O documento descreve a arte do antigo Egito, incluindo sua origem no vale do rio Nilo há cerca de 3.000 anos antes de Cristo. Detalha os principais períodos dinásticos do Egito Antigo e aspectos como a escultura, pintura e simbologia utilizada para representar faraós.
Descreve o conceito de função, objetos, imagens, domínio e contradomínio.
02 IA-Arte Egipcia.pdf
1. Egito
Arte do antigo
civilizações Antigas
• desenvolvida pela civilização egípcia localizada no vale do rio Nilo ao norte da
África. Esta manifestação artística teve a sua supremacia na religião durante
um longo período de tempo, aproximadamente 3000 anos antes de Cristo.
• Na história do Egito, estabeleceram-se 30 dinastias, que vão do ano 3100 a.C.
até 332 a.C. Podem-se classificar em diferentes períodos.
• Época Tinita, Império Antigo, Império Médio, Império Novo, Época Baixa,
Período Ptolomaico e vários outros intermédios.
Prof. Mauricio Trindade
02 IA-Arte do antigo Egito| civilizações Antigas
2.
3.
4. baixo Egito
alto Egito
Antigo Império: de 3.200
a.C. até 2.300 a.C.
Capital: Menfis
Novo Império: de 1.570
a.C. até 622 a.C.
Médio Império: de 2.010
a.C. até 1.552 a.C.
Capital: Tebas
Akhenaton, conhecido antes
do quinto ano de seu reinado
como Amenófis IV ou em
egípcio antigo Amenhotep IV,
foi Faraó da XVIII dinastia do
Egito que reinou por
dezessete anos e morreu em
1336 ou 1334 a.C.
Por volta do ano 3500 a.C. o
Egito Antigo ainda não existia
como um Estado unificado, na
verdade a região era
composta por várias tribos que
habitavam às margens do rio
Nilo. Estas tribos, formadas
por clãs familiares, eram
unificadas em pequenas
confederações tribais
denominadas nomos
(ou sepat no egípcio antigo).
7. Estrutura social
Faraó e família
sacerdotes, nobres e escribas
artesãos
escravos
camponeses
soldados
8. A regularidade dos ciclos naturais, o crescimento e a
inundação anual do rio Nilo, a sucessão das estações
e o curso solar que provocava o dia e a noite foram
considerados como presentes dos deuses às pessoas
do Egito. O pensamento, a cultura e a moral egípcia
eram baseados num profundo respeito pela ordem e
pelo equilíbrio. A arte pretendia ser útil: não se
falava em peças ou em obras belas, e sim em
eficazes ou eficientes.
9. A Paleta de Narmer refere-se a uma placa cerimonial egípcia com inscrições e relevos representando o
acontecimento histórico da unificação do Alto e Baixo Egito sob o rei Narmer e que data de, aproximadamente,
3100 - 3200 a.C. contendo alguns dos mais antigos hieróglifos atualmente conhecidos. A paleta encontra-se
atualmente no Museu do Cairo, Egito.
10. 02 IA-Arte do antigo Egito| civilizações Antigas
• Intensa relação com cerimônias fúnebres e com a morte o escultor era
considerado como “aquele que mantém vivo”
• Racional / Lógica / Esquemática, Influência da matemática e do
“quadriculado” dos papiros
• Horror Vacui (“Latim "horror do vazio“ ) evitar espaços vazios
• FalsoAfresco (têmpera aplicada sobre argamassa seca)
arte simbólica
Arte Egípcia - “Arte para a eternidade”
11. 02 IA-Arte do antigo Egito| civilizações Antigas
• No que diz respeito à escultura podem ser estabelecidas diferenças de
concepção entre a estatuária real e a estatuária de particulares.
• Na primeira verifica-se um desejo de imponência, enquanto que a segunda
tende para um maior realismo, detectável em trabalhos como o grupo
escultórico de Rahotep e Nofert (IV dinastia). Os materiais utilizados na
escultura deste período foram diorite, granito, xisto, basalto, calcário e
alabastro.
Escultura
Arte Egípcia - “Arte para a eternidade”
12. 02 IA-Arte do antigo Egito| civilizações Antigas
• Relacionada com a morte, com a vida após a morte
• A escultura servia para ajudar o morto reviver a alma no além vida
“aquele que mantém vivo”
Escultura
Arte Egípcia - “Arte para a eternidade”
19. Faraó Tutankhamon e sua esposa.
Talha dourada e pintada do trono encontrado em seu túmulo cerca de 1350 a.C Museu Cairo
20. 02 IA-Arte do antigo Egito| civilizações Antigas
• A dupla coroa (sekhemty), que resulta da combinação entre as coroas do Alto e
Baixo Egipto.
