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Ao longo do rio Nilo e principalmente na
região norte - o Delta -; e na região sul dos rios
Eufrates e Tigre, desenvolveram-se as primeiras
civilizações. O rio, um verdadeiro oásis no
deserto, foi essencial para a concentração de uma
população         mesclada     entre    mediterrâneos,
asiáticos e africanos, que, principalmente a partir
de 3300 a.C., tinham na agricultura e no pastoreio
suas principais atividades, guiadas pelas cheias
do Nilo.
          Após a unificação do norte e sul, por volta de 3000 a.C., o Egito foi se desenvolvendo
cada vez mais. A escrita dava seus primeiros passos, bem como as técnicas sobre metais (em
especial os mais moles como o ouro e o cobre), a tecelagem e a cerâmica.
          A civilização Egípcia já era bastante complexa em sua organização social e riquíssima
em suas realizações culturais. Embora a arte egípcia tenha atingido proporções monumentais,
sua subordinação à rigidez do regime teocrático fez com que a produção artística se
desenvolvesse obedecendo convenções estéticas estritamente determinadas, pouco alteradas
nos decorrer do milênio. Os faraós, chefes supremos e os sacerdotes, seus assessores diretos,
acabavam sendo os únicos empregadores dos artistas, pela solicitação de encomendas e da
orientação direta de seu trabalho.
          A religião invadiu toda a vida egípcia, interpretando o universo, justificando sua
organização social e política, determinando o papel de cada classe social e, conseqüentemente,
orientando toda a produção artística desse povo.
          Além de crer em deuses, que poderiam interferir na história humana, os egípcios
acreditavam também numa vida após a morte e achavam que essa vida era mais importante do
que a que viviam no presente.
          A relação da arte egípcia com as atividades religiosas mortuárias fazia com que a
demanda pela produção de imagens fosse consideravelmente grande. Contudo, o artista
                         permaneceu por muito tempo no anonimato, situação essa que foi se
                         modificando lenta e gradativamente, de modo que o Novo Império muitos
                         artistas já pertenciam a classe social elevada, tendo sua individualidade
                         mais valorizada.
                                A principal preocupação da arte egípcia era a de garantir uma vida
                         eterna confortável para seus soberanos (faraós = reis), considerados
                         deuses.
                                A arte pretendia ser útil: não se falava em peças ou em obras
                         belas, e sim em eficazes ou eficientes.
                                Mesmo a produção de objetos de luxo -- braceletes, colares, ou
                         vestimentas com tecidos finos -- serviam para a distinção social e ao
Isis: perceba a cor ocre
que caracteriza a figura mesmo tempo utilizava-se de referências religiosas ou militares, ou seja,
feminina.                possuíam uma utilidade ideológica.
PINTURA
       As pinturas e os hieróglifos nas paredes das tumbas eram uma forma de registro da vida
e atividades diárias do falecido, nos mínimos detalhes. Eram feitos em forma de painéis e
divididos por linhas com hieróglifos. O tamanho da figura indica sua posição: faraós
representados como gigantes, e servos quase como pigmeus. O homem era pintado em
vermelho, à mulher em ocre.
       Algumas pinturas referiam-se à vida egípcia, como caçada, pesca e
o cultivo da terra, além de mostrar os animais característicos da região,
revelando grande poder de observação. Um dado interessante nas pinturas
era a extrema importância dada ao colorido.

SÃO CARACTERÍSTICAS GERAIS DA PINTURA:
· ausência de três dimensões;
· ignorância da profundidade;
· colorido à tinta lisa, sem claro-escuro e sem indicação do relevo; e
· Lei da Frontalidade que determinava que o tronco da pessoa fosse
representado sempre de frente, enquanto sua cabeça, suas pernas e seus pés eram vistos de
perfil.
        Os egípcios escreviam usando desenhos, não utilizavam letras como nós.
DESENVOLVERAM TRÊS FORMAS DE ESCRITA:
- Hieróglifos - considerados a escrita sagrada;
- Hierática - uma escrita mais simples, utilizada pela nobreza e pelos sacerdotes; e
- Demótica - a escrita popular.
        Livro dos Mortos, ou seja, um rolo de papiro com rituais funerários que era posto no
sarcófago do faraó morto, era ilustrado com cenas muito vivas, que acompanham o texto com
singular eficácia. Formado de tramas de fibras do tronco de papiro, as quais eram batidas e
prensadas transformando-se em folhas.

