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Se é possível afirmar que houve rupturas consideráveis entre o Renascimento e os
valores medievais.
Os pensadores renascentistas não romperam completamente com a Idade Média.
Os referenciais religiosos cristãos, operavam de forma significativa em suas
elaborações teóricas e nas criações artísticas do Renascimento.
É possível perceber isso nos temas religiosos recorrente a literatura, na escultura e
na pintura renascentista:
O Juízo Final.
A Criação
A Santa Ceia
A Anunciação
As Madonas.
A Crucificação.
Alguns desses temas são atraídos da tradição judaico-cristão e reelaborado dentro
da perspectiva humana do Renascimento.
Alguns representantes da ciências renascentistas.
*Nicolau Copérnico- Negou a teoria geocêntrica e defendeu o heliocêntrica.
Suas ideias foram expostas na obra Das revoluções celestiais, representando uma
revolução no pensamento astronômico da época.
*Leonardo da Vinci- Cientista, engenheiro e artista, foi elemento fundamental na
defesa dos métodos da experiência para a aquisição do conhecimento.
Seus estudos sobre a razão associados ao corpo humano, recuperados de Vitrúvio,
serviram de inspiração para outros intelectuais
Paraceirso- Difundiu estudos sobre a composição da matéria e da
associação dos elementos, constituindo os pilares da química no ocidente.
Seus trabalhos tiveram forte influência da alquimia islâmica.
*William Harvey- Os estudos da circulação sanguínea a partir do coração
foram realizados por este médico inglês.
Seus trabalhos serviram de fundamentação para a defesa da distribuição
dos nutrientes pela circulação do sangue.
*Miguel de Servet- Iniciou os estudos médicos relativos à circulação
sanguínea, descobrindo a chamada pequena circulação (pulmonar)
Perseguido pela inquisição, foi morto na fogueira.
*Galileu Galilei- Defendeu o modelo heliocêntrico apresentado
primeiramente por Copérnico.
Seus estudos foram sistematizados em uma propostas metódica para
chegar ao conhecimento, o chamado método experimental.
*Giordano Bruno- Não cedeu as pressões da igreja para mudar sua posição em relação
à defesa do heliocentrismo, o que lhe valeu a condenação à morte na fogueira.
*Johannes Kleper- Estabeleceu leis do movimento planetário, indicando uma relação
de proporcionalidade entre as órbitas dos planetas.
Forneceu as bases para a teoria da gravitação universal apresentada, posteriormente
por Issac Newton
Erasmo de Roterdã- Pensador que criticou, por meio da obra Elogio da loucura, os
costumes e práticas medievais.
Alguns autores veem influência de seu pensamento na Reforma Religiosa.
*Francesco Petrarca- Humanista que defendeu os valores clássicos.
Construiu a ideia da Idade Média como um período tenebroso e desenvolveu o
soneto (poema com catorze estrofe)
*François Rabelais- Realizou a crítica dos costumes em Gargântua e Pantagruel.
Gargântua e Pantagruel é uma série de romances do francês François Rabelais.
Médico em Lyon, aí publicou Pantagruel, em 1532, seguido, em 1534, por Gargântua.
Em virtude da censura da Sorbonne, Rabelais escreveu ambos os livros sob o
pseudónimo Alcofrybas Nasier, um anagrama de seu próprio nome. De todo modo,
Pantagruel acabou condenado pela Sorbonne, sendo incluído entre os livros
obscenos e censurados. Em 1564 o Index librorum prohibitorum, promulgado pelo
Papa, classificou as obras de Rabelais como heréticas.
*Giovanni Baccaccio- Em sua obra Decameron narra cem história fantástica em
que aparecem os elementos que compõem na natureza humana
*Luís Vaz de Camões- Os ideiais renascentistas aparecem em sua obra máxima O
Lusíadas.
