2. As Infecções Sexualmente Transmissíveis (IST) são causadas por vírus, bactérias ou
outros microrganismos.
São transmitidas, principalmente, por meio do contato sexual (oral, vaginal, anal) sem o
uso de camisinha masculina ou feminina com uma pessoa que esteja infectada.
◦ A transmissão de uma IST pode acontecer, ainda, da mãe para a criança durante a
gestação, o parto ou a amamentação.
O tratamento das pessoas com IST melhora a qualidade de vida e interrompe a cadeia de
transmissão dessas infecções.
◦ O atendimento e o tratamento são gratuitos nos serviços de saúde do SUS.
A terminologia Infecções Sexualmente Transmissíveis (IST) passa a ser adotada em
substituição à expressão Doenças Sexualmente Transmissíveis (DST), porque destaca a
possibilidade de uma pessoa ter e transmitir uma infecção, mesmo sem sinais e sintomas
3. Como se manifestam as IST?
As IST podem se manifestar por meio de feridas, corrimentos ou verrugas anogenitais.
São alguns exemplos de IST:
◦ herpes genital
◦ Sífilis
◦ Gonorreia
◦ Infecção pelo HIV
◦ Infecção pelo Papilomavírus Humano (HPV)
◦ Hepatites virais B e C.
A IST aparece, principalmente, no órgão genital, mas pode surgir também em outra parte do corpo (ex.:
palma das mãos, olhos, língua).
O corpo deve ser observado durante a higiene pessoal, o que pode ajudar a identificar uma IST no
estágio inicial. Sempre que se perceber algum sinal ou algum sintoma, deve-se procurar o serviço de
saúde.
E, quando indicado, comunicar a parceria sexual.
4. Como se manifestam as IST?
São três as principais manifestações clínicas das IST:
Corrimentos
Aparecem no pênis, vagina ou ânus.
Podem ser esbranquiçados, esverdeados ou amarelados, dependendo da IST.
Podem ter cheiro forte e/ou causar coceira.
Provocam dor ao urinar ou durante a relação sexual.
Nas mulheres, quando é pouco, o corrimento só é visto em exames ginecológicos.
Podem se manifestar na gonorreia, clamídia e tricomoníase.
5. Feridas
Aparecem nos órgãos genitais ou em qualquer parte do corpo, com ou sem dor.
Podem ser manifestações da sífilis, herpes genital, cancroide, donovanose e linfogranuloma venéreo.
Verrugas anogenitais
São causadas pelo Papilomavírus Humano (HPV) e podem aparecer em forma de couve-flor, quando a infecção
está em estágio avançado.
Em geral, não doem, mas pode ocorrer irritação ou coceira.
HIV/AIDS e hepatites virais B e C
Além das IST que causam corrimentos, feridas e verrugas anogenitais, existem as infecções pelo HIV e pelas
hepatites virais B e C, causadas por vírus, com sinais e sintomas específicos.
Doença Inflamatória Pélvica (DIP)
É outra forma de manifestação clínica das IST.
Decorre de gonorreia e clamídia não tratadas.
Atinge os órgãos genitais internos da mulher (útero, trompas e ovários), causando inflamações.
Algumas IST podem não apresentar sinais e sintomas, e se não forem diagnosticadas e tratadas, podem levar a
graves complicações, como infertilidade, câncer ou até a morte.
6. HIV - AIDS
HIV é a sigla em inglês do vírus da imunodeficiência humana. Causador da AIDS,
Ataca o sistema imunológico, responsável por defender o organismo de doenças.
As células mais atingidas são os linfócitos T CD4+ . E é alterando o DNA dessa célula que o HIV faz cópias de si mesmo.
Depois de se multiplicar, rompe os linfócitos em busca de outros para continuar a infecção.
Ter o HIV não é a mesma coisa que ter a AIDS.
Há muitos soropositivos que vivem anos sem apresentar sintomas e sem desenvolver a doença.
Mas, podem transmitir o vírus a outros pelas relações sexuais desprotegidas, pelo compartilhamento seringas
contaminadas ou de mãe para filho durante a gravidez e a amamentação.
Por isso, é sempre importante fazer o teste e se proteger em todas as situações.
Biologia – HIV é um retrovírus, classificado na subfamília dos Lentiviridae. Esses vírus compartilham algumas
propriedades comuns: período de incubação prolongado antes do surgimento dos sintomas da doença, infecção das
células do sangue e do sistema nervoso e supressão do sistema imune.
