Conheça mais uma edição da Revista Caixa Empresas, publicada com o Diário Económico.
Em destaque a entrevista a Rui Negrões Soares Filipe Ravara: Diretor de Marketind da Caixa Geral de Depósitos.
3. Pág. 4 a 6
ABERTURA
ENTREVISTA A RUI NEGRÕES SOARES,
DIRETOR DE MARKETING DA CAIXA
Pág. 7
SALDO POSITIVO
COMO APRESENTAR
UMA CANDIDATURA AO HORIZONTE
2020?
Pág. 08 e 09
À LUPA
INTROSYS: EIS O BRAÇO-ARMADO
DA INDÚSTRIA AUTOMÓVEL
Pág. 10 e 11
À LUPA
BLUEPHARMA: FÁRMACOS COM
CUNHO NACIONAL
Pág. 12 e 13
À LUPA
COURO AZUL: CURTUMES DE ALCANENA
AO VOLANTE DE GRANDES MARCAS
Pág. 14 e 15
ENCAIXA
OFERTA SETORIAL PARA
A INDÚSTRIA E PARA A
INTERNACIONALIZAÇÃO
As emissões de gases com efeito de estufa associadas à produção desta publicação
foram compensadas no âmbito da estratégia da CGD para as alterações climáticas.
Nov.
05 . Lisboa
Workshop de Crowdfunding
Startup Lisboa Tech
Startup Lisboa
www.startuplisboa.com
Contacto:
geral@startuplisboa.com
17 a 19 . Barcelona
Smart City Expo –
World Congress
Fira Barcelona
Gran Via Exhibition Centre
www.smartcityexpo.com
Contactos: (+34) 932 332 000;
info@firabarcelona.com
19 . Lisboa
Demo Day – BGI 6th Edition
Building Global Innovators
ISCTE – IUL&MIT
www.bgi.pt
Contactos: 210 464 030;
mitportugal-iei@iscte.pt
19 . Roterdão
Cleantech Summit
Tech Tour / International Venture
Club
Rotterdam Science Tower
www.techtour.com
Contactos: (+41) 225 446 090;
info@techtour.com
21 a 23 . Lisboa
PortugalAgro 2015
AIP
FIL – Feira Internacional
de Lisboa
www.portugalagro.fil.pt
Contactos: 218 921 541;
paulo.rodrigues@aip.pt
24 . Lisboa
Investors Pitch Day
Lisbon Challenge
Beta-i – Floor 2
www.lisbon-challenge.com
Contactos: 926 667 633;
geral@beta-i.pt
índice
ALDEIA
GLOBAL
08 10 12
Nov.
6 . Lisboa
Maria João e Mário
Laginha
Culturgest – Grande Auditório
www.culturgest.pt
Contactos: 217 905 155;
culturgest.bilheteira@cgd.pt
17 . Lisboa
Conversas à Volta de
Dinheiro, Amor e Virtude
Culturgest – Pequeno
Auditório
www.culturgest.pt
Contactos: 217 905 155;
culturgest.bilheteira@cgd.pt
Dez.
6 . Lisboa
CINANIMA – Festival
Internacional de Cinema
de Animação
Culturgest – Grande Auditório
www.culturgest.pt
Contactos: 217 905 155;
culturgest.bilheteira@cgd.pt
JoãoPauloDias/ArquivoEconómico
4. 4 Empresas
Caixa
OUTUBRO 2015
“A nossa missão é acompanhar
as empresas nacionais e junto
delas fazer a diferença”
ABERTURA À LUPA EnCAIXASALDO POSITIVO
4
Caixa
OUTUBRO 2015
Palavra
chave
REDEUma peça-chave da oferta da Caixa
para as empresas. A nível nacional,
com 400 gestores dedicados e
700 pontos de contacto com os
clientes. A nível internacional,
com presença em 23 mercados.
5. 5
OUTUBRO 2015
Empresas
Caixa
Rui Negrões Soares é o responsável máximo pelo
Marketing da Caixa. Tem uma noção muito clara sobre
o impacte dos mercados externos na nossa indústria
e restantes fileiras da Economia nacional. A Caixa
afirma-se como parceira – em flexibilidade e escala.
A Indústria nacional está preparada para
os desafios da exportação?
Nos últimos anos, praticamente todos os setores da
economia nacional foram instados a responder ao desafio
do mercado externo. A forte redução da procura interna
levou a que os nossos agentes económicos olhassem
para o mercado de forma mais ampla, inclusive em
setores tradicionalmente menos abertos ao exterior.
Foi este desafio de sobrevivência que, em primeira
instância, os conduziu a outros mercados.
Confirma-se portanto que, quando confrontados com
grandes desafios, os nossos empresários (mais jovens
ou não) apreendem as regras e o conhecimento de
novos mercados. Efetivamente, a necessidade aguça o
engenho, e as empresas portuguesas (as industriais em
particular) souberam encontrar a resposta adequada.
Foi notório este esforço de adaptação e identificação
de oportunidades. E acredito que uma grande parte do
tecido empresarial tem as condições necessárias para
responder positivamente à nova conjuntura.
Reconheço, ainda assim, que existem alguns aspetos
transversais a melhorar. Nomeadamente, nas estratégias
Fotos:PauloFigueiredo
RSDIRETOR DE MARKETING DA CAIXA
RUI
NEGRÕES
SOARES
ENTREVISTA
de cooperação e associação – para potenciar massa crí-
tica e dimensão competitiva, assim como para aumentar
o conhecimento e diluir o risco. O objetivo é sempre
alavancar os resultados das estratégias de exportação.
