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Anatomia e Fisiologia
da Pesquisa Clínica
Anatomia da pesquisa
 De que ela é feita?
 Quais são os elementos do plano de
estudo?
Meta do investigador: criar esses
elementos
de forma que o projeto se torne simples,
de baixo custo e de curta duração
Sandra Lago Moraes, 2012
Anatomia da pesquisa
O plano escrito do estudo (protocolo)
descreve a estrutura de um projeto de
pesquisa
 Ajuda o investigador a organizar sua
pesquisa de forma lógica, objetiva e
eficiente
 Também é usado na solicitação de
recursos financeiros
Sandra Lago Moraes, 2012
Elementos do protocolo de pesquisa (1)
1.Questões de pesquisa Que questões o estudo abordará?
2.Relevância (background) Por que essas questões são importa
3.Delineamento
Eixo temporal
Abordagem epidemiológica
4.Sujeitos
Critérios de seleção
Procedimentos amostrais
OBJETIVO
Como o estudo é estruturado
Quem são os sujeitos e
como eles serão selecionados?
Sandra Lago Moraes, 2012
Elementos do protocolo de pesquisa (2)
5.Variáveis
Variáveis preditoras
Variáveis confundidoras
Variáveis de desfecho
6.Aspectos estatísticos
Hipóteses
Tamanho da amostra
Abordagem analítica
Que medições serão realizadas?
Qual o tamanho de estudo e
como ele será analisado?
Sandra Lago Moraes, 2012
Fisiologia da pesquisa
Como ela funciona?
ACHADOS NO
ESTUDO
 Possibilitar inferências válidas
VERDADE NO
UNIVERSO
inferências
Meta do investigador: minimizar erros, aleatórios ou
sistemáticos, que ameacem as conclusões
que venham dessas inferências
Sandra Lago Moraes, 2012
Fisiologia da pesquisa
 Delineamento
 Implementação
DELINEAMENTO AMOSTRAL: é coletar os dados de
forma que você tenha uma boa chance de tomar
uma boa decisão.
Esse diz respeito à compreensão de conceitos que
são importantes a cada passo no processo, desde o
planejamento, execução, análise e publicação
Sandra Lago Moraes, 2012
Delinear uma amostra é coletar os dados de forma
que você tenha uma boa chance de tomar uma boa
decisão (Magnusson WE, Mourão G. Estatística sem matemática. A ligação
entre as questões e a análise. Londrina: Ed. Planta, 2005)
Sandra Lago Moraes, 2012
Exemplo:
• Uma espécie de saguis ocorre apenas em uma reser
e a população está em declínio
• A espécie ocorre em maior densidade nas partes
da reserva com maior densidade de árvores?
• Autoridades responsáveis pela proteção
da vida silvestre encomendaram um estudo de 2 anos
para determinar o quanto as densidades do sagui
estão associadas com as densidades de árvores
e se a população do tal sagui está realmente em declíni
Biólogo A
Faz uma contagem dos
saguis
e das árvores seguindo
parcelas alongadas,
que atravessam a área de
estudo
Conclusão: tem diferença na
quantidade de saguis em
relação com a quantidade
de árvores, mas não com os
anos
Sandra Lago Moraes, 2012
(Magnusson & Mourão, 2005)
Biólogo B
Faz uma contagem dos saguis
e das árvores seguindo
parcelas alongadas só que
perpendiculares às feitas
pelo Biólogo B
Conclusão: existe diferença na
quantidade saguis entre os anos,
mas não difere em relação
à densidade de árvores
Sandra Lago Moraes, 2012
Sandra Lago Moraes, 2012
População alvo
Mulheres de
50 a 69 anos
Fenômenos de
interesse
A proporção de
mulheres que
tomam
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QUESTÃO DE PESQUISA PLANO DE ESTUDO
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Amostra
pretendida
Todas as mulheres
de 50 a 69 anos
atendidas no
ambulatório de
atenção primária
do HC em um ano
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pretendidas
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estrogênica auto-
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delineamento
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Sandra Lago Moraes, 2012
delineamento implementação
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conclusões
QUESTÃO
DE
PESQUISA
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ESTUDO REALPLANO DE ESTUDO
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Sujeitos reais
As 100 mulheres
estudadas
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do questionário
referente
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estrogênica
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inferência
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Erros de implementação
Sandra Lago Moraes, 2012
Inferências causais
 Resultam da associação entre uma
variável preditora (independente) e uma
variável de desfecho (dependente)
 O problema: quando o estudo encontrar
uma associação isso significa causa e
efeito ou há um outra explicação?