O modelo épico antigo é reconstruído na epopeia do povo português: a
navegação ruma a Índia
*Miguel de Vervantes- criticou os valores medievais, indicando por meio de seu
personagem, Dom Quixote.
O descompasso entre o mundo moderno e o mundo medieval, na figura do
cavaleiro andante e errante.
**Nicolau Maquiavel- pensador que, na obra O Príncipe, faz considerações sobre
o exercício do poder político, deslocando-o da esfera religiosa
*Thomas Morus- - Humanista inglês que escreveu A utopia, obra que tece críticas
à política dos cercamentos.
Essa política expulsava o homem do campo para dar espaço à criação de ovelhas,
entre outros aspectos.
*William Shakespeare- Dramaturgo inglês da época da rainha Elizabeth.
Suas várias peças teatrais são ambientadas na Idade Média, mas apresentam
conteúdo relativo à condição humana.
Epopeia ou poema épico é um gênero literário constituído
de longos versos que narram histórias de um povo ou de uma
nação, envolvendo aventuras, guerras, viagens, gestos heroicos
etc. Normalmente apresentam um tom de exaltação, isto é, de
valorização de seus heróis e seus feitos. Epopeia que significa
“poema épico” vem da palavra grega “epopoiia” (“epos” = “verso
heroico” + “poiein” = “fazer”).
Em meio as mudanças expressas no Renascimento, o universo político e econômico
europeu ganhava novos contornos e dimensões.
Em consonância como a economia as moedas dos reis passaram a ter referência no
conjunto das trocas.
Isso lhe garantia uma influência e interesse pelo metal precioso que era alimento
para a ampliação do poder real.
Muitos monarcas imaginavam transformar seus domínios em império, mas as
dificuldades eram enormes.
Mesmo assim, esforços eram realizados no sentido de centralização do poder e na
configuração de uma realidade imperial.
Um dos obstáculos encontrava-se no controle do comércio dos produtos orientais
por islâmicos e mercadores italianos (Genova e Veneza)
Nesse sentindo, pode-se associar a expansão marítimo-comercial europeia,
onde desenvolveram avanços técnicos e científicos:
Caravela.
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Essa região vivia uma guerra interna e constante entre cristão e muçulmanos
desde a investidura islâmica de 711.
Os pequenos reinos de cultura cristã do norte eram fortemente militarizado,
tendo a seu serviço uma nobreza unida diante dos muçulmanos.
Assim, o rei era desde cedo elemento chave na organização militar, no
estabelecimento da justiça e na política de ataque aos maometanos, mouros (
povos árabes), do centro sul da Península.
Os reis possuíam pleno apoio da igreja, pois a empreitada da guerra contra os
islâmicos inseria-se no espírito da Cruzada, proclamada pelo papa Urbano II em
1095.
Para cada conquista dos reinos cristãos contabilizava-se uma conquista católica
Portugal.
A formação de Portugal ocorreu enquanto as vitórias sobre os mouros
sucediam-se e, como elas, aumentava-se o interesse mercantil lusutano.
As guerras eram chamadas de Reconquista, pois aquele espaço ao sul da
Península havia sido domínio romano e entendido como área cristã desde que
Roma antiga optara pelo cristianismo.
Assim fortes elementos simbólicos confluíam para a afirmação da autoridade
real e para o anseio de novas conquistas.
No caso português, ainda houve a resolução de uma divisão interna que se fez
sentir entre os anos de 1383-1385. na chamada da Revolução de Avis.
D. João, mestre da Ordem de Avis, conduziu um grupo de nobres, com apoio
de populares, contra o regente D. Leonor Teles.
As motivações eram várias e iam desde o interesse pessoal do D João em
assumir o trono, pois eram meio irmão do rei casado com D Leonor que havia
falecido naquele momento.
O interesse da nobreza na estabilidade da região, devido à ameaça de invasão
pelo reino cristão vizinho de leão-Castela.
Isso sem contar com a preocupação do grupo mercantil lusitano em defender
seus negócios devido aos desmandos da rainha.
