O documento apresenta resumos de livros e obras feministas importantes que abordam temas como o movimento feminista, desigualdades de gênero, opressão sofrida pelas mulheres ao longo da história e lutas por emancipação e igualdade de direitos. Autoras renomadas como Simone de Beauvoir, Chimamanda Ngozi Adichie, Djamila Ribeiro e Bell Hooks têm suas obras e ideias resumidas no documento.
2. LIVROS E OBRAS FEMINISTAS DE DESTAQUE
13/12/2021
Livros para ler, se
emocionar e
entender sobre a
importância desse
movimento para o
fim das
desigualdades:
Judith Butler,
Simone de
Beauvoir, Audre
Lorde, Marjane
Satrapi e bell
hooks e outras.
3. SEJAMOS TODAS FEMINISTAS - CHIMAMANDA NGOZI ADICHIE
13/12/2021
Neste ensaio, a escritora nigeriana Chimamanda Ngozi Adichie
questiona o que é ser feminista no século 21 e ressalta como esse
movimento é essencial para todas e todos. A partir de uma narrativa
autoral repleta de memórias sobre suas experiências pessoais,
Chimamanda reflete sobre o processo de reconhecimento do seu
lugar de fala como mulher nigeriana e feminista. Ao se intitular
como “feminista feliz e africana, que não odeia homens, e que gosta
de usar batom e salto alto para si mesma, e não para homens”,
Chimamanda afronta e rompe com os estereótipos impostos pelo
senso comum e que muitas vezes recaem sobre as mulheres que se
assumem feministas. A leitura nos provoca a pensar sobre o que
ainda é preciso ser feito para que meninas possam escolher e decidir
sobre suas vidas e que os meninos cresçam livres de todos os tipos
de masculinidades tóxicas.
4. QUEM TEM MEDO DO FEMINISMO NEGRO? - DJAMILA
RIBEIRO
13/12/2021
Djamila Ribeiro é um dos principais nomes quando o assunto é ativismo e feminismo
negro no Brasil. Nesta obra, a autora apresenta uma seleção de artigos publicados no
blog da revista Carta Capital entre os anos de 2014 e 2017. Os textos são uma
verdadeira viagem sobre as memórias de Djamila nos tempos da infância e
adolescência, quando ela passou pelo que chama de “silenciamento”, processo de
apagamento da personalidade, resultante das experiências de discriminação. O livro
também traz reflexões sobre o cotidiano e destrincha conceitos como
empoderamento feminino e interseccionalidade, retomando, por vezes, aspectos
originários do feminismo, como a discussão da obra de Simone de Beauvoir. A
leitura também nos conduz a uma provocação sobre os limites das mobilizações
pelas redes sociais, as políticas de cotas raciais e as origens do feminismo negro no
Brasil e no contexto dos EUA.
O livro tem início a partir da história da autora brasileira Djamila Ribeiro,
explorando a temática do racismo no Brasil. Essa é uma leitura essencial para quem
quer entender o feminismo negro pela perspectiva de uma autora que ocupa o lugar
de fala da mulher negra brasileira, que sofre uma dupla opressão: de gênero e racial.
Com uma escrita acessível e didática, Djamila Ribeiro deu origem à uma obra que
todas as mulheres deveriam conhecer.
5. O FEMINISMO É PARA TODO MUNDO - BELL HOOKS
13/12/2021
Gloria Jean Watkins, sob o pseudônimo de bell hooks, é
uma das mais importantes ativistas do feminismo negro da
atualidade. A autora foi eleita uma das principais
intelectuais norte-americanas pela revista Atlantic
Monthly e uma das 100 Pessoas Visionárias que Podem
Mudar Sua Vida, pela revista Utne Reader. Admiradora
das obras de Paulo Freire, neste livro ela nos mostra como
uma educação para o feminismo pode contribuir para a
construção de uma consciência crítica e uma sociedade
mais justa e igualitária para todas e todos. Nesta obra, bell
hooks ainda repercute sobre as origens do feminismo e
sua luta contra o sexismo, a exploração sexista e qualquer
tipo de opressão e violência baseada no gênero.
6. OS HOMENS EXPLICAM TUDO PARA MIM -
REBECCA SOLNIT
13/12/2021
Imagine passar uma festa inteira com um homem falando de um
livro que “você deveria ler” quando, na verdade, você é a autora!
