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AIDS
ALUNAS: ANA PAULA REIS, LETICIA GORDON, MARIANA FERNANDA E
NATACHA AGATA
História da AIDS
Ela surgiu a partir de um vírus chamado SIV, encontrado no sistema imunológico dos chimpanzés e do
macaco-verde africano. Apesar de não deixar esses animais doentes, o SIV é um vírus altamente mutante, que
teria dado origem ao HIV, o vírus da aids. O SIV presente no macaco-verde teria criado o HIV2, uma versão
menos agressiva, que demora mais tempo para provocar a aids. Já os chimpanzés deram origem ao HIV1, a
forma mais mortal do vírus. "É provável que a transmissão para o ser humano, tanto do HIV1 como do HIV2,
aconteceu em tribos da África central que caçavam ou domesticavam chimpanzés e macacos-verdes", diz o
infectologista Jacyr Pasternak, do Hospital Beneficência Portuguesa, em São Paulo. Não há consenso sobre a
data das primeiras transmissões. O mais provável, porém, é que tenham acontecido por volta de 1930. Nas
décadas seguintes, a doença teria permanecido restrita a pequenos grupos e tribos da África central, na
região ao sul do deserto do Saara. Nas décadas de 60 e 70, durante as guerras de independência, a entrada de
mercenários no continente começou a espalhar a aids pelo mundo. Haitianos levados para trabalhar no
antigo Congo Belga (hoje República Democrática do Congo) também ajudaram a levar a doença para outros
países. "Entre 1960 e 1980 surgiram diversos casos de doenças que ninguém sabia explicar, com os pacientes
geralmente apresentando sarcoma de Kaposi, um tipo de câncer, e pneumonia", diz a epidemiologista Cássia
Buchalla, da Universidade de São Paulo (USP). A aids só foi finalmente identificada em 1981.
O que é AIDS
AIDS é uma doença que ataca o sistema imunológico devido à destruição dos glóbulos brancos
(linfócitos T CD4+). A AIDS é considerada um dos maiores problemas da atualidade pelo seu
caráter pandêmico (ataca ao mesmo tempo muitas pessoas numa mesma região) e sua
gravidade.
Ação do vírus HIV
A infecção da AIDS se dá pelo HIV, vírus que ataca as células do sistema imunológico, destruindo
os glóbulos brancos (linfócitos T CD4+). A falta desses linfócitos diminui a capacidade do
organismo de se defender de doenças oportunistas, causadas por microrganismos que
normalmente não são capazes de desencadear males em pessoas com sistema imune normal.
Sintomas e fases da AIDS
Os primeiros fenômenos observáveis para AIDS são fraqueza, febre, emagrecimento, diarreia
prolongada sem causa aparente. Na criança que nasce infectada, os efeitos mais comuns são
problemas nos pulmões, diarreia e dificuldades no desenvolvimento. Fase sintomática inicial da
AIDS: candidíase oral, sensação constante de cansaço, aparecimento de gânglios nas axilas,
virilhas e pescoço, diarreia, febre, fraqueza orgânica, transpirações noturnas e perda de peso
superior a 10%. Infecção aguda da Aids: sintomas de infecção viral como febre, afecções dos
gânglios linfáticos, faringite, dores musculares e nas articulações; ínguas e manchas na pele que
desaparecem após alguns dias; feridas na área da boca, esôfago e órgãos genitais; falta de
apetite; estado de prostração; dores de cabeça; sensibilidade à luz; perda de peso; náuseas e
vômitos.
Janela imunológica
Janela imunológica é o tempo entre a infecção por uma vírus e o desenvolvimento de elementos
de defesa chamados anticorpos. A maior parte dos exames detecta esses anticorpos no sangue:
se há anticorpos, há o vírus. Para o HIV, a janela imunológica é de 30 a 60 dias.
Por que fazer o teste de AIDS
Saber do contágio pelo HIV precocemente aumenta a expectativa de vida do soropositivo. Quem busca
tratamento especializado no tempo certo e segue as recomendações do médico ganha em qualidade de vida.
Além disso, as mães soropositivas têm 99% de chance de terem filhos sem o HIV se seguirem o tratamento
recomendado durante o pré-natal, parto e pós-parto. Por isso, se você passou por uma situação de risco, como
ter feito sexo desprotegido ou compartilhado seringas, faça o exame!
