Este documento discute como Jesus continua a manter a existência do Universo através do Seu poder, e como dependemos
dele para nossa própria existência. Também aborda como Deus providenciou generosamente alimento para todas as Suas
criaturas quando criou o mundo, e preparou um jardim especial para Adão e Eva. O livro de Jó é citado como um exemplo
de como as questões sobre o mal na natureza permanecem sem respostas completas.
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1. Lição 8 16 a 23 de fevereiro
Jesus, provedor e mantenedor
Sábado à tarde Ano Bíblico: Nm 15, 16
VERSO PARA MEMORIZAR: “O meu Deus, segundo a Sua riqueza em glória, há de suprir, em Cristo Jesus, cada uma de
vossas necessidades” (Fp 4:19).
Leituras da semana: Hb 1:3; Cl 1:16, 17; Jó 42; Mt 5:45; 6:25-34; 10:28
Deus mantém a criação de maneira tão regular que, muitas vezes o Universo é comparado a uma máquina que Deus
deixou para funcionar por si mesma. No entanto, em lugar de uma máquina, a metáfora melhor é que a criação é como
um instrumento musical que Deus usa para produzir a desejada “melodia”. Ou seja, Ele está constantemente envolvido
na manutenção de tudo que criou.
No Universo, nada existe independentemente do Senhor. Ele criou tudo: “Todas as coisas foram feitas por intermédio
dEle, e, sem Ele, nada do que foi feito se fez” (Jo 1:3). Não só isso, mas Ele é quem sustenta tudo. Ainda mais
surpreendente é saber que Aquele que criou e tudo mantém foi crucificado por nós.
“O apóstolo Paulo, escrevendo pelo Espírito Santo, declarou acerca de Cristo: ‘Tudo foi criado por Ele e para Ele. E Ele é
antes de todas as coisas, e todas as coisas subsistem por Ele’ (Cl 1:16, 17, RC). A mão que sustém os mundos no espaço,
a mão que conserva em seu ordenado arranjo e incansável atividade todas as coisas através do Universo de Deus, é a
que na cruz foi pregada por nós” (Ellen G. White, Educação, p . 132).
Domingo Ano Bíblico: Nm 17–19
O Mantenedor
1. Qual é a função de Jesus na existência contínua do Universo? Hb 1:3; Cl 1:16, 17
Ele, que é o resplendor da glória e a expressão exata do seu Ser, sustentando todas as coisas pela palavra do seu poder,
depois de ter feito a purificação dos pecados, assentou-se à direita da Majestade, nas alturas, (Hebreus 1:3)
pois, nele, foram criadas todas as coisas, nos céus e sobre a terra, as visíveis e as invisíveis, sejam tronos, sejam
soberanias, quer principados, quer potestades. Tudo foi criado por meio dele e para ele. Ele é antes de todas as coisas.
Nele, tudo subsiste. (Colossenses 1:16-17)
A implicação aqui é que Jesus continua a manter a existência do Universo, pelo Seu poder. O Universo não é
independente. Sua existência depende do exercício contínuo da vontade divina. Essa é uma refutação ao deísmo, filosofia
segundo a qual Deus criou o mundo para que governasse a si mesmo e, em seguida, o deixou para que evoluísse sem
qualquer ação adicional dEle. A Bíblia exclui tal teoria.
Além disso, Deus não está na criação, constantemente criando-a, como nas falsas teorias do panteísmo (Deus e o
Universo são a mesma coisa) ou panenteísmo (Deus habita o Universo como se fosse seu próprio corpo). Ele não é
dependente do Universo de maneira nenhuma. Ele é separado do Universo; existiu e continua a existir
independentemente dele. O Universo depende de Deus, mas o Criador não depende do Universo.
2. Como Paulo descreve nosso relacionamento com Jesus? 1Co 8:6; At 17:28
todavia, para nós há um só Deus, o Pai, de quem são todas as coisas e para quem existimos; e um só Senhor, Jesus
Cristo, pelo qual são todas as coisas, e nós também, por ele. (1 Coríntios 8:6)
pois nele vivemos, e nos movemos, e existimos, como alguns dos vossos poetas têm dito: Porque dele também somos
geração. (Atos 17:28)
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2. Dependemos do poder mantenedor de Deus, momento a momento, dia após dia. É por causa do Seu amor que
continuamos a existir e somos capazes de agir e formar relacionamentos. De modo especial, isso é verdade para os que
se entregaram a Deus e que estão, como Paulo descreve, “em Cristo” (2Co 5:17; Ef 2:10; observe as referências à criação
nesses textos). Outra verdade é que mesmo os que rejeitam a salvação dependem do poder sustentador de Deus para
sua existência. Daniel apresentou esse ponto de modo muito incisivo ao rei Belsazar, quando disse: “Mas a Deus, em cuja
mão está a tua vida e todos os teus caminhos, a Ele não glorificaste” (Dn 5:23).
