Paulo Freire foi um grande educador brasileiro que desenvolveu um método inovador de alfabetização de adultos. Seu método partia da realidade do aluno e incentivava o diálogo crítico. Freire sofreu exílio político durante a ditadura militar e contribuiu para a educação em diversos países. Suas ideias revolucionaram a pedagogia e ele se tornou uma referência mundial na área da educação popular.
2. Foi um dos maiores educadores brasileiro e
referência no exterior.
3.
4. Conseguiu se formar em direito, mas
abandou a advocacia logo na primeira causa
que pegou.
1963 realizou sua maior experiência
pedagógica em Angicos – RN.
5.
6.
7. Passou 72 dias na cadeia até conseguir o
exílio.
Passou sucessivamente, na Bolívia, no
Chile, nos Estados Unidos
e, finalmente, em Genebra – Suíça.
Permaneceu fora do seu pais cerca de 15
anos.Tornando-se, então, um homem
para o mundo.
8. O Chile recebe da UNESCO uma distinção
como um dos 5 países que melhor
contribuíram para superar o analfabetismo.
Em Genebra, Suíça – Criação do Instituto de
açãoCultural (IDAC)
9. “Foi durante o exílio que compreendi com clareza o
quanto sempre estive verdadeiramente interessado em
aprender. O que aprendi no exílio é o que recomendaria a
todos os leitores deste livro: esteja todo dia aberto para o
mundo, esteja pronto para pensar. Esteja todo dia pronto
a não aceitar o que se diz, simplesmente por ser dito;
esteja disposto a reler tudo que já foi lido, dia após
dia, investigue, questione, duvide. Creio que é mais
necessário não ter certeza, isto é, não estar
excessivamente certo de “certezas”. Meu exílio foi um
longo período de continua aprendizagem”.
10. Com a esposa Elza Freire (à esquerda) e sua irmã Stella, na volta ao
Brasil, em 1980.
11.
12.
13. Donaldo Macedo enumerou, em
1987, aproximadamente seis mil títulos
entre livros e artigos sobre Paulo
Freire, somente na língua inglesa sem
falar das inúmeras
homenagens,concessões de títulos
honoris causa, grupos de intervenção e
de pesquisa e, finalmente, de Institutos
Paulo Freire (IPFs), por todos os
14.
15. 1° momento: Equipe de professores do
Serviço de Extensão Universitária da UFPE.
2° momento: Angicos e Mossoró (RN); João
Pessoa (PB).
3° momento: Rio de Janeiro, São Paulo e
Brasília.
Criação dos movimentos: MCP, CPC, MEB e
De Pé no ChãoTambém se Aprende a Ler.
16. “Os resultados obtidos — 300 trabalhadores alfabetizados
em 45 dias — impressionaram profundamente a opinião
pública. Decidiu-se aplicar o método em todo o território
nacional, mas desta vez com o apoio do Governo Federal.
E foi assim que, entre junho de 1963 e março de
1964, foram realizados cursos de formação de
coordenadores na maior parte das Capitais dos Estados
brasileiros (no Estado da Guanabara se inscreveram mais
de 6 000 pessoas; igualmente criaram-se cursos nos
Estados do Rio Grande do Norte, São
Paulo, Bahia, Sergipe e Rio Grande do Sul, que agrupavam
vários milhares de pessoas. O plano de ação de 1964
previa a instalação de 20 000 círculos de cultura, capazes
de formar, no mesmo ano, por volta de 2 milhões de
alunos. (Cada círculo educava, em dois meses, 30 alunos.)”
17. 4° momento: 1964 – 1968, o golpe.
5° momento: Expansão mundial do
método e seu retorno ao Brasil.
18. O Método Paulo Freire consiste numa proposta para
a alfabetização de adultos .
O método propõe a identificação das palavras -chaves do
vocabulário dos alunos – as chamadas palavras geradoras.
19. Etapa de Investigação- Busca conjunta entre
professor e aluno das palavras e temas mais
significativas da vida do educando;
Etapa deTematização- Seleção dos temas
geradores e palavras geradoras.Buscando a
consciência do vivido;
Etapa de Problematização- Busca da superação
da primeira visão ingênua por uma visão crítica.
20. 1ª fase: Levantamento do universo vocabular do grupo;
2ª fase: Escolha das palavras selecionadas, seguindo os critérios
de riqueza fonética, dificuldades fonéticas - numa seqüência
gradativa das mais simples para as mais complexas;
3ª fase: Criação de situações existenciais características do grupo.
Trata-se de situações inseridas na realidade local;
4ª fase: Criação das fichas-roteiro que funcionam como roteiro para
os debates;
5ª fase: Criação de fichas de palavras para a decomposição das
famílias fonéticas correspondentes às palavras geradoras.
21. Como educador preocupado com os
Oprimidos, Freire participou de alguns
encontros com educadores de rua
fazendo reflexões acerca dos educandos
de rua.
22. A educação de rua desponta-se como um
importante elemento na historia social do
Brasil. Como uma contra-pedagogia.
Paulo freire de um grande apoio e incentivo
ao trabalho do educador de rua.
Segundo Freire, quando se educa na rua é
essencial saber a serviço de quem esta.
23. Freire acredita que o dado fundamental das
relações em todas as coisas no mundo é o
diálogo
Na pedagogia do dialogo insere-se o
conceito de que ninguém sabe
tudo, ninguém é inteiramente ignorante. A
educação não pode ser diminutiva da pessoa.
A pedagogia do dialogo vem servir de guia ao
educador de rua.
