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Faculdade do Centro do Paraná
Acadêmico: Marcos Roberto Meressiano
Hermenêutica e a Teoria do Conhecimento
Hermenêutica Juridica
Prof. Euzecley
Pitanga-PR
2 Setembro de 2013
1. Hermenêutica
Definição e aplicações
Hermenêutica significa interpretar, e é um termo de origem grega. Hermenêutica na
Bíblia é a compreensão das escrituras, para compreender o sentido das palavras de
Deus. Hermenêutica está presente na filosofia e na área jurídica, cada uma com seu
significado.
Na área jurídica, hermenêutica é a ciência que criou as regras e métodos para
interpretação das normas jurídicas, fazendo com que elas sejam conhecidas com seu
sentido exato e esperadas pelos órgãos que a criaram. Toda norma jurídica deve ser
aplicada em razão do todo do sistema jurídico vigente, e não depende da interpretação
de cada um, ela deve estar vinculada aos mandamentos legais de uma sociedade.
Na filosofia, hermenêutica é a ciência que estuda a arte e a teoria da interpretação, e
surgiu na Grécia Antiga. A hermenêutica estuda diversos assuntos em diversas áreas,
como literatura, religião e direito. Na filosofia, hermenêutica é fundamentada por Hans-
Georg Gadamer, que escreveu um livro sobre como explicar e analisar textos de forma
coerente, através de métodos especiais.
2. Conhecimento
O que é Conhecimento:
Conhecimento é o ato ou efeito de abstrair uma determinada ideia ou a noção de alguma
coisa. Conhecimento também inclui descrições, hipóteses, conceitos, teorias, princípios,
procedimentos e outros, e o estudo do conhecimento é chamado de gnoseologia, ou seja,
aqui que se sabe de algo ou alguém. Para falar de conhecimento, é necessário falar sobre
dados e informações, dados é uma mistura de códigos e informação é o resultado do
processo de manipulação desses dados, assim, o conhecimento pode ser considerado
uma informação com uma utilidade.
O conhecimento é dividido em uma série de categorias: conhecimento sensorial, que é o
conhecimento comum entre seres humanos e animais, conhecimento intelectual que é o
raciocínio; pensamento do ser humano, conhecimento popular, que é a forma de
conhecimento de uma determinada cultura, conhecimento científico que são análises
baseadas em provas, conhecimento filosófico que está ligada à construção de idéias e
conceitos, conhecimento teológico que é o conhecimento adquirido a partir da fé, e
muitos outros.
Conhecimento científico é um conhecimento real porque lida com ocorrências ou fatos,
constitui um conhecimento contingente, pois suas preposições ou hipóteses têm a sua
veracidade ou falsidade comprovada através da experimentação e não apenas pela razão,
como ocorre no conhecimento filosófico. Já o conhecimento empírico, é aquele que
adquirimos no decorrer do dia, é feito por meio de tentativas e erros num agrupamento
de ideias; o conhecimento empírico é aquele que não precisa ter comprovação científica.
2.1 Teoria do Conhecimento
A necessidade de procurar explicar o mundo dando-lhe um sentido e descobrindo-lhe as
leis ocultas é tão antiga como o próprio Homem, que tem recorrido para isso quer ao
auxílio da magia, do mito e da religião, quer, mais recentemente, à contribuição da
ciência e da tecnologia. Mas é sobretudo nos últimos séculos da nossa História, que se
tem dado a importância crescente aos domínios do conhecimento e da ciência. E se é
certo que a preocupação com este tipo de questões remonta já à Grécia antiga, é porém a
partir do séc. XVIII que a palavra ciência adquire um sentido mais preciso e mais
próximo daquele que hoje lhe damos. É também sobretudo a partir desta época que as
implicações da atividade científica na nossa vida quotidiana se têm tornado tão
evidentes, que não lhe podemos ficar indiferentes. O que é o conhecimento científico,
como se adquire, o que temos implícito quando dizemos que conhecemos determinado
assunto, em que consiste a prática científica, que relação existe entre o conhecimento
científico e o mundo real, quais as consequências práticas e éticas das descobertas
científicas, são alguns dos problemas com que nos deparamos frequentemente. Diante
desses questionamentos, este trabalho pretende fazer um apanhado geral acerca da
Teoria do Conhecimento, suas correntes e representantes, de modo que se torne mais
fácil a sua compreensão.
teoria do conhecimento, se interessa pela investigação da natureza, fontes e validade do
conhecimento. Entre as questões principais que ela tenta responder estão as seguintes. O
que é o conhecimento? Como nós o alcançamos? Podemos conseguir meios para
defendê-lo contra o desafio cético? Essas questões são, implicitamente, tão velhas
quanto a filosofia. Mas, primordialmente na era moderna, a partir do século XVII em
diante - como resultado do trabalho de Descartes (1596-1650) e Locke (1632-1704) em
associação com a emergência da ciência moderna – é que ela tem ocupado um plano
central na filosofia. Basicamente é conceituada como o estudo de assuntos que outras
ciências não conseguem responder e se divide em quatro partes, sendo que três delas
possuem correntes que tentam explica-las: I - O conhecimento como problema, II -
Origem do Conhecimento e III - Essência do Conhecimento e IV - Possibilidade do
Conhecimento.
