação antes mesmo da criação do mundo.
Eles ainda não existiam e foram conhecidos por
Deus em Sua presciência e amados por Ele, e
dados ao Seu Filho Jesus Cristo para se
encarregar da salvação e do aperfeiçoamento
completo deles na justiça e santidade. Só que
isto seria feito por etapas. Primeiro, eleição,
depois chamada, depois justificação e
regeneração, depois santificação e finalmente
glorificação. Tudo isto é feito no tempo
conhecido e determinado por Deus para cada
um dos eleitos.
15
Ele os recebe perfeitos no céu, mas trabalha a
perfeição deles a partir da Terra, enquanto
caminham aqui embaixo.
Eles jamais se apartarão do Senhor, porque Ele
prometeu fazer isto neles, e tem sido e será
sempre cabalmente cumprido, porque nenhum
dos projetos de Deus pode ser frustrado.
Jesus é a garantia do cumprimento da aliança da
graça. Ele é o fiador de todos os crentes, para
suprir todas as deficiências deles. Pela fé que os
uniu a Ele, sempre permanecerão ligados à
cabeça e nada poderá retirá-los desta posição.
“31 Que diremos, pois, à vista destas coisas? Se
Deus é por nós, quem será contra nós?
32 Aquele que não poupou o seu próprio Filho,
antes, por todos nós o entregou, porventura, não
nos dará graciosamente com ele todas as coisas?
33 Quem intentará acusação contra os eleitos de
Deus? É Deus quem os justifica.
34 Quem os condenará? É Cristo Jesus quem
morreu ou, antes, quem ressuscitou, o qual está
à direita de Deus e também intercede por nós.
16
35 Quem nos separará do amor de Cristo? Será
tribulação, ou angústia, ou perseguição, ou
fome, ou nudez, ou perigo, ou espada?
36 Como está escrito: Por amor de ti, somos
entregues à morte o dia todo, fomos
considerados como ovelhas para o matadouro.
37 Em todas estas coisas, porém, somos mais
que vencedores, por meio daquele que nos
amou.
38 Porque eu estou bem certo de que nem a
morte, nem a vida, nem os anjos, nem os
principados, nem as coisas do presente, nem do
porvir, nem os poderes,
39 nem a altura, nem a profundidade, nem
qualquer outra criatura poderá separar-nos do
amor de Deus, que está em Cristo Jesus, nosso
Senhor.” (Romanos 8.31-39).
“38 Eles serão o meu povo, e eu serei o seu Deus.
39 Dar-lhes-ei um só coração e um só caminho,
para que me temam todos os dias, para seu bem
e bem de seus filhos.
40 Farei com eles aliança eterna, segundo a qual
não deixarei de lhes fazer o bem; e porei o meu
17
temor no seu coração, para que nunca se
apartem de mim.” (Jeremias 32.38-40).
Para que houvesse esta completa certeza da
segurança eterna da salvação dos eleitos, a
aliança foi feita entre Deus Pai e Jesus Cristo
antes mesmo da fundação do mundo, para que
Jesus se encarregasse de tudo o que fosse
necessário para a perfeita salvação deles,
conforme seria revelado em várias profecias até
que Ele se manifestasse em Seu ministério
terreno.
Deus não permita portanto, que justifiquemos a
fé e a obediência fora da aliança da graça:
aqueles que o fazem em princípio ou prática,
assim justificam-se fora do reino dos céus:
Mateus 5:19, "Aquele, pois, que violar um destes
mandamentos, posto que dos menores, e assim
ensinar aos homens, será considerado mínimo
no reino dos céus; aquele, porém, que os
observar e ensinar, esse será considerado
grande no reino dos céus", isto é, ele será tratado
como ele tratou qualquer um desses
mandamentos divinos, ele será julgado indigno
da comunhão daquele reino, porque se exige
dos seus cidadãos que sejam perfeitos assim
como o Pai deles é perfeito, e que tenham total
amor aos Seus mandamentos assim como Ele os
18
ama, pois nada preza mais do que a Sua própria
Palavra.
Agora, como alguém obteria um coração e
mente que amasse a Deus com toda a sua mente,
alma e força, a não ser por meio da fé em Jesus,
que é aquele que nos capacita para isto?
Ainda que um crente autêntico venha a cometer
pecados dos quais ele esteja consciente que são
contrários à vontade de Deus, ele se entristecerá
por isto, e buscará confessá-los e arrepender-se
de seu mau caminhar, porque em Cristo passou
a odiar todo e qualquer pecado, e não há alguém
ou algo que Ele mais ame do que a Deus e à Sua
Palavra.
Este amor e ligação é operado pelo Espírito
Santo que habita no crente, porque mais do que
ter seus pecados perdoados e esquecidos pela
promessa da aliança, Deus prometeu inscrever
sua lei na mente e coração de seus filhos, e isto
é feito pela habitação do Espírito Santo neles.
“31 Eis aí vêm dias, diz o SENHOR, em que
firmarei nova aliança com a casa de Israel e com
a casa de Judá.
32 Não conforme a aliança que fiz com seus pais,
no dia em que os tomei pela mão, para os tirar da
19
terra do Egito; porquanto eles anularam a minha
aliança, não obstante eu os haver desposado, diz
o SENHOR.
33 Porque esta é a aliança que firmarei com a
casa de Israel, depois daqueles dias, diz o
SENHOR: Na mente, lhes imprimirei as minhas
leis, também no coração lhas inscreverei; eu
serei o seu Deus, e eles serão o meu povo.
34 Não ensinará jamais cada um ao seu próximo,
nem cada um ao seu irmão, dizendo: Conhece
ao SENHOR, porque todos me conhecerão,
desde o menor até ao maior deles, diz o
SENHOR. Pois perdoarei as suas iniquidades e
dos seus pecados jamais me lembrarei.”
(Jeremias 31.31-34).
Os judeus, até o dia de hoje, em sua grande
maioria, por terem rejeitado crer em Cristo para
ser o Messias e Salvador deles, permanecem
endurecidos por buscarem ser justos diante de
Deus por meio das obras da Lei, e nisto se
aplicam as palavras que o apóstolo registrou em
relação a eles:
“3 Porquanto, desconhecendo a justiça de Deus
e procurando estabelecer a sua própria, não se
sujeitaram à que vem de Deus.
20
4 Porque o fim da lei é Cristo, para justiça de
todo aquele que crê.
5 Ora, Moisés escreveu que o homem que
praticar a justiça decorrente da lei viverá por ela.
6 Mas a justiça decorrente da fé assim diz: Não
perguntes em teu coração: Quem subirá ao
céu?, isto é, para trazer do alto a Cristo;
7 ou: Quem descerá ao abismo?, isto é, para
levantar Cristo dentre os mortos.
8 Porém que se diz? A palavra está perto de ti, na
tua boca e no teu coração; isto é, a palavra da fé
que pregamos.
9 Se, com a tua boca, confessares Jesus como
Senhor e, em teu coração, creres que Deus o
ressuscitou dentre os mortos, serás salvo.
10 Porque com o coração se crê para justiça e
com a boca se confessa a respeito da salvação.
11 Porquanto a Escritura diz: Todo aquele que
nele crê não será confundido.
12 Pois não há distinção entre judeu e grego,
uma vez que o mesmo é o Senhor de todos, rico
para com todos os que o invocam.
21
13 Porque: Todo aquele que invocar o nome do
Senhor será salvo.” (Romanos 10.3-13).
A fé é necessária para nos salvar em Jesus
Cristo, a cabeça da aliança: e ninguém pode
alcançar a felicidade eterna, sem acreditar de
verdade, pois os que não creem não podem ter o
Espírito de fé habitando neles.
Pela fé, abraçamos pessoalmente o pacto,
consentimos e descansamos na condição da
aliança cumprida por Cristo; e assim somos
justificados e levados a um estado de salvação:
João 10: 9: " Eu sou a porta. Se alguém entrar por
mim, será salvo; entrará, e sairá, e achará
pastagem." “Mas, a todos quantos o receberam,
deu-lhes o poder de serem feitos filhos de Deus,
a saber, aos que creem no seu nome;”, João 1:12.
“Porque Deus amou ao mundo de tal maneira
que deu o seu Filho unigênito, para que todo o
que nele crê não pereça, mas tenha a vida
eterna.”, João 3:16. “Respondeu-lhe Jesus: Eu sou
o caminho, e a verdade, e a vida; ninguém vem
ao Pai senão por mim.”, João 14: 6.
Deus nos predestinou para a vida eterna, e
portanto, a justiça não poderá ficar satisfeita
com nada que seja diferente disto. Se não
tivermos vida eterna, nada temos, para que
possamos agradar a Deus. De modo que a aliança
22
da graça trata de uma questão de vida, e não de
mera realização de obras religiosas. Esta vida
eterna está somente em Jesus Cristo e naqueles
que nEle creem. Ele é a fonte da vida eterna, e
não a acharemos em qualquer outra fonte.
Se é pela fé que o justo vive conforme declarado
na Palavra de Deus, então sem fé é impossível
não apenas ser justo, mas também ter vida
eterna. De modo que sem fé é impossível
agradarmos a Deus.
Esta vida eterna é santa e se manifesta na prática
de obras de justiça e do perfeito cumprimento
dos deveres de adoração e culto a Deus.
De modo que somos eleitos para atingirmos este
propósito santo conforme estabelecido por
Deus antes mesmo da fundação do mundo.
“Vós, porém, sois raça eleita, sacerdócio real,
nação santa, povo de propriedade exclusiva de
Deus, a fim de proclamardes as virtudes daquele
que vos chamou das trevas para a sua
maravilhosa luz.” (I Pedro 2.9).
