5. Europa – 1884: anestésico local para cirurgia ocular;
Sob a forma tópica;
Uso farmacológico
6. folhas prensadas
+
ácido sulfúrico
+
Querosene
=
pasta por
compressão;
Remove
as
impureza
s
=
Pasta
base
Ácido
clorídrico
+
Pasta base
=
Cloridrato
de cocaína
Concentração
do alcaloide
15 a 75%.
Processo de produção da cocaína
7. Variações da Cocaína
O Crack: forma em
pedra, pouco solúvel
em água, volátil a
100ºC. Contém de 40
a 70% do alcaloide.
Merla: forma em
pasta da cocaína,
pouco solúvel em
água,volátil a
100°C. Contém de
40 a 71% do
alcaloide.
12. Farmacocinética
A droga é bem absorvida por todas as vias
e, o início e duração da ação dependem da
via de administração.
Nasal Venosa Fumada
Inicio da ação 1 min. 10 seg. 8 seg.
Duração da ação
em minutos
60 20 5
Meia vida em
minutos
30 a 60
17. EFEITOS: Cocaína & Crack
EFEITOS PSIQUICOS EFEITOS FÍSICOS DANOS E DOENÇAS
EUFORIA PRESSÃO ARTERIAL PERDA DO OLFATO
GRANDIOSIDADE FREQUENCIA CARDIACA LESÕES PULMONARES
IRRITABILUDADE ARRITIMIAS FLEBITE
FALA RÁPIDA PUPILAS DILATADAS SÍFILIS
PÂNICO HIPERTERMIA AIDS
ALUCINAÇÕES FALTA (SONO, FOME E SEXO) MORTE
BEM ESTA (falso) CONVULÇOES ( grave)
18. COMPLICAÇÕES CLINICAS:
1ª fase - ESTIMULAÇÃO INICIAL:
Midríase, cefaléia, náuseas e vômitos, tremores não intencionais (face, dedos),
palidez, hipertensão arterial, taquicardia ou bradicardia, euforia, agitação,
apreensão, inquietude, instabilidade emocional, pseudo-alucinações.
2ª fase - ESTIMULAÇÃO AVANÇADA:
Hipertensão arterial, taquicardia, arritmias ventriculares, hipotensão arterial por
arritmia cardíaca, encefalopatia maligna, convulsões, dor abdominal, taquipnéia,
dispnéia, hipertermia.
3ª fase -DEPRESSÃO DOS DIVERSOS SISTEMAS DO ORGANISMO:
Coma arreflexivo, midríase fixa, paralisia flácida, instabilidade hemodinâmica,
insuficiência renal, fibrilação ventricular, insuficiência respiratória, edema agudo
pulmonar, cianose, parada cardiorrespiratória.
19. COMPLICAÇÕES CLINICAS:
Complicações cardiovasculares:
Taquicardia, hipertensão, palpitações, arritmias cardíacas. O aumento do esforço cardíaco
para bombear o sangue através da circulação pode levar ao infarto do miocárdio
Complicações pulmonares:
Pneumomediastino (ruptura dos alvéolos pulmonares e extravasamento de ar entre os
pulmões - mediastino) e a conhecida síndrome “pulmão de crack” (caracterizada por
dores no peito, falta de ar, tosse sanguinolenta), edema e necrose da mucosa da laringe.
Complicações neurológicas:
Hemorragias intracranianas, convulsões generalizadas, infartos cerebrais, prejuízo das
funções cognitivas (memória, atenção, concentração).
Impacto na gestação:
Anormalidades fetais, parto prematuro, diminuição da superfície craniana e encefálica,
desnutrição fetal, dentre muitas outras.
Psiquiátricas:
Ao desenvolver quadros psicóticos (com presença de delírios e alucinações), agitação
psicomotora, síndromes maniformes (aceleração do curso do pensamento, idéias de
grandeza, inquietação psicomotora).
20. TOXIDADE
As doses tóxicas são muito variáveis e vai
depender principalmente:
Tolerância individual: A absorção da substância pelo organismo
vai se alterando, daí se da um fenômeno toxicológico chamado de
TOLERÂNCIA.
