2. O desejo de subir, de alcançar o topo é próprio do ser
humano, que se antes o fazia por necessidade e desafio à
sua própria existência, agora o faz para testar os seus
limites e ver até onde consegue chegar por si e em
relação aos outros.
2
3. o O objetivo geral da escalada é o de conseguir ascender por superfícies quase
verticais, em gelo, rocha ou paredes artificiais construídas propositadamente para a
prática desportiva.
o Não é uma atividade que possa ser considerada dispendiosa, exigindo sim muito
esforço, concentração, capacidade de resistência, grande controlo mental, grande
conhecimento e controle corporal, bem como uma boa capacidade de visualização
imagética para movimentos sequenciais.
É o desenvolver a capacidade de ultrapassar as nossas dificuldades, de conhecer os nossos limites.
4. Na origem, a escalada aparece
como uma atividade derivada
do montanhismo e utilizada
como treino para corridas
de alpinismo.
A escalada como prática
desportiva aparece no século
XIX em Dresden na Alemanha
de Leste, e no ("Lake District")
na Inglaterra.
5. Durante um século o material evolui ao ritmo da capacidade do escalador e vice-
versa e a cada época corresponde uma classificação do nível de dificuldade.
Existem várias escalas de graduação sendo as mais conhecidas as escalas
de Fontainebleau e de Hueco Tanks.
Na primeira a classificação progrediu da seguinte maneira:
1913: nível 5;
1917: nível 6;
1970: nível 7;
1983: nível 8;
1991: nível 9.
O aparecimento das muros de escalada a partir de 1960 um real impulso ao
conhecimento desta prática como à sua evolução desta disciplina.
6. DEFINIÇÃO/ CONCEITO
A ESCALADA DEPORTIVA
CONSISTE EM SUBIR POR
PAREDES SEJAM ELAS DE
ROCHA NATURAL OU
ARTIFICIAL, DE FORMA
SEGURA E COM AS TUAS
PRÓPRIAS FORÇAS.
7. Meio natural Meio artificial
É quando se progride por
uma parede de rocha
apoiando-se somente nas
agarras naturais da pedra.
Os equipamentos que são
utilizados nessas condições
apenas servem para proteger
os escaladores de um acidente.
Nesse tipo de escalada, é
preciso bastante equilíbrio
psicológico, dependendo das
dificuldades encontradas na
rocha.
Justifica-se por ser quando não há
possibilidades para a escalada em meio
natural e o escalador emprega meios
não naturais para sua progressão.
Durante a subida o escalador vai
colocando os seus pontos de segurança
na rocha com dispositivos especiais,
por onde faz correr a corda que o
segurará..
A utilização de meios não naturais
para alcançar o cume justifica-se
apenas para aumentar as
possibilidades do escalador.
8. Escalada em livre tradicional
Escalada desportiva
Escalada desportiva em estruturas
artificiais
Escalada desportiva de competição
Progressão artificial em rocha
Big Wall
Escalada alpina
Alta Montanha
Cascatas em gelo
Boulder
9. O boulder é uma das modalidades da escalada em rocha, praticada sem o uso dos
equipamentos de segurança como cordas e mosquetões. Este desporte consiste em
escalar pequenos blocos de pedras, geralmente com altura entre dois e cinco metros,
onde são utilizadas habilidades como equilíbrio e força muscular. Os movimentos para
finalizar o boulder (ou escalada em bloco) são geralmente de extrema dificuldade
técnica e força
Boulder
14. o Quando se progride por uma parede de rocha apoiando-se somente nas
agarras naturais da pedra, podemos dizer que fazemos uma escala em
livre. Os equipamentos que são utilizados nessas condições apenas servem
para proteger os escaladores de um acidente, mas de forma alguma os
ajudam a subir a rocha.
o A escalada desportiva acontece em condições mais simples e seguras,
o que permite ao escalador preocupar-se apenas com o seu
desempenho físico.
o Nessa modalidade, compõem a via: proteções fixas que sejam
próximas e de alta qualidade, com fácil acesso e boa ancoragem para o
segurador. As vias normalmente são curtas e possuem alto grau de
dificuldade.
14
15. É uma derivação da escalada em rocha.