24. Para que haja liberdade no processo
educativo, o educador de rua precisa:
acolher o educando e inclui-lo, e
respeitar a diversidade que se impõe na
rua.
O trabalho de Freire nos círculos de
cultura se assenta na liberdade e na
critica.
25. “Só conhecendo a cultura do
educando é que o educador conseguirá
dialogar com o mesmo, e por isso,
ouvindo-o não correrá o risco de ser
autoritário” (Freire 1985).
29. Oportunizar aos jovens, adultos, idosos, pessoas com
deficiência, apenados e jovens em conflito com a lei, fora
da faixa etária da escolaridade regular a conclusão e
continuidade de estudos;
Oferecer aos jovens, adultos, idosos, pessoas com
deficiência, apenados e jovens em conflito com a
lei, oportunidades de escolarização que aliem a educação
básica em nível médio à educação profissional, com
desenvolvimento de competências e habilidades que
propiciem a formação integral do aluno como cidadão e
profissional de qualidade.
30. Jovens com 15 anos
Jovens com 18 anos
Adultos
Idosos
Pessoas com deficiência
Apenados e jovens em conflito com a
lei.
31. O professor passa a ouvir o aluno e ser
mediador de debates;
Impulsionou os movimentos de alfabetização;
O professor procura saber sobre a vivencia do
aluno;
Permitiu recuperar dimensões do processo de
alfabetização;
Rejeição a uma linguagem artificial;
Dialogo no processo de aprender;
32. Alfabetizar partindo da realidade do
educando;
Educação puramente brasileira;
Reinventou a educação com a proposta
da Práxis pedagógica;
37. A
A meta desse cordel
Que eu vou vos apresentar
É divulgar Paulo Freire
E seu dom de Alfabetizar
E reto e sem fazer dobra
Mostrando vida e obra
De quem nasceu pra ensinar
Freire nasceu em Recife
Bairro de casa amarela
Iniciou seus estudos
De forma pura e bela,
Com os pais a lhe ensinar
Ele aprendeu a cruzar
a imensa passarela
Escrevendo com gravetos
Sob os galhos da mangueira
Riscando as sombras
Da árvore na infantil brincadeira
De riscar o seu torrão
Nascia a afinação
Da educação brasileira
Mas os olhos do destino
Miram outra direção
A família empobrecida
Não teve outra opção
Por causa desta mazela,
Deixa casa amarela
E vai pra Jaboatão
Agraciado com bolsas
De estudar não parou
Mas veio a morte do pai
Que muito abalou
De maneira inteligente
Este momento inclemente
Paulo Freire superou
Formou-se em advocacia
E não quis seguir carreira
Pois ainda procurava
Sua lenda verdadeira
Só se deu por satisfeito
Quando se achou no peito
Da educação brasileira
38. A
Chegou a ser preso
Pela ditadura militar
Causa de sua prisão?
Querer alfabetizar
Com seu método novo
Ensinar ao nosso povo viver
Melhor e pensar
Pra não encontrar a morte
Teve que se ausentar
A embaixada boliviana
Que iria lhe guardar
Pois mal havia chegado
Teve um golpe de estado
E lá não pôde ficar
Dali foi para o Chile
Com a família morou
Trabalhou na educação
Da UNESCO foi consultor
Para o bem daquela gente
Sua lúcida semente
Ali também semeou
Do Chile foi para Harvard
Onde de si ensinou
Em mil novecentos e setenta
Outro convite aceitou
E mais um empreitada
Nosso mestre camarada
Honradamente abraçou
Em genebra na Suíça
Foi consultor especial
E sempre priorizando
A área educacional
E entre tantas pelejas
Era essa das igrejas
Do conselho mundial
É nessa atividade
Que percorre continentes
Informando, educando
Fazendo povos contentes
Por onde o mestre passava
Sabiamente espalhava
Sua frutífera semente
39. A
Enquanto ele educava
O povo do estrangeiro
Ainda não esse achava
Homem feliz por inteiro
Por não alfabetizar
Humanizar
Educar o seu povo brasileiro
Em pouco tempo
Já era doutor em filosofia
Historia da educação
Aos poucos o mundo via
Que Freire alfabetizava
Que Freire concretizava
Ilusão, sonho, utopia
No ano setenta e nove
Com a redemocratização
O professor Paulo Freire
Sentiu profunda emoção
A luta o recompensou
Então o mestre voltou
Para a nossa nação
Então Luiza Erundina
Na época era prefeita
Convidou Paulo Freire
Para a grande empreita
Freire o convite atendeu
A cidade agradeceu
Alegre e bem satisfeita
Com as palavras do mundo
Aprendeu a aprender
o mundo das palavras
E desse mundo colher
Formas de alfabetizar
E ao povo indicar
A importância do saber
Dando a jovens e adultos
Exercícios de cidadania
Para que homem e mulher
Alcancem autonomia
Com muita vitalidade
Construam felicidade
Na base do dia a dia
40. A
Os seus atos progressistas
Brilham em sua trajetória
Freire na educação
É patrimônio e gloria
Referencia do educar
Do aprender do ensinar
Do libertar fazer historia
Sua vida, sua obra
Sua intensa atuação
Esse revolucionário
Que causa fascinação
E sempre nos orgulhou
De ter sido professor
Mestre da educação
Com mais de quarenta títulos
Trinta e oito em vida
Ele é nome de escolas
Sua obra é traduzida
Pelo mundo agraciada
Respeitada, pesquisada
Honradamente querida
Por tudo quanto fez
Este nobre menestrel
Sua luz esta na terra
E com as estrelas do céu
Desfrutando eterna gloria
Um pouco da sua história
Eu transformei em cordel