E, assim, se alguém está em Cristo, é nova criatura; as coisas antigas já passaram; eis que se fizeram novas. (2 Coríntios
5:17)
Pois somos feitura dele, criados em Cristo Jesus para boas obras, as quais Deus de antemão preparou para que
andássemos nelas. (Efésios 2:10)
E te levantaste contra o Senhor do céu, pois foram trazidos os utensílios da casa dele perante ti, e tu, e os teus grandes,
e as tuas mulheres, e as tuas concubinas bebestes vinho neles; além disso, deste louvores aos deuses de prata, de ouro,
de bronze, de ferro, de madeira e de pedra, que não vêem, não ouvem, nem sabem; mas a Deus, em cuja mão está a tua
vida e todos os teus caminhos, a ele não glorificaste. (Daniel 5:23)
Com tudo isso em mente, como podemos entender a realidade do livre-arbítrio e livre escolha? Por que esses elementos
da nossa existência são tão importantes para o conjunto das nossas crenças?
Segunda Ano Bíblico: Nm 20, 21
Generoso Provedor
Gênesis 1:29, 30 mostra que, quando Deus criou os seres viventes, também providenciou alimento para eles. Ervas, frutas e
sementes foram os alimentos escolhidos tanto para os seres humanos quanto para os animais. Nada é dito sobre
violência contra outros seres viventes ou competição por recursos. O generoso Provedor criou muita comida para que
todos pudessem participar sem necessidade de violência.
E disse Deus ainda: Eis que vos tenho dado todas as ervas que dão semente e se acham na superfície de toda a terra e
todas as árvores em que há fruto que dê semente; isso vos será para mantimento. E a todos os animais da terra, e a
todas as aves dos céus, e a todos os répteis da terra, em que há fôlego de vida, toda erva verde lhes será para
mantimento. E assim se fez. (Gênesis 1:29-30)
Há um contraste muito grande em relação aos modelos comuns para a existência, propostos pela teoria evolucionista,
segundo a qual a vida humana, de fato toda vida, existe unicamente através de um violento processo de predação e
sobrevivência do mais apto. Os primeiros capítulos de Gênesis não reconhecem nada disso. Ao contrário, eles revelam
um mundo que era, literalmente, um paraíso desde o princípio. Por isso, quando o Senhor acabou de criá-lo, a Bíblia
registra as seguintes palavras: “Viu Deus tudo quanto fizera, e eis que era muito bom. Houve tarde e manhã, o sexto dia”
(Gn 1:31).
Viu Deus tudo quanto fizera, e eis que era muito bom. Houve tarde e manhã, o sexto dia. (Gênesis 1:31)
3. O que a Bíblia indica sobre o interesse especial de Deus em prover para Adão e Eva? Gn 2:8, 9
E plantou o SENHOR Deus um jardim no Éden, na direção do Oriente, e pôs nele o homem que havia formado. Do solo fez
o SENHOR Deus brotar toda sorte de árvores agradáveis à vista e boas para alimento; e também a árvore da vida no
meio do jardim e a árvore do conhecimento do bem e do mal. (Gênesis 2:8-9)
Já observamos que Deus havia providenciado alimento para todas as Suas criaturas, incluindo os seres humanos. Então,
vemos Deus indo um passo adiante. Ele não somente proveu generosamente alimento por toda a Terra, mas preparou
um jardim especial para Adão e Eva, com árvores agradáveis aos olhos e boas para a alimentação ( Gn 2:9). O jardim, com
sua beleza e variedade de alimentos, foi uma provisão do extraordinário amor e graça de Deus. Um dom da graça porque
Adão e Eva não haviam feito nada para merecer, mas o Senhor lhes ofereceu gratuitamente e o preencheu
generosamente.
Conforme demonstrado em lição anterior, estamos muito longe da criação original. Nosso mundo está muito danificado.
Parece que nada na Terra foi poupado. No entanto, mesmo em meio ao dano, existe uma poderosa evidência do amor de
Deus.
“A natureza é um poder, mas o Deus da natureza é um poder ilimitado. Suas obras representam Seu caráter. Os que O
julgam a partir de Suas obras, e não a partir das suposições dos grandes homens, verão Sua presença em tudo” (Ellen G.
White, The Signs of the Times [Sinais dos Tempos], 13 de março de 1884).
Ao observar a natureza, você consegue perceber “Sua presença em tudo”?
