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O LIVRO DOS
ESPÍRITOS
PARTE SEGUNDA:
Do Mundo Espírita ou Mundo dos Espíritos
CAPÍTULO III:
Retorno da Vida Corpórea à
Vida Espiritual
Perturbação Espiritual
Questões 163 à 165
163 – A alma, deixando o corpo, tem
imediata consciência de si mesma?
Consciência imediata, não é bem o termo. Ela
passa algum tempo em estado de perturbação.
164 – Todos os Espíritos experimentam,
no mesmo grau e durante o mesmo
tempo, a perturbação que se segue à
separação da alma e do corpo?
Não, isso depende da elevação de cada
um. Aquele que já está purificado se reconhece
quase imediatamente, visto que já se libertou da
matéria durante a vida física, enquanto que o
homem carnal, aquele cuja consciência não é
pura, conserva por tempo mais longo a
impressão dessa matéria..
165 – O conhecimento do Espiritismo
exerce influência sobre a duração, mais
ou menos longa, da perturbação?
Uma influência muito grande, uma vez que
o Espírito já compreendia antecipadamente a
sua situação. Mas a prática do bem e a pureza
da consciência são os que exercem maior
influência.
No momento da morte tudo, a princípio, é confuso. A
alma necessita de algum tempo para se reconhecer.
Ela se acha como aturdida e no estado de um homem
que, despertando de um sono profundo, procura
orientar- se sobre sua situação. A lucidez das ideias e
a memória do passado lhe voltam, à medida que se
apaga a influência da matéria da qual se libertou, e se
dissipe a espécie de neblina que obscurece seus
pensamentos.
A duração da perturbação que se segue à morte do
corpo varia muito; pode ser de algumas horas, de
muitos meses e mesmo de muitos anos. É menos
longa para aqueles que desde sua vida terrena se
identificaram com o seu estado futuro, porque, então,
compreendem imediatamente a sua posição.
Essa perturbação apresenta circunstâncias
particulares, segundo o caráter dos indivíduos e,
sobretudo, de acordo com o gênero de morte. Nas
mortes violentas, por suicídio, suplício, apoplexia,
ferimentos, etc., o Espírito é surpreendido, espanta-
se, e não acredita que morreu e sustenta essa ideia
com obstinação. Entretanto, vê seu corpo, sabe que
esse corpo é seu e não compreende por que está
separado dele; acerca-se das pessoas a quem
estima, fala-lhes e não compreende por que elas não
o ouvem. Essa ilusão perdura até a inteira libertação
do perispírito e, só então, o Espírito se reconhece e
compreende que não pertence mais ao número dos
vivos. Este fenômeno se explica facilmente.
Surpreendido de improviso pela morte, o Espírito
fica atordoado com a brusca mudança que nele se
operou.
Para ele a morte é ainda sinônimo de destruição,
aniquilamento; ora, como ele pensa, vê e escuta,
não se considera morto. Sua ilusão é aumentada
pelo fato de se ver com um corpo de forma
semelhante ao precedente, mas cuja natureza etérea
ainda não teve tempo de estudar; ele o crê sólido e
compacto como o primeiro e, quando chamam sua
atenção para esse ponto, admira-se de não poder
apalpá-lo. Esse fenômeno é análogo ao dos
sonâmbulos iniciantes que não acreditam dormir.
Para eles o sono é sinônimo de suspensão das
faculdades; ora, como pensam e veem, julgam que
não dormem. Certos Espíritos apresentam essa
particularidade, embora a morte não lhes tenha
chegado inesperadamente; todavia, é sempre mais
generalizada naqueles que, apesar de doentes, não
pensam em morrer.
Vê-se, então, o singular espetáculo de um Espírito
assistindo aos próprios funerais, como se fora um
estranho e deles falando como de uma coisa que não
lhe dissesse respeito, até o momento em que
compreende a verdade.
A perturbação que se segue à morte nada tem de
penosa para o homem de bem; é calma e em tudo
semelhante à que acompanha um despertar tranquilo.
Para os que não têm a consciência pura, ela é cheia de
ansiedade e de angústias, que aumentam à medida que
ela se reconhece.
Nos casos de morte coletiva, tem-se observado que
todos os que perecem ao mesmo tempo, nem sempre se
reveem imediatamente. Na perturbação que se segue à
morte, cada um vai para o seu lado ou se preocupa
apenas com aqueles que lhe interessam.
10
Formatação: Marta Gomes P. Miranda
Referências:
KARDEC, Allan. O Livro dos Espíritos. Tradução de Salvador
Gentile. 182ª Ed. Araras – SP: IDE, 2009. Pág. 80 a 81.
