O documento discute a vigilância de acidentes de trabalho com materiais biológicos, promovendo campanhas educativas sobre biossegurança e prevenção de acidentes. Também aborda métodos de análise coletiva de acidentes e medidas para prevenir a reincidência, como o descarte adequado de materiais e evitar o reencape de agulhas.
Terapia Celular: Legislação, Evidências e Aplicabilidades
Vigilância e prevenção de acidentes com materiais biológicos
1. A Vigilância dos Acidentes de
Trabalho com Materiais
Biológicos
O serviço deve promover campanhas
educativas de Biossegurança e
prevenção de acidentes de trabalho
2. A promoção de medidas como o
acompanhamento do descarte
adequado, evitar o reencape de agulhas ,
motivo frequente de acidente de
trabalho com material biológico, são
recomendadas.
3. Nos próximo slide apresentamos a
proposição de análise coletiva de
acidentes de trabalho proposta por
Osório e a abordagem de
coletiva
O método consiste em levar o trabalhador a
recriar a situação em que ocorreu o acidente,
4. deslocando-se para a posição de observador de
seu próprio trabalho.
Na primeira etapa da análise, o trabalhador é
convidado a mostrar ao analista do trabalho como se
deu o acidente.
Na segunda, a dupla acidentado/analista registra,
num diagrama, a sucessão de eventos descrita.
Na terceira, o registro feito é rediscutido e
complementado; Na quarta, são avaliadas e
executadas, sempre pela dupla
5. acidentado/analista, açöes destinadas a prevenir a
reincidência do acidente analisado. (Osório
Claudia et ai. cad. Saúde Pública, Rio de Janeiro,
mar-abr, 2005 - veja no material de apoio)
MINISTÉRIO
oo Abordagens atuais de prevenção
O de acidentes com perfurocorantes
FUNDACENTRO
6. Na hierarquia da prevenção de acidentes com
perfurocortantes, a primeira prioridade é eliminar e
reduzir o uso de agulhas e outros perfurocortantes
onde for possível. A próxima é isolar o perigo
através do uso de um controle de engenharia no
ambiente ou no próprio perfurocortante, dessa
forma impedindo que o elemento perfurante ou
cortante fique exposto em qualquer lugar do
ambiente de trabalho.
7. Quando essas estratégias não estão
disponíveis ou não fornecem proteção
completa, só então é que o foco deve ser na
implementação das mudanças na prática de
trabalho e do uso de equipamentos de
proteçäo individual.
MINIST ÉRIO Alternativas para o
uso de
FUNDACENTRO
8. Os serviços de saúde podem eliminar
ou reduzir o uso de agulhas de diversas
maneiras.
A maioria 6700/0) dos hospitais
norteamericanos(83) eliminou o uso
desnecessário de agulhas através da
9. implementação de sistemas de
administração IV que não exigem (e em
alguns casos, não permitem) o acesso a
agulhas. (Alguns autores consideram
esta uma medida de controle de
engenharia, como descrito acima.)
11. Essa estratégia removeu amplamente as
ag
ulh
as dos circuitos intravasculares, como
aquelas para infusão intermitente
(piggy-back) e outras agulhas usadas para
conectar e acessar partes do sistema de
administração IV.
a ulhas
12. Esses sistemas demonstraram sucesso
considerável na redução de acidentes
com perfurocortantes relacionados a
circuitos. Intravasculares.
Outras estratégias importantes para eliminação
ou redução do uso de agulhas incluem:
13. Uso de alternativas para fornecer medicação e
vacinação quando for disponível e seguro para o
atendimento ao paciente, revisão das rotinas e
práticas de coleta de amostras de sangue a fim
de identificar e eliminar punções desnecessárias,
uma estratégia que é boa tanto para os
Alternativasparaousode
14. pacientes, quanto para os trabalhadores da
saúde.
Além disso, este tipo de medida também pode
contribuir para reduzir o desperdício de
material e os gastos a ele relacionados, como na
estratégia de planejar todos os exames de um
paciente de forma a colhê-los em uma única
vez.
15. Esses controles segregam ou isolam um perigo no local
de trabalho.
No contexto da prevenção de acidentes com
perfurocortantes, incluem os coletores de descarte, que
retiram os perfurocortantes do ambiente e os segregam
16. em recipientes específicos, e os dispositivos de segurança,
que isolam completamente o perfurocortante.
A ênfase nesses controles levou ao desenvolvimento de
muitos tipos de dispositivos de segurança e há critérios
sugeridos para a criação e o desempenho desses
dispositivos.
