O documento descreve a ascensão, apogeu e decadência da civilização romana desde sua fundação até o fim do Império Romano. Detalha as fases da Monarquia, República e Império, com ênfase nas instituições políticas, conquistas territoriais, crises sociais e dinastias que governaram Roma.
3. LOCALIZAÇÃO GEOGRÁFICA
A civilização romana desenvolveu-se a partir da cidade
de Roma, localizada na Península Itálica. Esta fica
localizada no Sul da Europa, na região central do
Mediterrâneo.
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5. A MONARQUIA ROMANA
Informações sobre reis são imprecisas
Reis de existência não comprovada:
• Rômulo: fundador e conquistador
• Numa Pompílio,Túlio Hostílio, Anco Márcio
Reis de existência comprovada:
• Lúcio Tarquínio, Sérvio Túlio,
Tarquínio, o Soberbo
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6. A MONARQUIA ROMANA
Origem mítica:
“Eneida”, de Virgílio
Romanos = descendentes de Enéias
Alba Longa: reino originário de Roma
Numitor: legitimidade ameaçada por Amúlio,
invasor e usurpador
Rômulo a Remo, filhos da
princesa Réia Sílvia, lançados
no rio Tibre
Reconquista de Alba Longa pelos
gêmeos e disputa para governar
um novo reino vencida por
Rômulo
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7. A MONARQUIA ROMANA
Origem factual:
Aprox. 2000 a.C.: latinos ocupara a área central
da Pen. Itálica e fundaram várias vilas,
incluindo Roma (que talvez tenha sido uma
fortificação)
Sec. VII aC: invasão etrusca e
consolidação de Roma como
cidade, resultando na
formação de um governo
organizado e politicamente
estruturado
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8. A MONARQUIA ROMANA
Estrutura:
Assembleia Curiata: cidadãos (soldados)
agrupados em cúrias (conj. de 10 clãs) = era
reunida mediante convocação, elegia altos
funcionários, deliberava sobre leis
Senado: conselho de anciãos
chefes dos clãs propunha
leis e fiscalizava os reis
Rei (Rex): chefe militar,
religioso e juiz
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9. A MONARQUIA ROMANA
Estrutura social:
Patrícios: grandes proprietários que possuíam direitos políticos
e desempenhavam importantes funções públicas
Clientes: livres que eram associados aos patrícios de forma
auxiliar/subalterna o gozavam de proteção em troca de apoio
Plebeus: livres dedicados ao trabalho
produtivo e sem direitos políticos
Escravos: devedores incapacitados
de cumprir seus débitos e prisioneiros
de guerra / eram considerados bens e
exerciam desde funções básicas à
especializadas
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10. A REPÚBLICA ROMANA
Instituições Políticas:
Magistratura:
• Cônsules,
Senado:
Assembleias:
Pretores, Questores, Censores, Edis, Pontífices,
Ditadores
• Curial: religiosa
• Tribal: escolhia questores e edis
• Centurial: votava leis no Campo de Marte, participação
masculina e votos por centúrias
Nomeação de ministros, decretação de guerra,
representação diplomática, deliberação sobre
impostos...
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11. A REPÚBLICA ROMANA
Conquistas territoriais
1ª fase: controle de toda Península Itálica
2ª fase: Guerra contra Cartago / Guerras Púnicas (256-146 aC)
• Domínio sobre Cartago (ex-colônia fenícia / “punis” =
fenícios) asseguraria controle do Mediterrâneo
• 1ª etapa: submissão de Cartago ao
pagamento de tributos
• 2ª etapa: reação cartaginesa,
invasão à Roma e posterior
retomada romana até a
reconquista de territórios e
assinatura de rendição de Cartago
• 3ª etapa: submissão completa e
destruição da cidade de Cartago
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12. 3ª fase:
• Frente ocidental: Ibéria e Gália
• Frente oriental: Macedônia,
Grécia e Ásia Menor
Conquistas territoriais
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Motivações das conquistas
romanas
•Necessidade de segurança face a vizinhos
mais poderosos (1ª fase).
