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PARTE JACQUES VERSÃO 1 –
 INTRODUÇÃO E MÉTODOS
Introdução – O Estudo
• Autores: Angela Cristina Vasconcelos de Andrade,
  Paula Mendes Luz, Luciane Velasque, Valdiléa
  Gonçalves Veloso, Ronaldo I. Moreira, Fabio
  Russomano, Janice Chicarino-Coelho, Elaine Pires, Jose
  Eduardo Levi, Beatriz Grinsztejn, Ruth Khalili Friedman.

• Realizado pelo Instituto de Pesquisa Clínica Evando
  Chagas da FIOCRUZ, entre Maio de 1996 e Dezembro
  de 2007.

• Objetivo: reiterar estudos sobre a co-infecção HIV-HPV.
Introdução – A AIDS
• A AIDS é uma doença que assola principalmente países
  de baixa ou média renda.
• A promiscuidade sexual acarreta sua propagação
  desenfreada e com ela outras doenças sexualmente
  transmissíveis (DSTs).
• A falta de campanhas de conscientização para uso de
  preservativo, assim como os altos preços dos anti-
  retrovirais, que no caso do Brasil é distribuído
  gratuitamente desde 1996, são pontos que dificultam a
  contenção da doença.
• Diversos estudos apontam que a imunodeficiência
  gerada pelo HIV, principalmente pela diminuição dos
  linfócitos T CD4, aumenta probabilidade de adquirir o
  vírus HPV, o qual origina o câncer de colo de útero.
Introdução – O HPV
• Esse câncer é a segunda forma mais comum de câncer
  e a quarta que mais mata no Brasil.
• Isso pode ser explicado pela falta de campanhas para a
  realização de exames de prevenção (principalmente
  entre as classes menos favorecidas economicamente) e
  pelo alto preço da vacina de HPV, a qual não está
  presente na lista de distribuição gratuita do Ministério
  da Saúde brasileiro.
• Outros possíveis fatores de risco, tais como
  tabagismo, número de gestações, idade, início da vida
  sexual foram estudados para o desenvolvimento do
  HPV.
Métodos
• No grupo foram incluídas mulheres infectadas pelo HIV,
  independentemente do estágio da doença (contagem de
  TCD4+) ou do progresso no tratamento com anti-retrovirais.
• As visitas às doentes foram realizadas em intervalos de 6
  meses, com preenchimento de um questionário
  abordando: histórico sexual e reprodutivo, histórico médico
  relevante ao HIV/AIDS e ao câncer de colo de útero.
• Ao início todas as mulheres foram submetidas ao Teste de
  HPV, ao Papanicolau e à Colposcopia.
• Em lesões suspeitas de neoplasia cervical intraepitelial
  (CIN) realizou-se a biópsia.
Métodos – O teste de HPV-DNA
• Exame da biologia molecular que se baseia na na detecção do
  material genético do vírus – no caso, DNA.
• O utilizado nesse estudo é o Hybrid Capture 2, da empresa QIAGEN.
  Se baseia na amplificação do sinal de híbridos formados (DNA viral
  conjugado a sondas de RNA), os quais são detectados por reação
  enzima-substrato e sua leitura é feita por quimioluminescência.
• Sua tecnologia (captura híbrida) é rápida e pode ser usada na
  clínica diária. Foi aprovada pelo MS para uso comercial.
• Classifica o HPV em dois grupos: baixo risco (tipos 6, 11, 42, 43 e 44
  e alto risco (16, 18, 31, 33, 35, 39, 45, 51, 52, 56, 58, 59 e 68).
Métodos – O Papanicolau




• Exame citológico, em que se procura alterações na morfologia das células
  da mucosa cervical, o que denomina-se displasia e ocorre devido a
  infecção pelo HPV.
• Recolhe-se células superficiais do colo uterino com uma espátula especial,
  que é posto em uma lâmina e analisado por patologistas ao microscópio.
• Não gera diagnóstico definitivo, devendo ser acompanhado de outros
  exames.
• O sistema de classificação utilizado no estudo foi o Bethesda 2001.
Sistema de Papanicolau            Richart          Descrição                  Sistema Bethesda 2001
I                                                  Normal                     Normal (Negativo)
II                                                 Inflamação                 Inflamação
                                                   Atipia                     Células escamosas atípicas (ASC)
III                               CIN 1            Displasia Leve             SIL baixo grau (LSIL)
                                  CIN 2            Displasia Moderada         SIL baixo grau (LSIL)
                                  CIN 3            Displasia Severa           SIL alto grau (HSIL)
IV                                CIN 3            Carcinoma in situ          SIL alto grau (HSIL)
V                                                  Carcinoma invasivo         Câncer cervical invasivo (ICC)
CIN: Neoplasia cervical intraepitelial / SIL: Lesão escamosa intraepitelial
Métodos – A Colposcopia
• Método de imagem em que se utiliza o colposcópio –
  aparelho com microcâmera acoplada e lentes de
  aumento, procurando por variações patológicas nas
  regiões vulvar, vaginal e perianal.
• A classificação seguiu as determinações da ICPCF de
  2002.
Métodos – A Biópsia
• Método histopatológico onde se realiza uma excisão
  (retirada) de uma porção de tecido do colo uterino, que é
  analisado ao microscópio e submetido à detecção do vírus.

