História do movimento LGBT desde a Rebelião de Stonewall
1.
2. A história começa nas primeiras horas da manhã, quando gays,
lésbicas, travestis e drag queens enfrentam policiais e iniciam uma
rebelião que lançaria as bases para o movimento pelos direitos
LGBT nos Estados Unidos e no mundo. O episódio, conhecido
como Stonewall Riot (Rebelião de Stonewall), teve duração de seis
dias e foi uma resposta às ações arbitrárias da polícia, que
rotineiramente promovia batidas e revistas humilhantes em bares
gays de Nova Iorque.
3. Os primeiros registros históricos da homossexualidade datam de
1.200 A.C. Diversos pesquisadores e historiadores afirmam que a
homossexualidade foi aceita em diversas civilizações ao longo da
história. Apesar disso, em muitos países, gays, lésbicas, bissexuais,
travestis e transexuais foram e ainda são constantemente
violentados, presos, torturados e mortos, sem proteção das leis,
que podem ser omissas, conter brechas ou até mesmo respaldar a
violência contra essa comunidade.
4. 1° Código penal;
Pertenceu ao império de Gengis Khan, onde a sodomia era punida
com a morte.
Durante os últimos dois séculos, a violência, institucional, continuou
perseguindo os LGBTs: no nazismo, eles eram levados aos campos
de concentração.
5. O triângulo rosa invertido, utilizado para identificar homens gays, e
o triângulo preto invertido, destinado às “mulheres anti-sociais”,
grupo que incluía as lésbicas. Teorias médicas e psicológicas
tratavam a homossexualidade como uma doença mental que podia
ser curada através de métodos de tortura, como a castração, a
terapia de choque, a lobotomia e os estupros corretivos.
6. O movimento LGBT começa a se desenvolver a partir da década de
70, em meio a ditadura civil-militar (1964-1985). As publicações
alternativas LGBTs foram fundamentais para esse desenvolvimento.
Entre elas, duas se destacam: os jornais Lampião da Esquina e
ChanacomChana.
Na década de 80, o comunidade LGBT sofreu um grande golpe. No
mundo todo, uma epidemia do vírus HIV matou muitos LGBTs e
alterou significativamente as organizações políticas do movimento.
A síndrome trouxe de novo um estigma para a comunidade, agora
vista como portadora e transmissora de uma doença incurável, à
época chamada de “câncer gay”. As consequências dessa crise são
sentidas até hoje.
7. Criminalização da homo-lesbo-bi-transfobia;
Fim da criminalização da homossexualidade (e consequentemente das
punições previstas pelas leis que criminalizam a prática);
Reconhecimento da identidade de gênero (que inclui a questão do nome
social);
Despatologização das identidades trans;
Fim da “cura gay”;
Casamento civil igualitário;
Permissão de adoção para casais homo-afetivos;
Laicidade do Estado e o fim da influência da religião na política;
Leis e políticas públicas que garantam o fim da discriminação em lugares
públicos, como escolas e empresas;
Fim da estereotipação da comunidade LGBT na mídia (jornais e
entretenimento), assim como real representatividade nela.
8. A sigla “GLS” (Gays, lésbicas e simpatizantes) caiu em
desuso. Organizações internacionais como a ONU e a
Anistia Internacional adotam a sigla “LGBT” (lésbicas,
gays, bissexuais e transexuais).
L: Lésbicas
G: Gays
B: Bissexuais
T: Travestis, Transexuais e transgêneros