 O maior desafio é reduzir a probabilidade
de fatores de confusão e outras
explicações rivais
Sandra Lago Moraes, 2012
Erros da pesquisa
 Erro aleatório- resultado errado
devido ao acaso (fonte desconhecida
de variação com igual probabilidade
de distorcer a amostra em ambas as
direções)
 Erro sistemático- resultado errado
devido a um viés (fonte de variação
que distorce os achados do estudo
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Sandra Lago Moraes, 2012
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 Anteprojeto ou pré-proposta- esboço de 1 a 2
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 Manual de operações- conjunto de instruções
procedimentais, questionários e outros materiais
desenvolvidos para garantir uniformidade e
padronização com um controle de qualidade
adequado
Sandra Lago Moraes, 2012
Questão 1
Sandra Lago Moraes, 2012
 Prescrever vitamina D a pacientes com deficiência
de vitamina D pode aumentar sua força muscular.
Para averiguar se a fraqueza comum do
envelhecimento pode ser tratada com vitamina D,
selecionamos 38 homens e mulheres com 70 anos
de idade ou mais de um ambulatório de hipertensão
e prescrevemos aleatoriamente vitamina D3 ou um
placebo de forma idêntica. A força muscular do
quadríceps, medida com um dinamômetro
isocinético após 6 meses de tratamento, foi similar
nos dois grupos.
Sandra Lago Moraes, 2012
 Questão de pesquisa: o tratamento com vitamina D
aumenta a força muscular da perna em indivíduos
saudáveis a partir de 70 anos de idade?
 Variáveis
 preditora (independente): tratamento com vitamina
D
 de desfecho (dependente): força muscular do
quadríceps
 Delineamento: ensaio randomizado cego
Questão 2
Sandra Lago Moraes, 2012
 Para verificar se os efeitos sedativos de
medicamentos psicotrópicos podem causar fraturas
de quadril, estudamos 1.012 homens e mulheres
com fraturas de quadril e 5.606 sem fratura de
quadril entre pacientes idosos ligados ao Medicaid.
Os indivíduos tratados com tranqüilizantes de ação
rápida não tiveram risco maior de fratura de quadril.
Por outro lado, houve um aumento de risco
associado ao uso corrente de tranqüilizantes com
meia-vida de mais de 24 horas (razão de chances
1,8; IC de 95%, 1,3 a 2,4).
Sandra Lago Moraes, 2012
 Questão de pesquisa: medicamentos psicotrópicos
aumentam o risco de fratura de quadril em homens
e mulheres idosos?
 Variáveis
 preditora (independente): tratamento com
medicamentos psicotrópicos
 de desfecho (dependente): fraturas de quadril
 Delineamento: estudo de caso-controle
Questão 3
Sandra Lago Moraes, 2012
 Examinamos o uso de terapia de reposição
estrogênica em relação ao câncer de mama em
mulheres pós-menopáusicas. Durante 367.187
pessoa-anos de acompanhamento, forma
detectados 722 novos casos de câncer de mama. O
risco de câncer de mama foi significativamente
maior em indivíduos que faziam uso de estrógenos
(risco relativo, 1,36; intervalo de confiança (IC) de
95% 1,11 a 1,67), mas não em ex-usuários.
Sandra Lago Moraes, 2012
 Questão de pesquisa: O que estudantes do
Zimbábue sabem sobre AIDS? Delineamento:
 Delineamento: Estudo descritivo transversal
Sandra Lago Moraes, 2012
 O conhecimento sobre a síndrome da
imunodeficiência adquirida (AIDS) foi estudado em
893 adolescentes do sexo masculino e 663 do sexo
feminino sorteados de 12 escolas secundárias em
Zimbábue. Noventa e três por cento acreditaram se
tratar de uma infecção provocada por relações
sexuais, e 10% acreditaram que poderia ser
contraída do assento da privada.
Sandra Lago Moraes, 2012
 Questão de pesquisa: a terapia estrogênica em
mulheres pós-menopáusicas aumenta o risco de
câncer de mama?
 Variáveis
 preditora (independente): terapia com estrógeno
 de desfecho (dependente): câncer de mama
 Delineamento: estudo de coorte
Aula baseada no capítulo 1 do livro
Delineando a Pesquisa Clínica. Uma
abordagem epidemiológica. Hulley SB,
Cummings SR, Browner WS, Grady D, Hearst
N, Newman TB. 2ed. Porto Alegre: Artmed,
2003.
