Apresentação desenvolvida para a disciplina Oficina de Planejamento e Governança Metropolitana do curso de Bacharelado de Planejamento Territorial da Universidade Federal do ABC (UFABC). O objetivo principal da apresentação era discutir os arranjos institucionais presentes na Região Metropolitana de Porto Alegre RMPA, as Funções Públicas de Interesse Comum FPICs e possíveis fontes de financiamento para manutenção da estrutura metropolitana. São Bernardo do Campo, dezembro de 2018.
Análise do Planejamento Metropolitano da Região Metropolitana de Porto Alegre RMPA
1. Oficina de Planejamento e Governança Metropolitana
Região Metropolitana de Porto Alegre
Bruna Fernandes
Carmem Jocas
Isabella Aragão
Jade Cavalhieri
Leonardo Barbosa
Matheus Sena
2. RETOMANDO
○ Uma das primeiras regiões metropolitanas, criada em 1973
○ O número de municípios pertencentes mais que dobrou (14 → 34)
○ Heterogeneidade do Território (eixo Norte-Sul urbanizado e industrial, áreas
de produção agrícola e de preservação ambiental)
○ 6 Bacias Hidrográficas
○ Grande quantidade de consórcios e associações
○ Enfraquecimento da estrutura de governança metropolitana
7. Mobilidade e
Transporte
Intensidade dos deslocamentos
CENÁRIO
- Ações relacionadas à Copa do
Mundo;
- Concentração no Município de
Porto Alegre (Secretaria
Municipal Extraordinária da Copa
do Mundo);
- PPPs com empresas para
execução das obras;
- Atrasos e não execução;
14. Bacias
Hidrográficas e
Unidades de
Conservação
- Necessidade de
compatibilização de usos e
demandas entre municípios
- Usos poluidores e
abastecimento
- Falta de articulação
integrada entre as bacias
Serviços
ecossistêmicos
15. Unidades de
Conservação,
Assentamentos Rurais
Terra Indígena
- Entrelaçamento de
funções
- UCs: mecanismos
importantes para
garantia de quantidade
e qualidade de água
- Delta do Jacuí:
serviços
ecossistêmicos
16.
17. Serviços de Esgotamento
- Abastecimento
intermitente (em alguns
municípios)
- Níveis insuficientes de
tratamento
- Impactos ambientais,
tanto nas áreas mais
adensadas e
urbanizadas, como nas
de produção agrícola
- PPP Corsan em
municípios sem
capacidade técnica
22. COREDEs
Os COREDEs visam apoio
institucional para a
implantação de políticas
estaduais voltadas à redução
das desigualdades regionais
e à promoção do
desenvolvimento sustentável
no RS.
A RMPA possui cinco
Conselhos Regionais de
Desenvolvimento em seu
território:
● COREDE
Metropolitano Delta do
Jacuí
● COREDE Vale do Rio
dos Sinos
● COREDE Paranhana
Encosta da Serra
● COREDE Centro Sul
● COREDE Vale do Caí
23. ASSOCIAÇÕES MUNICIPAIS
Existem as seguintes Associações na
RMPA:
Associação dos Municípios do Vale do
Rio dos Sinos (AMVRS) - 1968;
Associação dos Municípios da Costa
Doce (Acostadoce) - 1979;
Associação dos Municípios da Grande
Porto Alegre (Granpal) - 1985;
Associação dos Municípios da Região
Carbonífera (Asmurc) - 1989;
Associação dos Municípios do Vale do
Rio Caí (Amavrc) - 1994;
Associação dos Municípios do Litoral
Norte (Amlinorte) - 1996.
Associação dos Municípios do Vale do
Paranhana (Ampara) - 2010;
A AMVRS e Granpal são as mais
atuantes politicamente na questão
metropolitana e representam juntas
66% dos municípios metropolitanos.
24. CONSÓRCIOS INTERMUNICIPAIS
Seis consórcios públicos atuam em
municípios da RMPA, mas os
principais são Pró-Sinos (2007) e
Granpal (2010), sendo o último
representante de 26% da população
do Estado e 1/3 do PIB gaúcho.
● CIS AMLINORTE (1998).
Finalidade: turismo, educação
ambiental e saúde.
● CIGA - APL Polo Naval (2004).
Finalidade: desenvolvimento
tecnológico e saúde.
● CIS - Caí (2005). Finalidade:
predominante saúde e educação
ambiental.
● CI Centro Sul (2005). Finalidade:
predominante saúde.
● Pró-Sinos (2007). Finalidade:
Saneamento Básico e Ambiental,
Drenagem Urbana e Gestão de
Resíduos Sólidos.
