SlideShare uma empresa Scribd logo
1 de 2
Baixar para ler offline
PUBLICIDADE
PUBLICAÇÃOMENSAL
ILUMINAÇÃOOsLEDvieramparaficareestãoageneralizar-serapidamente
DOSSIER
VALVOLINE
LANÇA GAMA PIONEIRA
DE LUBRIFICANTES DE MOTOR
COM 50% DE ÓLEOS RECICLADOS
PEÇAS
A PEUGEOT-CITROËN APOSTA
FORTE NO PÓS-VENDA E EM REDES
PRÓPRIAS DE OFICINAS
2º ESTUDO TURBO OFICINA
OS PORTUGUESES CONFIAM
CADA VEZ MAIS NAS OFICINAS
INDEPENDENTES.
N.º 17 | OUTUBRO 2013 | 2,2€
WWW.OFICINA.TURBO.PT
PUBLICIDADE
01 Capa.indd 1 25-09-2013 16:51:35
80TURBO OFICINA |OUTUBRO 2013
O PatoouÁguia...
Éstuquedecides!
S
empre que penso nisto recordo um
relato que já circulou por muitos
e-mails mas que, me parece a mim,
continuamos a ignorar a essência
do seu conteúdo no nosso quotidiano da
gestão dos nossos negócios. Passo a relatar a
experiência do Rodrigo:
O Rodrigo estava na fila dos táxis para ir para o
aeroporto. Quando se acercou do táxi que lhe
calhou em sorte, a primeira coisa que notou
foi que a viatura estava extraordinariamente
limpa e brilhante. O motorista, bem vestido,
com uma camisa branca, gravata preta e calças
pretas bem engomadas, saiu da viatura dando
a volta à mesma e abriu a porta traseira direita
do táxi.
Entregou-lhe um cartão plastificado e disse-
-lhe: O meu nome é Francisco e sou o seu
motorista. Enquanto coloco a sua bagagem na
mala, gostaria que lesse a minha missão.
Depois de se sentar, o Rodrigo leu o cartão: A
Missão do Francisco: “Fazer chegar os meus
clientes ao destino final, da forma mais rápida,
segura e económica possível, bridando-o com
um ambiente de excelência.
O Rodrigo ficou impressionado. Muito em
especial, quando se deu conta que o interior
do automóvel fazia jus ao seu exterior.
Imaculadamente limpo!
Enquanto se acomodava à posição de
condução, Francisco pergunta “Gostaria
de tomar um café? Tenho dois recipientes
térmicos com café e descafeinado”. Rodrigo,
em jeito de gozo desconfiado, responde: “Não,
preferia antes um refrigerante.”… Francisco
sorriu e respondeu: “Não há problema,
tenho um pequeno frigorífico com Coca Cola
normal, Coca Cola Zero, água e sumo de
laranja”. Sem conseguir disfarçar a surpresa,
Rodrigo respondeu: “vou aceitar uma Cola
Zero.”
Servindo-lhe a bebida, Francisco indagou,
“Se desejar ler, tenho o Público, a Visão e O
JOGO…”.
Ao iniciar a viagem, Francisco entregou ao
Rodrigo outro cartão plastificado, “Estas são
as estações de rádio que tenho disponíveis e o
tipo de música que cada uma delas passa com
mais frequência, caso queira ouvir rádio...”
Como se tudo isto não fosse suficiente,
Francisco informou ainda que a viatura tinha
o ar condicionado ligado, perguntando se o
nível de temperatura seria o mais adequado. De
seguida, informou qual seria o percurso mais
adequado ao destino final em função da hora
do dia. Aproveitou ainda para perguntar se
desejava continuar a conversar ou se preferia
fazer o que restava da viagem em silêncio.
“Diga-me Francisco – perguntou Rodrigo
surpreendido – atendeu sempre os seus
clientes desta forma?”
Francisco sorriu através do espelho retrovisor.
“Não, nem sempre. Em boa verdade, introduzi
esta metodologia de atendimento ao cliente
apenas há dois anos. Nos primeiros cinco
anos de atividade, gastei a maior parte do meu
tempo a queixar-me de tudo e de todos, da
mesma forma que o fazem todos os taxistas.