“Nem ofereçais cada um os membros do seu
corpo ao pecado, como instrumentos de
iniquidade; mas oferecei-vos a Deus, como
ressurretos dentre os mortos, e os vossos
23
membros, a Deus, como instrumentos de
justiça.” (Romanos 6.13).
“1 Rogo-vos, pois, irmãos, pelas misericórdias
de Deus, que apresenteis o vosso corpo por
sacrifício vivo, santo e agradável a Deus, que é o
vosso culto racional.
2 E não vos conformeis com este século, mas
transformai-vos pela renovação da vossa mente,
para que experimenteis qual seja a boa,
agradável e perfeita vontade de Deus.”
(Romanos 12.1,2).
“Ele te declarou, ó homem, o que é bom e que é
o que o SENHOR pede de ti: que pratiques a
justiça, e ames a misericórdia, e andes
humildemente com o teu Deus.” (Miqueias 6.8).
A justiça divina exige que creiamos em Cristo
para ser o nosso Senhor e Salvador. Não apenas
Salvador, porque isto é necessário para que
efetivamente possa ser o Senhor de nossas
vidas, para que estejamos sujeitos a Ele,
especialmente no trabalho de transformação
que realizará para que sejamos à Sua imagem.
Por isso que, em relação à nossa salvação, tudo
apontava para Cristo desde o tempo do Antigo
Testamento, até mesmo no princípio da
24
formação de Adão, quando somos informados
não apenas da existência da Árvore da Vida, mas
também da promessa da Semente bendita que
se levantaria para esmagar a cabeça da serpente.
A promessa da vinda desta Semente ou
Descendente foi reafirmada a Abraão. E dela
falaram os profetas como sendo o Servo, o Justo,
o Messias, o Rei, o Profeta, o Sacerdote, o
Salvador, o Senhor que conduziria todo o Israel
de Deus à condição de glória, uma vez tendo
realizado a purificação dos seus pecados.
E uma vez tendo chegado o tempo do
cumprimento da promessa com a manifestação
de Jesus ao mundo, tudo o que temos escrito no
Novo Testamento aponta para a aliança da graça
que foi feita pelo Pai com Ele, e da qual somos
beneficiados por meio da fé nEle.
É pela pregação e ensino desta aliança de graça,
do evangelho, que pecadores são salvos.
De Adão recebemos uma herança natural e nos
encontramos ligados a ele por ser a cabeça de
toda a raça humana, porque todos descenderam
dele, e por esta ligação fomos sujeitados à morte
espiritual em que todos nos encontrávamos
antes de sermos vivificados em Cristo.
25
Agora podemos ser vivificados por Cristo,
porque Deus decretou que por graça, e
mediante a fé nEle, seríamos não apenas
perdoados, mas reconciliados com Ele, por meio
da nossa união espiritual com Cristo, uma vez
que todos os que nEle creem, nascem de novo do
Espírito, recebem uma nova natureza que é a
própria vida de Cristo implantada neles.
Somente o que é de Cristo permanecerá neles,
inclusive o próprio novo corpo glorificado que
receberão no dia do arrebatamento da Igreja.
Jamais isto poderia ser obtido por meio de uma
justiça que fosse decorrente de nossa própria
obediência à Lei. Se devemos dar a devida
consideração à Lei, todavia não é por meio dela
que somos justificados, porque, na verdade,
ninguém poderia ser.
Deus somente pode nos justificar mediante uma
justiça perfeita, e é somente pela graça,
mediante a fé, que podemos encontrar esta
justiça em Cristo.
“22 Olhai para mim e sede salvos, vós, todos os
limites da terra; porque eu sou Deus, e não há
outro.
26
23 Por mim mesmo tenho jurado; da minha boca
saiu o que é justo, e a minha palavra não tornará
atrás. Diante de mim se dobrará todo joelho, e
jurará toda língua.
24 De mim se dirá: Tão-somente no SENHOR há
justiça e força; até ele virão e serão
envergonhados todos os que se irritarem contra
ele.
25 Mas no SENHOR será justificada toda a
descendência de Israel e nele se gloriará.”
(Isaías 45.22-25).
“11 Ele verá o fruto do penoso trabalho de sua
alma e ficará satisfeito; o meu Servo, o Justo,
com o seu conhecimento, justificará a muitos,
porque as iniquidades deles levará sobre si.
12 Por isso, eu lhe darei muitos como a sua parte,
e com os poderosos repartirá ele o despojo,
porquanto derramou a sua alma na morte; foi
contado com os transgressores; contudo, levou
sobre si o pecado de muitos e pelos
transgressores intercedeu.” (Isaías 53.11,12).
APÊNDICE:
O Evangelho que nos Leva a Obter a Salvação
27
Há somente um evangelho pelo qual podemos
ser verdadeiramente salvos. Ele se encontra
revelado na Bíblia, e especialmente nas páginas
do Novo Testamento. Mas, por interpretações
incorretas é possível até mesmo transformá-lo
em um meio de perdição e não de salvação,
conforme tem ocorrido especialmente em
nossos dias, em que as verdades fundamentais
do evangelho de Jesus Cristo têm sido
adulteradas ou omitidas.
Isto nos levou a tomar a iniciativa de apresentar
a seguir, de forma resumida, em que consiste de
fato o evangelho da nossa salvação.
Em primeiro lugar, antes de tudo, é preciso
entender que somos salvos exclusivamente
com base na aliança de graça que foi feita entre
Deus Pai e Deus Filho, antes mesmo da criação
do mundo, para que nas diversas gerações de
pessoas que seriam trazidas por eles à existência
sobre a Terra, houvesse um chamado invisível,
sobrenatural, espiritual, para serem perdoadas
de seus pecados, justificadas, regeneradas
(novo nascimento espiritual), santificadas e
glorificadas. E o autor destas operações
transformadoras seria o Espírito Santo, a
terceira pessoa da trindade divina.
28
Estes que seriam chamados à conversão, o
seriam pelo meio de atração que seria feita por
Deus Pai, trazendo-os a Deus Filho, de modo que
pela simples fé em Jesus Cristo, pudessem
receber a graça necessária que os redimiria e os
transportaria das trevas para a luz, do poder de
Satanás para o de Deus, e que lhes transformaria
em filhos amados e aceitos por Deus.
Como estes que foram redimidos se
encontravam debaixo de uma sentença de
maldição e condenação eternas, em razão de
terem transgredido a lei de Deus, com os seus
pecados, para que fossem redimidos seria
necessário que houvesse uma quitação da dívida
deles para com a justiça divina, cuja sentença
sobre eles era a de morte física e espiritual
eternas.
Havia a necessidade de um sacrifício, de alguém
idôneo que pudesse se colocar no lugar do
homem, trazendo sobre si os seus pecados e
culpa, e morrendo com o derramamento do seu
sangue, porque a lei determina que não pode
haver expiação sem que haja um sacrifício
sangrento substitutivo.
Importava também que este Substituto de
pecadores, assumisse a responsabilidade de
cobrir tudo o que fosse necessário em relação à
29
dívida de pecados deles, não apenas a anterior à
sua conversão, como a que seria contraída
também no presente e no futuro, durante a sua
jornada terrena.
Este Substituto deveria ser perfeito, sem
pecado, eterno, infinito, porque a ofensa do
pecador é eterna e infinita. Então deveria ser
alguém divino para realizar tal obra.
Jesus, sendo Deus, se apresentou na aliança da
graça feita com o Pai, para ser este Salvador,
Fiador, Garantia, Sacrifício, Sacerdote, para
realizar a obra de redenção.
O homem é fraco, dado a se desviar, mas a sua
chamada é para uma santificação e perfeição
eternas. Como poderia responder por si mesmo
para garantir a eternidade da segurança da
salvação?
Havia necessidade que Jesus assumisse ao lado
da natureza divina que sempre possuiu, a
natureza humana, e para tanto ele foi gerado
pelo Espírito Santo no ventre de Maria.
Ele deveria ter um corpo para ser oferecido em
sacrifício. O sangue da nossa redenção deveria
ser o de alguém que fosse humano, mas
também divino, de modo que se pode até
30
mesmo dizer que fomos redimidos pelo sangue
do próprio Deus.
Este é o fundamento da nossa salvação. A morte
de Jesus em nosso lugar, de modo a nos abrir o
caminho para a vida eterna e o céu.
Para que nunca nos esquecêssemos desta
grande e importante verdade do evangelho de
que Jesus se tornou da parte de Deus para nós, o
nosso tudo, e que sem Ele nada somos ou
podemos fazer para agradar a Deus, Jesus fixou
a Ceia que deve ser regularmente observada
pelos crentes, para que se lembrem de que o Seu
corpo foi rasgado, assim como o pão que
partimos na Ceia, e o Seu sangue foi derramado
em profusão, conforme representado pelo
vinho, para que tenhamos vida eterna por meio
de nos alimentarmos dEle. Por isso somos
ordenados a comer o pão, que representa o
corpo de Jesus, que é verdadeiro alimento para
o nosso espírito, e a beber o sangue de Jesus, que
é verdadeira bebida para nos refrigerar e
manter a Sua vida em nós.
Quando Ele disse que é o caminho e a verdade e
a vida. Que a porta que conduz à vida eterna é
estreita, e que o caminho é apertado. Tudo isto
se aplica ao fato de que não há outra verdade,
outro caminho, outra vida, senão a que existe
31
somente por meio da fé nEle. A porta é estreita
porque não admite uma entrada para vários
caminhos e atalhos, que sendo diferentes dEle,
conduzem à perdição. É estreito e apertado para
que nunca nos desviemos dEle, o autor e
consumador da nossa salvação.
Então o plano de salvação, na aliança de graça
que foi feita, nada exige do homem, além da fé,
pois tudo o que tiver que ser feito nele para ser
transformado e firmado na graça, será realizado
pelo autor da sua salvação, a saber, Jesus Cristo.