É uma forma de treinar os alpinistas nas cidades para escalar
montanhas. Na Europa e nos Estados Unidos é possível encontrar
muitos ginásios de escalada desportiva, frequentados pelos atletas
que buscam as montanhas e também por aqueles que nunca
chegarão a escalar uma rocha de verdade, mas são apaixonados
pelo desporto.
16. Foi na década de 60 que aconteceram as primeiras
competições de escalada, na Ucrânia.
As provas eram de velocidade e aconteciam em rochas
naturais. Com a criação dos muros artificiais, as competições
foram levadas para as praças públicas e os ginásios.
16
17. Nessa modalidade é necessário ter equipamentos para progredir numa via,
o contrário do que acontece numa escalada em livre. As vias são mais
difíceis e exigem equipamento adequado.
Os grampos são bastante utilizados, além de uma incrível parafernália
especializada para todo o tipo de situação. Para o escalador, fica o desafio
de levar a menor quantidade possível de equipamentos para uma
aventura.
18. Uma Big Wall acontece quando uma equipa é obrigada a passar pelo
menos uma noite no meio de uma escalada (no meio de uma parede). É
um misto de escalada livre e artificial e exige muita técnica e experiência
dos participantes.
Para uma Big Wall, é preciso içar muitos equipamentos parede acima,
além de água, alimentos, barracas, sacos de dormir.
19. A escalada alpina acontece em paredes inóspitas e de difícil acesso em
clima severo.
Os escaladores são muito exigidos e precisam ter conhecimento
acumulado de escalada em rocha e gelo, metereóloga, logística e travessia
de glaciares.
19
20. Uma cascata de gelo aparece no inverno de países gelados, quando uma
queda de água congela, encantando turistas e alpinistas.
Para aventurar-se nessa escalada, é preciso muita experiência, técnica, boa
preparação física, conhecimento e controle psicológico.
21. O bouldering acontece sobre rochas a pouca altura do chão. Uma sequência de
movimentos vigorosos e difíceis acontece sem a utilização de cordas de proteção.
Essa modalidade está muito disseminada entre os escaladores modernos e pode
atingir altos graus de dificuldade, tornando-se uma atividade emocionante e
desafiadora.
Colchões podem ser usados para proteger o escalador de uma possível queda.
http://www.youtube.com/watch?v=MsauN_Txwbw
23. Equipamento básico
o Arnês ou baudrier
o Pés de gato
o Magnésio
o Saco de magnésio (carregado a
cintura)
o Mosquetão
o Anel de cordino
o Plaqueta
o Capacete
Equipamento coletivo
o Cordas dinâmicas
o Fitas e cordeletes
o Gri-Gri
o o «oito»
25. o Uma espécie de cinto revestido que amarra o corpo do escalador à corda,
de modo a que em caso de queda esta seja protegida, evitando lesões ou
pressões irregulares no corpo (deve ser escolhido algo justo e nunca
folgado);
o Sapatos firmes e ajustados ao pé. São indispensáveis, porque a força de
braços é secundária e a aderência dos pés é muito importante. Em geral
são comprados dois números abaixo do calçado normal. Isto permite que
o sapato não dobre nas pequenas fendas e se mantenha rijo contra a
rocha.
Equipamento básicoEquipamento básico
26. Para evitar a humidade das mãos e facilitar a sua aderência às paredes;
Para transportar o magnésio, para poder ser usado durante a subida;
27. Tem função de elo de ligação e não é mais do que uma peça metálica em
forma de aro com um troço de abertura em mola a fim de se proceder à
fixação e fecho. Um mosquetão de segurança leva um dispositivo roscado
ou de fecho automático que não permite que se abra inadvertidamente.
o Cordino com 7 mm de diâmetro e 1,80 m de
comprimento, fechado em anel, com nó de
pescador.
o É usado com o “nó de Machard” como
segurança no rapel.
28. EQUIPAMENTO DE ESCALADA
Os OITOS ou DESCENSORES são
aparelhos que permitem segurar
o escalador. Se sofrer uma queda,
permite-nos ajustar/(esticar) a
corda para que não caia mais do
que o necessário.
O uso do oito está generalizado
como aparelho de segurança, mas
na realidade, trata-se de um
aparelho para descer e não para
segurança.
As CINTAS EXPRESS consistem num troço
de cinta de com um mosquetão em cada
extremo. Costumam vender-se já
preparadas. Um dos mosquetões
costuma ter uma peça de borracha, para
impedir que se voltem ao passar a corda
por ele. Este mosquetão costuma ter o
fecho curvo, para facilitar a operação.
