Este documento descreve um estudo que traçou Diagnósticos de Enfermagem (DEs), metas e Prescrições de Enfermagem (PEs) para pacientes ortopédicos em um hospital no Rio de Janeiro. Os autores selecionaram cinco DEs comuns em ortopedia, incluindo conhecimento deficiente, mobilidade física prejudicada, risco de infecção e risco de quedas. Para cada DE, eles definirão metas mensuráveis e PEs correlatas para inserção no sistema eletrônico, com o objet
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E-Books 08 - Revolução do Cuidar
1. SISTEMATIZAÇÃO DA ASSISTÊNCIA DE ENFERMAGEM ORTOPÉDICA: UM INSTRUMENTO PARA A
SEGURANÇA DO PACIENTE
Alessandra Cabral de Lacerda, Ana Cristina Silva de Carvalho, Jane Oliveira Conceição, Kenia Rocha Leite Zaccaro
Introdução: Este trabalho foi realizado por Enfermeiras do Instituto
Nacional de Traumatologia e Ortopedia (INTO) interessadas no estudo da
segurança do paciente e Sistematização da Assistência de Enfermagem
(SAE). O INTO é certificado internacionalmente pelo Consórcio Brasileiro
de Acreditação (CBA) /Joint Comission International (JCI). Um cuidado de
enfermagem seguro demanda a aplicação da SAE, pois contribui para a
qualidade da assistência e valoriza a profissão. Visamos atender a
resolução do COFEN nº 358/2009, a Lei 7.498/1986 e os padrões de
acreditação da JCI. Objetivo: Traçar Diagnósticos de Enfermagem (DEs)
prevalentes em ortopedia, metas mensuráveis e Prescrições de
Enfermagem (PEs) correlatas.
Metodologia: Estudo qualitativo, exploratório e descritivo. Cenário:
hospital de Traumatologia e Ortopedia no RJ. Após leitura do capítulo de
Cuidado ao Paciente dos Padrões da JCI, traçamos paralelo dessas
exigências com a SAE. Elegemos DEs baseados na taxonomia da North
American Nursing Diagnosis Association 2012-2014, metas, intervenções
de Enfermagem (IEs) e PEs para inserção no sistema eletrônico.
Resultados: Selecionamos cinco DEs, metas, IEs e PEs principais.
DE: Conhecimento deficiente. Meta: Compreender instruções fornecidas
pela enfermagem sobre sua condição e participação nos cuidados,
conforme o plano educacional. IEs: Determinar necessidades, barreiras e
valorizando queixas e fatores que influenciam a dor. PEs: Administrar
analgésicos antes da manipulação; registrar a dor, conforme escalas.
DE: Mobilidade física prejudicada. Meta: Evitar contraturas, queda plantar,
úlceras por pressão. IEs: Prevenir complicações e determinar grau de
imobilidade. PEs: Promover ambiente seguro e mudança de decúbito, hidratar
pele, manter colchão apropriado e avaliar extremidade distal a imobilização.
DE: Risco de infecção. Meta: Reduzir risco de Infecções Relacionadas à
Assistência à Saúde. IEs: Detectar fatores de risco para infecção; monitorar
antibioticoterapia, sinais de infecção em punções venosas, suturas e incisões
cirúrgicas. PEs: Manter cabeceira a 30º; registrar condições de acesso venoso,
pele nas inserções de pinos e fios e ferida cirúrgica; implementar precauções.
DE: Risco de quedas. Meta: Reduzir risco de quedas e lesões. IEs: Avaliar
fatores de risco e implementar medidas de segurança. PEs: Manter iluminação
adequada nas enfermarias, cama travada, no limite mínimo de altura e grades
elevadas; usar pulseira sinalizadora do risco.
Conclusão: A implementação da SAE no INTO não se esgota neste trabalho,
mas se inicia ao aliá-la ao processo de acreditação, propiciando a melhoria da
qualidade da assistência, a garantia da segurança do paciente e a otimização
do trabalho do enfermeiro.
Referências:
Conselho Federal de Enfermagem (COFEN). Lei Nº 7498 de 25 de junho de 1986: dispõe sobre a regulamentação do exercício da enfermagem e
dá outras providências.Rio de Janeiro (RJ):COFEn; 1987.
____________________________________ Resolução COFEN-358/2009. Disponível em: http://novo.portalcofen.gov.br/resoluo-cofen-
3582009_4384.html acesso em 13 de dezembro de 2012 às 16:45h.