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• O QUE É?


• PSICÓLOGO FORENSE


• PSICOLOGIA JURÍDICA


• PSICOLOGIA CRIMINAL
A Psicologia forense consiste na aplicação dos conhecimentos psicológicos
ao serviço do direito. Dedica-se à protecção da sociedade e à defesa dos direitos do
cidadão, através da perspectiva psicológica.
Dedica-se ao estudo do comportamento criminoso. Clinicamente, tenta construir o
percurso de vida do indivíduo criminoso e todos os processos psicológicos que o
possam ter conduzido à criminalidade, tentando descobrir a raiz do problema, uma
vez que só assim se pode partir à descoberta da solução. Descobrindo as causas das
desordens tanto mentais como comportamentais (criminosas, neste caso), também
se pode determinar uma pena justa, tendo em conta que estes casos são muito
particulares e assim devem ser tratados em Tribunal.
           Esta ciência nasceu da necessidade de legislação apropriada para os casos
dos indivíduos considerados doentes mentais e que tenham cometido actos
criminosos, pequenos ou graves delitos. A doença mental tem de ser encarada a
partir de uma perspectiva clínica mas também do ponto de vista jurídico.
           A psicologia forense realiza estudos psicológicos de alguns dos tipos mais
comuns de delinquentes e dos criminosos em geral, como por exemplo, dos
psicopatas que ficaram na história.
De facto, a investigação psicológica desta área da psicologia
apresenta, sobretudo, trabalhos sobre homicídios e crimes sexuais, talvez
devido à sua índole grave e fascinante.

           A Psicologia Forense tem se dividido em outros ramos de estudo, de
acordo com as matérias a que se referirem.
O primeiro ramo da psicologia Forense a surgir foi a psicologia criminal, pois
realiza estudos psicológicos de alguns dos tipos mais comuns de delinquentes
e criminosos em geral, como, por exemplo, os psicopatas. De facto, a
investigação psicológica desta sub área apresenta, sobretudo, trabalhos sobre
homicídios e crimes sexuais, talvez devido à sua índole grave.
Um dos ramos principiais que posteriormente surgiu foi a psicologia jurídica.
Este ramo da Psicologia dedica-se às situações que se apresentam sobretudo
nos tribunais e que envolvem o contexto das leis.
Um psicólogo formado nesta área tem que
dominar os conhecimentos que dizem respeito à
psicologia em si, mas também tem que dominar os
conhecimentos referentes às leis civis e às leis criminais.
       Deve ser um bom clínico e possuir um
conhecimento pormenorizado da psicopatologia. Podem-
se encontrar peritos nesta área em instituições
hospitalares, especialmente do tipo psiquiátrico.
A psicologia jurídica, é uma vertente de estudo da Psicologia,
consistente na aplicação dos conhecimentos psicológicos aos assuntos
relacionados ao Direito, principalmente quanto à saúde mental, quanto aos
estudos sócio-jurídicos dos crimes e quanto a personalidade da Pessoa Natural
e seus embates subjectivos.
          Este ramo da Psicologia dedica-se às situações que se apresentam
sobretudo nos tribunais e que envolvem o contexto das leis. Desse modo, na
Psicologia Jurídica, são tratados todos os casos psicológicos que podem surgir
em contexto de tribunal. Dedica-se, por exemplo, ao estudo do
comportamento criminoso, ao estudo das doenças envolventes de situações
familiares e de separação civil. Clinicamente, tenta construir o percurso de vida
dos indivíduos no dia-a-dia na sociedade em constantes relações jurídicas e
todos os processos psicológicos que possam conduzido à doenças do
Consumidor, de estrutura familiar e do Trabalho. O Psicólogo Forense, assim,
tenta descobrir a raiz do problema, uma vez que só assim se pode partir à
descoberta da solução. Descobrindo as causas das desordens, sejam elas
mentais e/ou comportamentais, também se pode determinar um processo
justo, tendo em conta que estes casos são muito particulares e assim devem
ser tratados em tribunal.
> Avaliação de psicodiagnóstico
> Assessoramento como perito a órgãos judiciais
> Intervenção:planejamento e realização de programas de
prevenção, tratamento, reabilitação e Integração ao meio
social
> Planejamento de campanhas de combate à criminalidade
> Vitimologia:pesquisa e atendimento às vítimas de violência
> Mediação:alternativas à via judicial
É um ramo da psicologia forense que trata de
analisar racionalmente e empiricamente o comportamento
criminoso. Para isso podem ser usados estudos psicológicos
de personalidade, da estrutura mental e de outras
características que podem vir a ser psicopatológicas e suas
relações com o direito penal. A psicologia criminal explora a
variabilidade das condutas criminosas, variáveis preditoras,
variáveis causais/funcionais e a correlação entre crimes,
criminosos e as variáveis significativas envolvidas. Também
estuda o desenvolvimento do criminoso do ponto de vista
psicodinâmico, social e sistêmico.
Uma de suas áreas de estudo são sobre desejos, pensamentos,
intenções e reações dos criminosos. Ela está relacionada com a área da
antropologia criminal. O estudo penetra profundamente na pergunta
"o quê faz alguém cometer um crime", mas também nas reações pós-
crime, na fuga ou no tribunal. Esta ciência tem relações com a
psicanálise, em especial a psicanálise forense e com a sexologia
forense, traçando as causas psíquicas que levam certos indíduos à
sexualidade doentia. Psicólogos criminalistas são frequentemente
chamados como testemunhas em processos judiciais para ajudar o júri
a compreender a mente do criminoso. Alguns tipos de psiquiatria
também lidam com os aspectos do comportamento criminoso.
Um criminoso é um indivíduo que viola uma norma penal,
sem justificação e de forma reprovável.Aos criminosos condenados e
submetidos a um devido processo legal aplica-se uma sanção
criminal, uma pena (privativa de liberdade, restritiva de direitos,
multa).A punição aplicada a um criminoso pode ser de caráter
corretivo, com a intenção de reeducar o indivíduo para que não volte
a cometer delito, ou de caráter exemplar, com a intenção de
desincentivar outras pessoas a cometerem atos semelhantes.Aquele
que ajuda um criminoso a cometer um crime é considerado também
um criminoso, partícipe ou co-autor, enquanto aquele que por
omissão permite que um crime aconteça quando poderia ou deveria
ter impedido geralmente é considerado cúmplice.
Criminosos impetuosos - são aqueles que cometem crimes movidos por
impulso emotivo, por exemplo os crimes passionais ou crimes que ocorrem
em uma discussão de trânsito. O criminoso impetuoso costuma se
arrepender em seguida.

Criminosos ocasionais - são aqueles que decorrem da influência do meio,
isto é, são pessoas que acabam caindo em "tentação" devido a alguma
circunstância facilitadora. Neste caso aplica-se o ditado "a ocasião faz o
ladrão". Os delitos mais comuns são furto e estelionato. O criminoso
ocasional tem chances de se redimir.

Criminosos habituais - são os profissionais do crime. Normalmente se
iniciam no crime durante a adolescência e progressivamente adquirem
habilidades mais sofisticadas. Praticam todo tipo de crime. A violência tem
o intuito de intimidar a vítima.
Criminosos fronteiriços - são criminosos que enquadram-se em
zona fronteiriça entre a doença mental e os indivíduos normais.
São pessoas que delinquem devido a distúrbios de personalidade,
por exemplo, transtorno de personalidade anti-social (psicopatia);
transtornos sexuais etc. Em geral, são pessoas frias, sem valores
éticos e morais, que cometem crimes com extrema violência
desmotivada.

Criminosos com deficiência mental - são pessoas que possuem
doença mental, isto é, alteração qualitativa das funções psíquicas
que compromentem o entendimento e a auto-determinação do
indivíduo. Por exemplo: esquizofrênicos, paranóicos, psicóticos,
toxicômacos graves etc. Em geral agem sozinhos, impusivamente,
sem premeditação e remorso.
Psicopatia é um construto psicológico que descreve um padrão de
comportamento anti-social crónico. A expressão é muitas vezes utilizada sem
distinção com o termo sociopatia.
A psicopatia tem sido a perturbação de personalidade mas atualmente o termo
pode legitimamente ser utilizado no sentido jurídico, “transtorno de
personalidade psicopática” no âmbito da saúde mental.. Pode também sevir como
um descritor de transtorno de personalidade anti-social definido pela Psychopathy
Checklist-Revised.
          A psicopatia é frequentemente co-mórbida com outros distúrbios
psicológicos (especialmente transtorno de personalidade narcísico).
A psicopatia é diferente da sociopatia. Embora quase todos os psicopatas tenham
transtorno de personalidade anti-social, apenas alguns indivíduos com transtorno
de personalidade anti-social são psicopatas. Muitos psicólogos acreditam que a
psicopatia recaia sobre um espectro de narcisismo patológico.
A Psicopatia é frequentemente confundida com outros
distúrbios de personalidade, tais como transtorno de personalidade
dissocial, narcísica e esquizóide (bem como outros).
Também é importante notar que “psicopatia” é uma síndrome ou um
construto psicológico, enquanto o transtorno de personalidade anti-
social é um diagnóstico.
          O interesse em características de índole psicopática remonta
a Teofrasto, um estudante de Aristóteles, cuja descrição dos homens
inescrupulosos personifica as características do transtorno de
personalidade anti-social.
          O interesse em características psicopáticas remonta à época
colonial. Nesses tempos, uma pessoa com esta doença mental seria
considerada como algo relacionado com posse demoníaca.
Pessoas manipuladoras, sem nenhuma consideração pelo próximo, sem
inclusive reconhecer seus semelhantes como seres humanos. Essas e outras tantas
características descrevem o psicopata.
O psicopata define-se por uma procura contínua de gratificação psicológica, sexual,
ou impulsos agressivos e da incapacidade de aprender com os erros do passado.
           Usando terminologia freudiana, a personalidade psicopática ocorre
quando o ego não pode mediar entre o id e o super-ego, permitindo assim o id de se
reger pelo princípio do prazer, e o super-ego não tem nenhum controle sobre as
acções do ego. Em outras palavras, os indivíduos com esta desordem ganhariam
satisfação através dos seus comportamentos anti-sociais, associados a uma falta
uma consciência.
           Dentre tantas peculiaridades do psicopata a que mais chama a atenção é a
ausência de culpa. O psicopata usa as pessoas para obter o que deseja, seja usando
a crueldade para obter prazer, ou através da usura e exploração. Tem para si que
seus atos não são maléficos e não causam nenhum dano a outrem, assim como não
reconhecem suas atitudes como erradas.
Ele não entende porque as pessoas ficam aterrorizadas perante
suas atitudes. Isso se deve ao fato dele não reconhecer os sentimentos
humanos, não podendo, assim, ter uma empatia com o outro. Além disso,
diferentemente do que se pensa essa patologia não causa delírios ou
alucinações.
          A psicopatia muitas vezes se manifesta ainda na infância e
geralmente é confundida com agressividade. Crianças que manifestam
crueldade gratuita, principalmente com animais, devem ser bem
observadas.
          Nas situações em que o psicopata não pratica atos passíveis de
punição judicial, pode ter uma ascensão profissional digna de nota.
Prejudicando os colegas e sendo desprovido de escrúpulos para obter
benefícios próprios, o psicopata consegue, por exemplo, subir de cargo em
uma empresa, ou manter-se no poder usando subterfúgios imorais ainda
que sem cometer atos ilícitos. Quem não conhece alguém assim?
          Estudos avaliam as diferenças entre os psicopatas não criminosos e
os psicopatas criminosos. Tais estudos não chegam a uma opinião conclusiva
para a questão: os psicopatas não criminosos não cometeram crimes ou
apenas conseguiram ludibriar a polícia?
As avaliações feitas nesses dois grupos de psicopatia mostraram
semelhanças no comportamento de ambos, quase indistinguíveis. Os estudos
revelam também que a personalidade e a propensão para atitudes imorais são
semelhantes entre os grupos. O que os diferencia basicamente seria o meio
onde o indivíduo está inserido, se beneficiado com educação e segurança
familiar, a faceta criminosa não seria instalada.
Esses estudos visam principalmente desmistificar algumas idéias acerca dos
psicopatas que normalmente são associados a maníacos criminosos com
disfunções neurológicas. Ao contrário do que se pensa a maioria dos
psicopatas não são violentos e a maioria das pessoas violentas não é psicopata.
           Especialistas dizem que os psicopatas em sua grande maioria são
homens. Os motivos para esta desproporção entre os gêneros ainda é
desconhecido. A frequência entre as populações é praticamente a mesma, não
havendo alterações estatísticas entre ocidentais e orientais e nem entre
populações que tem ou não acesso a culturas modernas.
Recentes resultados de pesquisas em neurociências começam a lançar
algumas luzes no que se refere à psicopatia. A falta de empatia, a falta da culpa,
as emoções superficiais, a mentira compulsória e manipuladora, a crueldade e o
sangue frio são características de todos os psicopatas.
Em alguns estudos os psicopatas, diferente das pessoas que não têm esse
Transtorno de Personalidade, respondiam à estímulos carregados
emocionalmente da mesma forma que respondiam a estímulos neutros. Isso
demonstra que os psicopatas são destituídos de afetos, em várias áreas. Em
outros estudos, se observou que os psicopatas não reagem com alterações
fisiológicas a mudanças surpreendentes no ambiente. Pessoas normais reagem
fisiologicamente diante de um fato surpreendente podendo piscar, por exemplo.
           Tais resultados podem sugerir que os psicopatas causam dor sem
sentirem-se incômodos ou constrangidos, ao contrário, parecem fazê-lo de boa
vontade e até mesmo com certo prazer. Geralmente eles sabem que estão
ferindo por causa de um sentimento intelectual abstrato (intenção), já que lhes
falta a empatia para compreender o efeito do que causam naqueles a quem
agridem.
Um exemplo bem claro desse comportamento sádico, pode ser
observado no caso Jason, publicado no ano de 2000 (veja seção
Arquivo/Narcisismo). Recentes estudos feitos com imagens do cérebro,
através de aparelhos modernos como Ressonância Magnética, sugerem,
segundo Hare, uma possível base neurofisiológica para o fracasso da
significação emocional nos indivíduos com esse tipo de transtorno. No
cérebro dos psicopatas, os mecanismos que normalmente afetam os
processos cognitivos podem ser ineficientes ou inoperantes.
          A neurociência tem demonstrado que a relação emocional da
mãe com o bebê, podem causar danos neurológicos importantes e
talvez, a psicopatia, seja um desses danos. Da mesma forma que uma
alteração física causa modificações no comportamento, uma
modificação de comportamento, pode causar alterações fisiológicas
importantes. Esse é outro aspecto sob observação e parece muito
promissor.
O Psicopata Social

           Dentre as variações da Psicopatia, o Psicopata Social é aquele que
causa sofrimento a um grupo de pessoa, uma comunidade ou até mesmo a
sociedade como um todo, sem esboçar qualquer arrependimento. Nada deixa
esses indivíduos com peso na consciência. Não existe ramo de atuação humana
onde se encontra mais esse tipo do que na política(com honradas exceções é
claro). Estes manipuladores sociais roubam, mentem, trapaceiam, caluniam, e
nunca acham que faz alguma coisa de errado; não estão nem aí para o
sofrimento alheio. Geralmente possuem uma esperteza superior, uma
inteligência acima da média e habilidade para manipular quem está a sua volta.
           Não são Sábios, são inteligentes, porque o sábio usa o seu raciocínio e
o seu saber para a resolução dos problemas dele e de todos, pensando sempre
no crescimento e na felicidade coletiva.
Justamente por achar que não faz nada de errado, o Psicopata Social
repete seus erros e não conhece emoções e sentimentos nobres tais como o
arrependimento, a solidariedade, o amor ao próximo e a compaixão. O país que se
dane, a cidade que se dane, o povo que se dane! É assim que ele pensa no seu
íntimo. A habilidade de mentir e manipular despudoradamente, muitas vezes sem
levantar suspeitas, de hipinotizar platéias com sua lábia, seu dom de oratória, faz
com que ele se saia bem na política e na liderança de grupos. Vide: Mussolini,
Hitler, Nero, Átila, Collor, etc. são tecnicamente incapazes de frear seus impulsos
sacanas e se munem de desculpas para justificar seu comportamento quando
necessário, com a destreza e o talento de um brilhante ator.

         Os Psiquiatras defendem que, apesar desta mentalidade doentia, eles
devem ser responsabilizados pelos seus erros, porque possuem plena consciência
de que seus atos não são corretos. E se cometem crimes, devem ir para cadeia
como os outros criminosos por ameaçar a convivência sadia, justa e harmônica da
sociedade.
O Psicopata Carente de Princípios

           Este tipo de psicopata se apresenta freqüentemente associado às
personalidades narcisistas e histéricas. Podem até conseguir manter-se com
êxito nos limites do legal. Estes psicopatas exibem com arrogância um forte
sentimento de autovalorização, indiferença para com o bem estar dos outros e
um estilo social continuamente fraudulento. Existe neles sempre a expectativa
de explorar os demais (esse traço pode corresponder ao estilo dominante dos
Psicopatas Primário e Secundário de Blackburn).
           Há neles uma consciência social bastante deficiente e se faz notória
uma grande inclinação para a violação das regras, sem se importarem com os
direitos alheios. A irresponsabilidade social se percebe através de fantasias
expansivas e de grosseiras, contumazes e persistentes mentiras.
           Falta, nesses Psicopatas Carentes de Princípios, o Superego. Essa falta é
responsável pelos seus relacionamentos inescrupulosos, amorais, desleais e
exploradores. Podem estar presentes entre sociedades de artistas e de
charlatões, muitos dos quais são vingativos e desdenhosos com suas vítimas.
O psicopata sem princípios mostra sempre um desejo de correr riscos, sem
experimentar temor de enfrentar ameaças ou ações punitivas.
São buscadores de novas sensações. Suas tendências maliciosas
resultam em freqüentes dificuldades pessoais e familiares, assim como
complicações legais.
           Estes psicopatas narcisistas funcionam como se não tivessem outro
objetivo na vida, senão explorar os demais para obter benefícios pessoais.
Eles são completamente carentes de sentimentos de culpa e de consciência
social. Normalmente sua relação com os demais dura tempo suficiente em
que acredita ter algo a ganhar.
           Os Psicopatas Carentes de Princípios exibem uma total indiferença
pela verdade, e se são descobertos ou desmascarados, podem continuar
demonstrando total indiferença. Uma de suas maiores habilidades é a
facilidade que têm em influenciar pessoas, ora adotando um ar de inocência,
ora de vítima, de líder, enfim, assumindo um papel social mais indicado para
a circunstância. Podem enganar a outros com encanto e eloqüência. Quando
castigados por seus erros, ao invés de corrigirem-se, podem avaliar a
situação e melhorar suas técnicas em continuar a conduta exploradora.
           Carentes de qualquer sentimento de lealdade, juntamente com
uma extrema competência em desempenhar papéis, os psicopatas
normalmente ocultam suas intenções debaixo de uma aparência de
amabilidade e cortesia.
O Psicopata Malévolo

            Os Psicopatas Malévolos são particularmente vingativos e hostis. Seus
impulsos são descarregados num desafio maligno e destrutivo da vida social
convencional. Eles têm algo de paranóico na medida em que desconfiam
exageradamente dos outros e, antecipando traições e castigos, exercem uma
crueldade fria e um intenso desejo de vingança.
            Além desses psicopatas repudiarem emoções ternas, há neles uma
profunda suspeita de que os bons sentimentos dos demais são sempre
destinados a enganá-los. Adotam uma atitude de ressentimento e de propensão
a buscar revanche em tudo, tendendo a dirigir a todos seus impulsos vingativos.
            Alguns traços desses psicopatas se parecem com os sádicos e/ou
paranóides, com características beligerantes, mordazes, rancorosos, viciosos,
malignos, frios, brutais, truculentos e vingativos, fazendo, dessa forma, com que
muitos deles se revelem assassinos e assassinos seriais.
            Quando os Psicopatas Malévolos enfrentam à lei e sofrem sanções
judiciais, ao invés de se corrigirem, aumentam ainda mais seu desejo de
vingança. Quando se situam em alguma posição de poder, eles atuam
brutalmente para confirmar sua imagem de força.
Irritados pelo freqüente repúdio social que despertam, esses Psicopatas
Malévolos estão continuamente experimentando uma necessidade de retribuição
agressiva, a qual pode, eventualmente, expressar-se abertamente em atentados
coletivos ou atitudes anti-sociais (a luta sociedade versus eu). De qualquer forma,
nunca demonstram o mínimo sentimento de culpa ou arrependimento por seus
atos violentos. Ao invés disso, mostram uma arrogante depreciação pelos direitos
dos outros.
          É curioso o fato de esses psicopatas serem capazes de dar uma
explicação racional aos conceitos éticos, capazes de conhecerem a diferença entre
o que é certo e errado, mas, não obstante, são incapazes de experimentar tais
sentimentos.
          A noção ética faz com que o Psicopata Malévolo defina melhor os limites
de seus próprios interesses e não perca o controle de suas ações. Esse tipo de
psicopata se encontra entre os mais ameaçadores e cruéis. Ele é invariavelmente
destrutivo, sem misericórdia e desumano.
          A noção de certo-errado faz com que esses psicopatas sejam
oportunistas e dissimulem suas atitudes ao sabor das circunstâncias, ou seja,
diante da autoridade jamais atuam sociopaticamente. Portanto, eles são seletivos
na eleição de suas vítimas, identificando sujeitos mais vulneráveis a sua sociopatia
ou que mais provavelmente se submetam aos seus caprichos. Mais que qualquer
outro bandido, este psicopata desfruta prazer em proporcionar sofrimento e ver
seus efeitos danosos em suas vítimas.
O Psicopata Dissimulado

           Seu comportamento se caracteriza por um forte disfarce de amizade e
sociabilidade. Apesar dessa agradável aparência, ele oculta falta de
confiabilidade, tendências impulsivas e profundo ressentimento e mau humor
para com os membros de sua família e pessoas próximas.
Na realidade, poderíamos comparar o Psicopata Dissimulado como uma mistura
bastante piorada dos transtornos Borderline e Histérico da Personalidade. Isso
significa que ele pleiteia um estilo de vida socialmente teatral, com persistente
busca de atenção e excitação, permeada por um comportamento muito sedutor.
           O Psicopata Dissimulado é considerado como uma variante da
Personalidade Histriônica, continuamente tentando satisfazer sua forte
necessidade de atenção e aprovação. Essas características não estão presentes no
Psicopata Carente de Princípios ou no Malévolo, os quais centram em si mesmo
sua preocupação e são indiferentes às atitudes e reações dos outros.
Esse subtipo dissimulado costuma exibir entusiasmo de curta duração pelas
coisas da vida, comportamentos imaturos de contínua busca de sensações.
Seguindo as características básicas e comuns a todos os psicopatas, o
dissimulado também tende a conspirar, mentir, a ter um enfoque astuto para
com a vida social, a ser calculista, insincero e falso. Muito provavelmente ele não
admite a existência de qualquer dificuldade pessoal ou familiar, e exibe um
engenhoso sistema de negações. As dificuldades interpessoais são racionalizadas
e a culpa é sempre projetada sobre terceiros.
           A contundente falsidade é a característica principal deste subtipo. O
Psicopata Dissimulado age com premeditação e falsidade em todas suas
relações, fazendo tudo o que for necessário para obter exatamente o que quer
dos outros. Por outro lado, diferentemente do Psicopata Carente de Princípios
ou do Psicopata Malévolo, parece desfrutar prazerosamente do jogo da sedução,
obtendo excitação nas conquistas.
           Mesmo aparentando intenções de proteger certas pessoas, o Psicopata
Dissimulado é frio, calculista e falso, caracterizando mais ainda um estilo
fortemente manipulador. Essa característica pode ser conseqüência da convicção
íntima de que ninguém poderá amá-lo ou protegê-lo, a menos que consiga
manipular a todos. Apesar de reconhecer que está manipulando seu entorno
social, tenta convencer aos outros de que suas intenções são boas e que suas
atitudes são, no mínimo, bem intencionadas.
Quando as pessoas com esse tipo de psicopatia são pressionadas ou
confrontadas, sentem-se muito encabuladas e suas reações oscilam entre a
explosão agressiva e vingança calculista. A característica afabilidade dos
Psicopatas Dissimulados é superficial e extremamente precária, estando sempre
predispostos a depreciarem imediatamente a qualquer um que represente
alguma ameaça à sua hegemonia, chegando mesmo a perderem o controle e
explodirem em cólera.