3. Epistemologia
Epistemologia significa ciência, conhecimento; é o estudo científico que trata dos
problemas relacionados com a crença e o conhecimento, sua natureza e limitações e é
uma palavra que vem do grego.
A epistemologia estuda a origem, a estrutura, os métodos e a validade do conhecimento,
e também é conhecida como teoria do conhecimento e relaciona-se com a metafísica, a
lógica e a filosofia da ciência. É uma das principais áreas da filosofia, compreende a
possibilidade do conhecimento, ou seja, se é possível o ser humano alcançar o
conhecimento total e genuíno, e da origem do conhecimento.
A epistemologia também pode ser vista como a filosofia da ciência. A epistemologia
trata da natureza, da origem e validade do conhecimento, e estuda também o grau de
certeza do conhecimento cientifico nas suas diferentes áreas, com o objetivo principal
de estimar a sua importância para o espírito humano.
A epistemologia surgiu com Platão, onde ele se opunha à crença ou opinião ao
conhecimento. A crença é um ponto de vista subjetivo e o conhecimento é crença
verdadeira e justificada. A teoria de Platão diz que conhecimento é o conjunto de todas
as informações que descrevem e explicam o mundo natural e social que nos rodeia.
A epistemologia provoca duas posições, uma empirista que diz que o conhecimento
deve ser baseado na experiência, ou seja, no que for apreendido durante a vida, e a
posição racionalista, que prega que a fonte do conhecimento se encontra na razão, e não
na experiência.
3.1 Epistemologia jurídica
A epistemologia jurídica examina os fatores que condicionam a origem do direito, e tem
como um dos seus objetivos tentar definir o seu objeto. A epistemologia jurídica é uma
área que está ligada à reflexão, que leva a um entendimento das várias formas de
compreender o conceito de Direito. A epistemologia jurídica aborda o ser humano como
um ser único, onde cada um apresenta formas distintas de pensar e agir, e por esse
motivo, o Direito pode ter várias interpretações.
Conclusão
A Hermenêutica e a teoria do conhecimento
Do ponto de vista histórico, a hermenêutica (hermèneutik) perpassa o domínio da
filosofia deste a antiguidade clássica, sendo Platão (427 a.c), um dos primeiros a utilizá-
la. Como doutrina da arte da compreensão e da interpretação, a hermenêutica se
desenvolveu por dois caminhos diversos, o teológico e o filosófico: a hermenêutica
teológica como defesa da compreensão reformista da Bíblia e a filosófica como
instrumento de redescoberta da literatura clássica procuram pôr a descoberto o sentido
original dos textos. Na modernidade, a hermenêutica teve de desvencilhar-se de todos os
enquadramentos dogmáticos e liberar-se a si mesma para elevar-se ao significado
universal de um organon histórico com vistas a alcançar a unidade da vida grega e
cristã. A partir de Dilthey, com a "liberação da interpretação do dogma”, as Escrituras
Sagradas, na qualidade de obras escritas, passam a submeter-se a uma interpretação não
somente gramatical, mas também histórica. O desaparecimento da diferença entre a
interpretação de escritos sagrados e profanos faz desaparecer a dualidade hermenêutica,
emergindo, a partir dai, uma nova hermenêutica como arte da interpretação correta de
todas as fontes escritas. Com Schleiermacher, a compreensão passa a compor,
juntamente com a interpretação, o centro da preocupação hermenêutica. Entendida
como método de interpretação e compreensão passa, com Gadamer, a ser desenvolvida
como filosofia, tendo na linguagem o seu fator de universalização e o princípio da
conversação como fundamento do aprofundamento do fenômeno da compreensão,
cabendo-lhe determinar o verdadeiro sentido das ciências do espírito e a verdadeira
amplitude e significado da linguagem humana.
http://www.significados.com.br/hermeneutica/
http://dialogica.ufam.edu.br/PDF/no3/Rosa_Britto_Hermeneutica.pdf
Reale, Miguel, Introdução à filosofia. 4. ed. São Paulo: Saraiva, 2002. p. 65-76;85-89;
119-123.