MINISTÉRIO
OO E
Controles de engenharia
FUNDACENTRO
17. Os estudos sugerem que nenhum dispositivo de
segurança ou estratégia funciona da mesma
maneira em todos os serviços de saúde.
Além disso, não existe um critério padrão para
avaliação das alegações sobre a segurança dos
dispositivos, embora todos os principais
fabricantes de artigos médicos comercializem
perfurocortantes com dispositivos de
segurança.
18. Os trabalhadores devem desenvolver seus
próprios programas para selecionar a
tecnologia mais adequada e avaliar a eficácia
de diversos materiais no contexto de seus
próprios ambientes de trabalho.
MINIST ÉRIO tr
19. C
o
m o foco atual nas medidas de controle de
engenharia, há poucas informações novas sobre
o uso de controles nas práticas de trabalho para
reduzir o risco de acidentes com
perfurocortantes durante o atendimento ao
paciente. Uma exceçäo se refere à prevenção de
acidentes no centro cirúrgico.
Mudançasnaspráticasde
20. Os controles nas práticas de trabalho são um
importante componente da prevenção de
exposições a material biológico, incluindo
acidentes percutâneos, em ambientes
cirúrgicos e obstétricos porque o uso de
perfurocortantes não pode ser abolido.
MINIST ÉRIO'uuaanças nas praticas ae
traDalno — Mealaas em
centro cirúrgico
21. Usar instrumentos, em vez dos dedos, para segurar
agulhas, retrair tecidos e montar/desmontar agulhas e
lâminas de bisturis; Anunciar verbalmente ao passar
perfurocortantes;
Cl Evitar a passagem de instrumentos perfurocortantes de mão
em mão, usando uma bacia/ bandeja ou uma área de zona
neutra;
22. Usar métodos alternativos de corte, como dispositivos de
eletrocauterizaçäo cegos (b/unt electrocautery) e a laser,
quando adequados;
Substituir a cirurgia aberta por cirurgia endoscópica,
quando possível,
Usar lâminas de bisturi com ponta arredondada ao
invés de lâminas pontiagudas;
Usar dois pares de luvas.
O uso de agulhas de sutura cegas/rombas (b/untsuture
need/es)
23. MINISTÉRIO Mudanças nas práticas de
trabalho Medidas em centro
cirúrgico
FUNOACENÏRO
Isoladamente, dispositivos de segurança e
mudanças nas práticas de trabalho não irão
prevenir todos os acidentes com
perfurocortantes.
24. Reduções significativas desses
acidentes também exigem:
Ações educativas,
Uma redução na realização de
procedimentos invasivos o máximo possível
Um ambiente de trabalho seguro
acidentes com materiais
31. Centro de testagem e Aconselhamento —
CTA
Serviços de Atenção Especializada em
DST/Aids/HVl
SAE
Unidades da Rede de Urgência e Emergência
32. Hospitais e Maternidades a Laboratórios a
Farmácias
envolvidos no atendimento a depender
da unidade de saúde
PAIST / NUGTES - para 0 setor
público estadual
33. SESMT — Serviço Especializado
em Engenharia de Segurança e
em Medicina do Trabalho.
CIPA— Comissão interna de
Prevenção de Acidentes
CCIH — Centro de controle de
infecção
35. HV
A lista com a rede de serviços para
atendimento de PEP(ocupacional e
36. sexual) na Bahia, implantada pela
DIVEP/PE de DST/AIDS está
disponível no material de apoio.
Impressos utilizados nas situações de
exposição ocupacional aos vírus HIV,
HBV e HCV
Ficha do SINAN: Acidentes de Trabalho com Exposição a Material Biológico.
37. Termo de Consentimento Livre e Esclarecido
Trabalhador acidentado e paciente fonte.
Termo de abordagem consentida - modelo anexo
à Instrução Normativa 1.626/2007.
Ficha de referência e contra-referência -
encaminhamento para serviços especializados.
Formulário de solicitação de medicamentos ARV
(Siclom — ver no material de apoio)
Ficha de controle de imunobiológicos especiais.