É a partir dessa situação um tanto cômica – e também
desagradável – que Rebecca Solnit desenvolve a sua narrativa no
livro Os Homens Explicam Tudo para Mim. A obra lança luz
sobre algo que acontece com frequência em diversos espaços
sociais: o mansplaining, fenômeno machista no qual homens se
colocam como detentores do conhecimento, independentemente
do assunto, quando comparados às mulheres – mesmo quando
muitas vezes são elas quem têm mais domínio do tema do que os
homens. Por meio de ensaios irônicos, a autora retrata os reflexos
da cultura patriarcal na sociedade e as diversas formas de
violência a que as mulheres são submetidas.
7. EU SOU MALALA - MALALA YOUSAFZAI
13/12/2021
A jovem paquistanesa Malala Yousafzai é uma das principais
ativistas dos direitos das crianças e das meninas. Sua coragem para
lutar contra um sistema machista e atuar na garantia ao acesso à
educação alcançou o mundo inteiro. E este livro conta justamente a
história de vida dessa garota, que teve sua vida modificada no dia
9 de outubro de 2012, quando foi atingida na cabeça por um tiro à
queima-roupa dentro do ônibus que pegava quando voltava da
escola. Ao se recuperar desse atentado, Malala começou uma
grande viagem pelo mundo, tornando-se um símbolo global de
protesto pacífico e a candidata mais jovem da história a receber o
Prêmio Nobel da Paz. Escrito em parceria com a jornalista
britânica Christina Lamb, esta obra nos conduz a uma reflexão
sobre a potência das meninas, as desigualdades, os desafios e
paradigmas que ainda as impedem de crescer livres.
8. EU SEI POR QUE O PÁSSARO CANTA NA GAIOLA -
MAYAANGELOU
13/12/2021
O livro conta a história de Marguerite Ann Johnson,
uma garota negra, criada pela avó paterna no sul dos
Estados Unidos, em plena década de 1930. A vida da
menina é marcada por um enorme trauma que a leva
ao total silêncio, cujo alívio é encontrado somente
através da literatura. Maya, como é carinhosamente
apelidada, escreve para afirmar a existência de uma
voz que, muitas vezes, é calada. A escrita torna-se,
então, uma forma de se libertar das grades da sua
vida e das violências sofridas por quem menos
imaginava. Trata-se de uma obra densa e necessária,
que toca, emociona e transforma os pensamentos de
quem a lê.
9. CIDADÃ DE SEGUNDA CLASSE - BUCHI EMECHETA
13/12/2021
Buchi Emecheta é uma das mais importantes autoras
nigerianas. Sua obra sempre buscou corrigir estereótipos
sobre a mulher nigeriana e africana ao expor a realidade e as
opressões que fazem parte do dia a dia. E é essa
representação permeada de sonhos e de uma realidade
muitas vezes cruel que a personagem Adah é apresentada
em Cidadã de Segunda Classe. Emecheta mostra de forma
contundente a realidade de mulheres nigerianas que
migraram nos anos 1960 para a Europa em busca de uma
vida melhor e como todas as esferas de suas vidas são
afetadas pela forma como são vistas e tratadas pela
sociedade europeia.
10. PROFISSÕES PARA MULHERES E OUTROS ARTIGOS FEMINISTAS -
VIRGINIA WOOLF
13/12/2021
Uma das autoras mais célebres da causa feminista,
Virginia Woolf questiona a visão tradicional da mulher
como “anjo do lar” e expõe as dificuldades da
inserção feminina no mundo profissional e intelectual
da época. Numa era em que o papel da mulher se
modifica cada vez mais rápido, as críticas e reflexões
de Virginia mostram que a autora estava à frente de
seu tempo. Questões que ela discute nessa curta obra,
publicada originalmente em 1931, ainda são muito
atuais para mulheres que tentam conquistar direitos
iguais e respeito por suas capacidades e trabalhos.
11. UMAAUTOBIOGRAFIA - ANGELA DAVIS
13/12/2021
Lançada originalmente em 1974, “Uma autobiografia” é um
retrato contundente das lutas sociais nos Estados Unidos durante
os anos 1960 e 1970 pelo olhar de uma das maiores ativistas de
nosso tempo. Davis, à época com 28 anos, narra a sua trajetória,
da infância à carreira como professora universitária, interrompida
por aquele que seria considerado um dos mais importantes
julgamentos do século XX e que a colocaria, ao mesmo tempo,
na condição de ícone dos movimentos negro e feminista e na lista
das dez pessoas mais procuradas pelo FBI. A falsidade das
acusações contra Davis, sua fuga, a prisão e o apoio que recebeu
de pessoas de todo o mundo são comentados em detalhes por
essa mulher que marcou a história mundial com sua voz e sua
luta.