O resultado dessa revolução foi a subida ao trono de D. João, fundando uma nova
dinastia chamada de Avis.
D. João não apenas estabilizou o reino, mas empreendeu novas conquistas,
atingindo Ceuta, no norte da África em 1415, essa região era um importante
entreposto comercial.
Segundo alguns historiadores, esse foi o marco da expansão marítimo-comercial
europeia, cabendo a Portugal a primazia na história das Grande Navegações da
época moderna.
périplo
substantivo masculino
1.
viagem de circum-navegação em torno de um país, de um continente.
2.
fig. viagem turística de longa duração
As conquista lusitanas animaram outros reis.
Mas Portugal foi o pioneiro e avançava suas viagens sobre a costa africana,
entabulando relações com comunidades pequenas.
As viagens eram de cabotagem, o que significada dizer que chegavam a um
ponto da costa africana e retornavam levando mercadorias e ouro, para depois
ir um pouco mais adiante.
Assim, os portugueses conseguiam mais recursos para continuar seu périplo
africano
Alguns estudiosos da época afirmavam que era possível chegar ao Oriente
contornando a África, mas ninguém sabia ao certo a dimensão do continente
africano.
A solução era continuar a navegação, explorando à África até chegar ao Oriente, o
que ocorreu em 1498, quando Vasco da Gama chegou a Caliculte.
Alguns historiadores afirmam que o ganho de Portugal em relação ao investido nas
viagens superou os 4000%, mas o custo humano foi considerável:
Dos 170 homens envolvidos na expansão apenas 55 regressaram,Vasco da Gama ainda
teve que enterrar seu irmão no retorno da viagem.
1415 Tomada de Ceuta
1434 Chegada ao cabo Bojador
1460 Comércio do Senegal à Costa
da Leoa
1462 Exploração do ouro da Guiné
1481 Decreto de monopólio régio
dos recursos.
1488 Contorno do Cabo da Boa
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Renascimento e grandes navegações

  • 1. Se é possível afirmar que houve rupturas consideráveis entre o Renascimento e os valores medievais. Os pensadores renascentistas não romperam completamente com a Idade Média. Os referenciais religiosos cristãos, operavam de forma significativa em suas elaborações teóricas e nas criações artísticas do Renascimento. É possível perceber isso nos temas religiosos recorrente a literatura, na escultura e na pintura renascentista:
  • 8. Alguns desses temas são atraídos da tradição judaico-cristão e reelaborado dentro da perspectiva humana do Renascimento. Alguns representantes da ciências renascentistas. *Nicolau Copérnico- Negou a teoria geocêntrica e defendeu o heliocêntrica. Suas ideias foram expostas na obra Das revoluções celestiais, representando uma revolução no pensamento astronômico da época. *Leonardo da Vinci- Cientista, engenheiro e artista, foi elemento fundamental na defesa dos métodos da experiência para a aquisição do conhecimento. Seus estudos sobre a razão associados ao corpo humano, recuperados de Vitrúvio, serviram de inspiração para outros intelectuais
  • 9.
  • 10.
  • 11. Paraceirso- Difundiu estudos sobre a composição da matéria e da associação dos elementos, constituindo os pilares da química no ocidente. Seus trabalhos tiveram forte influência da alquimia islâmica. *William Harvey- Os estudos da circulação sanguínea a partir do coração foram realizados por este médico inglês. Seus trabalhos serviram de fundamentação para a defesa da distribuição dos nutrientes pela circulação do sangue. *Miguel de Servet- Iniciou os estudos médicos relativos à circulação sanguínea, descobrindo a chamada pequena circulação (pulmonar) Perseguido pela inquisição, foi morto na fogueira. *Galileu Galilei- Defendeu o modelo heliocêntrico apresentado primeiramente por Copérnico. Seus estudos foram sistematizados em uma propostas metódica para chegar ao conhecimento, o chamado método experimental.