38. c OBS: Para mais informação verificar o material de Apoio
Teste Rápido
Recomenda-se a utilização de testes rápidos
para detecção de anticorpos anti-HIV,
39. O principal objetivo do seu
uso é conhecer a condição sorológica do
paciente-fonte para definir quanto à indicação
da quimioprofilaxia
No caso de testagem não reagente, a PEP não
deve ser instituída e caso iniciada deve ser
interrompida. O "Manual técnico para o
diagnóstico da infecção pelo HIV", do Ministério
da Saúde (2014), define os algoritmos para
40. execução dos testes rápidos (ver material de
apoio)
Hospital ao SUDUrDlO
Atendimento de Urgência e
Emergência
Os próximos slides, descrevem o
exemplo de atendimento ao acidentado,
41. fluxo e formulários utilizados pelo
Hospital do Subúrbio/ Salvador—
Este hospital realiza o atendimento
interno para os seus trabalhadores
acidentados por meio da equipe do Serviço
Especializado em Engenharia de Segurança
e em Medicina do TrabalhoSESMT.
A equipe técnica do SESMT nos cedeu as
informações e impressos do fluxo de
42. Hospital do Subúrbio - SESMT
Composição da equipe do SESMT •
04 Técnicos de Segurança do Trabalho;
01 Engenheiro de Segurança do
Trabalho;
43. 01 médico do trabalho;
01 técnico de enfermagem do
trabalho,
01 enfermeira do trabalho; 01
assistente administrativo e um
aprendiz de rotina administrativa
(Jovem
44. biológicos
Possui laboratório próprio (sorologias)
Parceria com o Hospital Couto Maia para a atenção
à saúde do acidentado (O Hospital do Subúrbio
oferece medicação para 3 dias e depois o paciente
é encaminhado para o Hospital Couto Maia para
avaliação com o infectologista e continuação da
medicação)
45. Possui Centro de controle de infecção Hospitalar —
CCIH do próprio Hospital (repassa as fichas de
notificaçäodo SINAN para o Distrito Sanitário -
Subúrbio
Ferroviário/Periperi para computação dos dados)
D istrito Sanitário -Subúrbio Ferroviário/Periperi
Fornecimento de Vacina, digitação das fichas do
SINAN
FLUXO DE ATENDIMENTO
48. Autorizaçao(lermo de consen imen
o
Acidentado para realização de
exames
Em virtude cio trabalho com exposiçao a material biológico, e de acordo com O
protocolo da autorizo realistar as soro/ogJas para
51. Sugiro atualizar a partir da lista de serviços
disponibilizada pela divep
52. Para um melhor aproveitamento deste
conteúdo, foi disponibilizado um caso
sobre acidente de trabalho com
exposição a materiais biológicos na
53. vídeo — aula: " Roda de Conversa sobre
ADRT no SINAN".
uma troca de
você participasse
colocando a
realidade para que
juntos realidade do
materiais biológicos
58. BRASIL. Protocolo de Atenção à Saúde dos
Trabalhadores Expostos a Materiais
Biológicos. Ministério da Saúde, Secretaria de
Atenção à Saúde, Departamento de Ações
Programáticas Estratégicas.
Brasília: Editora do Ministério da Saúde, 2006.
BAH IA. Manual de Normas e Procedimentos
59. Técnicos para a Vigilância da Saúde do
Trabalhador, S ecretaria de Saúde do
Estado, SESAB/SUVISA/CESAT, 2002.
Textos complementares e filmes no material de
apoio
Acidente com
64. Considerações Iniciais
vírus da hepatite B e o vírus da
hepatite C são os agentes mais
frequentemente envolvidos nessas
infecções ocupacionais.
65. Considerações
Iniciais
Os acidentes de trabalho com sangue e outros
fluidos potencialmente contaminados devem ser
tratados como casos de emergên édica, uma vez
66. Considerações Iniciais
quev para se lor eficácia, as intervenções para
profilaxia da nfecçã pelo HIV e hepatite B,
denominadas profil pós-exposição (PEP),
68. Tipos de Acidentes
• Percutâneas: lesões provocadas por
instrumentos perfurantes e cortantes, como, por
exemplo, agulhas, bisturi, vidrarias;
• Mucosas: por exemplo, quandQha respingos
envo úendo olho, nariz, bocao
ehitåÏiKT
69. or exemplo, contato com pele não
integra, com noca de dermatites ou feridas
abertas;
• Por rde ras humanas: consideradas como
exposição de risco uando envolvem a presença
de sangue. Devem ser avaliadas tanto para o
individuo que provocou a lesão quanto para
aquele que tenha sido exposto.
70. Tipo de material
biológico
Existem materiais biológicos sabidamente infectantes e
envolvidos na transmissão do HIV, a exposição a esses
materiais constitui situações nas quais a PEP está
recomendada.