•Procura de novas zonas agrícolas.
•Procura de novos mercados.
•Procura de mão-de-obra escrava.
•Ambição dos generais romanos, que queriam
glória e riqueza.
13. A integração dos povos dominados
À medida que os territórios iam sendo conquistados, os Romanos
procuravam conservá-los e integrar os povos dominados a sua
civilização. Para tal, usaram vários meios de integração.
Exército Romano – era permanente e
profissional; em muitos casos, contava com a
participação das populações conquistadas. Além
de conquistar os territórios, mantinha a paz
romana (pax romana).
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14. Língua – o latim, língua oficial dos
romanos, passou a ser utilizado pela
maior parte das populações urbanas do
Império.
Rede de estradas - uma rede de
estradas construídas com lajes de pedra,
interligadas por pontes, também de pedra,
facilitava o contato entre todo o Império e
a sua capital («Todas os caminhos levam
a Roma»).
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16. Construção de obras públicas –
construíram-se templos, aquedutos, termas,
teatros, o que aproximou o modo de vida das
populações dos hábitos romanos.
Direito Romano – todas as populações do Império ficaram sujeitas às
leis romanas.
Poder centralizado – submetendo todas as províncias ao sistema
administrativo republicano.
Extensão do direito de cidadania através das reformas -
isto dava às pessoas proteção legal, bem como o direito de eleger e poder
ser eleito nas assembléias locais.
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17. Economia romana
A economia romana era urbana, pois toda
a produção era feita em função das
cidades. As cidades eram o centro da
vida no Império Romano.
A economia romana era comercial,
devido a importância do comércio.
Através do Mediterrâneo, dos rios
e das estradas romanas
circulavam produtos de todo o
território.
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18. A economia romana era monetária, devido à
importância da moeda. A moeda servia para o
comércio, mas também para o pagamento dos
exércitos, para as obras públicas e para distribuir
pelos muitos cidadãos desocupados, que viviam
à custa do Estado.
A economia romana era essencialmente
escravista, pois a maior parte do
trabalho era assegurado pelos
escravos. Destacando sua diversidade e
dinamismo.
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21. A REPÚBLICA ROMANA
Consequências da expansão
Ampliação da riqueza
Mudança nos hábitos materiais
Profissionalização do Exército
Desenvolvimento da vida urbana
Contatos com culturas e civilização (influência grega)
Expansão do latifúndio
Expansão do escravismo
Ampliação das desigualdades sociais
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22. A REPÚBLICA ROMANA
Conflitos: patrícios X plebeus
Patrícios controlavam instâncias políticas
Plebeus garantiam a segurança de Roma
Tomada de consciência por parte da plebe
Ações: greves e atentados
Resultados:
• Lei das 12 Tábulas (450 aC) = registro escrito da legislação
• Lei Canuléia (445 aC) = permitia casamento entre as classes
• Criação de Magistrados da Plebe / Tribunos da Plebe (366 aC =
1º Cônsul eleito)
• Lei Licínia (367 aC): explorar terras devolutas (ager publicus)
• Fim da escravidão por dívida (366 aC)
494 a.C. – Revolta do monte sagrado (tribunos da plebe)
286 a.C. – Plenitude civil aos plebeus
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23. Crise social e tensões políticas
Aumento da miséria: componente da
instabilidade
Massas populares e lideranças X elite patrícia
Tibério Graco (133 aC): Lei agrária
limitando latifúndios e distribuindo
terras aos plebeus = assassinato por
lideranças patrícias e senadores