Sandra Lago Moraes, 2012

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Anatomia e Fisiologia da Pesquisa Clínica Aula 2

  • 1. Anatomia e Fisiologia da Pesquisa Clínica
  • 2. Anatomia da pesquisa  De que ela é feita?  Quais são os elementos do plano de estudo? Meta do investigador: criar esses elementos de forma que o projeto se torne simples, de baixo custo e de curta duração Sandra Lago Moraes, 2012
  • 3. Anatomia da pesquisa O plano escrito do estudo (protocolo) descreve a estrutura de um projeto de pesquisa  Ajuda o investigador a organizar sua pesquisa de forma lógica, objetiva e eficiente  Também é usado na solicitação de recursos financeiros Sandra Lago Moraes, 2012
  • 4. Elementos do protocolo de pesquisa (1) 1.Questões de pesquisa Que questões o estudo abordará? 2.Relevância (background) Por que essas questões são importa 3.Delineamento Eixo temporal Abordagem epidemiológica 4.Sujeitos Critérios de seleção Procedimentos amostrais OBJETIVO Como o estudo é estruturado Quem são os sujeitos e como eles serão selecionados? Sandra Lago Moraes, 2012
  • 5. Elementos do protocolo de pesquisa (2) 5.Variáveis Variáveis preditoras Variáveis confundidoras Variáveis de desfecho 6.Aspectos estatísticos Hipóteses Tamanho da amostra Abordagem analítica Que medições serão realizadas? Qual o tamanho de estudo e como ele será analisado? Sandra Lago Moraes, 2012
  • 6. Fisiologia da pesquisa Como ela funciona? ACHADOS NO ESTUDO  Possibilitar inferências válidas VERDADE NO UNIVERSO inferências Meta do investigador: minimizar erros, aleatórios ou sistemáticos, que ameacem as conclusões que venham dessas inferências Sandra Lago Moraes, 2012
  • 7. Fisiologia da pesquisa  Delineamento  Implementação DELINEAMENTO AMOSTRAL: é coletar os dados de forma que você tenha uma boa chance de tomar uma boa decisão. Esse diz respeito à compreensão de conceitos que são importantes a cada passo no processo, desde o planejamento, execução, análise e publicação Sandra Lago Moraes, 2012
  • 8. Delinear uma amostra é coletar os dados de forma que você tenha uma boa chance de tomar uma boa decisão (Magnusson WE, Mourão G. Estatística sem matemática. A ligação entre as questões e a análise. Londrina: Ed. Planta, 2005) Sandra Lago Moraes, 2012 Exemplo: • Uma espécie de saguis ocorre apenas em uma reser e a população está em declínio • A espécie ocorre em maior densidade nas partes da reserva com maior densidade de árvores? • Autoridades responsáveis pela proteção da vida silvestre encomendaram um estudo de 2 anos para determinar o quanto as densidades do sagui estão associadas com as densidades de árvores e se a população do tal sagui está realmente em declíni
  • 9. Biólogo A Faz uma contagem dos saguis e das árvores seguindo parcelas alongadas, que atravessam a área de estudo Conclusão: tem diferença na quantidade de saguis em relação com a quantidade de árvores, mas não com os anos Sandra Lago Moraes, 2012 (Magnusson & Mourão, 2005)
  • 10. Biólogo B Faz uma contagem dos saguis e das árvores seguindo parcelas alongadas só que perpendiculares às feitas pelo Biólogo B Conclusão: existe diferença na quantidade saguis entre os anos, mas não difere em relação à densidade de árvores Sandra Lago Moraes, 2012
  • 12. População alvo Mulheres de 50 a 69 anos Fenômenos de interesse A proporção de mulheres que tomam estrógenos QUESTÃO DE PESQUISA PLANO DE ESTUDO VERDADE NO ESTUDOVERDADE NO UNIVERSO Erros de delineamento Amostra pretendida Todas as mulheres de 50 a 69 anos atendidas no ambulatório de atenção primária do HC em um ano Variáves pretendidas Terapia estrogênica auto- referida delineamento inferência ERROS Sandra Lago Moraes, 2012
  • 14. Amostra pretendida Todas as mulheres de 50 a 69 anos atendidas no ambulatório de atenção primária do HC em um ano Variáveis pretendidas Terapia estrogênica auto-referida ESTUDO REALPLANO DE ESTUDO VERDADE NO ESTUDO ACHADOS NO ESTUDO Sujeitos reais As 100 mulheres estudadas Medidas reais Respostas ao ítem do questionário referente à terapia estrogênica implementação inferência ERROS Erros de implementação Sandra Lago Moraes, 2012