Tanto é assim, que para que tenhamos a plena
convicção desta verdade, mesmo depois de
sermos justificados, regenerados e santificados,
percebemos, enquanto neste mundo, que há em
nós resquícios do pecado, que são o resultado do
que se chama de pecado residente, que ainda
subsiste no velho homem, que apesar de ter sido
crucificado juntamente com Cristo, ainda
permanece em condições de operar em nós, ao
lado da nova natureza espiritual e santa que
recebemos na conversão.
Qual é a razão disso, senão a de que o Senhor
pretende nos ensinar a enxergar que a nossa
salvação é inteiramente por graça e mediante a
fé? Que é Ele somente que nos garante a vida
eterna e o céu. Se não fosse assim, não
32
poderíamos ser salvos e recebidos por Deus
porque sabemos que ainda que salvos, o pecado
ainda opera em nossas vidas de diversas formas.
Isto pode ser visto claramente em várias
passagens bíblicas e especialmente no texto de
Romanos 7.
À luz desta verdade, percebemos que mesmo as
enfermidades que atuam em nossos corpos
físicos, e outras em nossa alma, são o resultado
da imperfeição em que ainda nos encontramos
aqui embaixo, pois Deus poderia dar saúde
perfeita a todos os crentes, sem qualquer
doença, até o dia da morte deles, mas Ele não o
faz para que aprendamos que a nossa salvação
está inteiramente colocada sobre a
responsabilidade de Jesus, que é aquele que
responde por nós perante Ele, para nos manter
seguros na plena garantia da salvação que
obtivemos mediante a fé, conforme o próprio
Deus havia determinado justificar-nos somente
por fé, do mesmo modo como fizera com Abraão
e com muitos outros mesmo nos dias do Velho
Testamento.
Nenhum crente deve portanto julgar-se sem fé
porque não consegue vencer determinadas
fraquezas ou pecados, porque enquanto se
esforça para ser curado deles, e ainda que não o
33
consiga neste mundo, não perderá a sua
condição de filho amado de Deus, que pode usar
tudo isto em forma de repreensão e disciplina,
mas que jamais deixará ou abandonará a
qualquer que tenha recebido por filho, por
causa da aliança que fez com Jesus e na qual se
interpôs com um juramento que jamais a
anularia por causa de nossas imperfeições e
transgressões.
Um crente verdadeiro odeia o pecado e ama a
Jesus, mas sempre lamentará que não o ame
tanto quanto deveria, e por não ter o mesmo
caráter e virtudes que há em Cristo. Mas de uma
coisa ele pode ter certeza: não foi por mérito,
virtude ou boas obras que lhes foram exigidos a
apresentar a Deus que ele foi salvo, mas
simplesmente por meio do arrependimento e
da fé nAquele que tudo fez e tem feito que é
necessário para a segurança eterna da sua
salvação.
É possível que alguém leia tudo o que foi dito
nestes sete últimos parágrafos e não tenha
percebido a grande verdade central relativa ao
evangelho, que está sendo comentada neles, e
que foi citada de forma resumida no primeiro
deles, a saber:
34
“Então o plano de salvação, na aliança de graça
que foi feita, nada exige do homem, além da fé,
pois tudo o que tiver que ser feito nele para ser
transformado e firmado na graça, será realizado
pelo autor da sua salvação, a saber, Jesus Cristo.”
Nós temos na Palavra de Deus a confirmação
desta verdade, que tudo é de fato devido à graça
de Jesus, na nossa salvação, e que esta graça é
suficiente para nos garantir uma salvação
eterna, em razão do pacto feito entre Deus Pai e
Deus Filho, que nos escolheram para esta
salvação segura e eterna, antes mesmo da
fundação do mundo, no qual Jesus e Sua obra
são a causa dessa segurança eterna, pois é nEle
que somos aceitos por Deus, nos termos da
aliança firmada, em que o Pai e o Filho são os
agentes da aliança, e os crentes apenas os
beneficiários.
O pacto foi feito unilateralmente pelo Pai e o
Filho, sem a consulta da vontade dos
beneficiários, uma vez que eles nem sequer
ainda existiam, e quando aderem agora pela fé
aos termos da aliança, eles são convocados a
fazê-lo voluntariamente e para o principal
propósito de serem salvos para serem
santificados e glorificados, sendo instruídos
pelo evangelho que tudo o que era necessário
para a sua salvação foi perfeitamente
35
consumado pelo Fiador deles, nosso Senhor
Jesus Cristo.
Então, preste atenção neste ponto muito
importante, de que tanto é assim, que não é pelo
fato de os crentes continuarem sujeitos ao
pecado, mesmo depois de convertidos, que eles
correm o risco de perderem a salvação deles,
uma vez que a aliança não foi feita diretamente
com eles, e consistindo na obediência perfeita
deles a toda a vontade de Deus, mas foi feita com
Jesus Cristo, para não somente expiar a culpa
deles, como para garantir o aperfeiçoamento
deles na santidade e na justiça, ainda que isto
venha a ser somente completado integralmente
no por vir, quando adentrarem a glória celestial.
A salvação é por graça porque alguém pagou
inteiramente o preço devido para que fôssemos
salvos – nosso Senhor Jesus Cristo.
E para que soubéssemos disso, Jesus não nos foi
dado somente como Sacrifício e Sacerdote, mas
também como Profeta e Rei.
Ele não somente é quem nos anuncia o
evangelho pelo poder do Espírito Santo, e quem
tudo revelou acerca dele nas páginas da Bíblia,
para que não errássemos o alvo por causa da
incredulidade, que sendo o oposto da fé, é a
36
única coisa que pode nos afastar da
possibilidade da salvação.
Em sua obra como Rei, Jesus governa os nossos
corações, e nos submete à Sua vontade de forma
voluntária e amorosa, capacitando-nos, pelo
Seu próprio poder, a viver de modo agradável a
Deus.
Agora, nada disso é possível sem que haja
arrependimento. Ainda que não seja ele a causa
da nossa salvação, pois, como temos visto esta
causa é o amor, a misericórdia e a graça de Deus,
manifestados em Jesus em nosso favor, todavia,
o arrependimento é necessário, porque toda
esta salvação é para uma vida santa, uma vida
que lute contra o pecado, e que busque se
revestir do caráter e virtudes de Jesus.
Então, não há salvação pela fé onde o coração
permanece apegado ao pecado, e sem
manifestar qualquer desejo de viver de modo
santo para a glória de Deus.
Desde que haja arrependimento não há
qualquer impossibilidade para que Deus nos
salve, nem mesmo os grosseiros pecados da
geração atual, que corre desenfreadamente à
busca de prazeres terrenos, e completamente
avessa aos valores eternos e celestiais.
37
Ainda que possa parecer um paradoxo, haveria
até mais facilidade para Deus salvar a estes que
vivem na iniquidade porque a vida deles no
pecado é flagrante, e pouco se importam em
demonstrar por um viver hipócrita, que são
pessoas justas e puras, pois não estão
interessadas em demonstrar a justiça própria do
fariseu da parábola de Jesus, para que através de
sua falsa religiosidade, e autoengano, pudessem
alcançar algum favor da parte de Deus.
Assim, quando algum deles recebe a revelação
da luz que há em Jesus, e das grandes trevas que
dominam seu coração, o trabalho de
convencimento do Espírito Santo é facilitado, e
eles lamentam por seus pecados e fogem para
Jesus para obterem a luz da salvação. E ele os
receberá, e a nenhum deles lançará fora,
conforme a Sua promessa, porque o ajuste feito
para a sua salvação exige somente o
arrependimento e a fé, para a recepção da graça
que os salvará.
Deus mesmo é quem provê todos os meios
necessários para que permaneçamos firmes na
graça que nos salvou, de maneira que jamais
venhamos a nos separar dele definitivamente.
Ele nos fez coparticipantes da Sua natureza
divina, no novo nascimento operado pelo
38
Espírito Santo, de modo que uma vez que uma
natureza é atingida, ela jamais pode ser desfeita.
Nós viveremos pela nova criatura, ainda que a
velha venha a se dissolver totalmente, assim
como está ordenado que tudo o que herdamos
de Adão e com o pecado deverá passar, pois tudo
é feito novo em Jesus, em quem temos recebido
este nosso novo ser que se inclina em amor para
Deus e para todas as coisas de Deus.
Ainda que haja o pecado residente no crente, ele
se encontra destronado, pois quem reina agora
é a graça de Jesus em seu coração, e não mais o
pecado. Ainda que algum pecado o vença isto
será temporariamente, do mesmo modo que
uma doença que se instala no corpo é expulsa
dele pelas defesas naturais ou por algum
medicamento potente. O sangue de Jesus é o
remédio pelo qual somos sarados de todas as
nossas enfermidades. E ainda que alguma delas
prevaleça neste mundo ela será totalmente
extinta quando partirmos para a glória, onde
tudo será perfeito.
Temos este penhor da perfeição futura da
salvação dado a nós pela habitação do Espírito
Santo, que testifica juntamente com o nosso
espírito que somos agora filhos de Deus, não
apenas por ato declarativo desta condição, mas
de fato e de verdade pelo novo nascimento
39
espiritual que nos foi dado por meio da nossa fé
em Jesus.
Toda esta vida que temos agora é obtida por
meio da fé no Filho de Deus que nos amou e se
entregou por nós, para que vivamos por meio da
Sua própria vida. Ele é o criador e o sustentador
de toda a criação, inclusive desta nova criação
que está realizando desde o princípio, por meio
da geração de novas criaturas espirituais para
Deus por meio da fé nEle.
