2. Atividade física de ascensão a uma superfície vertical
natural (rocha, gelo) ou artificial (EAE, edifício, etc.),
sendo possível utilizar ou não, materiais que facilitem a
deslocação do escalador, bem como equipamento de
segurança.
O que é a ESCALADA?
3. • Da necessidade de fugir a predadores refugiando-se em
árvores e zonas altas
• Alguns registos curiosos de presença de antepassados
em locais que pressupõem escaladas exigentes:
• sacrifício de jovens nos Andes
• “enterro” de corpos em falésias
• migrações e utensílios de caça
• Primeiras explorações montanhosas significativas nos
Alpes, no sec. XVIII
• Desde o nascimento que o “trepar” é um instinto natural.
• Ascensões cada vez mais exigentes, com intuito cada
vez mais desportivo
Como nasce a ESCALADA?
4. • Ascensões de cada vez maior dificuldade, por itinerários
rochosos e íngremes
• Desenvolvimento de técnicas de segurança
• Surge uma corrente de escalada livre - free climbing -
dificuldade
• Divisão em duas vertentes: escalada clássica v.s.
desportiva
• Desportiva:
• dificuldade, poder atlético
• segurança controlada ao máximo
• itinerários curtos
• comodidade, competição, estruturas artificiais
Como evoluiu?
5. - Escalada Clássica
- Escalada Desportiva
- Escalada no gelo
- Escalada em Bloco
- Escalada Artificial
- Escalada em Solo
Integral
- Dry-Tooling
- Escalada Urbana
(Building)
Tipos de ESCALADA
6. Que sub modalidades originaram?
Escalada
Desportiva
Clássica
Falésia
Estruturas
Artificiais
Competição
Bloco (boulder)
Grandes vias de
dificuldade
Solo Integral
Escalada Urbana
(buildering)
Dry Tooling
Big Wall
Gelo
Terreno Misto
Solitário
7. Tipos de Escalada:
Escalada de itinerários geralmente
estabelecidos, mas que não se encontram
providos de pontos intermédios de
proteção, sendo necessário a colocação de
proteções móveis (friends e entaladores)
que garantem a segurança do escalador em
caso de queda. Nesta modalidade da
escalada aliam-se a dificuldade do itinerário
à tarefa da colocação do material de
Escalada Clássica
8. Escalada de itinerários previamente equipados com
pontos intermédios de proteção, que garantem a
segurança do escalador em caso de queda. Nesta
disciplina da escalada procuram-se minimizar ao
máximo os risco inerentes à sua prática, de forma a
que a atenção do escalador se concentre na
realização de todos os movimentos necessários
para atingir o topo da via de forma livre, sem recurso
a ajuda artificial. Realiza-se tanto em rocha como em
Estruturas Artificiais de Escalada (EAE)
Tipos de Escalada:
Escalada Desportiva
9. Escalada de problemas criados em pequenos blocos
de rocha ou em EAE. Nesta disciplina da escalada,
a queda ao solo é protegida pela utilização de
colchões de quedas combinada com a assistência de
um assegurador (spotter). Procura-se subir pequenos
itinerários (ou problemas) que obrigam a utilizar uma
técnica muito apurada bem como força e potência
para se conseguir encadear o problema. Surgiu como
uma forma de treino para vias de escalada e
transformou-se recentemente numa disciplina
própria.
Tipos de Escalada:
Escalada em Bloco
10. Escalada de itinerários, em clássica ou
artificial, que demoram 2 ou mais dias a
concretizar, obrigando à pernoita em
parede. Este tipo de escalada ocorre
normalmente em paredes com 500 ou
mais metros de altura. Ultimamente
temos assistido à realização de Speed
Climbing, que consiste na realização de
vias de Big Wall num só dia ou mesmo
Tipos de Escalada:
Escalada em Big Wall
11. Tipos - quanto aos estilos ou maneira como garantimos a segurança ao
longo da ascensão:
Livre: consiste em subir um itinerário de escalada sem
recorrer a equipamentos para progredirmos, servindo
estes para garantir a nossa segurança em caso de
queda (excetuando os pés de gato e o magnésio). A subida
é levada a cabo por uma combinação de força, destreza
e técnica corporal.