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Hermenêutica e Teoria do Conhecimento

  • 1. UCP Faculdade do Centro do Paraná Acadêmico: Marcos Roberto Meressiano Hermenêutica e a Teoria do Conhecimento Hermenêutica Juridica Prof. Euzecley Pitanga-PR 2 Setembro de 2013
  • 2. 1. Hermenêutica Definição e aplicações Hermenêutica significa interpretar, e é um termo de origem grega. Hermenêutica na Bíblia é a compreensão das escrituras, para compreender o sentido das palavras de Deus. Hermenêutica está presente na filosofia e na área jurídica, cada uma com seu significado. Na área jurídica, hermenêutica é a ciência que criou as regras e métodos para interpretação das normas jurídicas, fazendo com que elas sejam conhecidas com seu sentido exato e esperadas pelos órgãos que a criaram. Toda norma jurídica deve ser aplicada em razão do todo do sistema jurídico vigente, e não depende da interpretação de cada um, ela deve estar vinculada aos mandamentos legais de uma sociedade. Na filosofia, hermenêutica é a ciência que estuda a arte e a teoria da interpretação, e surgiu na Grécia Antiga. A hermenêutica estuda diversos assuntos em diversas áreas, como literatura, religião e direito. Na filosofia, hermenêutica é fundamentada por Hans- Georg Gadamer, que escreveu um livro sobre como explicar e analisar textos de forma coerente, através de métodos especiais. 2. Conhecimento O que é Conhecimento: Conhecimento é o ato ou efeito de abstrair uma determinada ideia ou a noção de alguma coisa. Conhecimento também inclui descrições, hipóteses, conceitos, teorias, princípios, procedimentos e outros, e o estudo do conhecimento é chamado de gnoseologia, ou seja, aqui que se sabe de algo ou alguém. Para falar de conhecimento, é necessário falar sobre dados e informações, dados é uma mistura de códigos e informação é o resultado do processo de manipulação desses dados, assim, o conhecimento pode ser considerado uma informação com uma utilidade. O conhecimento é dividido em uma série de categorias: conhecimento sensorial, que é o conhecimento comum entre seres humanos e animais, conhecimento intelectual que é o raciocínio; pensamento do ser humano, conhecimento popular, que é a forma de conhecimento de uma determinada cultura, conhecimento científico que são análises baseadas em provas, conhecimento filosófico que está ligada à construção de idéias e conceitos, conhecimento teológico que é o conhecimento adquirido a partir da fé, e muitos outros. Conhecimento científico é um conhecimento real porque lida com ocorrências ou fatos, constitui um conhecimento contingente, pois suas preposições ou hipóteses têm a sua veracidade ou falsidade comprovada através da experimentação e não apenas pela razão, como ocorre no conhecimento filosófico. Já o conhecimento empírico, é aquele que adquirimos no decorrer do dia, é feito por meio de tentativas e erros num agrupamento de ideias; o conhecimento empírico é aquele que não precisa ter comprovação científica.
  • 3. 2.1 Teoria do Conhecimento A necessidade de procurar explicar o mundo dando-lhe um sentido e descobrindo-lhe as leis ocultas é tão antiga como o próprio Homem, que tem recorrido para isso quer ao auxílio da magia, do mito e da religião, quer, mais recentemente, à contribuição da ciência e da tecnologia. Mas é sobretudo nos últimos séculos da nossa História, que se tem dado a importância crescente aos domínios do conhecimento e da ciência. E se é certo que a preocupação com este tipo de questões remonta já à Grécia antiga, é porém a partir do séc. XVIII que a palavra ciência adquire um sentido mais preciso e mais próximo daquele que hoje lhe damos. É também sobretudo a partir desta época que as implicações da atividade científica na nossa vida quotidiana se têm tornado tão evidentes, que não lhe podemos ficar indiferentes. O que é o conhecimento científico, como se adquire, o que temos implícito quando dizemos que conhecemos determinado assunto, em que consiste a prática científica, que relação existe entre o conhecimento científico e o mundo real, quais as consequências práticas e éticas das descobertas científicas, são alguns dos problemas com que nos deparamos frequentemente. Diante desses questionamentos, este trabalho pretende fazer um apanhado geral acerca da Teoria do Conhecimento, suas correntes e representantes, de modo que se torne mais fácil a sua compreensão. teoria do conhecimento, se interessa pela investigação da natureza, fontes e validade do conhecimento. Entre as questões principais que ela tenta responder estão as seguintes. O que é o conhecimento? Como nós o alcançamos? Podemos conseguir meios para defendê-lo contra o desafio cético? Essas questões são, implicitamente, tão velhas quanto a filosofia. Mas, primordialmente na era moderna, a partir do século XVII em diante - como resultado do trabalho de Descartes (1596-1650) e Locke (1632-1704) em associação com a emergência da ciência moderna – é que ela tem ocupado um plano central na filosofia. Basicamente é conceituada como o estudo de assuntos que outras ciências não conseguem responder e se divide em quatro partes, sendo que três delas possuem correntes que tentam explica-las: I - O conhecimento como problema, II - Origem do Conhecimento e III - Essência do Conhecimento e IV - Possibilidade do Conhecimento.