12. O MITO DA BELEZA: COMO AS IMAGENS DE BELEZA SÃO USADAS
CONTRAAS MULHERES - NAOMI WOLF
13/12/2021
Clássico que redefiniu a visão a respeito da relação entre beleza e
identidade feminina. Em O mito da beleza, a jornalista Naomi Wolf
afirma que o culto à beleza e à juventude da mulher é estimulado pelo
patriarcado e atua como mecanismo de controle social para evitar que
sejam cumpridos os ideais feministas de emancipação intelectual, sexual
e econômica conquistados a partir dos anos 1970. A autora expõe a
tirania do mito da beleza ao longo dos tempos, sua função opressora e as
manifestações atuais no lar e no trabalho, na literatura e na mídia, nas
relações entre homens e mulheres e entre mulheres e mulheres.
Naomi Wolf escreveu O mito da beleza para relatar como as imagens de
beleza podem ser usadas para oprimir as mulheres. Para isso, analisou
âmbitos como a economia, a religião, a sexualidade e a cultura. Durante
a leitura, torna-se claro que a opressão dos corpos femininos é um
problema que ultrapassa os limites pessoais e torna-se uma massiva,
resultando em uma sociedade ainda mais patriarcal. Essa é uma obra
extensa, mas necessária para importantes reflexões.
13. UM TETO TODO SEU (1929) - VIRGINIA WOOLF
13/12/2021
Com base em palestras da autora, proferidas nas faculdades de
Newham e Girton em 1928, o Um teto todo seu é um grande ensaio
romanceado que traz reflexões sobre a opressão feminina e a influência
disso na produção literária de autoras. A tese central de Woolf é
simples: uma mulher só é capaz de produzir literatura se for
financeiramente independente e tiver, como diz o título, um teto todo
seu.
A escritora e
ensaísta
britânica
Virginia
Woolf, autora
de ‘Um teto
todo seu’
(1929)
14. O SEGUNDO SEXO (1949) - SIMONE DE BEAUVOIR
13/12/2021
Um dos livros mais famosos quando se trata de feminismo e
filosofia feminista, O segundo sexo analisa a condição social
da mulher ao longo da história e chega à conclusão de que os
indivíduos do sexo feminino foram historicamente definidos
não como “eu” (que para Beauvoir seria o papel masculino
na sociedade patriarcal), mas como “o outro”. As mulheres,
uma vez desumanizadas, teriam sido excluídas das esferas de
poder e despidas de seus direitos.
Você conhece a clássica frase “Não se nasce mulher, torna-se
mulher”? Ela foi escrita por Simone de Beauvoir em 1949 em
uma obra bastante extensa, contando com 2 volumes.
Contudo, O segundo sexo é um livro cultuado até os dias
atuais. Beauvoir explicita as formas de opressão machistas e
denomina o sexo feminino como “o segundo sexo”, uma vez
que as mulheres eram vistas como inferiores aos homens. A
autora faz isso por meio de análises detalhadas de diversos
setores da sociedade.
15. A MÍSTICA FEMININA (1963) - BETTY FRIEDAN
13/12/2021
No livro conhecido como a “inspiração por trás da
revolta das mulheres estadunidenses”, a
psicóloga Betty Friedan apresenta a tese de que, após
a crise de 1929 e a Segunda Guerra Mundial, a mulher
americana foi redesenhada como “a mãe” e “a esposa
zelosa” – um papel fortalecido pela educação, que
desde a infância desestimularia a independência
feminina. Aos poucos, escreve Friedan, a tentativa de
encaixar-se no padrão patriarcal faria com que as
mulheres desenvolvessem angústias e sentimentos que
sequer conseguiriam nomear, mas que as manteriam
sob controle.