• Os tipos de biópsias realizados foram variáveis de acordo
  com a situação e seguiram as Diretrizes Brasileiras.

• As amostras foram analisadas por patologistas do Centro
  de Patologia Cervical do Instituto Fernandes Figueira
  (IFF/FIOCRUZ). O diagnóstico foi realizado por consenso.

• Os resultados foram classificados em:
  Normal, CIN1, CIN2, CIN3 e ICC.
Métodos – Diagnóstico Final
• Mulheres submetidas a procedimentos invasivos
  (biópsia) => histopatologia.
• Mulheres sem indicação clínica para realização de
  procedimentos invasivos ou histopatologia
  inconclusiva => colposcopia.

• Todos os diagnósticos CIN2+ / ICC foram
  histopatologicamente relatados.
Métodos – Compilação de informações
• Os dados a seguir foram submetidos ao R Software, em que se utilizou a
  Regressão de Poisson, que pôde estimar o nível de associação entre tais
  dados e o câncer de colo de útero.

• Contagem de T CD4+ (medida da imunossupressão): obtida do histórico
  médico de cada participante. Duas informações principais foram retiradas:
  A quantidade mais baixa de T CD4+ já apresentada pela paciente em um
  exame, até a sua inscrição à pesquisa (“Nadir”).
  A média de T CD4+ nos 90 primeiros dias após a inscrição(“Baseline”).

• Considerou-se que as mulheres estavam “sob tratamento muito ativo com
  anti-retrovirais” (HAART), se o estavam por pelo menos dois meses antes
  de sua inscrição.

• Diagnóstico da paciente para HPV: Negativo/CIN1 ou CIN2+.
• Outros fatores possivelmente associados ao câncer de cólo de útero:
  idade, sexarca, estado civil, número de gestações, uso de tabaco, etc.