De que modo a Caixa tem favorecido essa
resposta?
O nosso contributo neste processo estrutura-se em
torno de três eixos: o reforço da oferta, a partilha de
know-how e a escala da sua rede internacional.
Fomos desenvolvendo soluções e serviços com base
nas necessidades emergentes de redirecionamento e
reorientação das empresas. Promovemos este eixo com
uma oferta setorial que dá resposta às necessidades
específicas dos principais setores de atividade – além
da Agricultura e Agro-indústria, do amplo setor da
Indústria, do Comércio e Serviços, do Turismo e
Restauração, de todos os setores transversalmente
exportadores.
Desenvolvemos uma oferta complementar ao Portugal
2020, para acompanhar a par e passo as necessidades
das empresas com projetos de transformação, inovação
e dinamização externa. Adicionalmente, desenvolvemos
– com o BEI – uma linha especial de crédito no valor
de 300 milhões de euros, centrada no apoio a projetos
de investimento. Isto, quer pelo financiamento a médio
e longo prazo, quer pelo apoio a necessidades de fundo
de maneio associadas a esses projetos.
E os restantes eixos?
A partilha de know-how é viável pela proximidade e
envolvimento da nossa rede de empresas. Temos mais
de 400 gestores numa rede de cerca de 700 pontos
de contacto em todo o território nacional. Trata-se de
uma equipa que conhece muito bem a realidade das
diferentes empresas e setores. Atua de forma muito
próxima ao cliente e tem um papel determinante no
impulso ao negócio e no aconselhamento das melhores
soluções. Mas também na dinamização das exportações
e do networking – um ponto crítico de sucesso em
qualquer processo de internacionalização.
Por ultimo, a rede internacional. Ao potenciar a ligação
dos nossos clientes à nossa linha avançada, presente
em 23 mercados, de norte a sul, de este a oeste, à
volta do globo. Desde o Reino Unido à África do Sul,
desde a vizinha Espanha à China.
Disponibilizamos o necessário apoio financeiro ao
incremento de negócios; viabilizamos o interface
com clientes locais; partilhamos leads de negócio e
de parcerias. Esta é a absoluta valia dos serviços que
prestamos ao cliente.
Mas os mercados hoje em dia evoluem de
maneira permanente….
Sem dúvida, mas como o nosso ponto de partida é de
facto o cliente, a proximidade que com ele cultivamos
6. 6 Empresas
Caixa
OUTUBRO 2015
ABERTURA À LUPA EnCAIXASALDO POSITIVO
permite-nosrespondercomconhecimentoàsnecessidades
específicas, assim como à evolução de cada mercado.
Desta maneira, potenciamos a flexibilidade necessária
para dar resposta a este novo desafio externo.
Em síntese, proximidade, flexibilidade e rede in-
ternacional são sem dúvida os três eixos principais
do nosso posicionamento. Uma resposta integrada e
transversal às necessidades das empresas portuguesas
no mercado global.
Quais os mercados que destacaria?
E quais os setores?
Os mercados primordiais para onde as empresas avança-
ram nos últimos anos foram aqueles onde naturalmente
se encontram sinergias e existe proximidade. Brasil,
Angola, Moçambique, além do mercado europeu. Mas
naturalmente que, num mundo global e de acesso mais
fácil, foi possível e é possível, com trabalho, engenho
e arte, que as empresas nacionais cheguem a mercados
de maior dimensão. É assim que vemos uma presença
crescente em mercados tão diversos como Japão, China,
Estados Unidos, Médio Oriente e outros mercados da
América do Sul. A resposta que as empresas portu-
guesas foram levadas a dar nos últimos anos, face à
contração do mercado interno, não deixou nenhum
setor específico isento de equacionar oportunidades no
exterior. Por isso, creio que hoje, com algumas raras
exceções, a generalidade das indústrias tem em conta
e equaciona outros mercados, além do doméstico.
O seu tom positivo classifica a generali-
dade do nosso tecido empresarial?
É notória a coragem e arrojo – diria até, o atrevi-
mento – de uma parte significativa dos empresários
que, por força das circunstâncias, foram capazes
de abrir as portas de novos mercados, redescobrir
rotas de negócio e reorientar a sua atividade para
jogar num mercado mais alargado, saindo daquela
que era, muitas vezes, a sua zona de conforto e de
conhecimento. Esta capacidade de “dar o salto” e de
assim encontrar novos mercados (geográficos e de
produtos e serviços) é algo que, parece-me, caracteriza
indelevelmente a matriz das nossas empresas. Esta
aventura externa é possível por via de uma grande
capacidade de resiliência. A mesma que caracteriza
genericamente o povo português.
Mas identifica pontos fortes e fracos?
Quais?
À resiliência e à audácia, adicionaria o engenho para
encontrar soluções, a flexibilidade e a capacidade de
adaptação a novos contextos. Isto permite-nos uma
resposta mais pronta às oportunidades de mercado.
Julgo que os nossos empresários, embora não seguindo
um road book detalhado, encontram soluções sempre
que necessário. Outro ponto forte é a qualidade dos
produtos e serviços – sobretudo por uma componente
de inovação que se tem vindo a tornar marca da nossa
presença no exterior.
Temos, contudo que melhorar aspetos relacionados com a
necessidade de aprofundar o conhecimento e incrementar
o planeamento. Mas os males endémicos parecem-me
ser ainda a falta de massa crítica, a insuficiente estrutura
de capitais e o reduzido nível de cooperação.
Como é que Caixa releva fatores diferen-
ciadores, como o investimento em inova-
ção?