Um certo dia, ouvi um programa de rádio que
falava sobre o Dr. Dyer, um “guru” das Técnicas
de Desenvolvimento Pessoal, que tinha
acabado de escrever e lançar um livro com o
título “Tu vais conseguir quando passares a
acreditar”. Dyer dizia que se te levantas de
manhã esperando ter um mau dia, seguramente
que vais ter um mau dia e raramente isso não
acontecerá. Citando o Dr. Dyer: “Deixa-te de
lamúrias e de queixas. Tens que ser diferente
da tua concorrência. Não sejas pato, tens que
ser uma águia. Os patos só fazem barulho e
estão constantemente a queixar-se, as águias,
voam por cima do grupo. A frase tocou-me
profundamente… como se costuma dizer,
enfiei o barrete até aos pés. O Dr. Dyer estava a
falar de mim. Eu passava o tempo todo a fazer
barulho e a queixar-me e foi neste instante
que decidi mudar de atitude e passar a ser
uma águia. Observei atentamente os outros
táxis e os respetivos motoristas, notei, com
clareza, que os táxis estão sujos, os motoristas
não são simpáticos e, consequentemente,
que os clientes não estavam satisfeitos com
opinião
O paradigma mudou. Produtos vêm e vão. A unidade de valor, hoje, é o relacionamento com
o cliente. A única fonte de lucro é o cliente... Esta máxima assenta que nem uma luva neste
período de dificuldades que todos vivemos no setor do aftermarket automóvel.
a qualidade global do serviço. Foi então
que decidi fazer algumas mudanças. Uma
de cada vez. Sempre que os meus clientes
demonstravam satisfação e respostas positivas
às mudanças, introduzi mais mudanças.”
“Nota-se que as alterações resultaram
plenamente”, disse-lhe o Rodrigo. “Sim,
seguramente que sim”, respondeu o Francisco.
“No meu primeiro ano de “águia”, dupliquei a
minha faturação relativamente ao ano anterior,
este ano, vou, ao que tudo indica, quadruplicar
a faturação. O Rodrigo teve sorte em conseguir
encontrar o meu táxi livre. Raramente paro
no parque de táxis. Os meus clientes fazem
as reservas dos serviços através do meu
telemóvel, quando não posso atender deixam
mensagem no meu voicemail. Se não posso
fazer o serviço, consigo sempre servi-los com
um amigo taxista “águia”, fiável para fazer o
serviço”.
O Francisco era sensacional. Estava a fazer um
serviço de limusina num táxi normal.
Possivelmente, já terá contado a sua
experiência a mais de cinquenta taxistas, no
entanto,apenasdoisaderiramedesenvolveram
a ideia. Quando me desloco para as suas
cidades, ligo sempre para os taxistas “águia”.
Os restantes taxistas continuam a lutar entre
si, como os patos e, enumeram todos os
motivos pelos quais não podem fazer nada do
que lhes sugiro.
O Francisco adoptou uma estratégia
alternativa:
Decidiu deixar de fazer ruído e continuar a
reclamar como os patos, passando a voar por
cima do grupo como as águias.
Pouco importa se vendemos pneus,
lubrificantes, serviços oficinais, ou qualquer
outro tipo de produto ou serviço. Como é que
nos comportamos? Dedicamo-nos a fazer
barulho e a queixarmo-nos? Ou estamos a voar
por cima da “manada”?
Uma grande ilusão é crer que se pode
industrializar um país construindo fábricas.
Impossível. Industrializar um país é construir
mercados, já dizia Paul G. Hoffman.
TEXTO LUIS MARTINS*
* GENERAL MARKET MANAGER GRIPEN WHEELS IBERIA
luis.martins@gripenwheels.com
80-81.indd 80 25-09-2013 19:28:56

