O documento descreve a evolução das artes após a Primeira Guerra Mundial. Apresenta os movimentos artísticos pré-guerra como o Romantismo e o Realismo e como surgiram novos estilos como o Abstracionismo em resposta à fotografia. Também discute a arte abstrata e como ela rompeu com a representação realista, inspirando o autor e suas próprias "obras".
2. Centro de Formação Profissional do Seixal
EFA NS - Curso de Técnico Instalador de Sistemas Solares Térmicos
Área de Competência:
Cultura, Língua e Comunicação
UFCD : CLC 7
Fundamentos de Cultura, Língua e Comunicação
Formadora:
Carmen Pimentel
Tema:
A Evolução das Artes após a I Guerra Mundial
Trabalho realizado por:
Carlos Castanheira, n.º7
15/07/2014
3. Introdução…………………………………………………………. 3
Um olhar sobre a arte da pintura…..…………………………..4
Arte abstrata ou Abstracionismo..….…………..………………7
A minha escolha.………………..…………………….…………...9
As minhas “obras de arte"………………………….…………..10
Conclusão…………….…...……………………….……………...12
Bibliografia………………….……………………………………...13
ÍNDICE
4. No âmbito do módulo de CLC 7 (Cultura, Língua e
Comunicação), mais concretamente no que diz respeito à
área de Fundamentos de Cultura, Língua e Comunicação,
ministrado pela Formadora Carmen Pimentel, foi-me lançado
um desafio no sentido de elaborar um trabalho cujo tema é: A
Evolução das Artes após a I Guerra Mundial.
INTRODUÇÃO
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5. Um olhar sobre a arte da pintura
Com o aparecimento da fotografia e do cinema em meados
do século XIX, os artistas, principalmente os pintores, viram a
sua arte de retratar a realidade substituída por estas técnicas
inovadoras, forçando-os a uma rotura com o passado.
Até então, esses pintores eram inspirados por diversos
movimentos e tradições, formavam grupos de artistas, onde
cada um seguia um modo de pensamento que era
transmitido para a tela como a sua visão do mundo e da
sociedade. Salientam-se, nessa época os grupos de artistas
mais destacados, tais como, os Neoclássicos, os Românticos,
os Realistas e os Impressionistas.
Os pintores Românticos
geralmente utilizavam como
principais inspirações momentos
de tristezas, alegrias, amor,
guerra, paz, enfim, uma
infinidade de categorias que
envolvem a emoção por
completo.
A arte de pintar o Romantismo era naturalmente composta
pelo expressar de um sentimento do artista, onde procuravam
sempre transmitir, através das suas obras, uma informação
que prendesse a atenção dos seus admiradores.
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6. Os Realistas eram artistas que se focalizavam em conceitos
científicos de visão, como os efeitos óticos da luz.
Representavam a realidade com o mesmo objetivo que um
cientista estuda um fenómeno da natureza, ou seja, o pintor
procurava representar o mundo de maneira documental.
Jean-François Millet (1814-1875) : "Colheita" e "Rabisco“
Os Impressionistas usavam a luz natural e a técnica de
pinceladas rápidas para representar paisagens.
Representavam principalmente as cenas tranquilas da
natureza, como lagos, lagoas e campos floridos.
“Sol Nascente” - Monet
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7. O aparecimento da fotografia veio impressionar a sociedade
pela sua representação extremamente realista das coisas.
Durante a segunda metade do século XIX, a pintura e a
fotografia viveram em oposição. A pintura continuava a ser
encarada como arte enquanto a fotografia não tinha esse
estatuto, por ser um processo mecânico que captava imagens
através de fenómenos físico-químicos.
A fotografia era mais rápida, mais realista e permitia a
multiplicação de uma única imagem, contudo, inicialmente
era muito cara e inacessível às classes mais baixas.
