O documento discute o HIV e SIDA, explicando que o HIV é o vírus que causa a SIDA e enfraquece o sistema imunológico. Detalha as formas de transmissão do HIV, incluindo relações sexuais desprotegidas, transfusões de sangue e da mãe para o filho. Também descreve os sintomas iniciais e posteriores da SIDA e enfatiza que o HIV não é transmitido através de contato casual.
2. HIV O QUE É?
HIV ou VIH é o Vírus da Imunodeficiência Humana. Este vírus afeta e
enfraquece o sistema que defende o organismo das infeções e das doenças:
o sistema imunitário.
Na fase inicial da infeção podemos, não ter sintomas da doença, com o
sistema imunitário a conseguir “controlar” o vírus, podendo variar de pessoa
para pessoa. Com o passar do tempo, o sistema imunitário fica enfraquecido
e podem aparecer as chamadas infeções oportunistas, que não causariam
doença numa pessoa sem diminuição da imunidade. Esta fase final é
conhecida como Síndrome da Imunodeficiência Adquirida (SIDA).
HIV é, portanto, o vírus que causa a SIDA.
3. Como se transmite o HIV?
O HIV é transmitido através de três vias: sexual, sanguínea e de mãe
para filho (transmissão vertical).
Um indivíduo com infeção por HIV que esteja medicado e controlado
(com carga viral indetetável), não transmite a infeção a outros.
4. Contato sexual
Na via sexual, vírus transmite-se quando há contacto das mucosas ou da pele
não íntegra com fluídos que contenham vírus (sémen, sangue, fluídos
vaginais). A existência de feridas na pele aumenta o risco de transmissão do
vírus (por exemplo, lesões de sífilis, herpes genital ou Chlamydia
trachomatis)
Gravidez, nascimento e amamentação
A transmissão de mãe para filho pode ocorrer durante a gravidez, o parto ou
a amamentação, em casos de grávidas com infeção por HIV não controlada.
Via sanguínea
A transmissão também é possível através da partilha de seringas ou através
de instrumentos que não tenham sido devidamente esterilizados como, por
exemplo, os instrumentos utilizados para piercings e tatuagens.
5. Seringas e instrumentos infetados
Na via sanguínea, a infeção é transmitida através de utensílios que
tenham estado em contacto com sangue que contenha o vírus. Esses
utensílios podem ser objetos de uso pessoal, tais como a escova de
dentes, objetos perfurantes ou uma máquina de barbear, apesar de o
tempo de vida do vírus fora do organismo ser de poucos minutos.
Transfusão de sangue/órgãos
Em países onde não existem controlos rigorosos nos bancos de sangue,
ainda existe o risco da transmissão por HIV através da transfusão de
sangue ou transplante de órgãos
6. O que é a SIDA?
A sigla SIDA representa (S)índrome da (I)muno(D)eficiência
(A)dquirida. No caso da SIDA pode incluir o desenvolvimento de
determinadas infeções e tumores, tal como a diminuição de
determinadas células do sistema imunitário (de defesa).
Imunodeficiência – quer dizer que a doença é caracterizada pelo
enfraquecimento do sistema imunitário.
Adquirida – quer dizer que a doença não é hereditária e
desenvolve-se após o nascimento por contacto com um agente
(no caso da SIDA, VIH).
Portanto, a SIDA (Síndrome da Imunodeficiência Adquirida) é
uma doença causada por um vírus, o vírus da imunodeficiência
humana, que ataca o sistema imunitário do nosso organismo,
destruindo a nossa capacidade de defesa em relação a muitas
doenças. O doente infetado pelo VIH fica progressivamente
débil, frágil e pode contrair várias doenças que o podem levar à
morte. Estas doenças normalmente não atacam as pessoas com
um sistema imunitário que funcione bem, pelo que são
designadas por “doenças oportunistas”.
A infeção pelo VIH é transmissível. As formas de transmissão são
conhecidas e, por isso, podem e devem ser evitadas. O
diagnóstico de SIDA é feito por um médico através normas
laboratoriais e clínicas.
7. Qual a diferença entre estar infetado pelo VIH
e ter SIDA?
Tal como no caso de outras infeções, o sistema imunitário de uma pessoa infetada pelo VIH produz
anticorpos contra este vírus, os quais são detetáveis no sangue através da realização de um teste
simples. Quando estes anticorpos são detetados diz-se que uma pessoa é seropositiva.
Uma pessoa seropositiva pode não ter quaisquer sinais ou sintomas da doença, aparentando um
estado saudável durante um período que pode atingir vários anos. No entanto, essa pessoa está
infetada e, porque o vírus está presente no seu organismo, pode, durante todo esse tempo, transmiti-
lo a uma outra pessoa.
A SIDA só aparece muito mais tarde e relaciona-se com a degradação progressiva do sistema
imunitário e a concomitante baixa das defesas contra outras doenças que usualmente não afetam
uma pessoa saudável. Assim, a doença SIDA – fase última de uma infeção que pode ter vários anos de
evolução – só é diagnosticada quando aparecem doenças oportunistas ou quando determinadas
análises clínicas têm valores alterados.
A duração do período que medeia entre a entrada do vírus no organismo e o diagnóstico de SIDA,
depende dos cuidados/apoios que a pessoa tiver: evitar reinfectar-se, cuidados e higiene pessoais,
acompanhamento e tratamento médicos adequados e apoio da família e amigos. Com a utilização
correta dos novos medicamentos que retardam a multiplicação do vírus e de medicamentos que
previnem as doenças oportunistas, pode retardar-se o aparecimento da SIDA por mais anos.
8. Quais são os sintomas?
Inicialmente a pessoa infetada com VIH não tem sintomatologia. Após
contrair a infeção podem existir sintomas semelhantes à gripe:
febre
dores de cabeça
cansaço
gânglios inflamados no pescoço e virilhas
9. Posteriormente, os sintomas tornam-se mais graves, tais como:
perda rápida de peso
infeções graves
pneumonia
diarreia prolongada
lesões na boca, ânus ou genitais
perda de memória
depressão
outros distúrbios neurológicos
10. O VIH não se transmite através de:
aperto de mão, abraços e beijos
suor ou saliva
partilha de pratos, talheres ou copos
roupa
tosse ou espirros
conversa ou contactos sociais
picada de insetos
uso de casas de banho
11. PREVENÇÃO
Não existe ainda nenhuma vacina eficaz contra este vírus.
Na prevenção não devem ser considerados grupos de risco, mas sim
comportamentos de risco e, por isso, uma correta informação e o uso
do bom senso permitem, em muitos casos, manter este vírus à
distância.
A prevenção inclui a adoção de medidas como:
Uso de preservativo
Evitar o contacto direto com sangue ou produtos seus derivados
Fazer o teste do VIH