Mais conteúdo relacionado

Destaque

Revista dos Pneus no 4 janeiro 2009 ano II
Revista dos Pneus no 4 janeiro 2009  ano IIRevista dos Pneus no 4 janeiro 2009  ano II
Revista dos Pneus no 4 janeiro 2009 ano IILuis Martins
 
Revista dos pneus no 12 janeiro 2011 ano III
Revista dos pneus no 12 janeiro 2011 ano IIIRevista dos pneus no 12 janeiro 2011 ano III
Revista dos pneus no 12 janeiro 2011 ano IIILuis Martins
 
Revista dos Pneus no 6 julho 2009 ano II
Revista dos Pneus no 6  julho 2009  ano IIRevista dos Pneus no 6  julho 2009  ano II
Revista dos Pneus no 6 julho 2009 ano IILuis Martins
 
Pós Venda n6 outubro novembro 2016
Pós Venda n6 outubro novembro 2016Pós Venda n6 outubro novembro 2016
Pós Venda n6 outubro novembro 2016Luis Martins
 
Revista dos Pneus no 27 setembro 2014 ano VII
Revista dos Pneus no 27 setembro 2014 ano VIIRevista dos Pneus no 27 setembro 2014 ano VII
Revista dos Pneus no 27 setembro 2014 ano VIILuis Martins
 
Revista dos pneus no 9 abril 2010 ano III
Revista dos pneus no 9 abril 2010 ano IIIRevista dos pneus no 9 abril 2010 ano III
Revista dos pneus no 9 abril 2010 ano IIILuis Martins
 
Autoaftermarketnews no. 02 2014
Autoaftermarketnews no. 02 2014Autoaftermarketnews no. 02 2014
Autoaftermarketnews no. 02 2014Luis Martins
 
Revista dos pneus no 11 outubro 2010 ano III
Revista dos pneus no 11 outubro 2010 ano IIIRevista dos pneus no 11 outubro 2010 ano III
Revista dos pneus no 11 outubro 2010 ano IIILuis Martins
 
Revista dos Pneus no 7 outubro 2009 ano II
Revista dos Pneus no 7 outubro 2009 ano IIRevista dos Pneus no 7 outubro 2009 ano II
Revista dos Pneus no 7 outubro 2009 ano IILuis Martins
 
Revista dos Pneus no 8 janeiro 2010 ano III
Revista dos Pneus no 8 janeiro 2010 ano IIIRevista dos Pneus no 8 janeiro 2010 ano III
Revista dos Pneus no 8 janeiro 2010 ano IIILuis Martins
 
Revista dos Pneus no 2 Agosto 2008 - ano I
Revista dos Pneus no 2   Agosto 2008 - ano IRevista dos Pneus no 2   Agosto 2008 - ano I
Revista dos Pneus no 2 Agosto 2008 - ano ILuis Martins
 
Revista dos Pneus no 39 abril 2016 ano VIII
Revista dos Pneus no 39 abril 2016 ano VIIIRevista dos Pneus no 39 abril 2016 ano VIII
Revista dos Pneus no 39 abril 2016 ano VIIILuis Martins
 

Destaque (14)

Revista dos Pneus no 4 janeiro 2009 ano II
Revista dos Pneus no 4 janeiro 2009  ano IIRevista dos Pneus no 4 janeiro 2009  ano II
Revista dos Pneus no 4 janeiro 2009 ano II
 
