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QUANDO OS PAIS COMPARECEM À ESCOLA: O QUE OS DISCURSOS
REVELAM SOBRE SUAS EXPECTATIVAS EM RELAÇÃO AOS
PROFESSORES1
Débora Mendes de Souza2
Iuna Sapia Pereira3
Locimar Massalai4
Luís Alberto Lourenço de Matos5
RESUMO
Este artigo apresenta considerações acerca das expectativas das famílias de alunos de
uma escola pública do estado de Rondônia sobre o trabalho docente. O trabalho descrito
foi realizado com base na Análise do Discurso (AD), principalmente conforme proposto
por Orlandi e procura estabelecer relações entre os conceitos de formação discursiva,
interdiscurso, formação ideológica e não ditos e o atual cenário educacional brasileiro.
A materialidade da análise constituiu-se das respostas dadas acerca das expectativas das
famílias sobre a escola contida em um questionário aplicado pela escola com o objetivo
de subsidiar a construção da proposta pedagógica da referida escola.
Palavras-chave: Gestão democrática. Docência. Condições de trabalho.
INTRODUÇÃO
Desde que o discurso da gestão democrática começou a se fortalecer e se
estabelecer em nosso país através das normativas e diretrizes educacionais nacionais, as
escolas têm buscado formas de fazer cumprir a proposta de incluir todos os atores
escolares, bem como a comunidade na tarefa de pensar o futuro da escola e elaborar o
Projeto Político Pedagógico (PPP) ou Projeto Pedagógico Escolar ou como queiram
chamar o documento norteador das ações escolares.
1 Artigo realizado em 2012-2013 como exigências do Mestrado.
2 Pedagoga e aluna do Programa de Pós-graduação em Psicologia da Universidade Federal de Rondônia.
E-mail: debb_mendes@hotmail.com
3 Psicóloga e aluna do Programa de Pós-graduação em Psicologia da Universidade Federal de Rondônia.
E-mail: iunapereira@yahoo.com.br
4 Pedagogo e aluno do Programa de Pós-graduação em Psicologia da Universidade Federal de Rondônia.
E-mail: locimassalai@gmail.com
5 Doutor em Psicologia Escolar e do Desenvolvimento Humano pela Universidade de São Paulo e
professor adjunto da Universidade Federal de Rondônia. E-mail: lumatospvh@hotmail.com
Na busca por alternativas, variadas são as estratégias de participação dos
envolvidos no processo educativo. Neste artigo, apresentaremos a estratégia utilizada
por uma escola municipal do Estado de Rondônia para ouvir os pais sobre questões
acerca da escola.
As questões propostas pela escola foram respondidas pelas famílias de forma
escrita, através de um questionário e são estas respostas o corpo da análise proposta
neste artigo. Conforme a proposta de Orlandi (2007, 2011), buscaremos, através da
Análise do Discurso, elementos de reflexão quanto às expectativas das famílias sobre o
trabalho docente e a atuação do professor frente aos desafios da sociedade moderna.
Concordando com ORLANDI (2009, p. 26) acreditamos que:
A análise do discurso não estaciona na interpretação, trabalha seus limites,
seus mecanismos, como parte dos processos de significação. Também não
procura um sentido verdadeiro através de uma “chave”, de interpretação. Não
há esta chave, há método, há construção de um dispositivo teórico. Não há
uma verdade oculta atrás do texto. Há gestos de interpretação que os
constituem e que o analista, com seu dispositivo, deve ser capaz de
compreender.
Não é nossa intenção determinar uma interpretação única, apenas a possibilidade
de uma compreensão partindo dos princípios e conceitos da AD. Iniciaremos
contextualizando a escola, em seguida discorreremos sobre as leis regulamentadoras da
gestão democrática e por último estudaremos os discursos.
CONTEXTUALIZANDO A ESCOLA
A escola Parque dos Pioneiros6 está localizada na cidade de Ji-Paraná, interior
do Estado de Rondônia e foi criada em 1985, pelo último Governador nomeado deste
Estado, Ângelo Angelim. Conforme dados colhidos na Secretaria da escola, constatou-
se que possui uma clientela cujo padrão socioeconômico é constituído por famílias em
sua grande maioria de baixa renda que recebem Bolsa Família e 95% dos alunos são
nascidos em Ji-Paraná e os outros 5% são emigrantes de outros Estados e Municípios
brasileiros. Os bairros do entorno onde a escola está inserida são muito violentos onde a
ausência do Estado é quase que absoluta quando se pensa em políticas públicas voltadas
para a saúde e lazer.
6
Nome fictício.
Atualmente a escola atende alunos do 1º ao 9º ano do Ensino Fundamental e
Médio, EJA Fundamental e Médio, funcionando nos três períodos: matutino, vespertino
e noturno. Segundo o documento “Estatístico do Rendimento Escolar”, de 2011, a
escola possuía neste ano 517 alunos matriculados do 1º ao 5º ano; 492 alunos do 6º ao
9º ano no Ensino Fundamental Regular; 224 alunos no Seriado do Ensino Fundamental;
149 no Ensino Médio (vespertino); e 217 alunos no Ensino Médio Seriado, totalizando
1599 alunos.7
Este mesmo documento nos revela que há na escola elevados índices de
reprovação, principalmente no 6ª ano do Ensino Fundamental Vespertino. De 133
alunos (matrícula final), 44 reprovaram, perfazendo uma taxa de reprovação de 33,1%.
Em relação ao Seriado do Ensino Médio Noturno, a matrícula final foi de 164 alunos
com 49 evadidos da escola; situação semelhante ocorreu no Ensino Médio Regular
Noturno onde a taxa de abandono chegou a 23%.
Atualmente a escola conta com amplo quadro de profissionais que se
subdividem nos três turnos de funcionamento, sendo 41 professoresdo 1º Ano do Ensino
Fundamental ao 3º Ano do Ensino Médio, duas supervisoras, três orientadores
educacionais, uma diretora, uma vice-diretora, uma secretaria geral e seis auxiliares, três
bibliotecários, uma coordenadora da “TV Escola”, dois responsáveis pelo laboratório de
informática, duas inspetoras, nove zeladores, sete merendeiras e três porteiros.
Atualmente está faltando na escola um professor para a disciplina de Educação
Financeira, um professor para a disciplina de Química, um professor de Matemática, um
de Sociologia e um de Inglês.
Entre os 21 professores de 1º ao 5º ano, 20 são do sexo feminino e apenas um do
sexo masculino. Quanto à formação 16 delas são pedagogas, duas são formadas em
letras, sendo que uma delas está concluindo o curso de Pedagogia, uma tem apenas o
Magistério e os outros dois são formados em Educação Física. As duas supervisoras são
formadas em Pedagogia com Habilitação em Supervisão Escolar. Dos três orientadores,
dois são formados em Pedagogia com Habilitação em Orientação Educacional e uma em
Pedagogia e Pós-Graduação em Orientação Educacional.
A Diretora desta escola é formada em Pedagogia com Habilitação em
Supervisão Escolar e a Vice-Diretora é formada é Geografia. A Secretaria Geral tem o
Ensino Médio completo e entre os auxiliares, duas tem o Ensino Fundamental, uma tem
7 Este número se altera no decorrer do ano porque freqüentemente há entradas e saídas de alunos na
escola.
o Ensino Médio, outra é formada em Letras e está como auxiliar readaptada, outra é
formada em História e uma delas em Administração.
Entre as bibliotecárias, duas são pedagogas readaptadas e a outra exerce essa
função, pois foi promovida por uma ex-diretora, mas sua lotação original era professora
dos Anos Iniciais do Ensino Fundamental. A coordenadora da “TV Escola” e os dois
responsáveis pelo laboratório de informática também são professores readaptados.
Feito este breve panorama do quadro funcional de servidores da escola,
consideramos pertinente destacar dois fenômenos fortemente presentes nesta instituição
de ensino: a) a feminização do trabalho docente; b) quantidade de professores
readaptados.
A feminização do trabalho docente, verificada nesta escola, é um fenômeno
existente em diversos países do ocidente desde a segunda metade do século XIX,
principalmente no magistério (CHAMON, 2006). Teóricos como Tumolo e Fontana
(2008), Pimenta e Anastasiou (2002) que se dedicaram a estudar as conseqüências desta
feminização no âmbito educacional, entendem que a inserção em massa das mulheres
no ensino é uma das principais causas para a crescente desvalorização salarial e social
que os profissionais da área vêm sofrendo e esta desvalorização está diretamente
relacionada com o outro fenômeno constatado na escola: grande número de professores,
formados nas mais diversas áreas, compondo a equipe técnica da escola, pois estão
impossibilitados mental ou fisicamente de continuar exercendo a docência.
O processo de readaptação8 de professores faz parte do cotidiano desta e de
muitas outras escolas públicas. A identidade pedagógica destes professores torna-se
descaracterizada, mesmo permanecendo na escola, geralmente ocupando cargos
administrativos. Pezzuol (2008, p. 16), observa que:
No contexto das instituições escolares, tem sido comumouvir de professores
readaptados, dúvidas, angústias, frustrações e reclamações sobre as atuais
condições do professor na situação de readaptado, que geram desrespeito e
desvalorização profissional, sofrimento, exclusão, restrição de atividades,
mudança de função ou de local de trabalho, entre tantas outras que impedem
esse professor de desenvolver sua identidade profissional, pois, embora se
submetam a uma modificação de suas funções, continuam tendo a formação
de professores e atuando no âmbito da educação.
8 Procedimento realizado com os servidores que sofreram alguma limitação em sua capacidade física ou
mental impossibilitando-os de continuar exercendo suas atribuições, assim, são readaptados para outras
funções com responsabilidades compatíveis com a limitação que tenham sofrido. A readaptação está
prevista no Regime Jurídico dos Servidores Públicos Civis do Estado de Rondônia através da Lei
Complementar Nº 68, de 09 de Dezembro de 1992. (Rondônia, 1992)
Na maioria das vezes se esquece que o professor readaptado foi acometido por
um problema de saúde em seu local de trabalho, ou seja, na escola, e que este professor
tem uma identidade e uma história profissional que quase nunca é levada em
consideração, tornando-se apenas um problema9 que precisa ser resolvido. Sobre este
assunto, entendemos que muitos outros questionamentos poderiam ser levantados,
como, por exemplo: qual é o perfil dos professores readaptados nas escolas estaduais de
Rondônia? O que este perfil revela sobre as condições de trabalho e o cotidiano das
escolas? Entretanto, não é nosso objetivo aprofundar a discussão nessa temática, mas
defendemos que a história destes profissionais não é apenas, uma questão de perícias
médicas quase sempre ligadas “a práticas governamentais que não fazem parte de uma
proposta política de recursos humanos para promoção da saúde do servidor”.
(PEZZUOL, 2008, p. 29).
GESTÃO DEMOCRÁTICA NA ESCOLA
Assim como as demais escolas públicas brasileiras, esta que discorremos neste
artigo faz parte do conjunto de instituições de ensino que em suas ações cotidianas
procura espaço para o cumprimento dasdiretrizes políticas que normatizam e conduzem
a educação nacional.