O diagnóstico da infecção pelo HIV é feito a partir da coleta de sangue. No Brasil, temos os exames laboratoriais e
os testes rápidos, que detectam os anticorpos contra o HIV em até 30 minutos, colhendo uma gota de sangue da
ponta do dedo. Esses testes são realizados gratuitamente pelo Sistema Único de Saúde (SUS), nas unidades da
rede pública e nos Centros de Testagem e Aconselhamento - CTA. Os exames podem ser feitos inclusive de forma
anônima. Nesses centros, além da coleta e da execução dos testes, há um processo de aconselhamento, antes e
depois do teste, para facilitar a correta interpretação do resultado pelo paciente. Também é possível saber onde
fazer o teste pelo Disque Saúde (136).
A infecção pelo HIV pode ser detectada com, pelo menos, 30 dias a contar da situação de risco. Isso porque o
exame (o laboratorial ou o teste rápido) busca por anticorpos contra o HIV no sangue. Esse período é chamado
de janela imunológica.
Resultados falso-positivos
Alguns dos exames existentes no Brasil para diagnosticar a infecção pelo HIV buscam anticorpos
anti-HIV nas amostras de sangue. Apesar de sua eficácia, podem apresentar resultados falso-
positivos em alguns casos. Por isso, é importante o paciente se submeter a um novo teste.
Especialistas de laboratórios identificaram alguns fatores que interferem no resultado dos
exames. São eles: Vacina contra influenza A H1N1; artrite reumatoide; doenças autoimunes
(lúpus eritematoso sistêmico, doenças do tecido conectivo e esclerodermia); colangite
esclerosante primaria; terapia cm interfone em pacientes hemodialisados; síndrome de Stevens-
Johnson; anticorpo antimicrossomal; anticorpos HLA (classe I e II); infecção viral aguda;
aquisição passiva de anticorpos anti-HIV (de mãe para filho); tumores malignos; outras
retroviroses; múltiplas transfusões de sangue; anticorpo antimúsculo liso.
Tipos de exame
Testes de laboratório: Teste Elisa É o mais realizado para diagnosticar a doença. Nele, profissionais de laboratório
buscam por anticorpos contra o HIV no sangue do paciente. Se uma amostra não apresentar nenhum anticorpo, o
resultado negativo é fornecido para o paciente. Caso seja detectado algum anticorpo anti-HIV no sangue, é
necessária a realização de outro teste adicional, o teste confirmatório. Isso porque os exames podem dar falso
positivos. Nesse caso, faz-se uma confirmação com a mesma amostra e o resultado definitivo é informado ao
paciente. Se o resultado for positivo, o paciente será informado e chamado para mais um teste com uma amostra
diferente. Esse é apenas um procedimento padrão para que mesmo não tenha nenhuma dúvida da sua sorologia. O
Elisa é feito com uma placa d plástico que contém proteínas do HIV absorvidas ou fixadas nas cavidades em que
cada amostra de soro ou plasma (que são frações de sangue) será adicionada. Após uma sequência de etapas, em
que são adicionados diferentes tipos de reagentes, o resultado é fornecido por meio de leitura óptica, em um
equipamento denominado leitora de Elisa.
Teste western blot: De custo elevado, o western blot é confirmatório, ou seja, indicado em casos de resultado
positivo no teste Elisa. Nele, os profissionais do laboratório procuram fragmentos do HIV, vírus causador da aids.
Para a realização do Western Blot, utiliza-se uma tira de nitrocelulose em que serão fixadas proteínas do HIV. O soro
ou plasma do paciente é adicionado, ficando em contato com a tira de nitrocelulose. Depois da adição de vários
tipos de reagentes, o resultado é fornecido por meio de leitura visual, pelo profissional do laboratório.
Tipos de exame
Teste de imunofluorescência indireta para o HIV-1: Também confirmatório, o teste de
imunofluorescência indireta para o HIV-1 permite detectar os anticorpos anti-HIV. Nele, o soro
ou plasma do paciente é adicionado a uma lâmina de vidro que contém células infectadas com o
HIV, fixadas nas cavidades. Após uma sequencia de etapas, em que são adicionados diferentes
tipos de reagentes, o resultado é fornecido por meio da leitura em um microscópio de
imunofluorescência.
Teste Rápido: Possui esse nome, pois permitem a detecção de anticorpos anti-HIV na amostra
de sangue do paciente em até 30 minutos. Por isso, pode ser realizado no momento da consulta.
Os testes rápidos permitem que o paciente, no mesmo momento que faz o teste tenha
conhecimento do resultado e receba o aconselhamento pré e pós-teste. O teste rápido é
preferencialmente adotado em populações que moram em locais de difícil acesso, em gestantes
que não fizeram o acompanhamento no pré-natal e em situações de acidentes no trabalho.