       ARQUITETURA –
       As pirâmides do deserto de Gizé são as obras arquitetônicas mais famosas e, foram
construídas por importantes reis do Antigo Império: Quéops, Quéfren e Miquerinos. Junto a
essas três pirâmides está a esfinge mais conhecida do Egito, que representa o faraó Quéfren,
mas a ação erosiva do vento e das areias do deserto deram-lhe, ao longo dos séculos, um
aspecto enigmático e misterioso.
       Os arquitetos que projetaram os grandes palácios e templos não pretendiam a fama, ou
mostrar que eram mais engenhosos que outros. A dimensão do palácio, a altura de uma porta,
possuía uma finalidade: mostrar àqueles que se aproximavam a grandiosidade do poder, ou
seja, perto de um palácio ou templo o homem sente-se pequeno.
       As características gerais da arquitetura egípcia são:
              solidez e durabilidade;
              sentimento de eternidade; e
              aspecto misterioso e impenetrável.
       As pirâmides tinham base quadrangular, eram feitas com pedras que pesavam cerca de
vinte toneladas e mediam dez metros de largura, além de serem admiravelmente lapidadas. A
porta da frente da pirâmide voltava-se para a estrela polar, a fim de que seu influxo se
concentrasse sobre a múmia. O interior era um verdadeiro labirinto que ia dar na câmara
funerária, local onde estava a múmia do faraó e seus pertences.
       Os templos mais significativos são: Carnac e Luxor, ambos dedicados ao deus Amon.Os
monumentos mais expressivos da arte egípcia são os túmulos, divididos em três categorias:
       Pirâmide - túmulo real, destinado ao faraó;
       Mastaba - túmulo para a nobreza; e
       Hipogeu - túmulo destinado à gente do povo.
Os tipos de colunas dos templos egípcios são divididas conforme seu capitel:
           Palmiforme - flores de palmeira;
           Papiriforme - flores de papiro; e
           Lotiforme - flor de lótus.


      A ESCULTURA
                          A escultura egípcia pretendeu obter a eternização do homem.
                          Os escultores egípcios representavam os faraós e os deuses em
                   posição serena, quase sempre de frente, sem demonstrar nenhuma emoção.
                   Pretendiam com isso traduzir, na pedra, uma ilusão de imortalidade. Com
                   esse objetivo ainda, exageravam freqüentemente as proporções do corpo
                   humano, dando às figuras representadas uma impressão de força e de
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                          A esfinge, com corpo de leão, cabeça e busto de mulher, com 19,8
                   metros de altura, também dessa época, já demonstra o gosto egípcio por
                   esculturas em larga escala.
       As obras mais importantes conhecidas são os bustos da rainha Nefertite, considerada
uma das mulheres mais belas da história universal. Porém não foi sua beleza que inspirou os
artistas da época, mas sua realeza.
        Na mesopotâmia a ourivesaria era uma das atividades artísticas mais importantes e
apesar das guerras e dos constantes saques que ocorreram na região, tesouros de alguns reis
foram preservados.
       Estatuetas de cobre, colares e braceletes, assim como utensílios trabalhados em ouro e
prata com incrustações de pedras eram muito comuns, e com estilos variados dada a
diversidade de povos que ocupou a região.

        DANÇA
        No Egito, bem como em outras antigas civilizações, a dança tinha um caráter sagrado.
Qualquer cerimônia, de casamento a funeral, era cheia de música e dança. Para garantir uma
boa colheita, os participantes tocavam flautas, harpas, tambores, címbalos e tamborins,
enquanto as mulheres dançavam para agradar aos deuses do Rio Nilo. Nos funerais, as
dançarinas egípcias se destacavam por usar coroas vermelhas e roupas vistosas apropriadas
para a cerimônia.
        Diversos tipos de registros levam a crer que a dança egípcia era severa, angulosa, com
alguns movimentos acrobáticos como a ponte: pés e mãos apoiados no solo sustentam o corpo
arqueado. As imagens raramente indicam saltos. O acompanhamento musical era feito por
flautas e tambores. A participação feminina predominava, pelo menos no que se refere à dança
religiosa. Desenhos, altos-relevos, estátuas mostram dançarinas freqüentemente aos pares
sobressaindo entre o grupo de instrumentistas. Por vezes, elas estão nuas ou usando apenas
uma saia comprida cuja barra contém caprichosos desenhos geométricos. Seios de fora, olhos
supermaquilados, adornos nos pulsos e tornozelos também são retratados na dança egípcia.