Além da oferta para responder às necessidades fun-
damentais de investimento e de apoio ao desenvol-
vimento de produtos e serviços inovadores, o Grupo
Caixa fomenta e suporta uma economia de inovação
através do seu braço operacional para o capital de
risco, a Caixa Capital. Nomeadamente, através do
Fundo de Capital de Risco Empreender +, a Caixa
Capital participa em áreas inovadoras e de desen-
volvimento de novos negócios ou de novas formas
de fazer negócio. Alguns dos projetos participados
incluem, entre outras, empresas como a Farfetch, a
Uniplaces, a Movvo, a Magnifinance, a Unbabel e a
Glasses Goup Global.
Quais as soluções que destacaria para o
setor da Indústria?
Uma parte significativa da nossa oferta – no âmbito
do Portugal 2020, denominada Caixa 2020 – responde
às necessidades desta fileira no atual ciclo do País.
Garante complementaridade e flexibilidade na resposta
às necessidades de investimento, no acesso a novos
mercados, assim como na estruturação das empresas
para reforçar a sua capacidade competitiva.
Saliento ainda a Linha BEI 2015, que proporciona
também condições de excelência para apoio direto ao
investimento e financiamento de fundo de maneio. Na
nossa oferta específica para o setor da Indústria, realço
ainda as soluções de gestão de tesouraria – pela sua
flexibilidade e facilidade de ativação.
E para o apoio à Internacionalização?
Dentro da nossa Oferta Exportação e Internacionaliza-
ção, saliento as soluções que visam maior segurança
no processo comercial, nomeadamente de crédito e
remessas documentárias. Todas são potenciadas pela
presença direta da Caixa em múltiplos mercados ou
pela nossa ligação a uma vasta rede de bancos cor-
respondentes.
A Caixa identifica setores de maior apos-
ta?
Os desafios hoje colocados às nossas empresas são de
natureza muito diversa do passado. Estamos expostos
a um mercado alargado com outra sofisticação nos
modelos de gestão. Esta globalização é um desafio
cada vez mais presente, cuja importância – no nosso
caso – se tornou ainda mais visível com a queda do
mercado interno dos últimos anos. Para os setores
que foram abrindo portas e respostas a este desafio,
fomos também desenvolvendo as soluções adequadas,
num caminho em parceria.
Mas o nosso papel não se resume aos setores exporta-
dores. A nossa missão é a de acompanhar as empresas
nacionais e, junto delas, fazer a diferença. Cultivando
pontos de entendimento, parcerias, negócios e mer-
cados. Mais do que o foco em setores específicos,
privilegiamos o relacionamento com os clientes e a
sustentabilidade da Economia. Um fator fundamental
nesta era de globalização.
7. SALDO POSITIVO
Como apresentar
uma candidatura
ao Horizonte 2020?
Passo a passo, saiba como concorrer aos apoios
específicos do programa europeu de estímulo
à ID&D. São 77 mil milhões de euros à espera
de projetos.
É a “Liga dos Campeões” da inovação
empresarial. É desta forma que pode ser
definido o programa europeu de inves-
tigação, desenvolvimento e inovação
(ID&I) Horizonte 2020. Com uma dota-
ção global superior a 77 mil milhões de
euros para o período de 2014-2020, o Ho-
rizonte 2020 tem como objetivo transfe-
rir as boas ideias – dos laboratórios para
os mercados. Saiba como a sua empresa
pode candidatar-se a este programa.
1Quais são os passos
necessários
para apresentar
uma candidatura?
A candidatura é redigida em inglês. Para
concorrer, as empresas devem aceder ao
Portal do Participante da Comissão Eu-
ropeia.
O primeiro passo é verificar qual
é a call mais adequada ao seu projeto.
É importante ler toda a documenta-
ção relativa às regras e condições exi-
gidas para ter a certeza de que a sua
candidatura é viável. Pode ver qual é
o calendário das próximas calls em:
www.gppq.fct.pt/h2020/proximas_calls.php.
Se o projeto a concurso for feito em
consórcio, terá de escolher os seus par-
ceiros. E neste campo pode recorrer ao
Gabinete de Promoção do Programa-
-Quadro (GPPQ), que ajuda as empre-
sas a preparar e submeter candidaturas,
assim como a identificar potenciais par-
ceiros estratégicos para colaboração em
projetos do Horizonte 2020.
O passo seguinte passa por preparar
a candidatura, propriamente dita, com a
descrição detalhada do projeto. Não se
esqueça de que antes de submeter a pro-
posta tem primeiro de criar uma conta e
registar-se no Portal do Participante. Ao
fazê-lo terá acesso ao PIC (participant
identification code). Trata-se de um códi-
go de identificação da empresa no por-
tal da Comissão Europeia. Contém nove
dígitos e será utilizado em qualquer can-
didatura ao Horizonte 2020 de cada em-
presa.
2Que apoios
financeiros existem?
Existem diversas oportunidades de fi-
nanciamento. Os apoios do programa
estão estruturados com base em três pila-
res principais: excelência científica (com
quatro áreas temáticas e uma dotação de
24,4 mil milhões de euros); liderança in-
dustrial (com três áreas temáticas e uma
dotação de 17 mil milhões de euros); e o
pilar dos desafios sociais (com sete áre-
as e uma dotação de 29,68 mil milhões
de euros). Além disso, e como explica,
o site do Gabinete de Promoção do Pro-
grama Quadro de I&DT, existem ainda
apoios para questões ligadas à inovação
e que são transversais a todos os pilares.
Nota para o facto de o Horizonte 2020
prever um instrumento financeiro espe-
cialmente dirigido às PME, intitulado de
SME Instrument.