Revista dos pneus no 12 janeiro 2011 ano III
Revista dos pneus no 12 janeiro 2011 ano IIIRevista dos pneus no 12 janeiro 2011 ano III
Revista dos pneus no 12 janeiro 2011 ano III
 
img-160822175753
img-160822175753img-160822175753
img-160822175753
 
img-160822175840
img-160822175840img-160822175840
img-160822175840
 
Revista dos Pneus no 6 julho 2009 ano II
Revista dos Pneus no 6  julho 2009  ano IIRevista dos Pneus no 6  julho 2009  ano II
Revista dos Pneus no 6 julho 2009 ano II
 
Pós Venda n6 outubro novembro 2016
Pós Venda n6 outubro novembro 2016Pós Venda n6 outubro novembro 2016
Pós Venda n6 outubro novembro 2016
 
Revista dos Pneus no 27 setembro 2014 ano VII
Revista dos Pneus no 27 setembro 2014 ano VIIRevista dos Pneus no 27 setembro 2014 ano VII
Revista dos Pneus no 27 setembro 2014 ano VII
 
Revista dos pneus no 9 abril 2010 ano III
Revista dos pneus no 9 abril 2010 ano IIIRevista dos pneus no 9 abril 2010 ano III
Revista dos pneus no 9 abril 2010 ano III
 
Autoaftermarketnews no. 02 2014
Autoaftermarketnews no. 02 2014Autoaftermarketnews no. 02 2014
Autoaftermarketnews no. 02 2014
 
Revista dos pneus no 11 outubro 2010 ano III
Revista dos pneus no 11 outubro 2010 ano IIIRevista dos pneus no 11 outubro 2010 ano III
Revista dos pneus no 11 outubro 2010 ano III
 
Revista dos Pneus no 7 outubro 2009 ano II
Revista dos Pneus no 7 outubro 2009 ano IIRevista dos Pneus no 7 outubro 2009 ano II
Revista dos Pneus no 7 outubro 2009 ano II
 
Revista dos Pneus no 8 janeiro 2010 ano III
Revista dos Pneus no 8 janeiro 2010 ano IIIRevista dos Pneus no 8 janeiro 2010 ano III
Revista dos Pneus no 8 janeiro 2010 ano III
 
Revista dos Pneus no 2 Agosto 2008 - ano I
Revista dos Pneus no 2   Agosto 2008 - ano IRevista dos Pneus no 2   Agosto 2008 - ano I
Revista dos Pneus no 2 Agosto 2008 - ano I
 
Revista dos Pneus no 39 abril 2016 ano VIII
Revista dos Pneus no 39 abril 2016 ano VIIIRevista dos Pneus no 39 abril 2016 ano VIII
Revista dos Pneus no 39 abril 2016 ano VIII
 

Mais de Luis Martins

Revista dos Pneus no 31 abril 2015 ano VIII
Revista dos Pneus no 31 abril 2015 ano VIIIRevista dos Pneus no 31 abril 2015 ano VIII
Revista dos Pneus no 31 abril 2015 ano VIIILuis Martins
 
Revista dos Pneus no 25 abril 2014 ano VII
Revista dos Pneus no 25 abril 2014 ano VIIRevista dos Pneus no 25 abril 2014 ano VII
Revista dos Pneus no 25 abril 2014 ano VIILuis Martins
 
Revista dos Pneus no 24 fevereiro 2014 ano V
Revista dos Pneus no 24 fevereiro 2014 ano VRevista dos Pneus no 24 fevereiro 2014 ano V
Revista dos Pneus no 24 fevereiro 2014 ano VLuis Martins
 
Revista dos Pneus no 19 outubro 2012 ano III
Revista dos Pneus no 19 outubro 2012 ano IIIRevista dos Pneus no 19 outubro 2012 ano III
Revista dos Pneus no 19 outubro 2012 ano IIILuis Martins
 
Revista dos pneus no 18 julho 2012 ano III
Revista dos pneus no 18 julho 2012 ano IIIRevista dos pneus no 18 julho 2012 ano III
Revista dos pneus no 18 julho 2012 ano IIILuis Martins
 