Terça Ano Bíblico: Nm 22–24
Mal natural
Uma das grandes questões com as quais os crentes em um Deus amoroso têm que lidar é a questão do mal, não apenas
a maldade humana, mas o que é chamado “mal natural”. Isto é, quando coisas ruins acontecem na natureza
(inundações, furacões, secas, terremotos, etc.), que causam tanta dor e sofrimento, não apenas para os seres humanos,
mas também para os animais.
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3. Como devemos entender essas coisas? Afinal, se Deus está no controle da criação, por que essas coisas acontecem? Um
dos mais antigos livros da Bíblia é o de Jó, no qual essas questões (e outras) se tornaram dolorosamente reais para ele.
4. Leia Jó 42. O que esse capítulo nos responde? Que perguntas permanecem sem resposta?
Então, respondeu Jó ao SENHOR: Bem sei que tudo podes, e nenhum dos teus planos pode ser frustrado. Quem é aquele,
como disseste, que sem conhecimento encobre o conselho? Na verdade, falei do que não entendia; coisas maravilhosas
demais para mim, coisas que eu não conhecia. Escuta-me, pois, havias dito, e eu falarei; eu te perguntarei, e tu me
ensinarás. Eu te conhecia só de ouvir, mas agora os meus olhos te vêem. Por isso, me abomino e me arrependo no pó e
na cinza. Tendo o SENHOR falado estas palavras a Jó, o SENHOR disse também a Elifaz, o temanita: A minha ira se
acendeu contra ti e contra os teus dois amigos; porque não dissestes de mim o que era reto, como o meu servo Jó. Tomai,
pois, sete novilhos e sete carneiros, e ide ao meu servo Jó, e oferecei holocaustos por vós. O meu servo Jó orará por vós;
porque dele aceitarei a intercessão, para que eu não vos trate segundo a vossa loucura; porque vós não dissestes de
mim o que era reto, como o meu servo Jó. Então, foram Elifaz, o temanita, e Bildade, o suíta, e Zofar, o naamatita, e
fizeram como o SENHOR lhes ordenara; e o SENHOR aceitou a oração de Jó. Mudou o SENHOR a sorte de Jó, quando este
orava pelos seus amigos; e o SENHOR deu-lhe o dobro de tudo o que antes possuíra. Então, vieram a ele todos os seus
irmãos, e todas as suas irmãs, e todos quantos dantes o conheceram, e comeram com ele em sua casa, e se condoeram
dele, e o consolaram de todo o mal que o SENHOR lhe havia enviado; cada um lhe deu dinheiro e um anel de ouro.
Assim, abençoou o SENHOR o último estado de Jó mais do que o primeiro; porque veio a ter catorze mil ovelhas, seis mil
camelos, mil juntas de bois e mil jumentas. Também teve outros sete filhos e três filhas. Chamou o nome da primeira
Jemima, o da outra, Quezia, e o da terceira, Quéren-Hapuque. Em toda aquela terra não se acharam mulheres tão
formosas como as filhas de Jó; e seu pai lhes deu herança entre seus irmãos. Depois disto, viveu Jó cento e quarenta
anos; e viu a seus filhos e aos filhos de seus filhos, até à quarta geração. Então, morreu Jó, velho e farto de dias. (Jó 42:1-
17)
Quem já leu o livro de Jó talvez obteve mais perguntas do que respostas. O livro revela verdades importantes sobre o
grande conflito (Ap 12:12), que ajudam a formar um pano de fundo decisivo para começarmos a entender a existência do
mal. O cenário do grande conflito, no entanto, não explica todos os exemplos do mal. De fato, explicar o mal, em certo
sentido, seria justificá-lo, e nunca poderemos fazer isso. O grande conflito pode revelar as grandes questões por trás do
mal, mas não diz muita coisa sobre cada exemplo do mal.
Por isso, festejai, ó céus, e vós, os que neles habitais. Ai da terra e do mar, pois o diabo desceu até vós, cheio de grande
cólera, sabendo que pouco tempo lhe resta. (Apocalipse 12:12)
Jó não entendia, e nós também não entendemos quando nos deparamos com perdas tão catastróficas. Embora Deus
tivesse falado com Jó, Ele não respondeu às perguntas do patriarca, nem explicou a causa do que acontecia. Ele
simplesmente lembrou a Jó que havia coisas além do seu conhecimento e que ele precisava confiar em Deus, o que Jó
fez. Nossa experiência é muitas vezes semelhante. Podemos não receber uma resposta para nossas perguntas. Mas a
história de Jó nos dá uma importante compreensão da natureza do mal, e isso nos mostra que Deus não ignora as lutas
que enfrentamos.