  • 12. *Giordano Bruno- Não cedeu as pressões da igreja para mudar sua posição em relação à defesa do heliocentrismo, o que lhe valeu a condenação à morte na fogueira. *Johannes Kleper- Estabeleceu leis do movimento planetário, indicando uma relação de proporcionalidade entre as órbitas dos planetas. Forneceu as bases para a teoria da gravitação universal apresentada, posteriormente por Issac Newton
  • 13.
  • 14. Erasmo de Roterdã- Pensador que criticou, por meio da obra Elogio da loucura, os costumes e práticas medievais. Alguns autores veem influência de seu pensamento na Reforma Religiosa. *Francesco Petrarca- Humanista que defendeu os valores clássicos. Construiu a ideia da Idade Média como um período tenebroso e desenvolveu o soneto (poema com catorze estrofe) *François Rabelais- Realizou a crítica dos costumes em Gargântua e Pantagruel.
  • 15. Gargântua e Pantagruel é uma série de romances do francês François Rabelais. Médico em Lyon, aí publicou Pantagruel, em 1532, seguido, em 1534, por Gargântua. Em virtude da censura da Sorbonne, Rabelais escreveu ambos os livros sob o pseudónimo Alcofrybas Nasier, um anagrama de seu próprio nome. De todo modo, Pantagruel acabou condenado pela Sorbonne, sendo incluído entre os livros obscenos e censurados. Em 1564 o Index librorum prohibitorum, promulgado pelo Papa, classificou as obras de Rabelais como heréticas.
  • 16. *Giovanni Baccaccio- Em sua obra Decameron narra cem história fantástica em que aparecem os elementos que compõem na natureza humana *Luís Vaz de Camões- Os ideiais renascentistas aparecem em sua obra máxima O Lusíadas. O modelo épico antigo é reconstruído na epopeia do povo português: a navegação ruma a Índia *Miguel de Vervantes- criticou os valores medievais, indicando por meio de seu personagem, Dom Quixote. O descompasso entre o mundo moderno e o mundo medieval, na figura do cavaleiro andante e errante. **Nicolau Maquiavel- pensador que, na obra O Príncipe, faz considerações sobre o exercício do poder político, deslocando-o da esfera religiosa
  • 17. *Thomas Morus- - Humanista inglês que escreveu A utopia, obra que tece críticas à política dos cercamentos. Essa política expulsava o homem do campo para dar espaço à criação de ovelhas, entre outros aspectos. *William Shakespeare- Dramaturgo inglês da época da rainha Elizabeth. Suas várias peças teatrais são ambientadas na Idade Média, mas apresentam conteúdo relativo à condição humana.
  • 18. Epopeia ou poema épico é um gênero literário constituído de longos versos que narram histórias de um povo ou de uma nação, envolvendo aventuras, guerras, viagens, gestos heroicos etc. Normalmente apresentam um tom de exaltação, isto é, de valorização de seus heróis e seus feitos. Epopeia que significa “poema épico” vem da palavra grega “epopoiia” (“epos” = “verso heroico” + “poiein” = “fazer”).
  • 19.
  • 20. Em meio as mudanças expressas no Renascimento, o universo político e econômico europeu ganhava novos contornos e dimensões. Em consonância como a economia as moedas dos reis passaram a ter referência no conjunto das trocas. Isso lhe garantia uma influência e interesse pelo metal precioso que era alimento para a ampliação do poder real. Muitos monarcas imaginavam transformar seus domínios em império, mas as dificuldades eram enormes. Mesmo assim, esforços eram realizados no sentido de centralização do poder e na configuração de uma realidade imperial. Um dos obstáculos encontrava-se no controle do comércio dos produtos orientais por islâmicos e mercadores italianos (Genova e Veneza)
  • 21.
  • 22. Nesse sentindo, pode-se associar a expansão marítimo-comercial europeia, onde desenvolveram avanços técnicos e científicos: Caravela.
