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Por
Elaine Nogueira da Mata – Matrícula 15111080191
Gilvana dos Santos Sena – Matrícula 1511080161
Polo São Francisco de Itabapoana
Disciplina: Didática
Educação não transforma o mundo.
Educação muda as pessoas.
As pessoas mudam o mundo. Paulo
Freire
 Paulo Freire nasceu em 19 de setembro de
1921 em Recife.
 Sua família fazia parte da classe média,
mas Paulo Freire vivenciou a pobreza e a
fome na infância durante a depressão de
1929, uma experiência que o levaria a se
preocupar com os mais pobres e o ajudaria
a construir seu revolucionário método de
alfabetização. Por seu empenho em ensinar
os mais pobres, Paulo Freire tornou-se uma
inspiração para gerações de professores,
especialmente na América Latina e na
África.
 Freire entrou para a Universidade do Recife
em 1943, para cursar a Faculdade de Direito,
mas também se dedicou aos estudos de
filosofia da linguagem. Apesar disso, nunca
exerceu a profissão, e preferiu trabalhar como
professor numa escola de segundo grau
lecionando língua portuguesa. Sua prática
didática fundamentava-se na crença de que o
educando assimilaria o objeto de estudo
fazendo uso de uma prática dialética com a
realidade, em contraposição à por ele
denominada educação bancária, tecnicista e
alienante.
 O educando criaria sua própria educação, fazendo
ele próprio o caminho, e não seguindo um já
previamente construído; libertando-se de chavões
alienantes, o educando seguiria e criaria o rumo do
seu aprendizado. Destacou-se por seu trabalho na
área da educação popular, voltada tanto para a
escolarização como para a formação da consciência
política.
 Em 1961 tornou-se diretor do Departamento de
Extensões Culturais da Universidade do Recife e,
no mesmo ano, realizou junto com sua equipe as
primeiras experiências de alfabetização popular
que levariam à constituição do Método Paulo
Freire. Seu grupo foi responsável pela
alfabetização de 300 cortadores de cana em
apenas 45 dias.
 Em 1961 tornou-se diretor do Departamento
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Recife e, no mesmo ano, realizou junto com
sua equipe as primeiras experiências de
alfabetização popular que levariam à
constituição do Método Paulo Freire. Seu grupo
foi responsável pela alfabetização de 300
cortadores de cana em apenas 45 dias.
 Por seu empenho em ensinar os mais pobres,
Paulo Freire tornou-se uma inspiração para
gerações de professores, especialmente na
América Latina e na África. Pelo mesmo
motivo, sofreu a perseguição do regime militar
no Brasil (1964-).
 Neste ano, 1964, (sob o presidente João
Goulart, empenhava-se na realização das
reformas de base) meses depois de
iniciada a implantação do Plano
Nacional de Alfabetização, o golpe
militar extinguiu seu esforço. Freire foi
encarcerado como traidor por 70 dias.
Em seguida passou por um breve exílio
na Bolívia e trabalhou no Chile por
cinco anos para o Movimento de
Reforma Agrária da Democracia Cristã e
para a Organização das Nações Unidas
para a Agricultura e a Alimentação. Em
1967, durante o exílio chileno,
publicou no Brasil seu primeiro livro,
Educação como Prática da Liberdade,
baseado fundamentalmente na tese
Educação e Atualidade Brasileira, com a
qual concorrera, em 1959, à cadeira de
História e Filosofia da Educação na
Escola de Belas Artes da Universidade
do Recife.
 O método Paulo Freire chamava a atenção dos educadores e políticos da época,
pois seu método acelerava o processo de alfabetização de adultos e tinha como
ponto fundamental as palavras geradoras, sendo assim podemos dizer que seu
método consiste em três momentos entrelaçados:
 O primeiro momento é a investigação temática, pela qual professor e aluno
buscam, no universo vocabular do educando e da sociedade onde vive as
palavras e temas centrais de sua biografia. Esta é a etapa da descoberta do
universo vocabular, em que são levantadas as palavras e temas geradores
relacionados com a vida cotidiana dos alfabetizandos e do grupo social a que eles
pertencem. Essas palavras geradoras são selecionadas em função da riqueza
silábica, do valor fonético e principalmente em função do significado social,
trazendo a cultura do aluno para dentro da sala de aula.
 O segundo momento a tematização, pela qual professor e aluno codificam e
descodificam esses temas, buscando seu significado social, tomando assim
consciência do mundo vivido e é nesta fase que são elaboradas as fichas para a
decomposição das famílias fonéticas dando para a leitura e a escrita.