12. Tipos - quanto aos estilos ou maneira como garantimos a segurança ao
longo da ascensão:
Artificial: Escalada de itinerários que não são
possíveis de realizar de forma livre, sendo necessário
recorrer a equipamento e técnicas específicas de
progressão. Aqui o equipamento móvel utilizado serve
sobretudo para a progressão do escalador, não garantido
por vezes a sua segurança em caso de queda.
13. Tipos - quanto aos estilos ou maneira como garantimos a segurança ao
longo da ascensão:
Solitário: consiste em escalar em livre ou artificial
uma via sozinho, recorrendo a equipamento de proteção
para garantir a própria segurança em caso de queda,
dispensando assim a presença de um companheiro de
cordada.
14. Em estruturas Artificiais:
A escalada desportiva em Estruturas
Artificiais (EA) deriva da escalada desportiva
em rocha. As EA permitem criar um “meio
semelhante” à escalada em rocha, podendo-
se recriar a escalada de bloco (junto ao solo,
sem subir mais de 4 metros e sem recurso a
cordas) e a escalada desportiva (com
recurso a corda para assegurar a segurança
durante a progressão).
Tipos - quanto aos estilos ou maneira como garantimos a segurança ao
longo da ascensão:
15. Tipos - quanto aos estilos ou maneira como garantimos a segurança ao
longo da ascensão:
As principais razões
para o surgimento
das EA foram:
•Necessidade de praticar
a escalada regularmente
durante a semana e mais
perto das cidades
• Necessidade de praticar a escalada em dias de intempérie
(indoor)
• Necessidade de realizar um treino mais específico para
ajudar a estabelecer novos itinerários cada vez mais
difíceis.
16. Condições a ter em conta relativamente ao EQUIPAMENTO
• Todos homologados: CE ou UIAA
• Dentro dos prazos de validade
• Com os devidos cuidados de
preservação
• Utilizar da forma correta
• Respeitar as instruções e indicações
do fabricante
18. • Pés-de-Gato
• Saco de Magnésio
• Roupa apropriada
• Saco para transporte e disposição
da corda
• Mochila própria para transporte de
material
• Escova de limpeza de material e
presas
• Colchão de queda
Equipamento Acessório:
19. CORDA
Equipamento de Proteção:
A corda é o elemento da
cadeia de segurança que liga
todos os elementos entre si. É
o elemento mais sensível da
cadeia, pois recebe e absorve
a energia produzida pelas
quedas. Devido à sua
composição e constituição é
necessário ter uma atenção
muito especial com o seu
manejamento, conservação e
proteção.
20. • As CORDAS DINÂMICAS destinam-se à prática da escalada por
possuírem uma capacidade de alongamento muito grande,
permitindo amortecer a queda do escalador. São sempre coloridas
(excetuando-se o branco e o negro) e a sua espessura varia entre
os 8,5 mm e os 12 mm.
Equipamento de Proteção:
TIPOS DE CORDA
21. • Diâmetro mínimo 10,2mm
• Elemento mais frágil da cadeia
• Grande desgaste e pouca durabilidade
• Não calcar
• Não passar diretamente nas plaquetas
• Não pôr duas cordas em fricção no
mesmo mosquetão
• Alternar as pontas
• Não expor a temperaturas elevadas
• Refazer constantemente os nós
Equipamento de Proteção:
CARACTERÍSTICAS DA CORDA
DINÂMICA:
22. • As CORDAS SEMIESTÁTICAS não se destinam à prática
da escalada, servindo para a espeleologia, o resgate e
os trabalhos de acesso por corda, não possuindo as
mesmas características de alongamento das anteriores
(são menos “elásticas”). Reconhecem-se por serem
brancas ou negras.