O Psicopata Ambicioso

          Persegue avidamente seus engrandecimentos. Os Psicopatas
Ambiciosos sentem que a vida não lhes tem dado tudo o que merecem que têm
sido privados de seus direitos ao amor, ao apoio, ou às gratificações materiais.
Normalmente acham que os outros têm recebido mais que eles, e que nunca
tiveram oportunidades de uma vida boa.
          Portanto, estão motivados por um desejo de retribuição, de
compensar-se pelo que tem sido despojado pelo destino. Através de atos de
roubo ou destruição, se compensam a si mesmos pelo vazio de suas vidas, sem
importar-lhes as violações que cometam à ordem social. Seus atos são
racionalizados através da idéia de que nada fazem senão restaurar um equilíbrio
alterado.
Para os Psicopatas Ambiciosos que estão somente ressentidos, mas
que ainda têm controle minimamente crítico de seus atos, pequenas
transgressões e algumas aquisições são suficientes para aplacar essas
motivações. Mas para aqueles que têm estas características psicopáticas mais
desenvolvidas, somente a usurpação de bens e coisas alheias podem satisfazê-
los.
           O prazer psicopático nos ambiciosos está baseado mais em tomar do
que em ter. Como a fome que os animais experimentam em relação à presa, os
Psicopatas Ambiciosos têm um enorme impulso para a rapinagem, e tratam os
demais como se fossem peões num tabuleiro de xadrez de poder.
           Além de terem pouca consideração pelos efeitos de sua conduta,
sentindo pouca ou nenhuma culpa pelos efeitos de suas ações, como os
demais psicopatas, os ambiciosos nunca chegam a sentir que tem adquirido o
bastante para compensar suas privações. Independentemente de suas
conquistas, permanecem sempre ciumentos e invejosos, agressivos e
ambiciosos, exibindo todas as vezes que podem posses e consumo ostentoso.
           A maioria deles é totalmente centrada em si mesma, contribuindo
isso para sua comum atitude libertina e em busca de sensações.
Esses psicopatas nunca experimentam um estado de completa
satisfação, sentindo-se não realizados, vazios, desolados,
independentemente do êxito que possam ter obtido. Insaciáveis, estão
sempre convencidos de que serão despojados de seus direitos e desejos.
          Ainda que o subtipo ambicioso seja parecido, em alguns aspectos,
ao Psicopata Carente de Princípios, ele exerce uma exploração mais ativa e
sua motivação central é manifestada através da inveja e apropriação
indevida das posses alheias. O Psicopata Ambicioso experimenta não só um
sentimento profundo de vazio, senão também uma avidez poderosa de
amor e reconhecimento que, segundo ele, não lhe ofereceram na infância.

O Psicopata Explosivo

          Diferencia-se das outras variantes pela emergência súbita e
imprevista de hostilidade. Estes psicopatas são caracterizados por fúria
incontrolável e ataque a outros, furor este freqüentemente descarregado
sobre membros da própria família. A explosão agressiva se precipita
abruptamente, sem dar tempo de prevenir ou conter.
Sentindo-se frustrados e ameaçados, estes Psicopatas Explosivos
respondem de uma maneira volátil, daninha e mórbida, fascinando aos
demais pela brusca forma com que os surpreende.
Desgostosos e frustrados na vida, estas pessoas perdem o controle e
buscam vingança pelos alegados maus tratos a que foram precocemente
submetidos. Em contraste com outros psicopatas, esses não se movem de
maneira sutil e afável. Pelo contrário, seus ataques explodem
incontrolavelmente, quase sempre, sem nenhuma provocação aparente.
          Esta qualidade de beligerância súbita, tanto quanto sua fúria
desenfreada distingue estes psicopatas dos outros subtipos. Muitos são
hipersensíveis aos sentimentos de traição, a ponto de fantasiarem
deslealdades o tempo todo.
Ausência de Culpa: Nunca sente arrependimento, nem remorsos. Os outros é
que são os culpados de tudo o que acontece de mal e vive com a certeza
absoluta que nunca erra, nem errou. Não teme a punição por ter a certeza que
tudo o que faz tem um propósito benéfico, (para ele, claro!), embora tenha a
noção de que os seus actos são anti-sociais.
Quando é denunciado, recusa a reabilitação ou qualquer tratamento e na
impossibilidade de fugir, simula uma mudança de carácter, para mais tarde
voltar aos padrões comportamentais que lhe são característicos e até, vingar-se
de quem o tentou ajudar.

Mestres da Mentira: Para eles a realidade e a ilusão fundem-se num só
conceito pelo qual regem o seu mundo. São capazes de contar uma mentira
como se estivessem a descrever detalhadamente uma situação real. Não
mentem apenas para fugirem de uma situação constrangedora, mas pura e
simplesmente porque não sabem viver sem mentir.
Manipulação e Egoísmo: Não tem a noção de bem comum. Desde que ele
esteja bem, o resto do mundo não lhe interessa. O psicopata é um indivíduo
extremamente manipulador que usa o seu encanto para atingir os seus
objectivos, nunca pensando nas emoções alheias. Não reconhece a dor que
provoca nos outros e por isso, usa as pessoas como peões, objectos que pode
pôr e dispor conforme lhe convêm. Manifesta facilidade em lidar com as
palavras e convencer as pessoas mais vulneráveis a entrarem no “jogo” dele.
Querem controlar todos os relacionamentos, impedindo que familiares e
amigos confraternizem paralelamente, sem a sua presença. Para tal recorrem as
esquemas, intrigas e claro, ao seu charme para se fingir amigo.

Inteligência: O QI costuma ser acima da média. Há casos de psicopatas que
conseguem passar por médicos, advogados, professores, etc, sem nunca terem
frequentado uma universidade! São peritos no disfarce, excelentes auto-
didactas e fazem-no na perfeição.
Ausência de Afecto: Não são pessoas afectuosas com o próximo e enquanto pais,
não são do género de “dar colo” aos filhos. Usam os filhos como “marionetas”,
em função dos seus próprios interesses, não respeitando as suas escolhas, quer a
nível pessoal, quer profissional! Baseia os seus “métodos educativos” na
humilhação e chega a ser totalmente negligente para com os seus.

Impulsivo: Devido ao défice do superego, não consegue conter os seus impulsos,
podendo cometer toda a espécie de crimes, friamente e sem noção de culpa.
Costuma fintar até o teste do polígrafo, porque o seu ritmo cardíaco não se altera
quando profere mentiras e nem quando comete crimes.

Isolamento: Gostam de viver sós e quando vivem com outros, querem liderar o
grupo, mesmo que para isso destrua uma família inteira.
Psicopata comunitário ou de grau leve

A maioria dos psicopatas corresponde àqueles de grau leve, por isso, geralmente
não satisfazem totalmente todos os critérios do DSM do transtorno de
personalidade antissocial. Eles são os psicopatas mais comuns, tendem a exibir
poucos critérios e são aqueles que dificilmente matam; entretanto, são os mais
difíceis de serem diagnosticados porque tendem a se passar despercebidos no
ambiente social, caracterizando o "psicopata comunitário". Geralmente, possuem
inteligência média ou até mesmo maior que a média, mas são frios, racionais,
mentirosos, não se importam com os sentimentos alheios e são os psicopatas
ditos dissimulados: escondem tais características de forma que pouquíssimas
pessoas consigam perceber, são muito manipuladores. Muitas vezes estão ao
lado de todos e ninguém consegue perceber isto. Eles podem ser desde um falso
colega oportunista que vive se fazendo de vítima, até trapaceiros, parasitas
sociais, políticos, empresários e religiosos.
Esse psicopata raramente vai para a cadeia, mas quando esses
indivíduos - por algum motivo ilícito - vão para a prisão, são tidos como presos
"exemplares" pelo seu bom comportamento: são muito bem vistos,
comportados, não arranjam confusões e dissimulam uma aparência de
inocentes coitadinhos, a ponto que outros presos e seguranças não consigam
acreditar que aquela pessoa tão calma pôde cometer alguma atrocidade.
           Exatamente por isso, são os que mais facilmente conseguem enganar
a todos, fazendo com que diminuam o tempo de pena na cadeia. Do ponto de
vista infantil, esses indivíduos podem ou não ter traumas significantes que
possam ter sido considerados agravantes do transtorno mas, de forma geral,
tiveram uma educação aparentemente normal. Comumente foram crianças
com grande charme superficial, encantavam facilmente adultos pela sua
aparência de docilidade, entretanto, já apresentavam traços de frieza,
insensibilidade, e intolerância à frustração - que podem ser evidentes em
condutas como maltratar coleguinhas, animais, mentir etc. a maioria dos
psicopatas,acaba ficando só em sua velhice,por ser pessoas dificeis de se
relaciona,cheios de manias,e costumes que desagradam as pessoas normais.
Psicopata antissocial ou de grau moderado a grave

           Já o psicopata de grau moderado a grave corresponde àqueles que
satisfazem quase ou todos os critérios do DSM do transtorno de personalidade
antissocial e são os psicopatas deliberamente antissociais. Esses psicopatas têm
uma alta tendência a se enquadrarem por exemplo, na categoria serial killers. A
maioria apresenta as mesmas características do psicopata comunitário,
entretanto apresentam condutas que os colocam contra à sociedade em geral
fazendo com que sejam mais facilmente inseridos no meio carcerário. São
menos frequentes, entretanto, uma vez que satisfazem quase ou todos os
critérios para a personalidade antissocial, eles são aqueles que estão mais
facilmente vulneráveis a delitos graves e chocantes. Eles geralmente são
agressivos, impulsivos, frios, sádicos, mentirosos, não possuem empatia e são
mais facilmente associados a psicopatas autores de grandes golpes ou
assassinos e serial killers, entretanto, escondem tais características de forma
que socialmente são vistos como pessoas normalíssimas, cujos verdadeiros
instintos ninguém é capaz de desconfiar. Os de grau moderado geralmente
estão mais infiltrados no meio das drogas, álcool, jogo compulsivo, direção
imprudente, vadiagem e promiscuidade e vandalismo, além de grandes golpes
e graves estelionatos.
Os que apresentam um grau muito grave, frequentemente são
assassinos sádicos, ou seja, obtêm prazer (principalmente sexual) ao ver o
sofrimento de outra pessoa e são indivíduos excessivamente problemáticos, do
ponto de vista emocional. Em contraste a essas características, de modo
semelhante ao psicopata comunitário, podem apresentar-se como uma pessoa
normal perante os outros e a sociedade, contudo, escondem uma
personalidade muito mais sombria - esta ocasionalmente visível para familiares,
por exemplo, onde o ambiente é marcado por discussões frequentes.
           Totalmente frios, sem remorso e ausentes de sentimentos carinhosos
para com outros seres humanos, esses indivíduos não conseguem conter por
muito tempo seus impulsos sádicos - embora saibam perfeitamente que seu
comportamento é inapto e totalmente repudiado pela sociedade. É comum
nessas pessoas, um histórico de doenças neuropsiquiátricas como depressão,
déficit de atenção, transtornos de ansiedade ou outros distúrbios de
personalidade, além de um persistente sentimento de vazio existencial e tédio,
o que os faz buscarem constantes estímulos - inconstantes, enjoam de tudo
facilmente, por isso sempre procuram algo novo e diferente para fazerem; mas
possuem dificuldade em terminar o que começam. Na infância, esses indivíduos
geralmente sofreram algum tipo de trauma significante o que pode ser
considerado agravante da psicopatia. Normalmente foram crianças mais
reservadas ou introvertidas, mas que, por vezes, apresentavam traços de
transtorno de conduta.
A maioria das mulheres psicopatas tendem a apresentar um grau leve
ou moderado da psicopatia, sendo que mulheres psicopatas com um alto grau
da doença são raras. Porém, existem e são as denominadas serial killers, tais
como grandes assassinas da história mundial, como Elizabeth Bathory, Aileen
Wuornos e Marie Noe.
           As psicopatas com um nível moderado a grave de psicopatia podem,
no início da adolêscencia, ter um acentuado crescimento dos sintomas do
distúrbio nessa fase, além de sintomas como um humor deprimido e irritadiço,
abusar do álcool e/ou drogas, obter comportamentos autodestrutivos como
auto mutilação, tentativas de suicídio fracassadas, abusos de medicamentos,
ambiente familiar conturbado, instabilidade emocional e, não raro,
aparecimento de sintomas histéricos (conversivos). Aliás, é muito mais
frequente nas mulheres psicopatas ocorrer a psicopatia juntamente com
características conversivas, como por exemplo, paralisias, dores de cabeça
constantes, náuseas, vômitos, afonia, dores constantes pelo corpo sem motivos
plausíveis etc. o que mostra que essas mulheres além da psicopatia, possuem
traços histéricos em sua personalidade, o que as faz reprimir seus problemas
psicológicos e transformando-os em problema físico.
Na melhor das hipóteses, as mulheres psicopatas geralmente foram
crianças introvertidas e tinham um profundo sentimento de isolamento. Embora
não seja regra, a maioria das mulheres psicopatas possuem um histórico cuja
infância foi permeada por algum tipo de conflito familiar (abusos, negligência,
divórcio dos pais, alcoolismo parental, etc.), além de constantes conturbações
escolares, tal como deboches por coleguinhas de escola, seja pela timidez ou por
apresentarem algum tipo de transtorno de conduta: ao tempo que foram
crianças que sofriam deboches, entretanto, também cometiam algum tipo de
crueldade - embora nem sempre os adultos conseguissem perceber, pois, via de
regra, psicopatas desde tenra idade manipulam todos ao redor de forma que
raramente são descobertos.
           Mulheres psicopatas não gostam de ser contrariadas e, assim como os
homens sociopatas, elas podem demonstrar frieza, agressividade ou
insensibilidade sem que isso acarrete em culpa, arrependimento ou remorso.
Elas têm necessidade em demonstrar grande poder ou controle sob certas
pessoas ou situações. São controladoras, persuasivas, influenciadoras e muito
sedutoras. Elas podem exibir além de um comportamento sedutor,
comportamentos sexuais perversos, tais como sadomasoquismo, e fetiches
perversos. Podem ter um histórico de relacionamentos breves, que duram muito
pouco, numerosos casos superficiais ou então vários parceiros do outro sexo ou
não, ao mesmo tempo.
Elas podem ser mulheres infiéis, que facilmente traem o cônjuge, ou
então enamorar-se por puro interesse material, tais como homens ricos e
poderosos. Para o psicopata, o sexo e a orientação sexual são apenas mais uma
forma de manipulação, um de seus utensílios para conseguir seus objetivos.
           Nas mulheres com traços psicopáticos, parece haver predominância de
sintomas do subtipo de psicopatia denominado por Millon de "psicopata
dissimulado".
           Segundo Millon, tais psicopatas possuem características de falta de
confiança nos outros, impulsividade, simpatia superficial e sociabilidade para com
os outros mas constante mau humor, agressividade e ressentimento para com a
família e pessoas próximas. Esse tipo de psicopatia pode ser relativamente
parecido como uma mistura do transtorno de personalidade borderline e o
transtorno de personalidade histriônica.
           São pessoas que aparentam tendências a chamar atenção para si e com
um comportamento significantemente sedutor ou sensual. Neste caso, essas
psicopatas são socialmente sedutoras mas ocultam por trás da sedução e
sociabilidade um péssimo comportamento com pessoas mais próximas.
A busca pela excitação, aventura e estímulo é variavelmente alto, com
tendências a sentir-se facilmente entediada, com grande intolerância à
monotonia, regras e rotina. Exatamente por isso, essas pessoas costumam exibir
entusiasmo de curta duração pelas coisas da vida, tais como relacionamentos,
empregos, objetivos e gostos. Elas se entediam e enjoam facilmente das coisas,
começam um projeto mas nunca terminam.
            Pessoas assim têm comportamentos imaturos de contínua busca de
sensações e perigo, e fazem de tudo o que for necessário nas suas relações para
conseguirem o que querem dos outros. São incapazes de demonstrar gratidão.
            Quando não conseguem o que querem ou são contrariados ou
pressionados, podem balancear entre uma explosão agressiva ou uma vingança
calculista.
            De modo geral, as mulheres psicopatas apresentam praticamente os
mesmos sintomas do homem psicopata, entretanto, praticam suas crueldades de
forma menos impulsiva que o homem, o que as faz serem pouco descobertas.
Pelo fato de gostarem da sensação de poder, serem muito
persuasivos e não medirem esforcos para atingir seus objetivos, os
psicopatas ascedem muito rápido em suas profissões; por isso é comum que
esses indivíduos ocupem importantes cargos ligados a mídia e a política. Não
é raro encontrar esses indivíduos em capas de grandes revistas e, também,
no editorial dessas mesmas revistas.
          Eles, geralmente, gostam de estar em destaque e ajudar
determinadas pessoas ou grupos econômicos, apenas por benefício próprio.
Por outro lado, os psicopatas denigrem e aniquilam aqueles que tentam
desmascará-los.
          Por não sentirem remorso, nem compaixão, os indivíduos com
personalidade antissocial não se importam se seus atos irão prejudicar um
determinado grupo de pessoas ou até mesmo uma nação.
Mentiras frequentes, crueldade com coleguinhas e irmãos, baixíssima
tolerância à frustração, ausência de culpa ou remorso e falta de constrangimento
quando pegos mentindo ou em flagrante. Os pais podem ligar o sinal de alerta
caso essas características comportamentais (somadas a uma série de outras, que
podem ser vistas em lista abaixo) ocorram de maneira repetitiva e persistente em
crianças e adolescentes. É possível que os filhos tenham "Transtorno de Conduta"
e sejam candidatos à psicopatia quando tornarem-se adultos.
          "Podemos observar características de psicopatia desde a infância até a
vida adulta. Vale ressaltar que o diagnóstico exato só pode ser firmado por
especialistas no assunto", afirma a médica psiquiatra Ana Beatriz B. Silva, autora
do livro "Mentes Perigosas - O Psicopata Mora ao Lado" (Fontanar, 2008). "Além
do mais, deve se atentar para a frequência e a intensidade com as quais estas
características se manifestam", explica.
Abaixo, um trecho do livro "Mentes Perigosas" no qual a médica
psiquiatra lista as características que podem indicar tendência à psicopatia na
infância e adolescência e aponta as posturas que devem ser assumidas pelos pais.

O que os pais podem fazer?
Como já foi dito anteriormente, podemos observar características de psicopatia
desde a infância até a vida adulta. Antes dos 18 anos, por uma questão de
nomenclatura, o problema é chamado de Transtorno da Conduta. Crianças ou
adolescentes que são francos candidatos à psicopatia possuem um padrão
repetitivo e persistente que podem ser sintetizados pelas características
comportamentais descritas abaixo:

- Mentiras frequentes (às vezes o tempo todo);

- Crueldade com animais, coleguinhas, irmãos etc.;

- Condutas desafiadoras às figuras de autoridade (pais, professores etc.);

- Impulsividade e irresponsabilidade;
- Baixíssima tolerância à frustração com acessos de irritabilidade ou fúria
quando são contrariados;

- Tendência a culpar os outros por seus erros cometidos;

- Preocupação excessiva com seus próprios interesses;

- Insensibilidade ou frieza emocional;

- Ausência de culpa ou remorso;

- Falta de empatia ou preocupação pelos sentimentos alheios;

- Falta de constrangimento ou vergonha quando pegos mentindo ou em
flagrante;

- Dificuldades em manter amizades;

- Permanência fora de casa até tarde da noite, mesmo com a proibição dos
pais. Muitas vezes podem fugir e levar dias sem aparecer em casa;
- Faltas constantes na escola sem justificativas ou no trabalho (quando mais
velhos);

- Violação às regras sociais que se constituem em atos de vandalismo como
destruição de propriedades alheias ou danos ao patrimônio público;

- Participação em fraudes (falsificação de documentos), roubos ou assaltos;
Sexualidade exacerbada, muitas vezes levando outras crianças ao sexo forçado;
Introdução precoce no mundo das drogas ou do álcool;

- Nos casos mais graves, podem cometer homicídio.

           Vale ressaltar que as características acima são apenas genéricas e que o
diagnóstico exato só pode ser firmado por especialistas no assunto. Além do mais,
o leitor deve se atentar para a freqüência e a intensidade com as quais estas
características se manifestam.
           É muito comum e até compreensível que os pais de jovens com
características psicopáticas se perguntem quase sempre em um tom de
desespero: "O que nós fizemos de errado para que nosso filho seja assim?".
Os pais se sentem culpados por acharem que falharam na educação dos
seus filhos e que não souberam impor limites. Isso é um grande equívoco! Não
resta dúvida de que a educação, a estrutura familiar e o ambiente social
influenciam na formação da personalidade de um indivíduo e na maneira como ele
se relaciona com o mundo. No entanto, esses fatores por si só não são capazes de
transformar ninguém em um psicopata.
           Não obstante, é muito importante que os pais tenham conhecimento
pleno sobre o assunto e que passem a reconhecer a disfunção em seus filhos,
dispensando o devido valor que o problema merece. Quando em grau leve e
detectada ainda precocemente, a psicopatia pode, em alguns casos, ser modulada
através de uma educação mais rigorosa. Um ambiente familiar mais estruturado e
com a vigilância constante de filhos "problemáticos" certamente não evita a
psicopatia, mas pode inibir uma manifestação mais grave. E aí, fazer toda a
diferença.
           É lógico que estas medidas estão longe de serem ideais, são apenas
paliativas e demandam muito esforço e empenho por parte dos envolvidos na
criação. No entanto, não podemos desprezá-las para salvaguardar a estrutura
familiar e a sociedade como um todo.
As posturas que devem ser assumidas são as seguintes:

- Procure conhecer bem o seu filho. A maioria dos pais não sabe como ele se
comporta longe dos seus olhos. Estabeleça contato com todas as pessoas do
convívio dele (professores, amigos, pais dos amigos etc.). Quanto mais
precocemente você identificar o problema maiores serão as chances de que ele se
molde a um estilo de vida minimamente produtivo e socialmente aceito.

- Busque ajuda profissional. Isto é válido tanto para se certificar do diagnóstico
dessa criança quanto para que os pais recebam orientações de como devem agir.