16. A MULHER EUNUCO (1970) - GERMAINE GREER
13/12/2021
A australiana Germaine Greer argumenta
que a família nuclear, consumista,
tradicional e suburbana só existe porque a
mulher teria sido “amansada” pela
sociedade patriarcal e usada como uma
espécie de pilar da família. Essa imposição
machista do feminino teria, ainda,
descolado a mulher de sua sexualidade e
assim arrancado dela um poder milenar –
daí o título do livro, algo como “eunucas
femininas”.
17. PROBLEMAS DE GÊNERO (1990) - JUDITH BUTLER
13/12/2021
Considerada a obra seminal da teoria
queer e do feminismo liberal, Problemas de
gênero introduz o conceito de performance
de gênero, segundo a qual gênero não é
algo ligado à biologia, mas ao
comportamento – e que, portanto, pode ser
recriado, desmontado e remontado de modo
a quebrar os padrões que mantêm a
sociedade presa ao patriarcado.
18. PERSÉPOLIS (2004) - MARJANE SATRAPI
13/12/2021
A graphic novel Persépolis conta a história
de como a jovem Marjane Satrapi, filha de
uma família de esquerda, cresceu durante a
Revolução Islâmica no Irã. Em páginas
bem-humoradas, a quadrinista lembra de
episódios pessoais que acabam abordando
temas como o véu islâmico, a liberdade de
expressão, a desigualdade de gênero e a
violência político-religiosa.
19. MÁ FEMINISTA (2014) - ROXANE GAY
13/12/2021
Roxane Gay faz uma seleção de ensaios
sobre ser mulher negra nos Estados
Unidos. Sob uma camada de humor, os
textos propõem duras críticas ao
feminismo atual e suas contradições,
além de abordar política, racismo e
violência em uma linguagem
descontraída e pessoal.
20. MULHERES QUE CORREM COM OS LOBOS -
CLARISSA PINKOLA ESTÉS
13/12/2021
Este livro feminista é um dos mais influentes: ao ser lançado,
ficou um ano na lista dos mais vendidos nos Estados Unidos e
volta e meia aparece nela novamente.
Nele, através da interpretação de 19 mitos, lendas e contos de
fada, a psicóloga Clarissa Pinkola Estés busca o arquétipo da
Mulher Selvagem, a essência da alma feminina.
Considerada uma experiência de libertação para muitas
mulheres, a leitura desse livro nos ajuda a refletir sobre o que
a cultura nos faz ser e o que somos de verdade.
21. FEMINISMO PARA OS 99%: UM MANIFESTO - TITHI
BHATTACHARYA, NANCY FRASER E CINZIAARUZZA
13/12/2021
Pelo número 99% a gente já pode antecipar que esse feminismo não é só para as
mulheres, que formam apenas 51% da população mundial.
As organizadoras da Marcha das Mulheres, Tithi Bhattacharya, Nancy Fraser e
Cinzia Aruzza buscam contextualizar o feminismo no momento histórico de crise
social.
Segundo as autoras, o verdadeiro propósito das lutas feministas deve ser uma
reorganização total da sociedade que beneficie a maioria da população.
Dessa forma, o manifesto afirma não ser possível emancipar mulheres em uma
sociedade em que outras opressões existem, pois todas têm a mesma origem.
Assim, esse livro feminista defende que o feminismo se alie a todas as lutas anti-
opressão pela construção de uma sociedade saudável e igualitária para todos.
As autoras Cinzia Arruzza, Tithi Bhattacharya e Nancy Fraser articulam a
opressão de gênero com outras formas de exploração, como racial e econômica.
O livro conta com 11 teses acerca do tema e é uma obra essencial para uma
reflexão sobre o feminismo que ultrapassa o limite básico do movimento para
uma análise mais complexa das formas de opressão. O que as autoras buscam é
um feminismo que atenda a todas!
22. MULHERES, RAÇA E CLASSE - ANGELA DAVIS
13/12/2021
Considerado um clássico do tema, esse livro feminista foi publicado em 1981
nos EUA, mas só chegou no Brasil em 2016.
Nele, Angela Davis discute as questões de raça e classe dentro do movimento
e a forma como as mulheres negras e trabalhadoras nem sempre foram
ouvidas.
Ao começar o livro falando da escravidão e de como a mulher negra foi
desumanizada, Angela demonstra que os níveis de opressão que sofremos são
diferentes e devemos estar atentos à isso.
Dessa forma, esse livro é fundamental para construir um feminismo que
abraça as lutas de todas as mulheres, entendendo suas particularidades.