Caio Graco (123 aC): tentativa de
ampliar participação de plebeus nas
instituições políticas e aprovação da Lei
Frumentária saldo: assassinato de
Caio e perseguições a seus seguidores
A REPÚBLICA ROMANA
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24. Guerra Social (90 aC): reação a Marcus Lívio Drusus,
seguidor dos ideais dos Gracos
Massas populares contra forças do exército romano
Roma obrigada a ceder cidadania para atenuar tensões
Revolta dos escravos
• 136-132 aC: formação de um movimento organizado
que chegou a dominar cidades – e posteriormente
sufocado pelo exército
• Revolta da Spártaco (73-71 aC): causou transtornos que
abalaram a ordem institucional romana
A REPÚBLICA ROMANA
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25. Tensões sociais desordem pública
Crise de poder no Senado e nas instituições da magistratura
Militares: ascensão política
Mário: prestígio obtido por vitórias externas empregado
para domínio do poder em Roma
• Instituiu soldo para legionários
• Alta popularidade
• Eleito cônsul ilegalmente 6 vezes consecutivas
• Herdeiro político: César
Sila: herói em vitória sobre aliados revoltados
• Rival de Mário e manteve-se ilegalmente como
ditador vitalício de 82-79 aC
A REPÚBLICA ROMANA
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26. Ascensão de Júlio César
General de prestígio e herdeiro de tradicional família romana
Formação do Primeiro Triunvirato (59 aC) juntamente com Crasso
e Pompeu
César: ampliação territorial no oeste (tomada de toda a Gália e
parte da Bretanha) = maior prestígio entre a população
53 aC: morte de Crasso após derrota na Pártia = Pompeu e Senado
tentaram isolar César
Estratégia populista no exílio e invasão à Roma, tornando-se
ditador vitalício em 46 aC
Reformas no Estado, ampliou cidadania para povos dominados,
distribuiu terras, fez grandes obras públicas
temor de republicanos: tentativa de César tornar-se rei
44 aC: assassinato
A REPÚBLICA ROMANA
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28. A ascensão de Otávio
Herdeiro “acidental” de César
Membro do Segundo Triunvirato ao lado de Marco Antônio e Lépido
Perseguições aos adversários de César
Tentativas de Lépido e Marco Antônio de isolar Otávio
Aliança de Marco Antônio e Cleópatra
Guerra entre Otávio e Marco
Antônio = derrota de Marco Antonio
(31 aC) e anexação do Egito =
consagração de Otávio, acumulando
poderes além de qualquer outro
governante anterior
A REPÚBLICA ROMANA
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29. O IMPÉRIO
ROMANO
Alto Império
27 a.C - 235
Baixo Império
235 - 476
ALTO IMPÉRIO:
relativa estabilidade, relativa
paz entre províncias e
conquistas.
BAIXO IMPÉRIO:
Crises econômicas, lutas sociais,
instabilidade política e invasões
bárbaras.
Moedas do
Império Romano
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32. Augusto: 27 a.C – 14 d.C
DINASTIA JÚLIO-CLAUDIANA: Dificuldades
políticas
• Tibério (14 – 37);
• Calígula (37 – 41);
• Cláudio (41 – 54);
• Nero (54 – 69);
69 – O ano dos quatro imperadores: Galba,
Otto, Vitelius e Vespasiano (início de nova
dinastia, dezembro de 69)
O IMPÉRIO ROMANO
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33. DINASTIA DOS FLÁVIOS: Equilíbrio econômico e
relativa tranquilidade.
• Vespasiano (69 – 79);
• Tito (79 – 81);
• Domiciano (81 – 96).
DINASTIA DOS ANTONINOS: Estabilidade e
governos prósperos.
• Nerva (96 – 98);
• Trajano (98 – 117);
• Adriano (117 – 138);
• Antonio Pio (138 – 161);
• Marco Aurélio (161 – 180);
• Cômodo (180 – 192).
O IMPÉRIO ROMANO
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35. DINASTIA DOS SEVEROS: Crises de poder, distúrbios
nas fronteiras, problemas econômicos.