 O terceiro, a problematização na qual eles buscam superar uma primeira visão
mágica por uma visão crítica, partindo para a transformação do contexto vivido,
nesta ida e vinda do concreto para o abstrato e do abstrato para o concreto,
volta-se ao concreto problematizando, descobrindo limites e possibilidades
existenciais captadas na primeira etapa. A realidade opressiva é experimentada
como um processo passível de superação, a educação para a libertação deve
desembocar na práxis transformadora. (FREIRE, 1979, p.72).
“É mais do que um método
que alfabetiza, é uma
ampla e profunda
compreensão da educação
que tem como cerne de suas
preocupações a natureza
política.”
(in:A Voz da Esposa - A Trajetória
de Paulo Freire)
“Estudar não é um ato de consumir idéias,
mas de criá-las e recriá-las.”
FREIRE P.. (1982) Ação cultural para a
liberdade e outros escritos. Rio de Janeiro:
Paz e Terra (6ª edição), pp. 09-12.
 Em 1980, depois de 16
anos de exílio, retornou
ao Brasil, onde escreveu
dois livros tidos como
fundamentais em sua
obra: Pedagogia da
Esperança (1992) e À
Sombra desta Mangueira
(1995). Lecionou na
Universidade Estadual de
Campinas (Unicamp) e na
Pontifícia Universidade
Católica de São Paulo
(PUC-SP). Em 1989, foi
secretário de Educação
no Município de São
Paulo, sob a prefeitura
de Luíza Erundina.
 Em 1991 foi fundado em
São Paulo o Instituto
Paulo Freire, para
estender e elaborar as
ideias de Freire.
 O educador apresentou
uma síntese inovadora
das mais importantes
correntes do pensamento
filosófico de sua época,
como o existencialismo
cristão, a fenomenologia,
a dialética hegeliana e o
materialismo histórico.
 A educação não pode ser orientada pela
ideologia empresarial, tecnicista e
consumista, que dá ênfase apenas à
eficiência, ignorando a humanização do
indivíduo, reduzindo-o a puro agente
econômico.
Intelectual chamado de “educador popular”
Paulo Freire é o professor brasileiro mais
conhecido no mundo.
 Paulo Freire disse certa vez: “a Educação não
transforma o mundo. Educação muda pessoas.
Pessoas transformam o mundo”.
 Durante as pesquisas foi possível a confirmação de
que os Jovens e Adultos necessitam de um ensino
de qualidade o qual proporcione a liberdade de
expressão de suas experiências de vida a fim de
transformá-las num conhecimento científico,
respeitando suas bases de formação.
 Paulo Freire é sem dúvidas um marco da educação
brasileira, o que exige de nós, busca constante,
leitura séria, disciplina para o desenvolvimento da
atividade que ao mesmo tempo é prazerosa porque
abre caminhos para pensar a educação, mas
também exige responsabilidade, pois ousar discutir
as idéias de Paulo Freire é por si só um desafio que
exige dedicação e competência.
 Ao término de nossas explanações, torna-se clara a
constatação de que o pensamento de Freire acerca da
Educação Popular faz-se atual, questionando e criticando esta
concepção de educação neoliberal, que desconsidera o
educando enquanto sujeito e que o considera apenas como
mão-de-obra, como consumidor, como mantenedor do status
quo de uma minoria econômica e política que dita as regras do
mercado e da sociedade. Sua pedagogia progressista recorda
ao educando de sua história, de sua presença transformadora
no contexto em que este insere-se. Não há, portanto, como
falar de Freire sem falar do compromisso de cada educador e
educadora que, conscientes de sua prática, mediam o processo
libertador da aprendizagem. Enquanto o sistema econômico
neoliberal visa domesticar o indivíduo, dispondo um modelo de
educação que, ideologicamente, conforte e perpetue os
valores da classe dominante, a educação progressista de Freire
não tem outro objetivo senão humanizar o processo, e
permitir que cada educando e educanda liberte-se desta
realidade opressora. Uma educação que recorde a cada
educando e educanda seu valor enquanto pessoa, enquanto
protagonista histórico e social.
 Freire morreu de um ataque cardíaco em 2 de maio de
1997, às 6h53, no Hospital Albert Einstein, em São
Paulo, devido a complicações em uma operação de
desobstrução de artérias.
 http://pedagogiadidatica.blogspot.com.br/2007/12/
paulo-freire-e-uma-nova-filosofia-para.html
 Pedagogia da Esperança - Um Reencontro
com a Pedagogia do Oprimido, Paulo Freire,
254 págs., Ed. Paz e Terra
 Pedagogia do Oprimido, Paulo Freire, 218
págs., Ed. Paz e Terra
 https://www.uol.com.br/#
 http://educarparacrescer.abril.com.br/aprendizage
m/paulo_freire-300776.shtml
 http://www.paulofreire.ufpb.br/paulofreire/Files/se
minarios/mesa08_b.pdf

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Paulo Freire, um olhar além do tempo...