  • 15. Inferências causais  Resultam da associação entre uma variável preditora (independente) e uma variável de desfecho (dependente)  O problema: quando o estudo encontrar uma associação isso significa causa e efeito ou há um outra explicação?  O maior desafio é reduzir a probabilidade de fatores de confusão e outras explicações rivais Sandra Lago Moraes, 2012
  • 16. Erros da pesquisa  Erro aleatório- resultado errado devido ao acaso (fonte desconhecida de variação com igual probabilidade de distorcer a amostra em ambas as direções)  Erro sistemático- resultado errado devido a um viés (fonte de variação que distorce os achados do estudo para uma determinada direção) Sandra Lago Moraes, 2012
  • 17. Protocolo de estudo- 3 versões  Anteprojeto ou pré-proposta- esboço de 1 a 2 páginas dos elementos do estudo  Protocolo de estudo- versão ampliada do esboço inicial, em geral, com 5 a 25 páginas  Manual de operações- conjunto de instruções procedimentais, questionários e outros materiais desenvolvidos para garantir uniformidade e padronização com um controle de qualidade adequado Sandra Lago Moraes, 2012
  • 18. Questão 1 Sandra Lago Moraes, 2012  Prescrever vitamina D a pacientes com deficiência de vitamina D pode aumentar sua força muscular. Para averiguar se a fraqueza comum do envelhecimento pode ser tratada com vitamina D, selecionamos 38 homens e mulheres com 70 anos de idade ou mais de um ambulatório de hipertensão e prescrevemos aleatoriamente vitamina D3 ou um placebo de forma idêntica. A força muscular do quadríceps, medida com um dinamômetro isocinético após 6 meses de tratamento, foi similar nos dois grupos.
  • 19. Sandra Lago Moraes, 2012  Questão de pesquisa: o tratamento com vitamina D aumenta a força muscular da perna em indivíduos saudáveis a partir de 70 anos de idade?  Variáveis  preditora (independente): tratamento com vitamina D  de desfecho (dependente): força muscular do quadríceps  Delineamento: ensaio randomizado cego
  • 20. Questão 2 Sandra Lago Moraes, 2012  Para verificar se os efeitos sedativos de medicamentos psicotrópicos podem causar fraturas de quadril, estudamos 1.012 homens e mulheres com fraturas de quadril e 5.606 sem fratura de quadril entre pacientes idosos ligados ao Medicaid. Os indivíduos tratados com tranqüilizantes de ação rápida não tiveram risco maior de fratura de quadril. Por outro lado, houve um aumento de risco associado ao uso corrente de tranqüilizantes com meia-vida de mais de 24 horas (razão de chances 1,8; IC de 95%, 1,3 a 2,4).
  • 21. Sandra Lago Moraes, 2012  Questão de pesquisa: medicamentos psicotrópicos aumentam o risco de fratura de quadril em homens e mulheres idosos?  Variáveis  preditora (independente): tratamento com medicamentos psicotrópicos  de desfecho (dependente): fraturas de quadril  Delineamento: estudo de caso-controle
  • 22. Questão 3 Sandra Lago Moraes, 2012  Examinamos o uso de terapia de reposição estrogênica em relação ao câncer de mama em mulheres pós-menopáusicas. Durante 367.187 pessoa-anos de acompanhamento, forma detectados 722 novos casos de câncer de mama. O risco de câncer de mama foi significativamente maior em indivíduos que faziam uso de estrógenos (risco relativo, 1,36; intervalo de confiança (IC) de 95% 1,11 a 1,67), mas não em ex-usuários.
  • 23. Sandra Lago Moraes, 2012  Questão de pesquisa: O que estudantes do Zimbábue sabem sobre AIDS? Delineamento:  Delineamento: Estudo descritivo transversal
  • 24. Sandra Lago Moraes, 2012  O conhecimento sobre a síndrome da imunodeficiência adquirida (AIDS) foi estudado em 893 adolescentes do sexo masculino e 663 do sexo feminino sorteados de 12 escolas secundárias em Zimbábue. Noventa e três por cento acreditaram se tratar de uma infecção provocada por relações sexuais, e 10% acreditaram que poderia ser contraída do assento da privada.
  • 25. Sandra Lago Moraes, 2012  Questão de pesquisa: a terapia estrogênica em mulheres pós-menopáusicas aumenta o risco de câncer de mama?  Variáveis  preditora (independente): terapia com estrógeno  de desfecho (dependente): câncer de mama  Delineamento: estudo de coorte
  • 26. Aula baseada no capítulo 1 do livro Delineando a Pesquisa Clínica. Uma abordagem epidemiológica. Hulley SB, Cummings SR, Browner WS, Grady D, Hearst N, Newman TB. 2ed. Porto Alegre: Artmed, 2003. Sandra Lago Moraes, 2012