Ele pode fazê-lo porque é espírito vivificante, ou
seja, pode fazer com que nova vida espiritual
seja gerada em quem Ele assim o quiser. Ele sabe
perfeitamente quais são aqueles que atenderão
ao chamado da salvação, e é a estes que Ele se
revela em espírito para que creiam nEle, e assim
sejam salvos.
Bem-aventurados portanto são:
Os humildes de espírito que reconhecem que
nada possuem em si mesmos para agradarem a
Deus.
Os mansos que se submetem à vontade de Deus
e que se dispõem a cumprir os Seus
mandamentos.
40
Os que choram por causa de seus pecados e todo
o pecado que há no mundo, que é uma rebelião
contra o Criador.
Os misericordiosos, porque dão por si mesmos o
testemunho de que todos necessitam da
misericórdia de Deus para serem perdoados.
Os pacificadores, e não propriamente pacifistas
que costumam anular a verdade em prol da paz
mundial, mas os que anunciam pela palavra e
suas próprias vidas que há paz de reconciliação
com Deus somente por meio da fé em Jesus.
Os que têm fome e sede de justiça, da justiça do
reino de Deus que não é comida, nem bebida,
mas justiça, paz e alegria no Espírito Santo.
Os que são perseguidos por causa do evangelho,
porque sendo odiados sem causa, perseveram
em dar testemunho do Nome e da Palavra de
Jesus Cristo.
Vemos assim que ser salvo pela graça não
significa: de qualquer modo, de maneira
descuidada, sem qualquer valor ou preço
envolvido na salvação. Jesus pagou um preço
altíssimo e de valor inestimável para que
pudéssemos ser redimidos. Os termos da
aliança por meio da qual somos salvos são todos
41
bem ordenados e planejados para que a salvação
seja segura e efetiva. Há poderes sobrenaturais,
celestiais, espirituais envolvidos em todo o
processo da salvação.
É de uma preciosidade tão grande este plano e
aliança que eles devem ser eficazes mesmo
quando não há naqueles que são salvos um
conhecimento adequado de todas estas
verdades, pois está determinado que aquele que
crê no seu coração e confessar com os lábios que
Jesus é o Senhor e Salvador, é tudo quanto que é
necessário para um pecador ser transformado
em santo e recebido como filho adotivo por
Deus.
O crescimento na graça e no conhecimento de
Jesus são necessários para o nossos
aperfeiçoamento espiritual em progresso da
nossa santificação, mas não para a nossa
justificação e regeneração (novo nascimento)
que são instantâneos e recebidos
simultaneamente no dia mesmo em que nos
convertemos a Cristo. Quando fomos a Ele como
nos encontrávamos na ocasião, totalmente
perdidos e mortos em transgressões e pecados.
E fomos recebidos porque a palavra da
promessa da aliança é que todo aquele que crê
42
será salvo, e nada mais é acrescentado a ela
como condição para a salvação.
É assim porque foi este o ajuste que foi feito
entre o Pai e o Filho na aliança que fizeram entre
si para que fôssemos salvos por graça e
mediante a fé.
Jesus é pedra de esquina eleita e preciosa, que o
Pai escolheu para ser o autor e o consumador da
nossa salvação. Ele foi eleito para a aliança da
graça, e nós somos eleitos para recebermos os
benefícios desta aliança por meio da fé nAquele
a quem foram feitas as promessas de ter um
povo exclusivamente Seu, zeloso de boas obras.
Então quando somos chamados de eleitos na
Bíblia, isto não significa que Deus fez uma
aliança exclusiva e diretamente com cada um
daqueles que creem, uma vez que uma aliança
com Deus para a vida eterna demanda uma
perfeita justiça e perfeita obediência a Ele, sem
qualquer falha, e de nós mesmos, jamais
seríamos competentes para atender a tal
exigência, de modo que a aliança poderia ter
sido feita somente com Jesus.
Somos aceitos pelo Pai porque estamos em
Jesus, e assim é por causa do Filho Unigênito que
somos também recebidos. Jamais poderíamos
43
fazê-lo diretamente sem ter a Jesus como nosso
Sumo Sacerdote e Sacrifício. Isto é tipificado
claramente na Lei, em que nenhum ofertante
ou oferta seriam aceitos por Deus sem serem
apresentados pelo sacerdote escolhido por Deus
para tal propósito. Nenhum outro Sumo
Sacerdote foi designado pelo Pai para que
pudéssemos receber uma redenção e
aproximação eternas, senão somente nosso
Senhor Jesus Cristo, aquele que Ele escolheu
para este ofício.

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A Justiça da Graça e da Lei

  • 1.
  • 2. 2 A Justiça da Graça e a Justiça da Lei Por Silvio Dutra Set/2019
  • 3. 3 A474 Alves, Silvio Dutra A justiça da graça e a justiça da Lei Silvio Dutra Alves – Rio de Janeiro, 2019. 42p.; 14,8 x21cm 1. Teologia. 2. Vida Cristã. 3. Fé 4. Graça. I. Título. CDD 252
  • 4. 4 A justiça da Graça é pela fé em Cristo e a justiça da Lei é pelo cumprimento perfeito dos mandamentos da Lei. A justiça da Lei com seus sacerdotes, sacrifícios de animais, cerimônias e obediência aos mandamentos, não são suficientes e nem eficazes para satisfazer a justiça de Deus. Isto é feito somente pela justiça da graça com a fé no sacrifício e sacerdócio de Cristo. Somente Cristo poderia ser o sacrifício e o sacerdote que convém a pecadores para que possam ser apresentados por Ele a Deus. Um sacerdote é uma pessoa pública, que lida com um Deus ofendido em nome do culpado, pela reconciliação pelo sacrifício, que ele oferece a Deus sobre um altar, sendo chamado por Deus para este ofício, para que ele possa ser aceito. Então um sacerdote fala de uma relação com um altar, um altar com uma sacrifício e sacrifício pelo pecado. Aqueles a quem Cristo representou na aliança como pecadores, ele se tornou seu Sumo Sacerdote, aparecendo diante de Deus em seu nome, para fazer expiação e reconciliação por eles.
  • 5. 5 Desde que o primeiro homem pecou, tornando- se desagradável à justiça e santidade de Deus, dali em diante, todo aquele que buscasse se arrepender do pecado e se aproximar de Deus deveria fazê-lo através de um mediador que fosse sacerdote chamado por Deus para fazê-lo, para agir entre Deus e o pecador, e isto foi feito na dispensação do Antigo Testamento, ou da Lei, com a chamada de Abraão e seus descendentes para o exercício do sacerdócio, e somente eles poderiam fazê-lo porque foram consagrados por Deus especialmente para este ofício. Tudo isto, no entanto, tipificava aquele grande mediador e sacerdote por meio de quem a aproximação de pecadores era possível diante de Deus, mesmo no período da Lei ou Antiga Aliança. Somente isto seria considerado justo, porque a Justiça divina não permite que haja aproximação para comunhão entre luz e trevas, e de pecadores com um Deus santo. O sacerdote que atenderia de fato às demandas da justiça divina, deveria oferecer dons e um sacrifício que fosse idôneo para realizar a satisfação completa da justiça, que exige a morte do transgressor da Lei de Deus.
  • 6. 6 A transgressão do pecador não foi dirigida contra criaturas mas contra o próprio Deus eterno, infinito e perfeito, de modo que o sacerdote e o sacrifício que se interporiam em favor de pecadores, deveria ser também de alguém que fosse eterno, infinito e perfeito, a saber, somente o próprio Deus poderia fazê-lo, e como o Pai foi a parte diretamente ofendida, o advogado do pecador deveria ser divino mas que pudesse reconciliar a parte ofensora (pecador) com a ofendida (Deus Pai). O Espírito Santo, sendo o operador na Trindade de tudo quanto deva ser criado ou realizado, assim como se encontrava sobre as águas no princípio da criação para gerar tudo o que foi ordenado pela Palavra (Jesus), Ele também seria o continuador destas operações na nova criação espiritual que seria gerada pelo Verbo, ou Palavra. Então, por ordem na Trindade, Jesus deveria ser designado o Sacerdote e Mediador desta nova criação. Todo este arranjo da Graça é perfeitamente justo, pois é por ele que se atende todas as demandas da própria justiça divina.
  • 7. 7 “Pois, segundo o seu querer, ele nos gerou pela palavra da verdade, para que fôssemos como que primícias das suas criaturas.” (Tiago 1.18). “pois fostes regenerados não de semente corruptível, mas de incorruptível, mediante a palavra de Deus, a qual vive e é permanente.” (I Pedro 1.23). A necessidade de um sacrifício na segunda aliança surgiu da justiça de Deus exigindo a execução da maldição da primeira aliança quebrada; pela qual o pecador deve cair em sacrifício por seu pecado, de acordo com isso. A maldição não pode ser removida porque é segundo a justiça divina em razão do pecado, mas o pecador poderia ser resgatado de debaixo da dela, se este Substituto perfeito, eterno e infinito se fizesse maldição em seu lugar. “13 Cristo nos resgatou da maldição da lei, fazendo-se ele próprio maldição em nosso lugar (porque está escrito: Maldito todo aquele que for pendurado em madeiro), 14 para que a bênção de Abraão chegasse aos gentios, em Jesus Cristo, a fim de que recebêssemos, pela fé, o Espírito prometido.” (Gálatas 3.13,14).
