PROVA - ESTUDO CONTEMPORÂNEO E TRANSVERSAL: LEITURA DE IMAGENS, GRÁFICOS E MA...
Queda do império romano do ocidente – 476
1. Queda do Império Romano do
Ocidente – 476 d.C. e o surgimento
do Feudalismo.
Prof. Izaac Erder Silva Soares
Uno Vértice
2. Crise no Império Romano do Ocidente
durante o século III: Fatores Internos
• Final das guerras de conquistas. Os romanos não conseguiam expandir
mais suas fronteiras e consequentemente não obtinham mais escravos.
3. Crise no Império Romano do Ocidente
durante o século III: Fatores Internos
• Os limites do Império Romano se tornam intransponíveis: ao sul o deserto do Saara; ao
norte as tribos Germânicas e hunas; ao oeste o oceano atlântico; e ao leste o deserto
da Arábia e o Império Persa.
• O Império entrou em crise após o colapso do sistema escravista, que teve de ser
substituído pelo sistema de colonato, que consistia na relação entre pessoas com
precárias condições de subsistência e grandes proprietários de terras, que contratavam
seus serviços e, em troca, ofereciam proteção e terras para o trabalho.
• Muitos proprietários que possuíam escravos passaram a libertá-los e a estabelecer
também o regime de colonato com eles. Esse processo acabou por provocar uma
decadência dos centros urbanos e da atividade comercial nas cidades.
• Outro fenômeno que ganhou proporção grandiosa em meio à crise do Império foi a
ascensão do cristianismo. Os cristãos, que já habitavam os domínios do Império há
bastante tempo, passaram a crescer numericamente. Os cristão questionavam as
principais bases do Império Romano: a escravidão e a origem divina do Imperador.
• A crise no sistema escravista criou uma reação em cadeia (uma coisa leva a outra) que
provocou a decadência interna no Império Romano
• Ainda devemos considerar a corrupção, as intrigas palacianas e militares que
constantemente levavam a guerras civis entre famílias e grupos romanos.
4. Ruralização do Império: O Colonato
Aviário: Galinhas, patos e
gansos.
Aviário: Galinhas, patos e
gansos.
5. Crise no Império Romano do Ocidente
durante o século III: Fatores Externos
• Pode-se afirmar que a lenta decadência do império, começara cerca de 200
anos antes, quando no ano de 285 o império foi dividido em império ocidental
(com sede em Roma, embora a capital administrativa estivesse desde o ano de
402 em Ravena nas costas do mar Adriático) e império oriental (com sede em
Bizâncio, posteriormente conhecida como Constantinopla, a atual Istambul).
• A divisão do império foi na altura o resultado da necessidade. Roma tinha
atingido o máximo da sua expansão e os seus exércitos já não eram exércitos
de conquistadores, mas apenas exércitos que mantinham as fronteiras do
império.
• À medida que os bárbaros foram invadindo o Império, buscou-se estabelecer
acordos com vistas a que eles, recebendo terras, se fixassem num
determinado território Em troca, ficavam a serviço do imperador para lutar
contra os inimigos de Roma.
• Os mais temidos dos povos bárbaros eram o hunos, que chegaram à Europa
em 375. Receosos dos hunos, os visigodos estabeleceram-se no Império
Romano, nas supracitadas condições. Como os hunos não atacaram, os
visigodos começaram a expandir seu domínio na região em que haviam se
estabelecido, o que levou o imperador Valente a tentar expulsá-los, sem
sucesso.
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7. Crise no Império Romano do Ocidente
durante o século III: Fatores Externos
• As ondas migratórias dos povos bárbaros do norte da Europa e de regiões da Ásia em
direção a Roma, provocadas por transformações climáticas e outros fatores similares,
forçavam o Império a repelir os invasores e a mover progressivamente mais
contingentes do exército para a defesa do centro do Império, que era a cidade de Roma.
• Com a morte de Teodósio, seus dois filhos lhe sucederam: Honório, no Ocidente, e
Arcádio, no Oriente. Ambos eram auxiliados por chefes bárbaros. Nesse período têm
início as mais violentas investidas dos visigodos, dando início à sua grande invasão, que
culminou com a constituição do Reino Visigótico, construído dentro das fronteiras do
Império Romano do Ocidente. A esse evento, seguiram-se as invasões dos vândalos, dos
burgúndios e dos hunos. Ao final, somente restou a Itália sob o controle dos romanos.
• Em 476, o Império Romano do Ocidente ruiu por completo, com o assassinato do
imperador Júlio Nepos por Orestes, um huno. No mesmo ano, o filho de Orestes,
Rômulos Augústulus, que havia sido sagrado imperador no lugar de Julio Nepos, foi
deposto por Odoacro, rei dos hérulos, que se declarou rei da Itália e aliado do Oriente.
O Império parecia reunificado, mas era só aparência: o imperador tinha poder de
comando apenas no Oriente, pois no Ocidente o domínio era exclusivo dos bárbaros.
