2. Encontramos no Egito uma das
principais civilizações da Antiguidade no
que diz respeito ao seu
desenvolvimento. A sociedade egípcia
apresentou opulência, abundância e
complexidade fabulosas em suas
realizações culturais e na sua
organização social. E é graças à
estruturação da escrita produzida pelos
egípcios que temos uma compreensão
bastante íntegra sobre a produção dessa
cultura.
3. Os egípcios eram norteados pela religiosidade, pela crença
em deuses e por acreditarem na vida após a morte,
considerando esta mais importante do que a vida terrena. A
grande preocupação do povo egípcio era garantir conforto,
em especial aos seus soberanos, após sua morte. É bem
possível encontrarmos na religião a grande força da arte
egípcia. Colossais obras de arte, assim como a arquitetura,
existiram com a finalidade de render glórias e eternizar esses
espíritos após a sua morte. Todos os bens terrenos eram
depositados em suas câmaras mortuárias, com a intenção de
desfrutá-los na eternidade. Considerando o faraó como o
grande chefe religioso e político, uma espécie de príncipe e
sacerdote, um verdadeiro representante do deus na Terra,
entendemos que viviam sob o escudo do clero. Acredita-se
que o faraó representava os homens junto aos deuses e os
deuses junto aos homens.
4. Frente à obsessão pela imortalidade, não
é de se admirar que a arte não tenha se
modificado por cerca de 3.000 anos. Foi
através da busca por essa permanência
que o povo egípcio definiu a alta
matemática, a literatura e as ciências
médicas como fundamentais para a
grandiosidade de sua civilização.
5. A combinação da regularidade
geométrica e da profunda
observação da natureza é
característica de toda a arte egípcia.
E apesar de estática, sua produção
cultural apresentou-se
maravilhosamente.
6. A região onde se iniciou o desenvolvimento
da civilização egípcia está situada no
nordeste da África, com seu antigo território
cortado pelo grande rio Nilo (6.500 km e 6
cataratas), ladeado por dois desertos
(deserto da Líbia e da Arábia). Ao norte, o
mar Mediterrâneo favorecia a navegação e o
comércio com outros povos. A leste, o mar
Vermelho, outra via de comunicação.
7. Uma das principais civilizações da antiguidade - em
desenvolvimento;
Opulência, abundancia e complexidade fabulosas
em suas realizações culturais e na sua organização
social;
Estruturação da escrita;
Faraó - um verdadeiro representante do deus na
Terra;
Questão da permanência da arte por 3.000 anos.
10. As divisões da
história
Egípcia na
Antiguidade
Período Duração
Antigo Império cerca de 3200 a.C. a 2200
a.C.
Médio Império cerca de 2000 a.C. a 1750
a.C.
Novo Império cerca de 1580 a.C. a 1085
a.C.
11. Religiosidade;
Crença nos Deuses;
Vida após a morte – mais importante do que a
terrena – colossais obras de arte – render
glórias e eternizar esses espíritos após a morte.
A estática de suas figuras, a regularidade
geométrica e a profunda observação da
natureza foram características de toda a arte
egípcia.
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31. Em virtude da religiosidade do povo egípcio,
monumentais construções arquitetônicas foram
produzidas. As pirâmides do deserto de Gizé são as
obras arquitetônicas mais famosas, construídas por
importantes reis do Antigo Império: Quéops,
Quéfren e Miquerinos. Próximo a essas três
pirâmides localiza-se a esfinge mais célebre de todo
o Egito, uma metáfora ao faraó Quéfren;
entretanto, a ação corrosiva do vento e das areias
do deserto deram-lhe, ao longo dos séculos, um
novo e enigmático aspecto.
32. • Conservação e solidez;
• Perpetuidade;
• Regularidade geométrica;
• Apropriação de elementos da
natureza;
• Enigmabilidade e inacessibilidade.
•
33. Conservação e solidez
Perpetuidade
Regularidade Geométrica
Apropriação de elementos da natureza
Enigmalidade e inacessibilidade
Os Túmulos e os templos – Divididos em três
estilos:
Pirâmides – túmulo real destinado aos faraós;
Mastaba – túmulo para a nobreza
Hipogeu – Túmulo destinado a gente do povo
34. As bases das pirâmides possuem formato
quadrangular, produzidas com enormes pedras
que chegam a pesar em torno de vinte
toneladas e atingem a altura de dez metros, por
dez metros de largura, além de serem
espantosamente lapidadas. A porta dianteira da
pirâmide aponta para a estrela polar, com o
propósito de que a influência de sua força se
concentrasse sobre a múmia. Os caminhos que
levam à câmara funerária, onde repousa a
múmia e seus pertences, são um verdadeiro
labirinto.
35. Carnac e Luxor são os templos mais
significativos, ambos dedicados ao deus Amon e
construídos no Novo Império, fase na qual
ocorreu o apogeu do poder e da cultura egípcia.
Como aspecto artístico mais importante, novos
tipos de colunas decoradas com motivos da
natureza, como a flor de lótus e a flor de papiro.
Antes delas, as colunas construídas
assemelhavam-se às colunas gregas do estilo
dórico, sendo muito simples: apresentavam
pouco trabalho no capitel, o tronco formado
por sulcos e não havia base.
38. As construções mais significativas e
emblemáticas da arte egípcia são os
túmulos e os templos e apresentam-se
divididos em três categorias:
• Pirâmide – túmulo real, destinado ao
faraó;
• Mastaba – túmulo para a nobreza e os
sacerdotes;
• Hipogeu – túmulo destinado às pessoas
comuns do povo.