Revista dos pneus no 17 abril 2012 ano III
Revista dos pneus no 17 abril 2012 ano IIIRevista dos pneus no 17 abril 2012 ano III
Revista dos pneus no 17 abril 2012 ano IIILuis Martins
 
Revista dos Pneus no 16 janeiro 2012 ano III
Revista dos Pneus no 16 janeiro 2012 ano IIIRevista dos Pneus no 16 janeiro 2012 ano III
Revista dos Pneus no 16 janeiro 2012 ano IIILuis Martins
 
Revista dos pneus no 15 outubro 2011 ano III
Revista dos pneus no 15 outubro 2011 ano IIIRevista dos pneus no 15 outubro 2011 ano III
Revista dos pneus no 15 outubro 2011 ano IIILuis Martins
 
Revista dos Pneus no 14 julho 2011 ano III
Revista dos Pneus no 14 julho 2011 ano IIIRevista dos Pneus no 14 julho 2011 ano III
Revista dos Pneus no 14 julho 2011 ano IIILuis Martins
 
Revista dos pneus no 13 abril 2011 ano III
Revista dos pneus no 13 abril 2011 ano IIIRevista dos pneus no 13 abril 2011 ano III
Revista dos pneus no 13 abril 2011 ano IIILuis Martins
 
Revista Anecra n298 abril 2012
Revista Anecra n298 abril 2012Revista Anecra n298 abril 2012
Revista Anecra n298 abril 2012Luis Martins
 

Mais de Luis Martins (11)

Revista dos Pneus no 31 abril 2015 ano VIII
Revista dos Pneus no 31 abril 2015 ano VIIIRevista dos Pneus no 31 abril 2015 ano VIII
Revista dos Pneus no 31 abril 2015 ano VIII
 
Revista dos Pneus no 25 abril 2014 ano VII
Revista dos Pneus no 25 abril 2014 ano VIIRevista dos Pneus no 25 abril 2014 ano VII
Revista dos Pneus no 25 abril 2014 ano VII
 
Revista dos Pneus no 24 fevereiro 2014 ano V
Revista dos Pneus no 24 fevereiro 2014 ano VRevista dos Pneus no 24 fevereiro 2014 ano V
Revista dos Pneus no 24 fevereiro 2014 ano V
 
Revista dos Pneus no 19 outubro 2012 ano III
Revista dos Pneus no 19 outubro 2012 ano IIIRevista dos Pneus no 19 outubro 2012 ano III
Revista dos Pneus no 19 outubro 2012 ano III
 
Revista dos pneus no 18 julho 2012 ano III
Revista dos pneus no 18 julho 2012 ano IIIRevista dos pneus no 18 julho 2012 ano III
Revista dos pneus no 18 julho 2012 ano III
 
Revista dos pneus no 17 abril 2012 ano III
Revista dos pneus no 17 abril 2012 ano IIIRevista dos pneus no 17 abril 2012 ano III
Revista dos pneus no 17 abril 2012 ano III
 
Revista dos Pneus no 16 janeiro 2012 ano III
Revista dos Pneus no 16 janeiro 2012 ano IIIRevista dos Pneus no 16 janeiro 2012 ano III
Revista dos Pneus no 16 janeiro 2012 ano III
 
Revista dos pneus no 15 outubro 2011 ano III
Revista dos pneus no 15 outubro 2011 ano IIIRevista dos pneus no 15 outubro 2011 ano III
Revista dos pneus no 15 outubro 2011 ano III
 
Revista dos Pneus no 14 julho 2011 ano III
Revista dos Pneus no 14 julho 2011 ano IIIRevista dos Pneus no 14 julho 2011 ano III
Revista dos Pneus no 14 julho 2011 ano III
 
Revista dos pneus no 13 abril 2011 ano III
Revista dos pneus no 13 abril 2011 ano IIIRevista dos pneus no 13 abril 2011 ano III
Revista dos pneus no 13 abril 2011 ano III
 