• Após a queda do Império Romano do Ocidente, os povos germânicos que passaram a
exercer controle sobre toda a região, não conseguiram estabelecer uma unidade
política ou econômica. As constantes guerras entre as tribos “bárbaras” e também
contra os antigos nobres romanos, e ainda a falta de estruturas administrativas levou a
região a enfrentar tempo de constantes conflitos e acentuada descentralização do
poder... O início da Idade média e do feudalismo, modelo político e econômico
predominante na maior parte da Europa ocidental pelos próximos séculos.
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11. Europa Ocidental: o Feudalismo
• A queda do Império Romano do Ocidente levou a grandes mudanças
econômicas e sociais na Europa, alterado completamente o sistema de
propriedade e de produção característicos da Antiguidade.
• As constantes guerras e conflitos entre os vários reinos “bárbaros” que se
formaram na Europa depois da queda de Roma criaram um ambiente
hostil e de constante estado de alerta, o que praticamente impossibilitou
as relações comerciais nos centros urbanos europeus.
• Com a decadência dos núcleos urbanos e do comercio, uma nova ordem
social começou a se formar a partir do colonato, uma antiga estrutura
rural do império romano.
• Nessas estruturas, antigos nobres romanos e lideres bárbaros passaram a
construir novos núcleos que caracterizariam a sociedade medieval.
Podemos destacar as características principais desses núcleos: auto-
suficiente; rural; produção de subsistência; fortificações para a defesa de
ataques; exércitos próprios; ausência de comércio; mobilidade social nula.
12. Colonato:
• Os servos surgem como uma forma de contornar a falta de escravos nos campos
romanos
13. Colonato:
• Com o tempo, os colonatos se tornaram maiores e mais bem defendidos,
contando inclusive com muralhas e exércitos particulares.
14. Colonato/Feudo:
• Com a queda de Roma e o colapso dos núcleos urbanos , o colonato se tornou
uma estrutura dominante na Europa ocidental, posteriormente veio a se
transformar nos feudos medievais.
15. Europa Ocidental: o Feudalismo
• O feudalismo se origina do colonato, estrutura que surge durante a crise
romana do século III e com as invasões germânicas no século V.
• As características gerais do feudalismo são: poder descentralizado (nas mãos
dos senhores feudais, visto que não mais existia um poder centralizado);
economia baseada na agricultura de subsistência (produção unicamente para
o consumo); utilização do trabalho dos servos (que estavam presos as terras
onde viviam); construções fortificadas (para a defesa contra os feudos
inimigos – os Castelos) e exércitos particulares (os cavaleiros, também para a
defesa contra os feudos inimigos)
• Neste período o comércio era praticamente inexistente, ocorria internamente
nos feudos (antigos colonatos) e era realizado através das trocas de produtos,
sendo as moedas quase inexistentes.
• Prevaleceram na Idade Média as relações de vassalagem e suserania. O
suserano era quem dava um lote de terra ao vassalo, sendo que este último
deveria prestar fidelidade e ajuda ao seu suserano. O vassalo oferece ao
senhor, ou suserano, fidelidade e trabalho, em troca de proteção e um lugar
no sistema de produção. As redes de vassalagem se estendiam por várias
regiões, sendo o rei o suserano mais poderoso.
• Todos os poderes, jurídico, econômico e político concentravam-se nas mãos
dos senhores feudais, donos de lotes de terras (feudos).
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17. Europa Ocidental: o Feudalismo
• A sociedade feudal era estática, com pouca mobilidade social e hierarquizada,
dividida em três estados. 1º: A nobreza feudal (senhores feudais, cavaleiros,
condes, duques, viscondes) era detentora de terras e arrecadava impostos dos
camponeses. 2º: O clero (membros da Igreja Católica) tinha um grande poder,
pois era responsável pela proteção espiritual da sociedade. Era isento de
impostos e arrecadava o dízimo. 3º: O restante da população, era formada
pelos servos (camponeses) e pequenos artesãos. Os servos deviam pagar
várias taxas e tributos aos senhores feudais, tais como: corvéia (trabalho de 3
a 4 dias nas terras do senhor feudal), talha (metade da produção), banalidade
(taxas pagas pela utilização do moinho e forno do senhor feudal).
• Na Idade Média, a Igreja Católica dominava o cenário religioso. Detentora do
poder espiritual, a Igreja influenciava o modo de pensar, a psicologia e as
formas de comportamento na Idade Média. A igreja também tinha grande
poder econômico, pois possuía terras em grande quantidade e até mesmo
servos trabalhando. Os monges viviam em mosteiros e eram responsáveis pela
proteção espiritual da sociedade. Passavam grande parte do tempo rezando e
copiando livros e a Bíblia.
• A Idade Média ficou também conhecida como “Idade das Trevas” pois as Igreja
afirmava que o final dos tempos estava muito próximo.