  • 8. 8 Se a justiça exige tal satisfação à Lei quebrada, para o resgate da sua maldição, então jamais poderíamos realizar tal satisfação por nossos próprios méritos e obras, os quais são finitos e imperfeitos. Daí dizer o apóstolo: “13 Cristo nos resgatou da maldição da lei, fazendo-se ele próprio maldição em nosso lugar (porque está escrito: Maldito todo aquele que for pendurado em madeiro), 14 para que a bênção de Abraão chegasse aos gentios, em Jesus Cristo, a fim de que recebêssemos, pela fé, o Espírito prometido.” (Filipenses 3: 8, 90. “sabendo, contudo, que o homem não é justificado por obras da lei, e sim mediante a fé em Cristo Jesus, também temos crido em Cristo Jesus, para que fôssemos justificados pela fé em Cristo e não por obras da lei, pois, por obras da lei, ninguém será justificado.” (Gálatas 2.16). “21 Mas agora, sem lei, se manifestou a justiça de Deus testemunhada pela lei e pelos profetas; 22 justiça de Deus mediante a fé em Jesus Cristo, para todos [e sobre todos] os que creem; porque não há distinção,
  • 9. 9 23 pois todos pecaram e carecem da glória de Deus, 24 sendo justificados gratuitamente, por sua graça, mediante a redenção que há em Cristo Jesus, 25 a quem Deus propôs, no seu sangue, como propiciação, mediante a fé, para manifestar a sua justiça, por ter Deus, na sua tolerância, deixado impunes os pecados anteriormente cometidos; 26 tendo em vista a manifestação da sua justiça no tempo presente, para ele mesmo ser justo e o justificador daquele que tem fé em Jesus. 27 Onde, pois, a jactância? Foi de todo excluída. Por que lei? Das obras? Não; pelo contrário, pela lei da fé. 28 Concluímos, pois, que o homem é justificado pela fé, independentemente das obras da lei.” (Romanos 3.21-28). Uma justiça que respondesse somente ao cumprimento da Lei por parte de pecadores que são por natureza imperfeitos, jamais poderia ser uma justiça perfeita, e a razão disso é muito simples e clara, uma vez que sendo Deus perfeitamente justo e santo, importa que aquele
  • 10. 10 que for justificado seja habilitado para isto, e a única forma de obter tal perfeição é somente pela fé do evangelho, que nos introduz na esperança da salvação em Cristo, de que seremos aperfeiçoados até a Sua plena estatura, quando atingirmos o estado de glória, conforme prometido na Palavra, e comprovado pelo crescimento espiritual progressivo que fazemos ainda nesta vida, sendo transformados de glória em glória e de fé em fé, pelo recebimento de medidas maiores da graça de Deus em nossa santificação. Como tudo isso se refere à vida do próprio Cristo que é infundida em nós, e que se manifesta mediante a nossa fé nEle, então é dito nas Escrituras ser o próprio Cristo a nossa justiça. “Mas vós sois dele, em Cristo Jesus, o qual se nos tornou, da parte de Deus, sabedoria, e justiça, e santificação, e redenção,” (I Cor 1.30). “Nos seus dias, Judá será salvo, e Israel habitará seguro; será este o seu nome, com que será chamado: SENHOR, Justiça Nossa.” (Jeremias 23.6). A justiça que é segundo Deus não decorre somente de punição de transgressões ou restituições feitas às partes ofendidas, mas a um
  • 11. 11 caráter verdadeiramente justo, a um estado santo e bom da alma, que possa estar em perfeita e completa obediência e amor a Ele. Como alguém poderia obter isto sem ser redimido e aperfeiçoado por Jesus Cristo? Como poderíamos ser espirituais e não carnais, de modo a atender em tudo a Deus que é Espírito? Necessitávamos de Alguém que além de fazer a expiação da nossa culpa e pecados, fosse também espírito vivificador para nós, para que pudéssemos nascer de novo, por um nascimento espiritual, que nos tornasse novas criaturas para Deus. Como é somente isto que atende ao plano eterno de Deus, e a tudo o que Ele é em Sua pessoa e caráter, então somente disto pode ser dito ser justo perante Ele. Cristo é a nossa justiça, e o fim da Lei é Cristo para todo aquele que crê. A Lei não pode operar tudo o que a justiça exige. A Lei não opera pela fé, senão somente a graça. E como somos salvos pela graça, importa que
  • 12. 12 esta salvação seja pela fé, e não pelas obras da Lei. A obediência da fé foi a única obediência pela qual a condição da aliança da graça foi realizada; e assim pecadores teriam vida, não por nenhum trabalho pessoal ou ação deles, mas pela obediência do próprio Cristo, nossos representante a quem Deus graciosamente fez a promessa da vida. Assim, a aliança da graça exclui nossa vanglória. Isso está claro em Romanos 3:27, "Onde, pois, a jactância? Foi de todo excluída. Por que lei? Das obras? Não; pelo contrário, pela lei da fé.” Portanto, uma vez que a aliança da graça é tão estruturada, que não deixa terreno para nossa vanglória, nenhuma obra nossa, senão a obediência perfeita de Cristo à Lei, cumpre toda a justiça. “Não por obras de justiça praticadas por nós, mas segundo sua misericórdia, ele nos salvou mediante o lavar regenerador e renovador do Espírito Santo.” (Tito 3: 5) “8 Porque pela graça sois salvos, mediante a fé; e isto não vem de vós; é dom de Deus;
  • 13. 13 9 não de obras, para que ninguém se glorie.” (Efésios 2.8,9). Ainda que o homem não tivesse caído no pecado, ele não teria motivo para se gloriar por ser justo, porque isto seria nele o resultado da operação da graça divina. A mesma graça que está operando agora nos eleitos. É justo que Deus exija conformidade absoluta à Sua pessoa, santidade e caráter porque o homem foi criado para ser à Sua exata imagem e semelhança. E onde isto falta, não se cumpre o propósito divino, e por conseguinte não há satisfação da justiça. Então alguém dirá: “Se os crentes não são perfeitamente justos neste mundo, como podem ser considerados aptos para o céu e para a comunhão com Deus, uma vez que é inegável que há a presença de pecados que remanescem neles?” A isto respondemos que tendo pela fé em Jesus para ser a Justiça deles, são considerados por Deus como mortos com Cristo e tendo sua culpa e pecados perdoados, porque Cristo os tomou sobre Si em sua morte na cruz. Quanto à prática das obras de justiça e de um procedimento justo e santo, Deus poderia lhes conceder isto de
  • 14. 14 forma total e absoluta, como é concedido aos anjos eleitos no céu, no momento mesmo da conversão inicial deles, mas para o atendimento de propósitos específicos, conforme a Sua eterna sabedoria, permite que tenham ainda que lutar com muitos pecados, para o exercício da fé. Aí vem a réplica: “Mas a questão permanece de pé, porque se a justiça exige perfeição absoluta, como podem ser aceitos e recebidos por Deus na condição de imperfeição em que ainda se encontram?” De novo respondemos: Não pode ser esquecido que os que são salvos foram eleitos para a salvação antes mesmo da criação do mundo. Eles ainda não existiam e foram conhecidos por Deus em Sua presciência e amados por Ele, e dados ao Seu Filho Jesus Cristo para se encarregar da salvação e do aperfeiçoamento completo deles na justiça e santidade. Só que isto seria feito por etapas. Primeiro, eleição, depois chamada, depois justificação e regeneração, depois santificação e finalmente glorificação. Tudo isto é feito no tempo conhecido e determinado por Deus para cada um dos eleitos.
  • 15. 15 Ele os recebe perfeitos no céu, mas trabalha a perfeição deles a partir da Terra, enquanto caminham aqui embaixo. Eles jamais se apartarão do Senhor, porque Ele prometeu fazer isto neles, e tem sido e será sempre cabalmente cumprido, porque nenhum dos projetos de Deus pode ser frustrado. Jesus é a garantia do cumprimento da aliança da graça. Ele é o fiador de todos os crentes, para suprir todas as deficiências deles. Pela fé que os uniu a Ele, sempre permanecerão ligados à cabeça e nada poderá retirá-los desta posição. “31 Que diremos, pois, à vista destas coisas? Se Deus é por nós, quem será contra nós? 32 Aquele que não poupou o seu próprio Filho, antes, por todos nós o entregou, porventura, não nos dará graciosamente com ele todas as coisas? 33 Quem intentará acusação contra os eleitos de Deus? É Deus quem os justifica. 34 Quem os condenará? É Cristo Jesus quem morreu ou, antes, quem ressuscitou, o qual está à direita de Deus e também intercede por nós.