Podemos dizer que, um ponto comum nas políticas públicas traçadas para a
educação brasileira nas últimas duas décadas é o discurso sobre a elevação da qualidade
no ensino. No entanto, definir qualidade torna-se uma tarefa complexa. Weber, (2008,
p.307) ao falar dos padrões de qualidade da ação educativa adverte que:
A materialização de tais padrões, produto de processo multifacetado, requer,
simultaneamente, condições escolares adequadas para as diferentes fases do
desenvolvimento humano e para os níveis e modalidades de ensino e de
formação, de profissionalização do docente (condições de trabalho e
remuneração compatíveis com a relevância social de sua tarefa), condições de
gestão democrática da escola e da política educacional, bem como avaliação
periódica do processo pedagógico e participação da comunidade. Requer
ainda a articulação entre esferas governamentais constituindo, certamente,
caminho promissor para promover políticas educacionais de corte nacional
que, pela convergência de propósitos, venham concretizar a qualidade da
educação formal nos diferentes níveis e modalidades, como um direito social
básico.
9 Grifo nosso.
Se retomarmos os textos dos documentos oficiais que regulamentam e
normatizam a educação nacional, observaremos que a gestão democrática se apresenta
como uma tônica.
A Lei Nº 9.394, de 20 de dezembro de 1996, que estabelece as diretrizes e bases
da educação nacional determina a gestão democrática como um de seus princípios,
conforme texto do seu Artigo 3º
O ensino será ministrado com base nos seguintes princípios: [...]VIII - gestão
democrática do ensino público, na forma desta Lei e da legislação dos
sistemas de ensino;
A Lei Nº 10.172, de 09 de janeiro de 2001 que aprova o Plano Nacional de
Educação para o decênio 2001-2010 especifica como uma de suas metas: “Definir, em
cada sistema de ensino, normas de gestão democrática do ensino público, com
participação da comunidade.”
A seguir, o Decreto Nº 6.094, de 24 de abril de 2007, que dispõe sobre a
implementação do Plano de Metas Compromisso Todos pela Educação prevê, em sua
meta XXII, “Promover a gestão participativa na rede de ensino.”
O Projeto de Lei que aprova o Plano Nacional de Educação para o decênio 2011-
2020 é mais específico no texto a respeito da gestão democrática:
Art. 9º Os Estados, o Distrito Federal e os Municípios deverão aprovar leis
específicas disciplinando a gestão democrática da educação em seus
respectivos âmbitos de atuação no prazo de um ano contando da publicação
desta Lei.
O Estado de Rondônia, somente a partir de 2011, segundo a Portaria Nº
1755/11-GAB/SEDUC, implantou a eleição direta às funções de Diretorese Vice-
Diretores das Escolas da Rede Pública Estadual de Ensino do Estado Rondônia. A lei
prevê as eleições e apresenta os objetivos a serem cumpridos pelos gestores escolares:
Art. 2º Os gestores das Escolas da Rede Pública Estadual de Ensino,
observadas as incumbências estabelecidas no artigo 13, da Lei n. 9.394/96, de
Diretrizes e Bases da Educação Nacional, deverão cumprir, no exercício da
gestão escolar, os seguintes objetivos:
I - elaborar, executar e avaliar a sua Proposta Pedagógica, assegurada a
participação dos profissionais da educação;
II – executar as políticas públicas para a educação, asseguradas a qualidade, a
equidade e a participação dos segmentos da Comunidade Escolar, conforme
parágrafo único, do artigo 1°, do Decreto nº 16.202, de 20 de setembro de
2011;
III – assegurar a transparência dos mecanismos administrativos, financeiros e
pedagógicos;
IV – aperfeiçoar os esforços da coletividade para garantia da eficiência e
eficácia do plano de trabalho e da Proposta Pedagógica;
V – assegurar a autonomia garantida por lei à Unidade Escolar quanto à
gestão pedagógica, administrativa e financeira, por meio do Conselho Escolar
ou similar, de caráter deliberativo;
VI – garantir a utilização eficiente, pela Unidade Escolar, dos recursos
descentralizados.
Neste contexto cada escola públicase organiza para o cumprimento das
orientações da Secretaria de Educação, em contrapartida condicionada por Leis e
Normativas Federais, evidenciando o que alertavam Ezpeleta e Rokwel (1989, p. 12)
A escola é, na teoria tradicional, uma instituição ou um aparelho do Estado.
Tanto na versão positivista (Durkheim), como nas versões críticas (Althusser,
Bourdieu), sua pertença ao Estado transforma-a automaticamente em
representante unívoca da vontade estatal.
Abordaremos a experiência da Escola em questão ao cumprimento do processo
de elaboração da Proposta Pedagógica.
A PARTICIPAÇÃO DA FAMÍLIA NA GESTÃO DEMOCRÁTICA
A participação das famílias no processo de elaboração da proposta pedagógica
escolar se deu a partir do uso de um instrumento intitulado Instrumental de Construção
do PPE: Questionário para a família, formulário este, composto de 14 questões, que
entre outras perguntas, questionava a expectativa das famílias em relação à escola.
Os pais foram convidados por meio de um comunicado impresso (anexo A)
encaminhado através dos alunos, para que comparecessem na escola em determinado
horário e data. Nesta ocasião a direção da escola apresentou a proposta do “Programa
Escola Aberta10” e em seguida solicitou aos familiares que respondessem o
“Instrumental de Construção do PPE” (anexo B).
Inicialmente, chamamos a atenção para o enunciado deste formulário:
Se as escolas tivessem documento de identidade, ele seria a proposta
pedagógica. Em vez de número de registro, filiação, cidade e data de
nascimento, informações igualmente valiosas para identificar o “dono”:
missão, que aluno deseja formar, metodologia de trabalho e formas de
avaliação. Assim como as pessoas são únicas, também as escolas constroem
a proposta pedagógica para se diferenciar.
10
Programa do governo federal que prevê a utilização dos espaços das escolas nos finais de semana para
desenvolveratividades de lazer, cultura, formação e esporte, não apenas para os alunos, mas também para
a comunidade em geral.
A Proposta Pedagógica para ser eficaz e verdadeira, deve ser consolidada
na coletividade: escola, família e comunidade. Para isso acontecer,
precisamos de sua parceria11
.
Através da utilização de uma metáfora entre o documento de identidade e a
proposta pedagógica, o discurso apresentado neste enunciado pressupõe a busca de uma
identidade institucional, no entanto, o que chamamos a atenção para o objetivo desta
construção: “[...] também as escolas constroem a proposta pedagógica para se
diferenciar.”
De fato, conhecer a escola, envolver a comunidade nas questões educacionais,
construir um documento norteador das ações escolares com participação democrática
são iniciativas necessárias, mas não apenas para diferenciar uma escola da outra, para
identificar características que diferem ou que igualam as escolas do mesmo bairro ou de
bairros diferentes. Nesta perspectiva, encontramos fundamentos para levantarmos
questões que fortalecem a prática de produção de documento para arquivamento. A ação
da construção se finda em si mesma e é ignorada toda a possibilidade de continuidade
do trabalho a partir do que foi construído.
Após análise dos questionários, optamos por trabalhar com as expectativas das
famílias a respeito da escola através das respostas à questão: Que escola queremos para
nossos filhos?
Para categorizar os dados obtidos nas respostas a essa questão, utilizamos dois
métodos de análise: Análise de Conteúdo e Análise do Discurso. Primeiramente fizemos
análise de conteúdo que segundo Bardin (2009) é um conjunto de técnicas de análise
das comunicações, qualitativas ou quantitativa, que acredita no rigor do método como
forma de não se perder na heterogeneidade de seu objeto. Visa obter, por
procedimentos sistemáticos e objetivos de descrição do conteúdo das mensagens,
indicadores e conhecimentos relativos às condições de variáveis inferidas na mensagem.
A principal pretensão da análise de conteúdo é buscada na possibilidade de fornecer
técnicas precisas e objetivas que sejam suficientes para garantir a descoberta do real
significado.
Este método foi aplicado para agrupar os conteúdos recorrentes nas respostas
dos pais. Analisando-os, identificamos que a escola que eles almejam para os seus
filhos, está focada em seis tipos de expectativas: centradas no professor, centrada em
11 Este enunciado foi escrito pelas duas Supervisoras da escola e encabeça o questionário aplicado aos
pais ao final da reunião.
valores, em perspectivas de futuro, em segurança, condições de funcionamento e
educação de qualidade (apêndice A).
Neste artigo como nos interessa perceber o que está por trás dos discursos dos
pais sobre os professores, focaremos nas respostas da categoria “centrada nos
professores” e utilizaremos como método de análise a Análise do Discurso (AD), assim
como proposta por Orlandi (2007, 2011). Na AD procura-se compreender a língua
fazendo sentido, enquanto trabalho simbólico, parte do trabalho social geral,
constitutivo do homem e da sua história. A AD, não trata da língua, nem da gramática.
Trata do discurso como palavra em movimento, prática da linguagem. Este método de
análise concebe a linguagem como mediação necessária entre o homem e a realidade
natural e social. Essa mediação que é o discurso torna possível tanto a permanência e a
continuidade quanto o deslocamento e a transformação do homem e da realidade em
que ele vive. “Entretanto, não se trata de pensar a língua enquanto forma abstrata, mas
em sua materialidade”. (ORLANDI, 2007, p. 19).
A análise do discurso permite explorar de muitas maneiras a relação trabalhada
com o simbólico, sem apagar as diferenças, significando-as teoricamente, no jogo que
se encontram e no cotidiano onde acontecem. Ao falarmos em sentidos, nos apoiamos
em Fernandes (2008, p. 15), quando aponta que
No discurso os sentidos das palavras não estão fixos, não são imanentes,
conforme, geralmente, atestam os dicionários. Os sentidos são produzidos
face aos lugares ocupados pelos sujeitos eminterlocução. Assim, uma mesma
palavra pode ter diferentes sentidos em conformidade como o lugar
socioideológico daqueles que a empregam.
Então podemos dizer que a língua se insere na história e a constrói para produzir
os sentidos. Em nosso caso especificamente, vamos analisar o discurso dos pais quando
preenchem um documento pedido pela escola, por ocasião de uma reunião coletiva que
os desafiava a participar da construção do Projeto Político Pedagógico e diante da
decisão de se aceitar ou não o Projeto Escola Aberta nos finais de semana na escola.
Ainda é significativo informar que os professores das escolas estaduais de Rondônia, no
momento do preenchimento do instrumental, estavam em greve, exigindo que o governo
do estado cumprisse o prometido sobre o pagamento das licenças prêmios vencido em
pecúnia, entre outras reivindicações.
ANALISANDO OS DISCURSOS
Passemos então para a análise dos discursos dos familiares que ao serem
chamados a se manifestar a respeito da escola desejada para os filhos, depositaram
grande expectativa sobre os professores. Contudo, é importante nunca perder de vista o
contexto e as condições de produção desses discursos expostos anteriormente, pois esta
é uma característica fundamental da AD.
Quadro 1
Conforme podemos verificar no quadro acima, em sete dos 60 questionários
analisados, encontramos expectativas nas falas dos familiares sobre o trabalho dos
professores. Optamos por analisar os dois últimos discursos juntamente, por
entendermos que eles se referem a uma mesma formação discursiva acerca dos
professores. Todavia, esses discursos nos revelam não apenas a expectativa sobre o
trabalho desses profissionais, mas também a imagem que estas famílias têm sobre os
trabalhos dos professores.