- Não permita que seu filho controle a situação. Estabeleça um programa de
objetivos mínimos para obter alguns resultados positivos. Regras e limites claros
são necessários para evitar as condutas de manipulação, enganos e falta de
respeito com os demais. Lembre-se que uma criança com perfil psicopático
apresenta um talento extraordinário em distorcer as regras estabelecidas e virar o
jogo a seu favor. Por isso NÃO CEDA! Se você fraquejar, certamente ela ocupará
todos os "espaços" deixados pela sua desistência.
Não pretendo ser pessimista, no entanto não seria honesto da minha
parte afirmar que a psicopatia infanto-juvenil atualmente tenha uma solução
satisfatória. O máximo que podemos fazer é adotar posturas no trato com essas
crianças no sentido de melhorar a forma como a psicopatia vai se manifestar no
futuro. A psicopatia não tem cura, é um transtorno da personalidade e não uma
fase de alterações comportamentais momentâneas.
           Porém, temos que ter sempre em mente que tal transtorno apresenta
formas e graus diversos de se manifestar e que somente os casos mais graves
apresentam barreiras de convivência intransponíveis. Segundo o DSM-IV-TR a
psicopatia tem um curso crônico, no entanto pode tornar-se menos evidente à
medida que o indivíduo envelhece, particularmente a partir dos 40 anos de
idade.
Charmosos e simpáticos; mentirosos e manipuladores. Os psicopatas não se
importam de passar por cima de tudo e de todos para alcançar seus objetivos.
Egocêntricos e narcisistas, eles não sentem remorso, muito menos culpa. Se algo ou
alguém ameaça seus planos, tornam-se agressivos. São mestres em inverter o jogo,
colocando-se no papel de vítimas. E estão sempre conscientes de todos os seus atos,
pois, diferentemente do que ocorre em outras doenças mentais, os psicopatas não
entram em delírio.
           A psicopatia atinge cerca de 4% da população (3% de homens e 1% de
mulheres), segundo a classificação americana de transtornos mentais. Sendo assim,
um em cada 25 brasileiros enquadra-se nesse perfil. Mas isso não significa, é claro, que
todos são assassinos em potencial.
           Estudos coordenados por diversos pesquisadores, entre eles o psicólogo
americano Randall T. Salekin, da Universidade do Alabama, indicam que, de fato, é
comum que os psicopatas recorram à violência física e sexual. No entanto, a maioria
dos psicopatas não é violenta. Alguns pesquisadores acreditam até que muitos sejam
bem-sucedidos profissionalmente e ocupem posições de destaque na política, nos
negócios ou nas artes.
O psicólogo Leonardo Fd Araujo, especialista em psicologia clínica pela
Universidade Tuiuti do Paraná, concedeu entrevista ao Comunicação On-line e fala
mais sobre a psicopatia e os psicopatas.

Comunicação On-line: O que caracteriza a psicopatia?
Araújo: O egocentrismo, a ausência de culpa e remorso, o excesso de razão e
inexistência de emoção são as principais características. Os psicopatas fingem e
mentem muito bem, e forjam o afeto. Além disso, há os prejuízos sociais causados
por esse tipo de transtorno mental, tais como agressões, estupros e assassinatos. É
preciso ressaltar que o psicopata sente prazer em cometer o mal, em conseguir
concretizar o que ele almeja. O falsário sente um extremo prazer ao conseguir
enganar alguém, assim como o estuprador sente o mesmo ao cometer um estupro.
Quando o mal está feito, ele não se culpa e ainda procura cometer outros crimes
contra outras vítimas.

Comunicação On-line: O psicopata é pintado geralmente como um assassino. Mas
esse é o único perfil de um psicopata?
Araujo: O psicopata apresenta vários perfis. A grosso modo, existe o psicopata
leve, moderado e grave. O psicopata leve é o conhecido “171”, aplica
pequenos golpes e engana pessoas de bem. O moderado já se envolve de
maneira mais contundente com as vítimas dos golpes, que quase sempre
envolvem muitas pessoas e grandes somas em dinheiro. Já o psicopata grave,
esse sim é o mais conhecido pelo público leigo. É o indivíduo que comete
assassinatos a sangue frio, sejam em série ou não. Nos noticiários,
infelizmente, volta e meia aparecem casos de assassinos e estupradores
seriais, muitas vezes crimes com requintes de crueldade. O que os diferencia é
a forma de agir. Uns sentem prazer no estupro, em torturar, outros em
torturar e matar.

Comunicação On-line: O que pode levar um indivíduo a cometer atitudes de
psicopatas?
Araujo: A psicopatia tem causa multifatorial. Há estudos que demonstram que
psicopatas que tiveram uma infância repleta de violência e com uma família
desestruturada, podem chegar a cometer crimes graves contra a vida. Ou seja,
podem se tornar verdadeiros predadores sociais, causando sérios prejuízos à
sociedade. Há também fatores genéticos, fatores próprios de cada indivíduo e
fatores de ordem social que quando somados, podem levar à psicopatia.
Comunicação On-line: Existe uma maneira de perceber que uma pessoa é um
psicopata?
Araujo: Isso é bem complicado. É sempre bom desconfiar de pessoas que se
apresentam de forma sedutora, com idéias mirabolantes, sempre muito agradáveis.
A mídia já retratou diversos casos de impostores. Eles se aproveitam de mulheres
quase sempre muito bem colocadas profissionalmente, prometem mundos e
fundos, enfim, ganham a confiança da vítima. Quando menos se espera, o impostor
pede um dinheiro para completar a compra de um imóvel ou de um carro, e
promete pagar assim que possível, ou assim que fechar outro negócio. A partir daí,
já é tarde para reagir. Geralmente esses impostores somem no dia seguinte sem
deixar nenhum vestígio. Coisa parecida acontece nos casos de estupradores e
assassinos seriais. O psicopata vem com uma conversa agradável, dizendo que a
moça é muito bonita, que quer tirar umas fotos dela para a agência de modelos.
Pronto, a armadilha foi colocada, dificilmente a vítima terá escapatória. Esse tipo de
abordagem foi usada, por exemplo, pelo Maníaco do Parque em São Paulo.
Comunicação On-line: Uma pessoa que possui um perfil de psicopata nasce com
essas características, ou pode adquiri-las?
Araujo: O psicopata já o é desde o nascimento. Mais cedo ou mais tarde, o
transtorno pode ser deflagrado, em maior ou menor grau. Estudos demonstram
que filhos de psicopatas têm cinco vezes mais chances de desenvolver o mesmo
transtorno. Sabemos que todo transtorno mental tem causas biológicas, psíquicas
e sociais. Uma criança filha de psicopata, que sofreu abuso e violência, tem ainda
mais chances de desenvolver o transtorno. Um jovem pode desde cedo começar a
demonstrar os primeiros sinais de que há algo errado. Por volta dos 15 anos pode
apresentar os primeiros sinais de transtorno de conduta e se não tratado, pode
evoluir para a psicopatia.

Comunicação On-line: Como é o relacionamento social do psicopata? Ele
consegue ter uma vida social, com amigos, trabalho e estrutura como outra
pessoa qualquer?
Araujo: O relacionamento social de um psicopata é movido por interesses. O
problema é que na maioria das vezes é uma via de mão única: as vantagens são
almejadas apenas para benefício próprio. Nem que para isso seja necessário
passar por cima de quem estiver em seu caminho, causando sérios problemas
para quem o cerca.
É importante ressaltar que os prejuízos monetários, morais, físicos e psíquicos que
as vítimas do psicopata sofrem são incalculáveis. No trabalho, o processo é o
mesmo. A vida laboral do psicopata é repleta de desmandos, crises com superiores
e intrigas. Para os que convivem com um psicopata, principalmente familiares, a
relação é sempre difícil e conturbada. Os familiares percebem que algo está
errado, mas para o psicopata está tudo na mais perfeita ordem.

Comunicação On-line: Aos olhos da maioria da população, as atitudes dessas
pessoas são reprováveis. O psicopata tem consciência de que aquilo que ele faz é
errado?
Araujo: Esse é um ponto importante. O psicopata sabe exatamente o que faz
inclusive que tais atos são ilegais ou imorais. Ele tem ciência de que pode ser pego
pela polícia e levado à justiça. Sendo assim, o psicopata calcula meticulosamente
os seus passos. Um estelionatário ardiloso, por exemplo, planeja cada passo, cada
detalhe para que seu plano tenha êxito e para que nada seja descoberto antes do
tempo. Tudo o que o psicopata faz é normal e natural, para ele mesmo, é claro. Por
não sofrer de remorso ou culpa, comete os piores crimes e atrocidades sem
pestanejar.
Comunicação On-line: Assim como outros distúrbios da mente, a psicopatia
tem algum tratamento?
Araujo: Para praticamente todos os casos, o tratamento tem pouco ou nenhum
efeito. É preciso entender que a maneira de ser do psicopata é algo ruim para
nós, mas para eles é algo perfeitamente normal e aceitável. Ainda não soube
de nenhum caso de um psicopata estelionatário que passe por uma crise
existencial e procure um tratamento. No psicopata grave então, nem se fala. As
tentativas de intervenção, para estes casos graves, se dão no meio carcerário.
Infelizmente, tais intervenções, são complicadas e conturbadas. Adoraria dizer
o contrario, mas ainda não há cura para a psicopatia, e o tratamento se dá
visando a redução de danos. Ou seja, é uma tentativa de tratamento que tem
como objetivo diminuir os efeitos e os prejuízos sociais causados pelo
psicopata.
O alarde com que a mídia trata os casos de delitos, crimes e atrocidades
cometidos por pessoas intensamente perturbadas demonstra o quanto todos nós
somos suscetíveis a tal tipo de estímulos que passa centralizar a preocupação das
pessoas em geral.
           Em 2008 tivemos vários personagens, com transtorno de personalidade
anti-social, envolvidos com a mídia nacional, entre os quais se destacaram pela
intensa cobertura jornalística o auxiliar de enfermagem Edson, que segundo a
polícia do Rio de Janeiro teria matado mais de 100 doentes terminais em um
hospital público do Rio, e o autodenominado "motoboy do sul", responsável pela
morte de cerca de 7 pessoas na praia do Cassino, RS.
           Ambos fazem parte de um grupo de pessoas severamente transtornadas
que atingem a cerca de 2 a 3% da população adulta predominantemente
masculina, sendo que são mais comumente encontradas em áreas metropolitanas
pobres e com baixa escolaridade por abandono precoce da escola. Há uma
tendência para uma mobilidade social descendente na vida dos indivíduos anti-
sociais, que tendem a ganhar e perder dinheiro de maneira cada vez mais cíclica,
até finalmente estarem "exauridos" na meia-idade, o que muitas vezes é agregado
a alcoolismo e droga com a conseqüente debilitação severa.
A cada vez que surge uma situação como a destes personagens, há um
questionamento intenso se poderia ser considerado "gente" alguém que atuasse
dessa forma. O que se observa é que nos personagens envolvidos há uma repetição
de funcionamento com as particularidades próprias individuais.
           Os "psicopatas", "sociopatas", "transtornados de caráter" ou
"personalidade anti-social", ou o nome que se busque para identificar um
funcionamento pessoal extremamente perturbado, caracterizam-se por serem
pessoas que mentem, trapaceiam, roubam, ameaçam, matam e atuam de várias
formas enganosas e irresponsáveis. São de muito difícil manejo familiar, social,
ocupacional e, quando chegam a profissionais da área de saúde mental, igualmente
repetem-se as dificuldades de tratamento, tanto é que alguns desses profissionais
preferem simplesmente encará-los como criminosos e não incluí-los na jurisdição da
psiquiatria. Ou seja, seriam intratáveis. Por outro lado, trabalhos clínicos apontam
que a rubrica anti-social aplica-se a um amplo espectro de pacientes, o que indicaria
que alguns diante de certas condições poderiam beneficiar-se de tratamento.
           Os instrumentos diagnósticos em psiquiatria buscam uma série de
características e sintomas dos indivíduos para se estabelecer a diagnose dos
transtornos mentais, entre os quais o de transtorno anti-social. Se tem uma série de
elementos para definir o diagnóstico, entretanto salientarei os quesitos básicos que
são: a ausência de culpa e o fraco juízo crítico bem, como a incapacidade de aprender
a partir da experiência.
No caso do auxiliar de enfermagem Edson, por exemplo, isto fica bem
palpável quando ele diz: "não me arrependo, não". A maioria das pessoas fica
horrorizada da frieza da expressão e comunicação dessas, porque na psique da
maioria gera fenômenos psicológicos como o da culpa, que diante de um ato desta
ordem poderia nos "matar" de remorsos. Todos nós carregamos "culpas" de maior
ou menor intensidade no transcorrer de nossas vidas , e passamos buscando
estratégias de reparação para alívio deste peso emocional. Já os sociopatas não
apresentam tal dialética interna e portanto passam agindo. É o caso do "motoboy
do sul" que chegou a manifestar que o seu objetivo era superar, em números de
mortes, o "maníaco do parque" (referindo-se a outro personagem da mesma
estirpe).
          O questionamento básico é quanto a notoriedade passageira e
assegurada pelas capas de revista, pelas matérias extensas nos diversos veículos de
comunicação possa vir a estimular pessoas despreparadas para o convívio social, a
ponto de se sintirem invadidas por uma compulsão incontrolável e serem levadas a
repetir ou superar "proezas" de sociopatas da vez.
Fazendo-se uma analogia breve, colocaria que, assim como temos
ídolos saudáveis ( como o nosso tenista Gustavo Kürten), que estimula os jovens
a buscarem aprimoramentos para ter uma notoriedade e reconhecimento, há
pessoas perturbadas e portanto frágeis no seu funcionamento mental global
que podem sentir-se influenciadas por tal explosão de estímulos vinculados ao
bombardeio massivo a que nos vemos invadidos quando da descoberta de tais
crimes.
          Evidentemente que os sociopatas estão presentes em nossa
sociedade, quer tenham divulgação na mídia ou não. Mas há uma tendência de
complicações e repetições mais seguidas destes distúrbios comportamentais
quando do estímulo mídia.
Um assassino em série (também conhecido pelo nome em inglês,
serial killer) é um tipo de criminoso de perfil psicopatológico que comete crimes
com uma certa frequência, geralmente seguindo um modus operandi e às vezes
deixando sua "assinatura", como por exemplo coleta da pele das vítimas - no
caso de Ed Gein. Curiosamente, os Estados Unidos, com menos de 5% da
população mundial, produziu 84% de todos os casos conhecidos de serial killers
desde 1980.
            Muitos dos que foram capturados aparentavam ser cidadãos
respeitáveis - atraentes, bem sucedidos, membros ativos da comunidade - até
que seus crimes foram descobertos. Geralmente os serial killers demonstram
três comportamentos durante a infância, conhecidos como a "Tríade
MacDonald": fazem xixi na cama, causam incêndios, e são cruéis com animais.
            A melhor definição de assassinato serial foi publicada pelo Instituto
Nacional de Justiça em 1988: "Uma série de dois ou mais assassinatos
cometidos como eventos separados, normalmente, mas nem sempre, por um
infrator atuando isolado. Os crimes podem ocorrer durante um período de
tempo que varia desde horas até anos.
Quase sempre o motivo é psicológico, e o comportamento do
infrator e a evidência física observada nas cenas dos crimes refletiram
nuanças sádicas e sexuais".
           Existem basicamente dois tipos de serial killers: os do "tipo
organizado", sujeitos que normalmente exibem inteligência normal e
conseguem se inserir bem à sociedade, são muito mais difíceis de serem
pegos, visto que planejam seus crimes, não costumam deixar provas e podem
ter uma vida aparentemente normal com esposa/marido, filhos e emprego,
muitas vezes de alto nível, podem chegar mesmo a concluir nível superior. Já
os "tipo desorganizados", são impulsivos, não planejam seus atos, costumam
usar objetos que encontram no local do crime e muitas vezes os deixam para
trás deixando muitas provas.
           Outra classificação é a proposta por Blackburn (1998) que
desenvolveu uma tipologia para os subtipos de psicopatas, inclusive
considerando o aspecto Anti-social como se tratasse de um dos sintomas
possíveis de estar presente em certos casos. Inicialmente ele fez uma
distinção entre dois tipos de psicopatas e ambos compartilhando um alto
grau de impulsividade: um Tipo Primário, caracterizado por uma adequada
socialização e uma total falta de perturbações emocionais, e um Tipo
Secundário, caracterizado pelo isolamento social e traços neuróticos.
Matador de Massa: Mata quatro ou mais vítimas em um só local, num só evento.
Em geral, sua explosão de violência é dirigida para o grupo que supostamente o
oprimiu, ameaçou ou rejeitou.

Serial killer: são indivíduos que cometem uma série de homicídios com um intervalo
entre eles, durante meses ou anos, até que seja preso ou morto. As vítimas têm o
mesmo perfil (prostitutas, mochileiros, crianças, idosos) e mesma faixa etária, sexo,
raça etc. As vítimas são escolhidas ao acaso dentro deste perfil e mortas sem razão
aparente; ela é objeto da fantasia do serial killer.

Spree Killer: (Matador Impulsivo) As vítimas dele estão no lugar errado, na hora
errada. O criminoso mata várias pessoas num período de horas, dias ou semanas, e
não passa por fases e se acalma até precisar matar novamente. Ele pode parar de
matar tão rápido quanto começou.
- Os EUA têm 76% dos serial killers, entre mundo todo.
- Europa em segundo lugar, tem 17%. Inglaterra produziu 28% do total Europeu,
a Alemanha produz 27%, e a França produz 13%.
- Califórnia lidera os EUA com mais casos de homicídios em série que ocorreram.
- Texas, Nova York, Illinois e Flórida seguem logo atrás.
- Maine tem a menor ocorrência de assassinatos em série – nenhum.
- Havaí, Montana, Dakota do Norte, Delaware, e Vermont cada um tem apenas
um caso de assassinatos em série.
- 84% dos assassinos americanos são caucasianos (brancos).
- 16% são negros.
- 93% dos serial killers são homens.
- 65% das vítimas são do sexo feminino.
- 89% das vítimas são caucasianas (brancos).
- 44% de todos os assassinos começam na casa dos vinte.
- 26% no início da adolescência.
- 90% dos serial killers têm idade entre 18 e 39 anos
- 24% começam na casa dos trinta.
- De todos os assassinos, 86% são heterossexuais.
A polícia precisou de 14 anos para resolver os misteriosos assassinatos que o
último maníaco da Rússia tramava em sua cabeça enferma. Quando policiais invadiram
o apartamento deteriorado em que Alexander Pichushkin vivia com a mãe, em
Moscou, no ano passado, as coisas logo se tornaram claras. A polícia encontrou um
tabuleiro de xadrez no qual Pichushkin, 33 anos, havia inscrito um número para cada
vítima.
           Esta semana, teve início o julgamento no qual ele é acusado de 49
assassinatos, ainda que o total que lhe é atribuído seja de 62. Ao que parece, o último
maníaco da Rússia tinha dois objetivos. O primeiro era tirar a vida de 64 pessoas,
tantas quanto as casas de um tabuleiro de xadrez, como ele mesmo disse. O segundo
era competir com o assassino serial mais famoso do país, Andrei Chikatilo, que em 12
anos matou 52 crianças e mulheres jovens.
           A polícia presume que Pichushkin tenha matado a maioria de suas vítimas
com golpes de martelo ou garrafas de vodca contra a cabeça. Esta última técnica foi
utilizada contra os moradores de rua que ele atraía ao parque Bittsa sob o pretexto de
lhes oferecer um trago. "Para mim, uma vida sem assassinato é como uma vida sem
comida", ele declarou em confissão diante de câmeras de TV.
"Sinto-me como um pai para essas pessoas, pois fui eu quem lhes abriu as
portas para o outro mundo". Na saída do primeiro dia de julgamento, segunda-feira,
os jornalistas perguntaram por que ele havia cometido os crimes, e a resposta foi
lacônica, sem emoção; "Era assim que eu me sentia".
           Pichushkin não foi capaz de concluir seu plano macabro porque a última
de suas vítimas intuiu a cilada. O assassinato do tabuleiro trabalhava como vendedor
em uma loja de alimentos, e um dia convidou uma colega de trabalho para um
passeio no parque. Foi em 5 de junho de 2006. Ela deixou um bilhete ao filho
explicando aonde pretendia ir, e em companhia de quem. A polícia encontrou o
papel e, 10 dias mais tarde, deteve Pichushkin.
           Ainda que inicialmente ele negasse os indícios, terminou confessando
depois que policiais mostraram uma gravação de câmeras de segurança do metrô
que o mostrava em companhia da mais recente vítima. Alexander Pichushkin não
parece humano, e sim um maníaco de cinema. Não lhe custou muito começar a
revelar todos os seus crimes, e até vangloriar-se deles. Em 2005, quando a cidade
viveu um pânico devido às suas numerosas ações, a polícia deteve um homem
erroneamente.
Pichushkin assassinou duas pessoas na mesma semana, para
demonstrar que não haviam conseguido detê-lo. Acompanhava com atenção o
que a imprensa publicava sobre seus crimes, e se irritava muito quando detalhes
que considerava essenciais estavam ausentes dos relatos. De acordo com o
suposto maníaco, seu truculento torneio de xadrez começou em 1992, com o
assassinato de um colega da escola onde estudava.

