O documento discute a associação entre migrânea e fatores de risco cerebrovasculares. Apresenta evidências de que migrânea com aura é fator de risco para acidente vascular cerebral (AVC) em mulheres jovens, principalmente quando associada ao uso de anticoncepcionais e tabagismo. Discute também teorias para explicar esta associação, como predisposição genética compartilhada e comorbidades em comum entre as patologias.

1. MIGRANOSOS COM FATORES DE RISCO
CEREBROVASCULARES
• Henrique Carneiro
• Ambulatório de cefaleias da Santa Casa BH
• Equipe neurologia hospital Materdei - BH
Goiania 12/10/13 8:00 am

2. OBJETIVOS
• Evidencias atuais de associação
• Porque desta associação ?
• Migranea como causa de lesões cerebrovasculares
• Predisposição genética compartilhada entre patologias
• Comorbidades em comum
• Orientações em pacientes de risco

3. MIGRANOSOS COM FATORES DE RISCO
CEREBROVASCULARES
• Migrânea com aura é fator de risco para AVC em
mulheres jovens principalmente se associado ao
uso de anticoncepcionais e tabagismo
Task Force of the American Medical Association. Oral contraceptives and stroke in young women.
Associated risk factors. JAMA 1975;231:718-722

4. MIGRANOSOS COM FATORES DE RISCO
CEREBROVASCULARES
• Associação com outras doenças vasculares:
•
•
•
•
Infarto miocárdio
Angina
Claudicação
Morte súbita
Diener HC, Kuper M, Kurth T. Migraine-associated risks and comorbidity. J Neurol 2008;255:12901301

5. MIGRANEA E LESÃO CEREBRAL
SUBCLÍNICA
Kruit MC, Launer LJ, Ferrari MD, van Buchem MA. Brain stem and cerebellar hyperintense lesions in
migraine. Stroke 2006;37:1109-1112.

6. MIGRANEA E LESÃO CEREBRAL
SUBCLÍNICA
Kruit MC, Launer LJ, Ferrari MD, van Buchem MA. Brain stem and cerebellar hyperintense lesions in
migraine. Stroke 2006;37:1109-1112.

7. MIGRÂNEA E AVC
• Migranosos x Controles = 2,16 (RR)
95% intervalo confiança (CI)= 1,9-2,5
• Migranea com Aura x Controles = 2,27 (RR)
95% intervalo confiança (CI)= 1,62 – 3,19
• Migranea Sem Aura x Controles = 1,83 (RR)
95% intervalo confiança (CI)= 1,06 – 3,15
Etminan M, Takkouche B, Isorna FC, Samii A. Risk of ischaemic stroke in people with migraine:
systematic review and meta-analysis of observational studies. BMJ 2005;330:63

8. MIGRÂNEA E AVC
• Não foram demonstrados aumentos estatísticos
para AVE hemorrágico.
• O risco aumenta ainda mais se comparadas faixas
etárias (45-54 anos)
• Permance presente quando há ajuste para fatores
de risco cardiovasculares
• Não está presente em outras cefaleias
Kurth T, Slomke MA, Kase CS, et al. Migraine, headache, and the risk of stroke in women: a
prospective study. Neurology 2005;64:1020-1026

9. TEORIA 1= MIGRÂNEA COMO CAUSA DE DOENÇAS
CARDIOVASCULARES
Depressão Alastrante
Predisposição a isquemias / alterações perfusionais e
inflamação crônica
Migranea com aura como
forte fator de risco
Imamura K, Takeshima T, Fusayasu E, Nakashima K. Increased plasma matrix metalloproteinase-9
levels in migraineurs. Headache 2008;48:135-139
Gursoy-Ozdemir Y, Qiu J, Matsuoka N, et al. Cortical spreading depression activates and upregulates
MMP-9. J Clin Invest 2004;113:1447-1455.

10. TEORIA 1= MIGRÂNEA COMO CAUSA DE DOENÇAS
CARDIOVASCULARES
Imamura K, Takeshima T, Fusayasu E, Nakashima K. Increased plasma matrix metalloproteinase-9
levels in migraineurs. Headache 2008;48:135-139
Gursoy-Ozdemir Y, Qiu J, Matsuoka N, et al. Cortical spreading depression activates and upregulates
MMP-9. J Clin Invest 2004;113:1447-1455.