Revista Anecra n298 abril 2012
Revista Anecra n298 abril 2012Revista Anecra n298 abril 2012
Revista Anecra n298 abril 2012
 

OFICINA APOSTA NO PÓS-VENDA E REDES PRÓPRIAS

  • 1. PUBLICIDADE PUBLICAÇÃOMENSAL ILUMINAÇÃOOsLEDvieramparaficareestãoageneralizar-serapidamente DOSSIER VALVOLINE LANÇA GAMA PIONEIRA DE LUBRIFICANTES DE MOTOR COM 50% DE ÓLEOS RECICLADOS PEÇAS A PEUGEOT-CITROËN APOSTA FORTE NO PÓS-VENDA E EM REDES PRÓPRIAS DE OFICINAS 2º ESTUDO TURBO OFICINA OS PORTUGUESES CONFIAM CADA VEZ MAIS NAS OFICINAS INDEPENDENTES. N.º 17 | OUTUBRO 2013 | 2,2€ WWW.OFICINA.TURBO.PT PUBLICIDADE 01 Capa.indd 1 25-09-2013 16:51:35
  • 2. 80TURBO OFICINA |OUTUBRO 2013 O PatoouÁguia... Éstuquedecides! S empre que penso nisto recordo um relato que já circulou por muitos e-mails mas que, me parece a mim, continuamos a ignorar a essência do seu conteúdo no nosso quotidiano da gestão dos nossos negócios. Passo a relatar a experiência do Rodrigo: O Rodrigo estava na fila dos táxis para ir para o aeroporto. Quando se acercou do táxi que lhe calhou em sorte, a primeira coisa que notou foi que a viatura estava extraordinariamente limpa e brilhante. O motorista, bem vestido, com uma camisa branca, gravata preta e calças pretas bem engomadas, saiu da viatura dando a volta à mesma e abriu a porta traseira direita do táxi. Entregou-lhe um cartão plastificado e disse- -lhe: O meu nome é Francisco e sou o seu motorista. Enquanto coloco a sua bagagem na mala, gostaria que lesse a minha missão. Depois de se sentar, o Rodrigo leu o cartão: A Missão do Francisco: “Fazer chegar os meus clientes ao destino final, da forma mais rápida, segura e económica possível, bridando-o com um ambiente de excelência. O Rodrigo ficou impressionado. Muito em especial, quando se deu conta que o interior do automóvel fazia jus ao seu exterior. Imaculadamente limpo! Enquanto se acomodava à posição de condução, Francisco pergunta “Gostaria de tomar um café? Tenho dois recipientes térmicos com café e descafeinado”. Rodrigo, em jeito de gozo desconfiado, responde: “Não, preferia antes um refrigerante.”… Francisco sorriu e respondeu: “Não há problema, tenho um pequeno frigorífico com Coca Cola normal, Coca Cola Zero, água e sumo de laranja”. Sem conseguir disfarçar a surpresa, Rodrigo respondeu: “vou aceitar uma Cola Zero.” Servindo-lhe a bebida, Francisco indagou, “Se desejar ler, tenho o Público, a Visão e O JOGO…”. Ao iniciar a viagem, Francisco entregou ao Rodrigo outro cartão plastificado, “Estas são as estações de rádio que tenho disponíveis e o tipo de música que cada uma delas passa com mais frequência, caso queira ouvir rádio...” Como se tudo isto não fosse suficiente, Francisco informou ainda que a viatura tinha o ar condicionado ligado, perguntando se o nível de temperatura seria o mais adequado. De seguida, informou qual seria o percurso mais adequado ao destino final em função da hora do dia. Aproveitou ainda para perguntar se desejava continuar a conversar ou se preferia fazer o que restava da viagem em silêncio. “Diga-me Francisco – perguntou Rodrigo surpreendido – atendeu sempre os seus clientes desta forma?” Francisco sorriu através do espelho retrovisor. “Não, nem sempre. Em boa verdade, introduzi esta metodologia de atendimento ao cliente apenas há dois anos. Nos primeiros cinco anos de atividade, gastei a maior parte do meu tempo