As CINTAS EXPRESS para escalada
desportiva costumam ter 10 ou 15 cm,
apesar de na escalada clássica se usarem
de diferentes tamanhos.
O 8 (oito)
CINTAS
EXPRESS
29. Chapa de metal (aço, alumínio, inox),
dobrada em L, com dois orifícios. Um
orifício está preso à parede por um
parafuso, o outro orifício serve para passar
o mosquetão, como ponto de segurança.
Uma protecção indispensável, que protege
a cabeça do escalador, da queda de
pequenas pedras ou outros objectos.
30. São elásticas de forma a absorver grande parte da energia,
para que no caso de uma queda o corpo não sofra esticões
que provoquem lesões na coluna;
Para estabelecer pontos de segurança à medida que o
escalador ascende (assegurando pontos seguros a várias
alturas, evitando as quedas graves);
EQUIPAMENTO COLETIVOEQUIPAMENTO COLETIVO
31. EQUIPAMENTO DE ESCALADA
Estáticas
Estas não apresentam nenhum tipo de elasticidade, pelo
impacto da queda é absorbido tanto pelo arnês como pelo
escalador.
São mais resistentes à abrasão, o que as faz ideais para escalar
yoyo (*)
* - “YO-YO” que se realiza com a corda passada pelo TOP-ROPE no final do muro e
seguro pelo companheiro/ Segurança no chão.
Dinâmicas
São as mais recomendadas para escalar devido à sua
capacidade elástica nas quedas ou para suportar cargas. Esta
capacidade permite que o impacto, em caso de queda, seja
absorvido pela corda não pelo escalador/ arnês.
Se o escalador escalar de forma intensa deve trocar as suas
cordas anualmente, se o fazes medianamente podes realizá-lo
a cada 3 anos.
CORDAS
32. Aparelho mecânico criado para dar segurança. O seu funcionamento é
semelhante ao dos cintos de segurança dos automóveis;
Serve para provocar atrito na corda. O seu funcionamento é idêntico ao do
Gri-Gri, mas não é automático requer ação do escalador;
33. 1.Encordoar com nó de oito;
2. Passar sempre pelo arnês;
3. Verificar visualmente o nó.
Nunca encordoar a um mosquetão de seguro no arnês.
40. TÉCNICAS DE ESCALADA
Consiste básicamente em dois grandes grupos de
elementos: o movimiento individual/ pessoal/ e o
movimiento de corda.
No movimento individual/ pessoal é imprescindível
manter o equilíbrio dentro da parede (ou perdê-lo
propositadamente para o recuperar com rapidez), para o
qual é muito útil:
1.Manter sempre três pontos de apoio na rocha/ muro.
2.Não cruzar os pés.
41. TÉCNICAS DE ESCALADA
3.Não perder, dentro do possível, a
verticalidade do corpo.
4.Facer recair a maior parte do
trabalho nos pés e nas pernas.
5.Realizar todos os movimentos
duma maneira estática, quer dizer,
que não sejam bruscos.
42. Utilizar os pés para o movimento através da parede, e
não as mãos.
Usar os pés corretamente é uma técnica de escalada
importante a dominar. Os pés não fazem “ruído” ao subir.
Caída de Joelho. Rodar a anca para a parede/ muro. O
joelho mais próximo roda para baixo. Esta técnica de
escalada aproximará o centro de gravidade para a parede.
Com o centro de gravidade mais próximo da parede chega
a ser possível subir superfícies quase verticais.
Movimento Dinâmico. Esta técnica é necessária se não se
consegue alcançar a posição/ apoio seguinte da presa.
TÉCNICAS DE ESCALADA
43. ASPECTOS TÁCTICOS
Muito importante ter em conta certos aspetos como:
Antecipação do percurso.
Mosqueteio: Seleção dos mosquetões.
Ritmo de escalada.
Memorização.
Decisão.
Reorganização do percurso no solo.
Reorganização em situação de prova.
44. Pode-se graduar utilizando distintos sistemas métricos.
Estes sistemas variam segundo a região (francesa,
yosemite, inglesa,.. etc.) ou o tipo de escalada (livre,
artificial, no gelo, psicobloc).
Em Espanha o sistema mais habitual para a escalada
em rocha é uma mistura da graduação UIAA e da
francesa.