          A polícia o interrogou, então, mas não foram movidas acusações contra
ele. Aquele foi exatamente o ano em que Chikatilo foi condenado. Depois dessa
primeira experiência, Pichushkin só voltou a atuar uma década mais tarde. Em
2005 e 2006, seus ataques se tornaram mais freqüentes, e talvez por isso tenha
saído derrotado.
Janeiro de 1977, este serial killer grego foi condenado por estuprar
e assassinar prostitutas e cortá-las com uma serra elétrica. Por seus crimes
foi condenado a 13 sentenças de perpétua.
         Também foi condenado por tentar matar outras 6 mulheres. Foi
chamado pela mídia de O ESTRIPADOR DE ATENAS, estuprava e
estrangulava suas vítimas, depois as cortava em pedaços e jogava suas
partes ao longo da estrada.
          Uma das testemunhas escapou depois de convencê-lo que não
era prostituta. Toda a Grécia acompanhou seu julgamento pela TV.
Enfermeira que sofre da Síndrome de Munchausen Modificada
(desejo de matar ou machucar para conseguir atenção), recebeu 13
penas de perpétua em 1993, depois de matar uma criança e atacar
outras 9. A investigação constatou vários incidentes de pacientes com
respiração por ventilação ou recebendo medicamento por soro (defeito
nas bombas) em vários hospitais em duas cidades.
          Está agora internada num hospital para doentes mentais de
alta periculosidade. Não é nada provável que saia dali, mas se isso
acontecer, pais das crianças juraram matá-la.
Um devoto mórmon, Bishop gostava de passar muito tempo com
crianças. Depois de ser processado por apropriação em Utah, mudou de
nome e desapareceu. Como Roger Downs, participou do Big Brother
América e ia acampar com crianças. Molestava e matava.
         Quando a policia o levou para um interrogatório de rotina, ele
confessou seus crimes e admitiu ter molestado inúmeras crianças, e
acariciava-as depois de mortas.
         A moda mórmon, ele declarou que estava feliz por ser pego,
porque só assim não faria outra vez. Morreu por injeção letal em junho
98.
Serial killer húngaro, suas façanhas foram imortalizadas pelo poeta
surrealista Antonin Artaud. Em 1912, depois de mudar-se com sua esposa para a
vila de Czinkota, ela começou a ter um caso. Logo os amantes sumiram e Bela
contou aos vizinhos que eles fugiram. Logo depois, adquiriu 55 barris de metal.
Falou para a polícia local que iria estocar gasolina por causa da iminente guerra.
           Em 1914, foi recrutado pelo exército e mandado para o campo de
batalha. Morreu na guerra. Quando soldados passaram pela cidade à procura de
gasolina, alguém lembrou dos barris de Bela. Ao abrirem na certeza de encontrar
gasolina, encontraram 24 corpos preservados em álcool. Aparentemente, Bela
chamava a si próprio de Hoffman, colocava anúncios em jornais locais descrevendo
a si mesmo como solitário viúvo procurando companhia feminina. Garroteava
aquelas mulheres que respondiam ao anúncio, e as colocava nos barris. Os corpos
de sua mulher e do amante também foram encontrados ali.
           Ao investigarem sua morte, constataram no hospital que ele havia
trocado de identidade com algum soldado ferido gravemente, e escapara ileso da
guerra. Nunca foi encontrado, apesar de falsos alarmes de que teria sido visto em
Budapeste ou Nova Iorque.
Carl Panzram nasceu em 1891, nos Estados Unidos. Era filho de um
imigrante e tinha 6 irmãos. Quando tinha 7 anos, seu pai abandonou sua mãe.
Um ano depois, Carl Panzram entrou na vida criminal: aos 8 anos, já cometia
pequenos delitos.
          Aos 11 anos, Carl foi enviado para um reformatório, onde passou dois
anos, na companhia de cerca de outros 300 jovens. Lá, apanhou e foi
sodomizado várias vezes, inclusive por líderes religiosos. “Então eu comecei a
pensar que eu deveria ter a minha vingança tão logo e tão frequentemente eu
conseguisse machucar qualquer um”, disse Panzram, tempos depois. “Fui
ensinado pelos Cristãos a ser um hipócrita, e aprendi mais sobre roubar, mentir,
odiar, queimar e matar. E que um reto pode servir para outros propósitos.”
          Ao sair da instituição, com cerca de 14 anos, Panzram deixou um
dispositivo armado para incendiar o prédio.
          Já na rua, desenvolveu um comportamento piromaníaco (incendiário)
e fantasiava promover homicídios em massa. Sua relação com sua mãe foi se
deteriorando.
Na escola, um professor o agredia. Um dia, isso ainda aos 14 anos, Panzram
levou uma arma para a escola e queria matá-lo, mas começaram a brigar e
Panzram, dominado, acabou perdendo a arma. Poucos dias depois, Panzram
pegou um trem e “caiu no mundo”.
Panzram roubava, mendigava, dormia em qualquer lugar. Acabou sendo
violentado por quatro homens. Após outro crime, foi novamente para um
reformatório. Panzram tinha o linguajar de um criminoso nato e um policial
implicava com ele. Carl resolveu matá-lo. Cometeu o homicídio com um pedaço
de madeira, atingindo a cabeça do policial, pelas costas. Passou então a ser ainda
mais vigiado na instituição e resolveu fugir.

Comportamento incendiário
           Panzram fugiu com um colega. Adquiriram armas e “roubavam tudo o
que podiam”, inclusive igrejas, as quais Carl queimava depois – um de seus crimes
favoritos. “Eu amo tanto Jesus que quero crucificá-lo novamente.”, dizia Panzram.
           Logo a dupla se separou e Panzram começou a usar outros nomes.
           Em 1907, com 16 anos, Panzram mentiu sua idade e entrou no Exército.
Logo no primeiro dia, recebeu uma punição – a primeira de muitas que receberia
lá dentro. Acabou sendo pego roubando e foi condenado a três anos de serviços
forçados em uma penitenciária federal.
           Panzram tinha muita dificuldade em se adaptar a estes ambientes. As
regras na penitenciária eram rígidas e Carl vivia sendo punido. Tinha que carregar
uma bola de ferro presa ao pé, mesmo quando trabalhava quebrando pedras, 10
horas por dia, 7 dias por semana. Um dia, Panzram queimou uma parte da prisão,
mas não foi descoberto. Saiu de lá em 1910.
Foi preso mais algumas vezes, em alguns outros locais, por diversos
crimes – mas conseguia fugir. E mantinha o seu comportamento incendiário…

Ódio do mundo
          Sobre suas vítimas, Panzram disse que não era seletivo, “importava
apenas que fossem seres humanos”. Estuprou até mesmo um policial que
tentou extorqui-lo.
          Nunca desenvolveu um interesse maior por mulheres. Nas prisões,
por ter um porte avantajado e por suas características psíquicas dominadoras
e agressivas, acabava sodomizando os colegas.
          Em uma destas detenções, assim preencheu o campo “Profissão” na
sua ficha de admissão: “ladrão”. Apesar de punições cada vez maiores, seu
comportamento não mudava.
          Em uma ocasião, roubou a casa de William H. Taft, ex-presidente dos
EUA. Panzram arrecadou muito dinheiro com os objetos que vendeu e
comprou um iate. Entretanto, o revólver calibre 45 que achou na casa, este ele
não vendeu, passou a carregá-lo.
          E, como não poderia deixar de ser, enquanto andava com seu iate,
invadia alguns outros, vazios, e roubava o que lá encontrava.
Teve também a idéia de atrair marinheiros, oferecendo trabalho. Então, os
violentava, matava e jogava no mar. Ladrão, estuprador, sereal killer – esta era
a vida de Carl Panzram.
Em 1921, Panzram foi parar em Angola! Em 1922, já com 31 anos,
estuprou e matou brutalmente um garoto de 12 anos – esmagou sua cabeça
com uma pedra. “Eu não me arrependo. Minha consciência não me incomoda.
Eu durmo tranquilamente e tenho sonhos doces.”
          Carl Panzram dizia odiar a humanidade. Em uma ocasião matou seis
pessoas de uma só vez, sem motivo, e jogou os corpos aos crocodilos. Teve que
fugir porque muitas pessoas tinham visto ele com as vítimas.
          Panzram veio para Portugal, mas lá já era procurado. Voltou para os
EUA. Continuou a roubar, matar, fugir etc. Roubou outra embarcação. De um
comissário da polícia. Repintou o barco e mudou o nome da embarcação.
          Usando a arma que lá achou, matou mais uma pessoa – além de ter
sodomizado outra, que o denunciou. Foi preso pouco depois.
          Arranjou um advogado, dizendo a este que no seu barco havia muito
dinheiro e que lhe pagaria após sair da cadeia. Quando foi posto em liberdade,
desapareceu. O advogado foi tentar registrar o barco e descobriu que era
roubado.
          Carl continuou sua vida criminosa e, numa dessas prisões, disse muito
do seu passado, mas foi desacreditado. Porém, investigou-se e descobriu que
era verdade. Por sinal, Panzram ainda tentou receber uma recompensa
oferecida em outra localidade por sua captura…
Foi transferido para outra prisão, muito rígida. Em uma fuga alguns
meses depois, quebrou as pernas e foi pego. Algum tempo depois foi submetido a
uma cirurgia, onde acabaram por retirar-lhe um testículo. Além disso, ficou na
solitária por meses. Passava o tempo pensando em como matar o maior número
de pessoas. Inteirados 5 anos nesta prisão, em 1928 voltou às ruas.
           Nas primeiras duas semanas, já tinha matado um. Foi preso, mais uma
vez.

Carl Panzram conta sua história
           Na identificação criminal, notaram que Panzram tinha o peito tatuado
com um lema: “Liberdade e Justiça”. Pela primeira vez, Panzram deu seu nome
verdadeiro. Foi nesta prisão que teve contato com Henry Lesser, um guarda que se
interessaria por suas histórias. Lesser perguntou qual era o seu crime, e ele
respondeu: “O que eu faço é reformar as pessoas.”. E então começou a falar de
seu passado.
           Panzram aceitou escrever sua história para Henry Lesser. “Por que eu
sou o que sou? Eu te direi a razão. Eu não me fiz o que sou. Os outros é que me
fizeram.”
Nestes escritos, Panzram também dizia que o sistema penal só fazia piorar as
coisas. “A minha vida inteira eu tenho quebrado cada lei que já foi feita pelos
homens ou por Deus.
E se tivessem feito mais, eu as quebraria também.”
            Os processos pelos crimes anteriores começaram a andar, com suas
confissões. Feitas sem nenhum remorso, diga-se de passagem. Cerca de 20
homicídios. Um dos mais prolíficos assassinos em série já nascidos. Panzam
dizia que se fosse solto mataria outro tanto.
            Em um julgamento, ameaçou uma vítima que depunha, fazendo
gestos de esganar um pescoço: “É isto que acontecerá com você.”. Foi
condenado a vários anos de prisão e deveria voltar à prisão federal.
            Lá, avisou ao chegar: “Eu vou matar o primeiro homem que me
incomodar.”. Um guarda denunciou uma infração sua e Panzram foi para a
solitária. Ao sair, matou o guarda, na lavanderia da prisão. Outros presos
tentaram fugir da confusão, mas Panzram ainda quebrou o braço de um e
aterrorizou os outros. Voltou para a solitária, enquanto aguardava outro
julgamento.
            Panzram continuou a se corresponder com Lesser. E disse que estava
surpreso, porque agora ninguém encostava nele. “Cheguei à conclusão que se
desde o começo tivesse sido tratado como agora, então tantas pessoas não
teriam sido roubadas, estupradas e mortas.”

O julgamento de Carl Panzram
Em 1930, foi a julgamento pelo caso do guarda assassinado. Estava desafiador
e pouco cooperativo.
“Você tem um advogado?”, perguntou o juiz. “Não, e eu não quero um.”
          Durante o julgamento, Panzram foi avaliado por um psicólogo, Dr.
Menninger. “Eu quero ser enforcado e não quero nenhuma interferência sua ou de
tipos como você. Eu sei tudo sobre o mundo e sobre a natureza diabólica do
homem, e não quero bancar o hipócrita. Estou orgulhoso de ter matado alguns e
arrependo-me de não ter matado mais.” Menninger tentou fazer Carl falar sobre
sua vida, mas o assassino foi ficando furioso. “Estou dizendo que sou responsável e
culpado, e quanto mais rápido me enforcarem melhor será e mais contente ficarei.
Então não tente interferir nisso!”
          Menninger, em suas análises, culpou o reformatório e as prisões por tudo
o que aconteceu. E relatou: “Eu nunca vi um indivíduo cujos impulsos destrutivos
eram tão completamente aceitos pelo seu ego consciente como Panzram.”.
Panzram foi condenado a morrer em setembro do mesmo ano. Ouviu a sentença
com um leve sorriso.
          “Eu certamente quero agradecê-lo, juiz, apenas me deixe colocar as mãos
em volta do seu pescoço por 60 segundos e você nunca mais sentará como juiz em
um tribunal.” Foi retirado da sala rindo.
Uma associação contra a pena de morte tentou reverter o
quadro, mas isso enfureceu Panzram. “Eu não quero consertar a mim
mesmo! Meu único desejo é consertar as pessoas que tentaram me
consertar, e eu acho que o único meio de reformar as pessoas é
matando-as.”
          Panzram escreveu uma carta ao presidente dos estados
Unidos dizendo que não queria outro julgamento, e que estava
plenamente satisfeito com aquele e com a pena. “Eu me recuso
absolutamente a aceitar um perdão ou uma mudança na pena.”
          Panzram permaneceu acordado na noite anterior à execução,
andando pela cela e cantando uma curta canção pornográfica que ele
mesmo compôs.
Em julho 99, um faz-tudo num motel recreacional nudista Stayner
confessou ter matado as três viajantes do parque Yosemite, Carole Sund, sua
filha Juli e uma amiga Silvina Pelosso, cujos corpos foram encontrados este
ano??? Stayner falou detalhes sobre o crime que só a policia conhecia. Stayner,
que já confessou ter decapitado a naturalista Joie Ruth Armstriong, tinha sido
questionado meses antes sobre a morte dos visitantes do parque,, mas não foi
considerado suspeito. Também é suspeito de ter matado seu tio Jesse, que
morreu de um ferimento de tiro e as autoridades na época pensaram ter sido
vitima de assalto.
            Ficou conhecido na mídia como o Serial Killer de Yosemite. Numa
entrevista para a TV, diz que sonhou em matar mulheres durante 30 anos.
Também revelou não ter abusado sexualmente de nenhuma de suas vítimas.
Stayner disse que estrangulou Pelosso, 16, e Carole, 42, na sua cabine alugada
no Albergue Cedar, em El Portal. Levou então Juli para o lago, onde matou a
garota de 15 anos na manhã seguinte. Sua cabeça estava quase separada do
corpo. Para encobrir seus rastros, Stayner molhou as toalhas do motel para
parecer que suas vítimas haviam tomado banho e saído pela manha sem
nenhum incidente. Stayner carregava um romance sobre um serial killer
enlouquecido na mochila quando matou a naturalista Joie.
Também carregava uma harmônica, arma, cerveja. Dizendo que
precisava consertar uma goteira, conseguiu entrar no quarto das mulheres, que
assistiam um vídeo. Saiu do banheiro carregando uma pistola .22 e ordenou
que Carole e as duas meninas ficassem de bruços nas camas. Depois de
amarrar suas mãos com fita isolante, amordaçou-as e ordenou que as garotas
fossem para o banheiro. Estrangulou Carole com uma corda que trouxe com
ele. Colocou o corpo no porta malas do carro alugado por elas, voltou e
ordenou que as duas garotas fizessem uma performance para ele de atos
sexuais. Silvia resistiu, portanto foi estrangulada no banheiro, fora das vistas de
Juli e então atacou Juli. Horas depois levou-a para o quarto ao lado e começou
a se livrar de evidências. Colocou o corpo também no porta malas e saiu com
Juli, deixando o quarto completamente arrumado. Mais tarde, enrolou Juli nua
numa manta do motel e saiu de carro com ela amarrada no banco do
passageiro. Dirigiu até o Lago Dom Pedro e levou Juli por uma antiga trilha até
uma clareira, onde ficou admirando a água. Depois, retalhou sua garganta
inúmeras vezes enquanto ela implorava para que a matasse com um tiro, mas
não havia mais balas. Depois de esconder seu corpo num bosque cerrado ele
guiou o mais longe que pode dentro da floresta. Dois dias depois, voltou e
queimou seu carro. Jogou a carteira de Carole o mais longe que pode, para
despistar a polícia, na cidade de Modesto. Em outubro 99 foi acusado de 3
assassinatos em especial circunstância. Foi condenado à morte. O hotel no
parque Yosemite também está sendo processado, por não prover segurança
para quem ali se hospeda.
Quando, em 1970, Charles Willis Manson apareceu, no início de um
julgamento, com um “x” na testa, feito à faca por ele mesmo, ele explicou ao grande
número de jornalistas presentes que estava se “xizando” do mundo, que estava
“saindo fora”. Na verdade, naquele dia ele só estava oficializando isto. Charles
Manson, desde criança, já vivia fora deste mundo de regras e leis. Charles Manson
começou a ficar famoso no final do ano anterior, quando foi descoberto o
envolvimento de sua “Família” em brutais assassinatos, acontecidos poucos meses
antes.
           A Manson Family era formada por Charles Manson e um grupo de
seguidores seus. Viviam, à época, em um rancho, nos Estados Unidos. Sobreviviam
especialmente de atividades criminosas, como furtos. Naquele tempo era comum a
existência de comunidades parecidas a esta. Lembremos que foi o ano do Festival de
Woodstock.
           O Festival de Woodstock foi o auge do movimento “paz e amor”: sexo
livre, lama (duas tempestades durante o evento), drogas (LSD e maconha,
principalmente)… E, claro, muito rock and roll. Cerca de 500 mil pessoas viram
performances hoje históricas de Santana, The Who, Jimi Hendrix, Janis Joplin, entre
muitos outros artistas.
Um ano antes, o mundo havia sido sacudido pelas revoluções não-armadas,
comandadas pelos jovens e por trabalhadores, ocorridas em vários países.
O chamado “Maio de 68″, em Paris, foi o ponto mais alto desta história.
Pedia-se mais liberdade, menos leis, menos regras. “É proibido proibir” foi um dos
slogans do movimento.
           Por tudo isto, a comunidade de Manson não chamava tanto a atenção. De
fato, o seu envolvimento com as mortes foi descoberto um pouco por acaso. Em uma
batida policial ao rancho, vários integrantes foram presos, por acusações de crimes
mais leves. Mas, dentro da cadeia, uma das “garotas de Manson”, Susan Atkins,
acabou por falar a uma colega de cela que ela mesma havia matado a atriz Sharon
Tate, que estava grávida de oito meses quando morreu. Assustada com os detalhes
que ouviu, esta colega de cela fez chegar às autoridades toda a história. E o novelo
começou a ser desenrolado…

Infância e adolescência de Charles Manson
          Charles Manson nasceu em 1943. Foi gerado por uma gravidez não
desejada de uma garota de 16 anos, que havia saído de casa um ano antes, bebia
muito e era promíscua, apesar de (ou por causa de?) uma criação religiosa bastante
rígida.
          Seu pai verdadeiro, Charles nunca conheceu. Herdou o sobrenome
“Manson” de um homem com quem a mãe se juntou, relacionamento que durou
pouco tempo.
Às vezes sua mãe sumia por dias, e o pequeno Charles Manson ficava aos cuidados
da avó.
A mãe acabou sendo presa, com um irmão, por roubo armado a um posto
de gasolina, e Charles foi parar nas mãos de tios, também bastante conservadores.
          O tio reprimia Charles, dizia que ele era afeminado – e, para “consertá-lo”,
enviou-o vestido de menina no primeiro dia de aula.
          Quando a mãe foi solta, continuou com sua vida anterior: casos amorosos
fugazes, pulando de casa em casa, de cama em cama – supostamente, envolvia-se
também com mulheres. Charles Manson conta que sua mãe chegou a vendê-lo em
um bar, em troca de apenas uma caneca de cerveja, e teve de ser resgatado por um
parente.
          Ainda criança, Charles Manson começou a furtar, continuamente. Foi
mandado para um reformatório, mas ao sair continuou com os delitos. Por volta dos
12, procurou a mãe, que o rejeitou mais uma vez. Outras vezes preso, foi parar em
outras instituições. Muitas vezes fugia. Chegou a passar por avaliações psiquiátricas –
numa destas, postulou-se que por trás de suas mentiras e frieza estava um garoto
extremamente sensível que não havia recebido amor suficiente. Avaliou-se o seu QI,
e era acima da média.
          Poucos dias antes de ser ouvido para receber uma condicional, em uma
destas detenções, Charles Manson sodomizou um garoto, apontando uma faca contra
o pescoço do rapaz. Tinha já 17 anos. Charles relata que, nestas instituições penais
pelas quais passou, já tinha sido vítima anteriormente de abusos sexuais – sendo que
em uma ocasião um guarda incitou os outros garotos a violentá-lo, enquanto
permaneceu masturbando-se, ao lado da cena.
Charles Manson foi então mandado para uma instituição mais segura. Não
adiantou muito: lá, abusou de outros homens.
A vida na prisão
          Já em outra prisão, aparentemente mudou de comportamento,
subitamente: dedicou-se mais a aprender (finalmente foi alfabetizado) e estava mais
colaborativo. Aos 19 pôde sair. No ano seguinte, casou e teve um filho, Manson Jr..
Enquanto isto, trabalhava em serviços de baixa especialização, pelos quais recebia
pouco.
          Então, para completar sua renda, roubava carros…
          Foi parar novamente na prisão. Nisto, sua esposa o largou. Três anos depois,
ele saiu da cadeia. Virou “cafetão”, explorando prostitutas. E, claro, ainda era ladrão.
Ano seguinte, pego novamente, mas escapou com a ajuda de uma mulher que mentiu
estar grávida dele. Mas após dar um golpe financeiro em uma mulher e drogar e
estuprar a colega de quarto desta, foi preso. Estava com 26 anos e foi condenado a
vários anos de prisão.
          Descreve-se que, nesta época, Charles tinha grande necessidade de chamar
a atenção para si mesmo. Era manipulador. Falava de filosofias pouco conhecidas na
época, como o Budismo e a Cientologia.
          Outra obsessão era o quarteto de Liverpool, “The Beatles”. Charles Manson
tinha um violão e acreditava que, tendo oportunidade, seria mais famoso que os
Beatles. Passava boa parte do tempo na prisão escrevendo músicas.
Aos 32, podendo finalmente ser libertado, quis recusar. Tinha passado
mais da metade da sua vida em instituições e disse que não saberia viver lá fora.
Estávamos em 1966.