71. Materiais biológicos com risco de
transmissão do HIV:
•Sangue e outros materi o sangue;
•Flui s vagin
•Líq *dos d serosas (peritoneal, pleural, pericárdico),
líquido amnió or e líquido articular.
Os primeiros são considerados materiais biológicos
72. com alto risco para transmissão do HIV. Já os
enumerados no último ponto são considerados
potencialmente infectantes.
Tipo de material
biológico
76. O primeiro atendimento após
a HIV é uma urgência médica.
A PEP deve ser iniciada o mais
possível, idealmente nas
primeiras após a exposição,
tendo como horas
subsequentes à exposição.
78. F
do HIV:
•Percutânea — Exemplos: lesões causadas por
agulhas ou outros instrumentos perfura ntes
e/ou corta ntes.
•Membranas mucosas — Exemplos: exposição
sexua17ii respingos em olhos, nariz e boca.
•Cutâneas envolvendo —pele—não íntegra—
79. Exe plos: abertås.
•M edura com presença de sangue —i Nesse
caso, os riscos evem r avaliados tanto para a
pessoa que sofreu a lesã ua para aquela que a
provocou.
'Líquidos de serosas (peritoneal, pleural,
pericárdico), liquido amniótico, liquor e liquido
articular são fluidos e secreções corporais
potencialmente infectantes.
80. Exposição sem risco de transmissão
do HIV:
•Cutâneas exclusivamente, em que a pele exposta
encontra-se íntegra.
• sangue.
81. •Casos comprovados de transmissão por
acidente de trabalho são definidos
como aqueles em que ha evidencia
documentada de sorocon temþoral a
a exposição ao vírus.
•0' mo ento do acidente, o profissional a
s a sorologia negativa ou não reagente
82. Risco de transmissão
e durante o acompanhamento a
sorologia torna-se positiva ou
reagente.
83. Risco de transmissão
do
vírus da hepatite B;
• Apesar de as exposições percutâneas serem
.uma das mais eficientes maneiras de
transmissão 'Ido VHB, elas são responsáveis
84. Risco de transmissão
apenas pela minoria os casos ocupacion B
.e tre a saúde.
foi demonstrado que, em temperatura a
e, o VHB pode sobreviver em superfícies
por ate uma semana.
86. Risco de transmissão
e o que possui a maior tração de
partf{ulas
inf sendo o *fiïncipal nsá I pela
transmissão do vírus entre os tra lhad es
da saúde.
93. exposta deve sempre ser realizada em
situações de exposições consideradas de
risco.
p
94. Primeiramente, deve-se realizar a
investigação do diagnóstico para
o HIV da pessoa exposta:
• Se positivo: a PEP não está indicada.
A infecção pelo HIV ocorreu antes da
exposição e a pessoa deve ser encaminhada
para acompanhame to clínico e início da tera i
95. tirretrovi ral.
tiv . valiar o status da pessoa fonte
quanto à cção Io HIV, quando possível.
impo sibilidade de realização do
diagnóstico ime a infecção pelo HIV na
pessoa exposta: avaliar o status da pessoa
fonte quanto à infecção pelo HIV, quando
possível.
96. Quanto ao status da pessoa
fonte em relação à infecção
pelo HIV:
• Se negativo: a PEP não está indicada.
97. Contudo, a PEP poderá ser indicada quando
a pessoa fonte tiver história d pograðõrisco
nos últim
3 evi o à possibilidade -de resultados falso
-n ativos e testes imunológicos de
diagnóstico
Idos o laboratoriais) durante o período de
98. janela
imu ca. No caso de utilização de testes de
fluido oral, considerar janela imunológica de
90 dias.
Se desconhecido: em qualquer situação
em que a infecção pelo HIV não possa
ser descartada na pessoa
100. • Os resultados da investigação diagnóstica
devem ser sempre comunicados à pessoa que
foi testada.
• Caso seja feito o diagnóstico da infecção pelo
HIV na pessoa fonte, esta deverá ser
encaminhada para seguimento clínico.
101. de a pessoa recusar a PEP ou outros
pr edime tos indicados após a exposição (por ex
N
plo, c leta de exames sorológicos e
laboratoriais). Nes os, sugere-se o registro em
prontuário, documentando a recusa e
explicitando que no atendimento foram
fornecidas as informações sobre os riscos da
exposição, assim como a relação entre o risco e
o benefício das intervenções.
102. chegue ao
recomenda-se
sorológico e o
caso o
desconhecido.
