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Novos delineamentos de forças
políticas.
Página 110
O Período Medieval foi uma fase longa de domínio político da nobreza.
O poder estava dividido em esferas distintas, muitas vezes conflitantes.
•Nobreza territorial e burgos/comunas = poderes locais
•*Realeza= poder regional
•*Papado e Sacro Império Romano Germânico (SIRG)= poder supraregional.
Historicizando o conflito entre esfera e
poder
Na maior parte do Período Medieval, os poderes locais (senhores feudais)
sobrepuseram-se à autoridade dos reis.
O poder da realeza ainda estava enfraquecido em decorrência da supremacia das
instituições religiosas (poder suprarregional).
As modificações posteriores ocorridas no quadro econômico europeu, contribuíram
para que as linhas de forças políticas sofressem novos delineamentos.
Os constantes deslocamentos humanos do campo para a cidade colocavam em
evidência, e ocorria um jogo de poder entre a nobreza.
A população de algumas cidades passaram a negociar sua autonomia, mais tais
negociações não foram suficientes para alcançar os negócios.
As comunas e os burgueses estavam encravados em domínios feudais e controle de
circulação mediante a pagamento aos senhores.
Os interesses eram cada vez maior pela unificação da moeda, de peso e de medidas e
os mercadores se aproximavam dos reis.
Acreditava-se que o aumento real levaria à unificação monetária, do peso e medidas,
além da constituição de uma força militar que garantisse as caravanas de comércio
segurança.
Assim os reis foram ampliando suas forças.
A imposição tributária da nobreza sobre os camponeses era outra fonte de tensão.
Os camponeses se levantavam em verdadeiras rebeliões contra a ordem nobiliarquia
(possuidor de nobreza)
A mais conhecida dessas rebeliões foi chamada de Jacqueries.
Outro motivo era a insatisfação ao poder do papado romano., certos abusos cometidos
pelos papas eram criticados e a autoridade papal ficava maculada por desvios de
conduta.
A venda de cargos religiosos, a exploração de relíquias e história de abusos cometidos
pelos membros da Santa Sé expunham a instituição religiosa.
Os reis se aproveitavam de fissuras no interior da igreja para colocar em questão o poder
dos papas.
Alguns papas eram acusados de anticristos e campanhas militares eram realizadas por
reis para combater o suposto mal.
Conflitos entre o Sacro Império
Germânico e o papado romano.
O fim do Império Carolíngio significou o início do processo da fragmentação territorial
ampliadas de terras europeias.
Tal processo foi intensificado pelas invasões ocorridas nos séculos IX e X.
Grupos armados que habitavam as terras invadidas tentavam a todo custo refrear as
ações das hordas (grupos nômades) dos Vikings, magiares e sarracenas.
Destacaram os grupos de origem germânica chefiados por Otto, o Grande.
Esse guerreiro não apenas conseguiu deter a investida inimiga, mas estruturou seu poder,
vinculado a defesa da igreja, como era de tradição dos francos.
Nascia assim um novo Império, fruto da associação de guerreiros, chamados de príncipes
em suas terras, que elegiam um dos pares para a dignidade imperial.
Nascia o Sacro Império Romano Germânico, o Primeiro Reich.
A relação desse império com a igreja era estreita, visto que a igreja era comandada pelo
imperador, o poder temporal.
Contudo, os limites entre as duas esferas do poder eram tênues (proximidade ou
semelhança), e conflitos entre as duas autoridades emergiam no interior dos feudos.
O título de imperador do Sacro Império Romano Germânico, não era de caráter
hereditário, pois havia sempre que um imperador falecia uma reunião dos príncipes
para a eleição do novo imperador.
Os príncipes eram eleitores e isso era o fundamento das relações de respeito à
autoridade imperial.
Logo uma família, a dos Hobentaufen, entendeu que para se manter no comando do
Primeiro Reich indefinidamente, bastava distribuir terras da igreja aos príncipes que não
lhe prestavam vassalagem.
Isso era possível por haver um acordo com o papado romano de que, nas terras do
Império, a nomeação dos bispos deveria ser efetuada pelo imperador.
Essa manipulação desagradava alguns príncipes que viam frustradas suas tentativas de
alcançar o título imperial.
A situação sofreu alterações considerável quando o papa Gregório VII decidiu realizar
reformas na igreja.
Em sua concepção religiosa, a nomeação de bispos pelo poder temporal não contribuía
para a atividade evangelizadora.
Muitos deles eram guerreiros que sabiam pouco de teologia e muito de atividade militar.
Como os bispos eram auxiliares do papa e conduziam uma conjunto de paróquias
divididas em suas dioceses, era fundamental que soubessem a doutrina da igreja.