Leia novamente a citação de Ellen G. White, na lição de sábado. De que maneira ela nos ajuda a lidar melhor com a
questão do mal, sabendo que o próprio Deus também sofreu muito por causa disso?
Quarta Ano Bíblico: Nm 25–27
Governando uma criação danificada
5. Como Deus age na criação a fim de manter Suas criaturas? O que isso nos diz sobre Seu interesse no mundo
criado? Mt 5:45; Sl 65:9, 10
para que vos torneis filhos do vosso Pai celeste, porque ele faz nascer o seu sol sobre maus e bons e vir chuvas sobre
justos e injustos. (Mateus 5:45)
Tu visitas a terra e a regas; tu a enriqueces copiosamente; os ribeiros de Deus são abundantes de água; preparas o
cereal, porque para isso a dispões, regando-lhe os sulcos, aplanando-lhe as leivas. Tu a amoleces com chuviscos e lhe
abençoas a produção. (Salmos 65:9-10)
Estamos familiarizados com o Sol e a chuva, e os cientistas dão explicações para os processos envolvidos em cada um
deles. No entanto, há mais a respeito da história do que a ciência pode dizer. Nos bastidores, Deus está ativamente
suprindo as necessidades de Suas criaturas. Podemos não entender Seus caminhos, mas sabemos que Ele está no
controle. Um hábil músico pode tocar um instrumento de maneira a atrair a atenção das pessoas para a música, e não
para o músico. Do mesmo modo, Deus organiza a criação de maneira que vemos, muitas vezes, Suas obras e ficamos
impressionados com a grandiosidade da criação. Ao mesmo tempo, podemos não reconhecer que Deus está nos
bastidores, arranjando os eventos de acordo com Sua vontade e planejando para que todas as coisas finalmente
cooperem para o bem daqueles que O amam (Rm 8:28).
Sabemos que todas as coisas cooperam para o bem daqueles que amam a Deus, daqueles que são chamados segundo o
seu propósito.(Romanos 8:28)
6. Que fenômeno semelhante é observado nos textos seguintes? Gn 8:1; Êx 10:13; Nm 11:31
Lembrou-se Deus de Noé e de todos os animais selváticos e de todos os animais domésticos que com ele estavam na
arca; Deus fez soprar um vento sobre a terra, e baixaram as águas.(Gênesis 8:1)
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4. Estendeu, pois, Moisés o seu bordão sobre a terra do Egito, e o SENHOR trouxe sobre a terra um vento oriental todo
aquele dia e toda aquela noite; quando amanheceu, o vento oriental tinha trazido os gafanhotos. (Êxodo 10:13 RA)
Então, soprou um vento do SENHOR, e trouxe codornizes do mar, e as espalhou pelo arraial quase caminho de um dia, ao
seu redor, cerca de dois côvados sobre a terra. (Números 11:31)
O vento é um fenômeno comum e geralmente entendemos sua causa. Mas nesses textos, o vento ocorre em
circunstâncias especiais. Poderíamos chamá-los de “ventos providenciais”. Eles ocorrem em tempos e lugares específicos
e realizam propósitos específicos. Embora possam parecer “naturais”, há um Ser invisível realizando os propósitos de Sua
vontade, usando recursos do mundo que Ele criou para cumpri-los.
Em 2 Reis 20:9-11, vemos um dos milagres mais inusitados de toda a Bíblia. A relação entre o Sol, a Terra e a duração do dia
parece ser uma das características mais estáveis e previsíveis da experiência humana. Imagine a reação da comunidade
científica de hoje, se um evento semelhante ocorresse em nossos dias. No entanto, devemos perguntar: “Acaso, para o
Senhor há coisa demasiadamente difícil?” (Gn 18:14). O que esse e outros milagres devem nos dizer é que existem muitas
coisas sobre a criação, e as ações de Deus em Sua criação, que estão muito além de nosso entendimento. Por isso é tão
crucial que cheguemos a um conhecimento pessoal de Deus e conheçamos por nós mesmos a realidade do Seu amor.
Dessa forma, aprenderemos a confiar nEle, apesar de tudo o que não entendemos.
Respondeu Isaías: Ser-te-á isto da parte do SENHOR como sinal de que ele cumprirá a palavra que disse: Adiantar-se-á a
sombra dez graus ou os retrocederá? Então, disse Ezequias: É fácil que a sombra adiante dez graus; tal, porém, não
aconteça; antes, retroceda dez graus. Então, o profeta Isaías clamou ao SENHOR; e fez retroceder dez graus a sombra
lançada pelo sol declinante no relógio de Acaz. (2 Reis 20:9-11)
Quinta Ano Bíblico: Nm 28–30
Provedor para uma criação danificada
“Observai as aves do céu: não semeiam, não colhem, nem ajuntam em celeiros; contudo, vosso Pai celeste as sustenta.