  • 16. 16 35 Quem nos separará do amor de Cristo? Será tribulação, ou angústia, ou perseguição, ou fome, ou nudez, ou perigo, ou espada? 36 Como está escrito: Por amor de ti, somos entregues à morte o dia todo, fomos considerados como ovelhas para o matadouro. 37 Em todas estas coisas, porém, somos mais que vencedores, por meio daquele que nos amou. 38 Porque eu estou bem certo de que nem a morte, nem a vida, nem os anjos, nem os principados, nem as coisas do presente, nem do porvir, nem os poderes, 39 nem a altura, nem a profundidade, nem qualquer outra criatura poderá separar-nos do amor de Deus, que está em Cristo Jesus, nosso Senhor.” (Romanos 8.31-39). “38 Eles serão o meu povo, e eu serei o seu Deus. 39 Dar-lhes-ei um só coração e um só caminho, para que me temam todos os dias, para seu bem e bem de seus filhos. 40 Farei com eles aliança eterna, segundo a qual não deixarei de lhes fazer o bem; e porei o meu
  • 17. 17 temor no seu coração, para que nunca se apartem de mim.” (Jeremias 32.38-40). Para que houvesse esta completa certeza da segurança eterna da salvação dos eleitos, a aliança foi feita entre Deus Pai e Jesus Cristo antes mesmo da fundação do mundo, para que Jesus se encarregasse de tudo o que fosse necessário para a perfeita salvação deles, conforme seria revelado em várias profecias até que Ele se manifestasse em Seu ministério terreno. Deus não permita portanto, que justifiquemos a fé e a obediência fora da aliança da graça: aqueles que o fazem em princípio ou prática, assim justificam-se fora do reino dos céus: Mateus 5:19, "Aquele, pois, que violar um destes mandamentos, posto que dos menores, e assim ensinar aos homens, será considerado mínimo no reino dos céus; aquele, porém, que os observar e ensinar, esse será considerado grande no reino dos céus", isto é, ele será tratado como ele tratou qualquer um desses mandamentos divinos, ele será julgado indigno da comunhão daquele reino, porque se exige dos seus cidadãos que sejam perfeitos assim como o Pai deles é perfeito, e que tenham total amor aos Seus mandamentos assim como Ele os
  • 18. 18 ama, pois nada preza mais do que a Sua própria Palavra. Agora, como alguém obteria um coração e mente que amasse a Deus com toda a sua mente, alma e força, a não ser por meio da fé em Jesus, que é aquele que nos capacita para isto? Ainda que um crente autêntico venha a cometer pecados dos quais ele esteja consciente que são contrários à vontade de Deus, ele se entristecerá por isto, e buscará confessá-los e arrepender-se de seu mau caminhar, porque em Cristo passou a odiar todo e qualquer pecado, e não há alguém ou algo que Ele mais ame do que a Deus e à Sua Palavra. Este amor e ligação é operado pelo Espírito Santo que habita no crente, porque mais do que ter seus pecados perdoados e esquecidos pela promessa da aliança, Deus prometeu inscrever sua lei na mente e coração de seus filhos, e isto é feito pela habitação do Espírito Santo neles. “31 Eis aí vêm dias, diz o SENHOR, em que firmarei nova aliança com a casa de Israel e com a casa de Judá. 32 Não conforme a aliança que fiz com seus pais, no dia em que os tomei pela mão, para os tirar da
  • 19. 19 terra do Egito; porquanto eles anularam a minha aliança, não obstante eu os haver desposado, diz o SENHOR. 33 Porque esta é a aliança que firmarei com a casa de Israel, depois daqueles dias, diz o SENHOR: Na mente, lhes imprimirei as minhas leis, também no coração lhas inscreverei; eu serei o seu Deus, e eles serão o meu povo. 34 Não ensinará jamais cada um ao seu próximo, nem cada um ao seu irmão, dizendo: Conhece ao SENHOR, porque todos me conhecerão, desde o menor até ao maior deles, diz o SENHOR. Pois perdoarei as suas iniquidades e dos seus pecados jamais me lembrarei.” (Jeremias 31.31-34). Os judeus, até o dia de hoje, em sua grande maioria, por terem rejeitado crer em Cristo para ser o Messias e Salvador deles, permanecem endurecidos por buscarem ser justos diante de Deus por meio das obras da Lei, e nisto se aplicam as palavras que o apóstolo registrou em relação a eles: “3 Porquanto, desconhecendo a justiça de Deus e procurando estabelecer a sua própria, não se sujeitaram à que vem de Deus.
  • 20. 20 4 Porque o fim da lei é Cristo, para justiça de todo aquele que crê. 5 Ora, Moisés escreveu que o homem que praticar a justiça decorrente da lei viverá por ela. 6 Mas a justiça decorrente da fé assim diz: Não perguntes em teu coração: Quem subirá ao céu?, isto é, para trazer do alto a Cristo; 7 ou: Quem descerá ao abismo?, isto é, para levantar Cristo dentre os mortos. 8 Porém que se diz? A palavra está perto de ti, na tua boca e no teu coração; isto é, a palavra da fé que pregamos. 9 Se, com a tua boca, confessares Jesus como Senhor e, em teu coração, creres que Deus o ressuscitou dentre os mortos, serás salvo. 10 Porque com o coração se crê para justiça e com a boca se confessa a respeito da salvação. 11 Porquanto a Escritura diz: Todo aquele que nele crê não será confundido. 12 Pois não há distinção entre judeu e grego, uma vez que o mesmo é o Senhor de todos, rico para com todos os que o invocam.
  • 21. 21 13 Porque: Todo aquele que invocar o nome do Senhor será salvo.” (Romanos 10.3-13). A fé é necessária para nos salvar em Jesus Cristo, a cabeça da aliança: e ninguém pode alcançar a felicidade eterna, sem acreditar de verdade, pois os que não creem não podem ter o Espírito de fé habitando neles. Pela fé, abraçamos pessoalmente o pacto, consentimos e descansamos na condição da aliança cumprida por Cristo; e assim somos justificados e levados a um estado de salvação: João 10: 9: " Eu sou a porta. Se alguém entrar por mim, será salvo; entrará, e sairá, e achará pastagem." “Mas, a todos quantos o receberam, deu-lhes o poder de serem feitos filhos de Deus, a saber, aos que creem no seu nome;”, João 1:12. “Porque Deus amou ao mundo de tal maneira que deu o seu Filho unigênito, para que todo o que nele crê não pereça, mas tenha a vida eterna.”, João 3:16. “Respondeu-lhe Jesus: Eu sou o caminho, e a verdade, e a vida; ninguém vem ao Pai senão por mim.”, João 14: 6. Deus nos predestinou para a vida eterna, e portanto, a justiça não poderá ficar satisfeita com nada que seja diferente disto. Se não tivermos vida eterna, nada temos, para que possamos agradar a Deus. De modo que a aliança
  • 22. 22 da graça trata de uma questão de vida, e não de mera realização de obras religiosas. Esta vida eterna está somente em Jesus Cristo e naqueles que nEle creem. Ele é a fonte da vida eterna, e não a acharemos em qualquer outra fonte. Se é pela fé que o justo vive conforme declarado na Palavra de Deus, então sem fé é impossível não apenas ser justo, mas também ter vida eterna. De modo que sem fé é impossível agradarmos a Deus. Esta vida eterna é santa e se manifesta na prática de obras de justiça e do perfeito cumprimento dos deveres de adoração e culto a Deus. De modo que somos eleitos para atingirmos este propósito santo conforme estabelecido por Deus antes mesmo da fundação do mundo. “Vós, porém, sois raça eleita, sacerdócio real, nação santa, povo de propriedade exclusiva de Deus, a fim de proclamardes as virtudes daquele que vos chamou das trevas para a sua maravilhosa luz.” (I Pedro 2.9). “Nem ofereçais cada um os membros do seu corpo ao pecado, como instrumentos de iniquidade; mas oferecei-vos a Deus, como ressurretos dentre os mortos, e os vossos
  • 23. 23 membros, a Deus, como instrumentos de justiça.” (Romanos 6.13). “1 Rogo-vos, pois, irmãos, pelas misericórdias de Deus, que apresenteis o vosso corpo por sacrifício vivo, santo e agradável a Deus, que é o vosso culto racional. 2 E não vos conformeis com este século, mas transformai-vos pela renovação da vossa mente, para que experimenteis qual seja a boa, agradável e perfeita vontade de Deus.” (Romanos 12.1,2). “Ele te declarou, ó homem, o que é bom e que é o que o SENHOR pede de ti: que pratiques a justiça, e ames a misericórdia, e andes humildemente com o teu Deus.” (Miqueias 6.8). A justiça divina exige que creiamos em Cristo para ser o nosso Senhor e Salvador. Não apenas Salvador, porque isto é necessário para que efetivamente possa ser o Senhor de nossas vidas, para que estejamos sujeitos a Ele, especialmente no trabalho de transformação que realizará para que sejamos à Sua imagem. Por isso que, em relação à nossa salvação, tudo apontava para Cristo desde o tempo do Antigo Testamento, até mesmo no princípio da
  • 24. 24 formação de Adão, quando somos informados não apenas da existência da Árvore da Vida, mas também da promessa da Semente bendita que se levantaria para esmagar a cabeça da serpente. A promessa da vinda desta Semente ou Descendente foi reafirmada a Abraão. E dela falaram os profetas como sendo o Servo, o Justo, o Messias, o Rei, o Profeta, o Sacerdote, o Salvador, o Senhor que conduziria todo o Israel de Deus à condição de glória, uma vez tendo realizado a purificação dos seus pecados. E uma vez tendo chegado o tempo do cumprimento da promessa com a manifestação de Jesus ao mundo, tudo o que temos escrito no Novo Testamento aponta para a aliança da graça que foi feita pelo Pai com Ele, e da qual somos beneficiados por meio da fé nEle. É pela pregação e ensino desta aliança de graça, do evangelho, que pecadores são salvos. De Adão recebemos uma herança natural e nos encontramos ligados a ele por ser a cabeça de toda a raça humana, porque todos descenderam dele, e por esta ligação fomos sujeitados à morte espiritual em que todos nos encontrávamos antes de sermos vivificados em Cristo.
  • 25. 25 Agora podemos ser vivificados por Cristo, porque Deus decretou que por graça, e mediante a fé nEle, seríamos não apenas perdoados, mas reconciliados com Ele, por meio da nossa união espiritual com Cristo, uma vez que todos os que nEle creem, nascem de novo do Espírito, recebem uma nova natureza que é a própria vida de Cristo implantada neles. Somente o que é de Cristo permanecerá neles, inclusive o próprio novo corpo glorificado que receberão no dia do arrebatamento da Igreja. Jamais isto poderia ser obtido por meio de uma justiça que fosse decorrente de nossa própria obediência à Lei. Se devemos dar a devida consideração à Lei, todavia não é por meio dela que somos justificados, porque, na verdade, ninguém poderia ser. Deus somente pode nos justificar mediante uma justiça perfeita, e é somente pela graça, mediante a fé, que podemos encontrar esta justiça em Cristo. “22 Olhai para mim e sede salvos, vós, todos os limites da terra; porque eu sou Deus, e não há outro.