Tratamento
A AIDS não tem cura, mas os portadores do HIV dispõem de tratamento oferecido gratuitamente
pelo Governo. Ao procurar ajuda médica, em um dos hospitais especializados em DST/AIDS, o
paciente terá acesso ao tratamento antirretroviral. Os objetivos do tratamento são prolongar a
sobrevida e melhorar a qualidade de vida do paciente com AIDS, pela redução da carga viral e
reconstituição do sistema imunológico. O atendimento é garantido pelo SUS, por meio de ampla
rede de serviços. O Brasil distribui 15 medicamentos antirretrovirais na rede pública de saúde.
Esses medicamentos retardam o aparecimento da AIDS e possibilitam maior qualidade de vida
ao portador do vírus. Os antirretrovirais agem na redução da carga viral e na reconstituição do
sistema imunológico.
Contágio
Como o HIV, vírus causador da aids, está presente no sangue, sêmen, secreção vaginal e leite
materno, a doença pode ser transmitida de várias formas: Sexo sem camisinha - pode ser
vaginal, anal ou oral; de mãe infectada para o filho durante a gestação, o parto ou a
amamentação - também chamado de transmissão vertical; uso da mesma seringa ou agulha
contaminada por mais de uma pessoa; transfusão de sangue contaminado com o HIV;
instrumentos que furam ou cortam, não esterilizados.
Evitar a doença não é difícil. Basta usar camisinha em todas as relações sexuais e não
compartilhar seringa, agulha e outro objeto cortante com outras pessoas. O preservativo está
disponível na rede pública de saúde.
Medicamentos
São 19 tipo de drogas indicadas para inibir o avanço do vírus HIV sobre as células CD4 do sistema
imunológico. Os compostos e a dosagem variam de acordo com o estágio da doença. Um
paciente em fase inicial da Aids toma três medicamentos por dia, mas a conta pode triplicar se
ele estiver muito debilitado. Os medicamentos são: Tenofovir que inibe a alteração de DNA
celular pelo HIV. Foi aprovado em 2001, nos EUA, e passou a ser disponibilizado pelo SUS
brasileiro em 2003. Em 2010, um gel vaginal com tenofovir foi testado em mulheres africanas,
mostrando-se eficaz na redução do contágio. Lamivudina: Serve para evitar que o RNA do vírus
se integre ao DNA celular e foi aprovado em 1995 para atuar em conjunto com a zidovudina
(AZT). Começou a ser oferecido pelo SUS em 1999. Dá-se preferência para a terapia conjunta, já
que a combinação entre os dois remédios aumentou o êxito do tratamento. Darunavir: Esse
medicamento atua inibindo uma enzima chamada protease, interrompendo a produção de
novas células infectadas com o vírus.
Medicamentos
Mas pode provocar efeitos colaterais como náusea e dores de cabeça. Raltegravir: Este é um
inibidor de integrase. Ele impede que o material genético do vírus se ligue ao da célula. É um
remédio relativamente novo, aprovado em 2007. Em dezembro de 2011, seu uso foi autorizado
para o tratamento de pacientes de 2 a 18 anos. Entre os feitos colaterais, estão diarreia, náuseas
e fadiga. Ritonavir: Também é um inibidor de protease que deve ser ingerido a cada 12h. Para
potencializar o tratamento, o paciente deve tentar ter a vida mais saudável possível, evitando
álcool, fumo e outras drogas que possam interferir na ação dos medicamentos do coquetel.
Enfuvirtida: É um inibidor de fusão, impedindo a entrada do HIV em uma célula sadia. A droga é
dissolvida em água e administrada por via subcutânea (por baixo da pele), com uma injeção na
barriga, no braço ou na perna. Sugere-se que seja aplicada em áreas com mais gordura, para
evitar dor e reações alérgicas.
Ação do governo no controle da doença
O ministro da Saúde, Humberto Costa, anunciou nesta segunda-feira um conjunto de medidas
para melhorar a prevenção e controle da Aids no país até 2006, entre elas a ampliação, em
170%, do número de municípios que recebem recursos federais para ações contra a doença. O
Ministério da Saúde repassará R$ 100 milhões por ano aos municípios até 2006.
Outra meta é reduzir o número de casos de Aids dos atuais 15 por 100 mil habitantes/ano para
10. Para isso, o governo incentivará o uso de preservativos, fazendo com que o consumo anual
de 550 milhões aumente para 1,2 bilhão. Deverá priorizar a atenção à população de baixa renda,
mulheres, jovens e população vulnerável.
E pretende aumentar em 1,5 vez o número de exames de diagnóstico do HIV por ano, além de
reduzir o índice de mortalidade por Aids de 50% para 35% e garantir 100% de tratamento para
gestantes HIV positivas.
