O documento discute o papel do farmacêutico clínico na adesão à terapia antirretroviral (TARV) para pacientes com HIV/AIDS. O farmacêutico clínico realiza consultas individuais para avaliar o conhecimento do paciente sobre o tratamento, prestar informações sobre a doença e o tratamento, e ajudar o paciente a gerenciar sua terapia. Resultados após um ano mostraram melhorias na adesão e na carga viral indetectável entre pacientes que receberam acompanhamento farmacêutico
1. ATUAÇÃO DO FARMACÊUTICO
CLÍNICO NA ADESÃO À TERAPIA
ANTIRRETROVIRAL
Lilian Pereira Primo
Mestre em Gestão de Organizações de Saúde – FMRP USP
Farmacêutica Clínica - Hospital das Clínicas de Ribeirão Preto – USP
lilianprimo2006@yahoo.com.br
2. HIV/AIDS
Sentença de morte doença crônica
TARV
• controle clínico adequado da doença
• Seguro e tolerável
• Redução morbimortalidade
3. Necessidade de uso regular e contínuo;
Uso correto.
ADESÃO
TARV X benefícios do tratamento
4. ADESÃO
“Extensão na qual o comportamento do
paciente coincide com o plano de cuidado
acordado com o profissional de saúde, como
uso de suas medicações, comparecimento as
consultas, realização dos exames, dieta, entre
outras ações”
Organização Mundial da Saúde, 2003.
6. MÁ ADESÃO AO TRATAMENTO
• Má Adesão: 5 vezes mais riscos de progressão da doença
• “Epidemia invisível” - 15 a 93%
“50% dos pacientes em uso de medicamentos para controle de doenças
crônicas abandonam o tratamento no primeiro ano e para aqueles que
permanecem sob supervisão médica apenas metade tomam 80% das doses”
Fonte: PELLOWSKI; KALICHMAN, 2015.
Resistência aos medicamentos
7. - Papel fundamental na adesão
- Combinação de conhecimentos
especializados
- O uso eficiente do medicamento exige
trabalho articulado
EQUIPE MULTIPROFISSIONAL
8. UNIDADE ESPECIAL DE TRATAMENTO DOENÇAS
INFECCIOSAS (UETDI)
Serviço de Atendimento Especializado (SAE) em
HIV/aids do HCFMRP
Origem em 1996
Atendimento ambulatorial e internação pessoas
vivendo HIV/aids
Equipe multiprofissional Farmacêutico
Clínico
9. Papel do farmacêutico clínico
Realizar serviços em favor do paciente visando identificar, resolver e
prevenir problemas relacionados aos medicamentos
EDUCAÇÃO EM SAÚDE
Construção do vínculo terapêutico
entre paciente e farmacêutico
11. • Avaliar o conhecimento do paciente sobre
tratamento
• Perguntas relativas a dose, escala de
tomada/frequência e interações medicamentosas
• Verificar se deixa de tomar a TARV quando se sente
bem ou mal
ACOMPANHAMENTO FARMACÊUTICO
12. • Prestar informações
- Mecanismo da doença
- Portador HIV x AIDS
- Exames CD4 e carga viral
ACOMPANHAMENTO FARMACÊUTICO
13. CD4 acima 350
unidades/mm³
de sangue
CD4 abaixo de 200
unidades/mm³ de
sangue
PORTADOR DO HIV AIDS
CD4
(Defesa)
Fases
Assintomática ou sem sintomas
As células de defesa são capazes
de combater outras infecções.
Sintomática inicial
Os sintomas mais comuns são: suores
noturnos, diarreia, febre e emagrecimento.
Aparecimento de doenças oportunistas
Estágio mais avançado da doença. Quem
chega a esta fase pode sofrer de:
pneumocistose, tuberculose, criptococose,
toxoplasmose e alguns tipos de câncer.
Carga viral
(HIV)
HIV/AIDS
CD4 entre 350 a 200
unidades/mm³ de
sangue
Coquetel
14. • Acompanhar o paciente durante o uso do medicamento
- responsabilizar-se junto ao paciente
- sanar dúvidas
- esclarecer RAM e Interação medicamentosa
• Ajudá-lo a manejar o seu tratamento
- compreender a rotina do paciente
- melhor horário para uso do medicamento
ACOMPANHAMENTO FARMACÊUTICO
18. DISPENSAÇÃO DA TARV
• Dispensação mensal da TARV
• Ambiente de confiança – vínculo
“Momento em que o paciente deve receber todas as
informações e orientações sobre o uso correto do
medicamento, de modo a contribuir com o sucesso da
farmacoterapia e melhorar a adesão ao tratamento”
19. História de má adesão
Início da TARV
Mudança da TARV
Abandono do tratamento
ACOMPANHAMENTO FARMACÊUTICO
20. HISTÓRICO DE RETIRADAS - SICLOM
• Frequência e a quantidade de medicamento retirado pelo
paciente são essenciais para o acompanhamento
• Informações importantes e proporciona troca entre a equipe
de saúde
• Ferramenta subutilizada
21.
22.
23.
24. RESULTADOS DE 1 ANO DE ACOMPANHAMENTO
FARMACÊUTICO
700 consultas pacientes/mês
1.300 pacientes em TARV
95 pacientes receberam acompanhamento
farmacêutico
25. > 80% (10 MESES/ANO) DE RETIRADAS EM 12 MESES
Pré-intervenção Pós-intervenção
Grupo 1
Pacientes com história de má
adesão
16% 57%
RETIRADAS DA TARV
Grupo 2
Pacientes iniciando a TARV
- 69%
26. CARGA VIRAL INDETECTÁVEL
Pré-intervenção Pós-intervenção
Grupo 1
Pacientes com história de má
adesão
21% 52%
RESULTADOS DE 1 ANO DE ACOMPANHAMENTO
FARMACÊUTICO
Grupo 2
Pacientes iniciando a TARV
- 81%