  • 26. 26 23 Por mim mesmo tenho jurado; da minha boca saiu o que é justo, e a minha palavra não tornará atrás. Diante de mim se dobrará todo joelho, e jurará toda língua. 24 De mim se dirá: Tão-somente no SENHOR há justiça e força; até ele virão e serão envergonhados todos os que se irritarem contra ele. 25 Mas no SENHOR será justificada toda a descendência de Israel e nele se gloriará.” (Isaías 45.22-25). “11 Ele verá o fruto do penoso trabalho de sua alma e ficará satisfeito; o meu Servo, o Justo, com o seu conhecimento, justificará a muitos, porque as iniquidades deles levará sobre si. 12 Por isso, eu lhe darei muitos como a sua parte, e com os poderosos repartirá ele o despojo, porquanto derramou a sua alma na morte; foi contado com os transgressores; contudo, levou sobre si o pecado de muitos e pelos transgressores intercedeu.” (Isaías 53.11,12). APÊNDICE: O Evangelho que nos Leva a Obter a Salvação
  • 27. 27 Há somente um evangelho pelo qual podemos ser verdadeiramente salvos. Ele se encontra revelado na Bíblia, e especialmente nas páginas do Novo Testamento. Mas, por interpretações incorretas é possível até mesmo transformá-lo em um meio de perdição e não de salvação, conforme tem ocorrido especialmente em nossos dias, em que as verdades fundamentais do evangelho de Jesus Cristo têm sido adulteradas ou omitidas. Isto nos levou a tomar a iniciativa de apresentar a seguir, de forma resumida, em que consiste de fato o evangelho da nossa salvação. Em primeiro lugar, antes de tudo, é preciso entender que somos salvos exclusivamente com base na aliança de graça que foi feita entre Deus Pai e Deus Filho, antes mesmo da criação do mundo, para que nas diversas gerações de pessoas que seriam trazidas por eles à existência sobre a Terra, houvesse um chamado invisível, sobrenatural, espiritual, para serem perdoadas de seus pecados, justificadas, regeneradas (novo nascimento espiritual), santificadas e glorificadas. E o autor destas operações transformadoras seria o Espírito Santo, a terceira pessoa da trindade divina.
  • 28. 28 Estes que seriam chamados à conversão, o seriam pelo meio de atração que seria feita por Deus Pai, trazendo-os a Deus Filho, de modo que pela simples fé em Jesus Cristo, pudessem receber a graça necessária que os redimiria e os transportaria das trevas para a luz, do poder de Satanás para o de Deus, e que lhes transformaria em filhos amados e aceitos por Deus. Como estes que foram redimidos se encontravam debaixo de uma sentença de maldição e condenação eternas, em razão de terem transgredido a lei de Deus, com os seus pecados, para que fossem redimidos seria necessário que houvesse uma quitação da dívida deles para com a justiça divina, cuja sentença sobre eles era a de morte física e espiritual eternas. Havia a necessidade de um sacrifício, de alguém idôneo que pudesse se colocar no lugar do homem, trazendo sobre si os seus pecados e culpa, e morrendo com o derramamento do seu sangue, porque a lei determina que não pode haver expiação sem que haja um sacrifício sangrento substitutivo. Importava também que este Substituto de pecadores, assumisse a responsabilidade de cobrir tudo o que fosse necessário em relação à
  • 29. 29 dívida de pecados deles, não apenas a anterior à sua conversão, como a que seria contraída também no presente e no futuro, durante a sua jornada terrena. Este Substituto deveria ser perfeito, sem pecado, eterno, infinito, porque a ofensa do pecador é eterna e infinita. Então deveria ser alguém divino para realizar tal obra. Jesus, sendo Deus, se apresentou na aliança da graça feita com o Pai, para ser este Salvador, Fiador, Garantia, Sacrifício, Sacerdote, para realizar a obra de redenção. O homem é fraco, dado a se desviar, mas a sua chamada é para uma santificação e perfeição eternas. Como poderia responder por si mesmo para garantir a eternidade da segurança da salvação? Havia necessidade que Jesus assumisse ao lado da natureza divina que sempre possuiu, a natureza humana, e para tanto ele foi gerado pelo Espírito Santo no ventre de Maria. Ele deveria ter um corpo para ser oferecido em sacrifício. O sangue da nossa redenção deveria ser o de alguém que fosse humano, mas também divino, de modo que se pode até
  • 30. 30 mesmo dizer que fomos redimidos pelo sangue do próprio Deus. Este é o fundamento da nossa salvação. A morte de Jesus em nosso lugar, de modo a nos abrir o caminho para a vida eterna e o céu. Para que nunca nos esquecêssemos desta grande e importante verdade do evangelho de que Jesus se tornou da parte de Deus para nós, o nosso tudo, e que sem Ele nada somos ou podemos fazer para agradar a Deus, Jesus fixou a Ceia que deve ser regularmente observada pelos crentes, para que se lembrem de que o Seu corpo foi rasgado, assim como o pão que partimos na Ceia, e o Seu sangue foi derramado em profusão, conforme representado pelo vinho, para que tenhamos vida eterna por meio de nos alimentarmos dEle. Por isso somos ordenados a comer o pão, que representa o corpo de Jesus, que é verdadeiro alimento para o nosso espírito, e a beber o sangue de Jesus, que é verdadeira bebida para nos refrigerar e manter a Sua vida em nós. Quando Ele disse que é o caminho e a verdade e a vida. Que a porta que conduz à vida eterna é estreita, e que o caminho é apertado. Tudo isto se aplica ao fato de que não há outra verdade, outro caminho, outra vida, senão a que existe
  • 31. 31 somente por meio da fé nEle. A porta é estreita porque não admite uma entrada para vários caminhos e atalhos, que sendo diferentes dEle, conduzem à perdição. É estreito e apertado para que nunca nos desviemos dEle, o autor e consumador da nossa salvação. Então o plano de salvação, na aliança de graça que foi feita, nada exige do homem, além da fé, pois tudo o que tiver que ser feito nele para ser transformado e firmado na graça, será realizado pelo autor da sua salvação, a saber, Jesus Cristo. Tanto é assim, que para que tenhamos a plena convicção desta verdade, mesmo depois de sermos justificados, regenerados e santificados, percebemos, enquanto neste mundo, que há em nós resquícios do pecado, que são o resultado do que se chama de pecado residente, que ainda subsiste no velho homem, que apesar de ter sido crucificado juntamente com Cristo, ainda permanece em condições de operar em nós, ao lado da nova natureza espiritual e santa que recebemos na conversão. Qual é a razão disso, senão a de que o Senhor pretende nos ensinar a enxergar que a nossa salvação é inteiramente por graça e mediante a fé? Que é Ele somente que nos garante a vida eterna e o céu. Se não fosse assim, não
  • 32. 32 poderíamos ser salvos e recebidos por Deus porque sabemos que ainda que salvos, o pecado ainda opera em nossas vidas de diversas formas. Isto pode ser visto claramente em várias passagens bíblicas e especialmente no texto de Romanos 7. À luz desta verdade, percebemos que mesmo as enfermidades que atuam em nossos corpos físicos, e outras em nossa alma, são o resultado da imperfeição em que ainda nos encontramos aqui embaixo, pois Deus poderia dar saúde perfeita a todos os crentes, sem qualquer doença, até o dia da morte deles, mas Ele não o faz para que aprendamos que a nossa salvação está inteiramente colocada sobre a responsabilidade de Jesus, que é aquele que responde por nós perante Ele, para nos manter seguros na plena garantia da salvação que obtivemos mediante a fé, conforme o próprio Deus havia determinado justificar-nos somente por fé, do mesmo modo como fizera com Abraão e com muitos outros mesmo nos dias do Velho Testamento. Nenhum crente deve portanto julgar-se sem fé porque não consegue vencer determinadas fraquezas ou pecados, porque enquanto se esforça para ser curado deles, e ainda que não o
  • 33. 33 consiga neste mundo, não perderá a sua condição de filho amado de Deus, que pode usar tudo isto em forma de repreensão e disciplina, mas que jamais deixará ou abandonará a qualquer que tenha recebido por filho, por causa da aliança que fez com Jesus e na qual se interpôs com um juramento que jamais a anularia por causa de nossas imperfeições e transgressões. Um crente verdadeiro odeia o pecado e ama a Jesus, mas sempre lamentará que não o ame tanto quanto deveria, e por não ter o mesmo caráter e virtudes que há em Cristo. Mas de uma coisa ele pode ter certeza: não foi por mérito, virtude ou boas obras que lhes foram exigidos a apresentar a Deus que ele foi salvo, mas simplesmente por meio do arrependimento e da fé nAquele que tudo fez e tem feito que é necessário para a segurança eterna da sua salvação. É possível que alguém leia tudo o que foi dito nestes sete últimos parágrafos e não tenha percebido a grande verdade central relativa ao evangelho, que está sendo comentada neles, e que foi citada de forma resumida no primeiro deles, a saber:
  • 34. 34 “Então o plano de salvação, na aliança de graça que foi feita, nada exige do homem, além da fé, pois tudo o que tiver que ser feito nele para ser transformado e firmado na graça, será realizado pelo autor da sua salvação, a saber, Jesus Cristo.” Nós temos na Palavra de Deus a confirmação desta verdade, que tudo é de fato devido à graça de Jesus, na nossa salvação, e que esta graça é suficiente para nos garantir uma salvação eterna, em razão do pacto feito entre Deus Pai e Deus Filho, que nos escolheram para esta salvação segura e eterna, antes mesmo da fundação do mundo, no qual Jesus e Sua obra são a causa dessa segurança eterna, pois é nEle que somos aceitos por Deus, nos termos da aliança firmada, em que o Pai e o Filho são os agentes da aliança, e os crentes apenas os beneficiários. O pacto foi feito unilateralmente pelo Pai e o Filho, sem a consulta da vontade dos beneficiários, uma vez que eles nem sequer ainda existiam, e quando aderem agora pela fé aos termos da aliança, eles são convocados a fazê-lo voluntariamente e para o principal propósito de serem salvos para serem santificados e glorificados, sendo instruídos pelo evangelho que tudo o que era necessário para a sua salvação foi perfeitamente
  • 35. 35 consumado pelo Fiador deles, nosso Senhor Jesus Cristo. Então, preste atenção neste ponto muito importante, de que tanto é assim, que não é pelo fato de os crentes continuarem sujeitos ao pecado, mesmo depois de convertidos, que eles correm o risco de perderem a salvação deles, uma vez que a aliança não foi feita diretamente com eles, e consistindo na obediência perfeita deles a toda a vontade de Deus, mas foi feita com Jesus Cristo, para não somente expiar a culpa deles, como para garantir o aperfeiçoamento deles na santidade e na justiça, ainda que isto venha a ser somente completado integralmente no por vir, quando adentrarem a glória celestial. A salvação é por graça porque alguém pagou inteiramente o preço devido para que fôssemos salvos – nosso Senhor Jesus Cristo. E para que soubéssemos disso, Jesus não nos foi dado somente como Sacrifício e Sacerdote, mas também como Profeta e Rei. Ele não somente é quem nos anuncia o evangelho pelo poder do Espírito Santo, e quem tudo revelou acerca dele nas páginas da Bíblia, para que não errássemos o alvo por causa da incredulidade, que sendo o oposto da fé, é a
  • 36. 36 única coisa que pode nos afastar da possibilidade da salvação. Em sua obra como Rei, Jesus governa os nossos corações, e nos submete à Sua vontade de forma voluntária e amorosa, capacitando-nos, pelo Seu próprio poder, a viver de modo agradável a Deus. Agora, nada disso é possível sem que haja arrependimento. Ainda que não seja ele a causa da nossa salvação, pois, como temos visto esta causa é o amor, a misericórdia e a graça de Deus, manifestados em Jesus em nosso favor, todavia, o arrependimento é necessário, porque toda esta salvação é para uma vida santa, uma vida que lute contra o pecado, e que busque se revestir do caráter e virtudes de Jesus. Então, não há salvação pela fé onde o coração permanece apegado ao pecado, e sem manifestar qualquer desejo de viver de modo santo para a glória de Deus. Desde que haja arrependimento não há qualquer impossibilidade para que Deus nos salve, nem mesmo os grosseiros pecados da geração atual, que corre desenfreadamente à busca de prazeres terrenos, e completamente avessa aos valores eternos e celestiais.