Pesquisas recentes
Pesquisadores vão testar em macacos uma vacina brasileira contra o vírus HIV, a partir do
segundo semestre, informou uma nota da Fundação de Amparo à Pesquisa do Estado de São
Paulo (Fapesp).
A previsão é que os experimentos durem 24 meses, e o objetivo é encontrar um método de
imunização mais eficaz contra a Aids para ser usado em seres humanos.
O imunizante contido na vacina foi desenvolvido e patenteado por cientistas da Faculdade de
Medicina da USP, e batizado de HIVBr18. O projeto teve início em 2001 e foi desenvolvido por
três pesquisadores - Edecio Cunha Neto, Jorge Kalil e Simone Fonseca.
Pesquisas recentes
Cientistas divulgaram nesta quarta-feira que uma vacina experimental contra a aids conseguiu livrar um
grupo de animais do vírus da imunodeficiência símia (SIV, similar à "versão" humana, o HIV). Além disso, o
resultado se mostrou persistente: alguns dos animais já estão há três anos sem sinais do SIV e isso, afirmam
os cientistas, pode persistir por toda a vida deles. O estudo foi divulgado na revista especializada Nature.
Os cientistas usaram uma versão mais agressiva do SIV para infectar um grupo de macacos-rhesus. Após a
doença se manifestar, os animais foram vacinados e metade deles não teve melhoras, mas os demais foram
"curados funcionalmente", ou seja, não têm traços detectáveis do vírus no corpo.
Os cientistas explicam que a diferença dessa substância é que ela usa um vírus (citamegalovirus, conhecido
como CMV) para "entregar" a vacina ao corpo. "Ela usa um agente persistente (CMV) como vetor da vacina.
O CMV persiste indefinitivamente no corpo em níveis muito pequenos (...) o que provê estimulação
antigênica suficiente para o sistema imunológico manter altas frequências de células T diferenciadas. Para
usar uma analogia militar, este nível de estimulação imunológica é o suficiente para manter armados
soldados anti-SIV patrulhando todos os tecidos nos quais células infectadas pelo SIV possam estar", diz
ao Terra Louis Picker, da Universidade da Oregon Health & Science University, nos Estados Unidos.
Situação atual da doença no Brasil
A situação da aids no Brasil é hoje bem diferente do que era durante a década de 80. As
primeiras notícias a retratavam como uma doença restrita a grupos de risco (principalmente
homossexuais e usuários de drogas) e que dificilmente chegaria a grandes grupos da população.
Hoje, a aids já está espalhada por todo o País: 1.552, dos 5.559 municípios brasileiros,
notificaram pelo menos um caso da doença no período 99/2000, sendo que a maioria destes
municípios tem população menor ou igual a 50 mil habitantes. O "grupo" mais afetado também
mudou: de acordo com dados do Ministério da Saúde, a transmissão da aids tem sido
predominantemente heterossexual.
Situação atual da doença no mundo
A quantidade de mortes provocadas pelo vírus da Aids no mundo caiu pelo quinto ano
consecutivo em 2011, estabelecendo-se em 1,7 milhão (queda de 5,6%), anunciou nesta terça-
feira o Programa Conjunto das Nações Unidas sobre o HIV/Aids (Unaids) em seu relatório anual
de 2012.
A quantidade de pessoas infectadas registrou, no entanto, um leve aumento, com 34 milhões de
pessoas em 2011, contra 33,5 milhões em 2010, afirmou o Unaids. "No ano de 2011, 1,7 milhão
de pessoas faleceram por causas relacionadas à Aids em todo o mundo, 24% a menos de mortes
que em 2005", indicou a ONU.
Campanhas de prevenção
A campanha de prevenção às doenças sexualmente transmissíveis (DSTs) e Aids do carnaval
deste ano será estendida a todos os grandes eventos e festas populares, como São João e a Copa
do Mundo. Com o slogan “Se tem festa, festaço ou festinha, tem que ter camisinha”, a
mobilização pretende alertar para a prevenção nos momentos de divertimento.
O reforço da importância do uso do preservativo durante as festas realizadas anualmente em
todo o Brasil é um dos focos da campanha. São dois filmes: o primeiro fala de festas, mas não se
restringe ao carnaval e será usado durante todo o ano. Este filme mostra imagens com os
principais eventos que irão acontecer nas mais diversas regiões do Brasil, como a Copa do
Mundo, o carnaval, festas juninas, parada gay, entre outros. O segundo filme é sobre o
personagem Juca, que apresenta situações divertidas para todos os tipos de festas e ocasiões,
com enfoque no uso da camisinha.