39. Os tipos de colunas dos templos
egípcios são divididos conforme seu
capitel.
Palmiforme – flores de palmeira
Papiriforme – flores de papiro
Lotiforme – flor de lótus
40. As categorias das colunas dos templos
egípcios são divididas de acordo com seu
capitel:
• Palmiforme – flores de palmeira;
• Papiriforme – flores de papiro;
• Lotiforme – flor de lótus.
49. As esfinges foram concebidas com
o corpo de leão (força) e com
cabeça humana (sabedoria).
Foram colocadas na alameda de
entrada do templo para afastar os
maus espíritos.
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51. Os obeliscos foram erigidos à frente
dos templos com o propósito de
materializar a luz solar.
52. Com a necessidade de imprimir na pedra a ilusão da
imortalidade para atender propósitos religiosos, a escultura
egípcia foi produzida em sua grande maioria numa atitude
serena, geralmente de frente, não deixando transparecer
qualquer sinal de emoção. Estimulados pela intenção da
permanência, uma vez que sua arte serviria à eternidade,
evitavam formas protuberantes e as construíam com
materiais muito resistentes como o diorito e o granito, para
que não houvesse quebra e danos. Mantinham uma
expressão carregada de força e majestade e as proporções do
corpo eram exageradas, apresentando sempre regularidade
geométrica em suas formas.
53. ...Os egípcios acreditavam que apenas
preservar o corpo não era bastante, mas que
se uma fiel imagem do rei fosse preservada,
não havia a menor dúvida de que ele
continuaria vivendo para sempre. Assim,
faziam com que artistas esculpissem a cabeça
do rei em imperecível granito e a colocavam na
tumba, onde ninguém a via, a fim de aí exercer
sua magia e ajudar a alma a manter-se viva na
imagem e por meio dela. Um nome egípcio
para designar o escultor, era de fato: aquele
que mantém vivo.
GOMBRICH, E. H., A História da Arte
54. Proporções exageradas do corpo;
Lei da Frontalidade;
Regularidade Geométrica;
Na busca pela permanência, utilizaram
materiais duradouros, como rochas;
Inexistência de emoção;
61. Produziram as Usciabtis, miniaturas das
imagens funerárias, frequentemente
esmaltadas de verde e azul, cuja função era
substituir o faraó morto nas tarefas mais
árduas do além. Apresentavam-se por vezes
cobertas de inscrições. Também
demonstraram superioridade na qualidade de
seu trabalho ao realizarem os baixo-relevos,
que em sua grande maioria eram pintados.
Também recobriram as paredes e as colunas
imprimindo seu estilo por todos os lugares.
Muitas vezes, os hieróglifos eram
reproduzidos, em baixo-relevo.
62. A ornamentação colorida desempenhou
uma poderosa função como
complemento da postura mística e
religiosa desse povo. Os pintores
egípcios estabeleceram diversas regras
bastante rígidas, que foram seguidas ao
longo de muito tempo (busca da
permanência).
63. inexistência das três dimensões;•
desconhecimento da profundidade;•
pintura “chapada”, aplicando-se uma cor de
cada vez, • sem matizes de claro-escuro,
consequentemente sem sinal de volume;
uso da “lei da frontalidade” que estabelece a
repre• sentação da figura com o tronco e olhos
de frente, cabeça, pernas e pés de perfil.
64. Os egípcios ficaram conhecidos por sua
organização, e nas artes isso não foi
diferente; assim sendo, a pintura
também foi produzida de forma
hierarquizada. Representavam em
tamanho maior aqueles de maior
importância social, na seguinte ordem de
grandeza: o rei, a mulher do rei, o
sacerdote, os soldados e o povo. As
imagens femininas eram pintadas em
ocre, por exemplo, enquanto as
masculinas, em vermelho.
71. O povo egípcio desenvolveu e organizou a
escrita graças à utilização de desenhos, pois
diferentemente de nós não utilizavam letras.
Desenvolveram três formatos para a escrita:
hieróglifos • – considerados uma escrita
sagrada;
hierática• – uma escrita mais simples,
utilizada pela nobreza e pelos sacerdotes;
demótica• – uma escrita popular.
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76. As pirâmides de Gizé
Três majestosas pirâmides foram construídas como
tumbas dos reis: Kufu (ou Quéops), Quéfren, e
Menkaure ou Miquerinos (pai, filho e neto).
77. Queóps é a maior das três pirâmides,
tinha originalmente 146 metros de altura,
o equivalente a um prédio de 48 andares.
Nove metros já se foram, graças
principalmente à ação corrosiva da
poluição vinda do Cairo. Para edificá-la,
foram precisos cerca de 2 milhões de
blocos de pedras e o trabalho de cem mil
homens, durante vinte anos.
78. A construção da pirâmide foi feita
com pedras justapostas, ou seja,
“encaixadas”, sem auxílio de cimento
ou qualquer material colante, e
alguns blocos estão tão bem unidos
que não é possível passar entre eles
uma folha de papel ou até mesmo
uma agulha.
79. Para os egípcios, a pirâmide
representava os raios do Sol,
brilhando em direção à Terra. Todas
as pirâmides do Egito foram
construídas na margem oeste do
Nilo, na direção do sol poente.
80. É por intermédio da arte encontrada nos
templos que o Faraó demonstrava seu
poder político em comemoração às suas
conquistas, que pelo gigantismo de suas
colunas e estátuas o imortalizariam. Foi
quando os hieróglifos tornaram-se
elementos de decoração na arquitetura
ao serem esculpidos nas colunas e
fachadas dos templos, a fim de
eternizarem feitos históricos dos Faraós.