Desta forma, o que exatamente está por trás desses discursos? O que eles nos
revelam? Com que outros discursos eles dialogam?
“Professores capacitados para ensinar.”
Nesse discurso evidencia-se um não-dito que para a AD, caracteriza-se não
apenas por transmitir alguma mensagem implicitamente, mas pela necessidade do
locutor de verbalizar exatamente o oposto do que quer ocultar ou negar (ORLANDI,
2011). Isto é, este familiar quando diz “professores capacitados para ensinar”
CATEGORIA DISCURSOS
QUANTIDADE
DE REPETIÇÕES
Centrada no
Professores
Bons professores. 03
Professores capacitados para ensinar. 01
Repleta de atividades. 01
Com professores ativos que possam dar para
nossos filhos a mesma atenção que damos em
casa.
01
Como se fosse os pais acompanhando o
crescimento dos seus filhos.
01
implicitamente nos comunica que acredita que os professores desta instituição não estão
capacitados para ensinar ou que podem ate estar capacitados para realizar outras
atividades ou funções, mas não para ensinar. Ora, mas não é exatamente essa a função
dos professores: ensinar? Então, temos que, este familiar, que coloca seus filhos na
escola para aprender, entende que eles não estão obtendo êxito, pois os seus professores
não estão capacitados para ensiná-los e apesar disso, ainda assim os mantém nesta
escola.
Esse encadeamento lógico nos leva então a refletir sobre os fatores internos e
externos à escola envolvidos no momento da escolha da escola. Entre os fatores internos
levados em consideração destaca-se a estrutura física, o currículo, o quadro de
professores, entre outros. Contudo os fatores externos são mais complexos, pois pode
envolver valores, princípios e outras motivações dos pais ou responsáveis, motivações
dos alunos, condições financeiras e muitos outros aspectos. Contudo, ainda que o aluno
seja um dos maiores interessados, dificilmente cabe a ele a escolha, pois a condição
primeira que determina a escolha parece ser mesmo a questão financeira, pois esse
critério determina se o filho será matriculado em escola pública ou particular visto que a
menos que o responsável consiga alguma bolsa de estudo para o filho, caso não tenha
condições de arcar com mensalidade e materiais escolares, o aluno será colocado em
escola pública, pois esta é a realidade de nosso país.
Considerando que por mais que o discurso do Governo seja de que atualmente já
existe vaga para todos nas escolas, a realidade nos revela o quão difícil é para os pais
conseguir vaga para seus filhos, em muitas escolas os pais passam a noite na fila para
conseguir fazer a matrícula no dia seguinte. Além destes fatores, a proximidade da
escola, ainda que não seja mais uma regra, ou a proximidade do local de trabalho de um
dos responsáveis, é um critério muito utilizado, pois definirá a logística de leva e trás
dos filhos durante os 200 dias letivos.
Essa breve explanação nos possibilita entender porque por mais que a única
coisa que este responsável diz querer da escola do filho, são professores capacitados
para ensinar, não vê isso se concretizar, mas ainda assim não o troca de escola – muitos
outros critérios são utilizados para colocar ou retirar o aluno de determinada escola.
Sobre esse discurso podemos afirmar ainda, que dialoga com o discurso das
capacitações de professores, que desde o ano 2000, quando iniciou o Programa de
Habilitação e Capacitação de Professores (PROHACAP), está fortemente presente nos
discursos dos governantes, educadores e demais atores escolares do Estado de
Rondônia. Na AD, chamamos esse dialogo com algo que foi dito anteriormente de
interdiscurso, que nas palavras de Orlandi (2011, p.31) é:
[...] aquilo que fala antes, em outro lugar, independentemente. Ou seja, é o
que chamamos de memória discursiva: o saber discursivo que torna possível
todo dizer e que retorna sob a forma do pré-construído, o já-dito que está na
base do dizível, sustentando cada tomada da palavra. O interdiscurso
disponibiliza dizeres que afetam o modo como o sujeito significa em uma
situação discursiva dada.
Isto é, o interdiscurso exprime a integração do discurso com uma pluralidade de
discursos ditos anteriormente de modo que esta pessoa somente utilizou a expressão
“professores capacitados”, pois lhe foi disponibilizado esse dizer, fruto de sua memória
discursiva.
“Com professores ativos que possam dar para nossos filhos a mesma atenção que
damos em casa.”
“Como se fossem os pais acompanhando o crescimento dos seus filhos.”
Nas duas falas comparecem as formações discursivas sobre a escola, seu papel, o
papel dos professores que historicamente lhes foi atribuído. Aos professores, aquele de
profissionais polivalentes, que zelam e cuidam dos filhos. Da escola como a segunda
casa (ouvimos muito isto da boca dos próprios professores), como a extensão do lar.
Estes sentidos dados tanto aos professores, quando à escola foram construídos
historicamente e continuam prevalecendo hoje. Temos que considerar que estas falas
dos pais foram produzidas em tempos de greve. Fernandes (2008, p.15), ao falar da
relação entre língua e história afirma que:
A língua se insere na história (também a construindo) para produzir sentidos.
O estudo do discurso toma a língua materializada e forma de texto, forma
lingüístico-histórica12
, tendo o discurso como objeto. A análise destina-se a
evidenciar os sentidos do discurso tendo em vista suas condições sócio-
históricas e ideológicas de produção.
Quando os pais pedem professores ativos acionam a memória discursiva
comparando-os consigo ou talvez lembrando que na maioria das vezes eles, por
questões econômicas e sociais, não dão conta de cuidar de forma segura de seus filhos
em casa. As diversas reorganizações familiares, a correria da vida moderna, novos
12Destaque dos autores.
papéis assumidos pela mulher, o mercado de trabalho, impedem as famílias de
acompanhar, pelo menos da forma convencional, seus filhos. Está em jogo uma
construção social/imaginária de professor e de escola, como se a escola, através da
figura do professor, pudesse ocupar o lugar que está vago, pois seus ocupantes legítimos
também já se deslocaram para outros lugares. Freire (1997, p. 09) opõe-se a uma visão
com ares maternais ou paternais, esta visão quase que angelical dos professores, em
especial, das professoras como cuidadoras e diz que
Recusar a identificação da figura do professor13
com a da tia não significa, de
modo algum, diminuir ou menosprezar a figura da tia, da mesma forma como
aceitar a identificação não traduz nenhuma valoração à lei. Significa, pelo
contrário, retirar algo fundamental do professor: sua responsabilidade
profissional de que faz parte a exigência política por sua formação
permanente. A recusa, a meu ver, se deve, sobretudo a duas razões principais.
De um lado, evitar uma compreensão distorcida da tarefa profissional da
professora, de outro, desocultar a sombra ideológica repousando
manhosamente na intimidade da falsa identificação. Identificar professora
com tia, o que foi e vem sendo ainda enfatizado, sobretudo na rede privada
em todo o país, quase como proclamar que professoras, como boas tias, não
devem brigar, não devem rebelar-se, não devem fazer greve. Quem já viu dez
mil “tias” fazendo greve, sacrificando seus sobrinhos, prejudicando-os no
seu aprendizado? E essa ideologia que toma o protesto necessário da
professora como manifestação de seu desamor aos alunos, de sua
irresponsabilidade de tias, se constitui como ponto central em que se apóia
grande parte das famílias com filhos em escolas privadas. Mas também
ocorre com famílias de crianças de escolas públicas.
Gostaríamos de chamar atenção para o seguinte discurso dos pais em relação
àquilo que eles esperam dos professores: “Com professores ativos que possam dar para
nossos filhos a mesma atenção que damos em casa”. Este discurso é ideologicamente
marcado porque demonstra qual papel social e lugar, os pais atribuem aos professores o
que gera determinadas expectativas e conflitos nesta relação.
Os sujeitos em questão, no caso especifico, os pais dos alunos, em interlocução
vão dando sentidos aos seus discursos, por meio do uso da linguagem. Os sentidos e não
o significado da palavra “greve”, “ensinar”, “escola como extensão do lar”, foram sendo
produzidos por eles, em decorrência de suas ideologias, da forma como compreendem a
função social da escola e o papel dos professores dentro de seu contexto.
Os discursos não são fixos, estão num processo de movência constante, “pois as
palavras vão adquirir um sentido ou outro conforme a posição discursiva de quem as
tiver usando”. (REIS, 2011, p. 3). No caso do discurso dos pais, estes podem ter outro
13Grifos nossos.
olhar sobre o fazer dos professores se forem desafiados a se aproximar da escola e
“estarão investindo na melhoria da qualidade da educação de seus filhos bem como na
melhoria de sua própria qualidade de vida.” (PARO 2001, p.68).
“Repleta de atividades.”
De acordo com Orlandi, (2007) o discurso deve ser analisado além da
materialidade, parte dela, mas devem ser considerados outros elementos importantes
para a compreensão e análise. Um dos aspectos que propomos na análise deste discurso
são as condições de produção do mesmo.
O questionário foi aplicado às famílias dos alunos matriculados no ensino
fundamental. Estas famílias são constituídas de adultos que trabalham, logo passam
grande parte do dia fora de casa. Não há estrutura no bairro como parques, praças ou
outros espaços de lazer, também não há condições financeiras para que mantenham
adultos cuidadores das crianças em casa.
Conforme elucida ORLANDI (2009, p. 30)
Podemos considerar as condições de produção em sentido estrito e temos as
circunstâncias da enunciação: é o contexto imediato. E se as considerarmos
em sentido amplo, as condições de produção incluem o contexto sócio-
histórico, ideológico.
Este discurso constitui uma formação imaginária que localiza a escola como uma
instituição capaz de ocupar o tempo destas crianças, ampliando o atendimento para além
das atividades regulares. Num sentido mais amplo, podemos flagrar a formação
ideológica marcada pelas políticas públicas nacionais e mídia, a ideia de que a
educação, materializada no espaço da escola é capaz de enfrentar e vencer as mazelas
sociais. É o mesmo discurso que ancora a fundamentação dos projetos e programas
federais como, Projeto Escola Aberta, Projeto Segundo Tempo, Programa Saúde na
Escola, entre outros.
Saviani, 1991 aponta críticas a respeito da inserção de atividades
extracurriculares de forma indiscriminada na escola. De acordo com o autor:
De uns tempos para cá se disseminou a ideia de que currículo é o conjunto
das atividades desenvolvidas pela escola. [...] Recentemente fui levado a
corrigir essa definição. [...], se tudo o que acontece na escola é currículo, se
se apaga a diferença entre curricular e extracurricular, então tudo acaba
adquirindo o mesmo peso; e abre-se o caminho para toda sorte de
tergiversações, inversões e confusões que terminam por descaracterizar o
trabalho escolar. (SAVIANI, 1991, p.23)
Tão séria quanto à ideia de que a escola absorva atividades extracurriculares é o
fato de estas atividades serem organizadas e dirigidas por professores e demais
profissionais da escola. A demanda advinda das diretrizes nacionais e apoiada pelas
expectativas das famílias não traz consigo ampliação na estrutura física e humana.