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  • 1. PARTE JACQUES VERSÃO 1 – INTRODUÇÃO E MÉTODOS
  • 2. Introdução – O Estudo • Autores: Angela Cristina Vasconcelos de Andrade, Paula Mendes Luz, Luciane Velasque, Valdiléa Gonçalves Veloso, Ronaldo I. Moreira, Fabio Russomano, Janice Chicarino-Coelho, Elaine Pires, Jose Eduardo Levi, Beatriz Grinsztejn, Ruth Khalili Friedman. • Realizado pelo Instituto de Pesquisa Clínica Evando Chagas da FIOCRUZ, entre Maio de 1996 e Dezembro de 2007. • Objetivo: reiterar estudos sobre a co-infecção HIV-HPV.
  • 3. Introdução – A AIDS • A AIDS é uma doença que assola principalmente países de baixa ou média renda. • A promiscuidade sexual acarreta sua propagação desenfreada e com ela outras doenças sexualmente transmissíveis (DSTs). • A falta de campanhas de conscientização para uso de preservativo, assim como os altos preços dos anti- retrovirais, que no caso do Brasil é distribuído gratuitamente desde 1996, são pontos que dificultam a contenção da doença. • Diversos estudos apontam que a imunodeficiência gerada pelo HIV, principalmente pela diminuição dos linfócitos T CD4, aumenta probabilidade de adquirir o vírus HPV, o qual origina o câncer de colo de útero.
  • 4. Introdução – O HPV • Esse câncer é a segunda forma mais comum de câncer e a quarta que mais mata no Brasil. • Isso pode ser explicado pela falta de campanhas para a realização de exames de prevenção (principalmente entre as classes menos favorecidas economicamente) e pelo alto preço da vacina de HPV, a qual não está presente na lista de distribuição gratuita do Ministério da Saúde brasileiro. • Outros possíveis fatores de risco, tais como tabagismo, número de gestações, idade, início da vida sexual foram estudados para o desenvolvimento do HPV.
  • 5. Métodos • No grupo foram incluídas mulheres infectadas pelo HIV, independentemente do estágio da doença (contagem de TCD4+) ou do progresso no tratamento com anti-retrovirais. • As visitas às doentes foram realizadas em intervalos de 6 meses, com preenchimento de um questionário abordando: histórico sexual e reprodutivo, histórico médico relevante ao HIV/AIDS e ao câncer de colo de útero. • Ao início todas as mulheres foram submetidas ao Teste de HPV, ao Papanicolau e à Colposcopia. • Em lesões suspeitas de neoplasia cervical intraepitelial (CIN) realizou-se a biópsia.
  • 6. Métodos – O teste de HPV-DNA • Exame da biologia molecular que se baseia na na detecção do material genético do vírus – no caso, DNA. • O utilizado nesse estudo é o Hybrid Capture 2, da empresa QIAGEN. Se baseia na amplificação do sinal de híbridos formados (DNA viral conjugado a sondas de RNA), os quais são detectados por reação enzima-substrato e sua leitura é feita por quimioluminescência. • Sua tecnologia (captura híbrida) é rápida e pode ser usada na clínica diária. Foi aprovada pelo MS para uso comercial. • Classifica o HPV em dois grupos: baixo risco (tipos 6, 11, 42, 43 e 44 e alto risco (16, 18, 31, 33, 35, 39, 45, 51, 52, 56, 58, 59 e 68).
  • 7. Métodos – O Papanicolau • Exame citológico, em que se procura alterações na morfologia das células da mucosa cervical, o que denomina-se displasia e ocorre devido a infecção pelo HPV. • Recolhe-se células superficiais do colo uterino com uma espátula especial, que é posto em uma lâmina e analisado por patologistas ao microscópio. • Não gera diagnóstico definitivo, devendo ser acompanhado de outros exames. • O sistema de classificação utilizado no estudo foi o Bethesda 2001.
  • 8. Sistema de Papanicolau Richart Descrição Sistema Bethesda 2001 I Normal Normal (Negativo) II Inflamação Inflamação Atipia Células escamosas atípicas (ASC) III CIN 1 Displasia Leve SIL baixo grau (LSIL) CIN 2 Displasia Moderada SIL baixo grau (LSIL) CIN 3 Displasia Severa SIL alto grau (HSIL) IV CIN 3 Carcinoma in situ SIL alto grau (HSIL) V Carcinoma invasivo Câncer cervical invasivo (ICC) CIN: Neoplasia cervical intraepitelial / SIL: Lesão escamosa intraepitelial
  • 9. Métodos – A Colposcopia • Método de imagem em que se utiliza o colposcópio – aparelho com microcâmera acoplada e lentes de aumento, procurando por variações patológicas nas regiões vulvar, vaginal e perianal. • A classificação seguiu as determinações da ICPCF de 2002.
  • 10. Métodos – A Biópsia • Método histopatológico onde se realiza uma excisão (retirada) de uma porção de tecido do colo uterino, que é analisado ao microscópio e submetido à detecção do vírus. • Os tipos de biópsias realizados foram variáveis de acordo com a situação e seguiram as Diretrizes Brasileiras. • As amostras foram analisadas por patologistas do Centro de Patologia Cervical do Instituto Fernandes Figueira (IFF/FIOCRUZ). O diagnóstico foi realizado por consenso. • Os resultados foram classificados em: Normal, CIN1, CIN2, CIN3 e ICC.
  • 11. Métodos – Diagnóstico Final • Mulheres submetidas a procedimentos invasivos (biópsia) => histopatologia. • Mulheres sem indicação clínica para realização de procedimentos invasivos ou histopatologia inconclusiva => colposcopia. • Todos os diagnósticos CIN2+ / ICC foram histopatologicamente relatados.
  • 12. Métodos – Compilação de informações • Os dados a seguir foram submetidos ao R Software, em que se utilizou a Regressão de Poisson, que pôde estimar o nível de associação entre tais dados e o câncer de colo de útero. • Contagem de T CD4+ (medida da imunossupressão): obtida do histórico médico de cada participante. Duas informações principais foram retiradas: A quantidade mais baixa de T CD4+ já apresentada pela paciente em um exame, até a sua inscrição à pesquisa (“Nadir”). A média de T CD4+ nos 90 primeiros dias após a inscrição(“Baseline”). • Considerou-se que as mulheres estavam “sob tratamento muito ativo com anti-retrovirais” (HAART), se o estavam por pelo menos dois meses antes de sua inscrição. • Diagnóstico da paciente para HPV: Negativo/CIN1 ou CIN2+. • Outros fatores possivelmente associados ao câncer de cólo de útero: idade, sexarca, estado civil, número de gestações, uso de tabaco, etc.