Porventura, não valeis vós muito mais do que as aves?” (Mt 6:26).
Mesmo depois que Adão e Eva pecaram e já não podiam entrar no jardim, Deus supriu suas necessidades físicas
imediatas (Gn 3:21). O pecado trouxe uma novidade: a necessidade de vestuário. Adão e Eva tentaram preparar roupas
para si mesmos, mas as roupas de folhas de figueira foram bastante insatisfatórias. Era necessário algo melhor, o que
Deus proveu na forma de peles (Consideraremos mais acerca do significado das peles em outra lição). O ponto é que
Deus supriu as necessidades deles, embora tivessem caído no pecado. Esse é outro exemplo da graça de Deus provendo
para nós, apesar de nossa indignidade.
Fez o SENHOR Deus vestimenta de peles para Adão e sua mulher e os vestiu. (Gênesis 3:21)
7. Que mensagem importante Jesus nos apresenta sobre o cuidado de Deus? Como devemos entendê-la, em face das
provações e tragédias que afetam de modo tão significativo a vida das pessoas? Mt 6:25-34
Por isso, vos digo: não andeis ansiosos pela vossa vida, quanto ao que haveis de comer ou beber; nem pelo vosso corpo,
quanto ao que haveis de vestir. Não é a vida mais do que o alimento, e o corpo, mais do que as vestes? Observai as aves
do céu: não semeiam, não colhem, nem ajuntam em celeiros; contudo, vosso Pai celeste as sustenta. Porventura, não
valeis vós muito mais do que as aves? Qual de vós, por ansioso que esteja, pode acrescentar um côvado ao curso da sua
vida? E por que andais ansiosos quanto ao vestuário? Considerai como crescem os lírios do campo: eles não trabalham,
nem fiam. Eu, contudo, vos afirmo que nem Salomão, em toda a sua glória, se vestiu como qualquer deles. Ora, se Deus
veste assim a erva do campo, que hoje existe e amanhã é lançada no forno, quanto mais a vós outros, homens de
pequena fé? Portanto, não vos inquieteis, dizendo: Que comeremos? Que beberemos? Ou: Com que nos vestiremos?
Porque os gentios é que procuram todas estas coisas; pois vosso Pai celeste sabe que necessitais de todas elas; buscai,
pois, em primeiro lugar, o seu reino e a sua justiça, e todas estas coisas vos serão acrescentadas. Portanto, não vos
inquieteis com o dia de amanhã, pois o amanhã trará os seus cuidados; basta ao dia o seu próprio mal. (Mateus 6:25-34)
Essas são palavras muito confortadoras, e precisamos nos apegar a elas com todo o coração, alma e mente,
especialmente em tempos de grande sofrimento, perda e necessidade. Jesus morreu por nós, não pelos lírios ou
pássaros. Podemos ter certeza de Seu amor por nós, independentemente das circunstâncias. No entanto, as
circunstâncias às vezes podem ser bastante assustadoras. Vemos fome, seca, inundações, epidemias e morte em toda
parte, e os cristãos também não estão imunes a essas tragédias.
Deus não promete a Seu povo uma vida de luxo, livre de sofrimento, mas promete suprir nossas necessidades e nos
fortalecer, de modo que possamos enfrentar nossos desafios. Só não podemos esquecer a realidade do grande conflito e
o fato de que estamos em um mundo caído.
Leia Mateus 10:28. Como esse verso, combinado com os versos de hoje, poderia nos ajudar a lidar melhor com as duras
realidades que muitas vezes enfrentamos?
Não temais os que matam o corpo e não podem matar a alma; temei, antes, aquele que pode fazer perecer no inferno
tanto a alma como o corpo. (Mateus 10:28)
Sexta Ano Bíblico: Nm 31, 32
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5. Estudo adicional
Leia de Ellen G. White, Testemunhos para a Igreja, v. 8, p. 259-261: “Leis da Natureza”.
“Homens de ciência julgam poder compreender a sabedoria de Deus, aquilo que Ele fez ou pode fazer. Prevalece
largamente a ideia de que Ele é restrito pelas Suas próprias leis. Os homens ou negam ou ignoram Sua existência, ou
julgam explicar tudo, mesmo a atuação de Seu Espírito sobre o coração humano; e não mais reverenciam Seu nome nem
temem Seu poder. Não creem no sobrenatural, não compreendem as leis de Deus, nem Seu poder infinito para executar
Sua vontade por meio deles. Conforme é usualmente empregada, a expressão “leis da natureza” compreende o que o
homem tem podido descobrir com relação às leis que governam o mundo físico. Mas quão limitado é o seu
conhecimento, e quão vasto é o campo em que o Criador pode atuar em harmonia com Suas próprias leis e, todavia
inteiramente além da compreensão de seres finitos!” (Ellen G. White, Patriarcas e Profetas, p. 114).