  • 4. 3. Epistemologia Epistemologia significa ciência, conhecimento; é o estudo científico que trata dos problemas relacionados com a crença e o conhecimento, sua natureza e limitações e é uma palavra que vem do grego. A epistemologia estuda a origem, a estrutura, os métodos e a validade do conhecimento, e também é conhecida como teoria do conhecimento e relaciona-se com a metafísica, a lógica e a filosofia da ciência. É uma das principais áreas da filosofia, compreende a possibilidade do conhecimento, ou seja, se é possível o ser humano alcançar o conhecimento total e genuíno, e da origem do conhecimento. A epistemologia também pode ser vista como a filosofia da ciência. A epistemologia trata da natureza, da origem e validade do conhecimento, e estuda também o grau de certeza do conhecimento cientifico nas suas diferentes áreas, com o objetivo principal de estimar a sua importância para o espírito humano. A epistemologia surgiu com Platão, onde ele se opunha à crença ou opinião ao conhecimento. A crença é um ponto de vista subjetivo e o conhecimento é crença verdadeira e justificada. A teoria de Platão diz que conhecimento é o conjunto de todas as informações que descrevem e explicam o mundo natural e social que nos rodeia. A epistemologia provoca duas posições, uma empirista que diz que o conhecimento deve ser baseado na experiência, ou seja, no que for apreendido durante a vida, e a posição racionalista, que prega que a fonte do conhecimento se encontra na razão, e não na experiência. 3.1 Epistemologia jurídica A epistemologia jurídica examina os fatores que condicionam a origem do direito, e tem como um dos seus objetivos tentar definir o seu objeto. A epistemologia jurídica é uma área que está ligada à reflexão, que leva a um entendimento das várias formas de compreender o conceito de Direito. A epistemologia jurídica aborda o ser humano como um ser único, onde cada um apresenta formas distintas de pensar e agir, e por esse motivo, o Direito pode ter várias interpretações. Conclusão A Hermenêutica e a teoria do conhecimento Do ponto de vista histórico, a hermenêutica (hermèneutik) perpassa o domínio da filosofia deste a antiguidade clássica, sendo Platão (427 a.c), um dos primeiros a utilizá- la. Como doutrina da arte da compreensão e da interpretação, a hermenêutica se desenvolveu por dois caminhos diversos, o teológico e o filosófico: a hermenêutica teológica como defesa da compreensão reformista da Bíblia e a filosófica como instrumento de redescoberta da literatura clássica procuram pôr a descoberto o sentido original dos textos. Na modernidade, a hermenêutica teve de desvencilhar-se de todos os enquadramentos dogmáticos e liberar-se a si mesma para elevar-se ao significado universal de um organon histórico com vistas a alcançar a unidade da vida grega e cristã. A partir de Dilthey, com a "liberação da interpretação do dogma”, as Escrituras
  • 5. Sagradas, na qualidade de obras escritas, passam a submeter-se a uma interpretação não somente gramatical, mas também histórica. O desaparecimento da diferença entre a interpretação de escritos sagrados e profanos faz desaparecer a dualidade hermenêutica, emergindo, a partir dai, uma nova hermenêutica como arte da interpretação correta de todas as fontes escritas. Com Schleiermacher, a compreensão passa a compor, juntamente com a interpretação, o centro da preocupação hermenêutica. Entendida como método de interpretação e compreensão passa, com Gadamer, a ser desenvolvida como filosofia, tendo na linguagem o seu fator de universalização e o princípio da conversação como fundamento do aprofundamento do fenômeno da compreensão, cabendo-lhe determinar o verdadeiro sentido das ciências do espírito e a verdadeira amplitude e significado da linguagem humana. http://www.significados.com.br/hermeneutica/ http://dialogica.ufam.edu.br/PDF/no3/Rosa_Britto_Hermeneutica.pdf Reale, Miguel, Introdução à filosofia. 4. ed. São Paulo: Saraiva, 2002. p. 65-76;85-89; 119-123.