Os pintores, por seu lado, precisaram recorrer a uma
criatividade mais intensa para que os seus quadros
continuassem a ser valorizados. Recolhiam fotografias das
paisagens e de modelos para poderem depois pintá-los no
conforto dos seus ateliês. A pintura passou a fazer uma
exploração mais plástica dos enquadramentos e assumiu um
olhar mais casual em relação aos objetos.
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8. Arte abstrata ou Abstracionismo
Quando a arte abstrata surgiu no começo do século XX, no
contexto do movimento de Arte Moderna, provocou muita
polémica e indignação. A elite europeia ficou chocada com
aqueles formatos considerados “estranhos” e de muito mau
gosto. A arte abstrata quebrou com o tradicionalismo, que
procurava sempre a representação realista da vida e das
coisas, tentando imitar com perfeição a natureza.
Entenda-se que, a arte abstrata é toda manifestação das
artes plásticas, seja na pintura ou na escultura, na qual se
desistiu da representação natural ou ilustrativa da realidade,
para dar vazão a um estilo artístico moderno em que os
objetos ou pessoas são representados, em pinturas ou
esculturas, através de formas irreconhecíveis.
O precursor da arte abstrata foi o artista russo Kandinsky, com
as suas pinceladas rápidas e de cores fortes, transmitia um
sentimento violento, Kandinsky marcou o estilo abstracionista.
Pintura de Wassily Kandinsky
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9. Na arte abstrata o artista trabalha muito com conceitos,
intuições e sentimentos, expressa-se através de formas, cores,
texturas e ritmo inteiramente livres de qualquer influência dos
objetos reais, provocando nas pessoas, uma série de
interpretações. Portanto, na arte abstrata, uma mesma obra
pode ser vista, sentida e interpretada de várias formas.
O Abstracionismo é dividido em duas tendências:
Abstracionismo Informal e Abstracionismo Geométrico. Na
primeira, predominam os sentimentos e as emoções onde as
formas e a cor são trabalhadas livremente. Na segunda, as
formas e cores são organizadas em composições geométricas.
Abstracionismo Informal Abstracionismo Geométrico
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10. Sendo este um trabalho sobre arte, tenho particular empatia
sobre a arte abstrata, em especial a pintura.
A admiração que tenho pelo abstrato é algo que me
acompanha desde a infância. O meu imaginário de criança
procurava objetos, formas geométricas, massa humana,
animais, flores, etc., nas fissuras, falhas de tinta e estuque que
revestiam as paredes da minha pequena casa. Este exercício
mental servia de entretém para os momentos mais solitários.
Quando olho para uma pintura abstrata, mantenho a procura
de imagens que não vejo, mas que a imaginação pode criar,
procuro a harmonia das cores, a firmeza do traço e o
sentimento que me transmite.
Ainda hoje, em certos momentos e dependendo do meu
estado de espírito, transformo-me num “pintor”. A imaginação
do momento e uma imagem da internet, são os ingredientes.
O monitor é a minha tela e o rato o meu pincel, as cores estão
impressas na imagem e o meu trabalho é, simplesmente,
misturá-las.
O artista que escolhi, não é artista, sou eu, que por vezes,
sente a necessidade de vestir a sua pele.
A sua obra resume-se na escolha de imagens e distorcê-las da
realidade, o que não deixa, porém, de ser a “minha arte”.
A minha escolha
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13. CONCLUSÃO
Quando foi solicitado este trabalho, não senti qualquer
afinidade em realizá-lo, uma vez que não me identificava com
o tema. Numa primeira abordagem senti algumas dificuldades
tanto na pesquisa como na construção do texto. Apesar da
dificuldade e insegurança lancei-me na sua execução o
melhor que me foi possível. À medida que as pesquisas foram
crescendo, foi crescendo em mim o interesse pelo tema, assim
como a identificação pelo mesmo. Acabei por descobrir a
origem do meu interesse pela arte abstrata. Mais uma vez, a
realização de trabalhos de pesquisa aparentemente
desinteressantes, revelam-se uma mais-valia, não só pelo
enriquecimento cultural mas também por poder disfrutar do
prazer de descobrir um pouco mais de mim.
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