Gregório VII lançou uma bula (1075) que proibia a investidura de bispos por poderes
temporais, pois leigos não podiam assumir o trato religioso adequadamente.
A decisão papal afetou o esquema de poder dos Hohenstaufen, em especial naquele
momento, Henrique VI.
Esse chefe político do Primeiro Reich não aceito a determinação papal e continuou a
nomear bispos nas terras alemãs.
O papa havia ameaçado de excomunhão qualquer chefe político que não seguisse sua
bula.
A não aceitação da ordem papal custou a Henrique VII sua excomunhão e também
estabeleceu o interdito nas igrejas do Sacro Império .
Isso significou o fechamento de todas as igrejas aos fiéis até que o imperador se
retratasse perante a cúpula eclesiástica romana.
Diante de tal situação, o imperador teve que ir a Canosas pedir perdão ao papa.
Essa foi a Querela de investidura, após o pedido de desculpa, Gregório VII retirou a
interdição das igrejas da Sacro Império e anulou a bula de excomunhão do imperador.
Ainda assim o conflito não se resolveu, pois indignado, Henrique IV voltou aos seus
domínios e distribuiu terras aos guerreiros, cobrando-lhe a vassalagem
Depois de realizado o ritual de vassalagem, ordenou uma campanha militar contra o papa
que fugiu e morreu no exílio.
A disputa só foi resolvida em 1222 na Concordata de Worms, quando ficou estabelecido
que o papa escolheria o bispo, as terras da dioceses seriam entregues pelo imperador,
que cobraria a vassalagem do bispo investido.
Essa foi uma tensão importante entre o poder espiritual e temporal.
Reis, nobres e igreja: tensões e
acomodações
AS questões relativas ao mando, ao exercício do poder político, estiveram estritamente
vinculadas aos domínios territoriais na Idade Média.
A abrangência das forças políticas dependia de uma constelação de relações de
suserania e vassalagem, além da força senhorial das mais importante instituição
medieval: a igreja
Pode-se assinalar que a Europa vivenciou experiência políticas, limitadas ao feudos, e
mais ampla, articuladas aos domínios territoriais da igreja e de grandes proprietários
de terras.
A tradução desta vivência, em termos teóricos, permite a afirmação da existência de
esfera de poder que ora atuavam em sintonia, ora entrevam em rota de colisão.

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Poderes políticos medievais

  • 1. Novos delineamentos de forças políticas. Página 110
  • 2. O Período Medieval foi uma fase longa de domínio político da nobreza. O poder estava dividido em esferas distintas, muitas vezes conflitantes. •Nobreza territorial e burgos/comunas = poderes locais •*Realeza= poder regional •*Papado e Sacro Império Romano Germânico (SIRG)= poder supraregional.
  • 3. Historicizando o conflito entre esfera e poder
  • 4. Na maior parte do Período Medieval, os poderes locais (senhores feudais) sobrepuseram-se à autoridade dos reis. O poder da realeza ainda estava enfraquecido em decorrência da supremacia das instituições religiosas (poder suprarregional). As modificações posteriores ocorridas no quadro econômico europeu, contribuíram para que as linhas de forças políticas sofressem novos delineamentos. Os constantes deslocamentos humanos do campo para a cidade colocavam em evidência, e ocorria um jogo de poder entre a nobreza. A população de algumas cidades passaram a negociar sua autonomia, mais tais negociações não foram suficientes para alcançar os negócios. As comunas e os burgueses estavam encravados em domínios feudais e controle de circulação mediante a pagamento aos senhores.
  • 5. Os interesses eram cada vez maior pela unificação da moeda, de peso e de medidas e os mercadores se aproximavam dos reis. Acreditava-se que o aumento real levaria à unificação monetária, do peso e medidas, além da constituição de uma força militar que garantisse as caravanas de comércio segurança. Assim os reis foram ampliando suas forças. A imposição tributária da nobreza sobre os camponeses era outra fonte de tensão. Os camponeses se levantavam em verdadeiras rebeliões contra a ordem nobiliarquia (possuidor de nobreza) A mais conhecida dessas rebeliões foi chamada de Jacqueries. Outro motivo era a insatisfação ao poder do papado romano., certos abusos cometidos pelos papas eram criticados e a autoridade papal ficava maculada por desvios de conduta.
  • 6. A venda de cargos religiosos, a exploração de relíquias e história de abusos cometidos pelos membros da Santa Sé expunham a instituição religiosa. Os reis se aproveitavam de fissuras no interior da igreja para colocar em questão o poder dos papas. Alguns papas eram acusados de anticristos e campanhas militares eram realizadas por reis para combater o suposto mal.