● Granpal (2010). Finalidade: Saúde,
Segurança, Mobilidade, Gestão de
Resíduos Sólidos e Turismo.
25. - Municípios com alto dinamismo
econômico
- Municípios com áreas de produção de
alimentos (pastagem e agricultura)
- Municípios com áreas de grande
relevância ambiental (unidades de
conservação e produção de água)
- Complexidade das relações
institucionais e de governança
- Arranjo Metropolitano inoperante
CENÁRIO
- Necessidade de revisão do arranjo de
governança metropolitano,
procurando organizar as relações
entre os diversos consórcios e
associações
- Aliado a revisão das FPIC’s e formas
de financiamento, tendo em vista o
enfraquecimento do arranjo
metropolitano causado por eles
26. FPIC - SERVIÇOS AMBIENTAIS
Serviços ecossistêmicos
Implantação de instrumentos que promovam e preservação,
conservação e recuperação de áreas que prestam serviços
ecossistêmicos para o desenvolvimento sustentável da RMPA. Inclui
a valoração dos serviços, atribuindo um valor econômico para cada
tipo ambiental ou social executado. Gerir os ativos ambientais de
modo holístico e criar sistemas de compensação em escala
metropolitana.
POLÍTICA GAÚCHA SOBRE MUDANÇAS CLIMÁTICAS
I - Assegurar a compatibilização do desenvolvimento econômico-social
com a proteção do sistema climático;
IV - implementar ações de prevenção e adaptação às alterações
produzidas pelos impactos das mudanças climáticas, visando proteger
principalmente os estratos mais vulneráveis da população;
27. SERVIÇOS AMBIENTAIS - BIOCRÉDITO
I – dotações orçamentárias e demais recursos oriundos de receitas públicas;
II – transferências, doações, legados e congêneres, realizados por entidades nacionais e
agências bilaterais ou multilaterais de cooperação internacional;
III – rendimentos que venham a auferir como remuneração decorrente de aplicação financeira;
IV – recursos decorrentes de acordos, convênios, parcerias, ajustes e contratos firmados com
órgãos públicos e entidades privadas e do terceiro setor, nacionais, estrangeiras ou
internacionais e agências de cooperação internacional, bilaterais ou multilaterais;
V – recursos decorrentes da cobrança de inscrição no Cadastro Técnico de Atividades
Potencialmente Poluidoras e/ou Utilizadoras de Recursos Ambientais;
28. SERVIÇOS ECOSSISTÊMICOS - FONTES DE FINANCIAMENTO
VI – recursos oriundos de fundos destinados à conservação da biodiversidade, da sadia
qualidade de vida, da sustentabilidade e dos recursos naturais e de mudanças climáticas;
VII – recursos decorrentes da utilização com fins econômicos dos recursos naturais, com base
no princípio do usuário-pagador, a ser fixado em todos os procedimentos de licenciamento
ambiental, inclusive naqueles onde não for exigido estudo prévio de impacto ambiental;
VIII – recursos decorrentes do controle da poluição veicular;
IX – quaisquer outras fontes de recursos relacionados à conservação da biodiversidade,
mudanças climáticas, recursos hídricos e utilização dos recursos naturais, inclusive de
compensações ambientais que não tenham destinação específica prevista em lei;
29. ESTRUTURA DE GOVERNANÇA - PROPOSTA INICIAL
CODEPAAgência
Câmaras Técnicas
Uma por FPIC
GT de captação de recursos
GTs funcionais
Fundo de
Desenvolvimento
31. Referências Bibliográficas
ALONSO, J. A. F. Porto Alegre e Região Metropolitana: planejamento ou caos. Carta de Conjuntura FEE,
Porto Alegre, v. 20, n. 11, p.1, 2011. Disponível em: <http://carta.fee.tche.br/article/porto-alegre-e-
regiaometropolitana-planejamento-ou-caos/>.
CGM, Controladoria Geral do Município de São Paulo. Coordenadoria de Promoção da Integridade. São
Paulo, 2018. Disponível em:
<https://www.prefeitura.sp.gov.br/cidade/secretarias/controladoria_geral/coordenadoria_de_promocao_da_inte
gridade/ >.
CI CENTRO-SUL, Consórcio Intermunicipal Centro Sul. O Consórcio. Camaquã, 2018. Disponível em:
<http://www.consorciocentrosul.com/consorcio>.
CISCAÍ, Consórcio Intermunicipal do Vale do Rio Caí. História do Consórcio CISCAÍ. Montenegro, 2018.
Disponível em: <http://www.ciscai.com.br/quem-somos>.
CP AMLINORTE, Consórcio Público da Associação Dos Municípios Do Litoral Norte. O Consórcio CP
Amlinorte. Osório, 2018. Disponível em: <http://cpamlinorte.com.br/?pg=cam >.