CRÉDITOS
CENTRO ESPÍRITA “JOANA D’ARC”
Rua Ormindo Pires Amorim, nº 1.516
Bairro: Jardim Marajó
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  • 2. CAPÍTULO III: Retorno da Vida Corpórea à Vida Espiritual Perturbação Espiritual Questões 163 à 165
  • 3. 163 – A alma, deixando o corpo, tem imediata consciência de si mesma? Consciência imediata, não é bem o termo. Ela passa algum tempo em estado de perturbação.
  • 4. 164 – Todos os Espíritos experimentam, no mesmo grau e durante o mesmo tempo, a perturbação que se segue à separação da alma e do corpo? Não, isso depende da elevação de cada um. Aquele que já está purificado se reconhece quase imediatamente, visto que já se libertou da matéria durante a vida física, enquanto que o homem carnal, aquele cuja consciência não é pura, conserva por tempo mais longo a impressão dessa matéria..
  • 5. 165 – O conhecimento do Espiritismo exerce influência sobre a duração, mais ou menos longa, da perturbação? Uma influência muito grande, uma vez que o Espírito já compreendia antecipadamente a sua situação. Mas a prática do bem e a pureza da consciência são os que exercem maior influência.
  • 6. No momento da morte tudo, a princípio, é confuso. A alma necessita de algum tempo para se reconhecer. Ela se acha como aturdida e no estado de um homem que, despertando de um sono profundo, procura orientar- se sobre sua situação. A lucidez das ideias e a memória do passado lhe voltam, à medida que se apaga a influência da matéria da qual se libertou, e se dissipe a espécie de neblina que obscurece seus pensamentos. A duração da perturbação que se segue à morte do corpo varia muito; pode ser de algumas horas, de muitos meses e mesmo de muitos anos. É menos longa para aqueles que desde sua vida terrena se identificaram com o seu estado futuro, porque, então, compreendem imediatamente a sua posição.
  • 7. Essa perturbação apresenta circunstâncias particulares, segundo o caráter dos indivíduos e, sobretudo, de acordo com o gênero de morte. Nas mortes violentas, por suicídio, suplício, apoplexia, ferimentos, etc., o Espírito é surpreendido, espanta- se, e não acredita que morreu e sustenta essa ideia com obstinação. Entretanto, vê seu corpo, sabe que esse corpo é seu e não compreende por que está separado dele; acerca-se das pessoas a quem estima, fala-lhes e não compreende por que elas não o ouvem. Essa ilusão perdura até a inteira libertação do perispírito e, só então, o Espírito se reconhece e compreende que não pertence mais ao número dos vivos. Este fenômeno se explica facilmente. Surpreendido de improviso pela morte, o Espírito fica atordoado com a brusca mudança que nele se operou.
  • 8. Para ele a morte é ainda sinônimo de destruição, aniquilamento; ora, como ele pensa, vê e escuta, não se considera morto. Sua ilusão é aumentada pelo fato de se ver com um corpo de forma semelhante ao precedente, mas cuja natureza etérea ainda não teve tempo de estudar; ele o crê sólido e compacto como o primeiro e, quando chamam sua atenção para esse ponto, admira-se de não poder apalpá-lo. Esse fenômeno é análogo ao dos sonâmbulos iniciantes que não acreditam dormir. Para eles o sono é sinônimo de suspensão das faculdades; ora, como pensam e veem, julgam que não dormem. Certos Espíritos apresentam essa particularidade, embora a morte não lhes tenha chegado inesperadamente; todavia, é sempre mais generalizada naqueles que, apesar de doentes, não pensam em morrer.
  • 9. Vê-se, então, o singular espetáculo de um Espírito assistindo aos próprios funerais, como se fora um estranho e deles falando como de uma coisa que não lhe dissesse respeito, até o momento em que compreende a verdade. A perturbação que se segue à morte nada tem de penosa para o homem de bem; é calma e em tudo semelhante à que acompanha um despertar tranquilo. Para os que não têm a consciência pura, ela é cheia de ansiedade e de angústias, que aumentam à medida que ela se reconhece. Nos casos de morte coletiva, tem-se observado que todos os que perecem ao mesmo tempo, nem sempre se reveem imediatamente. Na perturbação que se segue à morte, cada um vai para o seu lado ou se preocupa apenas com aqueles que lhe interessam.
  • 10. 10 Formatação: Marta Gomes P. Miranda Referências: KARDEC, Allan. O Livro dos Espíritos. Tradução de Salvador Gentile. 182ª Ed. Araras – SP: IDE, 2009. Pág. 80 a 81. CRÉDITOS
  • 11. CENTRO ESPÍRITA “JOANA D’ARC” Rua Ormindo Pires Amorim, nº 1.516 Bairro: Jardim Marajó Rondonópolis - MT 11