        Dança do Ventre
        A dança do ventre era realizada por sacerdotisas treinadas desde meninas para servirem
como canal da Deusa Hathor nos rituais religiosos e era realizada somente em templos, mas
com o passar do tempo começou a fazer parte de grandes solenidades públicas nos palácios, o
que fez com que ela se popularizasse. Com a invasão árabe muçulmana no século VII, ocorreu
uma miscigenação de culturas e a dança se espalhou pelo resto do mundo através dos
viajantes e mercadores. Em sua expansão pelo mundo, ela sofreu ao longo dos tempos
diversas influências.
MÚSICA
        Tanto na música religiosa, quanto na de guerra e mesmo na recreativa, os egípcios
davam preferência às expressões elevadas e serenas,
dando-lhes destaque no culto aos deuses, nos
banquetes e cerimônias. A Música era praticada em
coletividade, inclusive com a participação feminina.
        Na época do Império Antigo, a música egípcia
viveu seu auge. Muitas representações mostram
pequenos conjuntos musicais, (com cantores, harpas e
flautas) e inscrições coreográficas descrevem danças
realizadas para o Faraó. Acredita-se que este tenha sido
o período de maior florescimento da arte musical
egípcia.
        No Império Médio conjuntos maiores e até orquestras são representados. Entre os
instrumentos, há harpas, alaúdes, liras, flautas, flautas de palheta dupla (oboés), trombetas,
tambores e crótalos. No Império Novo (XVIII a XX dinastia), estes instrumentos se aperfeiçoam.
A música passa a ter papel ritual e militar.
        Alguns destes instrumentos foram encontrados em escavações de pirâmides, templos e
túmulos subterrâneos do Vale dos Reis. Não foi encontrado nenhum texto que permita deduzir a
existência de um sistema de notação e também não há textos sobre teoria musical.
Aparentemente isso se deve ao fato de que os músicos não gozavam, entre os egípcios, do
mesmo status que tinham entre os sumérios. Muitos afrescos mostram músicos sempre
ajoelhados e vestidos como escravos. A posição subalterna não permitia a transmissão dessa
arte pouco valorizada através dos textos.
        A cultura musical do Egito Antigo entrou em decadência junto ao próprio Império. Com as
sucessivas invasões, a música do Egito passou a ser influenciada pelos gregos e romanos,
perdendo totalmente sua independência.


http://atrevidinha.uol.com.br/atrevidinha
http://shirleybatera.blogspot.com/2009/06/musica-egipcia.html
http://pt.wikipedia.org/wiki/M%C3%BAsica_da_Antiguidade

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Egito história da arte 7º ano

  • 1. Ao longo do rio Nilo e principalmente na região norte - o Delta -; e na região sul dos rios Eufrates e Tigre, desenvolveram-se as primeiras civilizações. O rio, um verdadeiro oásis no deserto, foi essencial para a concentração de uma população mesclada entre mediterrâneos, asiáticos e africanos, que, principalmente a partir de 3300 a.C., tinham na agricultura e no pastoreio suas principais atividades, guiadas pelas cheias do Nilo. Após a unificação do norte e sul, por volta de 3000 a.C., o Egito foi se desenvolvendo cada vez mais. A escrita dava seus primeiros passos, bem como as técnicas sobre metais (em especial os mais moles como o ouro e o cobre), a tecelagem e a cerâmica. A civilização Egípcia já era bastante complexa em sua organização social e riquíssima em suas realizações culturais. Embora a arte egípcia tenha atingido proporções monumentais, sua subordinação à rigidez do regime teocrático fez com que a produção artística se desenvolvesse obedecendo convenções estéticas estritamente determinadas, pouco alteradas nos decorrer do milênio. Os faraós, chefes supremos e os sacerdotes, seus assessores diretos, acabavam sendo os únicos empregadores dos artistas, pela solicitação de encomendas e da orientação direta de seu trabalho. A religião invadiu toda a vida egípcia, interpretando o universo, justificando sua organização social e política, determinando o papel de cada classe social e, conseqüentemente, orientando toda a produção artística desse povo. Além de crer em deuses, que poderiam interferir na história humana, os egípcios acreditavam também numa vida após a morte e achavam que essa vida era mais importante do que a que viviam no presente. A relação da arte egípcia com as atividades religiosas mortuárias fazia com que a demanda pela produção de imagens fosse consideravelmente grande. Contudo, o artista permaneceu por muito tempo no anonimato, situação essa que foi se modificando lenta e gradativamente, de modo que o Novo Império muitos artistas já pertenciam a classe social elevada, tendo sua individualidade mais valorizada. A principal preocupação da arte egípcia era a de garantir uma vida eterna confortável para seus soberanos (faraós = reis), considerados deuses. A arte pretendia ser útil: não se falava em peças ou em obras belas, e sim em eficazes ou eficientes. Mesmo a produção de objetos de luxo -- braceletes, colares, ou vestimentas com tecidos finos -- serviam para a distinção social e ao Isis: perceba a cor ocre que caracteriza a figura mesmo tempo utilizava-se de referências religiosas ou militares, ou seja, feminina. possuíam uma utilidade ideológica.