32. Referências Bibliográficas
DECHERF, Olivier; GOYBET, Alexis; SAFFER, Marc; PASCAL, Véronique (Orgs) Inventário das emissões de
gases de efeito estufa no Rio Grande do Sul – 2005. PACE: uma estratégia territorial integrada. Porto Alegre:
FEPAM; Enviroconsult; Engebio, 2011.
FAMURS, Federação das Associações de Municípios do Rio Grande do Sul. Associações. Porto Alegre, 2018.
Disponível em: <http://portal.famurs.com.br/associacoes>
FIOREZE, C. et al. Núcleo de Estudos em Agroecologia e Produção Orgânica de ViamãoRS (EcoViamão):
ações de formação e promoção da sustentabilidade. Anais do VI Congresso Latino-americano de
Agroecologia, v.13 n.1, 2018.
FIX, M. A. A “fórmula mágica”da parceria público-privada: operações urbanas em São Paulo. Cadernos de
Urbanismo, nº 3, São Paulo, 2000.
GRANPAL, Consórcio dos Municípios da Região Metropolitana de Porto Alegre. Consórcio Metropolitano.
Porto Alegre, 2018. Disponível em: <http://granpal.com.br/site/consorcio/ >.
33. Referências Bibliográficas
IPEA, INSTITUTO DE PESQUISA ECONÔMICA E APLICADA. Governança Metropolitana no Brasil -
Relatório de Pesquisa: Caracterização e Quadros de Análise Comparativa da Governança Metropolitana no
Brasil: arranjos institucionais de gestão metropolitana (Componente 1). RM de Porto Alegre, Rio de Janeiro,
2015. Disponível em: <http://www.ipea.gov.br/portal/index.php?option=com_content&view=article&id=26358
/>.
IPEA, INSTITUTO DE PESQUISA ECONÔMICA E APLICADA. Governança Metropolitana no Brasil -
Relatório de Pesquisa: Caracterização e Quadros de Análise Comparativa da Governança Metropolitana no
Brasil: análise comparativa das funções públicas de interesse comum (Componente 2). RM de Porto Alegre,
Rio de Janeiro, 2015. Disponível em:
<http://www.ipea.gov.br/portal/index.php?option=com_content&view=article&id=26357 >.
MARTINS, C. M. R. Consórcios Públicos Intermunicipais na Região Metropolitana de Porto Alegre. Seminário
Nacional de Governança Metropolitana do Brasil. FEE - Fundação de Economia e Estatística Siegfried
Emanuel Heuser. Brasília, 2014. Disponível em:
<https://www.researchgate.net/publication/274634869_Consorcios_Publicos_Intermunicipais_na_Regiao_Metr
opolitana_de_Porto_Alegre >.
PRÓ-SINOS, Consórcio Público de Saneamento. Sobre o Consórcio Pró-Sinos. São Leopoldo, 2018.
Disponível em: <http://www.prosinos.rs.gov.br/consorcio/sobre-o-consorcio>
34. Referências Bibliográficas
SEMA, SECRETARIA DO AMBIENTE E DESENVOLVIMENTO SUSTENTÁVEL. Bacias Hidrográficas. Porto
Alegre, 2018. Disponível em: <http://www.sema.rs.gov.br/bacias-hidrograficas>.
SEMA, SECRETARIA DO AMBIENTE E DESENVOLVIMENTO SUSTENTÁVEL. Unidades de Conservação.
Porto Alegre, 2018. Disponível em: <http://www.sema.rs.gov.br/unidades-de-conservacao-2016-10 >.
SEPLAG, SECRETARIA DE PLANEJAMENTO, GOVERNANÇA E. GESTÃO. Atlas Socioeconômico do Rio
Grande do Sul. Unidades de Conservação. Porto Alegre, 2018. Disponível em:
<https://atlassocioeconomico.rs.gov.br/unidades-de-conservacao >.
SEPLAG, SECRETARIA DE PLANEJAMENTO, GOVERNANÇA E. GESTÃO. Conselhos Regionais de
Desenvolvimento (Coredes). Porto Alegre, 2018. Disponível em: <https://planejamento.rs.gov.br/coredes >.
SEPLAG, SECRETARIA DE PLANEJAMENTO, GOVERNANÇA E GESTÃO. Propostas estratégicas para o
desenvolvimento regional do Estado do Rio Grande do Sul (2015-2018). Porto Alegre, 2014. Disponível em:
<http://www.coredesul.org.br/files/pub/140533851196675_Pro-RS-V_web-1-.pdf >.
Notas do Editor
http://crvr.com.br/
CRVR em São Leopoldo e Minas do Leão