Angela Davis é um grande nome do feminismo. Seu livro Mulheres, raça e
classe explora a história do feminismo negro nos Estados Unidos,
perpassando por marcos como, por exemplo, os movimentos abolicionista e
sufragista sob uma ótica racial. A autora defende um viés interseccional do
feminismo, relacionando gênero, raça e classe.
Aproveite as indicações para estudar e se engajar nesse movimento que
precisa da união de todas e todos! Para isso, uma boa também é
conhecer escritoras famosas para ler mais produções realizadas por mulheres!
23. CALIBÃ E A BRUXA: MULHERES, CORPO E
ACUMULAÇÃO PRIMITIVA - SILVIA FEDERICI
13/12/2021
Atualmente, as bruxas se tornaram um símbolo para o
feminismo, que deu ao termo um novo significado: a
bruxa é a mulher livre.
O livro feminista da acadêmica Silvia Federici tem
mérito nisso: ao escrever sobre a verdadeira história das
“bruxas”, ela resgata a memória dessas mulheres.
Na obra, Silvia nos ajuda a compreender o momento
histórico em que a caça às bruxas acontece e sua
conexão com o processo de surgimento do capitalismo.
Logo, é indispensável para entender como o patriarcado
se desenvolveu através da história e como os sistemas
de opressão se entrelaçam.
24. O LIVRO DO FEMINISMO
13/12/2021
O livro do feminismo é um ótimo começo para
quem busca compreender melhor o assunto.
Ele foi escrito por diversos autores e aborda as
principais temáticas feministas, além de
apresentar, com clareza, a história do
movimento. O livro pode ser considerado um
mapa, no qual você pode sempre voltar para se
lembrar dos marcos históricos e das principais
teorias escritas. É uma opção densa e longa,
mas bastante completa!
25. PARA EDUCAR CRIANÇAS FEMINISTAS -
CHIMAMANDA NGOZI ADICHIE
13/12/2021
Sabe aquele livro curtinho com uma
linguagem super fluida? É esse! Escrito
pela nigeriana Chimamanda Ngozi
Adichie. O livro é uma versão de uma
carta que a autora escreveu para uma
amiga que a questionou sobre como criar
sua filha como uma feminista. O resultado
é um livro de bolso que conta com 15
sugestões para quem busca uma educação
que leve em consideração questões de
gênero.
26. EXTRAORDINÁRIAS – MULHERES QUE REVOLUCIONARAM O
BRASIL - DUDA PORTO DE SOUZA E ARYANE CARARO
13/12/2021
As autoras Duda Porto de Souza e Aryane Cararo
reuniram, neste livro, a história de diversas mulheres
brasileiras que viveram em diferentes épocas e
podem ser consideradas verdadeiros ícones! É uma
obra lindíssima, com ilustrações de diferentes
autorias. Esse é um livro perfeito para o público
jovem, mas é claro, todas e todos precisam conhecer
sua história. Conhecer a luta de mulheres
brasileiras que, muitas vezes foram apagadas pela
história é um ato de respeito ao movimento que
busca valorizá-las.
27. SOBREVIVI – POSSO CONTAR - MARIA DA PENHA
13/12/2021
Por falar em mulheres brasileiras, conheça a história de
Maria da Penha, autora do livro Sobrevivi – posso
contar. Sua história foi responsável pela criação da lei
número 11.340/2006, mais conhecida como “Lei Maria
da Penha”, que disciplina sobre a violência doméstica e
familiar contra a mulher e traz institutos de proteção a
ela. No livro, Penha relata não apenas a violência que
sofreu por parte de seu marido, mas também a
necessidade da violência doméstica ser combatida como
um fenômeno social e político!
28. A PRINCESA SALVAA SI MESMA NESTE LIVRO -
AMANDA LOVELACE
13/12/2021
Os poemas escritos por Amanda
Lovelace apresentam fragmentos de sua
vida, passando pelas diferentes fases. O
livro é separado em 4 partes: a princesa, a
donzela, a rainha e você. A escrita causa
uma identificação por tratar de temas
caros às mulheres: o autoconhecimento,
amor próprio e os sentimentos que são
fruto de tais processos.