  • 1. Por Elaine Nogueira da Mata – Matrícula 15111080191 Gilvana dos Santos Sena – Matrícula 1511080161 Polo São Francisco de Itabapoana Disciplina: Didática
  • 2. Educação não transforma o mundo. Educação muda as pessoas. As pessoas mudam o mundo. Paulo Freire
  • 3.  Paulo Freire nasceu em 19 de setembro de 1921 em Recife.  Sua família fazia parte da classe média, mas Paulo Freire vivenciou a pobreza e a fome na infância durante a depressão de 1929, uma experiência que o levaria a se preocupar com os mais pobres e o ajudaria a construir seu revolucionário método de alfabetização. Por seu empenho em ensinar os mais pobres, Paulo Freire tornou-se uma inspiração para gerações de professores, especialmente na América Latina e na África.
  • 4.  Freire entrou para a Universidade do Recife em 1943, para cursar a Faculdade de Direito, mas também se dedicou aos estudos de filosofia da linguagem. Apesar disso, nunca exerceu a profissão, e preferiu trabalhar como professor numa escola de segundo grau lecionando língua portuguesa. Sua prática didática fundamentava-se na crença de que o educando assimilaria o objeto de estudo fazendo uso de uma prática dialética com a realidade, em contraposição à por ele denominada educação bancária, tecnicista e alienante.
  • 5.
  • 6.  O educando criaria sua própria educação, fazendo ele próprio o caminho, e não seguindo um já previamente construído; libertando-se de chavões alienantes, o educando seguiria e criaria o rumo do seu aprendizado. Destacou-se por seu trabalho na área da educação popular, voltada tanto para a escolarização como para a formação da consciência política.  Em 1961 tornou-se diretor do Departamento de Extensões Culturais da Universidade do Recife e, no mesmo ano, realizou junto com sua equipe as primeiras experiências de alfabetização popular que levariam à constituição do Método Paulo Freire. Seu grupo foi responsável pela alfabetização de 300 cortadores de cana em apenas 45 dias.
  • 7.  Em 1961 tornou-se diretor do Departamento de Extensões Culturais da Universidade do Recife e, no mesmo ano, realizou junto com sua equipe as primeiras experiências de alfabetização popular que levariam à constituição do Método Paulo Freire. Seu grupo foi responsável pela alfabetização de 300 cortadores de cana em apenas 45 dias.  Por seu empenho em ensinar os mais pobres, Paulo Freire tornou-se uma inspiração para gerações de professores, especialmente na América Latina e na África. Pelo mesmo motivo, sofreu a perseguição do regime militar no Brasil (1964-).
  • 8.  Neste ano, 1964, (sob o presidente João Goulart, empenhava-se na realização das reformas de base) meses depois de iniciada a implantação do Plano Nacional de Alfabetização, o golpe militar extinguiu seu esforço. Freire foi encarcerado como traidor por 70 dias. Em seguida passou por um breve exílio na Bolívia e trabalhou no Chile por cinco anos para o Movimento de Reforma Agrária da Democracia Cristã e para a Organização das Nações Unidas para a Agricultura e a Alimentação. Em 1967, durante o exílio chileno, publicou no Brasil seu primeiro livro, Educação como Prática da Liberdade, baseado fundamentalmente na tese Educação e Atualidade Brasileira, com a qual concorrera, em 1959, à cadeira de História e Filosofia da Educação na Escola de Belas Artes da Universidade do Recife.
  • 9.
  • 10.  O método Paulo Freire chamava a atenção dos educadores e políticos da época, pois seu método acelerava o processo de alfabetização de adultos e tinha como ponto fundamental as palavras geradoras, sendo assim podemos dizer que seu método consiste em três momentos entrelaçados:  O primeiro momento é a investigação temática, pela qual professor e aluno buscam, no universo vocabular do educando e da sociedade onde vive as palavras e temas centrais de sua biografia. Esta é a etapa da descoberta do universo vocabular, em que são levantadas as palavras e temas geradores relacionados com a vida cotidiana dos alfabetizandos e do grupo social a que eles pertencem. Essas palavras geradoras são selecionadas em função da riqueza silábica, do valor fonético e principalmente em função do significado social, trazendo a cultura do aluno para dentro da sala de aula.  O segundo momento a tematização, pela qual professor e aluno codificam e descodificam esses temas, buscando seu significado social, tomando assim consciência do mundo vivido e é nesta fase que são elaboradas as fichas para a decomposição das famílias fonéticas dando para a leitura e a escrita.  O terceiro, a problematização na qual eles buscam superar uma primeira visão mágica por uma visão crítica, partindo para a transformação do contexto vivido, nesta ida e vinda do concreto para o abstrato e do abstrato para o concreto, volta-se ao concreto problematizando, descobrindo limites e possibilidades existenciais captadas na primeira etapa. A realidade opressiva é experimentada como um processo passível de superação, a educação para a libertação deve desembocar na práxis transformadora. (FREIRE, 1979, p.72).