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Resumo tudo sobre AIDS

  • 1. AIDS ALUNAS: ANA PAULA REIS, LETICIA GORDON, MARIANA FERNANDA E NATACHA AGATA
  • 2. História da AIDS Ela surgiu a partir de um vírus chamado SIV, encontrado no sistema imunológico dos chimpanzés e do macaco-verde africano. Apesar de não deixar esses animais doentes, o SIV é um vírus altamente mutante, que teria dado origem ao HIV, o vírus da aids. O SIV presente no macaco-verde teria criado o HIV2, uma versão menos agressiva, que demora mais tempo para provocar a aids. Já os chimpanzés deram origem ao HIV1, a forma mais mortal do vírus. "É provável que a transmissão para o ser humano, tanto do HIV1 como do HIV2, aconteceu em tribos da África central que caçavam ou domesticavam chimpanzés e macacos-verdes", diz o infectologista Jacyr Pasternak, do Hospital Beneficência Portuguesa, em São Paulo. Não há consenso sobre a data das primeiras transmissões. O mais provável, porém, é que tenham acontecido por volta de 1930. Nas décadas seguintes, a doença teria permanecido restrita a pequenos grupos e tribos da África central, na região ao sul do deserto do Saara. Nas décadas de 60 e 70, durante as guerras de independência, a entrada de mercenários no continente começou a espalhar a aids pelo mundo. Haitianos levados para trabalhar no antigo Congo Belga (hoje República Democrática do Congo) também ajudaram a levar a doença para outros países. "Entre 1960 e 1980 surgiram diversos casos de doenças que ninguém sabia explicar, com os pacientes geralmente apresentando sarcoma de Kaposi, um tipo de câncer, e pneumonia", diz a epidemiologista Cássia Buchalla, da Universidade de São Paulo (USP). A aids só foi finalmente identificada em 1981.
  • 3. O que é AIDS AIDS é uma doença que ataca o sistema imunológico devido à destruição dos glóbulos brancos (linfócitos T CD4+). A AIDS é considerada um dos maiores problemas da atualidade pelo seu caráter pandêmico (ataca ao mesmo tempo muitas pessoas numa mesma região) e sua gravidade.
  • 4. Ação do vírus HIV A infecção da AIDS se dá pelo HIV, vírus que ataca as células do sistema imunológico, destruindo os glóbulos brancos (linfócitos T CD4+). A falta desses linfócitos diminui a capacidade do organismo de se defender de doenças oportunistas, causadas por microrganismos que normalmente não são capazes de desencadear males em pessoas com sistema imune normal.
  • 5. Sintomas e fases da AIDS Os primeiros fenômenos observáveis para AIDS são fraqueza, febre, emagrecimento, diarreia prolongada sem causa aparente. Na criança que nasce infectada, os efeitos mais comuns são problemas nos pulmões, diarreia e dificuldades no desenvolvimento. Fase sintomática inicial da AIDS: candidíase oral, sensação constante de cansaço, aparecimento de gânglios nas axilas, virilhas e pescoço, diarreia, febre, fraqueza orgânica, transpirações noturnas e perda de peso superior a 10%. Infecção aguda da Aids: sintomas de infecção viral como febre, afecções dos gânglios linfáticos, faringite, dores musculares e nas articulações; ínguas e manchas na pele que desaparecem após alguns dias; feridas na área da boca, esôfago e órgãos genitais; falta de apetite; estado de prostração; dores de cabeça; sensibilidade à luz; perda de peso; náuseas e vômitos.
  • 6. Janela imunológica Janela imunológica é o tempo entre a infecção por uma vírus e o desenvolvimento de elementos de defesa chamados anticorpos. A maior parte dos exames detecta esses anticorpos no sangue: se há anticorpos, há o vírus. Para o HIV, a janela imunológica é de 30 a 60 dias.