VIA DE ADMINISTRAÇÃO (aspirada, fumada, injetada)
Uso concomitante de outros fármacos: A overdose, leva a
POTENCIALIZAR todas as complicações clinicas, incluindo a
morte.
- Interações com álcool (inibidores da acetilcolinesterase)
21. TOXIDADE
SÍNDROME DE ABSTINÊNCIA
Evolução clínica da síndrome de abstinência por
Gawin e Kleber:
Crash: Refere-se ao estado de humor do usuário que se instala
após a interrupção do uso e pode se prolongar por cerca de 4
dias;
Abstinência: Pode durar até 10 semanas, e a compulsão por
cocaína persiste com irritabilidade, ansiedade e incapacidade de
sentir prazer;
Extinção: Somem sinais e sintomas físicos, a compulsão
aparecendo eventualmente, condicionando a lembranças do uso
e seus efeitos psíquicos.
22. Ação da droga no GABA - A e B
• Os neurônios GABAérgicos modulam o sistema
dopaminérgico e os efeitos recompensadores da droga.
Além disso, a exposição crônica à droga pode afetar o
funcionamento do sistema GABA, e indivíduos
dependentes dessa droga podem apresentar aumento de
receptores GABA A. Essas mudanças nas respostas do
GABA podem estar associadas à diminuição dos níveis de
GABA no cérebro em usuários de drogas. Ambos os
receptores, GABA A e GABA B, são também possíveis
alvos para o tratamento medicamentoso da
dependência.
23. TRATAMENTO FARMACOLÓGICO
A dose de cocaína ou outro estimulante é
gradualmente diminuída, o uso de
antipsicóticos e antidepressivos só para os
casos de reincidências. E também o uso de
anticonvulsivantes e antagonista 5ht3.
24. DROGA AÇÃO POSOLOGIA
Riperidona (Risperdal)
Bloqueio de receptor 2s
serotoninérgico (5HT2) e
receptores dopaminérgicos
do tipo D.
2 mg : 1 comprimido de 12
em 12 horas.
ANTEPISICÓTICO
DROGA AÇÃO POSOLOGIA
Cloridrato de Fluoxetina
É indicado para o tratamento da
depressão, associada ou não à
ansiedade, transtorno obsessivo-
compulsivo (TOC), irritabilidade e
disforia (mal-estar provocado pela
ansiedade).
20mg, 01 CPR - 02 vezes ao dia.
ANTEDEPRESSIVO
25. DROGA AÇÃO POSOLOGIA
Topiramato (Topamax)
Envolvimento dos sistemas
gabaérgicos e glutamatérgicos
na modulação do sistema de
recompensa cerebral,
promovendo aumento da
neurotransmissão gabaérgica e
inibição da atividade dos
receptores AMPA/kainato.
200mguso dia
ANTICONVULSIVANTES
antagonista 5ht3
DROGA AÇÃO POSOLOGIA
Ondasetron Inibidor indireto da dopamina
no córtex - mesolímbico.
4 mg (2 vezes ao dia)
26. TRATAMENTO FARMACOLÓGICO
Nos casos de síndrome coronariana aguda, hipertensão ou
taquicardia, dois tipos de tratamento:
Medicação de primeira linha:
MEDICAÇÃO POSOLOGIA ADMINISTRAÇÃO
Benzodiazepínicos 5-10 mg via endovenosa, a cada 5-10 min
Nitroglicerina (NIPRIDE) 50 mg/250 mL diluídos em soro glicosado a 5% e
injetados por via endovenosa.
27. TRATAMENTO FARMACOLÓGICO
Em pacientes refratários ao primeiro tratamento, se utilizará
uma medicação de segunda linha:
MEDICAÇÃO POSOLOGIA ADMINISTRAÇÃO
Fentolamina 1 mg a 5 mg.
Via endovenosa, em bolus
diluídos em soro glicosado a 5%.
OBS: pode causar um aumento
reflexo da freqüência e da
contratilidade cardíaca (SSVV)
Nitroprussiato de sódio 50 mg/500ml diluídos de soro glicosado a 5% .