  • 25. Mapas
  • 27.
  • 28.
  • 29. Essa região vivia uma guerra interna e constante entre cristão e muçulmanos desde a investidura islâmica de 711. Os pequenos reinos de cultura cristã do norte eram fortemente militarizado, tendo a seu serviço uma nobreza unida diante dos muçulmanos. Assim, o rei era desde cedo elemento chave na organização militar, no estabelecimento da justiça e na política de ataque aos maometanos, mouros ( povos árabes), do centro sul da Península. Os reis possuíam pleno apoio da igreja, pois a empreitada da guerra contra os islâmicos inseria-se no espírito da Cruzada, proclamada pelo papa Urbano II em 1095. Para cada conquista dos reinos cristãos contabilizava-se uma conquista católica
  • 30.
  • 31.
  • 33. A formação de Portugal ocorreu enquanto as vitórias sobre os mouros sucediam-se e, como elas, aumentava-se o interesse mercantil lusutano. As guerras eram chamadas de Reconquista, pois aquele espaço ao sul da Península havia sido domínio romano e entendido como área cristã desde que Roma antiga optara pelo cristianismo. Assim fortes elementos simbólicos confluíam para a afirmação da autoridade real e para o anseio de novas conquistas. No caso português, ainda houve a resolução de uma divisão interna que se fez sentir entre os anos de 1383-1385. na chamada da Revolução de Avis. D. João, mestre da Ordem de Avis, conduziu um grupo de nobres, com apoio de populares, contra o regente D. Leonor Teles. As motivações eram várias e iam desde o interesse pessoal do D João em assumir o trono, pois eram meio irmão do rei casado com D Leonor que havia falecido naquele momento.
  • 34. O interesse da nobreza na estabilidade da região, devido à ameaça de invasão pelo reino cristão vizinho de leão-Castela. Isso sem contar com a preocupação do grupo mercantil lusitano em defender seus negócios devido aos desmandos da rainha. O resultado dessa revolução foi a subida ao trono de D. João, fundando uma nova dinastia chamada de Avis. D. João não apenas estabilizou o reino, mas empreendeu novas conquistas, atingindo Ceuta, no norte da África em 1415, essa região era um importante entreposto comercial. Segundo alguns historiadores, esse foi o marco da expansão marítimo-comercial europeia, cabendo a Portugal a primazia na história das Grande Navegações da época moderna.
  • 35.
  • 36. périplo substantivo masculino 1. viagem de circum-navegação em torno de um país, de um continente. 2. fig. viagem turística de longa duração As conquista lusitanas animaram outros reis. Mas Portugal foi o pioneiro e avançava suas viagens sobre a costa africana, entabulando relações com comunidades pequenas. As viagens eram de cabotagem, o que significada dizer que chegavam a um ponto da costa africana e retornavam levando mercadorias e ouro, para depois ir um pouco mais adiante. Assim, os portugueses conseguiam mais recursos para continuar seu périplo africano
  • 37. Alguns estudiosos da época afirmavam que era possível chegar ao Oriente contornando a África, mas ninguém sabia ao certo a dimensão do continente africano. A solução era continuar a navegação, explorando à África até chegar ao Oriente, o que ocorreu em 1498, quando Vasco da Gama chegou a Caliculte. Alguns historiadores afirmam que o ganho de Portugal em relação ao investido nas viagens superou os 4000%, mas o custo humano foi considerável: Dos 170 homens envolvidos na expansão apenas 55 regressaram,Vasco da Gama ainda teve que enterrar seu irmão no retorno da viagem.
  • 38. 1415 Tomada de Ceuta 1434 Chegada ao cabo Bojador 1460 Comércio do Senegal à Costa da Leoa 1462 Exploração do ouro da Guiné 1481 Decreto de monopólio régio dos recursos. 1488 Contorno do Cabo da Boa Esperança 1498 Chegada a Calicute (Índias)