  • 2. PINTURA As pinturas e os hieróglifos nas paredes das tumbas eram uma forma de registro da vida e atividades diárias do falecido, nos mínimos detalhes. Eram feitos em forma de painéis e divididos por linhas com hieróglifos. O tamanho da figura indica sua posição: faraós representados como gigantes, e servos quase como pigmeus. O homem era pintado em vermelho, à mulher em ocre. Algumas pinturas referiam-se à vida egípcia, como caçada, pesca e o cultivo da terra, além de mostrar os animais característicos da região, revelando grande poder de observação. Um dado interessante nas pinturas era a extrema importância dada ao colorido. SÃO CARACTERÍSTICAS GERAIS DA PINTURA: · ausência de três dimensões; · ignorância da profundidade; · colorido à tinta lisa, sem claro-escuro e sem indicação do relevo; e · Lei da Frontalidade que determinava que o tronco da pessoa fosse representado sempre de frente, enquanto sua cabeça, suas pernas e seus pés eram vistos de perfil. Os egípcios escreviam usando desenhos, não utilizavam letras como nós. DESENVOLVERAM TRÊS FORMAS DE ESCRITA: - Hieróglifos - considerados a escrita sagrada; - Hierática - uma escrita mais simples, utilizada pela nobreza e pelos sacerdotes; e - Demótica - a escrita popular. Livro dos Mortos, ou seja, um rolo de papiro com rituais funerários que era posto no sarcófago do faraó morto, era ilustrado com cenas muito vivas, que acompanham o texto com singular eficácia. Formado de tramas de fibras do tronco de papiro, as quais eram batidas e prensadas transformando-se em folhas. ARQUITETURA – As pirâmides do deserto de Gizé são as obras arquitetônicas mais famosas e, foram construídas por importantes reis do Antigo Império: Quéops, Quéfren e Miquerinos. Junto a essas três pirâmides está a esfinge mais conhecida do Egito, que representa o faraó Quéfren, mas a ação erosiva do vento e das areias do deserto deram-lhe, ao longo dos séculos, um aspecto enigmático e misterioso. Os arquitetos que projetaram os grandes palácios e templos não pretendiam a fama, ou mostrar que eram mais engenhosos que outros. A dimensão do palácio, a altura de uma porta, possuía uma finalidade: mostrar àqueles que se aproximavam a grandiosidade do poder, ou seja, perto de um palácio ou templo o homem sente-se pequeno. As características gerais da arquitetura egípcia são: solidez e durabilidade; sentimento de eternidade; e aspecto misterioso e impenetrável. As pirâmides tinham base quadrangular, eram feitas com pedras que pesavam cerca de vinte toneladas e mediam dez metros de largura, além de serem admiravelmente lapidadas. A porta da frente da pirâmide voltava-se para a estrela polar, a fim de que seu influxo se concentrasse sobre a múmia. O interior era um verdadeiro labirinto que ia dar na câmara funerária, local onde estava a múmia do faraó e seus pertences. Os templos mais significativos são: Carnac e Luxor, ambos dedicados ao deus Amon.Os monumentos mais expressivos da arte egípcia são os túmulos, divididos em três categorias: Pirâmide - túmulo real, destinado ao faraó; Mastaba - túmulo para a nobreza; e Hipogeu - túmulo destinado à gente do povo.