Perguntas para reflexão
1. Leia atentamente a citação acima. O que ela está dizendo? Podemos ver os cientistas hoje fazendo exatamente o que
foi descrito?
2. A ciência de nossos dias é muito melhor do que costumava ser para explicar, através dos meios naturais, por que
certas coisas acontecem ou por que deixam de acontecer. O problema não está com os “meios naturais” ou “leis
naturais”, mas com a ideia de que esses meios e leis são tudo o que existe, e de que não há forças sobrenaturais por trás
deles. O que há de errado com essa suposição? Por que, logicamente, isso não faz sentido? (Reflita: De onde surgiram
essas leis?) Por que essa ideia é tão contrária aos ensinamentos mais básicos da Bíblia?
3. Como a imagem da criação comparada a um instrumento musical oferece um quadro mais preciso do relacionamento
de Deus com a criação do que a imagem da criação como máquina?
4. Que eventos especiais poderíamos considerar apenas “forças da natureza”? Veja, por exemplo, 1 Reis 19:11, 12.
Disse-lhe Deus: Sai e põe-te neste monte perante o SENHOR. Eis que passava o SENHOR; e um grande e forte vento
fendia os montes e despedaçava as penhas diante do SENHOR, porém o SENHOR não estava no vento; depois do vento,
um terremoto, mas o SENHOR não estava no terremoto; depois do terremoto, um fogo, mas o SENHOR não estava no
fogo; e, depois do fogo, um cicio tranqüilo e suave. (1 Reis 19:11-12)
Respostas sugestivas: 1. O Senhor sustenta todas as coisas pelo poder de Sua palavra. Ele é Criador e Mantenedor do
Universo. 2. Jesus nos criou e mantém a nossa vida; nEle vivemos, nos movemos e existimos. 3. Deus colocou no jardim
árvores belas e boas para alimentar Adão e Eva. Estava ali também a árvore da vida. 4. Deus mostrou Sua onipotência e
onisciência. Ao perceber que o Criador estava perto dele e ao notar como era o caráter dEle, Jó se arrependeu do que
havia dito e pensado, em razão de sua ignorância. A renovação das bênçãos sobre a família de Jó respondeu uma parte
das perguntas de Jó e trouxe confiança em relação às perguntas não respondidas. 5. Deus envia o Sol e a chuva para
prover alimento aos habitantes da Terra. 6. Deus utilizou o vento de modo sobrenatural, em favor de Seu povo e para
mostrar Seu poder. 7. Se Deus alimenta as aves e veste a erva do campo, devemos confiar na Sua provisão quanto ao
alimento, bebida, vestuário, proteção e vida eterna. Devemos confiar no Senhor, mesmo nos momentos de aflição.
Resumo da Lição 8 – Jesus, provedor e mantenedor
Textos-chaves: Hebreus 1:2, 3; Colossenses 1:16, 17
nestes últimos dias, nos falou pelo Filho, a quem constituiu herdeiro de todas as coisas, pelo qual também fez o universo.
Ele, que é o resplendor da glória e a expressão exata do seu Ser, sustentando todas as coisas pela palavra do seu poder,
depois de ter feito a purificação dos pecados, assentou-se à direita da Majestade, nas alturas, (Hebreus 1:2-3)
pois, nele, foram criadas todas as coisas, nos céus e sobre a terra, as visíveis e as invisíveis, sejam tronos, sejam
soberanias, quer principados, quer potestades. Tudo foi criado por meio dele e para ele. Ele é antes de todas as coisas.
Nele, tudo subsiste. (Colossenses 1:16-17)
O aluno deverá...
Saber: Por que a divina manutenção do mundo é importante para a vida espiritual.
Sentir: A importância do poder sustentador de Deus para a vida espiritual.
Fazer: Procurar depender mais completamente do divino poder mantenedor em nossa vida.
Esboço
I. Saber: Deus mantém o mundo
A. Que tipo de Deus continua a manter o que Ele criou?
B. Como a manutenção contínua de Sua criação revela Seu propósito e vontade?
II. Sentir: Apreciar o divino poder mantenedor
A. O fato de que Deus sustenta Sua criação faz diferença em seu relacionamento com Ele?
B. Compare o planejamento divino com o modelo evolucionista, no qual não há nenhum projeto, mas apenas forças
aleatórias atuando. A diferença apresentada por essa comparação aprofunda sua apreciação pelas muitas bênçãos e
promessas de Deus, tantas vezes ignoradas?