29. O PODER - NAOMI ALDERMAN
13/12/2021
Nesta outra distopia, de autoria de
Naomi Alderman, as mulheres ganham
um poder: o de eletrocutar pessoas. A
partir disso, a ordem social se inverte e
a realidade passa a ser bem parecida
com a atual, com a única diferença de
que os homens é quem são oprimidos,
exatamente como acontece com os
corpos femininos na sociedade
patriarcal. O livro vai além de um
simples romance distópico e discute
situações políticas e sociais.
30. MULHERES E CAÇA ÀS BRUXAS - SILVIA FEDERICI
13/12/2021
Silvia Federic desafia o óbvio quando busca as origens dessa perseguição as ‘servas do diabo’,
questionando inclusive alguns estudiosos que enxergam o fenômeno como algo natural ou
cultural. A nova caça às bruxas é carente de análises, bem como compreender sua história que
privou as mulheres de seus conhecimentos básicos na medicina e as submeteu ao controle
patriarcal e exploração do corpo feminino.
A autora compreende que a caça às bruxas forneceu munição para materialização do Capitalismo
no mundo, isso porque com o surgimento do Capitalismo agrário, no fim do século XV, na
Europa, a privatização de terras contribuiu para a demonização de mulheres. Analisando os
mapas de julgamentos de bruxas, a autora revela que coincidiam com as terras onde haviam
cerceamento de terras, além disso os julgamentos das bruxas começaram no século XVI e
tiveram seu auge no século XVII, quando a relações econômicas eram reformuladas em prol do
mercado e a desigualdade social era descomedida.
A bruxa também era a mulher libertina, obscena, com filhos fora do casamento, fora do padrão de
feminilidade, sexualidade diabólica e curandeira. Tudo aquilo que fugia do poder do Estado e da
Igreja era considerado diabólico, impuro e um caminho certo para o inferno. Associar a figura do
Diabo a da mulher, também fortaleceu a ideia que só um homem pode salvar a humanidade,
portanto, para sobreviver, restou as mulheres tornarem-se cúmplices da guerra contra as bruxas,
aceitarem a liderança dos homens e seus lugares no Capitalismo.
31. 13/12/2021
Em outras palavras, as mulheres foram acusadas de
bruxaria porque a reestruturação da Europa Rural no
início do Capitalismo destruiu seus meios de
sobrevivência e a base de seu poder social, deixando-
as sem nenhum recurso além da dependência da
caridade de quem estava em melhores condições.
Hoje, a caça às bruxas tem relação histórica direta
com a acumulação do capital, um novo tipo de
violência com tendências estruturais constitutivas do
desenvolvimento do capitalismo. Com a globalização,
a brutalidade no ataque contra a mulheres,
comunidades tribais (povos nativos), negros e
comunidade LGBTQ+ tem a função de transmitir uma
mensagem de não esperar nenhuma compaixão, para
que o processo político de recolonização, entrega dos
recursos naturais, apropriação de terras, guerras e
devastação da natureza possam acontecer sem
protestos e inibindo mulheres e comunidades de
autonomia e independência.
32. ERGUER A VOZ: PENSAR COMO FEMINISTA, PENSAR
COMO NEGRA - BELL HOOKS
13/12/2021
"Enfrentar o medo de se manifestar e, com coragem, confrontar o
poder, continua a ser uma agenda vital para todas as mulheres",
escreve bell hooks no prefácio à nova edição de Erguer a voz. Na
infância, a autora foi ensinada que "responder", "retrucar"
significava atrever-se a discordar, ter opinião própria, falar de igual
pra igual a uma figura de autoridade.
Hoje percebo que “Erguer a voz” articula simultaneamente corpo (a
voz), prática (a coragem) e ética (compromisso com a dignidade
humana). Três dimensões fundantes nos projetos políticos
feministas.
33. O TIRO DA BRUXA: IDENTIDADE, MAGIA E RELIGIÃO
NA IMIGRAÇÃO ALEMÃ - JOANA BAHIA
13/12/2021
Este livro procura oferecer uma contribuição ao conhecimento
de uma formação camponesa com características
próprias no heterogêneo cenário
da imigração alemã no Brasil. O estudo de Joana Bahia aborda
a dimensão cultural da imigração alemã. A parte mais
substancial do trabalho diz respeito aos ritos de passagem, em
particular àqueles relacionados ao nascimento, casamento e
morte.
Joana Bahia trabalha vários aspectos da cultura pomerana, a
fim de mapear o mundo que a envolve. Segundo suas
palavras, são trabalhados os seguintes aspectos: “A relação
entre o uso de várias línguas e a religiosidade luterana; o
cotidiano camponês; a importância do elemento mágico e do
fantástico nas histórias camponesas, nos ritos de passagem e
nas acusações de bruxaria”.