3Quais são os montantes
financiados?
Os apoios cobrem 100% dos custos ele-
gíveis para projetos de investigação que
visam o conhecimento ou tecnologia e
70% dos custos elegíveis para as ativi-
dades que aceleram a chegada de novos
bens e serviços ao mercado.
8. 8 Empresas
Caixa
OUTUBRO 2015
ABERTURA
EIS O BRAÇO-ARMADO
DA INDÚSTRIA AUTOMÓVEL
Os irmãos Flores transformaram
o seu know-how numa empresa
de referência internacional na
área dos sistemas robóticos.
Desde 2002 que a Introsys está
presente nas linhas de montagem
de grandes marcas automóveis.
Um caso bem-sucedido de
vocação exportadora.
Fotos:PauloFigueiredo
Nuno Flores,
um dos fundadores
da Introsys
À LUPA EnCAIXASALDO POSITIVO
9. 9
OUTUBRO 2015
Empresas
Caixa
Muitos não saberão que grandes marcas da indústria automóvel
são suportadas por uma empresa da Moita (Setúbal) e que é a
partir daí que se desenvolve investigação de ponta na área da
inteligência artificial. “Se os portugueses não sabem que existe
uma empresa que é referência mundial na indústria da automa-
ção robotizada, imagine um alemão ou um americano.”
Nuno Flores, CEO da Introsys e um dos seus fundadores, re-
sume desta forma como foi para uma empresa nacional, recente
e de pequena dimensão, afirmar-se no mercado internacional e
fornecer alguns dos “pesos-pesados” do setor automóvel. Sendo
o mercado da automação e robótica praticamente inexistente em
Portugal, a Introsys assumiu desde o início uma vocação expor-
tadora. E a entrada no mercado global dependeu muito do empe-
nho da equipa, da confiança estabelecida com os clientes, assim
como da inovação e know-how demonstrados.
Mas, afinal, o que faz a Introsys? A empresa dedica-se ao
desenvolvimento de sistemas de controlo para a indústria de au-
tomação. Ou seja, cria o “cérebro” e todo o “sistema nervoso
central” que permite que robôs industriais e autómatos executem
o seu trabalho, substituindo a intervenção humana em tarefas
difíceis. O grande foco são as linhas de produção de carroçaria
automóvel, fornecendo marcas como a Volkswagen, a BMW, a
Ford ou a Audi.
“A entrada nos mercados foi feita de forma gradual”, expli-
ca Nuno Flores, mas também “bastante natural”, já que os pri-
meiros clientes da empresa (Volkswagen e Ford) tinham uma
abrangência internacional. A qualidade técnica, a eficiência e a
fiabilidade demonstradas fizeram o resto: abrir portas e fidelizar
clientes numa indústria altamente competitiva e exigente.
Os resultados falam por si. Entre 2008 e 2014, a empresa
viu o seu volume de negócios crescer de 3,7 para 10,5 milhões
de euros, sendo que atualmente cerca de 95% da faturação é
assegurada pelas exportações – Alemanha, Espanha, Inglaterra e
Holanda, mas também México, Brasil, Rússia, Índia e China fi-
guram entre os principais mercados. Este ano, a empresa estima
concluir o exercício na fasquia dos 11 milhões de euros. Quan-
to ao mercado nacional, embora represente apenas 5% do bolo
total do negócio da Introsys, em 2016 esse contributo poderá
ser maior, “em virtude de um novo projeto a desenvolver para a
Autoeuropa”, adianta o CEO.
O reconhecimento pelo trabalho desenvolvido já valeu à
Introsys o título de PME Líder (2009, 2011, 2012 e 2014) e de
PME Excelência (2010 e 2013).
Loucos ou corajosos?
“As melhores ideias surgem quando menos se espera”. Nuno
Flores relembra assim o momento em que a ideia da Introsys
começou a germinar, em 2002, numa partida de bilhar com o seu
irmão Luís. Na altura, os irmãos Flores, ambos licenciados em
engenharia, trabalhavam numa empresa britânica que fornecia
serviços ao Grupo Ford. As condições estavam reunidas: havia
know-how, vontade de arriscar e de criar uma empresa que se di-
ferenciasse pela inovação. “Não sei se foi um momento de lou-
cura ou de coragem, mas foi um momento do qual me orgulho e
que valeu a pena”, garante o fundador.
Para o kick-off contribuiu o suporte financeiro dado por em-
préstimos bancários que os irmãos Flores contraíram para o
efeito. Mais tarde, e numa fase de consolidação da empresa, os
Na mira do
Horizonte
2020
A Introsys foi recentemente eleita para
coordenar um consórcio de investigação
com 16 parceiros, enquadrado no
programa de financiamento Horizonte
2020, no valor de oito milhões de
euros. O objetivo será desenvolver
uma tecnologia que permita uma
redução significativa dos custos
de implementação de sistemas de
manufactura complexos – algo que
terá impacto significativo nos custos
da indústria. Segundo Nuno Flores,
o resultado final vai “revolucionar a
indústria de manufactura robotizada”.
apoios cedidos pela banca e alguns projetos no âmbito do QREN
possibilitaram o crescimento e a diversificação dos serviços
prestados pela Introsys. Desde 2006 que a empresa trabalha com
a CGD. A aposta da Caixa, numa fase tão crítica para a empresa,
como foi aquela em que conseguiram conquistar o seu espaço
no mercado, não é esquecida por Nuno Flores: “Os primeiros
anos foram difíceis, e encontrar parceiros financeiros que acre-
ditassem em nós não foi fácil. A CGD abordou-nos, dizendo que
tinha ouvido falar da nossa empresa, que acreditava no negócio,
e disponibilizou-nos as verbas de que necessitávamos.”