  • 11.
  • 12.
  • 13. “É mais do que um método que alfabetiza, é uma ampla e profunda compreensão da educação que tem como cerne de suas preocupações a natureza política.” (in:A Voz da Esposa - A Trajetória de Paulo Freire) “Estudar não é um ato de consumir idéias, mas de criá-las e recriá-las.” FREIRE P.. (1982) Ação cultural para a liberdade e outros escritos. Rio de Janeiro: Paz e Terra (6ª edição), pp. 09-12.
  • 14.  Em 1980, depois de 16 anos de exílio, retornou ao Brasil, onde escreveu dois livros tidos como fundamentais em sua obra: Pedagogia da Esperança (1992) e À Sombra desta Mangueira (1995). Lecionou na Universidade Estadual de Campinas (Unicamp) e na Pontifícia Universidade Católica de São Paulo (PUC-SP). Em 1989, foi secretário de Educação no Município de São Paulo, sob a prefeitura de Luíza Erundina.  Em 1991 foi fundado em São Paulo o Instituto Paulo Freire, para estender e elaborar as ideias de Freire.  O educador apresentou uma síntese inovadora das mais importantes correntes do pensamento filosófico de sua época, como o existencialismo cristão, a fenomenologia, a dialética hegeliana e o materialismo histórico.
  • 15.
  • 16.  A educação não pode ser orientada pela ideologia empresarial, tecnicista e consumista, que dá ênfase apenas à eficiência, ignorando a humanização do indivíduo, reduzindo-o a puro agente econômico. Intelectual chamado de “educador popular” Paulo Freire é o professor brasileiro mais conhecido no mundo.
  • 17.  Paulo Freire disse certa vez: “a Educação não transforma o mundo. Educação muda pessoas. Pessoas transformam o mundo”.  Durante as pesquisas foi possível a confirmação de que os Jovens e Adultos necessitam de um ensino de qualidade o qual proporcione a liberdade de expressão de suas experiências de vida a fim de transformá-las num conhecimento científico, respeitando suas bases de formação.  Paulo Freire é sem dúvidas um marco da educação brasileira, o que exige de nós, busca constante, leitura séria, disciplina para o desenvolvimento da atividade que ao mesmo tempo é prazerosa porque abre caminhos para pensar a educação, mas também exige responsabilidade, pois ousar discutir as idéias de Paulo Freire é por si só um desafio que exige dedicação e competência.
  • 18.  Ao término de nossas explanações, torna-se clara a constatação de que o pensamento de Freire acerca da Educação Popular faz-se atual, questionando e criticando esta concepção de educação neoliberal, que desconsidera o educando enquanto sujeito e que o considera apenas como mão-de-obra, como consumidor, como mantenedor do status quo de uma minoria econômica e política que dita as regras do mercado e da sociedade. Sua pedagogia progressista recorda ao educando de sua história, de sua presença transformadora no contexto em que este insere-se. Não há, portanto, como falar de Freire sem falar do compromisso de cada educador e educadora que, conscientes de sua prática, mediam o processo libertador da aprendizagem. Enquanto o sistema econômico neoliberal visa domesticar o indivíduo, dispondo um modelo de educação que, ideologicamente, conforte e perpetue os valores da classe dominante, a educação progressista de Freire não tem outro objetivo senão humanizar o processo, e permitir que cada educando e educanda liberte-se desta realidade opressora. Uma educação que recorde a cada educando e educanda seu valor enquanto pessoa, enquanto protagonista histórico e social.
  • 19.  Freire morreu de um ataque cardíaco em 2 de maio de 1997, às 6h53, no Hospital Albert Einstein, em São Paulo, devido a complicações em uma operação de desobstrução de artérias.
  • 20.  http://pedagogiadidatica.blogspot.com.br/2007/12/ paulo-freire-e-uma-nova-filosofia-para.html  Pedagogia da Esperança - Um Reencontro com a Pedagogia do Oprimido, Paulo Freire, 254 págs., Ed. Paz e Terra  Pedagogia do Oprimido, Paulo Freire, 218 págs., Ed. Paz e Terra  https://www.uol.com.br/#  http://educarparacrescer.abril.com.br/aprendizage m/paulo_freire-300776.shtml  http://www.paulofreire.ufpb.br/paulofreire/Files/se minarios/mesa08_b.pdf