34. O FEMINISMO É PARA TODOS
13/12/2021
Como você pode ver, existem muitos caminhos
para se aprender sobre feminismo. A produção das
feministas é vasta e diversa.
Esperamos que essas sugestões tenham te ajudado,
agora é só escolher o seu e boas leituras!
35. 5 IDEIAS EQUIVOCADAS SOBRE O
FEMINISMO
13/12/2021
Controvérsias e desinformações costumam acompanhar as ideias comuns
sobre feminismo, o que, frequentemente, resulta em grandes confusões.
Neste post, vamos desmistificar alguns desses equívocos e vamos abordar
as ideias e atitudes que caracterizam, realmente, este importante
movimento que busca a igualdade social, jurídica, política e econômica
entre as pessoas.
36. 1. FEMINISTAS ODEIAM HOMENS
13/12/2021
Não, as feministas não odeiam os homens e muito menos desejam que eles deixem de existir. Esse pode ser
considerado um dos maiores equívocos sobre feminismo que constantemente são difundidos por leigos no
tema. “Enquanto mulheres, vítimas de opressão e lutando por igualdade social, seria totalmente incoerente
agirmos de forma também opressora como uma espécie de resposta aos homens”, explica Viviana Santiago,
Gerente de Gênero da Plan International Brasil. Na verdade, meninos e meninas são resultado da
socialização de gênero, em que modelos e estereótipos acabam definindo o que significa ser homem e ser
mulher na sociedade. Obviamente, após anos de opressão, algumas mulheres podem se sentir magoadas em
relação aos homens como consequência dos papeis que foram socialmente direcionadas a desempenhar,
quase sempre em uma posição de inferioridade em relação aos homens, que estão nos centros de poder das
sociedades modernas. No entanto, isso não significa que elas odeiam os homens.
37. 2. FEMINISMO É O CONTRÁRIO DO
MACHISMO
13/12/2021
Feminismo é um movimento social que busca a igualdade de status
social, jurídico, político e econômico entre os gêneros. Machismo pode
ser definido como um comportamento que oprime não apenas meninas,
mas, também meninos. Assim, o feminismo vai no sentido oposto da
opressão. Desta forma, não é o contrário do machismo.
38. 3. TODAS AS FEMINISTAS SÃO IGUAIS
13/12/2021
“Feminismo não é um livro de regras, mas, uma discussão, uma conversa, um processo”. Essa foi
uma das frases mais marcantes de apresentação da adolescente americana, Tavi Gavison, no
TEDx Teen (TEDx Adolescente), em 2012. Aos 15 anos, Tavi sentia falta de exemplos de
meninas fortes e, por isso, fundou o site Rookiemag.com, convidando outras meninas a
escreverem sobre o que é ser menina e discussões sobre feminismo. O site de Tavi é considerado
um dos mais influentes nas discussões sobre o feminismo na modernidade, ajudando meninas do
mundo inteiro a reconhecerem que cada menina pode ser seu próprio modelo feminino forte.
39. 4. FEMINISTAS QUEREM DOMINAR O MUNDO
13/12/2021
Na verdade, as mulheres querem transformar o mundo. Todas as vezes que uma mulher
pauta pedidos de direitos, parece que ela está pedindo mais direitos. Viviana Santiago,
Gerente Técnica de Gênero na Plan International Brasil, explica que, na verdade, o que
as mulheres estão pedindo é o direito de ter acesso aos direitos das mulheres. “Os
direitos das mulheres são garantidos por lei, mas, o que frequentemente acontece, é que
esses direitos não são facilmente acessados. O que nós queremos é ter acesso garantido
a esses direitos”.
40. 5. FEMINISTAS NÃO GOSTAM DE MODA,
COSMÉTICOS E, NEM PODEM CASAR
13/12/2021
Outro importante objetivo do movimento feminista é a desconstrução dos
estereótipos. Delimitar o que qualquer pessoa pode fazer, seja menino ou
menina, é bastante incoerente com o que o feminismo busca: liberdade de
sermos como quisermos, quem quisermos e fazermos o que quisermos, sem nos
transformamos em vítimas do julgamento com base na construção social de
modelos de mulheres e homens.