Pesquisas recentes na educação apontam para um processo denominado
intensificação do trabalho docente, conforme evidenciam Assunção e Oliveira (2009, p.
354-355) quando apontam que:
À medida que se tornam mais complexas as demandas às quais as
escolas devem responder, também se complexificam as atividades dos
docentes. Estes se encontram muitas vezes diante de situações para as
quais não se sentem preparados, seja pela sua formação profissional ou
mesmo por sua experiência pregressa. Quanto mais pobre e carente o
contexto no qual a escola está inserida, mais demandas chegam até elas
e, consequentemente, aos docentes. Diante da ampliação das demandas
trazidas pelas políticas mais recentes, o professor é chamado a
desenvolver novas competências necessárias para o pleno exercício de
suas atividades docentes.
Neste contexto, não é difícil prever a dimensão da expectativa que as famílias
depositam no professor. O que justifica o último discurso: “Bons professores.”
Nesse caso, o sujeito não flui e não se desloca. Ao invés de se fazer umlugar
para fazer sentido, ele é pego pelos lugares (dizeres) já estabelecidos, num
imaginário em que sua memória não reverbera. Estaciona. Só repete.
(ORLANDI, 2009 p. 57)
Orlandi (2009) faz referência à formação imaginária, neste caso referenciado na
imagem do professor como o profissional que representa a escola, esta instituição
depositante de expectativas cada vez mais ambiciosas.
CONSIDERAÇÕES FINAIS
Os conceitos da AD apontados nesta análise como formação discursiva,
formação ideológica, interdiscursividade e não-ditos, tornam-se mecanismos de análise
e reflexão dos discursos proporcionando possibilidades de interpretação para além do
que foi mostrado, dito ou escrito.
São mecanismos que possibilitam desmontar a materialidade e que ampliam o
pensamento, normalmente linear.
A expectativa que as famílias têm da escola, perpassa obrigatoriamente pelas
expectativas relacionadas ao trabalho docente, atribuindo a estes a responsabilização
não apenas pela educação formal, mas também por questões de entretenimento, saúde,
formação social, cívica, entre outros aspectos.
As famílias não percebem, mas repetem um discurso ideológico, que comparece
na legislação educacional vigente e nas mídias em geral. Um discurso fundamentado
num pensamento neoliberal, no qual atribui ao cidadão mais autonomia,
responsabilizando-o cada vez mais, e passando o Estado a assumir cada vez menos
responsabilidades. Políticas como a da gestão democrática atribui uma demanda aos
professores além das já assumidas em sala de aula. Outros programas e projetos também
demandam dos profissionais da escola uma organização que vai além do que é
minimamente possível para garantir um trabalho efetivo e saudável.
REFERÊNCIAS
ASSUNÇÃO, A. A.; OLIVEIRA, Dalila Andrade. Intensificação do trabalho e saúde
dos professores. Educ. Soc. [online]. 2009, vol.30, n.107, pp. 349-372.
BARDIN, L. Análise de conteúdo. Portugal: Edições 70, 2009.
BRASIL. Decreto nº 6.094, 24/04/2007. Dispõe sobre a implementação do Plano de
Metas Compromisso Todos pela Educação, pela União Federal, em regime de
colaboração com Municípios, Distrito Federal e Estados, e a participação das famílias e
da comunidade, mediante programas e ações de assistência técnica e financeira, visando
a mobilização social pela melhoria da qualidade da educação básica.. Disponível
em:<http://legislacao.planalto.gov.br/legisla/legislacao.nsf/Viw_Identificacao/DEC%20
6.094-2007?OpenDocument> Acesso em: 05 de maio 2012.
______. Lei nº 9.394, 20/12/1996. Estabelece as diretrizes e bases da educação
nacional. Disponível em:
http://www6.senado.gov.br/sicon/ExecutaPesquisaLegislacao.action.Acesso em: 05 de
maio 2012.
______. Lei nº 10.172, 09/01/2001. Aprova o Plano Nacional de Educação e dá outras
providências. Disponível em:
http://legislacao.planalto.gov.br/legisla/legislacao.nsf/Viw_Identificacao/lei%2010.172-
2001?OpenDocument. Acesso em: 05 de maio 2012.
______. Ministério da Educação. Programa Escola Aberta. Disponível em:
http://portal.mec.gov.br/secad/arquivos/pdf/proposta_pedagogica.pdfAcesso em: 05
maio de 2012.
CHAMON, M. Trajetória de feminização do magistério e a (con)formação das
identidades profissionais. Rio de Janeiro: 2006.
EZPELETA, J.; ROCKWELL, E. Pesquisa Participante. São Paulo: Cortez, 1989.
FERNANDES, C. A. Análise do discurso: reflexões introdutórias. São Carlos:
Claraluz, 2008.
FREIRE, P. Professora sim, tia não: cartas a quem ousa ensinar. São Paulo: Olho
D’Água, 1997.
WEBER, S. Relações entre esferas governamentais na educação e PDE: o que
muda? Cadernos de Pesquisa. São Paulo: Autores Associados, n. 134, pp.305-318,
março/agosto de 2008.
ORLANDI, E. P. As formas do silêncio no movimento dos sentidos. 10 ed.Campinas:
Editora Unicamp, 2007.
______. Análise do discurso: princípios e fundamentos. Campinas: Pontes, 2011.
PARO, V. H.. Administração escolar: o que os pais ou responsáveis têm a ver com isso?
In: BASTOS, João Baptista. (Org.). Gestão democrática. São Paulo: DP&A, 2001.
PEZZUOL, M. L. M. Identidade e trabalho docente: a situação do professor
readaptado em escolas públicas do Estado de São Paulo. 188f. Dissertação (Mestrado
Semiótica, Tecnologias de Informação e Educação). Universidade Brás
Cubas.
PIMENTA, S. G.; ANASTASIOU, L. das G. C. Docência no ensino superior. São
Paulo: Cortez, 2002. (Coleção Docência em Formação)
REIS, S. M. A movência dos sentidos e o silêncio local na canção buarqueana. In: V
SEMINÁRIO DE ESTUDOS EM ANÁLISE DO DISCURSO, 5., Rio Grande do Sul,
2011. Disponível em:
http://www.discurso.ufrgs.br/anaisdosead/5SEAD/POSTERES/SusanMaryDosReis.pdf
Acesso em: 15 de jun. 2012.
RONDÔNIA. Lei complementar n.68, de 09 de dezembro de 1992. Dispõe sobre o
Regime Jurídico dos Servidores Públicos Civis do Estado de Rondônia, das Autarquias
e das Fundações Públicas Estaduais e dá outras providências. Disponível em:
http://www.portaldoservidor.ro.gov.br/wp-
content/uploads/2011/11/LC92_068_REG_JUR_UNICO_SERV_PUBL.pdf Acesso
em: 01 de maio 2012.
SAVIANI, D. Pedagogia histórico-crítica: primeiras aproximações. São Paulo: Cortez,
1991.
TUMOLO, P. S; FONTANA, K.B. Trabalho docente e capitalismo: um estudo crítico
da produção acadêmica da década de 1990. Educ. Soc., Campinas, v. 29, n. 102, p. 159-
180, jan./abr. 2008.
APÊNDICE A – QUADRO DOS DISCURSOS
Centrada
no
Professores
Condições
de
Funciona
mento
Centrada nos
Valores
Perspectivas
de Futuro
Segurança Educação de Qualidade
Bons
professores.
Limpa
Com
paciência e
dedicação.
Uma escola
profissionali
zante.
Uma
escola com
segurança.
Uma escola
com boa
educação.
Capacitada
com bons
profissionais
.
Bons
professores
Higiene e
limpeza
Exemplo de
cidadania.
Uma
faculdade.
Com muita
segurança.
Uma escola
boa com
ensino bom.
Administrad
ores
responsáveis
.
Professores
capacitados
para ensinar.
Área
compatível
com o
ensino.
Criativa,
educativa e
exemplar.
Que se
preocupa com
o futuro das
crianças.
Com
segurança.
Uma escola
com mais
aprendizado
para seus
alunos.
Bom
aprendizado
e leitura de
qualidade.
Como se
fosse os pais
acompanhan
do o
crescimento
dos seus
filhos.
Uma
escola
com sala
de
computaçã
o para os
alunos
fazerem
pesquisa e
laboratório
s e ar nas
salas.
Com
princípios,
com olhar
para
comunidade,
com
democracia.
Que dê
oportunidade
para os nossos
filhos.
Com
segurança.
Que todos
sejam
educados e
bem
informados
da realidade
do mundo.
Que
possamos
confiar nos
dirigentes,
direção etc.
para que
tenhamos
uma
educação
ampla e
correta.
Com
professores
ativos que
possamdar
para nossos
filhos a
mesma
atenção que
damos em
casa.
Alimentaç
ão
saudável.
Com
igualdade e
sem racismo,
que possamos
confiar na
educação.
Participativa
onde se
observa o
desempenho
dos alunos.
Que faz a
diferença
mesmo
sendo
pública.
Repleta de
atividades.
A melhor.
Ensino
melhor.
Bons
professores.
Que prepare
para o
futuro.
Quanto mais
educação
melhor
Que ensina
Ensino de
qualidade
Que educa
Uma escola
séria.
Ensino
melhor.
Que melhore
mais.
ANEXO A – BILHETE PAIS
ESCOLA ESTADUAL DE ENSINO FUNDAMENTAL E MÉDIO PARQUE DOS
PIONEIROS
Senhores pais
Convidamos você para uma importante reunião que acontecerá hoje, 13/03, às 19h 30
min.
Sua presença é indispensável.
Grato A direção
Ji-Paraná, 13 de março de 2012
ANEXO B- INSTRUMENTAL DE CONSTRUÇÃO DO PPE
Se as escolas tivessem documento de identidade, ele seria a proposta
pedagógica. Em vez de número de registro, filiação, cidade e data de nascimento,
informações igualmente valiosas para identificar o "dono": missão, que aluno deseja
formar, metodologia de trabalho e formas de avaliação. Assim como as pessoas são
únicas, também as escolas constroem a proposta pedagógica para se diferenciar.
A Proposta Pedagógica para ser eficaz e verdadeira, deve ser consolidada na
coletividade: escola, família e comunidade. Para isso acontecer, precisamos de sua
parceria.
Questionário para a família
1- Quantas pessoas moram em sua casa? ________ Quem são elas?
__________________________________________________________
2- Quantos estudam aqui na escola? _____________________
3- As crianças, fora do horário de aula, ficam só em casa, ou ficam acompanhadas de
algum adulto?_________________________________
4- Quem as auxiliam nas atividades escolares? _______________________
5- Os alunos que estudam aqui são seus: ( ) filhos ( ) netos ( ) sobrinhos ( )
outros
6- Você recebe bolsa família? ( ) sim ( ) não
7- Quantas pessoas exercem atividade remunerada? ___________________
8- Qual o rendimento mensal da família? ( ) menos de 1 salário ( ) 1 salário ( ) 2 a
3 salários ( ) Mais de 3 salários.
9- Qual sua religião? ( ) Cristão católico ( ) cristão evangélico ( ) outros
10- Você se considera: ( ) branco ( ) negro ( ) Pardo ( ) indígena
11- Quais as suas expectativas em relação à escola?