  • 7. Por que fazer o teste de AIDS Saber do contágio pelo HIV precocemente aumenta a expectativa de vida do soropositivo. Quem busca tratamento especializado no tempo certo e segue as recomendações do médico ganha em qualidade de vida. Além disso, as mães soropositivas têm 99% de chance de terem filhos sem o HIV se seguirem o tratamento recomendado durante o pré-natal, parto e pós-parto. Por isso, se você passou por uma situação de risco, como ter feito sexo desprotegido ou compartilhado seringas, faça o exame! O diagnóstico da infecção pelo HIV é feito a partir da coleta de sangue. No Brasil, temos os exames laboratoriais e os testes rápidos, que detectam os anticorpos contra o HIV em até 30 minutos, colhendo uma gota de sangue da ponta do dedo. Esses testes são realizados gratuitamente pelo Sistema Único de Saúde (SUS), nas unidades da rede pública e nos Centros de Testagem e Aconselhamento - CTA. Os exames podem ser feitos inclusive de forma anônima. Nesses centros, além da coleta e da execução dos testes, há um processo de aconselhamento, antes e depois do teste, para facilitar a correta interpretação do resultado pelo paciente. Também é possível saber onde fazer o teste pelo Disque Saúde (136). A infecção pelo HIV pode ser detectada com, pelo menos, 30 dias a contar da situação de risco. Isso porque o exame (o laboratorial ou o teste rápido) busca por anticorpos contra o HIV no sangue. Esse período é chamado de janela imunológica.
  • 8. Resultados falso-positivos Alguns dos exames existentes no Brasil para diagnosticar a infecção pelo HIV buscam anticorpos anti-HIV nas amostras de sangue. Apesar de sua eficácia, podem apresentar resultados falso- positivos em alguns casos. Por isso, é importante o paciente se submeter a um novo teste. Especialistas de laboratórios identificaram alguns fatores que interferem no resultado dos exames. São eles: Vacina contra influenza A H1N1; artrite reumatoide; doenças autoimunes (lúpus eritematoso sistêmico, doenças do tecido conectivo e esclerodermia); colangite esclerosante primaria; terapia cm interfone em pacientes hemodialisados; síndrome de Stevens- Johnson; anticorpo antimicrossomal; anticorpos HLA (classe I e II); infecção viral aguda; aquisição passiva de anticorpos anti-HIV (de mãe para filho); tumores malignos; outras retroviroses; múltiplas transfusões de sangue; anticorpo antimúsculo liso.
  • 9. Tipos de exame Testes de laboratório: Teste Elisa É o mais realizado para diagnosticar a doença. Nele, profissionais de laboratório buscam por anticorpos contra o HIV no sangue do paciente. Se uma amostra não apresentar nenhum anticorpo, o resultado negativo é fornecido para o paciente. Caso seja detectado algum anticorpo anti-HIV no sangue, é necessária a realização de outro teste adicional, o teste confirmatório. Isso porque os exames podem dar falso positivos. Nesse caso, faz-se uma confirmação com a mesma amostra e o resultado definitivo é informado ao paciente. Se o resultado for positivo, o paciente será informado e chamado para mais um teste com uma amostra diferente. Esse é apenas um procedimento padrão para que mesmo não tenha nenhuma dúvida da sua sorologia. O Elisa é feito com uma placa d plástico que contém proteínas do HIV absorvidas ou fixadas nas cavidades em que cada amostra de soro ou plasma (que são frações de sangue) será adicionada. Após uma sequência de etapas, em que são adicionados diferentes tipos de reagentes, o resultado é fornecido por meio de leitura óptica, em um equipamento denominado leitora de Elisa. Teste western blot: De custo elevado, o western blot é confirmatório, ou seja, indicado em casos de resultado positivo no teste Elisa. Nele, os profissionais do laboratório procuram fragmentos do HIV, vírus causador da aids. Para a realização do Western Blot, utiliza-se uma tira de nitrocelulose em que serão fixadas proteínas do HIV. O soro ou plasma do paciente é adicionado, ficando em contato com a tira de nitrocelulose. Depois da adição de vários tipos de reagentes, o resultado é fornecido por meio de leitura visual, pelo profissional do laboratório.
  • 10. Tipos de exame Teste de imunofluorescência indireta para o HIV-1: Também confirmatório, o teste de imunofluorescência indireta para o HIV-1 permite detectar os anticorpos anti-HIV. Nele, o soro ou plasma do paciente é adicionado a uma lâmina de vidro que contém células infectadas com o HIV, fixadas nas cavidades. Após uma sequencia de etapas, em que são adicionados diferentes tipos de reagentes, o resultado é fornecido por meio da leitura em um microscópio de imunofluorescência. Teste Rápido: Possui esse nome, pois permitem a detecção de anticorpos anti-HIV na amostra de sangue do paciente em até 30 minutos. Por isso, pode ser realizado no momento da consulta. Os testes rápidos permitem que o paciente, no mesmo momento que faz o teste tenha conhecimento do resultado e receba o aconselhamento pré e pós-teste. O teste rápido é preferencialmente adotado em populações que moram em locais de difícil acesso, em gestantes que não fizeram o acompanhamento no pré-natal e em situações de acidentes no trabalho.