Família Manson
          Charles Manson foi obrigado a sair da prisão. Na rua, teve contato com
hippies e começou a arregimentar seguidores. Muitos eram meninas bem jovens
e emocionalmente perturbadas. Além disso, Manson usava de drogas como o LSD
para influenciá-las. Nascia a “Família Manson”.
          O já “guru” Charles Manson pregava o abandono das prisões mentais
engendradas pelo capitalismo. Consta que a Família acabou por se aproximar das
“ciências ocultas”, como a “Ordem Circe do Cachorro Sanguinário” (!).
          O grupo acabou conhecendo Dennis Wilson, da banda Beach Boys,
muito famosa à época. Tentaram explorá-lo, mas ele logo se livrou de Manson.
          Em 68, a Família Manson foi parar no rancho onde se estabeleceriam
em definitivo, o “Rancho Spahn”. Eles sobreviviam não só de roubar, mas também
de outras atitudes pouco convencionais, como procurar comida em restos de
restaurantes. Charles Manson ainda tentava gravar um filme ou um disco. Um
produtor, chamado Melcher, recusou o que na cabeça de Manson seria um fato
consumado: a gravação e lançamento de seu disco.
Helter Skelter
           Em suas teorizações, Charles dizia acreditar que em breve aconteceria
uma grande guerra racial, onde os negros venceriam, mas ficariam desnorteados,
porque eram incapazes de dominar. Neste ano, os Beatles lançaram o que ficou
conhecido como “Álbum Branco”, onde uma música chamada “Helter-skelter” dizia
“Olhe lá fora a ‘helter-skelter’, ela está chegando rapidamente”. Então, tudo ficou
claro na cabeça de Manson…
           A guerra, pensava Manson, deveria começar com o acontecimento de
crimes que deixassem os brancos realmente enfurecidos contra os negros. Charles
e sua Família escapariam escondendo-se no deserto. Charles havia entendido, ao
ler um livro religioso, que no deserto havia uma entrada para uma cidade de ouro.
Após o fim da guerra racial, a Família Manson retornaria e assumiria o comando da
situação. Charles era o “quinto anjo”. Os outros quatro? John, Paul, George e Ringo:
os Beatles…
           Como os negros não iniciaram a guerra na data que Charles achou que
começariam, ele percebeu que teria que ensinar a eles o que fazer…

Sharon Tate
Madrugada de 9 de agosto de 69. Hollywood. A bela atriz Sharon Tate está grávida
de 8 meses. Seu marido é o diretor de cinema Roman Polanski, que já era
conhecido e está em viagem na Europa.
Na casa do casal, Sharon Tate recebe três amigos – uma residência isolada
da cidade, e com vizinhos distantes.
          Os quatro são assassinados esta noite, por integrantes da Família Manson
(Charles não participou, só ordenou)– aliás, os cinco: o garoto na barriga de Sharon
Tate também morreu. Também foi assassinada outra pessoa que não estava com eles
na casa, estava por perto apenas procurando pelo caseiro.
          Tiros, golpes com objetos, enforcamentos e muitas facadas. Na parede,
escreveram “PIG” (porco), com o sangue das vítimas.
Sharon e seus amigos morreram, podemos dizer, “por azar”. Dias antes, Charles
Manson havia ido a casa à procura daquele produtor musical, Melcher, mas ele havia
se mudado. Foi então que viu Tate lá e pensou que seria uma ótima vítima.
          Na noite seguinte a este crime, o rico casal LaBianca foi assassinado quase
da mesma maneira. Charles entrou na casa, dominou o casal, amarrou-os e saiu,
chamando os outros membros para terminarem o serviço. Segundo afirmou Charles
“Tex” Watson, um dos criminosos, Charles havia ordenado: “Matem estas pessoas da
maneira mais cruel possível!”.
          Na parede, com sangue, escreveram “WAR” (guerra). Na geladeira,
“HEALTER SKELTER” (involuntariamente, a expressão foi escrita erroneamente).
          A guerra iria começar…
          O cartão de crédito roubado da senhora LaBianca foi deixado em um
estabelecimento comercial – era para ser achado por um negro, que seria então
preso e acusado dos assassinatos (o tal cartão nunca foi usado…).
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Tudo+sobre+a+psicologia+forense 1