Equipamento de Proteção:
TIPOS DE CORDA
23. • União da corda ao escalador, permitindo-lhe receber o
eventual choque de uma queda em conforto e
segurança, distribuindo essa força pelo tronco e pernas.
• Os arneses dividem-se em 3 categorias: simples,
integrais e de peito.
Equipamento de Proteção:
ARNÊS (BAUDRIER)
24. • Os arneses simples ou de cintura são os mais utilizados na
escalada desportiva, os segundos no resgate ou em arneses de
criança e os terceiros combinados com os simples são os mais
seguros e muito utilizados.
• Vestir: desapertar fechos » apertar cintura » apertar pernas
Equipamento de Proteção:
ARNÊS (BAUDRIER)
25. CUIDADOS:
•Vestir corretamente
•Apertar primeiro na cintura
•Não deixar cintas torcidas
•Verificar se tem volta de segurança
•Verificar SEMPRE os companheiros
Equipamento de Proteção:
ARNÊS (BAUDRIER)
27. • Os mosquetões são designados tecnicamente de
conectores e servem para interligar os pontos da
cadeia de segurança entre si à parede.
• Existem dois tipos distintos de mosquetões:
• Os MOSQUETÕES COM FECHO DE SEGURANÇA:
servem basicamente para utilizar com aparelhos:
como é o caso do gri-gri ou em situações em que pelo
manuseamento a corda se possa soltar do
mosquetão (ex. uma reunião com assegurador).
Existem diversos sistemas de fecho: rosca, baioneta,
Equipamento de Proteção:
MOSQUETÕES
28. • Os MOSQUETÕES SEM FECHO DE SEGURANÇA
servem para os pontos intermédios de segurança
utilizados na escalada à frente (express = 2 mosquetões
unidos por uma fita), tendo o gatilho reto ou curvo para
facilitar a “mosquetonagem” quando se escala à frente.
• Os mosquetões são feitos de uma liga leve chamada
ZYCRAL, que é muito resistente à tensão mas
relativamente frágil ao choque, pelo que não se devem
Equipamento de Proteção:
MOSQUETÕES
29. • Auto-bloqueante, em caso de queda ele trava
automaticamente a corda
• Risco de desresponsabilização do segurador
• Dificuldade em dar corda na escalada à frente
Equipamento de Proteção:
APARELHOS DE SEGURANÇA –
GRI-GRI
30. • MUITO IMPORTANTE: apesar de
bloquear automaticamente a
corda, o gri-gri por si só não
impede a ocorrência de acidentes,
a atenção e correto
manuseamento são
imprescindíveis.
Equipamento de Proteção:
APARELHOS DE SEGURANÇA –
GRI-GRI
31. • É um mecanismo dinâmico de bloqueio em forma
de 8, pensado para a descida por cordas.
• Mais versáteis e mais baratos
• Atenção do segurador
• Risco de queimaduras
• Risco na escalada à frente
Equipamento de Proteção:
APARELHOS DE SEGURANÇA –
OITO (DESCENSOR)
32. • Auxilia no caso do risco de queda de objetos
(mosquetões, expresses, etc.), de uma queda a
escalar e ao dar segurança. O capacete deve ser
utilizado com todas as fitas ajustadas e a calote
bem colocada de forma a que este não salte fora
durante uma queda.
Equipamento de Proteção:
APARELHOS DE
SEGURANÇA – CAPACETE
33. • Favorecem muito o aperfeiçoamento das
técnicas
• Favorecem o rendimento
• São caros e personalizados
• Muitas formas, tamanhos e modelos
Equipamento de Proteção:
APARELHOS DE SEGURANÇA –
PÉS DE GATO
34. • Superar e progredir com êxito
• Progredir com economia de
esforço - encontrar formas
rentáveis de progredir e
permanecer na vertical
• Otimização da técnica - muito
pessoal!
O que é escalar bem? “Isto não é força, é jeito!”