7. Sintomas e fases da AIDS:
Quando ocorre a infecção pelo vírus causador da AIDS, o sistema imunológico
começa a ser atacado.
É na primeira fase, chamada de infecção aguda, que ocorre a incubação do HIV -
tempo da exposição ao vírus até o surgimento dos primeiros sinais da doença.
Esse período varia de 3 a 6 semanas.
O organismo leva de 30 a 60 dias após a infecção para produzir anticorpos anti-HIV.
Os primeiros sintomas são muito parecidos com os de uma gripe, como febre e
mal-estar.
Por isso, a maioria dos casos passa despercebido.
8. Sintomas e fases da AIDS:
A próxima fase é marcada pela forte interação entre as células de defesa e as
constantes e rápidas mutações do vírus.
Mas que não enfraquece o organismo o suficiente para permitir novas doenças, pois
os vírus amadurecem e morrem de forma equilibrada.
Esse período, que pode durar muitos anos, é chamado de assintomático.
9. Sintomas e fases da AIDS:
Com o frequente ataque, as células de defesa começam a funcionar com menos
eficiência até serem destruídas.
O organismo fica cada vez mais fraco e vulnerável a infecções comuns.
A fase sintomática inicial é caracterizada pela alta redução dos linfócitos T CD4 -
glóbulos brancos do sistema imunológico - que chegam a ficar abaixo de 200
unidades por mm³ de sangue.
Em adultos saudáveis, esse valor varia entre 800 a 1.200 unidades.
Os sintomas mais comuns são: febre, diarreia, suores noturnos e emagrecimento.
10. Sintomas e fases da AIDS:
A baixa imunidade permite o aparecimento de doenças oportunistas, que recebem
esse nome por se aproveitarem da fraqueza do organismo.
Com isso, atinge-se o estágio mais avançado da doença, a AIDS.
Quem chega a essa fase, por não saber ou não seguir o tratamento indicado pelos
médicos, pode sofrer de hepatites virais, tuberculose, pneumonia, toxoplasmose e
alguns tipos de câncer.
Por isso, sempre que você transar sem camisinha ou passar por alguma outra
situação de risco, aguarde 30 dias e faça o teste.
11. HIV/AIDS
Como o HIV, vírus causador da AIDS, está presente no sangue, sêmen, secreção vaginal e leite
materno, a doença pode ser transmitida de várias formas:
Sexo sem camisinha - pode ser vaginal, anal ou oral.
De mãe infectada para o filho durante a gestação, o parto ou a amamentação - também chamado
de transmissão vertical.
Uso da mesma seringa ou agulha contaminada por mais de uma pessoa.
Transfusão de sangue contaminado com o HIV.
Instrumentos que furam ou cortam, não esterilizados.
Evitar a doença não é difícil. Basta usar camisinha em todas as relações sexuais e não
compartilhar seringa, agulha e outro objeto cortante com outras pessoas. O preservativo está
disponível na rede pública de saúde. Caso não saiba onde retirar a camisinha, ligue para o
Disque Saúde (136).
12. Hepatites Virais:
Em grande parte dos casos, as hepatites virais são doenças silenciosas, o que reforça a
necessidade de ir ao médico regularmente e fazer os exames de rotina que detectam os vários
tipos de hepatites.
Geralmente, quando os sintomas aparecem a doença já está em estágio mais avançado.
Os mais comuns são:
◦ Febre;
◦ Fraqueza;
◦ Mal-estar;
◦ Dor abdominal;
◦ Enjoo/náuseas;
◦ Vômitos;
◦ Perda de apetite;
◦ Urina escura (cor de café);
◦ Icterícia (olhos e pele amarelados);
◦ Fezes esbranquiçadas (como massa de vidraceiro).
13. Hepatites Virais:
Para saber se há a necessidade de realizar exames que detectem as hepatites
observe se você já se expôs a algumas dessas situações:
Contágio fecal-oral: condições precárias de saneamento básico e água, de higiene
pessoal e dos alimentos (vírus A e E);
Transmissão sanguínea: praticou sexo desprotegido, compartilhou seringas,
agulhas, lâminas de barbear, alicates de unha e outros objetos que furam ou cortam
(vírus B,C e D);
Transmissão sanguínea: da mãe para o filho durante a gravidez, o parto e a
amamentação (vírus B,C e D)
No caso das hepatites B e C é preciso um intervalo de 60 dias para que os
anticorpos sejam detectados no exame de sangue.