28. CUIDADOS DE ENFERMAGEM
ANAMNESE :
1. O que foi usado?
2. Por que via e por quanto tempo?
3.Qual a quantidade utilizada e há quanto tempo?
4.Quantos tempos após o uso iniciaram-se os sintomas?
5.Há evidência de uma síndrome de abstinência?
6.A paciente está grávida?
7.Há dor torácica ou abdominal?
8.Utilizou bebida alcoólica?
9.Houve associação com medicamentos?
29. CUIDADOS DE ENFERMAGEM
Durante o tratamento o enfermeiro deve:
1 Receber o usuário em um ambiente tranquilo, acolhedor e seguro;
2 Ouvir queixas dos pacientes e encorajar a continuar o tratamento;
3 Evitar fazer ou permitir comentários de julgamento de usuários;
4 Observar se os medicamentos prescritos estão sendo administrado corretamente;
5 Estimular a socialização, proporcionar atividades e promover o auto cuidado;
6 Registrar toda mudança de comportamento no prontuário e no livro de relatório da
unidade, pois alguns pacientes são passíveis de suicídio.
Após o tratamento a enfermagem deve:
Orientar a família e o paciente sobre o controle ambulatorial doando informações e
apoio para que adote condutas práticas que promovam a saúde mental e reduza a
ansiedade da abstinência da dependência química, procurarando atendimento em
saúde mental (CAPS), após alta do usuário para dar continuidade ao tratamento.
O enfermeiro tem um importante papel de educador em saúde.
30. Conclusão
A cocaína é uma droga ilícita, mas amplamente utilizada.
O crack é considerado a droga mais devastadora de todo o
conjunto de entorpecentes ou dos elementos químicos
alucinógenos, que torna o seu usuário o maior dependente
periculoso, já que é capaz de roubar, matar ou até mesmo
morrer para manter o seu vicio, e debilitado existente.
Hoje o consumo de cocaína, crack ou até mesmo da merla
é considerado um “problema de saúde pública”.
31. Referências:
• LINDEN, Dr. Rafael. Drogas de abuso. , 2013. Disponível em:
<http://https://professores.faccat.br/moodle/pluginfile.php/14145/mod_resource/content/1/aula%205%20%20farmacologia%20drogas%20abus
o.pdf>. Acesso em: 23 mar. 2014.
• RODRÍGUES, Dr. Magarida R.. Maconha cannabis. , 2009. Disponível em: <http://slideplayer.com.br/slide/83344/>. Acesso em: 25 mar. 2014.
Ministério da Justiça
<http://ww.obid.senad.gov.br/portais/OBID/conteudo/index.php?id_conteudo=11297&rastro=INFORMA%C3%87%C3%95ES+SOBRE+DROGA
S%2FTipos+de+drogas/%C3%8Axtase+(MDMA)#definição
• Disponível em: http://ltc.nutes.ufrj.br/toxicologia/mVIII.coca.htm. Acesso em 01 de abril de 2012.
• OBSERVATÓRIO BRASILEIRO DE INFORMAÇÕES SOBRE DROGAS. Cocaín.
Disponível em:
http://www.obid.senad.gov.br/portais/OBID/conteudo/index.php?id_conteudo=11330&rastro=INF
ORMA%C3%87%C3%95ES+SOBRE+DROGAS%2FTipos+de+drogas/Coca%C3%ADna.
Acesso em 18 de março de 2012.
OLIVEIRA, Inês; Marta Neves. Farmacologia. Jan. 2004. Disponível em:
http://www.ff.up.pt/toxicologia/monografias/ano0304/Cocaina/farmacologia.htm. Acesso em 18
de março de 2012.
RAFAEL. Estudo da cocaína. Disponível em: http://estudodacoca.blogspot.com.br/. Acesso em
01 de abril de 2012.
SEIBEL, S. Scientific American Brasil: Equilíbrio precário no uso das pedras. Ed. 38. São
Paulo. 2010.
Notas do Editor
Europa – 1884: anestésico local para cirurgia ocular;
Sob a forma tópica,