• Ressalta-se que, mesmo que a
pessoa serviço depois de 72h da
exposição, a investigação inicial do
status acompanhamento sorológico
pós-exposição, status da fonte seja
positivo ou
108. A pri eira d se do esquema deverá ser oferecida o
mais rapid possível; não está indicada a PEP
para acidentes que tenham ocorrido em tempo
maior que 72 horas.
109. A definição de apenas um esquema
preferencial é importante, porque tal
simplificação facilita a realização da avaliação
d
e
r
i
saúde, inclusive
-
por
pr assunto.
115. Não existe nenhuma medida especifica eficaz
para a redução do risco de infecção pelo vírus
da hepatite C, após exposição oc c
ona
O ú ico fat r de eliminação desse risco e a
prevenção do 'prio cidente.
129. Houve exposiçáo a material biológico
com risco de
t
r
a
nsmissåo do
SIM
NÃO
—S.
NÃO
130. Houve exposiçåo risco de
transmissåo do
HIV— percutánea. mucosa, pele na
intewa?
SIM
a
SIM
NÃO
dentro
131. Pessoa exposta
Exame de HIV positivo
Fonte: DDAHV/SVSIMS
PEP nåo indicada para
Latcnpanhamento clinico
Nio recomend• Pte
"NP p«jerS ser a
pessoa fonte nve« de
risco ms ulttmos 30
devido P.r»la
Acompanhamento
sorològico nåo
necessário
reaFnte?
Pessoa
Exarne
SIM
141. agulhas;
• Vacinação para Hepatite B;
• Treinamento e educação continuada;
• Precauções universais• vas, aventais,
máscaras, protetores- res, gorros; lavarm
as
mãosPNÃO
as prá cas laboratoriais.
145. Grupo "A":
Resíduos que apresentam risco à
saúde pública e ao meio ambiente
devido à
Infectantes
presença de agentes biológicos
(bactérias, fungos, vírus, clamídias,
riquétsias, microplasmas, prions,
parasitas, linhagens celulares,
outros organismos e toxinas)
146. Ex.1KitsendöVëñosas e dializadores, bol
ifanšfusi ornais de sangue ou
hemocoméonentes, meios de cultura,
vacina vencida ou inutilizada, filtros de ar e
gases, tecidos, membranas, órgãos,
placentas, fetos, peças anatômicas,
animais, vísceras, objetos perfurantes ou cortantes,
excreções, secreções, líquidos orgânicos, ou outro que
tenha tido contato, materiais descartáveis que tenham
entrado em contato com paciente.
149. Protocolo Clínico e Diretrizes —Terapêuticas
'ara Profilaxia AntirretroviraFPos-Exposição de
Risco à
Infda Saúde, Secretaria de
Saúde, Departamento de DST, Aids e He tites
ais. Brasília : Ministério da Saúde, 2015.
54
dirco.ufubr
ólVAST SUVISA
150. PROTOCO
LO DE NOTIFICAÇÃO E INVESTIGAÇÃO DE
ACIDENTES DE TRABALHO COM EXPOSIÇÃO
A
MATERIAIS BIOLÓGICOS
DO
153. Avaliação
Informações ao aluno(a)
Este curso tem uma carga horária de 30 h por
módulo, com duas vídeos-aulas com cerca de 45' e 35'
(minutos) cada uma, incluindo o tempo para estudo da
aula, leitura dos textos e avaliação.
154. Você poderá fazer o seu planejamento de estudo;
mas, deverá cumprir todas as etapas requeridas no
período estabelecido nas normas do curso.
A nota mínima para a certificação do módulo é 7
(sete); você tem direito a três tentativas na sua
avaliação.
155. Caso não alcance a média não receberá a
certificação no curso.
Apresentar orientações sobre
notificação e investigação de
casos de acidente de trabalho
156. com exposição a material
biológico nas unidades de saúde
para o desenvolvimento das
ações de vigilância à saúde.
159. Neste módulo trataremos do acidente com
exposição aos materiais biológicos com
destaque para os profissionais de saúde, mas é
importante salientar que a exposição aos
riscos biológicos ocorre também nos serviços
de esgotos, na coleta e industrialização de lixo
160. urbano, nos cemitérios, nos serviços
veterinários, nos matadouros, nos frigoríficos e
na manipulação de carnes e alimentos "in
natura", dentre outros. Mais informações
sobre outros agentes de exposição
ocupacional? Consulte o material de apoio!
162. Assistam ao filme disponível no material
de apoio e após a leitura desse módulo,
façam
com Exposição a Materiais
163. Para efeito de notificação do protocolo
a ser abordado trataremos dos:
"Acidentes que ocorrem com
profissionais que sofrem exposição a
Biolóicos?