  • 1. • O QUE É? • PSICÓLOGO FORENSE • PSICOLOGIA JURÍDICA • PSICOLOGIA CRIMINAL
  • 2. A Psicologia forense consiste na aplicação dos conhecimentos psicológicos ao serviço do direito. Dedica-se à protecção da sociedade e à defesa dos direitos do cidadão, através da perspectiva psicológica. Dedica-se ao estudo do comportamento criminoso. Clinicamente, tenta construir o percurso de vida do indivíduo criminoso e todos os processos psicológicos que o possam ter conduzido à criminalidade, tentando descobrir a raiz do problema, uma vez que só assim se pode partir à descoberta da solução. Descobrindo as causas das desordens tanto mentais como comportamentais (criminosas, neste caso), também se pode determinar uma pena justa, tendo em conta que estes casos são muito particulares e assim devem ser tratados em Tribunal. Esta ciência nasceu da necessidade de legislação apropriada para os casos dos indivíduos considerados doentes mentais e que tenham cometido actos criminosos, pequenos ou graves delitos. A doença mental tem de ser encarada a partir de uma perspectiva clínica mas também do ponto de vista jurídico. A psicologia forense realiza estudos psicológicos de alguns dos tipos mais comuns de delinquentes e dos criminosos em geral, como por exemplo, dos psicopatas que ficaram na história.
  • 3. De facto, a investigação psicológica desta área da psicologia apresenta, sobretudo, trabalhos sobre homicídios e crimes sexuais, talvez devido à sua índole grave e fascinante. A Psicologia Forense tem se dividido em outros ramos de estudo, de acordo com as matérias a que se referirem. O primeiro ramo da psicologia Forense a surgir foi a psicologia criminal, pois realiza estudos psicológicos de alguns dos tipos mais comuns de delinquentes e criminosos em geral, como, por exemplo, os psicopatas. De facto, a investigação psicológica desta sub área apresenta, sobretudo, trabalhos sobre homicídios e crimes sexuais, talvez devido à sua índole grave. Um dos ramos principiais que posteriormente surgiu foi a psicologia jurídica. Este ramo da Psicologia dedica-se às situações que se apresentam sobretudo nos tribunais e que envolvem o contexto das leis.
  • 4. Um psicólogo formado nesta área tem que dominar os conhecimentos que dizem respeito à psicologia em si, mas também tem que dominar os conhecimentos referentes às leis civis e às leis criminais. Deve ser um bom clínico e possuir um conhecimento pormenorizado da psicopatologia. Podem- se encontrar peritos nesta área em instituições hospitalares, especialmente do tipo psiquiátrico.
  • 5.
  • 6. A psicologia jurídica, é uma vertente de estudo da Psicologia, consistente na aplicação dos conhecimentos psicológicos aos assuntos relacionados ao Direito, principalmente quanto à saúde mental, quanto aos estudos sócio-jurídicos dos crimes e quanto a personalidade da Pessoa Natural e seus embates subjectivos. Este ramo da Psicologia dedica-se às situações que se apresentam sobretudo nos tribunais e que envolvem o contexto das leis. Desse modo, na Psicologia Jurídica, são tratados todos os casos psicológicos que podem surgir em contexto de tribunal. Dedica-se, por exemplo, ao estudo do comportamento criminoso, ao estudo das doenças envolventes de situações familiares e de separação civil. Clinicamente, tenta construir o percurso de vida dos indivíduos no dia-a-dia na sociedade em constantes relações jurídicas e todos os processos psicológicos que possam conduzido à doenças do Consumidor, de estrutura familiar e do Trabalho. O Psicólogo Forense, assim, tenta descobrir a raiz do problema, uma vez que só assim se pode partir à descoberta da solução. Descobrindo as causas das desordens, sejam elas mentais e/ou comportamentais, também se pode determinar um processo justo, tendo em conta que estes casos são muito particulares e assim devem ser tratados em tribunal.
  • 7. > Avaliação de psicodiagnóstico > Assessoramento como perito a órgãos judiciais > Intervenção:planejamento e realização de programas de prevenção, tratamento, reabilitação e Integração ao meio social > Planejamento de campanhas de combate à criminalidade > Vitimologia:pesquisa e atendimento às vítimas de violência > Mediação:alternativas à via judicial
  • 8.
  • 9. É um ramo da psicologia forense que trata de analisar racionalmente e empiricamente o comportamento criminoso. Para isso podem ser usados estudos psicológicos de personalidade, da estrutura mental e de outras características que podem vir a ser psicopatológicas e suas relações com o direito penal. A psicologia criminal explora a variabilidade das condutas criminosas, variáveis preditoras, variáveis causais/funcionais e a correlação entre crimes, criminosos e as variáveis significativas envolvidas. Também estuda o desenvolvimento do criminoso do ponto de vista psicodinâmico, social e sistêmico.
  • 10. Uma de suas áreas de estudo são sobre desejos, pensamentos, intenções e reações dos criminosos. Ela está relacionada com a área da antropologia criminal. O estudo penetra profundamente na pergunta "o quê faz alguém cometer um crime", mas também nas reações pós- crime, na fuga ou no tribunal. Esta ciência tem relações com a psicanálise, em especial a psicanálise forense e com a sexologia forense, traçando as causas psíquicas que levam certos indíduos à sexualidade doentia. Psicólogos criminalistas são frequentemente chamados como testemunhas em processos judiciais para ajudar o júri a compreender a mente do criminoso. Alguns tipos de psiquiatria também lidam com os aspectos do comportamento criminoso.
  • 11.
  • 12. Um criminoso é um indivíduo que viola uma norma penal, sem justificação e de forma reprovável.Aos criminosos condenados e submetidos a um devido processo legal aplica-se uma sanção criminal, uma pena (privativa de liberdade, restritiva de direitos, multa).A punição aplicada a um criminoso pode ser de caráter corretivo, com a intenção de reeducar o indivíduo para que não volte a cometer delito, ou de caráter exemplar, com a intenção de desincentivar outras pessoas a cometerem atos semelhantes.Aquele que ajuda um criminoso a cometer um crime é considerado também um criminoso, partícipe ou co-autor, enquanto aquele que por omissão permite que um crime aconteça quando poderia ou deveria ter impedido geralmente é considerado cúmplice.
  • 13. Criminosos impetuosos - são aqueles que cometem crimes movidos por impulso emotivo, por exemplo os crimes passionais ou crimes que ocorrem em uma discussão de trânsito. O criminoso impetuoso costuma se arrepender em seguida. Criminosos ocasionais - são aqueles que decorrem da influência do meio, isto é, são pessoas que acabam caindo em "tentação" devido a alguma circunstância facilitadora. Neste caso aplica-se o ditado "a ocasião faz o ladrão". Os delitos mais comuns são furto e estelionato. O criminoso ocasional tem chances de se redimir. Criminosos habituais - são os profissionais do crime. Normalmente se iniciam no crime durante a adolescência e progressivamente adquirem habilidades mais sofisticadas. Praticam todo tipo de crime. A violência tem o intuito de intimidar a vítima.
  • 14. Criminosos fronteiriços - são criminosos que enquadram-se em zona fronteiriça entre a doença mental e os indivíduos normais. São pessoas que delinquem devido a distúrbios de personalidade, por exemplo, transtorno de personalidade anti-social (psicopatia); transtornos sexuais etc. Em geral, são pessoas frias, sem valores éticos e morais, que cometem crimes com extrema violência desmotivada. Criminosos com deficiência mental - são pessoas que possuem doença mental, isto é, alteração qualitativa das funções psíquicas que compromentem o entendimento e a auto-determinação do indivíduo. Por exemplo: esquizofrênicos, paranóicos, psicóticos, toxicômacos graves etc. Em geral agem sozinhos, impusivamente, sem premeditação e remorso.
  • 15.
  • 16. Psicopatia é um construto psicológico que descreve um padrão de comportamento anti-social crónico. A expressão é muitas vezes utilizada sem distinção com o termo sociopatia. A psicopatia tem sido a perturbação de personalidade mas atualmente o termo pode legitimamente ser utilizado no sentido jurídico, “transtorno de personalidade psicopática” no âmbito da saúde mental.. Pode também sevir como um descritor de transtorno de personalidade anti-social definido pela Psychopathy Checklist-Revised. A psicopatia é frequentemente co-mórbida com outros distúrbios psicológicos (especialmente transtorno de personalidade narcísico). A psicopatia é diferente da sociopatia. Embora quase todos os psicopatas tenham transtorno de personalidade anti-social, apenas alguns indivíduos com transtorno de personalidade anti-social são psicopatas. Muitos psicólogos acreditam que a psicopatia recaia sobre um espectro de narcisismo patológico.
  • 17. A Psicopatia é frequentemente confundida com outros distúrbios de personalidade, tais como transtorno de personalidade dissocial, narcísica e esquizóide (bem como outros). Também é importante notar que “psicopatia” é uma síndrome ou um construto psicológico, enquanto o transtorno de personalidade anti- social é um diagnóstico. O interesse em características de índole psicopática remonta a Teofrasto, um estudante de Aristóteles, cuja descrição dos homens inescrupulosos personifica as características do transtorno de personalidade anti-social. O interesse em características psicopáticas remonta à época colonial. Nesses tempos, uma pessoa com esta doença mental seria considerada como algo relacionado com posse demoníaca.
  • 18. Pessoas manipuladoras, sem nenhuma consideração pelo próximo, sem inclusive reconhecer seus semelhantes como seres humanos. Essas e outras tantas características descrevem o psicopata. O psicopata define-se por uma procura contínua de gratificação psicológica, sexual, ou impulsos agressivos e da incapacidade de aprender com os erros do passado. Usando terminologia freudiana, a personalidade psicopática ocorre quando o ego não pode mediar entre o id e o super-ego, permitindo assim o id de se reger pelo princípio do prazer, e o super-ego não tem nenhum controle sobre as acções do ego. Em outras palavras, os indivíduos com esta desordem ganhariam satisfação através dos seus comportamentos anti-sociais, associados a uma falta uma consciência. Dentre tantas peculiaridades do psicopata a que mais chama a atenção é a ausência de culpa. O psicopata usa as pessoas para obter o que deseja, seja usando a crueldade para obter prazer, ou através da usura e exploração. Tem para si que seus atos não são maléficos e não causam nenhum dano a outrem, assim como não reconhecem suas atitudes como erradas.
  • 19. Ele não entende porque as pessoas ficam aterrorizadas perante suas atitudes. Isso se deve ao fato dele não reconhecer os sentimentos humanos, não podendo, assim, ter uma empatia com o outro. Além disso, diferentemente do que se pensa essa patologia não causa delírios ou alucinações. A psicopatia muitas vezes se manifesta ainda na infância e geralmente é confundida com agressividade. Crianças que manifestam crueldade gratuita, principalmente com animais, devem ser bem observadas. Nas situações em que o psicopata não pratica atos passíveis de punição judicial, pode ter uma ascensão profissional digna de nota. Prejudicando os colegas e sendo desprovido de escrúpulos para obter benefícios próprios, o psicopata consegue, por exemplo, subir de cargo em uma empresa, ou manter-se no poder usando subterfúgios imorais ainda que sem cometer atos ilícitos. Quem não conhece alguém assim? Estudos avaliam as diferenças entre os psicopatas não criminosos e os psicopatas criminosos. Tais estudos não chegam a uma opinião conclusiva para a questão: os psicopatas não criminosos não cometeram crimes ou apenas conseguiram ludibriar a polícia?
  • 20. As avaliações feitas nesses dois grupos de psicopatia mostraram semelhanças no comportamento de ambos, quase indistinguíveis. Os estudos revelam também que a personalidade e a propensão para atitudes imorais são semelhantes entre os grupos. O que os diferencia basicamente seria o meio onde o indivíduo está inserido, se beneficiado com educação e segurança familiar, a faceta criminosa não seria instalada. Esses estudos visam principalmente desmistificar algumas idéias acerca dos psicopatas que normalmente são associados a maníacos criminosos com disfunções neurológicas. Ao contrário do que se pensa a maioria dos psicopatas não são violentos e a maioria das pessoas violentas não é psicopata. Especialistas dizem que os psicopatas em sua grande maioria são homens. Os motivos para esta desproporção entre os gêneros ainda é desconhecido. A frequência entre as populações é praticamente a mesma, não havendo alterações estatísticas entre ocidentais e orientais e nem entre populações que tem ou não acesso a culturas modernas.
  • 21. Recentes resultados de pesquisas em neurociências começam a lançar algumas luzes no que se refere à psicopatia. A falta de empatia, a falta da culpa, as emoções superficiais, a mentira compulsória e manipuladora, a crueldade e o sangue frio são características de todos os psicopatas. Em alguns estudos os psicopatas, diferente das pessoas que não têm esse Transtorno de Personalidade, respondiam à estímulos carregados emocionalmente da mesma forma que respondiam a estímulos neutros. Isso demonstra que os psicopatas são destituídos de afetos, em várias áreas. Em outros estudos, se observou que os psicopatas não reagem com alterações fisiológicas a mudanças surpreendentes no ambiente. Pessoas normais reagem fisiologicamente diante de um fato surpreendente podendo piscar, por exemplo. Tais resultados podem sugerir que os psicopatas causam dor sem sentirem-se incômodos ou constrangidos, ao contrário, parecem fazê-lo de boa vontade e até mesmo com certo prazer. Geralmente eles sabem que estão ferindo por causa de um sentimento intelectual abstrato (intenção), já que lhes falta a empatia para compreender o efeito do que causam naqueles a quem agridem.
  • 22. Um exemplo bem claro desse comportamento sádico, pode ser observado no caso Jason, publicado no ano de 2000 (veja seção Arquivo/Narcisismo). Recentes estudos feitos com imagens do cérebro, através de aparelhos modernos como Ressonância Magnética, sugerem, segundo Hare, uma possível base neurofisiológica para o fracasso da significação emocional nos indivíduos com esse tipo de transtorno. No cérebro dos psicopatas, os mecanismos que normalmente afetam os processos cognitivos podem ser ineficientes ou inoperantes. A neurociência tem demonstrado que a relação emocional da mãe com o bebê, podem causar danos neurológicos importantes e talvez, a psicopatia, seja um desses danos. Da mesma forma que uma alteração física causa modificações no comportamento, uma modificação de comportamento, pode causar alterações fisiológicas importantes. Esse é outro aspecto sob observação e parece muito promissor.
  • 23. O Psicopata Social Dentre as variações da Psicopatia, o Psicopata Social é aquele que causa sofrimento a um grupo de pessoa, uma comunidade ou até mesmo a sociedade como um todo, sem esboçar qualquer arrependimento. Nada deixa esses indivíduos com peso na consciência. Não existe ramo de atuação humana onde se encontra mais esse tipo do que na política(com honradas exceções é claro). Estes manipuladores sociais roubam, mentem, trapaceiam, caluniam, e nunca acham que faz alguma coisa de errado; não estão nem aí para o sofrimento alheio. Geralmente possuem uma esperteza superior, uma inteligência acima da média e habilidade para manipular quem está a sua volta. Não são Sábios, são inteligentes, porque o sábio usa o seu raciocínio e o seu saber para a resolução dos problemas dele e de todos, pensando sempre no crescimento e na felicidade coletiva.
  • 24. Justamente por achar que não faz nada de errado, o Psicopata Social repete seus erros e não conhece emoções e sentimentos nobres tais como o arrependimento, a solidariedade, o amor ao próximo e a compaixão. O país que se dane, a cidade que se dane, o povo que se dane! É assim que ele pensa no seu íntimo. A habilidade de mentir e manipular despudoradamente, muitas vezes sem levantar suspeitas, de hipinotizar platéias com sua lábia, seu dom de oratória, faz com que ele se saia bem na política e na liderança de grupos. Vide: Mussolini, Hitler, Nero, Átila, Collor, etc. são tecnicamente incapazes de frear seus impulsos sacanas e se munem de desculpas para justificar seu comportamento quando necessário, com a destreza e o talento de um brilhante ator. Os Psiquiatras defendem que, apesar desta mentalidade doentia, eles devem ser responsabilizados pelos seus erros, porque possuem plena consciência de que seus atos não são corretos. E se cometem crimes, devem ir para cadeia como os outros criminosos por ameaçar a convivência sadia, justa e harmônica da sociedade.
  • 25. O Psicopata Carente de Princípios Este tipo de psicopata se apresenta freqüentemente associado às personalidades narcisistas e histéricas. Podem até conseguir manter-se com êxito nos limites do legal. Estes psicopatas exibem com arrogância um forte sentimento de autovalorização, indiferença para com o bem estar dos outros e um estilo social continuamente fraudulento. Existe neles sempre a expectativa de explorar os demais (esse traço pode corresponder ao estilo dominante dos Psicopatas Primário e Secundário de Blackburn). Há neles uma consciência social bastante deficiente e se faz notória uma grande inclinação para a violação das regras, sem se importarem com os direitos alheios. A irresponsabilidade social se percebe através de fantasias expansivas e de grosseiras, contumazes e persistentes mentiras. Falta, nesses Psicopatas Carentes de Princípios, o Superego. Essa falta é responsável pelos seus relacionamentos inescrupulosos, amorais, desleais e exploradores. Podem estar presentes entre sociedades de artistas e de charlatões, muitos dos quais são vingativos e desdenhosos com suas vítimas. O psicopata sem princípios mostra sempre um desejo de correr riscos, sem experimentar temor de enfrentar ameaças ou ações punitivas.
  • 26. São buscadores de novas sensações. Suas tendências maliciosas resultam em freqüentes dificuldades pessoais e familiares, assim como complicações legais. Estes psicopatas narcisistas funcionam como se não tivessem outro objetivo na vida, senão explorar os demais para obter benefícios pessoais. Eles são completamente carentes de sentimentos de culpa e de consciência social. Normalmente sua relação com os demais dura tempo suficiente em que acredita ter algo a ganhar. Os Psicopatas Carentes de Princípios exibem uma total indiferença pela verdade, e se são descobertos ou desmascarados, podem continuar demonstrando total indiferença. Uma de suas maiores habilidades é a facilidade que têm em influenciar pessoas, ora adotando um ar de inocência, ora de vítima, de líder, enfim, assumindo um papel social mais indicado para a circunstância. Podem enganar a outros com encanto e eloqüência. Quando castigados por seus erros, ao invés de corrigirem-se, podem avaliar a situação e melhorar suas técnicas em continuar a conduta exploradora. Carentes de qualquer sentimento de lealdade, juntamente com uma extrema competência em desempenhar papéis, os psicopatas normalmente ocultam suas intenções debaixo de uma aparência de amabilidade e cortesia.
  • 27. O Psicopata Malévolo Os Psicopatas Malévolos são particularmente vingativos e hostis. Seus impulsos são descarregados num desafio maligno e destrutivo da vida social convencional. Eles têm algo de paranóico na medida em que desconfiam exageradamente dos outros e, antecipando traições e castigos, exercem uma crueldade fria e um intenso desejo de vingança. Além desses psicopatas repudiarem emoções ternas, há neles uma profunda suspeita de que os bons sentimentos dos demais são sempre destinados a enganá-los. Adotam uma atitude de ressentimento e de propensão a buscar revanche em tudo, tendendo a dirigir a todos seus impulsos vingativos. Alguns traços desses psicopatas se parecem com os sádicos e/ou paranóides, com características beligerantes, mordazes, rancorosos, viciosos, malignos, frios, brutais, truculentos e vingativos, fazendo, dessa forma, com que muitos deles se revelem assassinos e assassinos seriais. Quando os Psicopatas Malévolos enfrentam à lei e sofrem sanções judiciais, ao invés de se corrigirem, aumentam ainda mais seu desejo de vingança. Quando se situam em alguma posição de poder, eles atuam brutalmente para confirmar sua imagem de força.
  • 28. Irritados pelo freqüente repúdio social que despertam, esses Psicopatas Malévolos estão continuamente experimentando uma necessidade de retribuição agressiva, a qual pode, eventualmente, expressar-se abertamente em atentados coletivos ou atitudes anti-sociais (a luta sociedade versus eu). De qualquer forma, nunca demonstram o mínimo sentimento de culpa ou arrependimento por seus atos violentos. Ao invés disso, mostram uma arrogante depreciação pelos direitos dos outros. É curioso o fato de esses psicopatas serem capazes de dar uma explicação racional aos conceitos éticos, capazes de conhecerem a diferença entre o que é certo e errado, mas, não obstante, são incapazes de experimentar tais sentimentos. A noção ética faz com que o Psicopata Malévolo defina melhor os limites de seus próprios interesses e não perca o controle de suas ações. Esse tipo de psicopata se encontra entre os mais ameaçadores e cruéis. Ele é invariavelmente destrutivo, sem misericórdia e desumano. A noção de certo-errado faz com que esses psicopatas sejam oportunistas e dissimulem suas atitudes ao sabor das circunstâncias, ou seja, diante da autoridade jamais atuam sociopaticamente. Portanto, eles são seletivos na eleição de suas vítimas, identificando sujeitos mais vulneráveis a sua sociopatia ou que mais provavelmente se submetam aos seus caprichos. Mais que qualquer outro bandido, este psicopata desfruta prazer em proporcionar sofrimento e ver seus efeitos danosos em suas vítimas.
  • 29. O Psicopata Dissimulado Seu comportamento se caracteriza por um forte disfarce de amizade e sociabilidade. Apesar dessa agradável aparência, ele oculta falta de confiabilidade, tendências impulsivas e profundo ressentimento e mau humor para com os membros de sua família e pessoas próximas. Na realidade, poderíamos comparar o Psicopata Dissimulado como uma mistura bastante piorada dos transtornos Borderline e Histérico da Personalidade. Isso significa que ele pleiteia um estilo de vida socialmente teatral, com persistente busca de atenção e excitação, permeada por um comportamento muito sedutor. O Psicopata Dissimulado é considerado como uma variante da Personalidade Histriônica, continuamente tentando satisfazer sua forte necessidade de atenção e aprovação. Essas características não estão presentes no Psicopata Carente de Princípios ou no Malévolo, os quais centram em si mesmo sua preocupação e são indiferentes às atitudes e reações dos outros. Esse subtipo dissimulado costuma exibir entusiasmo de curta duração pelas coisas da vida, comportamentos imaturos de contínua busca de sensações.
  • 30. Seguindo as características básicas e comuns a todos os psicopatas, o dissimulado também tende a conspirar, mentir, a ter um enfoque astuto para com a vida social, a ser calculista, insincero e falso. Muito provavelmente ele não admite a existência de qualquer dificuldade pessoal ou familiar, e exibe um engenhoso sistema de negações. As dificuldades interpessoais são racionalizadas e a culpa é sempre projetada sobre terceiros. A contundente falsidade é a característica principal deste subtipo. O Psicopata Dissimulado age com premeditação e falsidade em todas suas relações, fazendo tudo o que for necessário para obter exatamente o que quer dos outros. Por outro lado, diferentemente do Psicopata Carente de Princípios ou do Psicopata Malévolo, parece desfrutar prazerosamente do jogo da sedução, obtendo excitação nas conquistas. Mesmo aparentando intenções de proteger certas pessoas, o Psicopata Dissimulado é frio, calculista e falso, caracterizando mais ainda um estilo fortemente manipulador. Essa característica pode ser conseqüência da convicção íntima de que ninguém poderá amá-lo ou protegê-lo, a menos que consiga manipular a todos. Apesar de reconhecer que está manipulando seu entorno social, tenta convencer aos outros de que suas intenções são boas e que suas atitudes são, no mínimo, bem intencionadas.
  • 31. Quando as pessoas com esse tipo de psicopatia são pressionadas ou confrontadas, sentem-se muito encabuladas e suas reações oscilam entre a explosão agressiva e vingança calculista. A característica afabilidade dos Psicopatas Dissimulados é superficial e extremamente precária, estando sempre predispostos a depreciarem imediatamente a qualquer um que represente alguma ameaça à sua hegemonia, chegando mesmo a perderem o controle e explodirem em cólera. O Psicopata Ambicioso Persegue avidamente seus engrandecimentos. Os Psicopatas Ambiciosos sentem que a vida não lhes tem dado tudo o que merecem que têm sido privados de seus direitos ao amor, ao apoio, ou às gratificações materiais. Normalmente acham que os outros têm recebido mais que eles, e que nunca tiveram oportunidades de uma vida boa. Portanto, estão motivados por um desejo de retribuição, de compensar-se pelo que tem sido despojado pelo destino. Através de atos de roubo ou destruição, se compensam a si mesmos pelo vazio de suas vidas, sem importar-lhes as violações que cometam à ordem social. Seus atos são racionalizados através da idéia de que nada fazem senão restaurar um equilíbrio alterado.
  • 32. Para os Psicopatas Ambiciosos que estão somente ressentidos, mas que ainda têm controle minimamente crítico de seus atos, pequenas transgressões e algumas aquisições são suficientes para aplacar essas motivações. Mas para aqueles que têm estas características psicopáticas mais desenvolvidas, somente a usurpação de bens e coisas alheias podem satisfazê- los. O prazer psicopático nos ambiciosos está baseado mais em tomar do que em ter. Como a fome que os animais experimentam em relação à presa, os Psicopatas Ambiciosos têm um enorme impulso para a rapinagem, e tratam os demais como se fossem peões num tabuleiro de xadrez de poder. Além de terem pouca consideração pelos efeitos de sua conduta, sentindo pouca ou nenhuma culpa pelos efeitos de suas ações, como os demais psicopatas, os ambiciosos nunca chegam a sentir que tem adquirido o bastante para compensar suas privações. Independentemente de suas conquistas, permanecem sempre ciumentos e invejosos, agressivos e ambiciosos, exibindo todas as vezes que podem posses e consumo ostentoso. A maioria deles é totalmente centrada em si mesma, contribuindo isso para sua comum atitude libertina e em busca de sensações.
  • 33. Esses psicopatas nunca experimentam um estado de completa satisfação, sentindo-se não realizados, vazios, desolados, independentemente do êxito que possam ter obtido. Insaciáveis, estão sempre convencidos de que serão despojados de seus direitos e desejos. Ainda que o subtipo ambicioso seja parecido, em alguns aspectos, ao Psicopata Carente de Princípios, ele exerce uma exploração mais ativa e sua motivação central é manifestada através da inveja e apropriação indevida das posses alheias. O Psicopata Ambicioso experimenta não só um sentimento profundo de vazio, senão também uma avidez poderosa de amor e reconhecimento que, segundo ele, não lhe ofereceram na infância. O Psicopata Explosivo Diferencia-se das outras variantes pela emergência súbita e imprevista de hostilidade. Estes psicopatas são caracterizados por fúria incontrolável e ataque a outros, furor este freqüentemente descarregado sobre membros da própria família. A explosão agressiva se precipita abruptamente, sem dar tempo de prevenir ou conter.
  • 34. Sentindo-se frustrados e ameaçados, estes Psicopatas Explosivos respondem de uma maneira volátil, daninha e mórbida, fascinando aos demais pela brusca forma com que os surpreende. Desgostosos e frustrados na vida, estas pessoas perdem o controle e buscam vingança pelos alegados maus tratos a que foram precocemente submetidos. Em contraste com outros psicopatas, esses não se movem de maneira sutil e afável. Pelo contrário, seus ataques explodem incontrolavelmente, quase sempre, sem nenhuma provocação aparente. Esta qualidade de beligerância súbita, tanto quanto sua fúria desenfreada distingue estes psicopatas dos outros subtipos. Muitos são hipersensíveis aos sentimentos de traição, a ponto de fantasiarem deslealdades o tempo todo.
  • 35. Ausência de Culpa: Nunca sente arrependimento, nem remorsos. Os outros é que são os culpados de tudo o que acontece de mal e vive com a certeza absoluta que nunca erra, nem errou. Não teme a punição por ter a certeza que tudo o que faz tem um propósito benéfico, (para ele, claro!), embora tenha a noção de que os seus actos são anti-sociais. Quando é denunciado, recusa a reabilitação ou qualquer tratamento e na impossibilidade de fugir, simula uma mudança de carácter, para mais tarde voltar aos padrões comportamentais que lhe são característicos e até, vingar-se de quem o tentou ajudar. Mestres da Mentira: Para eles a realidade e a ilusão fundem-se num só conceito pelo qual regem o seu mundo. São capazes de contar uma mentira como se estivessem a descrever detalhadamente uma situação real. Não mentem apenas para fugirem de uma situação constrangedora, mas pura e simplesmente porque não sabem viver sem mentir.
  • 36. Manipulação e Egoísmo: Não tem a noção de bem comum. Desde que ele esteja bem, o resto do mundo não lhe interessa. O psicopata é um indivíduo extremamente manipulador que usa o seu encanto para atingir os seus objectivos, nunca pensando nas emoções alheias. Não reconhece a dor que provoca nos outros e por isso, usa as pessoas como peões, objectos que pode pôr e dispor conforme lhe convêm. Manifesta facilidade em lidar com as palavras e convencer as pessoas mais vulneráveis a entrarem no “jogo” dele. Querem controlar todos os relacionamentos, impedindo que familiares e amigos confraternizem paralelamente, sem a sua presença. Para tal recorrem as esquemas, intrigas e claro, ao seu charme para se fingir amigo. Inteligência: O QI costuma ser acima da média. Há casos de psicopatas que conseguem passar por médicos, advogados, professores, etc, sem nunca terem frequentado uma universidade! São peritos no disfarce, excelentes auto- didactas e fazem-no na perfeição.
  • 37. Ausência de Afecto: Não são pessoas afectuosas com o próximo e enquanto pais, não são do género de “dar colo” aos filhos. Usam os filhos como “marionetas”, em função dos seus próprios interesses, não respeitando as suas escolhas, quer a nível pessoal, quer profissional! Baseia os seus “métodos educativos” na humilhação e chega a ser totalmente negligente para com os seus. Impulsivo: Devido ao défice do superego, não consegue conter os seus impulsos, podendo cometer toda a espécie de crimes, friamente e sem noção de culpa. Costuma fintar até o teste do polígrafo, porque o seu ritmo cardíaco não se altera quando profere mentiras e nem quando comete crimes. Isolamento: Gostam de viver sós e quando vivem com outros, querem liderar o grupo, mesmo que para isso destrua uma família inteira.