  • 11. Tratamento A AIDS não tem cura, mas os portadores do HIV dispõem de tratamento oferecido gratuitamente pelo Governo. Ao procurar ajuda médica, em um dos hospitais especializados em DST/AIDS, o paciente terá acesso ao tratamento antirretroviral. Os objetivos do tratamento são prolongar a sobrevida e melhorar a qualidade de vida do paciente com AIDS, pela redução da carga viral e reconstituição do sistema imunológico. O atendimento é garantido pelo SUS, por meio de ampla rede de serviços. O Brasil distribui 15 medicamentos antirretrovirais na rede pública de saúde. Esses medicamentos retardam o aparecimento da AIDS e possibilitam maior qualidade de vida ao portador do vírus. Os antirretrovirais agem na redução da carga viral e na reconstituição do sistema imunológico.
  • 12. Contágio Como o HIV, vírus causador da aids, está presente no sangue, sêmen, secreção vaginal e leite materno, a doença pode ser transmitida de várias formas: Sexo sem camisinha - pode ser vaginal, anal ou oral; de mãe infectada para o filho durante a gestação, o parto ou a amamentação - também chamado de transmissão vertical; uso da mesma seringa ou agulha contaminada por mais de uma pessoa; transfusão de sangue contaminado com o HIV; instrumentos que furam ou cortam, não esterilizados. Evitar a doença não é difícil. Basta usar camisinha em todas as relações sexuais e não compartilhar seringa, agulha e outro objeto cortante com outras pessoas. O preservativo está disponível na rede pública de saúde.
  • 13. Medicamentos São 19 tipo de drogas indicadas para inibir o avanço do vírus HIV sobre as células CD4 do sistema imunológico. Os compostos e a dosagem variam de acordo com o estágio da doença. Um paciente em fase inicial da Aids toma três medicamentos por dia, mas a conta pode triplicar se ele estiver muito debilitado. Os medicamentos são: Tenofovir que inibe a alteração de DNA celular pelo HIV. Foi aprovado em 2001, nos EUA, e passou a ser disponibilizado pelo SUS brasileiro em 2003. Em 2010, um gel vaginal com tenofovir foi testado em mulheres africanas, mostrando-se eficaz na redução do contágio. Lamivudina: Serve para evitar que o RNA do vírus se integre ao DNA celular e foi aprovado em 1995 para atuar em conjunto com a zidovudina (AZT). Começou a ser oferecido pelo SUS em 1999. Dá-se preferência para a terapia conjunta, já que a combinação entre os dois remédios aumentou o êxito do tratamento. Darunavir: Esse medicamento atua inibindo uma enzima chamada protease, interrompendo a produção de novas células infectadas com o vírus.
  • 14. Medicamentos Mas pode provocar efeitos colaterais como náusea e dores de cabeça. Raltegravir: Este é um inibidor de integrase. Ele impede que o material genético do vírus se ligue ao da célula. É um remédio relativamente novo, aprovado em 2007. Em dezembro de 2011, seu uso foi autorizado para o tratamento de pacientes de 2 a 18 anos. Entre os feitos colaterais, estão diarreia, náuseas e fadiga. Ritonavir: Também é um inibidor de protease que deve ser ingerido a cada 12h. Para potencializar o tratamento, o paciente deve tentar ter a vida mais saudável possível, evitando álcool, fumo e outras drogas que possam interferir na ação dos medicamentos do coquetel. Enfuvirtida: É um inibidor de fusão, impedindo a entrada do HIV em uma célula sadia. A droga é dissolvida em água e administrada por via subcutânea (por baixo da pele), com uma injeção na barriga, no braço ou na perna. Sugere-se que seja aplicada em áreas com mais gordura, para evitar dor e reações alérgicas.
  • 15. Ação do governo no controle da doença O ministro da Saúde, Humberto Costa, anunciou nesta segunda-feira um conjunto de medidas para melhorar a prevenção e controle da Aids no país até 2006, entre elas a ampliação, em 170%, do número de municípios que recebem recursos federais para ações contra a doença. O Ministério da Saúde repassará R$ 100 milhões por ano aos municípios até 2006. Outra meta é reduzir o número de casos de Aids dos atuais 15 por 100 mil habitantes/ano para 10. Para isso, o governo incentivará o uso de preservativos, fazendo com que o consumo anual de 550 milhões aumente para 1,2 bilhão. Deverá priorizar a atenção à população de baixa renda, mulheres, jovens e população vulnerável. E pretende aumentar em 1,5 vez o número de exames de diagnóstico do HIV por ano, além de reduzir o índice de mortalidade por Aids de 50% para 35% e garantir 100% de tratamento para gestantes HIV positivas.