  • 37. 37 Ainda que possa parecer um paradoxo, haveria até mais facilidade para Deus salvar a estes que vivem na iniquidade porque a vida deles no pecado é flagrante, e pouco se importam em demonstrar por um viver hipócrita, que são pessoas justas e puras, pois não estão interessadas em demonstrar a justiça própria do fariseu da parábola de Jesus, para que através de sua falsa religiosidade, e autoengano, pudessem alcançar algum favor da parte de Deus. Assim, quando algum deles recebe a revelação da luz que há em Jesus, e das grandes trevas que dominam seu coração, o trabalho de convencimento do Espírito Santo é facilitado, e eles lamentam por seus pecados e fogem para Jesus para obterem a luz da salvação. E ele os receberá, e a nenhum deles lançará fora, conforme a Sua promessa, porque o ajuste feito para a sua salvação exige somente o arrependimento e a fé, para a recepção da graça que os salvará. Deus mesmo é quem provê todos os meios necessários para que permaneçamos firmes na graça que nos salvou, de maneira que jamais venhamos a nos separar dele definitivamente. Ele nos fez coparticipantes da Sua natureza divina, no novo nascimento operado pelo
  • 38. 38 Espírito Santo, de modo que uma vez que uma natureza é atingida, ela jamais pode ser desfeita. Nós viveremos pela nova criatura, ainda que a velha venha a se dissolver totalmente, assim como está ordenado que tudo o que herdamos de Adão e com o pecado deverá passar, pois tudo é feito novo em Jesus, em quem temos recebido este nosso novo ser que se inclina em amor para Deus e para todas as coisas de Deus. Ainda que haja o pecado residente no crente, ele se encontra destronado, pois quem reina agora é a graça de Jesus em seu coração, e não mais o pecado. Ainda que algum pecado o vença isto será temporariamente, do mesmo modo que uma doença que se instala no corpo é expulsa dele pelas defesas naturais ou por algum medicamento potente. O sangue de Jesus é o remédio pelo qual somos sarados de todas as nossas enfermidades. E ainda que alguma delas prevaleça neste mundo ela será totalmente extinta quando partirmos para a glória, onde tudo será perfeito. Temos este penhor da perfeição futura da salvação dado a nós pela habitação do Espírito Santo, que testifica juntamente com o nosso espírito que somos agora filhos de Deus, não apenas por ato declarativo desta condição, mas de fato e de verdade pelo novo nascimento
  • 39. 39 espiritual que nos foi dado por meio da nossa fé em Jesus. Toda esta vida que temos agora é obtida por meio da fé no Filho de Deus que nos amou e se entregou por nós, para que vivamos por meio da Sua própria vida. Ele é o criador e o sustentador de toda a criação, inclusive desta nova criação que está realizando desde o princípio, por meio da geração de novas criaturas espirituais para Deus por meio da fé nEle. Ele pode fazê-lo porque é espírito vivificante, ou seja, pode fazer com que nova vida espiritual seja gerada em quem Ele assim o quiser. Ele sabe perfeitamente quais são aqueles que atenderão ao chamado da salvação, e é a estes que Ele se revela em espírito para que creiam nEle, e assim sejam salvos. Bem-aventurados portanto são: Os humildes de espírito que reconhecem que nada possuem em si mesmos para agradarem a Deus. Os mansos que se submetem à vontade de Deus e que se dispõem a cumprir os Seus mandamentos.
  • 40. 40 Os que choram por causa de seus pecados e todo o pecado que há no mundo, que é uma rebelião contra o Criador. Os misericordiosos, porque dão por si mesmos o testemunho de que todos necessitam da misericórdia de Deus para serem perdoados. Os pacificadores, e não propriamente pacifistas que costumam anular a verdade em prol da paz mundial, mas os que anunciam pela palavra e suas próprias vidas que há paz de reconciliação com Deus somente por meio da fé em Jesus. Os que têm fome e sede de justiça, da justiça do reino de Deus que não é comida, nem bebida, mas justiça, paz e alegria no Espírito Santo. Os que são perseguidos por causa do evangelho, porque sendo odiados sem causa, perseveram em dar testemunho do Nome e da Palavra de Jesus Cristo. Vemos assim que ser salvo pela graça não significa: de qualquer modo, de maneira descuidada, sem qualquer valor ou preço envolvido na salvação. Jesus pagou um preço altíssimo e de valor inestimável para que pudéssemos ser redimidos. Os termos da aliança por meio da qual somos salvos são todos
  • 41. 41 bem ordenados e planejados para que a salvação seja segura e efetiva. Há poderes sobrenaturais, celestiais, espirituais envolvidos em todo o processo da salvação. É de uma preciosidade tão grande este plano e aliança que eles devem ser eficazes mesmo quando não há naqueles que são salvos um conhecimento adequado de todas estas verdades, pois está determinado que aquele que crê no seu coração e confessar com os lábios que Jesus é o Senhor e Salvador, é tudo quanto que é necessário para um pecador ser transformado em santo e recebido como filho adotivo por Deus. O crescimento na graça e no conhecimento de Jesus são necessários para o nossos aperfeiçoamento espiritual em progresso da nossa santificação, mas não para a nossa justificação e regeneração (novo nascimento) que são instantâneos e recebidos simultaneamente no dia mesmo em que nos convertemos a Cristo. Quando fomos a Ele como nos encontrávamos na ocasião, totalmente perdidos e mortos em transgressões e pecados. E fomos recebidos porque a palavra da promessa da aliança é que todo aquele que crê
  • 42. 42 será salvo, e nada mais é acrescentado a ela como condição para a salvação. É assim porque foi este o ajuste que foi feito entre o Pai e o Filho na aliança que fizeram entre si para que fôssemos salvos por graça e mediante a fé. Jesus é pedra de esquina eleita e preciosa, que o Pai escolheu para ser o autor e o consumador da nossa salvação. Ele foi eleito para a aliança da graça, e nós somos eleitos para recebermos os benefícios desta aliança por meio da fé nAquele a quem foram feitas as promessas de ter um povo exclusivamente Seu, zeloso de boas obras. Então quando somos chamados de eleitos na Bíblia, isto não significa que Deus fez uma aliança exclusiva e diretamente com cada um daqueles que creem, uma vez que uma aliança com Deus para a vida eterna demanda uma perfeita justiça e perfeita obediência a Ele, sem qualquer falha, e de nós mesmos, jamais seríamos competentes para atender a tal exigência, de modo que a aliança poderia ter sido feita somente com Jesus. Somos aceitos pelo Pai porque estamos em Jesus, e assim é por causa do Filho Unigênito que somos também recebidos. Jamais poderíamos
  • 43. 43 fazê-lo diretamente sem ter a Jesus como nosso Sumo Sacerdote e Sacrifício. Isto é tipificado claramente na Lei, em que nenhum ofertante ou oferta seriam aceitos por Deus sem serem apresentados pelo sacerdote escolhido por Deus para tal propósito. Nenhum outro Sumo Sacerdote foi designado pelo Pai para que pudéssemos receber uma redenção e aproximação eternas, senão somente nosso Senhor Jesus Cristo, aquele que Ele escolheu para este ofício.