A aposta na inovação tem garantido o crescimento do ne-
gócio e a afirmação da Introsys. Em média, a empresa dedica
500 mil euros por ano à I&D. “Tecnicamente, a Introsys investe
na criação de ferramentas que nos permitem trabalhar de forma
mais eficiente, procurando automatizar processos e cortar cus-
tos”, explica o fundador da empresa.
Por outro lado, o crescimento internacional exigiu um au-
mento do número de colaboradores (passou de 37, em 2009,
para 110, em 2015). Isto levou a empresa a criar um sistema
de formação específico para preparação dos novos recursos.
A Introsys Training Academy acabou assim por se consolidar e
tornou-se um serviço adicional prestado pela empresa – de for-
mação para a indústria automóvel.
Entrar no mercado da inteligência artificial
Além da produção automóvel, a Introsys dedica-se à investiga-
ção em inteligência artificial, tendo desenvolvido o Introbot, um
robô móvel todo-o-terreno, com valências ajustadas ao setor da
defesa, segurança e protecção civil. Com um sistema de visão de
infravermelhos e capacidade de vigilância e deteção de fogos, o
Introbot pode ser útil em operações de desminagem ou de inter-
venção em zonas contaminadas (derrames de petróleo, acidentes
nucleares, entre outros), sem qualquer risco para a vida humana.
“Estamos a implementar um plano de divulgação do Introbot
em feiras internacionais e esperamos entrar em novos mercados
com uma nova unidade de negócio”, adianta Nuno Flores. Um
produto, assegura, com particular interesse para os mercados do
Médio Oriente, Norte de África e América Latina.
O Introbot é um robô concebido
pela Introsys para executar
operações em locais ou situações
que podem pôr em risco a vida
humana.
DR
Veja on-line o vídeo
da Introsys.
10. 10 Empresas
Caixa
OUTUBRO 2015
FÁRMACOS COM
CUNHO
NACIONAL
Um grupo de profissionais do setor farmacêutico agarrou a
oportunidade de manter em Coimbra uma indústria com grande
potencial de desenvolvimento e de criação de valor para a
Economia. A Bluepharma é hoje uma referência – dentro e
fora de portas – na investigação, produção e comercialização
farmacêutica.
ABERTURA À LUPA EnCAIXASALDO POSITIVO
que hoje se constitui num grupo de mais de 16 empresas, e, so-
bretudo, para a manutenção de postos de trabalho em Portugal;
assim como para o desenvolvimento do nosso tecido empresa-
rial”, reforça Paulo Rebelo.
A Bluepharma foi, inclusivamente, a primeira farmacêutica
nacional a obter a certificação da Food and Drug Administration
(FDA), em 2009, e a poder exportar formas sólidas farma-
cêuticas para os Estados Unidos.
De olhos postos no exterior
A Bluepharma opera em três áreas distintas:
a produção de medicamentos próprios e para
terceiros; o registo de medicamentos; a in-
vestigação e desenvolvimento; a comercia-
lização de medicamentos genéricos de marca
própria – através da Bluepharma Genéricos,
criada em 2003. Possui um vasto portefólio de
medicamentos próprios, com mais de 70 molécu-
las, vocacionados para tratamento de diversas patolo-
gias num largo espectro de áreas clínicas.
Embora na primeira década de vida a Bluepharma se tenha
posicionado essencialmente como exportadora, a penetração no
mercado internacional foi bastante dinamizada pela capacida-
de da empresa em desenvolver e licenciar tecnologia própria a
terceiros, mas também por várias parcerias celebradas com mul-
tinacionais para o desenvolvimento de medicamentos nos mer-
cados europeu e americano.
A própria denominação “Bluepharma” não foi inocente. “Foi
cêuticas
De
A
a
t
v
l
pr
cria
medic
las, voca
gias num largo
Bayer preparava-se para fechar a sua unidade fabril em Coim-
bra. Paulo Barradas não queria acreditar no que lia no jornal.
O ano 2000 seguia na sua primeira metade e a multinacional
farmacêutica alemã preparava-se para desinvestir em Portugal.
“Contactei alguns amigos e profissionais do setor do medica-
mento e todos concordámos que era importante agir e manter
a indústria em Coimbra”, explica Paulo Barradas Rebelo,
CEO da Bluepharma. O plano era ambicioso, mas
não só conseguiu juntar investidores, com um
plano de negócio robusto, como convenceu a
Bayer a vender a fábrica a um grupo nacio-
nal. Isto, em detrimento das várias propostas
internacionais de compra em cima da mesa.
A Paulo Barradas Rebelo juntou-se
Maria Isolina Mesquita, Sérgio Simões, Pau-
lo Fonseca e Miguel Silvestre. Embora todos
possuíssem experiência na área farmacêutica,
o grupo teve de enfrentar o ceticismo dos colegas
do próprio setor: “Saía das reuniões com a sensação
de que as pessoas não me levavam a sério. Não acredita-
vam que uma empresa portuguesa pudesse apostar na investiga-
ção e desenvolvimento e ser bem-sucedida”, desabafa o CEO.
Catorze anos volvidos, a Bluepharma provou que era possível.