C. Por outro lado, a diferença entre evolução e criação ajuda a aprofundar a sua compaixão e paciência para com aqueles
cuja cosmovisão é moldada pela crença no modelo evolutivo?
III. Fazer: Depender do poder mantenedor de Deus
A. Como você pode adequadamente provar a Palavra de Deus e experimentar seu poder de criação?
B. De que forma você pode permitir que o poder criador e mantenedor de Deus renove todas as áreas da sua vida?
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6. Resumo: A visão bíblica da manutenção contínua da criação destaca que Deus tem um propósito e um plano que Ele
procura manter. Isso parece incompatível com um modelo evolucionista, no qual não há planejamento e no qual atuam
apenas processos aleatórios e não dirigidos. A doutrina da divina manutenção, portanto, requer uma visão específica de
Deus, que parece incompatível com panenteísmo e panteísmo, visões que tendem a tornar Deus indigno de confiança ou
igualmente vítima das forças naturais maiores do que Ele mesmo. O divino poder mantenedor é o mesmo que o seu
poder criativo, e encontramos este poder de sustentação criativo no trabalho tanto na justificação e santificação.
Ciclo do aprendizado
Motivação
Conceito-chave para o crescimento espiritual: A Bíblia ensina que Deus continuamente sustenta o Universo que Ele criou.
A divina obra de manutenção não é compatível com todos os pontos de vista sobre Deus, mas requer perspectivas
específicas acerca de quem é Deus.
Só para o professor: Enfatize que o divino poder mantenedor na natureza é o mesmo poder que nos sustenta na vida
espiritual.
Um Deus mantenedor é ativo e está interessado em Sua criação. São inúmeras as histórias de pessoas que exerceram
muita fé e realizaram grandes coisas com Deus. O missionário George Mueller era famoso por confiar em Deus para
suprir as necessidades de sua obra missionária. A Bíblia contém histórias semelhantes, desde a libertação de Israel às
numerosas fugas de Davi diante de seus inimigos e às viagens missionárias de Paulo. Nessas histórias, um grupo de
pessoas assumiu o risco de radicalmente depender do divino poder criador e mantenedor para realizar proezas que
glorificassem a Deus. Infelizmente, temos a tendência de ter tanto medo da presunção ou do emocionalismo que
tememos o contato com o sobrenatural.
Em nenhum lugar esse medo é mais tragicamente representado do que na história do rei Acaz, durante o cerco do
exército sírio contra Judá. Isaías foi enviado a Acaz com uma promessa: “Acautela-te e aquieta-te; não temas, nem se
desanime o teu coração por causa destes dois tocos de tições fumegantes [...] Assim diz o Senhor Deus: Isto não
subsistirá, nem tampouco acontecerá” (Is 7:4-7). Acaz parecia duvidar da promessa, por isso “continuou o Senhor a falar
com Acaz, dizendo: Pede ao Senhor, teu Deus, um sinal, quer seja embaixo, nas profundezas, ou em cima, nas alturas.
Acaz, porém, disse: Não o pedirei, nem tentarei ao Senhor" (vs. 10-12). Deus deseja que confiemos em Suas promessas
porque Ele ainda está atuando, sustentando o Universo e tudo o que está nele.
Pergunta de abertura: A maioria de nós odeia depender dos outros. Por que achamos isso tão desagradável, e como essa
atitude pode afetar a nossa capacidade de confiar em Deus?
Compreensão
Só para o professor: O fato de que Deus é um ativo mantenedor só é compatível com certos pontos de vista sobre Deus.
O poder mantenedor é igual ao poder criador. Assim, o Novo Testamento atribui a Cristo tanto o poder de criar quanto de
manter a criação.
Comentário Bíblico
Nosso Deus Mantenedor (Recapitule com a classe Hebreus 1:2, 3 e Colossenses 1:16, 17.)
Vários pontos importantes das lições anteriores são reforçados pelo conceito da atividade contínua de Deus na
manutenção do Universo. Primeiro, uma manutenção ativa parece contrária aos processos não dirigidos da seleção
natural e da evolução, que são desprovidos de planejamento e propósito. Os cristãos que tentam unir a criação com a
evolução procuram misturar visões contraditórias de como Deus age e Se relaciona com o mundo.