• O faraó usa na sua coroa um uraeus sagrado, uma cobra no topo da coroa do
rei, simbolizando o seu papel como protetor do Egipto.
• O falcão protetor é também um símbolo usado circulando a cabeça do faraó e
representava o deus Hórus.
Faraós
Simbologia do figurino nos
21. 02 IA-Arte do antigo Egito| civilizações Antigas
• Uma barba falsa, de tecido de juncos, que simbolizava a divindade do Faraó.
Até mesmo as rainhas usavam, como é o caso de Cleópatra.
• O cajado do pastor era usado na mão direita do faraó, Ele simboliza o próprio
conceito de lei e de ordem
• O mangual usado para debulhar grãos usado na mão esquerda do faraó, poder
do faraó sobre toda a produção do reino.
Faraós
Simbologia do figurino nos
22. Segue rígidos padrões de representação, como a lei da frontalidade. As áreas
espaciais são bem definidas e o tamanho e posição das figuras no espaço são
estipulados segundo regras hierárquica. Os traços são estilizados e rígidos, as
formas são bidimensionais (ausência de volumetria), e a cor é aplicada em
manchas uniformes.
Aparente "primitivismo" da arte das pinturas egípcias é devido à função
essencialmente simbólica de suas representações. Todas as figuras eram
mostradas do ângulo que podiam ser melhor identificadas.
O aspecto tendia para o eminentemente esquemático, iconográfico.
Pintura
Arte Egípcia - “Arte para a eternidade”
23. Preservada por milhares de anos, as gravuras egípcias revelam os objetivos
primordiais de sua autêntica arte: clareza e plenitude. Através do Princípio da
Frontalidade, onde tronco e o olho aparecem de frente e as pernas aparecem
sempre vistas pela sua face interna, os egípcios encontraram um meio de
representar a natureza humana de uma forma que o observador facilmente
identificasse a imagem apresentada. Suas pinturas e gravuras em relevo nas
paredes estavam associadas à crença de perpetuação da imagem representada.
Nas tumbas as pinturas estavam associadas a uma forma de oferecer servos para o
morto, afim que estes o ajudassem na passagem para o mundo dos mortos.
Objetivo principal da arte egípcia é contar uma história. As pinturas eram
encomendadas pelo faraó e não havia preocupações em representar a natureza
com proporcionalidade ou de um ângulo que condissesse com a realidade.
Os artistas As pinturas eram executadas em série e haviam mestres e discípulos na
execução de uma obra. A maioria dos artistas eram anônimos, então pouco se
conhece sobre eles, sendo assim só é possível diferência-los pelos estilos. Apesar
de todas as limitações em relação ao seus trabalhos, o artista era visto como um
individuo com uma tarefa divina muito importante, pois além de ser o executor ele
necessitava de um contato com o mundo divino. O termo que designa este
executor era s-ankh, que significa o que dá vida.
24. Matéria Prima
A matéria prima para a realização de seus trabalhos eram obtidas apartir de
substâncias provenientes da natureza: uma pintura com cores minerais é aplicada
sobre uma camada de gesso branco que cobre a parede.
Cada cor impostas nas gravuras possuia um simbolismo:
Preta Noite e morte
Branca Pureza e verdade
Vermelho Energia,poder e sexualidade
Amarelo Eternidade
Verde Regeneração e vida
Azul Rio Nilo e céu
Temas
Os principais temas das gravuras egípcias eram as ações dos deuses, a vida de reis
e rainhas, autoridades, vida após a morte, religião e cotidiano. Nas gravuras
tumulares, por exemplo, os temas eram sempre a história do morto e a passagem
para o mundo dos mortos. Nos templos, os temas eram sempre as ações dos
deuses e a divindade do rei, o faraó.
O Livro dos mortos
Fora das paredes, a representação é feita em rolos de papiros denominados
“O livro dos mortos” que contêm, além de gravuras, orações, feitiços, hinos e
suplicas que pretendiam afiançar a passagem segura e curta do falecido ao outro
mundo. Esses rolos de papiro eram colocados nos túmulos junto das múmias.
Página do livro dos mortos que representa
morto sendo apresentado no tribunal
de Osíris.
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30. cena que fazia parte da decoração de um túmulo egipicio. Museu do Louvre
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37. O jardim de Nebamun - Mural Túmulo Tebas (1400 a.C.)