11. TEORIA 1= MIGRÂNEA COMO CAUSA DE DOENÇAS
CARDIOVASCULARES
Imamura K, Takeshima T, Fusayasu E, Nakashima K. Increased plasma matrix metalloproteinase-9
levels in migraineurs. Headache 2008;48:135-139
Gursoy-Ozdemir Y, Qiu J, Matsuoka N, et al. Cortical spreading depression activates and upregulates
MMP-9. J Clin Invest 2004;113:1447-1455.

12. Migraine mutations increase stroke vulnerability by facilitating ischemic depolarizations. Circulation.
2012 Jan 17 ;125(2):335-45

13. Migraine mutations increase stroke vulnerability by facilitating ischemic depolarizations. Circulation.
2012 Jan 17 ;125(2):335-45

14. Migraine mutations increase stroke vulnerability by facilitating ischemic depolarizations. Circulation.
2012 Jan 17 ;125(2):335-45

15. TEORIA 1= MIGRÂNEA COMO CAUSA DE DOENÇAS
CARDIOVASCULARES
Depressão Alastrante
Predisposição a isquemias / alterações perfusionais e
inflamação crônica
Migranea com aura como
forte fator de risco
Não justifica a associação com doenças
coronarianas
Imamura K, Takeshima T, Fusayasu E, Nakashima K. Increased plasma matrix metalloproteinase-9
levels in migraineurs. Headache 2008;48:135-139
Gursoy-Ozdemir Y, Qiu J, Matsuoka N, et al. Cortical spreading depression activates and upregulates
MMP-9. J Clin Invest 2004;113:1447-1455.

16. TEORIA 2= PREDISPOSIÇÃO GENÉTICA
COMPARTILHADA
Um polimorfismo methyltetrahydrofolate reductase
(MTHFR) gene C677T foi visto em um estudo e códigos de
níveis elevados de homocisteína.
Aumento da presença de FOP entre
homozigóticos
Não confirmado por um segundo estudo
consistente
Perfil lipídico, elevado escore de risco de Framingham para
doença coronariana, hipertensão, histórico familiar de
IA, marcadores pró trombóticos
Szczygioł, Dorota, et al. "Frequency of the C677T variant of the methylenetetrahydrofolate reductase
(MTHFR) gene in patients with migraine with or without aura–a preliminary report." Neurologia i
neurochirurgia polska 46.5 (2012): 443-449.
Schurks M, Zee RY, Buring JE, Kurth T. Interrelationships among the MTHFR 677C>T
polymorphism, migraine, and cardiovascular disease. Neurology 2008;71:505-513.

17. HUMAN ENDOTHELIAL PROGENITOR
CELLS (EPC)
Yoder MC, Human Endothelial Progenitor Cells, Cold Spring Harb Perspect Med. 2012 July; 2(7):
a006692.
Lee ST, Chu K, Jung KH, et al. Decreased number and function of endothelial progenitor cells in
patients with migraine. Neurology 2008;70:1510-1517

18. TEORIA 3= COMORBIDADES EM COMUM
Presença de forame oval patente FOP e outras alterações
cardíacas congênitas / Obesidade / Síndrome metabólica
Parece haver um maior número de crises e
lesões subcorticais nestes pacientes
Sindromes metabólicas parecem não
aumentar a frequencia de crises
Rigatelli G. Migraine and patent foramen ovale: connecting
flight or one way ticket? Expert Rev Neurother 2008; 8: 1331-1337
Kurth T, Ridker PM, Buring JE. Migraine and biomarkers of cardiovascular disease in women.
Cephalalgia 2008;28:49-56

19. COMORBIDADES MIGRANEA E FATORES DE
RISCO CEREBROVASCULARES
• Obesidade
• Síndromes metabólicas (aumento glicose e pior
perfil lipídico)
• Estado próinflamatório ??
Kurth T, Ridker PM, Buring JE. Migraine and biomarkers of cardiovascular disease in women.
Cephalalgia 2008;28:49-56
Haffner SM. Risk constellations in patients with the metabolic syndrome: epidemiology, diagnosis, and
treatment patterns. Am J Med 2006;119(Suppl 1):S3-S9

20. CONCLUSÕES

21. CONCLUSÕES
• Pacientes devem ser tranquilizados e não assustados
• Grupos específicos devem ser orientados: hipertensos,
dilipidêmicos, mulheres tabagistas e usuárias de AO ,
principalmente se associado a migrânea com aura
• Ainda não há concenso sobre profilaxia da migânea na
prevenção de eventos vasculares
Obrigado !!!
henrique@henriquecarneiro.com.br