  • 7. Conflitos entre o Sacro Império Germânico e o papado romano.
  • 8. O fim do Império Carolíngio significou o início do processo da fragmentação territorial ampliadas de terras europeias. Tal processo foi intensificado pelas invasões ocorridas nos séculos IX e X. Grupos armados que habitavam as terras invadidas tentavam a todo custo refrear as ações das hordas (grupos nômades) dos Vikings, magiares e sarracenas. Destacaram os grupos de origem germânica chefiados por Otto, o Grande. Esse guerreiro não apenas conseguiu deter a investida inimiga, mas estruturou seu poder, vinculado a defesa da igreja, como era de tradição dos francos. Nascia assim um novo Império, fruto da associação de guerreiros, chamados de príncipes em suas terras, que elegiam um dos pares para a dignidade imperial. Nascia o Sacro Império Romano Germânico, o Primeiro Reich.
  • 9. A relação desse império com a igreja era estreita, visto que a igreja era comandada pelo imperador, o poder temporal. Contudo, os limites entre as duas esferas do poder eram tênues (proximidade ou semelhança), e conflitos entre as duas autoridades emergiam no interior dos feudos. O título de imperador do Sacro Império Romano Germânico, não era de caráter hereditário, pois havia sempre que um imperador falecia uma reunião dos príncipes para a eleição do novo imperador. Os príncipes eram eleitores e isso era o fundamento das relações de respeito à autoridade imperial. Logo uma família, a dos Hobentaufen, entendeu que para se manter no comando do Primeiro Reich indefinidamente, bastava distribuir terras da igreja aos príncipes que não lhe prestavam vassalagem. Isso era possível por haver um acordo com o papado romano de que, nas terras do Império, a nomeação dos bispos deveria ser efetuada pelo imperador.
  • 10. Essa manipulação desagradava alguns príncipes que viam frustradas suas tentativas de alcançar o título imperial. A situação sofreu alterações considerável quando o papa Gregório VII decidiu realizar reformas na igreja. Em sua concepção religiosa, a nomeação de bispos pelo poder temporal não contribuía para a atividade evangelizadora. Muitos deles eram guerreiros que sabiam pouco de teologia e muito de atividade militar. Como os bispos eram auxiliares do papa e conduziam uma conjunto de paróquias divididas em suas dioceses, era fundamental que soubessem a doutrina da igreja. Gregório VII lançou uma bula (1075) que proibia a investidura de bispos por poderes temporais, pois leigos não podiam assumir o trato religioso adequadamente. A decisão papal afetou o esquema de poder dos Hohenstaufen, em especial naquele momento, Henrique VI.
  • 11. Esse chefe político do Primeiro Reich não aceito a determinação papal e continuou a nomear bispos nas terras alemãs. O papa havia ameaçado de excomunhão qualquer chefe político que não seguisse sua bula. A não aceitação da ordem papal custou a Henrique VII sua excomunhão e também estabeleceu o interdito nas igrejas do Sacro Império . Isso significou o fechamento de todas as igrejas aos fiéis até que o imperador se retratasse perante a cúpula eclesiástica romana. Diante de tal situação, o imperador teve que ir a Canosas pedir perdão ao papa. Essa foi a Querela de investidura, após o pedido de desculpa, Gregório VII retirou a interdição das igrejas da Sacro Império e anulou a bula de excomunhão do imperador. Ainda assim o conflito não se resolveu, pois indignado, Henrique IV voltou aos seus domínios e distribuiu terras aos guerreiros, cobrando-lhe a vassalagem
  • 12. Depois de realizado o ritual de vassalagem, ordenou uma campanha militar contra o papa que fugiu e morreu no exílio. A disputa só foi resolvida em 1222 na Concordata de Worms, quando ficou estabelecido que o papa escolheria o bispo, as terras da dioceses seriam entregues pelo imperador, que cobraria a vassalagem do bispo investido. Essa foi uma tensão importante entre o poder espiritual e temporal.
  • 13. Reis, nobres e igreja: tensões e acomodações
  • 14. AS questões relativas ao mando, ao exercício do poder político, estiveram estritamente vinculadas aos domínios territoriais na Idade Média. A abrangência das forças políticas dependia de uma constelação de relações de suserania e vassalagem, além da força senhorial das mais importante instituição medieval: a igreja Pode-se assinalar que a Europa vivenciou experiência políticas, limitadas ao feudos, e mais ampla, articuladas aos domínios territoriais da igreja e de grandes proprietários de terras. A tradução desta vivência, em termos teóricos, permite a afirmação da existência de esfera de poder que ora atuavam em sintonia, ora entrevam em rota de colisão.