___________________________________________________________________
___________________________________________________________________
___________________________________________________________________
___________________________________________________________________
________
12- que você acredita que pode e deve ser melhorado na escola?
_____________________________________________________________________
_____________________________________________________________________
_____________________________________________________________________
____________
13- Que escola que queremos para nossos filhos?
___________________________________________________________________
___________________________________________________________________
___________________________________________________________________
____________
14- Para termos a escola que sonhamos o que você se propõe a fazer?
_____________________________________________________________________
_____________________________________________________________________
_____________________________________________________________________
_____________________________________________________________________

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QUANDO OS PAIS COMPARECEM À ESCOLA: O QUE OS DISCURSOS REVELAM SOBRE SUAS EXPECTATIVAS EM RELAÇÃO AOS PROFESSORES

  • 1. QUANDO OS PAIS COMPARECEM À ESCOLA: O QUE OS DISCURSOS REVELAM SOBRE SUAS EXPECTATIVAS EM RELAÇÃO AOS PROFESSORES1 Débora Mendes de Souza2 Iuna Sapia Pereira3 Locimar Massalai4 Luís Alberto Lourenço de Matos5 RESUMO Este artigo apresenta considerações acerca das expectativas das famílias de alunos de uma escola pública do estado de Rondônia sobre o trabalho docente. O trabalho descrito foi realizado com base na Análise do Discurso (AD), principalmente conforme proposto por Orlandi e procura estabelecer relações entre os conceitos de formação discursiva, interdiscurso, formação ideológica e não ditos e o atual cenário educacional brasileiro. A materialidade da análise constituiu-se das respostas dadas acerca das expectativas das famílias sobre a escola contida em um questionário aplicado pela escola com o objetivo de subsidiar a construção da proposta pedagógica da referida escola. Palavras-chave: Gestão democrática. Docência. Condições de trabalho. INTRODUÇÃO Desde que o discurso da gestão democrática começou a se fortalecer e se estabelecer em nosso país através das normativas e diretrizes educacionais nacionais, as escolas têm buscado formas de fazer cumprir a proposta de incluir todos os atores escolares, bem como a comunidade na tarefa de pensar o futuro da escola e elaborar o Projeto Político Pedagógico (PPP) ou Projeto Pedagógico Escolar ou como queiram chamar o documento norteador das ações escolares. 1 Artigo realizado em 2012-2013 como exigências do Mestrado. 2 Pedagoga e aluna do Programa de Pós-graduação em Psicologia da Universidade Federal de Rondônia. E-mail: debb_mendes@hotmail.com 3 Psicóloga e aluna do Programa de Pós-graduação em Psicologia da Universidade Federal de Rondônia. E-mail: iunapereira@yahoo.com.br 4 Pedagogo e aluno do Programa de Pós-graduação em Psicologia da Universidade Federal de Rondônia. E-mail: locimassalai@gmail.com 5 Doutor em Psicologia Escolar e do Desenvolvimento Humano pela Universidade de São Paulo e professor adjunto da Universidade Federal de Rondônia. E-mail: lumatospvh@hotmail.com
  • 2. Na busca por alternativas, variadas são as estratégias de participação dos envolvidos no processo educativo. Neste artigo, apresentaremos a estratégia utilizada por uma escola municipal do Estado de Rondônia para ouvir os pais sobre questões acerca da escola. As questões propostas pela escola foram respondidas pelas famílias de forma escrita, através de um questionário e são estas respostas o corpo da análise proposta neste artigo. Conforme a proposta de Orlandi (2007, 2011), buscaremos, através da Análise do Discurso, elementos de reflexão quanto às expectativas das famílias sobre o trabalho docente e a atuação do professor frente aos desafios da sociedade moderna. Concordando com ORLANDI (2009, p. 26) acreditamos que: A análise do discurso não estaciona na interpretação, trabalha seus limites, seus mecanismos, como parte dos processos de significação. Também não procura um sentido verdadeiro através de uma “chave”, de interpretação. Não há esta chave, há método, há construção de um dispositivo teórico. Não há uma verdade oculta atrás do texto. Há gestos de interpretação que os constituem e que o analista, com seu dispositivo, deve ser capaz de compreender. Não é nossa intenção determinar uma interpretação única, apenas a possibilidade de uma compreensão partindo dos princípios e conceitos da AD. Iniciaremos contextualizando a escola, em seguida discorreremos sobre as leis regulamentadoras da gestão democrática e por último estudaremos os discursos. CONTEXTUALIZANDO A ESCOLA A escola Parque dos Pioneiros6 está localizada na cidade de Ji-Paraná, interior do Estado de Rondônia e foi criada em 1985, pelo último Governador nomeado deste Estado, Ângelo Angelim. Conforme dados colhidos na Secretaria da escola, constatou- se que possui uma clientela cujo padrão socioeconômico é constituído por famílias em sua grande maioria de baixa renda que recebem Bolsa Família e 95% dos alunos são nascidos em Ji-Paraná e os outros 5% são emigrantes de outros Estados e Municípios brasileiros. Os bairros do entorno onde a escola está inserida são muito violentos onde a ausência do Estado é quase que absoluta quando se pensa em políticas públicas voltadas para a saúde e lazer. 6 Nome fictício.
  • 3. Atualmente a escola atende alunos do 1º ao 9º ano do Ensino Fundamental e Médio, EJA Fundamental e Médio, funcionando nos três períodos: matutino, vespertino e noturno. Segundo o documento “Estatístico do Rendimento Escolar”, de 2011, a escola possuía neste ano 517 alunos matriculados do 1º ao 5º ano; 492 alunos do 6º ao 9º ano no Ensino Fundamental Regular; 224 alunos no Seriado do Ensino Fundamental; 149 no Ensino Médio (vespertino); e 217 alunos no Ensino Médio Seriado, totalizando 1599 alunos.7 Este mesmo documento nos revela que há na escola elevados índices de reprovação, principalmente no 6ª ano do Ensino Fundamental Vespertino. De 133 alunos (matrícula final), 44 reprovaram, perfazendo uma taxa de reprovação de 33,1%. Em relação ao Seriado do Ensino Médio Noturno, a matrícula final foi de 164 alunos com 49 evadidos da escola; situação semelhante ocorreu no Ensino Médio Regular Noturno onde a taxa de abandono chegou a 23%. Atualmente a escola conta com amplo quadro de profissionais que se subdividem nos três turnos de funcionamento, sendo 41 professoresdo 1º Ano do Ensino Fundamental ao 3º Ano do Ensino Médio, duas supervisoras, três orientadores educacionais, uma diretora, uma vice-diretora, uma secretaria geral e seis auxiliares, três bibliotecários, uma coordenadora da “TV Escola”, dois responsáveis pelo laboratório de informática, duas inspetoras, nove zeladores, sete merendeiras e três porteiros. Atualmente está faltando na escola um professor para a disciplina de Educação Financeira, um professor para a disciplina de Química, um professor de Matemática, um de Sociologia e um de Inglês. Entre os 21 professores de 1º ao 5º ano, 20 são do sexo feminino e apenas um do sexo masculino. Quanto à formação 16 delas são pedagogas, duas são formadas em letras, sendo que uma delas está concluindo o curso de Pedagogia, uma tem apenas o Magistério e os outros dois são formados em Educação Física. As duas supervisoras são formadas em Pedagogia com Habilitação em Supervisão Escolar. Dos três orientadores, dois são formados em Pedagogia com Habilitação em Orientação Educacional e uma em Pedagogia e Pós-Graduação em Orientação Educacional. A Diretora desta escola é formada em Pedagogia com Habilitação em Supervisão Escolar e a Vice-Diretora é formada é Geografia. A Secretaria Geral tem o Ensino Médio completo e entre os auxiliares, duas tem o Ensino Fundamental, uma tem 7 Este número se altera no decorrer do ano porque freqüentemente há entradas e saídas de alunos na escola.
  • 4. o Ensino Médio, outra é formada em Letras e está como auxiliar readaptada, outra é formada em História e uma delas em Administração. Entre as bibliotecárias, duas são pedagogas readaptadas e a outra exerce essa função, pois foi promovida por uma ex-diretora, mas sua lotação original era professora dos Anos Iniciais do Ensino Fundamental. A coordenadora da “TV Escola” e os dois responsáveis pelo laboratório de informática também são professores readaptados. Feito este breve panorama do quadro funcional de servidores da escola, consideramos pertinente destacar dois fenômenos fortemente presentes nesta instituição de ensino: a) a feminização do trabalho docente; b) quantidade de professores readaptados. A feminização do trabalho docente, verificada nesta escola, é um fenômeno existente em diversos países do ocidente desde a segunda metade do século XIX, principalmente no magistério (CHAMON, 2006). Teóricos como Tumolo e Fontana (2008), Pimenta e Anastasiou (2002) que se dedicaram a estudar as conseqüências desta feminização no âmbito educacional, entendem que a inserção em massa das mulheres no ensino é uma das principais causas para a crescente desvalorização salarial e social que os profissionais da área vêm sofrendo e esta desvalorização está diretamente relacionada com o outro fenômeno constatado na escola: grande número de professores, formados nas mais diversas áreas, compondo a equipe técnica da escola, pois estão impossibilitados mental ou fisicamente de continuar exercendo a docência. O processo de readaptação8 de professores faz parte do cotidiano desta e de muitas outras escolas públicas. A identidade pedagógica destes professores torna-se descaracterizada, mesmo permanecendo na escola, geralmente ocupando cargos administrativos. Pezzuol (2008, p. 16), observa que: No contexto das instituições escolares, tem sido comumouvir de professores readaptados, dúvidas, angústias, frustrações e reclamações sobre as atuais condições do professor na situação de readaptado, que geram desrespeito e desvalorização profissional, sofrimento, exclusão, restrição de atividades, mudança de função ou de local de trabalho, entre tantas outras que impedem esse professor de desenvolver sua identidade profissional, pois, embora se submetam a uma modificação de suas funções, continuam tendo a formação de professores e atuando no âmbito da educação. 8 Procedimento realizado com os servidores que sofreram alguma limitação em sua capacidade física ou mental impossibilitando-os de continuar exercendo suas atribuições, assim, são readaptados para outras funções com responsabilidades compatíveis com a limitação que tenham sofrido. A readaptação está prevista no Regime Jurídico dos Servidores Públicos Civis do Estado de Rondônia através da Lei Complementar Nº 68, de 09 de Dezembro de 1992. (Rondônia, 1992)
  • 5. Na maioria das vezes se esquece que o professor readaptado foi acometido por um problema de saúde em seu local de trabalho, ou seja, na escola, e que este professor tem uma identidade e uma história profissional que quase nunca é levada em consideração, tornando-se apenas um problema9 que precisa ser resolvido. Sobre este assunto, entendemos que muitos outros questionamentos poderiam ser levantados, como, por exemplo: qual é o perfil dos professores readaptados nas escolas estaduais de Rondônia? O que este perfil revela sobre as condições de trabalho e o cotidiano das escolas? Entretanto, não é nosso objetivo aprofundar a discussão nessa temática, mas defendemos que a história destes profissionais não é apenas, uma questão de perícias médicas quase sempre ligadas “a práticas governamentais que não fazem parte de uma proposta política de recursos humanos para promoção da saúde do servidor”. (PEZZUOL, 2008, p. 29). GESTÃO DEMOCRÁTICA NA ESCOLA Assim como as demais escolas públicas brasileiras, esta que discorremos neste artigo faz parte do conjunto de instituições de ensino que em suas ações cotidianas procura espaço para o cumprimento dasdiretrizes políticas que normatizam e conduzem a educação nacional. Podemos dizer que, um ponto comum nas políticas públicas traçadas para a educação brasileira nas últimas duas décadas é o discurso sobre a elevação da qualidade no ensino. No entanto, definir qualidade torna-se uma tarefa complexa. Weber, (2008, p.307) ao falar dos padrões de qualidade da ação educativa adverte que: A materialização de tais padrões, produto de processo multifacetado, requer, simultaneamente, condições escolares adequadas para as diferentes fases do desenvolvimento humano e para os níveis e modalidades de ensino e de formação, de profissionalização do docente (condições de trabalho e remuneração compatíveis com a relevância social de sua tarefa), condições de gestão democrática da escola e da política educacional, bem como avaliação periódica do processo pedagógico e participação da comunidade. Requer ainda a articulação entre esferas governamentais constituindo, certamente, caminho promissor para promover políticas educacionais de corte nacional que, pela convergência de propósitos, venham concretizar a qualidade da educação formal nos diferentes níveis e modalidades, como um direito social básico. 9 Grifo nosso.