Para las vias de menor dificuldade emprega-se o
sistema UIAA (números romanos do I ao V com + ou -
para afinar mais), para saltar depois à graduação
francesa (6,7,8,9 com sub-índices a, b ou c e um + ou -
para ajustar mais ainda).
OS GRAUS DE DIFICULTADE DE UMA ESCALADA
45. As Pegas
de mão
em presas
Open hand – Mão aberta
A mão aberta com os dedos
esticados e a palma da mão
aderida á presa.
Crimp – Torquês.
A mão fechada com os dedos
apertando a presa e o polegar
apertando contra o dedo
índicador
Pinch – Peinça
Pega que aperta entre o polegar
e os restantes dedos da mão. Presas onde se apoiam as mãos e/ou buracos
e onde se encaixam os dedos para assegurar a
progressão nas presas do muro.
46. Presas de pés
Presas onde o pé se apoia/
encaixa para permitir o avanço
na escalada
Borde interior.
Presa para apoiar a parte
interna do pé.
Permite apoiar ou rodar o
calcanhar para a frente da
rocha.
47. Colocação frontal Colocação frontal externa Colocação frontal interna
Colocação em aderência Colocação com calcanhar Colocação frontal em fenda
48. 48
Tração por dedos Mão em tração invertida
Dedos em aderência Dedos em pinça
50. 50
ConhecimentoConhecimento: dos princípios físicos (fator de queda etc.);
das características do equipamento e da forma de utilização;
Noção: DosNoção: Dos Riscos e de como evitá-los;
Comportamento:Comportamento: Testar sempre alerta para ações/ atitudes
inesperadas; ter atenção aos movimentos do companheiro,
respeito.
A outros escaladores ao redor:A outros escaladores ao redor: comandos padronizados,
reflexão, autocrítica.
SEGURANÇA
51. o Aprender bem o nó de encordoamento do Baudrier à
corda.
o Na rocha usar sempre o capacete.
o Nunca começar a escalar sem avisar o colega que dá
segurança.
o Alertar segurador sempre que a corda esteja folgada ao
iniciar a via.
o Ouvir com atenção as instruções do Professor/ técnico.
Não lhe desobedecer.
51
SEGURANÇA
52. SEGURANÇA
Conhecer as técnicas de
segurança.
Colocar corretamente o arnês.
Saber encordoar-se: unir a
corda ao arnês (no de oito).
Fazer o nó de oito.
53. Descer o companheiro (evitar
uma queda repentina).
Treino de quedas.
Saber deslocar-se entre vias.
Posição correta do
“Segurança”.
SEGURANÇA
54. POSSÍVEIS ERROS NA SEGURANÇA
Não fechar corretamente o arnês.
Erros de comunicação (escalador/
segurança).
Fazer o nó de maneira incorreta.
Posição inadequada do Segurança.
55. 55
Superar o objetivo inicial: subir; atinge outros objetivos como o
desenvolvimento de várias capacidades do ser humano, entre elas a força,
a resistência de força, a agilidade e a flexibilidade.
Além das capacidades físicas e técnicas, como o equilíbrio e a agilidade, a
escalada desportiva desenvolve capacidades mentais nos seus praticantes,
como por exemplo, a paciência e a capacidade de se ler a via, ou seja,
escolher o melhor caminho para se chegar no alto, e a persistência em não
desistir no meio do caminho.
57. FACTORES
TÉCNICA DE ESCALADA: A nossa forma de
escalar.
TÁCTICA: O fazer ou não um plano de ação.
O NOSSO ESTADO FÍSICO: a força, flexibilidade,
etc.
FACTORES EXTERNOS: o clima, tipo de rocha…
ASPECTOS PSICOLÓGICOS: o medo, o excesso
de confiança.
59. É POSSÍVEL ESCALAR
E
CUIDAR DA NATUREZA
Comportamento responsável para com a
natureza:
* Não atirar lixo fora.
* Respeitar as zonas protegidas ou restritas
sobretudo em épocas de nidificação.
* Utilizar os caminhos e trilhos já assinalados, não
usar atalhos.
* Não fazer fogos.
* Conservar a vegetação.
60. 60
A escalada é um desporto procurado por
causa da curiosidade e o radicalismo. Faz
com que as pessoas que sofram de
vertigens, se radicalizem e podem até
perder o medo das alturas.