  • 3. Os tipos de colunas dos templos egípcios são divididas conforme seu capitel: Palmiforme - flores de palmeira; Papiriforme - flores de papiro; e Lotiforme - flor de lótus. A ESCULTURA A escultura egípcia pretendeu obter a eternização do homem. Os escultores egípcios representavam os faraós e os deuses em posição serena, quase sempre de frente, sem demonstrar nenhuma emoção. Pretendiam com isso traduzir, na pedra, uma ilusão de imortalidade. Com esse objetivo ainda, exageravam freqüentemente as proporções do corpo humano, dando às figuras representadas uma impressão de força e de majestade. A esfinge, com corpo de leão, cabeça e busto de mulher, com 19,8 metros de altura, também dessa época, já demonstra o gosto egípcio por esculturas em larga escala. As obras mais importantes conhecidas são os bustos da rainha Nefertite, considerada uma das mulheres mais belas da história universal. Porém não foi sua beleza que inspirou os artistas da época, mas sua realeza. Na mesopotâmia a ourivesaria era uma das atividades artísticas mais importantes e apesar das guerras e dos constantes saques que ocorreram na região, tesouros de alguns reis foram preservados. Estatuetas de cobre, colares e braceletes, assim como utensílios trabalhados em ouro e prata com incrustações de pedras eram muito comuns, e com estilos variados dada a diversidade de povos que ocupou a região. DANÇA No Egito, bem como em outras antigas civilizações, a dança tinha um caráter sagrado. Qualquer cerimônia, de casamento a funeral, era cheia de música e dança. Para garantir uma boa colheita, os participantes tocavam flautas, harpas, tambores, címbalos e tamborins, enquanto as mulheres dançavam para agradar aos deuses do Rio Nilo. Nos funerais, as dançarinas egípcias se destacavam por usar coroas vermelhas e roupas vistosas apropriadas para a cerimônia. Diversos tipos de registros levam a crer que a dança egípcia era severa, angulosa, com alguns movimentos acrobáticos como a ponte: pés e mãos apoiados no solo sustentam o corpo arqueado. As imagens raramente indicam saltos. O acompanhamento musical era feito por flautas e tambores. A participação feminina predominava, pelo menos no que se refere à dança religiosa. Desenhos, altos-relevos, estátuas mostram dançarinas freqüentemente aos pares sobressaindo entre o grupo de instrumentistas. Por vezes, elas estão nuas ou usando apenas uma saia comprida cuja barra contém caprichosos desenhos geométricos. Seios de fora, olhos supermaquilados, adornos nos pulsos e tornozelos também são retratados na dança egípcia. Dança do Ventre A dança do ventre era realizada por sacerdotisas treinadas desde meninas para servirem como canal da Deusa Hathor nos rituais religiosos e era realizada somente em templos, mas com o passar do tempo começou a fazer parte de grandes solenidades públicas nos palácios, o que fez com que ela se popularizasse. Com a invasão árabe muçulmana no século VII, ocorreu uma miscigenação de culturas e a dança se espalhou pelo resto do mundo através dos viajantes e mercadores. Em sua expansão pelo mundo, ela sofreu ao longo dos tempos diversas influências.
  • 4. MÚSICA Tanto na música religiosa, quanto na de guerra e mesmo na recreativa, os egípcios davam preferência às expressões elevadas e serenas, dando-lhes destaque no culto aos deuses, nos banquetes e cerimônias. A Música era praticada em coletividade, inclusive com a participação feminina. Na época do Império Antigo, a música egípcia viveu seu auge. Muitas representações mostram pequenos conjuntos musicais, (com cantores, harpas e flautas) e inscrições coreográficas descrevem danças realizadas para o Faraó. Acredita-se que este tenha sido o período de maior florescimento da arte musical egípcia. No Império Médio conjuntos maiores e até orquestras são representados. Entre os instrumentos, há harpas, alaúdes, liras, flautas, flautas de palheta dupla (oboés), trombetas, tambores e crótalos. No Império Novo (XVIII a XX dinastia), estes instrumentos se aperfeiçoam. A música passa a ter papel ritual e militar. Alguns destes instrumentos foram encontrados em escavações de pirâmides, templos e túmulos subterrâneos do Vale dos Reis. Não foi encontrado nenhum texto que permita deduzir a existência de um sistema de notação e também não há textos sobre teoria musical. Aparentemente isso se deve ao fato de que os músicos não gozavam, entre os egípcios, do mesmo status que tinham entre os sumérios. Muitos afrescos mostram músicos sempre ajoelhados e vestidos como escravos. A posição subalterna não permitia a transmissão dessa arte pouco valorizada através dos textos. A cultura musical do Egito Antigo entrou em decadência junto ao próprio Império. Com as sucessivas invasões, a música do Egito passou a ser influenciada pelos gregos e romanos, perdendo totalmente sua independência. http://atrevidinha.uol.com.br/atrevidinha http://shirleybatera.blogspot.com/2009/06/musica-egipcia.html http://pt.wikipedia.org/wiki/M%C3%BAsica_da_Antiguidade