164. materiais biológicos com risco de
soroconversão pelos vírus da Aids (HIV),
Hepatite B (HBV) e Hepatite C (HCV), em
seus locais de trabalho".
165. Conforme o protocolo que estamos
abordando a população exposta são todos
os profissionais e trabalhadores que
atuam, direta ou indiretamente, em
atividades onde há risco de exposição ao
166. sangue e a outros materiais biológicos,
incluindo aqueles profissionais que
prestam assistência domiciliar e
atendimento préhospitalar.
Quem são os expostos
167. OObservar que nos serviços de saúde
outros trabalhadores também são expostos, a
exemplo dos trabalhadores em serviços gerais,
limpeza e lavanderia.
aTrabalhadores em atividades de transporte de
amostras de materiais biológicos para laboratórios,
168. como motoboys e correios, eventualmente
poderão sofrer acidentes com exposição.
LIVale lembrar, como foi citado antes, que
outras
176. Alguns dados ...
a 50% dos acidentes com material
biológico não são registrados nos
Estados Unidos de acordo com o
177. Instituto Nacional de Segurança e
Saúde Ocupacional (NIOSH,1999)
a 45% das pessoas que sofrem este tipo
de acidente não concluem o
acompanhamento de saúde necessário
para evitar essas doenças (estudo
178. publicado em 2002 realizado nas
unidades de saúde em São Paulo).
ao Trabalho Notificados no SINAN, Bahia, 2009 a
2011.
Tipo de Agravo2014 2015
2013
180. que podem decorrer deste
tipo de acidente'
Infecção pelo HIV
Infecção pelo Vírus da Hepatite B
Infecção pelo Vírus da Hepatite C, entre
outros..
181. É importante lembrar que qualquer pessoa que
vive a experiência de entrar em contato com
estes agentes infecciosos pode sofrer grande
desgaste mental e isto deve ser levado em conta
no acompanhamento deste trabalhador.
Entretanto, este protocolo se atém basicamente à
questão da exposição aos vírus do HIV e das
Hepatites B e C
182. Qual o risco de adoecer por
HIV e Hepatite B?
PACIENTE FONTE com as mucosas
(respingos em olhos, nariz ou boca) do
TRABALHADOR ACIDENTADO geram
risco de 0,09% de infecção por.Hl
183. Quando ocorre perfuração da pele do trabalhador e contato com o
material biológico, o risco de contrair o HIV cresce para 0,3%
VIRAIS O risco de se contrair hepatite é ainda
maior. Alguns estudos mostraram risco
de até 60% de se infectar com o vírus da
Hepatite B
184.
185. Acidente de trabalho envolvendo
sangue e outros fluidos potencialmente
contaminados é considerado urgência.
186. O primeiro atendimento deve ser
idealmente nas primeiras 2 horas após
a exposição, tendo como limite as 72
horas subsequentes à exposição.
Fluxograma
187. O fluxograma deve ser adequado à
realidade de cada município/Unidade
de Saúde, respeitando os princípios que
norteiam o atendimento emergencial
para o caso de acidente.
188. A equipe multidisciplinar deve ser
treinada para prestar o atendimento o
mais rápido possível e manter-se
atualizada para as possíveis mudanças
de protocolos.
189. Fluxograma do protocolo de acidentes
com exposição a material biológico do
Ministério da
Saúde
190.
191. Para a aplicação dos protocolos (HIV,HBV,HCV) referenciar para as
unidades de atendimento PER
193. trabalhador celetista, ou a ficha de Notificação de Acidente em
Serviço — NAS, para o servidor público estadual e para o
federal e municipal consultar legislação
Origem do
material é
conhecida?
acient
fonte
desconhe
cido
Há risco de
infecção?(fonte,
t
i
p
o
d
e
m
a
194. terial biológico e
tipo de
exposição)
resultado Não dos
Pacientefonte
Conhecido
Anamnese, analisar prontuário e exames de
aboratórios prévios.
Paciente
autoriza
exames
(consentiment
o i nformado)
Post'vo Negativo. Realizar sorologia no
paciente-fonte: ANTI-H IV, Sim
195. ANTI HBc, Anti-HBs,HBs Ag,
Ap icar Comunicar ao paciente - ANTI-HCV protoco o
fonte e acidentado. Concluir especifico investigação.