  • 38. Psicopata comunitário ou de grau leve A maioria dos psicopatas corresponde àqueles de grau leve, por isso, geralmente não satisfazem totalmente todos os critérios do DSM do transtorno de personalidade antissocial. Eles são os psicopatas mais comuns, tendem a exibir poucos critérios e são aqueles que dificilmente matam; entretanto, são os mais difíceis de serem diagnosticados porque tendem a se passar despercebidos no ambiente social, caracterizando o "psicopata comunitário". Geralmente, possuem inteligência média ou até mesmo maior que a média, mas são frios, racionais, mentirosos, não se importam com os sentimentos alheios e são os psicopatas ditos dissimulados: escondem tais características de forma que pouquíssimas pessoas consigam perceber, são muito manipuladores. Muitas vezes estão ao lado de todos e ninguém consegue perceber isto. Eles podem ser desde um falso colega oportunista que vive se fazendo de vítima, até trapaceiros, parasitas sociais, políticos, empresários e religiosos.
  • 39. Esse psicopata raramente vai para a cadeia, mas quando esses indivíduos - por algum motivo ilícito - vão para a prisão, são tidos como presos "exemplares" pelo seu bom comportamento: são muito bem vistos, comportados, não arranjam confusões e dissimulam uma aparência de inocentes coitadinhos, a ponto que outros presos e seguranças não consigam acreditar que aquela pessoa tão calma pôde cometer alguma atrocidade. Exatamente por isso, são os que mais facilmente conseguem enganar a todos, fazendo com que diminuam o tempo de pena na cadeia. Do ponto de vista infantil, esses indivíduos podem ou não ter traumas significantes que possam ter sido considerados agravantes do transtorno mas, de forma geral, tiveram uma educação aparentemente normal. Comumente foram crianças com grande charme superficial, encantavam facilmente adultos pela sua aparência de docilidade, entretanto, já apresentavam traços de frieza, insensibilidade, e intolerância à frustração - que podem ser evidentes em condutas como maltratar coleguinhas, animais, mentir etc. a maioria dos psicopatas,acaba ficando só em sua velhice,por ser pessoas dificeis de se relaciona,cheios de manias,e costumes que desagradam as pessoas normais.
  • 40. Psicopata antissocial ou de grau moderado a grave Já o psicopata de grau moderado a grave corresponde àqueles que satisfazem quase ou todos os critérios do DSM do transtorno de personalidade antissocial e são os psicopatas deliberamente antissociais. Esses psicopatas têm uma alta tendência a se enquadrarem por exemplo, na categoria serial killers. A maioria apresenta as mesmas características do psicopata comunitário, entretanto apresentam condutas que os colocam contra à sociedade em geral fazendo com que sejam mais facilmente inseridos no meio carcerário. São menos frequentes, entretanto, uma vez que satisfazem quase ou todos os critérios para a personalidade antissocial, eles são aqueles que estão mais facilmente vulneráveis a delitos graves e chocantes. Eles geralmente são agressivos, impulsivos, frios, sádicos, mentirosos, não possuem empatia e são mais facilmente associados a psicopatas autores de grandes golpes ou assassinos e serial killers, entretanto, escondem tais características de forma que socialmente são vistos como pessoas normalíssimas, cujos verdadeiros instintos ninguém é capaz de desconfiar. Os de grau moderado geralmente estão mais infiltrados no meio das drogas, álcool, jogo compulsivo, direção imprudente, vadiagem e promiscuidade e vandalismo, além de grandes golpes e graves estelionatos.
  • 41. Os que apresentam um grau muito grave, frequentemente são assassinos sádicos, ou seja, obtêm prazer (principalmente sexual) ao ver o sofrimento de outra pessoa e são indivíduos excessivamente problemáticos, do ponto de vista emocional. Em contraste a essas características, de modo semelhante ao psicopata comunitário, podem apresentar-se como uma pessoa normal perante os outros e a sociedade, contudo, escondem uma personalidade muito mais sombria - esta ocasionalmente visível para familiares, por exemplo, onde o ambiente é marcado por discussões frequentes. Totalmente frios, sem remorso e ausentes de sentimentos carinhosos para com outros seres humanos, esses indivíduos não conseguem conter por muito tempo seus impulsos sádicos - embora saibam perfeitamente que seu comportamento é inapto e totalmente repudiado pela sociedade. É comum nessas pessoas, um histórico de doenças neuropsiquiátricas como depressão, déficit de atenção, transtornos de ansiedade ou outros distúrbios de personalidade, além de um persistente sentimento de vazio existencial e tédio, o que os faz buscarem constantes estímulos - inconstantes, enjoam de tudo facilmente, por isso sempre procuram algo novo e diferente para fazerem; mas possuem dificuldade em terminar o que começam. Na infância, esses indivíduos geralmente sofreram algum tipo de trauma significante o que pode ser considerado agravante da psicopatia. Normalmente foram crianças mais reservadas ou introvertidas, mas que, por vezes, apresentavam traços de transtorno de conduta.
  • 42. A maioria das mulheres psicopatas tendem a apresentar um grau leve ou moderado da psicopatia, sendo que mulheres psicopatas com um alto grau da doença são raras. Porém, existem e são as denominadas serial killers, tais como grandes assassinas da história mundial, como Elizabeth Bathory, Aileen Wuornos e Marie Noe. As psicopatas com um nível moderado a grave de psicopatia podem, no início da adolêscencia, ter um acentuado crescimento dos sintomas do distúrbio nessa fase, além de sintomas como um humor deprimido e irritadiço, abusar do álcool e/ou drogas, obter comportamentos autodestrutivos como auto mutilação, tentativas de suicídio fracassadas, abusos de medicamentos, ambiente familiar conturbado, instabilidade emocional e, não raro, aparecimento de sintomas histéricos (conversivos). Aliás, é muito mais frequente nas mulheres psicopatas ocorrer a psicopatia juntamente com características conversivas, como por exemplo, paralisias, dores de cabeça constantes, náuseas, vômitos, afonia, dores constantes pelo corpo sem motivos plausíveis etc. o que mostra que essas mulheres além da psicopatia, possuem traços histéricos em sua personalidade, o que as faz reprimir seus problemas psicológicos e transformando-os em problema físico.
  • 43. Na melhor das hipóteses, as mulheres psicopatas geralmente foram crianças introvertidas e tinham um profundo sentimento de isolamento. Embora não seja regra, a maioria das mulheres psicopatas possuem um histórico cuja infância foi permeada por algum tipo de conflito familiar (abusos, negligência, divórcio dos pais, alcoolismo parental, etc.), além de constantes conturbações escolares, tal como deboches por coleguinhas de escola, seja pela timidez ou por apresentarem algum tipo de transtorno de conduta: ao tempo que foram crianças que sofriam deboches, entretanto, também cometiam algum tipo de crueldade - embora nem sempre os adultos conseguissem perceber, pois, via de regra, psicopatas desde tenra idade manipulam todos ao redor de forma que raramente são descobertos. Mulheres psicopatas não gostam de ser contrariadas e, assim como os homens sociopatas, elas podem demonstrar frieza, agressividade ou insensibilidade sem que isso acarrete em culpa, arrependimento ou remorso. Elas têm necessidade em demonstrar grande poder ou controle sob certas pessoas ou situações. São controladoras, persuasivas, influenciadoras e muito sedutoras. Elas podem exibir além de um comportamento sedutor, comportamentos sexuais perversos, tais como sadomasoquismo, e fetiches perversos. Podem ter um histórico de relacionamentos breves, que duram muito pouco, numerosos casos superficiais ou então vários parceiros do outro sexo ou não, ao mesmo tempo.
  • 44. Elas podem ser mulheres infiéis, que facilmente traem o cônjuge, ou então enamorar-se por puro interesse material, tais como homens ricos e poderosos. Para o psicopata, o sexo e a orientação sexual são apenas mais uma forma de manipulação, um de seus utensílios para conseguir seus objetivos. Nas mulheres com traços psicopáticos, parece haver predominância de sintomas do subtipo de psicopatia denominado por Millon de "psicopata dissimulado". Segundo Millon, tais psicopatas possuem características de falta de confiança nos outros, impulsividade, simpatia superficial e sociabilidade para com os outros mas constante mau humor, agressividade e ressentimento para com a família e pessoas próximas. Esse tipo de psicopatia pode ser relativamente parecido como uma mistura do transtorno de personalidade borderline e o transtorno de personalidade histriônica. São pessoas que aparentam tendências a chamar atenção para si e com um comportamento significantemente sedutor ou sensual. Neste caso, essas psicopatas são socialmente sedutoras mas ocultam por trás da sedução e sociabilidade um péssimo comportamento com pessoas mais próximas.
  • 45. A busca pela excitação, aventura e estímulo é variavelmente alto, com tendências a sentir-se facilmente entediada, com grande intolerância à monotonia, regras e rotina. Exatamente por isso, essas pessoas costumam exibir entusiasmo de curta duração pelas coisas da vida, tais como relacionamentos, empregos, objetivos e gostos. Elas se entediam e enjoam facilmente das coisas, começam um projeto mas nunca terminam. Pessoas assim têm comportamentos imaturos de contínua busca de sensações e perigo, e fazem de tudo o que for necessário nas suas relações para conseguirem o que querem dos outros. São incapazes de demonstrar gratidão. Quando não conseguem o que querem ou são contrariados ou pressionados, podem balancear entre uma explosão agressiva ou uma vingança calculista. De modo geral, as mulheres psicopatas apresentam praticamente os mesmos sintomas do homem psicopata, entretanto, praticam suas crueldades de forma menos impulsiva que o homem, o que as faz serem pouco descobertas.
  • 46. Pelo fato de gostarem da sensação de poder, serem muito persuasivos e não medirem esforcos para atingir seus objetivos, os psicopatas ascedem muito rápido em suas profissões; por isso é comum que esses indivíduos ocupem importantes cargos ligados a mídia e a política. Não é raro encontrar esses indivíduos em capas de grandes revistas e, também, no editorial dessas mesmas revistas. Eles, geralmente, gostam de estar em destaque e ajudar determinadas pessoas ou grupos econômicos, apenas por benefício próprio. Por outro lado, os psicopatas denigrem e aniquilam aqueles que tentam desmascará-los. Por não sentirem remorso, nem compaixão, os indivíduos com personalidade antissocial não se importam se seus atos irão prejudicar um determinado grupo de pessoas ou até mesmo uma nação.
  • 47. Mentiras frequentes, crueldade com coleguinhas e irmãos, baixíssima tolerância à frustração, ausência de culpa ou remorso e falta de constrangimento quando pegos mentindo ou em flagrante. Os pais podem ligar o sinal de alerta caso essas características comportamentais (somadas a uma série de outras, que podem ser vistas em lista abaixo) ocorram de maneira repetitiva e persistente em crianças e adolescentes. É possível que os filhos tenham "Transtorno de Conduta" e sejam candidatos à psicopatia quando tornarem-se adultos. "Podemos observar características de psicopatia desde a infância até a vida adulta. Vale ressaltar que o diagnóstico exato só pode ser firmado por especialistas no assunto", afirma a médica psiquiatra Ana Beatriz B. Silva, autora do livro "Mentes Perigosas - O Psicopata Mora ao Lado" (Fontanar, 2008). "Além do mais, deve se atentar para a frequência e a intensidade com as quais estas características se manifestam", explica.
  • 48. Abaixo, um trecho do livro "Mentes Perigosas" no qual a médica psiquiatra lista as características que podem indicar tendência à psicopatia na infância e adolescência e aponta as posturas que devem ser assumidas pelos pais. O que os pais podem fazer? Como já foi dito anteriormente, podemos observar características de psicopatia desde a infância até a vida adulta. Antes dos 18 anos, por uma questão de nomenclatura, o problema é chamado de Transtorno da Conduta. Crianças ou adolescentes que são francos candidatos à psicopatia possuem um padrão repetitivo e persistente que podem ser sintetizados pelas características comportamentais descritas abaixo: - Mentiras frequentes (às vezes o tempo todo); - Crueldade com animais, coleguinhas, irmãos etc.; - Condutas desafiadoras às figuras de autoridade (pais, professores etc.); - Impulsividade e irresponsabilidade;
  • 49. - Baixíssima tolerância à frustração com acessos de irritabilidade ou fúria quando são contrariados; - Tendência a culpar os outros por seus erros cometidos; - Preocupação excessiva com seus próprios interesses; - Insensibilidade ou frieza emocional; - Ausência de culpa ou remorso; - Falta de empatia ou preocupação pelos sentimentos alheios; - Falta de constrangimento ou vergonha quando pegos mentindo ou em flagrante; - Dificuldades em manter amizades; - Permanência fora de casa até tarde da noite, mesmo com a proibição dos pais. Muitas vezes podem fugir e levar dias sem aparecer em casa;
  • 50. - Faltas constantes na escola sem justificativas ou no trabalho (quando mais velhos); - Violação às regras sociais que se constituem em atos de vandalismo como destruição de propriedades alheias ou danos ao patrimônio público; - Participação em fraudes (falsificação de documentos), roubos ou assaltos; Sexualidade exacerbada, muitas vezes levando outras crianças ao sexo forçado; Introdução precoce no mundo das drogas ou do álcool; - Nos casos mais graves, podem cometer homicídio. Vale ressaltar que as características acima são apenas genéricas e que o diagnóstico exato só pode ser firmado por especialistas no assunto. Além do mais, o leitor deve se atentar para a freqüência e a intensidade com as quais estas características se manifestam. É muito comum e até compreensível que os pais de jovens com características psicopáticas se perguntem quase sempre em um tom de desespero: "O que nós fizemos de errado para que nosso filho seja assim?".
  • 51. Os pais se sentem culpados por acharem que falharam na educação dos seus filhos e que não souberam impor limites. Isso é um grande equívoco! Não resta dúvida de que a educação, a estrutura familiar e o ambiente social influenciam na formação da personalidade de um indivíduo e na maneira como ele se relaciona com o mundo. No entanto, esses fatores por si só não são capazes de transformar ninguém em um psicopata. Não obstante, é muito importante que os pais tenham conhecimento pleno sobre o assunto e que passem a reconhecer a disfunção em seus filhos, dispensando o devido valor que o problema merece. Quando em grau leve e detectada ainda precocemente, a psicopatia pode, em alguns casos, ser modulada através de uma educação mais rigorosa. Um ambiente familiar mais estruturado e com a vigilância constante de filhos "problemáticos" certamente não evita a psicopatia, mas pode inibir uma manifestação mais grave. E aí, fazer toda a diferença. É lógico que estas medidas estão longe de serem ideais, são apenas paliativas e demandam muito esforço e empenho por parte dos envolvidos na criação. No entanto, não podemos desprezá-las para salvaguardar a estrutura familiar e a sociedade como um todo.
  • 52. As posturas que devem ser assumidas são as seguintes: - Procure conhecer bem o seu filho. A maioria dos pais não sabe como ele se comporta longe dos seus olhos. Estabeleça contato com todas as pessoas do convívio dele (professores, amigos, pais dos amigos etc.). Quanto mais precocemente você identificar o problema maiores serão as chances de que ele se molde a um estilo de vida minimamente produtivo e socialmente aceito. - Busque ajuda profissional. Isto é válido tanto para se certificar do diagnóstico dessa criança quanto para que os pais recebam orientações de como devem agir. - Não permita que seu filho controle a situação. Estabeleça um programa de objetivos mínimos para obter alguns resultados positivos. Regras e limites claros são necessários para evitar as condutas de manipulação, enganos e falta de respeito com os demais. Lembre-se que uma criança com perfil psicopático apresenta um talento extraordinário em distorcer as regras estabelecidas e virar o jogo a seu favor. Por isso NÃO CEDA! Se você fraquejar, certamente ela ocupará todos os "espaços" deixados pela sua desistência.
  • 53. Não pretendo ser pessimista, no entanto não seria honesto da minha parte afirmar que a psicopatia infanto-juvenil atualmente tenha uma solução satisfatória. O máximo que podemos fazer é adotar posturas no trato com essas crianças no sentido de melhorar a forma como a psicopatia vai se manifestar no futuro. A psicopatia não tem cura, é um transtorno da personalidade e não uma fase de alterações comportamentais momentâneas. Porém, temos que ter sempre em mente que tal transtorno apresenta formas e graus diversos de se manifestar e que somente os casos mais graves apresentam barreiras de convivência intransponíveis. Segundo o DSM-IV-TR a psicopatia tem um curso crônico, no entanto pode tornar-se menos evidente à medida que o indivíduo envelhece, particularmente a partir dos 40 anos de idade.
  • 54. Charmosos e simpáticos; mentirosos e manipuladores. Os psicopatas não se importam de passar por cima de tudo e de todos para alcançar seus objetivos. Egocêntricos e narcisistas, eles não sentem remorso, muito menos culpa. Se algo ou alguém ameaça seus planos, tornam-se agressivos. São mestres em inverter o jogo, colocando-se no papel de vítimas. E estão sempre conscientes de todos os seus atos, pois, diferentemente do que ocorre em outras doenças mentais, os psicopatas não entram em delírio. A psicopatia atinge cerca de 4% da população (3% de homens e 1% de mulheres), segundo a classificação americana de transtornos mentais. Sendo assim, um em cada 25 brasileiros enquadra-se nesse perfil. Mas isso não significa, é claro, que todos são assassinos em potencial. Estudos coordenados por diversos pesquisadores, entre eles o psicólogo americano Randall T. Salekin, da Universidade do Alabama, indicam que, de fato, é comum que os psicopatas recorram à violência física e sexual. No entanto, a maioria dos psicopatas não é violenta. Alguns pesquisadores acreditam até que muitos sejam bem-sucedidos profissionalmente e ocupem posições de destaque na política, nos negócios ou nas artes.
  • 55. O psicólogo Leonardo Fd Araujo, especialista em psicologia clínica pela Universidade Tuiuti do Paraná, concedeu entrevista ao Comunicação On-line e fala mais sobre a psicopatia e os psicopatas. Comunicação On-line: O que caracteriza a psicopatia? Araújo: O egocentrismo, a ausência de culpa e remorso, o excesso de razão e inexistência de emoção são as principais características. Os psicopatas fingem e mentem muito bem, e forjam o afeto. Além disso, há os prejuízos sociais causados por esse tipo de transtorno mental, tais como agressões, estupros e assassinatos. É preciso ressaltar que o psicopata sente prazer em cometer o mal, em conseguir concretizar o que ele almeja. O falsário sente um extremo prazer ao conseguir enganar alguém, assim como o estuprador sente o mesmo ao cometer um estupro. Quando o mal está feito, ele não se culpa e ainda procura cometer outros crimes contra outras vítimas. Comunicação On-line: O psicopata é pintado geralmente como um assassino. Mas esse é o único perfil de um psicopata?
  • 56. Araujo: O psicopata apresenta vários perfis. A grosso modo, existe o psicopata leve, moderado e grave. O psicopata leve é o conhecido “171”, aplica pequenos golpes e engana pessoas de bem. O moderado já se envolve de maneira mais contundente com as vítimas dos golpes, que quase sempre envolvem muitas pessoas e grandes somas em dinheiro. Já o psicopata grave, esse sim é o mais conhecido pelo público leigo. É o indivíduo que comete assassinatos a sangue frio, sejam em série ou não. Nos noticiários, infelizmente, volta e meia aparecem casos de assassinos e estupradores seriais, muitas vezes crimes com requintes de crueldade. O que os diferencia é a forma de agir. Uns sentem prazer no estupro, em torturar, outros em torturar e matar. Comunicação On-line: O que pode levar um indivíduo a cometer atitudes de psicopatas? Araujo: A psicopatia tem causa multifatorial. Há estudos que demonstram que psicopatas que tiveram uma infância repleta de violência e com uma família desestruturada, podem chegar a cometer crimes graves contra a vida. Ou seja, podem se tornar verdadeiros predadores sociais, causando sérios prejuízos à sociedade. Há também fatores genéticos, fatores próprios de cada indivíduo e fatores de ordem social que quando somados, podem levar à psicopatia.
  • 57. Comunicação On-line: Existe uma maneira de perceber que uma pessoa é um psicopata? Araujo: Isso é bem complicado. É sempre bom desconfiar de pessoas que se apresentam de forma sedutora, com idéias mirabolantes, sempre muito agradáveis. A mídia já retratou diversos casos de impostores. Eles se aproveitam de mulheres quase sempre muito bem colocadas profissionalmente, prometem mundos e fundos, enfim, ganham a confiança da vítima. Quando menos se espera, o impostor pede um dinheiro para completar a compra de um imóvel ou de um carro, e promete pagar assim que possível, ou assim que fechar outro negócio. A partir daí, já é tarde para reagir. Geralmente esses impostores somem no dia seguinte sem deixar nenhum vestígio. Coisa parecida acontece nos casos de estupradores e assassinos seriais. O psicopata vem com uma conversa agradável, dizendo que a moça é muito bonita, que quer tirar umas fotos dela para a agência de modelos. Pronto, a armadilha foi colocada, dificilmente a vítima terá escapatória. Esse tipo de abordagem foi usada, por exemplo, pelo Maníaco do Parque em São Paulo.
  • 58. Comunicação On-line: Uma pessoa que possui um perfil de psicopata nasce com essas características, ou pode adquiri-las? Araujo: O psicopata já o é desde o nascimento. Mais cedo ou mais tarde, o transtorno pode ser deflagrado, em maior ou menor grau. Estudos demonstram que filhos de psicopatas têm cinco vezes mais chances de desenvolver o mesmo transtorno. Sabemos que todo transtorno mental tem causas biológicas, psíquicas e sociais. Uma criança filha de psicopata, que sofreu abuso e violência, tem ainda mais chances de desenvolver o transtorno. Um jovem pode desde cedo começar a demonstrar os primeiros sinais de que há algo errado. Por volta dos 15 anos pode apresentar os primeiros sinais de transtorno de conduta e se não tratado, pode evoluir para a psicopatia. Comunicação On-line: Como é o relacionamento social do psicopata? Ele consegue ter uma vida social, com amigos, trabalho e estrutura como outra pessoa qualquer? Araujo: O relacionamento social de um psicopata é movido por interesses. O problema é que na maioria das vezes é uma via de mão única: as vantagens são almejadas apenas para benefício próprio. Nem que para isso seja necessário passar por cima de quem estiver em seu caminho, causando sérios problemas para quem o cerca.
  • 59. É importante ressaltar que os prejuízos monetários, morais, físicos e psíquicos que as vítimas do psicopata sofrem são incalculáveis. No trabalho, o processo é o mesmo. A vida laboral do psicopata é repleta de desmandos, crises com superiores e intrigas. Para os que convivem com um psicopata, principalmente familiares, a relação é sempre difícil e conturbada. Os familiares percebem que algo está errado, mas para o psicopata está tudo na mais perfeita ordem. Comunicação On-line: Aos olhos da maioria da população, as atitudes dessas pessoas são reprováveis. O psicopata tem consciência de que aquilo que ele faz é errado? Araujo: Esse é um ponto importante. O psicopata sabe exatamente o que faz inclusive que tais atos são ilegais ou imorais. Ele tem ciência de que pode ser pego pela polícia e levado à justiça. Sendo assim, o psicopata calcula meticulosamente os seus passos. Um estelionatário ardiloso, por exemplo, planeja cada passo, cada detalhe para que seu plano tenha êxito e para que nada seja descoberto antes do tempo. Tudo o que o psicopata faz é normal e natural, para ele mesmo, é claro. Por não sofrer de remorso ou culpa, comete os piores crimes e atrocidades sem pestanejar.
  • 60. Comunicação On-line: Assim como outros distúrbios da mente, a psicopatia tem algum tratamento? Araujo: Para praticamente todos os casos, o tratamento tem pouco ou nenhum efeito. É preciso entender que a maneira de ser do psicopata é algo ruim para nós, mas para eles é algo perfeitamente normal e aceitável. Ainda não soube de nenhum caso de um psicopata estelionatário que passe por uma crise existencial e procure um tratamento. No psicopata grave então, nem se fala. As tentativas de intervenção, para estes casos graves, se dão no meio carcerário. Infelizmente, tais intervenções, são complicadas e conturbadas. Adoraria dizer o contrario, mas ainda não há cura para a psicopatia, e o tratamento se dá visando a redução de danos. Ou seja, é uma tentativa de tratamento que tem como objetivo diminuir os efeitos e os prejuízos sociais causados pelo psicopata.
  • 61. O alarde com que a mídia trata os casos de delitos, crimes e atrocidades cometidos por pessoas intensamente perturbadas demonstra o quanto todos nós somos suscetíveis a tal tipo de estímulos que passa centralizar a preocupação das pessoas em geral. Em 2008 tivemos vários personagens, com transtorno de personalidade anti-social, envolvidos com a mídia nacional, entre os quais se destacaram pela intensa cobertura jornalística o auxiliar de enfermagem Edson, que segundo a polícia do Rio de Janeiro teria matado mais de 100 doentes terminais em um hospital público do Rio, e o autodenominado "motoboy do sul", responsável pela morte de cerca de 7 pessoas na praia do Cassino, RS. Ambos fazem parte de um grupo de pessoas severamente transtornadas que atingem a cerca de 2 a 3% da população adulta predominantemente masculina, sendo que são mais comumente encontradas em áreas metropolitanas pobres e com baixa escolaridade por abandono precoce da escola. Há uma tendência para uma mobilidade social descendente na vida dos indivíduos anti- sociais, que tendem a ganhar e perder dinheiro de maneira cada vez mais cíclica, até finalmente estarem "exauridos" na meia-idade, o que muitas vezes é agregado a alcoolismo e droga com a conseqüente debilitação severa.
  • 62. A cada vez que surge uma situação como a destes personagens, há um questionamento intenso se poderia ser considerado "gente" alguém que atuasse dessa forma. O que se observa é que nos personagens envolvidos há uma repetição de funcionamento com as particularidades próprias individuais. Os "psicopatas", "sociopatas", "transtornados de caráter" ou "personalidade anti-social", ou o nome que se busque para identificar um funcionamento pessoal extremamente perturbado, caracterizam-se por serem pessoas que mentem, trapaceiam, roubam, ameaçam, matam e atuam de várias formas enganosas e irresponsáveis. São de muito difícil manejo familiar, social, ocupacional e, quando chegam a profissionais da área de saúde mental, igualmente repetem-se as dificuldades de tratamento, tanto é que alguns desses profissionais preferem simplesmente encará-los como criminosos e não incluí-los na jurisdição da psiquiatria. Ou seja, seriam intratáveis. Por outro lado, trabalhos clínicos apontam que a rubrica anti-social aplica-se a um amplo espectro de pacientes, o que indicaria que alguns diante de certas condições poderiam beneficiar-se de tratamento. Os instrumentos diagnósticos em psiquiatria buscam uma série de características e sintomas dos indivíduos para se estabelecer a diagnose dos transtornos mentais, entre os quais o de transtorno anti-social. Se tem uma série de elementos para definir o diagnóstico, entretanto salientarei os quesitos básicos que são: a ausência de culpa e o fraco juízo crítico bem, como a incapacidade de aprender a partir da experiência.
  • 63. No caso do auxiliar de enfermagem Edson, por exemplo, isto fica bem palpável quando ele diz: "não me arrependo, não". A maioria das pessoas fica horrorizada da frieza da expressão e comunicação dessas, porque na psique da maioria gera fenômenos psicológicos como o da culpa, que diante de um ato desta ordem poderia nos "matar" de remorsos. Todos nós carregamos "culpas" de maior ou menor intensidade no transcorrer de nossas vidas , e passamos buscando estratégias de reparação para alívio deste peso emocional. Já os sociopatas não apresentam tal dialética interna e portanto passam agindo. É o caso do "motoboy do sul" que chegou a manifestar que o seu objetivo era superar, em números de mortes, o "maníaco do parque" (referindo-se a outro personagem da mesma estirpe). O questionamento básico é quanto a notoriedade passageira e assegurada pelas capas de revista, pelas matérias extensas nos diversos veículos de comunicação possa vir a estimular pessoas despreparadas para o convívio social, a ponto de se sintirem invadidas por uma compulsão incontrolável e serem levadas a repetir ou superar "proezas" de sociopatas da vez.
  • 64. Fazendo-se uma analogia breve, colocaria que, assim como temos ídolos saudáveis ( como o nosso tenista Gustavo Kürten), que estimula os jovens a buscarem aprimoramentos para ter uma notoriedade e reconhecimento, há pessoas perturbadas e portanto frágeis no seu funcionamento mental global que podem sentir-se influenciadas por tal explosão de estímulos vinculados ao bombardeio massivo a que nos vemos invadidos quando da descoberta de tais crimes. Evidentemente que os sociopatas estão presentes em nossa sociedade, quer tenham divulgação na mídia ou não. Mas há uma tendência de complicações e repetições mais seguidas destes distúrbios comportamentais quando do estímulo mídia.
  • 65.
  • 66. Um assassino em série (também conhecido pelo nome em inglês, serial killer) é um tipo de criminoso de perfil psicopatológico que comete crimes com uma certa frequência, geralmente seguindo um modus operandi e às vezes deixando sua "assinatura", como por exemplo coleta da pele das vítimas - no caso de Ed Gein. Curiosamente, os Estados Unidos, com menos de 5% da população mundial, produziu 84% de todos os casos conhecidos de serial killers desde 1980. Muitos dos que foram capturados aparentavam ser cidadãos respeitáveis - atraentes, bem sucedidos, membros ativos da comunidade - até que seus crimes foram descobertos. Geralmente os serial killers demonstram três comportamentos durante a infância, conhecidos como a "Tríade MacDonald": fazem xixi na cama, causam incêndios, e são cruéis com animais. A melhor definição de assassinato serial foi publicada pelo Instituto Nacional de Justiça em 1988: "Uma série de dois ou mais assassinatos cometidos como eventos separados, normalmente, mas nem sempre, por um infrator atuando isolado. Os crimes podem ocorrer durante um período de tempo que varia desde horas até anos.