  • 6. Se retomarmos os textos dos documentos oficiais que regulamentam e normatizam a educação nacional, observaremos que a gestão democrática se apresenta como uma tônica. A Lei Nº 9.394, de 20 de dezembro de 1996, que estabelece as diretrizes e bases da educação nacional determina a gestão democrática como um de seus princípios, conforme texto do seu Artigo 3º O ensino será ministrado com base nos seguintes princípios: [...]VIII - gestão democrática do ensino público, na forma desta Lei e da legislação dos sistemas de ensino; A Lei Nº 10.172, de 09 de janeiro de 2001 que aprova o Plano Nacional de Educação para o decênio 2001-2010 especifica como uma de suas metas: “Definir, em cada sistema de ensino, normas de gestão democrática do ensino público, com participação da comunidade.” A seguir, o Decreto Nº 6.094, de 24 de abril de 2007, que dispõe sobre a implementação do Plano de Metas Compromisso Todos pela Educação prevê, em sua meta XXII, “Promover a gestão participativa na rede de ensino.” O Projeto de Lei que aprova o Plano Nacional de Educação para o decênio 2011- 2020 é mais específico no texto a respeito da gestão democrática: Art. 9º Os Estados, o Distrito Federal e os Municípios deverão aprovar leis específicas disciplinando a gestão democrática da educação em seus respectivos âmbitos de atuação no prazo de um ano contando da publicação desta Lei. O Estado de Rondônia, somente a partir de 2011, segundo a Portaria Nº 1755/11-GAB/SEDUC, implantou a eleição direta às funções de Diretorese Vice- Diretores das Escolas da Rede Pública Estadual de Ensino do Estado Rondônia. A lei prevê as eleições e apresenta os objetivos a serem cumpridos pelos gestores escolares: Art. 2º Os gestores das Escolas da Rede Pública Estadual de Ensino, observadas as incumbências estabelecidas no artigo 13, da Lei n. 9.394/96, de Diretrizes e Bases da Educação Nacional, deverão cumprir, no exercício da gestão escolar, os seguintes objetivos: I - elaborar, executar e avaliar a sua Proposta Pedagógica, assegurada a participação dos profissionais da educação; II – executar as políticas públicas para a educação, asseguradas a qualidade, a equidade e a participação dos segmentos da Comunidade Escolar, conforme parágrafo único, do artigo 1°, do Decreto nº 16.202, de 20 de setembro de 2011; III – assegurar a transparência dos mecanismos administrativos, financeiros e pedagógicos; IV – aperfeiçoar os esforços da coletividade para garantia da eficiência e eficácia do plano de trabalho e da Proposta Pedagógica;
  • 7. V – assegurar a autonomia garantida por lei à Unidade Escolar quanto à gestão pedagógica, administrativa e financeira, por meio do Conselho Escolar ou similar, de caráter deliberativo; VI – garantir a utilização eficiente, pela Unidade Escolar, dos recursos descentralizados. Neste contexto cada escola públicase organiza para o cumprimento das orientações da Secretaria de Educação, em contrapartida condicionada por Leis e Normativas Federais, evidenciando o que alertavam Ezpeleta e Rokwel (1989, p. 12) A escola é, na teoria tradicional, uma instituição ou um aparelho do Estado. Tanto na versão positivista (Durkheim), como nas versões críticas (Althusser, Bourdieu), sua pertença ao Estado transforma-a automaticamente em representante unívoca da vontade estatal. Abordaremos a experiência da Escola em questão ao cumprimento do processo de elaboração da Proposta Pedagógica. A PARTICIPAÇÃO DA FAMÍLIA NA GESTÃO DEMOCRÁTICA A participação das famílias no processo de elaboração da proposta pedagógica escolar se deu a partir do uso de um instrumento intitulado Instrumental de Construção do PPE: Questionário para a família, formulário este, composto de 14 questões, que entre outras perguntas, questionava a expectativa das famílias em relação à escola. Os pais foram convidados por meio de um comunicado impresso (anexo A) encaminhado através dos alunos, para que comparecessem na escola em determinado horário e data. Nesta ocasião a direção da escola apresentou a proposta do “Programa Escola Aberta10” e em seguida solicitou aos familiares que respondessem o “Instrumental de Construção do PPE” (anexo B). Inicialmente, chamamos a atenção para o enunciado deste formulário: Se as escolas tivessem documento de identidade, ele seria a proposta pedagógica. Em vez de número de registro, filiação, cidade e data de nascimento, informações igualmente valiosas para identificar o “dono”: missão, que aluno deseja formar, metodologia de trabalho e formas de avaliação. Assim como as pessoas são únicas, também as escolas constroem a proposta pedagógica para se diferenciar. 10 Programa do governo federal que prevê a utilização dos espaços das escolas nos finais de semana para desenvolveratividades de lazer, cultura, formação e esporte, não apenas para os alunos, mas também para a comunidade em geral.
  • 8. A Proposta Pedagógica para ser eficaz e verdadeira, deve ser consolidada na coletividade: escola, família e comunidade. Para isso acontecer, precisamos de sua parceria11 . Através da utilização de uma metáfora entre o documento de identidade e a proposta pedagógica, o discurso apresentado neste enunciado pressupõe a busca de uma identidade institucional, no entanto, o que chamamos a atenção para o objetivo desta construção: “[...] também as escolas constroem a proposta pedagógica para se diferenciar.” De fato, conhecer a escola, envolver a comunidade nas questões educacionais, construir um documento norteador das ações escolares com participação democrática são iniciativas necessárias, mas não apenas para diferenciar uma escola da outra, para identificar características que diferem ou que igualam as escolas do mesmo bairro ou de bairros diferentes. Nesta perspectiva, encontramos fundamentos para levantarmos questões que fortalecem a prática de produção de documento para arquivamento. A ação da construção se finda em si mesma e é ignorada toda a possibilidade de continuidade do trabalho a partir do que foi construído. Após análise dos questionários, optamos por trabalhar com as expectativas das famílias a respeito da escola através das respostas à questão: Que escola queremos para nossos filhos? Para categorizar os dados obtidos nas respostas a essa questão, utilizamos dois métodos de análise: Análise de Conteúdo e Análise do Discurso. Primeiramente fizemos análise de conteúdo que segundo Bardin (2009) é um conjunto de técnicas de análise das comunicações, qualitativas ou quantitativa, que acredita no rigor do método como forma de não se perder na heterogeneidade de seu objeto. Visa obter, por procedimentos sistemáticos e objetivos de descrição do conteúdo das mensagens, indicadores e conhecimentos relativos às condições de variáveis inferidas na mensagem. A principal pretensão da análise de conteúdo é buscada na possibilidade de fornecer técnicas precisas e objetivas que sejam suficientes para garantir a descoberta do real significado. Este método foi aplicado para agrupar os conteúdos recorrentes nas respostas dos pais. Analisando-os, identificamos que a escola que eles almejam para os seus filhos, está focada em seis tipos de expectativas: centradas no professor, centrada em 11 Este enunciado foi escrito pelas duas Supervisoras da escola e encabeça o questionário aplicado aos pais ao final da reunião.
  • 9. valores, em perspectivas de futuro, em segurança, condições de funcionamento e educação de qualidade (apêndice A). Neste artigo como nos interessa perceber o que está por trás dos discursos dos pais sobre os professores, focaremos nas respostas da categoria “centrada nos professores” e utilizaremos como método de análise a Análise do Discurso (AD), assim como proposta por Orlandi (2007, 2011). Na AD procura-se compreender a língua fazendo sentido, enquanto trabalho simbólico, parte do trabalho social geral, constitutivo do homem e da sua história. A AD, não trata da língua, nem da gramática. Trata do discurso como palavra em movimento, prática da linguagem. Este método de análise concebe a linguagem como mediação necessária entre o homem e a realidade natural e social. Essa mediação que é o discurso torna possível tanto a permanência e a continuidade quanto o deslocamento e a transformação do homem e da realidade em que ele vive. “Entretanto, não se trata de pensar a língua enquanto forma abstrata, mas em sua materialidade”. (ORLANDI, 2007, p. 19). A análise do discurso permite explorar de muitas maneiras a relação trabalhada com o simbólico, sem apagar as diferenças, significando-as teoricamente, no jogo que se encontram e no cotidiano onde acontecem. Ao falarmos em sentidos, nos apoiamos em Fernandes (2008, p. 15), quando aponta que No discurso os sentidos das palavras não estão fixos, não são imanentes, conforme, geralmente, atestam os dicionários. Os sentidos são produzidos face aos lugares ocupados pelos sujeitos eminterlocução. Assim, uma mesma palavra pode ter diferentes sentidos em conformidade como o lugar socioideológico daqueles que a empregam. Então podemos dizer que a língua se insere na história e a constrói para produzir os sentidos. Em nosso caso especificamente, vamos analisar o discurso dos pais quando preenchem um documento pedido pela escola, por ocasião de uma reunião coletiva que os desafiava a participar da construção do Projeto Político Pedagógico e diante da decisão de se aceitar ou não o Projeto Escola Aberta nos finais de semana na escola. Ainda é significativo informar que os professores das escolas estaduais de Rondônia, no momento do preenchimento do instrumental, estavam em greve, exigindo que o governo do estado cumprisse o prometido sobre o pagamento das licenças prêmios vencido em pecúnia, entre outras reivindicações.