196. Condutas para o manejo frente ao
acidente com exposição por
material biológico
197. Avaliação da exposição no acidente
quanto ao potencial de transmissão de
HIV, HBV e HCV
199. Deve ser avaliada quanto ao
potencial de transmissão de HIV,
HBV e HCV com base nos seguintes
critérios:
200. 1. Tipo de exposição
2. Tipo e quantidade de fluido e tecido
3. Status sorológico da fonte
4. Status sorológico do acidentado
5. Susceptibilidade do profissional
exposto
201. Exposições percutâneas: lesões provocadas por
instrumentos perfurantes e/ou cortantes (exemplo:
agulhas, bisturi, vidrarias)
Exposições em mucosas: respingos em olhos,
nariz, boca e genitália
202. Cutânea (Exposições em pele não-íntegra): por
exemplo: contato com pele com dermatite,
feridas abertas
a Por mordeduras humanas consideradas como
exposição de risco, quando envolverem a
presença de sangue.
203. Nesses tipos de exposições, tanto o indivíduo que
provocou a lesão (paciente fonte), quanto aquele
que foi
tecido
208. Lesões profundas por material cortante,
presença de sangue visível no
instrumento, acidentes com agulha de
grosso calibre, previamente utilizadas
em veia ou artéria.
209. Cl Maior Inoculação viral:
Pacientes fontes com HlV/Aids
avançada, infecção aguda por HIV,
situações com viremia elevada.
Maior volume de sangue ou sangue
visível no instrumento Lesões
profundas
210. Agulhas previamente utilizadas em veia
ou artéria de paciente-fonte
Agulhas de grosso calibre ou com
lúmen cl HIV Maior inoculação viral:
aids em estágio avançado, viremia
elevada infecção aguda
216. Recomenda-se o uso de testes rápidos para
HIV.
Testes rápidos_para as hepatites B e C foram validados
pelo Ministério da Saúda apenas como triaaem, Não podem ser
utilizados para diagnóstica
Se o paciente-fonte não apresentar resultados
sorológicos reagentes para infecção pelo
HIV/VHB/ VHC no momento do acidente, testes
adicionais da fonte não estão indicados, assim
217. como não estão indicados exames de
seguimento do profissional acidentado.
221. prontuário e considerar possíveis diagnósticos
clínicos, presença de sintomas e história de
situação epidemiológica de risco para a
infecção.
Levar em conta a probabilidade clínica e
epidemiológica de infecção pelo HIV, HCV, HBV
— prevalência de infecção naquela população,
local onde o material perfurante foi encontrado
(emergência, bloco cirúrgico, diálise),
224. Paciente-fonte desconhecid
Avaliar a probabilidade de risco para
infecção por exemplo, prevalência da
infecção naquela população, local em que o
material perfurante foi encontrado,
procedimento ao qual ele esteve associado e
presença ou não de sangue, realizando
226. a Orientar o profissional acidentado sobre a
importância da realização dos exames sorológicos.
Solicitar antiHIV, preferencialmente o teste
rápido(TR), HBsAg e anti-HCV.
Se anti-HCV for reagente, solicitar HCV-RNA
Profilaxia Pós
227. Exposição - PEP
Profilaxia antirretroviral pós
ex osi ão HIV PEP
A PEP se insere no conjunto de
estratégias da Prevenção Combinada
228. cujo principal objetivo é ampliar as
formas de intervenção para evitar
novas infecções pelo HIV no mundo.
Profilaxia antirretroviral pós
ex osi ão HIV PEP
Quando indicada, a PEP deverá ser iniciada
de preferência nas primeiras duas horas após
o acidente.
229. Resultados de estudos em animais
sugerem que a PEP iniciada até 12, 24 ou 36
horas da ocorrência é mais efetiva do que a
iniciada até 48 a 72 horas após a exposição.
Esses estudos também estabeleceram que a
PEP não é efetiva quando indicada após
decorridas mais de 72 horas da exposição.
233. Esquema antirretroviral está indicado, independentemente do
tipo de exposição e material biológico envolvido
Apresentação de antirretrovirais preferenciais
Tenofovir (TDF)/ Comprimido de
Lamivudina (3TC) 300mg/300mg
Atazanavir (ATV) Comprimido
de 300mg
Comprimido de
ritonavir (r)
234. 100mg
termoestável 1
comprimido
VO 1 x ao dia
1 comprimido VO
1 x ao dia
1 comprimido VO 1
x ao dia
Esquemas alternativos para
para PEPe posologias
236. Para mais informações sobre antirretrovirais,consultar o sítio
eletrônico http://www.aids.gov.br/pcdt.