35. • Consiste em escalar uma via
de um largo, tendo a corda a
passar na reunião e estando
o assegurador na base da via.
No caso de queda do
escalador este fica
imediatamente suspenso pela
corda, não ocorrendo uma
Escalar em Topo (Molinete)
36. • Escalador tem segurança sempre do topo da via
• Iniciação à modalidade
• + Utilizada
• + Segura
• < Risco de quedas
• Pré-instalação da corda
Escalar em Topo (Molinete)
37. • O escalador encordoa-se a uma das pontas da corda,
enquanto que o seu companheiro faz-lhe a segurança do
mesmo modo da situação anterior. Durante a subida, o
escalador irá garantindo a sua segurança através da
colocação de “cintas express”, que ligam a corda ao
ponto de segurança. Em caso de queda, a altura desta
será igual ao dobro da distância que separa o escalador
do último ponto de segurança.
Escalada a abrir
38. • Neste tipo de escalada, e porque, em caso de queda, os
riscos são maiores, são necessários alguns cuidados.
(ver imagens)
Escalada a abrir
39. • A atitude do elemento que está a efetuar a segurança é
vital para o bem estar do colega
Escalada a abrir
40. • Anca afastada da parede;
• Usa presas só acima do nível dos
olhos, num raio muito limitado;
• Sobe sempre as mãos antes dos
pés;
• Transmite sensação de peso;
• Coloca os pés lateralmente;
• Utiliza apenas agarres grandes e
de tração.
Características do iniciante
41. • Centro de gravidade sobre o centro de
apoio;
• Usa presas muito afastadas assim como
presas baixas;
• Sobe sempre os pés antes das mãos;
• Transmite sensação de leveza, fluidez,
ritmo e escalada dinâmica;
• Usa os pés com grande variedade de
Características do avançado
42. • Escalar em top com fluidez e segurança;
• Não utilizar todas as presas - eliminar
algumas à escolha;
• Eliminar as presas favoritas;
• Escalar utilizando o mínimo de presas;
• Obrigar a tocar em todas as presas (duas
mãos);
• Sugerir colocações dos pés obrigatórias;
• Sugerir diferentes formas de agarres;
• Escalar lateralmente à parede;
• Escalar vias marcadas;
• Escalar e destrepar no final.
O que podemos incutir aos praticantes
43. • Várias escalas: UIAA, francesa, alemã, americana, etc
• Em Portugal, adotamos maioritariamente a de Espanha
que é um misto entre UIAA e francesa.
• III, IV, IV+, V, V+ iniciação - trabalho na escola
• 6a, 6a+, 6b, 6b+, 6c, 6c+ bom trabalho na escola
• 7a, 7a+, 7b, 7b+, 7c, 7c+ treino, predisposição,
ambição, lesões
• 8a, 8a+, 8b, 8b+, 8c, 8c+ elite, muito treino e
dedicação
• 9a, 9a+, 9b, 9b+ ??? (a morte à frente!!)
• Escala subjetiva mas não tão falível quanto possa
Graus de Dificuldade
44. • Apoios: ponta, calcanhar, face interna, face externa, aderência, troca
de pés
• Agarres: mão cheia, pontas dos dedos, buracos, entalamentos,
aderência, pinças, laterais, invertidas, troca de mãos.
• Técnicas corporais:
• 3 apoios
• Transferência de peso entre apoios
• Corpo girado: maior alcance e aproxima o centro de gravidade
da parede
• Posição de rã
• Porta aberta
• Mão no pé
• Escalada dinâmica
• Posições de repouso
Técnicas padronizadas
45. • Montagem da corda
• Grupos de 3 (o terceiro mantém corda na mão e dá apoio)
• Encordamento e montagem do aparelho de segurança
• Verificações: arneses, nós, aparelhos de segurança
• Comunicação:
• posso?
• recolhe, recupera ou ajusta
• dá corda
• bloca ou trava
• queda
• vou descer, posso?
• Descida
Procedimentos