  • 67. Quase sempre o motivo é psicológico, e o comportamento do infrator e a evidência física observada nas cenas dos crimes refletiram nuanças sádicas e sexuais". Existem basicamente dois tipos de serial killers: os do "tipo organizado", sujeitos que normalmente exibem inteligência normal e conseguem se inserir bem à sociedade, são muito mais difíceis de serem pegos, visto que planejam seus crimes, não costumam deixar provas e podem ter uma vida aparentemente normal com esposa/marido, filhos e emprego, muitas vezes de alto nível, podem chegar mesmo a concluir nível superior. Já os "tipo desorganizados", são impulsivos, não planejam seus atos, costumam usar objetos que encontram no local do crime e muitas vezes os deixam para trás deixando muitas provas. Outra classificação é a proposta por Blackburn (1998) que desenvolveu uma tipologia para os subtipos de psicopatas, inclusive considerando o aspecto Anti-social como se tratasse de um dos sintomas possíveis de estar presente em certos casos. Inicialmente ele fez uma distinção entre dois tipos de psicopatas e ambos compartilhando um alto grau de impulsividade: um Tipo Primário, caracterizado por uma adequada socialização e uma total falta de perturbações emocionais, e um Tipo Secundário, caracterizado pelo isolamento social e traços neuróticos.
  • 68. Matador de Massa: Mata quatro ou mais vítimas em um só local, num só evento. Em geral, sua explosão de violência é dirigida para o grupo que supostamente o oprimiu, ameaçou ou rejeitou. Serial killer: são indivíduos que cometem uma série de homicídios com um intervalo entre eles, durante meses ou anos, até que seja preso ou morto. As vítimas têm o mesmo perfil (prostitutas, mochileiros, crianças, idosos) e mesma faixa etária, sexo, raça etc. As vítimas são escolhidas ao acaso dentro deste perfil e mortas sem razão aparente; ela é objeto da fantasia do serial killer. Spree Killer: (Matador Impulsivo) As vítimas dele estão no lugar errado, na hora errada. O criminoso mata várias pessoas num período de horas, dias ou semanas, e não passa por fases e se acalma até precisar matar novamente. Ele pode parar de matar tão rápido quanto começou.
  • 69. - Os EUA têm 76% dos serial killers, entre mundo todo. - Europa em segundo lugar, tem 17%. Inglaterra produziu 28% do total Europeu, a Alemanha produz 27%, e a França produz 13%. - Califórnia lidera os EUA com mais casos de homicídios em série que ocorreram. - Texas, Nova York, Illinois e Flórida seguem logo atrás. - Maine tem a menor ocorrência de assassinatos em série – nenhum. - Havaí, Montana, Dakota do Norte, Delaware, e Vermont cada um tem apenas um caso de assassinatos em série. - 84% dos assassinos americanos são caucasianos (brancos). - 16% são negros. - 93% dos serial killers são homens. - 65% das vítimas são do sexo feminino. - 89% das vítimas são caucasianas (brancos). - 44% de todos os assassinos começam na casa dos vinte. - 26% no início da adolescência. - 90% dos serial killers têm idade entre 18 e 39 anos - 24% começam na casa dos trinta. - De todos os assassinos, 86% são heterossexuais.
  • 70.
  • 71. A polícia precisou de 14 anos para resolver os misteriosos assassinatos que o último maníaco da Rússia tramava em sua cabeça enferma. Quando policiais invadiram o apartamento deteriorado em que Alexander Pichushkin vivia com a mãe, em Moscou, no ano passado, as coisas logo se tornaram claras. A polícia encontrou um tabuleiro de xadrez no qual Pichushkin, 33 anos, havia inscrito um número para cada vítima. Esta semana, teve início o julgamento no qual ele é acusado de 49 assassinatos, ainda que o total que lhe é atribuído seja de 62. Ao que parece, o último maníaco da Rússia tinha dois objetivos. O primeiro era tirar a vida de 64 pessoas, tantas quanto as casas de um tabuleiro de xadrez, como ele mesmo disse. O segundo era competir com o assassino serial mais famoso do país, Andrei Chikatilo, que em 12 anos matou 52 crianças e mulheres jovens. A polícia presume que Pichushkin tenha matado a maioria de suas vítimas com golpes de martelo ou garrafas de vodca contra a cabeça. Esta última técnica foi utilizada contra os moradores de rua que ele atraía ao parque Bittsa sob o pretexto de lhes oferecer um trago. "Para mim, uma vida sem assassinato é como uma vida sem comida", ele declarou em confissão diante de câmeras de TV.
  • 72. "Sinto-me como um pai para essas pessoas, pois fui eu quem lhes abriu as portas para o outro mundo". Na saída do primeiro dia de julgamento, segunda-feira, os jornalistas perguntaram por que ele havia cometido os crimes, e a resposta foi lacônica, sem emoção; "Era assim que eu me sentia". Pichushkin não foi capaz de concluir seu plano macabro porque a última de suas vítimas intuiu a cilada. O assassinato do tabuleiro trabalhava como vendedor em uma loja de alimentos, e um dia convidou uma colega de trabalho para um passeio no parque. Foi em 5 de junho de 2006. Ela deixou um bilhete ao filho explicando aonde pretendia ir, e em companhia de quem. A polícia encontrou o papel e, 10 dias mais tarde, deteve Pichushkin. Ainda que inicialmente ele negasse os indícios, terminou confessando depois que policiais mostraram uma gravação de câmeras de segurança do metrô que o mostrava em companhia da mais recente vítima. Alexander Pichushkin não parece humano, e sim um maníaco de cinema. Não lhe custou muito começar a revelar todos os seus crimes, e até vangloriar-se deles. Em 2005, quando a cidade viveu um pânico devido às suas numerosas ações, a polícia deteve um homem erroneamente.
  • 73. Pichushkin assassinou duas pessoas na mesma semana, para demonstrar que não haviam conseguido detê-lo. Acompanhava com atenção o que a imprensa publicava sobre seus crimes, e se irritava muito quando detalhes que considerava essenciais estavam ausentes dos relatos. De acordo com o suposto maníaco, seu truculento torneio de xadrez começou em 1992, com o assassinato de um colega da escola onde estudava. A polícia o interrogou, então, mas não foram movidas acusações contra ele. Aquele foi exatamente o ano em que Chikatilo foi condenado. Depois dessa primeira experiência, Pichushkin só voltou a atuar uma década mais tarde. Em 2005 e 2006, seus ataques se tornaram mais freqüentes, e talvez por isso tenha saído derrotado.
  • 74. Janeiro de 1977, este serial killer grego foi condenado por estuprar e assassinar prostitutas e cortá-las com uma serra elétrica. Por seus crimes foi condenado a 13 sentenças de perpétua. Também foi condenado por tentar matar outras 6 mulheres. Foi chamado pela mídia de O ESTRIPADOR DE ATENAS, estuprava e estrangulava suas vítimas, depois as cortava em pedaços e jogava suas partes ao longo da estrada. Uma das testemunhas escapou depois de convencê-lo que não era prostituta. Toda a Grécia acompanhou seu julgamento pela TV.
  • 75. Enfermeira que sofre da Síndrome de Munchausen Modificada (desejo de matar ou machucar para conseguir atenção), recebeu 13 penas de perpétua em 1993, depois de matar uma criança e atacar outras 9. A investigação constatou vários incidentes de pacientes com respiração por ventilação ou recebendo medicamento por soro (defeito nas bombas) em vários hospitais em duas cidades. Está agora internada num hospital para doentes mentais de alta periculosidade. Não é nada provável que saia dali, mas se isso acontecer, pais das crianças juraram matá-la.
  • 76. Um devoto mórmon, Bishop gostava de passar muito tempo com crianças. Depois de ser processado por apropriação em Utah, mudou de nome e desapareceu. Como Roger Downs, participou do Big Brother América e ia acampar com crianças. Molestava e matava. Quando a policia o levou para um interrogatório de rotina, ele confessou seus crimes e admitiu ter molestado inúmeras crianças, e acariciava-as depois de mortas. A moda mórmon, ele declarou que estava feliz por ser pego, porque só assim não faria outra vez. Morreu por injeção letal em junho 98.
  • 77. Serial killer húngaro, suas façanhas foram imortalizadas pelo poeta surrealista Antonin Artaud. Em 1912, depois de mudar-se com sua esposa para a vila de Czinkota, ela começou a ter um caso. Logo os amantes sumiram e Bela contou aos vizinhos que eles fugiram. Logo depois, adquiriu 55 barris de metal. Falou para a polícia local que iria estocar gasolina por causa da iminente guerra. Em 1914, foi recrutado pelo exército e mandado para o campo de batalha. Morreu na guerra. Quando soldados passaram pela cidade à procura de gasolina, alguém lembrou dos barris de Bela. Ao abrirem na certeza de encontrar gasolina, encontraram 24 corpos preservados em álcool. Aparentemente, Bela chamava a si próprio de Hoffman, colocava anúncios em jornais locais descrevendo a si mesmo como solitário viúvo procurando companhia feminina. Garroteava aquelas mulheres que respondiam ao anúncio, e as colocava nos barris. Os corpos de sua mulher e do amante também foram encontrados ali. Ao investigarem sua morte, constataram no hospital que ele havia trocado de identidade com algum soldado ferido gravemente, e escapara ileso da guerra. Nunca foi encontrado, apesar de falsos alarmes de que teria sido visto em Budapeste ou Nova Iorque.
  • 78. Carl Panzram nasceu em 1891, nos Estados Unidos. Era filho de um imigrante e tinha 6 irmãos. Quando tinha 7 anos, seu pai abandonou sua mãe. Um ano depois, Carl Panzram entrou na vida criminal: aos 8 anos, já cometia pequenos delitos. Aos 11 anos, Carl foi enviado para um reformatório, onde passou dois anos, na companhia de cerca de outros 300 jovens. Lá, apanhou e foi sodomizado várias vezes, inclusive por líderes religiosos. “Então eu comecei a pensar que eu deveria ter a minha vingança tão logo e tão frequentemente eu conseguisse machucar qualquer um”, disse Panzram, tempos depois. “Fui ensinado pelos Cristãos a ser um hipócrita, e aprendi mais sobre roubar, mentir, odiar, queimar e matar. E que um reto pode servir para outros propósitos.” Ao sair da instituição, com cerca de 14 anos, Panzram deixou um dispositivo armado para incendiar o prédio. Já na rua, desenvolveu um comportamento piromaníaco (incendiário) e fantasiava promover homicídios em massa. Sua relação com sua mãe foi se deteriorando. Na escola, um professor o agredia. Um dia, isso ainda aos 14 anos, Panzram levou uma arma para a escola e queria matá-lo, mas começaram a brigar e Panzram, dominado, acabou perdendo a arma. Poucos dias depois, Panzram pegou um trem e “caiu no mundo”.
  • 79. Panzram roubava, mendigava, dormia em qualquer lugar. Acabou sendo violentado por quatro homens. Após outro crime, foi novamente para um reformatório. Panzram tinha o linguajar de um criminoso nato e um policial implicava com ele. Carl resolveu matá-lo. Cometeu o homicídio com um pedaço de madeira, atingindo a cabeça do policial, pelas costas. Passou então a ser ainda mais vigiado na instituição e resolveu fugir. Comportamento incendiário Panzram fugiu com um colega. Adquiriram armas e “roubavam tudo o que podiam”, inclusive igrejas, as quais Carl queimava depois – um de seus crimes favoritos. “Eu amo tanto Jesus que quero crucificá-lo novamente.”, dizia Panzram. Logo a dupla se separou e Panzram começou a usar outros nomes. Em 1907, com 16 anos, Panzram mentiu sua idade e entrou no Exército. Logo no primeiro dia, recebeu uma punição – a primeira de muitas que receberia lá dentro. Acabou sendo pego roubando e foi condenado a três anos de serviços forçados em uma penitenciária federal. Panzram tinha muita dificuldade em se adaptar a estes ambientes. As regras na penitenciária eram rígidas e Carl vivia sendo punido. Tinha que carregar uma bola de ferro presa ao pé, mesmo quando trabalhava quebrando pedras, 10 horas por dia, 7 dias por semana. Um dia, Panzram queimou uma parte da prisão, mas não foi descoberto. Saiu de lá em 1910.
  • 80. Foi preso mais algumas vezes, em alguns outros locais, por diversos crimes – mas conseguia fugir. E mantinha o seu comportamento incendiário… Ódio do mundo Sobre suas vítimas, Panzram disse que não era seletivo, “importava apenas que fossem seres humanos”. Estuprou até mesmo um policial que tentou extorqui-lo. Nunca desenvolveu um interesse maior por mulheres. Nas prisões, por ter um porte avantajado e por suas características psíquicas dominadoras e agressivas, acabava sodomizando os colegas. Em uma destas detenções, assim preencheu o campo “Profissão” na sua ficha de admissão: “ladrão”. Apesar de punições cada vez maiores, seu comportamento não mudava. Em uma ocasião, roubou a casa de William H. Taft, ex-presidente dos EUA. Panzram arrecadou muito dinheiro com os objetos que vendeu e comprou um iate. Entretanto, o revólver calibre 45 que achou na casa, este ele não vendeu, passou a carregá-lo. E, como não poderia deixar de ser, enquanto andava com seu iate, invadia alguns outros, vazios, e roubava o que lá encontrava. Teve também a idéia de atrair marinheiros, oferecendo trabalho. Então, os violentava, matava e jogava no mar. Ladrão, estuprador, sereal killer – esta era a vida de Carl Panzram.
  • 81. Em 1921, Panzram foi parar em Angola! Em 1922, já com 31 anos, estuprou e matou brutalmente um garoto de 12 anos – esmagou sua cabeça com uma pedra. “Eu não me arrependo. Minha consciência não me incomoda. Eu durmo tranquilamente e tenho sonhos doces.” Carl Panzram dizia odiar a humanidade. Em uma ocasião matou seis pessoas de uma só vez, sem motivo, e jogou os corpos aos crocodilos. Teve que fugir porque muitas pessoas tinham visto ele com as vítimas. Panzram veio para Portugal, mas lá já era procurado. Voltou para os EUA. Continuou a roubar, matar, fugir etc. Roubou outra embarcação. De um comissário da polícia. Repintou o barco e mudou o nome da embarcação. Usando a arma que lá achou, matou mais uma pessoa – além de ter sodomizado outra, que o denunciou. Foi preso pouco depois. Arranjou um advogado, dizendo a este que no seu barco havia muito dinheiro e que lhe pagaria após sair da cadeia. Quando foi posto em liberdade, desapareceu. O advogado foi tentar registrar o barco e descobriu que era roubado. Carl continuou sua vida criminosa e, numa dessas prisões, disse muito do seu passado, mas foi desacreditado. Porém, investigou-se e descobriu que era verdade. Por sinal, Panzram ainda tentou receber uma recompensa oferecida em outra localidade por sua captura…
  • 82. Foi transferido para outra prisão, muito rígida. Em uma fuga alguns meses depois, quebrou as pernas e foi pego. Algum tempo depois foi submetido a uma cirurgia, onde acabaram por retirar-lhe um testículo. Além disso, ficou na solitária por meses. Passava o tempo pensando em como matar o maior número de pessoas. Inteirados 5 anos nesta prisão, em 1928 voltou às ruas. Nas primeiras duas semanas, já tinha matado um. Foi preso, mais uma vez. Carl Panzram conta sua história Na identificação criminal, notaram que Panzram tinha o peito tatuado com um lema: “Liberdade e Justiça”. Pela primeira vez, Panzram deu seu nome verdadeiro. Foi nesta prisão que teve contato com Henry Lesser, um guarda que se interessaria por suas histórias. Lesser perguntou qual era o seu crime, e ele respondeu: “O que eu faço é reformar as pessoas.”. E então começou a falar de seu passado. Panzram aceitou escrever sua história para Henry Lesser. “Por que eu sou o que sou? Eu te direi a razão. Eu não me fiz o que sou. Os outros é que me fizeram.” Nestes escritos, Panzram também dizia que o sistema penal só fazia piorar as coisas. “A minha vida inteira eu tenho quebrado cada lei que já foi feita pelos homens ou por Deus.
  • 83. E se tivessem feito mais, eu as quebraria também.” Os processos pelos crimes anteriores começaram a andar, com suas confissões. Feitas sem nenhum remorso, diga-se de passagem. Cerca de 20 homicídios. Um dos mais prolíficos assassinos em série já nascidos. Panzam dizia que se fosse solto mataria outro tanto. Em um julgamento, ameaçou uma vítima que depunha, fazendo gestos de esganar um pescoço: “É isto que acontecerá com você.”. Foi condenado a vários anos de prisão e deveria voltar à prisão federal. Lá, avisou ao chegar: “Eu vou matar o primeiro homem que me incomodar.”. Um guarda denunciou uma infração sua e Panzram foi para a solitária. Ao sair, matou o guarda, na lavanderia da prisão. Outros presos tentaram fugir da confusão, mas Panzram ainda quebrou o braço de um e aterrorizou os outros. Voltou para a solitária, enquanto aguardava outro julgamento. Panzram continuou a se corresponder com Lesser. E disse que estava surpreso, porque agora ninguém encostava nele. “Cheguei à conclusão que se desde o começo tivesse sido tratado como agora, então tantas pessoas não teriam sido roubadas, estupradas e mortas.” O julgamento de Carl Panzram Em 1930, foi a julgamento pelo caso do guarda assassinado. Estava desafiador e pouco cooperativo.
  • 84. “Você tem um advogado?”, perguntou o juiz. “Não, e eu não quero um.” Durante o julgamento, Panzram foi avaliado por um psicólogo, Dr. Menninger. “Eu quero ser enforcado e não quero nenhuma interferência sua ou de tipos como você. Eu sei tudo sobre o mundo e sobre a natureza diabólica do homem, e não quero bancar o hipócrita. Estou orgulhoso de ter matado alguns e arrependo-me de não ter matado mais.” Menninger tentou fazer Carl falar sobre sua vida, mas o assassino foi ficando furioso. “Estou dizendo que sou responsável e culpado, e quanto mais rápido me enforcarem melhor será e mais contente ficarei. Então não tente interferir nisso!” Menninger, em suas análises, culpou o reformatório e as prisões por tudo o que aconteceu. E relatou: “Eu nunca vi um indivíduo cujos impulsos destrutivos eram tão completamente aceitos pelo seu ego consciente como Panzram.”. Panzram foi condenado a morrer em setembro do mesmo ano. Ouviu a sentença com um leve sorriso. “Eu certamente quero agradecê-lo, juiz, apenas me deixe colocar as mãos em volta do seu pescoço por 60 segundos e você nunca mais sentará como juiz em um tribunal.” Foi retirado da sala rindo.
  • 85. Uma associação contra a pena de morte tentou reverter o quadro, mas isso enfureceu Panzram. “Eu não quero consertar a mim mesmo! Meu único desejo é consertar as pessoas que tentaram me consertar, e eu acho que o único meio de reformar as pessoas é matando-as.” Panzram escreveu uma carta ao presidente dos estados Unidos dizendo que não queria outro julgamento, e que estava plenamente satisfeito com aquele e com a pena. “Eu me recuso absolutamente a aceitar um perdão ou uma mudança na pena.” Panzram permaneceu acordado na noite anterior à execução, andando pela cela e cantando uma curta canção pornográfica que ele mesmo compôs.
  • 86. Em julho 99, um faz-tudo num motel recreacional nudista Stayner confessou ter matado as três viajantes do parque Yosemite, Carole Sund, sua filha Juli e uma amiga Silvina Pelosso, cujos corpos foram encontrados este ano??? Stayner falou detalhes sobre o crime que só a policia conhecia. Stayner, que já confessou ter decapitado a naturalista Joie Ruth Armstriong, tinha sido questionado meses antes sobre a morte dos visitantes do parque,, mas não foi considerado suspeito. Também é suspeito de ter matado seu tio Jesse, que morreu de um ferimento de tiro e as autoridades na época pensaram ter sido vitima de assalto. Ficou conhecido na mídia como o Serial Killer de Yosemite. Numa entrevista para a TV, diz que sonhou em matar mulheres durante 30 anos. Também revelou não ter abusado sexualmente de nenhuma de suas vítimas. Stayner disse que estrangulou Pelosso, 16, e Carole, 42, na sua cabine alugada no Albergue Cedar, em El Portal. Levou então Juli para o lago, onde matou a garota de 15 anos na manhã seguinte. Sua cabeça estava quase separada do corpo. Para encobrir seus rastros, Stayner molhou as toalhas do motel para parecer que suas vítimas haviam tomado banho e saído pela manha sem nenhum incidente. Stayner carregava um romance sobre um serial killer enlouquecido na mochila quando matou a naturalista Joie.
  • 87. Também carregava uma harmônica, arma, cerveja. Dizendo que precisava consertar uma goteira, conseguiu entrar no quarto das mulheres, que assistiam um vídeo. Saiu do banheiro carregando uma pistola .22 e ordenou que Carole e as duas meninas ficassem de bruços nas camas. Depois de amarrar suas mãos com fita isolante, amordaçou-as e ordenou que as garotas fossem para o banheiro. Estrangulou Carole com uma corda que trouxe com ele. Colocou o corpo no porta malas do carro alugado por elas, voltou e ordenou que as duas garotas fizessem uma performance para ele de atos sexuais. Silvia resistiu, portanto foi estrangulada no banheiro, fora das vistas de Juli e então atacou Juli. Horas depois levou-a para o quarto ao lado e começou a se livrar de evidências. Colocou o corpo também no porta malas e saiu com Juli, deixando o quarto completamente arrumado. Mais tarde, enrolou Juli nua numa manta do motel e saiu de carro com ela amarrada no banco do passageiro. Dirigiu até o Lago Dom Pedro e levou Juli por uma antiga trilha até uma clareira, onde ficou admirando a água. Depois, retalhou sua garganta inúmeras vezes enquanto ela implorava para que a matasse com um tiro, mas não havia mais balas. Depois de esconder seu corpo num bosque cerrado ele guiou o mais longe que pode dentro da floresta. Dois dias depois, voltou e queimou seu carro. Jogou a carteira de Carole o mais longe que pode, para despistar a polícia, na cidade de Modesto. Em outubro 99 foi acusado de 3 assassinatos em especial circunstância. Foi condenado à morte. O hotel no parque Yosemite também está sendo processado, por não prover segurança para quem ali se hospeda.
  • 88. Quando, em 1970, Charles Willis Manson apareceu, no início de um julgamento, com um “x” na testa, feito à faca por ele mesmo, ele explicou ao grande número de jornalistas presentes que estava se “xizando” do mundo, que estava “saindo fora”. Na verdade, naquele dia ele só estava oficializando isto. Charles Manson, desde criança, já vivia fora deste mundo de regras e leis. Charles Manson começou a ficar famoso no final do ano anterior, quando foi descoberto o envolvimento de sua “Família” em brutais assassinatos, acontecidos poucos meses antes. A Manson Family era formada por Charles Manson e um grupo de seguidores seus. Viviam, à época, em um rancho, nos Estados Unidos. Sobreviviam especialmente de atividades criminosas, como furtos. Naquele tempo era comum a existência de comunidades parecidas a esta. Lembremos que foi o ano do Festival de Woodstock. O Festival de Woodstock foi o auge do movimento “paz e amor”: sexo livre, lama (duas tempestades durante o evento), drogas (LSD e maconha, principalmente)… E, claro, muito rock and roll. Cerca de 500 mil pessoas viram performances hoje históricas de Santana, The Who, Jimi Hendrix, Janis Joplin, entre muitos outros artistas. Um ano antes, o mundo havia sido sacudido pelas revoluções não-armadas, comandadas pelos jovens e por trabalhadores, ocorridas em vários países.
  • 89. O chamado “Maio de 68″, em Paris, foi o ponto mais alto desta história. Pedia-se mais liberdade, menos leis, menos regras. “É proibido proibir” foi um dos slogans do movimento. Por tudo isto, a comunidade de Manson não chamava tanto a atenção. De fato, o seu envolvimento com as mortes foi descoberto um pouco por acaso. Em uma batida policial ao rancho, vários integrantes foram presos, por acusações de crimes mais leves. Mas, dentro da cadeia, uma das “garotas de Manson”, Susan Atkins, acabou por falar a uma colega de cela que ela mesma havia matado a atriz Sharon Tate, que estava grávida de oito meses quando morreu. Assustada com os detalhes que ouviu, esta colega de cela fez chegar às autoridades toda a história. E o novelo começou a ser desenrolado… Infância e adolescência de Charles Manson Charles Manson nasceu em 1943. Foi gerado por uma gravidez não desejada de uma garota de 16 anos, que havia saído de casa um ano antes, bebia muito e era promíscua, apesar de (ou por causa de?) uma criação religiosa bastante rígida. Seu pai verdadeiro, Charles nunca conheceu. Herdou o sobrenome “Manson” de um homem com quem a mãe se juntou, relacionamento que durou pouco tempo. Às vezes sua mãe sumia por dias, e o pequeno Charles Manson ficava aos cuidados da avó.
  • 90. A mãe acabou sendo presa, com um irmão, por roubo armado a um posto de gasolina, e Charles foi parar nas mãos de tios, também bastante conservadores. O tio reprimia Charles, dizia que ele era afeminado – e, para “consertá-lo”, enviou-o vestido de menina no primeiro dia de aula. Quando a mãe foi solta, continuou com sua vida anterior: casos amorosos fugazes, pulando de casa em casa, de cama em cama – supostamente, envolvia-se também com mulheres. Charles Manson conta que sua mãe chegou a vendê-lo em um bar, em troca de apenas uma caneca de cerveja, e teve de ser resgatado por um parente. Ainda criança, Charles Manson começou a furtar, continuamente. Foi mandado para um reformatório, mas ao sair continuou com os delitos. Por volta dos 12, procurou a mãe, que o rejeitou mais uma vez. Outras vezes preso, foi parar em outras instituições. Muitas vezes fugia. Chegou a passar por avaliações psiquiátricas – numa destas, postulou-se que por trás de suas mentiras e frieza estava um garoto extremamente sensível que não havia recebido amor suficiente. Avaliou-se o seu QI, e era acima da média. Poucos dias antes de ser ouvido para receber uma condicional, em uma destas detenções, Charles Manson sodomizou um garoto, apontando uma faca contra o pescoço do rapaz. Tinha já 17 anos. Charles relata que, nestas instituições penais pelas quais passou, já tinha sido vítima anteriormente de abusos sexuais – sendo que em uma ocasião um guarda incitou os outros garotos a violentá-lo, enquanto permaneceu masturbando-se, ao lado da cena.
  • 91. Charles Manson foi então mandado para uma instituição mais segura. Não adiantou muito: lá, abusou de outros homens. A vida na prisão Já em outra prisão, aparentemente mudou de comportamento, subitamente: dedicou-se mais a aprender (finalmente foi alfabetizado) e estava mais colaborativo. Aos 19 pôde sair. No ano seguinte, casou e teve um filho, Manson Jr.. Enquanto isto, trabalhava em serviços de baixa especialização, pelos quais recebia pouco. Então, para completar sua renda, roubava carros… Foi parar novamente na prisão. Nisto, sua esposa o largou. Três anos depois, ele saiu da cadeia. Virou “cafetão”, explorando prostitutas. E, claro, ainda era ladrão. Ano seguinte, pego novamente, mas escapou com a ajuda de uma mulher que mentiu estar grávida dele. Mas após dar um golpe financeiro em uma mulher e drogar e estuprar a colega de quarto desta, foi preso. Estava com 26 anos e foi condenado a vários anos de prisão. Descreve-se que, nesta época, Charles tinha grande necessidade de chamar a atenção para si mesmo. Era manipulador. Falava de filosofias pouco conhecidas na época, como o Budismo e a Cientologia. Outra obsessão era o quarteto de Liverpool, “The Beatles”. Charles Manson tinha um violão e acreditava que, tendo oportunidade, seria mais famoso que os Beatles. Passava boa parte do tempo na prisão escrevendo músicas.
  • 92. Aos 32, podendo finalmente ser libertado, quis recusar. Tinha passado mais da metade da sua vida em instituições e disse que não saberia viver lá fora. Estávamos em 1966. Família Manson Charles Manson foi obrigado a sair da prisão. Na rua, teve contato com hippies e começou a arregimentar seguidores. Muitos eram meninas bem jovens e emocionalmente perturbadas. Além disso, Manson usava de drogas como o LSD para influenciá-las. Nascia a “Família Manson”. O já “guru” Charles Manson pregava o abandono das prisões mentais engendradas pelo capitalismo. Consta que a Família acabou por se aproximar das “ciências ocultas”, como a “Ordem Circe do Cachorro Sanguinário” (!). O grupo acabou conhecendo Dennis Wilson, da banda Beach Boys, muito famosa à época. Tentaram explorá-lo, mas ele logo se livrou de Manson. Em 68, a Família Manson foi parar no rancho onde se estabeleceriam em definitivo, o “Rancho Spahn”. Eles sobreviviam não só de roubar, mas também de outras atitudes pouco convencionais, como procurar comida em restos de restaurantes. Charles Manson ainda tentava gravar um filme ou um disco. Um produtor, chamado Melcher, recusou o que na cabeça de Manson seria um fato consumado: a gravação e lançamento de seu disco.
  • 93. Helter Skelter Em suas teorizações, Charles dizia acreditar que em breve aconteceria uma grande guerra racial, onde os negros venceriam, mas ficariam desnorteados, porque eram incapazes de dominar. Neste ano, os Beatles lançaram o que ficou conhecido como “Álbum Branco”, onde uma música chamada “Helter-skelter” dizia “Olhe lá fora a ‘helter-skelter’, ela está chegando rapidamente”. Então, tudo ficou claro na cabeça de Manson… A guerra, pensava Manson, deveria começar com o acontecimento de crimes que deixassem os brancos realmente enfurecidos contra os negros. Charles e sua Família escapariam escondendo-se no deserto. Charles havia entendido, ao ler um livro religioso, que no deserto havia uma entrada para uma cidade de ouro. Após o fim da guerra racial, a Família Manson retornaria e assumiria o comando da situação. Charles era o “quinto anjo”. Os outros quatro? John, Paul, George e Ringo: os Beatles… Como os negros não iniciaram a guerra na data que Charles achou que começariam, ele percebeu que teria que ensinar a eles o que fazer… Sharon Tate Madrugada de 9 de agosto de 69. Hollywood. A bela atriz Sharon Tate está grávida de 8 meses. Seu marido é o diretor de cinema Roman Polanski, que já era conhecido e está em viagem na Europa.
  • 94. Na casa do casal, Sharon Tate recebe três amigos – uma residência isolada da cidade, e com vizinhos distantes. Os quatro são assassinados esta noite, por integrantes da Família Manson (Charles não participou, só ordenou)– aliás, os cinco: o garoto na barriga de Sharon Tate também morreu. Também foi assassinada outra pessoa que não estava com eles na casa, estava por perto apenas procurando pelo caseiro. Tiros, golpes com objetos, enforcamentos e muitas facadas. Na parede, escreveram “PIG” (porco), com o sangue das vítimas. Sharon e seus amigos morreram, podemos dizer, “por azar”. Dias antes, Charles Manson havia ido a casa à procura daquele produtor musical, Melcher, mas ele havia se mudado. Foi então que viu Tate lá e pensou que seria uma ótima vítima. Na noite seguinte a este crime, o rico casal LaBianca foi assassinado quase da mesma maneira. Charles entrou na casa, dominou o casal, amarrou-os e saiu, chamando os outros membros para terminarem o serviço. Segundo afirmou Charles “Tex” Watson, um dos criminosos, Charles havia ordenado: “Matem estas pessoas da maneira mais cruel possível!”. Na parede, com sangue, escreveram “WAR” (guerra). Na geladeira, “HEALTER SKELTER” (involuntariamente, a expressão foi escrita erroneamente). A guerra iria começar… O cartão de crédito roubado da senhora LaBianca foi deixado em um estabelecimento comercial – era para ser achado por um negro, que seria então preso e acusado dos assassinatos (o tal cartão nunca foi usado…).