  • 16. Pesquisas recentes Pesquisadores vão testar em macacos uma vacina brasileira contra o vírus HIV, a partir do segundo semestre, informou uma nota da Fundação de Amparo à Pesquisa do Estado de São Paulo (Fapesp). A previsão é que os experimentos durem 24 meses, e o objetivo é encontrar um método de imunização mais eficaz contra a Aids para ser usado em seres humanos. O imunizante contido na vacina foi desenvolvido e patenteado por cientistas da Faculdade de Medicina da USP, e batizado de HIVBr18. O projeto teve início em 2001 e foi desenvolvido por três pesquisadores - Edecio Cunha Neto, Jorge Kalil e Simone Fonseca.
  • 17. Pesquisas recentes Cientistas divulgaram nesta quarta-feira que uma vacina experimental contra a aids conseguiu livrar um grupo de animais do vírus da imunodeficiência símia (SIV, similar à "versão" humana, o HIV). Além disso, o resultado se mostrou persistente: alguns dos animais já estão há três anos sem sinais do SIV e isso, afirmam os cientistas, pode persistir por toda a vida deles. O estudo foi divulgado na revista especializada Nature. Os cientistas usaram uma versão mais agressiva do SIV para infectar um grupo de macacos-rhesus. Após a doença se manifestar, os animais foram vacinados e metade deles não teve melhoras, mas os demais foram "curados funcionalmente", ou seja, não têm traços detectáveis do vírus no corpo. Os cientistas explicam que a diferença dessa substância é que ela usa um vírus (citamegalovirus, conhecido como CMV) para "entregar" a vacina ao corpo. "Ela usa um agente persistente (CMV) como vetor da vacina. O CMV persiste indefinitivamente no corpo em níveis muito pequenos (...) o que provê estimulação antigênica suficiente para o sistema imunológico manter altas frequências de células T diferenciadas. Para usar uma analogia militar, este nível de estimulação imunológica é o suficiente para manter armados soldados anti-SIV patrulhando todos os tecidos nos quais células infectadas pelo SIV possam estar", diz ao Terra Louis Picker, da Universidade da Oregon Health & Science University, nos Estados Unidos.
  • 18. Situação atual da doença no Brasil A situação da aids no Brasil é hoje bem diferente do que era durante a década de 80. As primeiras notícias a retratavam como uma doença restrita a grupos de risco (principalmente homossexuais e usuários de drogas) e que dificilmente chegaria a grandes grupos da população. Hoje, a aids já está espalhada por todo o País: 1.552, dos 5.559 municípios brasileiros, notificaram pelo menos um caso da doença no período 99/2000, sendo que a maioria destes municípios tem população menor ou igual a 50 mil habitantes. O "grupo" mais afetado também mudou: de acordo com dados do Ministério da Saúde, a transmissão da aids tem sido predominantemente heterossexual.
  • 19. Situação atual da doença no mundo A quantidade de mortes provocadas pelo vírus da Aids no mundo caiu pelo quinto ano consecutivo em 2011, estabelecendo-se em 1,7 milhão (queda de 5,6%), anunciou nesta terça- feira o Programa Conjunto das Nações Unidas sobre o HIV/Aids (Unaids) em seu relatório anual de 2012. A quantidade de pessoas infectadas registrou, no entanto, um leve aumento, com 34 milhões de pessoas em 2011, contra 33,5 milhões em 2010, afirmou o Unaids. "No ano de 2011, 1,7 milhão de pessoas faleceram por causas relacionadas à Aids em todo o mundo, 24% a menos de mortes que em 2005", indicou a ONU.
  • 20. Campanhas de prevenção A campanha de prevenção às doenças sexualmente transmissíveis (DSTs) e Aids do carnaval deste ano será estendida a todos os grandes eventos e festas populares, como São João e a Copa do Mundo. Com o slogan “Se tem festa, festaço ou festinha, tem que ter camisinha”, a mobilização pretende alertar para a prevenção nos momentos de divertimento. O reforço da importância do uso do preservativo durante as festas realizadas anualmente em todo o Brasil é um dos focos da campanha. São dois filmes: o primeiro fala de festas, mas não se restringe ao carnaval e será usado durante todo o ano. Este filme mostra imagens com os principais eventos que irão acontecer nas mais diversas regiões do Brasil, como a Copa do Mundo, o carnaval, festas juninas, parada gay, entre outros. O segundo filme é sobre o personagem Juca, que apresenta situações divertidas para todos os tipos de festas e ocasiões, com enfoque no uso da camisinha.