COAHWSVSMS
esquemas alternativos para PEP
Medicament Apresentaç Posologia
ão
Zidovudina (AZT)/ Comprimido de
1 comprimido VO 2
x
Lamivudina 300mg/150mg ao dia
237. Tenofovir (TDF) / Comprimido de
1 comprimido VO 1
x
Lamivudina (3TC)* 300mg/300mg ao dia
Comprimido de
1 comprimido VO 1
x
Tenofovir (TDF) 300mg ao dia
Lopinavir/ritonavir Comprimido de 2 comprimidos VO 2
*Nota — AZT e 3TC estão di sponíveis na apresentação de dose fixa
combinada (DFC), sendo estas as apresentações preferenciais
Acompannamento
CliniCOlaboratorial
238. O acompanhamento clínico-laboratorial da
pessoa exposta em uso de PEP deve levar em
consideração:
A toxicidade dos antirretrovirais;
O diagnóstico de infecção aguda pelo HIV;
A avaliação laboratorial, incluindo testagem para o HIV
em 30 e 90 dias após a exposição;
A manutenção de medidas de prevenção da infecção
pelo HIV.
242. IMPORTANTE !
Orientar a pessoa exposta durante todo
acompanhamento, sobre importância de manter
medidas de prevenção à infecção pelo HIV•
uso de preservativos em todas as relações
sexuais; não compartilhamento de seringas e
243. agulhas nos casos de uso de drogas injetáveis; não
doação de sangue, órgãos, tecidos ou esperma;
Profilaxia antirretroviral pósex
osi ão HBV (PEP)
Tanto a vacina quanto a imunoglobulina
devem ser aplicadas, idealmente, nas
primeiras 24 horas após o acidente.
Ver recomendação no protocolo (material de
apoio).
244. OBSERVAÇÃO : A pessoa imunizada vai apresentar
no exame sorológico o Anti HBs, acima de 10
mlJl/ml.
Profilaxia antirretroviral pós
ex osi ão ao HCV PEP
a Até o momento não existe nenhuma
profilaxia pós-exposição contra o HCV.
Ver recomendação no protocolo -
245. Recomendações para terapia antirretroviral
em adultos infectados pelo HCV, Brasil 201 0.
O acidente com material biológico é uma
situação de atendimento de urgência, pois o
tempo decorrido entre o acidente e o início
da PEP nos casos em que está for indicada,
deve ser o menor possível.
255. Condutas após o atendimento
imediato ao paciente acidentado.
Condutas após o atendimento
imediato
256. Acompanhar o acidentado durante 6 meses
2. Oferecer suporte emocional
3. Orientar o acidentado a relatar de imediato os
seguintes sintomas: linfoadenopatia, rash, dor de
garganta e sintomas de gripe Reforçar a prática
de biossegurança e precauções básicas em
serviço.
5. Investigar as possíveis causas do acidente e
recomendar medidas preventivas e corretivas
257. 6. Notificar 0 Caso (SINAN, CAT ou NAS).
Condutas após o atendimento
imediato
Recomendações ao acidentado
Prevenção à transmissão secundária
258. Atividade sexual com proteção pelo período de
seguimento, principalmente nas primeiras 6 a
1 2 semanas pós-exposição
Evitar: gravidez, doação de sangue, de
plasma, órgãos, tecidos e de sêmen
Interromper aleitamento materno
Prevenção de acidentes com materiais
perfurocortantes em serviços de saúde
O conflito entre cuidar de si ou do doente se torna
freqüente com a progressiva intensificação do trabalho, a
superposição de tarefas, as interferências repetidas no curso
259. das mesmas e outras características da organização do
trabalho que poderiam ser identificadas num enfrentamento
coletivo das dificuldades atuais". Osório Claudia et al., 2005.
"A análise da responsabilidade é pluricausal e se dissocia da
imputação de culpa, enquanto a análise monocausal, ainda
predominante no Brasil, tende a imputá-la ao próprio
trabalhador acidentado". Machado JMH, Porto MFS, Freitas
A Vigilância dos Acidentes de
Trabalho com Materiais Biológicos
260. A completude no preenchimento da ficha de
acidente é fundamental pois campos como a
circunstância do acidente, o agente, o uso de
EPI, o local do acidente, serão importantes
para efetuar a análise e desencadear as
medidas de prevenção posteriores.
O acompanhamento da situação vacinal dos
profissionais de saúde e a promoção de
campanhas de vacinação é fundamental para
a prevenção de adoecimento.