O processo de aquisição da fábrica à Bayer contou, desde
logo, com o apoio financeiro da Caixa. Desde então, o banco tem
acompanhado o crescimento da Bluepharma, em particular na
vertente exportadora, com destaque para o mercado da América
Latina. “A Caixa contribuiu para o nascimento de uma empresa
AA
Fotoscedidaspelaempresa
11. 11
OUTUBRO 2015
Empresas
Caixa
I&D em curso
Eis alguns dos projetos de investigação
do Grupo Bluepharma:
• Tecnologia dos Filmes
Orais (BlueOS): plataforma
tecnológica na forma farmacêutica
de película orodispersível (isto é, de
desintegração rápida por via oral);
• Redaporfin: molécula para o
tratamento de vários tipos de cancro
através de terapia fotodinâmica;
• Luzacne: terapia fotodinâmica para
casos moderados a graves de acne;
• Pegasemp: plataforma de base
nanotecnológica para a entrega
específica de agentes terapêuticos
(fármacos de baixo peso molecular),
na área oncológica.
Veja on-line o vídeo
da Bluepharma.
Paulo Barradas Rebelo,
CEO da Bluepharma
pensada com vista a facilitar a fami-
liarização dos clientes internacionais
com a empresa”, explica o CEO. A es-
tratégia global de internacionalização
valeu à empresa mais de 100 clientes
em 40 países de todos os continentes,
a abertura de subsidiárias em diversos
territórios (como Espanha, Moçam-
bique, Angola e Chile) e a criação de
empresas no Brasil, Colômbia e Es-
tados Unidos (neste último caso em
consórcio).
Só a vertente exportadora assegu-
rou, em 2014, 80% do volume de ne-
gócios total. Os principais mercados
são França e Alemanha, seguidos de Itália, Espanha, Estados
Unidos, Coreia do Sul e Venezuela. Em termos consolidados, o
Grupo tem apresentado um crescimento consistente nos últimos
cinco anos (na ordem dos 24%).
No mercado nacional, o negócio é assegurado pela
Bluepharma Genéricos – em 2014, a empresa vendeu cerca de
1,8 milhões de unidades. Recentemente, a empresa adotou para
Portugal um modelo de negócio inovador – projeto Bluewave –,
inspirado em vários casos de sucesso na Europa. Paulo Barradas
Rebelo explica em que consiste: “Trata-se de uma parceria com
um conjunto de farmácias, com as quais a Bluepharma celebra
acordos de fornecimento, visando um melhor aprovisionamento,
maior rendibilidade, consistência e competitividade no processo
de compra e dispensa de genéricos.”
Este novo modelo, que privilegia um
maior envolvimento dos clientes e
das farmácias, permitiu à empresa in-
verter a tendência para a diminuição
das vendas verificada desde o início
do ano.
A estratégia dos três “I”
Desde o início que a política da em-
presa assenta em três “I”: Investir,
Inovar, Internacionalizar. Uma tríade
que se alimenta reciprocamente e que
justifica o sucesso da farmacêutica.
De destacar que, nos primeiros
dez anos de existência, a empresa reinvestiu todos os seus divi-
dendos na inovação e desenvolvimento (I&D) do negócio. Em
2014, 20% do volume de negócios foi canalizado para a I&D.
Esta é, sem dúvida, a área que determina a diferenciação da
Bluepharma no mercado. A empresa tem atualmente em curso
vários projetos de investigação e arrancou com o Glucocorticoid
Low-dose Outcome in RheumatoId Arthritis Study (conheci-
do por Gloria). Trata-se de um projeto europeu no âmbito do
Programa Horizonte 2020, a que a Bluepharma se candidatou
em consórcio com entidades de sete países. O objetivo é “com-
parar a relação entre custo, eficácia e segurança no tratamento
de pacientes geriátricos, com artrite reumatoide, com uma baixa
dose de glucocorticoides”, explica Paulo Barradas Rebelo.
12. 12 Empresas
Caixa
OUTUBRO 2015
ABERTURA À LUPA EnCAIXASALDO POSITIVO
CURTUMES DE
ALCANENA
AO VOLANTE DE
GRANDES MARCAS
As peças da Couro Azul revestem os interiores de marcas
automóveis de topo. A empresa soube aliar a tradição à
inovação para se manter competitiva e com isso conseguiu
tornar-se uma referência no mercado internacional.
Pedro Carvalho,
administrador
da Couro Azul
13. 13
OUTUBRO 2015
Empresas
Caixa
Inovação
que vale prémios
A Couro Azul está envolvida em vários
projectos de I&D na área dos transportes
– aeronáutico, ferroviário e automóvel.
Em consórcio com várias empresas
destes setores, tem trabalhado
para desenvolver interiores de autocarro,
bancos de comboio e cabines
de avião mais leves, integradas e
eco-eficientes. Tem também em fase de
registo de patente um novo sistema para
identificação digital dos defeitos da pele
(ID Leather).
A inovação tecnológica e de produto já
valeu à Couro Azul várias distinções.
Em 2012, durante a Aircraft Interiors
Expo em Hamburgo, recebeu o
Crystal Cabin Award, o único prémio
internacional a reconhecer a excelência
e a inovação em interiores aeronáuticos.
E em 2014 foi a vez do Tannery Award
of the Year na categoria de Inovação – o
mais prestigiado reconhecimento mundial
concedido a empresas da indústria dos
curtumes.
Contrariar o contexto foi crítico
Apesar do forte impacto que o contexto econó-
mico, vivido desde 2008, teve no setor automó-
vel global, a Couro Azul soube manter o rumo
em tempos difíceis, aproveitando para intensificar
a sua abordagem a setores complementares, como
o ferroviário e aeronáutico, colmatando a esperada
quebra de negócio.