a queixar-me de tudo e de todos, da mesma forma que o fazem todos os taxistas. Um certo dia, ouvi um programa de rádio que falava sobre o Dr. Dyer, um “guru” das Técnicas de Desenvolvimento Pessoal, que tinha acabado de escrever e lançar um livro com o título “Tu vais conseguir quando passares a acreditar”. Dyer dizia que se te levantas de manhã esperando ter um mau dia, seguramente que vais ter um mau dia e raramente isso não acontecerá. Citando o Dr. Dyer: “Deixa-te de lamúrias e de queixas. Tens que ser diferente da tua concorrência. Não sejas pato, tens que ser uma águia. Os patos só fazem barulho e estão constantemente a queixar-se, as águias, voam por cima do grupo. A frase tocou-me profundamente… como se costuma dizer, enfiei o barrete até aos pés. O Dr. Dyer estava a falar de mim. Eu passava o tempo todo a fazer barulho e a queixar-me e foi neste instante que decidi mudar de atitude e passar a ser uma águia. Observei atentamente os outros táxis e os respetivos motoristas, notei, com clareza, que os táxis estão sujos, os motoristas não são simpáticos e, consequentemente, que os clientes não estavam satisfeitos com opinião O paradigma mudou. Produtos vêm e vão. A unidade de valor, hoje, é o relacionamento com o cliente. A única fonte de lucro é o cliente... Esta máxima assenta que nem uma luva neste período de dificuldades que todos vivemos no setor do aftermarket automóvel. a qualidade global do serviço. Foi então que decidi fazer algumas mudanças. Uma de cada vez. Sempre que os meus clientes demonstravam satisfação e respostas positivas às mudanças, introduzi mais mudanças.” “Nota-se que as alterações resultaram plenamente”, disse-lhe o Rodrigo. “Sim, seguramente que sim”, respondeu o Francisco. “No meu primeiro ano de “águia”, dupliquei a minha faturação relativamente ao ano anterior, este ano, vou, ao que tudo indica, quadruplicar a faturação. O Rodrigo teve sorte em conseguir encontrar o meu táxi livre. Raramente paro no parque de táxis. Os meus clientes fazem as reservas dos serviços através do meu telemóvel, quando não posso atender deixam mensagem no meu voicemail. Se não posso fazer o serviço, consigo sempre servi-los com um amigo taxista “águia”, fiável para fazer o serviço”. O Francisco era sensacional. Estava a fazer um serviço de limusina num táxi normal. Possivelmente, já terá contado a sua experiência a mais de cinquenta taxistas, no entanto,apenasdoisaderiramedesenvolveram a ideia. Quando me desloco para as suas cidades, ligo sempre para os taxistas “águia”. Os restantes taxistas continuam a lutar entre si, como os patos e, enumeram todos os motivos pelos quais não podem fazer nada do que lhes sugiro. O Francisco adoptou uma estratégia alternativa: Decidiu deixar de fazer ruído e continuar a reclamar como os patos, passando a voar por cima do grupo como as águias. Pouco importa se vendemos pneus, lubrificantes, serviços oficinais, ou qualquer outro tipo de produto ou serviço. Como é que nos comportamos? Dedicamo-nos a fazer barulho e a queixarmo-nos? Ou estamos a voar por cima da “manada”? Uma grande ilusão é crer que se pode industrializar um país construindo fábricas. Impossível. Industrializar um país é construir mercados, já dizia Paul G. Hoffman. TEXTO LUIS MARTINS* * GENERAL MARKET MANAGER GRIPEN WHEELS IBERIA luis.martins@gripenwheels.com 80-81.indd 80 25-09-2013 19:28:56