O documento discute o mercado português de pneus, questionando se estamos perto ou longe de conhecer sua verdadeira dimensão, já que as estatísticas oficiais não incluem importações paralelas ou fabricantes não representados. Também anuncia a abertura de uma nova oficina na rede First Stop e a escolha da Bridgestone para fornecer pneus ecológicos para o novo Toyota IQ.

1. Revista dos Pneus & Serviços Rápidos Nº 4 • JANEIRO 2009 • ANO II • 5 EUROS
TÉCNICA
DESGASTE DOS PNEUS
CONHECER
SISTEMAS DE CONTROLO
DE PRESSÃO DE PNEUS
ENTREVISTA
JOSÉ SARAIVA
Responsável em Portugal da Trelleborg
Rui Silva
Director-Geral da Eurotyre Portugal
Bruno de Carvalho
Director Marketing da Rubber Vulk
Bandague
Star Aliance
José Aniceto e Irmão
CGS Tyres
Mercado de pneus em análise
ENTREVISTAS EMPRESAS ACTUALIDADE
REPORTAGEM
Quinta da Boavista - Rua Chão de Conde - 3060-852 Cantanhede - Portugal
Telefone: 707 200 946 Fax: 707 200 945
SEGUROS
INVESTIMENTOS
Corcet Delegação Sul; Pneumobil
MÁQUINAS DE ALINHAR DIRECÇÕES
Capa:R.PNEUS 26/01/09 11:27 Page 01

2. 19REVISTA DOS
PNEUS
N
ão, não estamos numa aula
da velha e boa Escola Primá-
ria, a ensinar às crianças a
diferença entre os advérbios de lugar
perto e longe...
No entanto, sempre que se fala da
forma como evolui o mercado portu-
guês dos pneus, acabo por me re-
cordar das primeiras lições da velha
e boa escola primária.
Vamos esclarecer. Em primeiro lu-
gar vamos definir mercado. Para o
efeito vamos utilizar a definição, do
Philip Kottler, o meu primeiro “orien-
tador espiritual” destas matérias,
quando iniciei a minha formação aca-
démica em Marketing (saudosos
anos 80!). Assim, segundo o “meu
guru”, o mercado é “... O conjunto de
actuais e potenciais clientes de um
produto ou serviço...”.
Assim sendo, quando falamos do
“famigerado” mercado, queremos fa-
lar, isso sim, do “Mercado Penetra-
do”, ou seja, as quantidades efectiva-
mente consumidas pelo mercado.
A única fonte fidedigna que possuí-
mos é o ERMC que, assumiu particu-
lar popularidade, após a extinção da
Portuguesa Pool ACAP.
Fonte fidedigna?
Na minha óptica, quando com base
no ERMC afirmamos que o Mercado
(Penetrado) cresceu, manteve-se, ou
diminuiu, estamos a incorrer num
grave erro de “miopia”.
“Miopia”? Claro!
Porque estamos a tomar a parte
pelo todo. Se não vejamos. O ERMC
apenas contempla as vendas dos fa-
bricantes clássicos, ignorando o fe-
nómeno do dito “mercado paralelo”.
Ou seja, não contempla o número
de pneus dos fabricantes clássicos
(Michelin, Bridgestone, Goodyear,
etc.) que são vendidos na Holanda,
na Alemanha ou na Bélgica (isto
para dar apenas os exemplos mais
comuns) e que acabam por chegar
ao mercado Português. Natural-
mente que estes pneus são contabi-
lizados nos mercados de origem e,
finalmente, vendidos em Portugal.
Qual é a dimensão deste “mercado
paralelo”? Eu, não arrisco uma esti-
mativa...
Mas mais. E os fabricantes que não
participam no ERMC? De sublinhar
que, tanto quanto julgo saber, fabri-
cantes do top 10 mundial, como a
Hankook, a Yokohama, a Toyo e a
Khumo, bem como, todos os fabri-
cantes com origem nos países asiá-
ticos (que não Coreia do Sul e Ja-
pão), alguns deles com uma pene-
tração deveras significativa no nosso
mercado.
Como também é do senso comum,
em períodos de dificuldades financei-
ras, as marcas mais económicas
(Marcas Budget – se quisermos utili-
zar um estrangeirismo) acabam por
registar crescimentos deveras signifi-
cativos nos respectivos mercados. O
mercado dos pneus não é excepção.
Concluindo pergunto:
1 - Estamos PERTO ou LONGE de
conhecer a verdadeira dimensão dos
diferentes segmentos de mercado
dos pneus em Portugal?
2 - Qual é o verdadeiro peso das
marcas representadas no ERMC em
Portugal?
3 - Mais de 50%? Menos de 50%?
Mais de 60%? Menos de 60%?
Mais de 70? Deixo à vossa imagina-
ção!
Não me parece correcto que se
usem os números do ERMC para
afirmar, com toda a “certeza do mun-
do”, que o mercado cresceu x % ou
que baixou x %, sob pena de, sobre-
tudo em períodos de grande incerte-
za económica, estarmos a induzir o
pânico e o pessimismo no mercado.
As análises de mercado devem re-
vestir-se de seriedade e, sobretudo,
quando transmitidas aos Agentes,
devem assumir uma postura de Res-
ponsabilidade. Transmitir ondas de
pessimismo ao mercado, com base
em estatísticas deficientes no plano
da representatividade da amostra é
uma atitude absolutamente irreflecti-
da e irresponsável.
Termino como comecei... estamos
perto ou longe de saber se o merca-
do desce ou sobe ?... se calhar man-
tém-se...!
Bom ano 2009. E que o mercado
cresça! ■
Por: Luis Martins,
Country Manager da Gripen Wheels Portugal
OPINIÃO
PERTO OU LONGE?
A Rede First
Stop deu a co-
nhecer mais
uma abertura
de oficina.
A firma F. Rafael Lda, decidiu ex-
pandir a sua área de actuação,
escolhendo a localidade de Alfena
para abrir a sua 2ª oficina, tendo
seleccionado a rede First Stop
como sua parceira de negócio
para este projecto.
Com esta abertura, a rede conta
agora 59 Oficinas, tornando a
Rede First Stop cada vez mais for-
te para os desafios que o merca-
do coloca, tendo sempre como
prioridade a satisfação dos Con-
sumidores Finais, prestando um
serviço de elevada qualidade e ga-
rantia. ■
O novo modelo da Toyota IQ já foi
apresentado no Japão e estará
disponível na Europa a partir do iní-
cio de 2009. Para equipar este
modelo de origem, a Toyota esco-
lheu o pneu Bridgestone Ecopia
EP25, na medida 175/65R15
84S, devido ao conceito ecológico
em que se baseia a concepção
deste pneu. Os pneus Ecopia, que
já são usados desde 1991, são
caracterizados por uma baixa re-
sistência ao rolamento, proporcio-
nando economia de combustível e
redução das emissões de CO2.
Segundo a Bridgestone, a maior
parte das emissões que um pneu
gera durante toda a sua vida útil
(87%) são provocadas pelo seu
uso na estrada. O pneu Ecopia
EP25 utiliza um composto de bor-
racha no qual é aplicada a tecnolo-
gia NanoPro, exclusiva da Bridges-
tone, que limita consideravelmen-
te a resistência do pneu ao
rolamento. ■
TOYOTA IQ
COM PNEUS
BRIDGESTONE
REDE FIRST
STOP VOLTA
A CRESCER
Noticias:R.PNEUS 21/01/09 11:40 Page 19