Em segundo lugar, alguns teólogos que estão atualmente tentando misturar a evolução com a teologia cristã promovem
uma visão panenteísta de Deus. O panenteísmo afirma que todo o Universo material está em Deus, como parte de Seu
ser. O Universo parece ser o corpo de Deus. Essa visão cria um problema interessante, também compartilhado pelo
panteísmo (tudo é Deus). Em ambos os pontos de vista, há uma significativa falta de distinção entre criatura e Criador,
pois todos participam do Ser divino. Se os processos aleatórios da evolução são parte do Ser divino, então, ou Deus é
instável, variável e, possivelmente, caprichoso, causando terremotos, tornados e calamidades, ou Deus Se torna
diminuído em poder, assumindo também o papel de vítima, junto com a criação. Esses teólogos evolucionistas tendem a
promover a última alternativa, argumentando que Deus Se esconde na natureza para que o mundo possa ser
verdadeiramente livre para participar de sua própria criação. Em vez de manter o mundo de acordo com um projeto
previamente estabelecido, Deus humildemente Se submete ao mesmo sofrimento e dor que enfrentamos, sendo
igualmente uma vítima do mal natural. Devemos encontrar conforto, não em que Deus possa intervir, mas em que a
nossa dor e sofrimento estão eternamente gravadas no Ser divino e, portanto, jamais serão esquecidas. Alguns chegam
ao ponto de afirmar que Deus está evoluindo com o Universo que é parte dEle.
A doutrina da proveniência (origem) divina está em forte contraste com esses pontos de vista. Para ser um mantenedor,
não se pode ser igualmente vítima, juntamente com os necessitados. Um navio que está afundando não traria nenhuma
ajuda real aos passageiros do Titanic. As vítimas do Titanic precisavam de outro navio, em condições seguras, para salvá-
los. O ajudador deve estar suficientemente capacitado para oferecer uma ajuda concreta aos necessitados e, por isso,
não pode ser igualmente uma vítima com eles. Assim, um Deus que mantém e provê deve ser separado e "diferente" do
que Ele mantém. Ele também deve ter planos e propósitos que deseja apoiar com a Sua manutenção e ser superior em
poder e recursos. Esse Deus entrou em nosso sofrimento pela Encarnação, não como uma indefesa vítima igual a nós,
mas em um ato de autossacrifício que oferece uma solução para uma rebelião cósmica, a todos os que se dispuserem a
renunciar à sua revolta. Assim, Deus não sofreu por causa do sofrimento, mas para alcançar propósitos específicos. Deus
sofreu para criar as condições necessárias para salvar e libertar, e não apenas para ter empatia.
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7. Finalmente, a doutrina da divina manutenção nos leva à correspondente doutrina da nossa total dependência de alguém
maior e melhor do que nós mesmos. A confiante dependência de Deus é um elemento vital da justificação pela fé.
Dependemos de Deus pela fé, no sentido de que Ele não apenas nos perdoe os pecados, mas também nos dê o poder
para andar nos caminhos da justiça. A justificação pela fé depende da divina palavra criadora, da promessa, apesar do
que se percebe e sente. Isso capacita o crente a fazer escolhas com base na confiante fé em que Deus cumprirá Sua
promessa e o manterá em uma caminhada bem-sucedida de crescimento e desenvolvimento morais. Assim como o
mundo depende de seu Criador, não apenas para sua origem, mas também para contínua manutenção, também o crente
vive em um estado de dependência de Deus, não somente para a justificação, mas também para implementar um estilo
de vida cristão.
Pense nisto: Os escritores do Novo Testamento atribuem a Cristo tanto a criação quanto a manutenção (por exemplo, At
17:28; Cl 1:16, 17; Hb 1:3). Para eles, quem é Cristo?
Aplicação
Só para o professor: Saber que Deus está continuamente mantendo o mundo deve nos lembrar de nossa total
dependência de Deus e Suas promessas.
Perguntas para testemunho:
1. Quando você acha fácil depender das promessas de Deus, e por quê? Quando você acha isso difícil, e por quê?
2. O que pode ajudá-lo a estar mais disposto a depender da Palavra de Deus e de Suas promessas?
3. As histórias bíblicas sobre Deus amparando outras pessoas podem nos ajudar a desenvolver confiança em Deus?
4. O testemunho de pessoas em quem você confia pode ajudá-lo a se tornar mais disposto a exercer fé nas promessas de
Deus?
Criatividade
Só para o professor: Apocalipse 12:11 diz: "Eles, pois, o venceram por causa do sangue do Cordeiro e por causa da palavra
do testemunho que deram”. Lembre aos seus alunos de que testemunhar sobre a divina atividade mantenedora em sua
vida pode incentivar outras pessoas a confiar nesse poder mantenedor e nas Suas promessas.
Atividade para discussão: Você teve experiências que podem incentivar outras pessoas a confiar na Palavra de Deus e
em Suas promessas?
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