• Septímio Severo (193 – 211);
• Caracala (211 – 217);
• Macrinus e Diadumenianus (217 – 218);
• Heliogabus (218 – 219);
• Selêuco, Urânio, Gélio Máximo, Verus (219 – 222);
• Severo Alexandre (222 – 235);
O IMPÉRIO ROMANO
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36. À medida que o braço escravo foi se tornando cada vez
mais escasso, os proprietários começaram a arrendar
partes das suas terras a trabalhadores livres
denominados colonos. Estes eram, geralmente,
elementos da plebe urbana, ex-escravos ou camponeses
empobrecidos que buscavam a proteção dos senhores
das grandes propriedades rurais denominadas vilas.
A crise do escravismo e o advento do colonato
resultaram na diminuição da produção e no declínio do
comércio. Apesar de tudo isso, o Império Romano ainda
conservou-se unido por mais de meio século.
O COLONATO
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37. A relação de dependência entre o trabalhador rural e o
proprietário era chamada de patrocinium e, com ela, os
latifundiários tomavam para si algumas atribuições do
Estado.
Os colonos estavam vinculados aos lotes em que
trabalhavam, não podendo ser vendidos sem a terra e nem a
terra vendida sem eles. Assim, como pode-se perceber, as
raízes da servidão medieval encontram-se na generalização
dessa prática.
O COLONATO
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38. O IMPÉRIO ROMANO
O Baixo Império Longo período de
decadência de Roma
• Crises políticas: sem critério definido para sucessão;
• Colapso do escravismo;
• Economia em crise: impostos altos e inflação;
• Fronteiras desprotegidas: falta de soldados;
• Difusão do Cristianismo;
• Queda nas atividades produtivas;
• População urbana: migração para
o interior.
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39. O IMPÉRIO ROMANO
Tentativas de reformas:
Diocleciano (284 – 312): Tetrarquia – governo por 2
imperadores Augustos e auxiliados por 2 Césares em um
império dividido em duas partes (Ocidente e Oriente). Os
imperadores governariam por até 20 anos, quando os
Césares assumiriam o poder e reiniciariam o ciclo.
Projeto abandonado pelos sucessores.
Teodósio (378 – 395):
Divisão do Império e
oficialização do
Cristianismo como
religião oficial.
Constantino (313 – 337):
Reunificou o império,
transferiu a capital para
Constantinopla e legalizou o
Cristianismo.
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40. O Cristianismo
O Cristianismo surgiu durante o Alto Império na Palestina.
Os judeus acreditavam que Deus enviaria um Messias para libertá-los da
dominação e exploração romana.
Nesse contexto nasceu Jesus. Diferente de outros mestres ia até os necessitados e
não esperava que viessem até ele.
Sua popularidade ameaçava os sacerdotes judeus, que o denunciaram para as
autoridades romanas como um revolucionário.
Após sua morte nasceu a Igreja Cristão Primitiva, fundada por Pedro, primeiro
Bispo de Roma.
Em 313, o Imperador Constantino, através do Edito de Milão, liberou os cultos
cristãos e em 391 o Imperador Teodósio, proibiu todos as outras religiões e adotou
o Cristianismo como religião oficial.
Os cristãos recusavam-se a participar das cerimônias romanas e não reconheciam
a divindade dos imperadores. O cristianismo contrariava os interesses do Império.
Por isso, a Igreja foi violentamente perseguida.
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41. A QUEDA DO IMPÉRIO ROMANO
Em 476, após enfrentar sucessivas invasões, o Império
Romano do Ocidente foi definitivamente derrubado pelos
hérulos, tribo germânica que se estabeleceu dentro dos
limites de Roma.
Rômulo
Augústulo,
último
imperador
romano.
Enquanto a parte ocidental de Roma
estava em ruína, o Império Romano do
Oriente conseguiu manter-se firme,
passando a ser reconhecido como
Império Bizantino, existindo até 1453,
quando foi derrubado pelos islâmicos.
Moeda cunhada após
a conquista dos
hérulos, expondo a
face do rei Odoacro
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