Entre 2011 e 2014, a empresa viria a conhecer o pe-
ríodo de maior crescimento da sua história, fruto da recupe-
ração do mercado automóvel europeu (alemão principalmente),
do desenvolvimento de novos produtos e da diversificação para
outros segmentos (bancos, painéis de instrumentos e painéis de
portas). A combinação destes três fatores fez o volume de ne-
gócios da Couro Azul aumentar de 20 para 57 milhões de euros
nesse período e levou à criação de mais 200 postos de trabalho.
A Caixa entrou na vida da Couro Azul em 2007, assumin-
do-se como um parceiro indispensável para o seu desenvolvi-
mento, crescimento e competitividade. “Em períodos
económicos conturbados é importante ter o apoio
de bancos nacionais fortes, de acção mais con-
sistente e permanente que algumas instituições
financeiras internacionais a operar no País.
Gostaria de sublinhar o esforço da CGD na
aproximação às PME, realinhando a imagem
mais institucional e tradicional que o banco
tinha focado noutros segmentos”, reconhece o
administrador.
O ano de 2015 será, avalia Pedro Carvalho,
de consolidação. “O setor automóvel global terá
um crescimento estimado de 18% até 2020 e haverá um
acréscimo de 30% no segmento de veículos de gama alta nos
próximos seis anos – a área em que mais se aplica o couro”. O
potencial é grande, a empresa já tem projetos garantidos para
2015 e 2016 e perspectiva um crescimento sustentado em novos
mercados, como a China, África do Sul, Turquia e México.
Pedro Carvalho considera que a inovação e a quali-
dade são as grandes armas da competitividade e aqui-
lo que torna a sua empresa numa referência lá fora.
A Couro Azul só trabalha com matéria-prima de elevada qua-
lidade, aposta na investigação e desenvolvimento de produtos
mais ecológicos (biodegradáveis e isentos de crómio, por exem-
plo) e leva a cabo a sua atividade com recursos qualificados e
com avançadas tecnologias. “Infelizmente, a imagem que Por-
tugal passa para o exterior não é a de um país tecnologicamen-
te avançado. O primeiro desafio é contrariar esse preconceito.
É preciso insistir com o cliente para que venha ver para crer, por-
que aí jogamos com um fator surpresa a nosso favor”, explica o
administrador.
É em Alcanena, uma região com forte tradição nos curtu-
mes, que nos cruzamos com a Couro Azul, uma empresa es-
pecializada na produção e comercialização de peças e re-
vestimentos de couro para o setor automóvel, aeronáutico e
ferroviário. Esta região concentra mais de 90% das empresas
do setor (desde fábricas, unidades transformadoras e de pro-
dução de matéria-prima), podendo-se inclusivamente falar de
um cluster nacional do couro naquele concelho. A caminha-
da de Pedro Carvalho não está, por isso, dissociada da tradi-
ção da terra. “Os meus avós eram empresários de curtumes, de
modo que há algo de genético na dedicação a este negócio”,
comenta o administrador da Couro Azul.
Mas, mais do que uma aptidão “genética”, a Couro Azul vi-
ria a nascer de uma necessidade do Grupo Carvalhos – funda-
do há 75 anos pelo avô de Pedro e ligado ao fabrico de peles
para calçado e marroquinaria – em diversificar o negócio para
o setor automóvel, criando, para o efeito, uma empresa autóno-
ma. Vivia-se o ano de 1989, e dada a ausência de construtores
automóveis em Portugal, o foco da Couro Azul passaria
necessariamente pelo exterior – em particular pela
Alemanha, França, Itália, Reino Unido e Suécia,
onde se concentravam as grandes fábricas.
“Na década de 90 era frequente os conces-
sionários e importadores encomendarem aos
construtores os automóveis com interiores
standard, mandando depois fazer o upgrade
para couro em Portugal. Esta foi uma oportuni-
dade para a Couro Azul desenvolver o processo
tecnológico de produto de acordo com as especifi-
cações técnicas do setor automóvel”, relembra Pedro
Carvalho. A empresa viu assim o seu negócio florescer nos
anos 90, e começou a planear uma abordagem internacional
mais agressiva, que passava por chegar diretamente ao mercado
de primeira linha (construtores ou OEM – Original Equipment
Manufacturers). Em 1995 celebra o seu primeiro contrato com a
Opel e em 1997 é a vez da Volkswagen.
Desde aí que o negócio se desenvolve mais ou menos da
mesma forma. A Couro Azul colabora com os OEM, nos países
de origem, em aspectos como o design, segurança e avaliação
técnica dos materiais a utilizar nos veículos. Nessa altura, o
OEM informa os fornecedores de primeiro nível (first tiers) que
a Couro Azul irá fornecer esse projeto. A partir daí, a empresa
fornece o produto e acompanha a montagem nas empresas sub-
contratadas pelos first tiers (habitualmente em países de Leste,
Norte de África e Extremo Oriente).
Hoje, as peças da Couro Azul revestem volantes, assentos, ta-
bliers e painéis de porta de modelos de gama alta, como é o caso
do Porsche Panamera e Macan, mas também modelos da Volvo,
Daimler, Jaguar Land Rover, além da Opel ou Volskwagen.
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14. 14 Empresas
Caixa
OUTUBRO 2015
ABERTURA À LUPA EnCaixaSALDO POSITIVO
Autênticos motores da economia nacional,
as empresas industriais podem contar com uma oferta
completa de soluções para o seu negócio,
em condições flexíveis, e um serviço de atendimento
prestado por gestores Caixa que conhecem bem cada
setor. Destacamos, sumariamente, algumas soluções
e serviços que compõem este portefólio específico
da Caixa. Toda a informação detalhada sobre
esta oferta está disponível em:
www.cgdofertasetorial.com/Industria
SOLUÇÕES EM DESTAQUE
Caixa 2020
Uma solução global de crédito e de acompanhamento
no âmbito do apoio complementar às candidaturas
ao Portugal 2020. Tanto em financiamento como na
antecipação de subsídios aprovados.