14. Por que usar a camisinha
A camisinha é o método mais eficaz para se prevenir contra muitas
doenças sexualmente transmissíveis, como a aids, alguns tipos de
hepatites e a sífilis, por exemplo.
Além disso, evita uma gravidez não planejada.
Use camisinha sempre.
15. Por que usar a camisinha
O preservativo não deve ser uma opção somente para quem não se infectou com o HIV.
Além de evitar a transmissão de outras doenças, que podem prejudicar ainda mais o sistema
imunológico, previne contra a reinfecção pelo vírus causador da aids, o que pode agravar ainda
mais a saúde da pessoa.
Guardar e manusear a camisinha é muito fácil.
Treine antes, assim você não erra na hora.
Nas preliminares, colocar a camisinha no(a) parceiro(a) pode se tornar um momento prazeroso.
Só é preciso seguir o modo correto de uso.
Mas atenção: nunca use duas camisinhas ao mesmo tempo, a í sim, ela pode se romper ou
estourar.
16. Cuidados com a higiene:
Além de usar camisinha em todas as relações sexuais, não compartilhar seringas e outros
objetos que furam ou cortam e fazer acompanhamento durante a gravidez, alguns cuidados com
a higiene são importantes para se evitar a infecção de alguns tipos de hepatites virais (A e E) e
outras doenças sexualmente transmissíveis:
Lavar as mãos após ir ao banheiro, trocar fraldas e antes de comer ou preparar alimentos;
Lavar bem, com água tratada, clorada ou fervida, os alimentos que são consumidos crus;
Cozinhar bem os alimentos antes de consumi-los, principalmente mariscos e frutos do mar;
Lavar adequadamente pratos, copos, talheres e mamadeiras;
Orientar creches, pré-escolas, lanchonetes, restaurantes e instituições fechadas para a adoção
de medidas rigorosas de higiene, tal como a desinfecção de objetos, bancadas e chão utilizando
hipoclorito de sódio a 2,5% ou água sanitária;
17. Cuidados com a higiene:
Evitar a construção de fossas próximas a poços e nascentes de rios, para não comprometer o
lençol de água que alimenta o poço.
Deve-se respeitar, por medidas de segurança, a distância mínima de 15 metros entre o poço e a
fossa do tipo seca e de 45 metros, para os demais focos de contaminação, como chiqueiros,
estábulos, valões de esgoto, galerias de infiltração e outros;
Não tomar banho ou brincar perto de valões, riachos, chafarizes e enchentes ou próximo de onde
haja esgoto a céu aberto;
Caso haja algum doente com hepatite A em casa, utilizar hipoclorito de sódio ou água sanitária
ao lavar o banheiro;
Orientar também a lavagem dos alimentos, deixando-os na água tratada com hipoclorito de sódio
por meia hora;
Exigir material esterilizado ou descartável nos consultórios médicos, odontológicos de
acupuntura, assim como em estúdios de tatuagens;
18. Cuidados com a higiene:
Exigir material esterilizado ou descartável nas barbearias e nos salões de manicure/pedicure.
◦ O ideal é que cada pessoa tenha o seu kit de manicure/pedicure, composto de:
tesourinha,
alicate,
cortador de unha,
lixa de unha,
lixa de pé,
empurrador/espátula,
palito,
Escovinha
toalha;
Exigir material esterilizado ou descartável nos locais de realização de tatuagens e colocação de
piercings;
Não compartilhar escovas de dente, lâminas de barbear ou de depilar;
19. Cuidados com a higiene:
Não compartilhar equipamentos para uso de drogas (agulhas, seringas, cachimbos ou canudos);
Não compartilhar agulhas ou seringas, em outras situações;
Não compartilhas lençóis, toalhas e roupas íntimas, em qualquer situação;
Buscar atendimento médico se apresentar qualquer sinal ou sintoma da doença ou em caso de
exposição a alguma situação de transmissão das hepatites virais;
Vacinar-se contra a hepatite B. São 3 doses que podem ser aplicadas em qualquer unidade
básica de saúde. Para saber qual é a mais próxima da sua casa, ligue para o Disque Saúde
(136).
PREVINA-SE
USE CAMISINHA