  • 10. ANALISANDO OS DISCURSOS Passemos então para a análise dos discursos dos familiares que ao serem chamados a se manifestar a respeito da escola desejada para os filhos, depositaram grande expectativa sobre os professores. Contudo, é importante nunca perder de vista o contexto e as condições de produção desses discursos expostos anteriormente, pois esta é uma característica fundamental da AD. Quadro 1 Conforme podemos verificar no quadro acima, em sete dos 60 questionários analisados, encontramos expectativas nas falas dos familiares sobre o trabalho dos professores. Optamos por analisar os dois últimos discursos juntamente, por entendermos que eles se referem a uma mesma formação discursiva acerca dos professores. Todavia, esses discursos nos revelam não apenas a expectativa sobre o trabalho desses profissionais, mas também a imagem que estas famílias têm sobre os trabalhos dos professores. Desta forma, o que exatamente está por trás desses discursos? O que eles nos revelam? Com que outros discursos eles dialogam? “Professores capacitados para ensinar.” Nesse discurso evidencia-se um não-dito que para a AD, caracteriza-se não apenas por transmitir alguma mensagem implicitamente, mas pela necessidade do locutor de verbalizar exatamente o oposto do que quer ocultar ou negar (ORLANDI, 2011). Isto é, este familiar quando diz “professores capacitados para ensinar” CATEGORIA DISCURSOS QUANTIDADE DE REPETIÇÕES Centrada no Professores Bons professores. 03 Professores capacitados para ensinar. 01 Repleta de atividades. 01 Com professores ativos que possam dar para nossos filhos a mesma atenção que damos em casa. 01 Como se fosse os pais acompanhando o crescimento dos seus filhos. 01
  • 11. implicitamente nos comunica que acredita que os professores desta instituição não estão capacitados para ensinar ou que podem ate estar capacitados para realizar outras atividades ou funções, mas não para ensinar. Ora, mas não é exatamente essa a função dos professores: ensinar? Então, temos que, este familiar, que coloca seus filhos na escola para aprender, entende que eles não estão obtendo êxito, pois os seus professores não estão capacitados para ensiná-los e apesar disso, ainda assim os mantém nesta escola. Esse encadeamento lógico nos leva então a refletir sobre os fatores internos e externos à escola envolvidos no momento da escolha da escola. Entre os fatores internos levados em consideração destaca-se a estrutura física, o currículo, o quadro de professores, entre outros. Contudo os fatores externos são mais complexos, pois pode envolver valores, princípios e outras motivações dos pais ou responsáveis, motivações dos alunos, condições financeiras e muitos outros aspectos. Contudo, ainda que o aluno seja um dos maiores interessados, dificilmente cabe a ele a escolha, pois a condição primeira que determina a escolha parece ser mesmo a questão financeira, pois esse critério determina se o filho será matriculado em escola pública ou particular visto que a menos que o responsável consiga alguma bolsa de estudo para o filho, caso não tenha condições de arcar com mensalidade e materiais escolares, o aluno será colocado em escola pública, pois esta é a realidade de nosso país. Considerando que por mais que o discurso do Governo seja de que atualmente já existe vaga para todos nas escolas, a realidade nos revela o quão difícil é para os pais conseguir vaga para seus filhos, em muitas escolas os pais passam a noite na fila para conseguir fazer a matrícula no dia seguinte. Além destes fatores, a proximidade da escola, ainda que não seja mais uma regra, ou a proximidade do local de trabalho de um dos responsáveis, é um critério muito utilizado, pois definirá a logística de leva e trás dos filhos durante os 200 dias letivos. Essa breve explanação nos possibilita entender porque por mais que a única coisa que este responsável diz querer da escola do filho, são professores capacitados para ensinar, não vê isso se concretizar, mas ainda assim não o troca de escola – muitos outros critérios são utilizados para colocar ou retirar o aluno de determinada escola. Sobre esse discurso podemos afirmar ainda, que dialoga com o discurso das capacitações de professores, que desde o ano 2000, quando iniciou o Programa de Habilitação e Capacitação de Professores (PROHACAP), está fortemente presente nos discursos dos governantes, educadores e demais atores escolares do Estado de
  • 12. Rondônia. Na AD, chamamos esse dialogo com algo que foi dito anteriormente de interdiscurso, que nas palavras de Orlandi (2011, p.31) é: [...] aquilo que fala antes, em outro lugar, independentemente. Ou seja, é o que chamamos de memória discursiva: o saber discursivo que torna possível todo dizer e que retorna sob a forma do pré-construído, o já-dito que está na base do dizível, sustentando cada tomada da palavra. O interdiscurso disponibiliza dizeres que afetam o modo como o sujeito significa em uma situação discursiva dada. Isto é, o interdiscurso exprime a integração do discurso com uma pluralidade de discursos ditos anteriormente de modo que esta pessoa somente utilizou a expressão “professores capacitados”, pois lhe foi disponibilizado esse dizer, fruto de sua memória discursiva. “Com professores ativos que possam dar para nossos filhos a mesma atenção que damos em casa.” “Como se fossem os pais acompanhando o crescimento dos seus filhos.” Nas duas falas comparecem as formações discursivas sobre a escola, seu papel, o papel dos professores que historicamente lhes foi atribuído. Aos professores, aquele de profissionais polivalentes, que zelam e cuidam dos filhos. Da escola como a segunda casa (ouvimos muito isto da boca dos próprios professores), como a extensão do lar. Estes sentidos dados tanto aos professores, quando à escola foram construídos historicamente e continuam prevalecendo hoje. Temos que considerar que estas falas dos pais foram produzidas em tempos de greve. Fernandes (2008, p.15), ao falar da relação entre língua e história afirma que: A língua se insere na história (também a construindo) para produzir sentidos. O estudo do discurso toma a língua materializada e forma de texto, forma lingüístico-histórica12 , tendo o discurso como objeto. A análise destina-se a evidenciar os sentidos do discurso tendo em vista suas condições sócio- históricas e ideológicas de produção. Quando os pais pedem professores ativos acionam a memória discursiva comparando-os consigo ou talvez lembrando que na maioria das vezes eles, por questões econômicas e sociais, não dão conta de cuidar de forma segura de seus filhos em casa. As diversas reorganizações familiares, a correria da vida moderna, novos 12Destaque dos autores.
  • 13. papéis assumidos pela mulher, o mercado de trabalho, impedem as famílias de acompanhar, pelo menos da forma convencional, seus filhos. Está em jogo uma construção social/imaginária de professor e de escola, como se a escola, através da figura do professor, pudesse ocupar o lugar que está vago, pois seus ocupantes legítimos também já se deslocaram para outros lugares. Freire (1997, p. 09) opõe-se a uma visão com ares maternais ou paternais, esta visão quase que angelical dos professores, em especial, das professoras como cuidadoras e diz que Recusar a identificação da figura do professor13 com a da tia não significa, de modo algum, diminuir ou menosprezar a figura da tia, da mesma forma como aceitar a identificação não traduz nenhuma valoração à lei. Significa, pelo contrário, retirar algo fundamental do professor: sua responsabilidade profissional de que faz parte a exigência política por sua formação permanente. A recusa, a meu ver, se deve, sobretudo a duas razões principais. De um lado, evitar uma compreensão distorcida da tarefa profissional da professora, de outro, desocultar a sombra ideológica repousando manhosamente na intimidade da falsa identificação. Identificar professora com tia, o que foi e vem sendo ainda enfatizado, sobretudo na rede privada em todo o país, quase como proclamar que professoras, como boas tias, não devem brigar, não devem rebelar-se, não devem fazer greve. Quem já viu dez mil “tias” fazendo greve, sacrificando seus sobrinhos, prejudicando-os no seu aprendizado? E essa ideologia que toma o protesto necessário da professora como manifestação de seu desamor aos alunos, de sua irresponsabilidade de tias, se constitui como ponto central em que se apóia grande parte das famílias com filhos em escolas privadas. Mas também ocorre com famílias de crianças de escolas públicas. Gostaríamos de chamar atenção para o seguinte discurso dos pais em relação àquilo que eles esperam dos professores: “Com professores ativos que possam dar para nossos filhos a mesma atenção que damos em casa”. Este discurso é ideologicamente marcado porque demonstra qual papel social e lugar, os pais atribuem aos professores o que gera determinadas expectativas e conflitos nesta relação. Os sujeitos em questão, no caso especifico, os pais dos alunos, em interlocução vão dando sentidos aos seus discursos, por meio do uso da linguagem. Os sentidos e não o significado da palavra “greve”, “ensinar”, “escola como extensão do lar”, foram sendo produzidos por eles, em decorrência de suas ideologias, da forma como compreendem a função social da escola e o papel dos professores dentro de seu contexto. Os discursos não são fixos, estão num processo de movência constante, “pois as palavras vão adquirir um sentido ou outro conforme a posição discursiva de quem as tiver usando”. (REIS, 2011, p. 3). No caso do discurso dos pais, estes podem ter outro 13Grifos nossos.
  • 14. olhar sobre o fazer dos professores se forem desafiados a se aproximar da escola e “estarão investindo na melhoria da qualidade da educação de seus filhos bem como na melhoria de sua própria qualidade de vida.” (PARO 2001, p.68). “Repleta de atividades.” De acordo com Orlandi, (2007) o discurso deve ser analisado além da materialidade, parte dela, mas devem ser considerados outros elementos importantes para a compreensão e análise. Um dos aspectos que propomos na análise deste discurso são as condições de produção do mesmo. O questionário foi aplicado às famílias dos alunos matriculados no ensino fundamental. Estas famílias são constituídas de adultos que trabalham, logo passam grande parte do dia fora de casa. Não há estrutura no bairro como parques, praças ou outros espaços de lazer, também não há condições financeiras para que mantenham adultos cuidadores das crianças em casa. Conforme elucida ORLANDI (2009, p. 30) Podemos considerar as condições de produção em sentido estrito e temos as circunstâncias da enunciação: é o contexto imediato. E se as considerarmos em sentido amplo, as condições de produção incluem o contexto sócio- histórico, ideológico. Este discurso constitui uma formação imaginária que localiza a escola como uma instituição capaz de ocupar o tempo destas crianças, ampliando o atendimento para além das atividades regulares. Num sentido mais amplo, podemos flagrar a formação ideológica marcada pelas políticas públicas nacionais e mídia, a ideia de que a educação, materializada no espaço da escola é capaz de enfrentar e vencer as mazelas sociais. É o mesmo discurso que ancora a fundamentação dos projetos e programas federais como, Projeto Escola Aberta, Projeto Segundo Tempo, Programa Saúde na Escola, entre outros. Saviani, 1991 aponta críticas a respeito da inserção de atividades extracurriculares de forma indiscriminada na escola. De acordo com o autor: De uns tempos para cá se disseminou a ideia de que currículo é o conjunto das atividades desenvolvidas pela escola. [...] Recentemente fui levado a corrigir essa definição. [...], se tudo o que acontece na escola é currículo, se se apaga a diferença entre curricular e extracurricular, então tudo acaba adquirindo o mesmo peso; e abre-se o caminho para toda sorte de tergiversações, inversões e confusões que terminam por descaracterizar o trabalho escolar. (SAVIANI, 1991, p.23)
  • 15. Tão séria quanto à ideia de que a escola absorva atividades extracurriculares é o fato de estas atividades serem organizadas e dirigidas por professores e demais profissionais da escola. A demanda advinda das diretrizes nacionais e apoiada pelas expectativas das famílias não traz consigo ampliação na estrutura física e humana. Pesquisas recentes na educação apontam para um processo denominado intensificação do trabalho docente, conforme evidenciam Assunção e Oliveira (2009, p. 354-355) quando apontam que: À medida que se tornam mais complexas as demandas às quais as escolas devem responder, também se complexificam as atividades dos docentes. Estes se encontram muitas vezes diante de situações para as quais não se sentem preparados, seja pela sua formação profissional ou mesmo por sua experiência pregressa. Quanto mais pobre e carente o contexto no qual a escola está inserida, mais demandas chegam até elas e, consequentemente, aos docentes. Diante da ampliação das demandas trazidas pelas políticas mais recentes, o professor é chamado a desenvolver novas competências necessárias para o pleno exercício de suas atividades docentes. Neste contexto, não é difícil prever a dimensão da expectativa que as famílias depositam no professor. O que justifica o último discurso: “Bons professores.” Nesse caso, o sujeito não flui e não se desloca. Ao invés de se fazer umlugar para fazer sentido, ele é pego pelos lugares (dizeres) já estabelecidos, num imaginário em que sua memória não reverbera. Estaciona. Só repete. (ORLANDI, 2009 p. 57) Orlandi (2009) faz referência à formação imaginária, neste caso referenciado na imagem do professor como o profissional que representa a escola, esta instituição depositante de expectativas cada vez mais ambiciosas. CONSIDERAÇÕES FINAIS Os conceitos da AD apontados nesta análise como formação discursiva, formação ideológica, interdiscursividade e não-ditos, tornam-se mecanismos de análise e reflexão dos discursos proporcionando possibilidades de interpretação para além do que foi mostrado, dito ou escrito. São mecanismos que possibilitam desmontar a materialidade e que ampliam o pensamento, normalmente linear.