Linha BEI 2015
Linha de crédito negociada com o Banco Europeu de
Investimento (BEI) no montante de 300 milhões de
euros para investimento em ativo fixo e reforço de
fundo de maneio.
Desconto comercial
Solução para antecipar receitas, com financiamento
a taxas competitivas e possibilidade de negociação
de plafond para recursos mais imediatos.
Como permite a distribuição temporal das receitas,
é particularmente útil em atividades sazonais.
IVA EnCaixa
Trata-se de um limite para crédito de curto prazo, que permite o adiantamento até
100% dos reembolsos de IVA apresentados à Autoridade Tributária e Aduaneira,
com prazo até 120 dias e pagamento de juros e capital no final do prazo.
Caixarenting
Uma solução automóvel que garante todas as componentes do serviço de gestão de
frota para as empresas. Integra o aluguer de viaturas novas, com um pacote de serviços
associados à sua utilização e renda fixa mensal, sem entrada inicial.
OFERTA
SETORIAL
Trata-se de uma carteira completa
com soluções específicas para seis
áreas distintas da nossa Economia.
Levantamos aqui o véu sobre duas
delas: uma vocacionada
para a Indústria e outra orientada
para as áreas da Exportação
e da Internacionalização.
Indústria
FINANCIAMENTO
• Caixa 2020
• Linha BEI 2015
• Linha PME Crescimento
2015
• Garantias e avales
bancários
TESOURARIA
• Desconto comercial
• IVA EnCaixa
• Caixa Maistesouraria
• Cartão Caixaworks
• Cartão Caixa Break
SERVIÇOS
• Caixadirecta Empresas
• Caixarenting
• Caixaleasing Empresa
SEGUROS
• Acidentes de trabalho
• Multirriscos Negócios
• Seguro de vida Grupo
Empresário
Descubra on-line
as soluções e serviços
da Caixa para a Indústria.
StringerShanghai/Reuters
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OUTUBRO 2015
Empresas
Caixa
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UFaccum, con preped quis pelic
tes aliquiaes atecum si occum
accab in pore pos molupic tem
ratur simille stiusa doluptatqui omnit, ut
de veniam, nis denis estio to derionsene
illeste a netur restore pudipietum
vel incienti il invenime que venita
sundisquam et et, odignit ommoditas
anim quibus, sim erio blant milignihil et
quis alignimus quuntur eruptio ideseque
con pra in erfernatem vero beat eosae
nos et lia int repudip iderum laborum
vellore ctaecatum ut quas adi dellenihit
rernat laut mint excestissit aut quunt, id
ut molorem ipsam velit que conem quiate
site sunt.
Exportação e Internacionalização
Para quem tem os olhos postos no mercado
externo, a Caixa concebeu uma oferta setorial
com soluções e serviços de apoio à exportação
e à internacionalização. O objetivo passa por
minimizar o risco destas operações.
Eis algumas das soluções vocacionadas para este
desígnio. Poderá consultar toda a informação em:
www.cgdofertasetorial.com/Internacionalizacao
SOLUÇÕES EM DESTAQUE
Créditos Documentários:
Solução para garantia de cobrança das exportações e
de cumprimento dos contratos com os fornecedores
e clientes.
Linha Internacionalização Angola
Linha de crédito, com garantia mútua, para
empresas em fase de internacionalização em
Angola, e que apoia o reforço do fundo de maneio
e a antecipação do repatriamento de fundos em
Kwanzas (AOA), provenientes de transações
comerciais no mercado angolano.
Abertura de Conta no Exterior
Uma oferta de serviços de gestão de tesouraria
global, que resulta de uma aliança internacional de
15 bancos, em representação de 39 países. A Caixa,
como banco participante, está apta a oferecer aos
seus clientes serviços financeiros internacionais
e o acesso a um leque variado de outros serviços,
a nível local. Por exemplo, abertura de conta no
exterior.
Factoring Internacional
Um serviço que permite a gestão e cobrança de
créditos, antecipação de fundos e cobertura dos
riscos comerciais.
Plataforma Internacional de Apoio
Um portal onde poderá encontrar toda a informação
sobre os principais destinos de internacionalização
das empresas portuguesas e toda a oferta de apoio
aos negócios nesses mercados.
Descubra on-line
as soluções da Caixa para
a Internacionalização
Exportação e Internacionalização
Indústria
Empreendedorismo
Setor Primário
Turismo
Comércio e Serviços
As seis áreas da Oferta Setorial da Caixa
PauloWhitaker/Reuters
APOIO À ATIVIDADE
• Remessas documentárias
• Garantias bancárias na
ordem externa e standby
letter of credit
• Antecipação de receitas de
exportação ao abrigo de
créditos documentários
FINANCIAMENTO
• Caixa 2020
• Linha PME Crescimento
2015
• Financiamentos à
exportação em Euro ou
outras moedas
• Crédito ao importador
estrangeiro
• Cobertura de risco cambial
e de taxa de juro
• Linha de crédito para a
América Latina
• Linha Portugal – Angola
• Apoio a investimento em
países emergentes
TESOURARIA
• IVA Encaixa
• Caixa Maistesouraria
NEGÓCIO IBÉRICO
E SERVIÇOS
• Caixadirecta Empresas
• Emissão de cheques
• Transferências
internacionais
• Factoring Internacional
• Seguro de mercadorias
transportadas