  • 16. A expectativa que as famílias têm da escola, perpassa obrigatoriamente pelas expectativas relacionadas ao trabalho docente, atribuindo a estes a responsabilização não apenas pela educação formal, mas também por questões de entretenimento, saúde, formação social, cívica, entre outros aspectos. As famílias não percebem, mas repetem um discurso ideológico, que comparece na legislação educacional vigente e nas mídias em geral. Um discurso fundamentado num pensamento neoliberal, no qual atribui ao cidadão mais autonomia, responsabilizando-o cada vez mais, e passando o Estado a assumir cada vez menos responsabilidades. Políticas como a da gestão democrática atribui uma demanda aos professores além das já assumidas em sala de aula. Outros programas e projetos também demandam dos profissionais da escola uma organização que vai além do que é minimamente possível para garantir um trabalho efetivo e saudável. REFERÊNCIAS ASSUNÇÃO, A. A.; OLIVEIRA, Dalila Andrade. Intensificação do trabalho e saúde dos professores. Educ. Soc. [online]. 2009, vol.30, n.107, pp. 349-372. BARDIN, L. Análise de conteúdo. Portugal: Edições 70, 2009. BRASIL. Decreto nº 6.094, 24/04/2007. Dispõe sobre a implementação do Plano de Metas Compromisso Todos pela Educação, pela União Federal, em regime de colaboração com Municípios, Distrito Federal e Estados, e a participação das famílias e da comunidade, mediante programas e ações de assistência técnica e financeira, visando a mobilização social pela melhoria da qualidade da educação básica.. Disponível em:<http://legislacao.planalto.gov.br/legisla/legislacao.nsf/Viw_Identificacao/DEC%20 6.094-2007?OpenDocument> Acesso em: 05 de maio 2012. ______. Lei nº 9.394, 20/12/1996. Estabelece as diretrizes e bases da educação nacional. Disponível em: http://www6.senado.gov.br/sicon/ExecutaPesquisaLegislacao.action.Acesso em: 05 de maio 2012. ______. Lei nº 10.172, 09/01/2001. Aprova o Plano Nacional de Educação e dá outras providências. Disponível em: http://legislacao.planalto.gov.br/legisla/legislacao.nsf/Viw_Identificacao/lei%2010.172- 2001?OpenDocument. Acesso em: 05 de maio 2012.
  • 17. ______. Ministério da Educação. Programa Escola Aberta. Disponível em: http://portal.mec.gov.br/secad/arquivos/pdf/proposta_pedagogica.pdfAcesso em: 05 maio de 2012. CHAMON, M. Trajetória de feminização do magistério e a (con)formação das identidades profissionais. Rio de Janeiro: 2006. EZPELETA, J.; ROCKWELL, E. Pesquisa Participante. São Paulo: Cortez, 1989. FERNANDES, C. A. Análise do discurso: reflexões introdutórias. São Carlos: Claraluz, 2008. FREIRE, P. Professora sim, tia não: cartas a quem ousa ensinar. São Paulo: Olho D’Água, 1997. WEBER, S. Relações entre esferas governamentais na educação e PDE: o que muda? Cadernos de Pesquisa. São Paulo: Autores Associados, n. 134, pp.305-318, março/agosto de 2008. ORLANDI, E. P. As formas do silêncio no movimento dos sentidos. 10 ed.Campinas: Editora Unicamp, 2007. ______. Análise do discurso: princípios e fundamentos. Campinas: Pontes, 2011. PARO, V. H.. Administração escolar: o que os pais ou responsáveis têm a ver com isso? In: BASTOS, João Baptista. (Org.). Gestão democrática. São Paulo: DP&A, 2001. PEZZUOL, M. L. M. Identidade e trabalho docente: a situação do professor readaptado em escolas públicas do Estado de São Paulo. 188f. Dissertação (Mestrado Semiótica, Tecnologias de Informação e Educação). Universidade Brás Cubas. PIMENTA, S. G.; ANASTASIOU, L. das G. C. Docência no ensino superior. São Paulo: Cortez, 2002. (Coleção Docência em Formação) REIS, S. M. A movência dos sentidos e o silêncio local na canção buarqueana. In: V SEMINÁRIO DE ESTUDOS EM ANÁLISE DO DISCURSO, 5., Rio Grande do Sul, 2011. Disponível em:
  • 18. http://www.discurso.ufrgs.br/anaisdosead/5SEAD/POSTERES/SusanMaryDosReis.pdf Acesso em: 15 de jun. 2012. RONDÔNIA. Lei complementar n.68, de 09 de dezembro de 1992. Dispõe sobre o Regime Jurídico dos Servidores Públicos Civis do Estado de Rondônia, das Autarquias e das Fundações Públicas Estaduais e dá outras providências. Disponível em: http://www.portaldoservidor.ro.gov.br/wp- content/uploads/2011/11/LC92_068_REG_JUR_UNICO_SERV_PUBL.pdf Acesso em: 01 de maio 2012. SAVIANI, D. Pedagogia histórico-crítica: primeiras aproximações. São Paulo: Cortez, 1991. TUMOLO, P. S; FONTANA, K.B. Trabalho docente e capitalismo: um estudo crítico da produção acadêmica da década de 1990. Educ. Soc., Campinas, v. 29, n. 102, p. 159- 180, jan./abr. 2008. APÊNDICE A – QUADRO DOS DISCURSOS Centrada no Professores Condições de Funciona mento Centrada nos Valores Perspectivas de Futuro Segurança Educação de Qualidade Bons professores. Limpa Com paciência e dedicação. Uma escola profissionali zante. Uma escola com segurança. Uma escola com boa educação. Capacitada com bons profissionais . Bons professores Higiene e limpeza Exemplo de cidadania. Uma faculdade. Com muita segurança. Uma escola boa com ensino bom. Administrad ores responsáveis . Professores capacitados para ensinar. Área compatível com o ensino. Criativa, educativa e exemplar. Que se preocupa com o futuro das crianças. Com segurança. Uma escola com mais aprendizado para seus alunos. Bom aprendizado e leitura de qualidade. Como se fosse os pais acompanhan do o crescimento dos seus filhos. Uma escola com sala de computaçã o para os alunos fazerem pesquisa e laboratório s e ar nas salas. Com princípios, com olhar para comunidade, com democracia. Que dê oportunidade para os nossos filhos. Com segurança. Que todos sejam educados e bem informados da realidade do mundo. Que possamos confiar nos dirigentes, direção etc. para que tenhamos uma educação ampla e correta.
  • 19. Com professores ativos que possamdar para nossos filhos a mesma atenção que damos em casa. Alimentaç ão saudável. Com igualdade e sem racismo, que possamos confiar na educação. Participativa onde se observa o desempenho dos alunos. Que faz a diferença mesmo sendo pública. Repleta de atividades. A melhor. Ensino melhor. Bons professores. Que prepare para o futuro. Quanto mais educação melhor Que ensina Ensino de qualidade Que educa Uma escola séria. Ensino melhor. Que melhore mais. ANEXO A – BILHETE PAIS ESCOLA ESTADUAL DE ENSINO FUNDAMENTAL E MÉDIO PARQUE DOS PIONEIROS Senhores pais Convidamos você para uma importante reunião que acontecerá hoje, 13/03, às 19h 30 min. Sua presença é indispensável. Grato A direção Ji-Paraná, 13 de março de 2012 ANEXO B- INSTRUMENTAL DE CONSTRUÇÃO DO PPE Se as escolas tivessem documento de identidade, ele seria a proposta pedagógica. Em vez de número de registro, filiação, cidade e data de nascimento, informações igualmente valiosas para identificar o "dono": missão, que aluno deseja formar, metodologia de trabalho e formas de avaliação. Assim como as pessoas são únicas, também as escolas constroem a proposta pedagógica para se diferenciar. A Proposta Pedagógica para ser eficaz e verdadeira, deve ser consolidada na coletividade: escola, família e comunidade. Para isso acontecer, precisamos de sua parceria.
  • 20. Questionário para a família 1- Quantas pessoas moram em sua casa? ________ Quem são elas? __________________________________________________________ 2- Quantos estudam aqui na escola? _____________________ 3- As crianças, fora do horário de aula, ficam só em casa, ou ficam acompanhadas de algum adulto?_________________________________ 4- Quem as auxiliam nas atividades escolares? _______________________ 5- Os alunos que estudam aqui são seus: ( ) filhos ( ) netos ( ) sobrinhos ( ) outros 6- Você recebe bolsa família? ( ) sim ( ) não 7- Quantas pessoas exercem atividade remunerada? ___________________ 8- Qual o rendimento mensal da família? ( ) menos de 1 salário ( ) 1 salário ( ) 2 a 3 salários ( ) Mais de 3 salários. 9- Qual sua religião? ( ) Cristão católico ( ) cristão evangélico ( ) outros 10- Você se considera: ( ) branco ( ) negro ( ) Pardo ( ) indígena 11- Quais as suas expectativas em relação à escola? ___________________________________________________________________ ___________________________________________________________________ ___________________________________________________________________ ___________________________________________________________________ ________ 12- que você acredita que pode e deve ser melhorado na escola? _____________________________________________________________________ _____________________________________________________________________ _____________________________________________________________________ ____________ 13- Que escola que queremos para nossos filhos? ___________________________________________________________________ ___________________________________________________________________ ___________________________________________________________________ ____________ 14- Para termos a escola que sonhamos o que você se propõe a fazer? _____________________________________________________________________ _____________________________________________________________________ _____________________________________________________________________ _____________________________________________________________________