1) A natureza missionária de Deus e Sua iniciativa em salvar a humanidade desde o início, enviando Seu Filho ao mundo. 2) A criação do homem e da mulher à imagem de Deus, com livre-arbítrio, e as consequências da queda no Éden. 3) A continuação do plano de Deus para restaurar a humanidade através do evangelho.
Lições Adultos Missionários: Natureza Missionária de Deus
1. Lições Adultos Missionários
Lição 1 - A natureza missionária de Deus 27 de junho a 4 de julho
❉ Sábado à tarde Ano Bíblico: Sl 72–77
VERSO PARA MEMORIZAR: “Vejam, Eu O fiz uma testemunha aos povos, um líder e governante dos
povos”. Is 55:4, NVI.
Leituras da Semana: Gn 1:26-28; 2:15-17; 1Jo 2:16; Jo 3:14, 15; 2Co 5:21; Mt 5:13, 14
Nosso mundo está uma confusão e, como seres humanos, somos o grande motivo para essa confusão. Isso
ocorre porque somos pecadores, criaturas caídas cuja natureza, em sua essência, é má. Por mais que gostemos
de pensar que estamos avançando e melhorando, a história do século passado não é nada animadora. Ainda
não chegamos ao fim do primeiro quarto deste século, e as coisas também não parecem muito favoráveis neste
momento. Se o passado é o precursor do futuro, tudo o que podemos esperar, para citar as palavras de Winston
Churchill, antigo político britânico, é “sangue, labuta, lágrimas e suor”.
No entanto, nem tudo está perdido. Ao contrário, Jesus Cristo morreu pelos nossos pecados e, por meio de Sua
morte, temos a promessa de salvação, restauração e renovação de todas as coisas. “Vi novo céu e nova Terra,
pois o primeiro céu e a primeira Terra passaram, e o mar já não existe” (Ap 21:1).
Não fomos deixados sozinhos, abandonados na expansão infinita de um Universo frio e aparentemente
indiferente, para nos arranjarmos como pudéssemos. Jamais conseguiríamos fazer isso; as forças
arregimentadas contra nós são muito superiores. É por isso que, antes do início do mundo, Deus formulou o
plano da salvação, a fim de fazer por nós o que jamais poderíamos fazer por nós mesmos.
Sua igreja está preparada para a semana de oração jovem, a ser realizada no mês de julho?
Ore por uma pessoa e convide-a para que participe.
❉ Domingo - Deus criou o homem e a mulher Ano Bíblico: Sl 78–80
Uma das perguntas recorrentes que têm sido feitas pelos seres humanos é: “De onde vim?” Nos dois primeiros
capítulos da Bíblia (e, na verdade, ao longo de toda ela) nos é dada a resposta para essa pergunta que muitos
consideram a mais importante que alguém possa fazer. Afinal de contas, somente sabendo de onde viemos é
que podemos começar a saber quem somos, por que existimos, como devemos viver, e, no fim, para onde
vamos.
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2. 1. Leia Gênesis 1 e 2, mas especialmente Gênesis 1:26-28. Que grandes diferenças aparecem na criação da
humanidade, em contraste com o restante da criação? O que destaca os seres humanos das outras criaturas?
Gn 1:26-28, (ACF); 26 E disse Deus: Façamos o homem à nossa imagem, conforme a nossa semelhança; e
domine sobre os peixes do mar, e sobre as aves dos céus, e sobre o gado, e sobre toda a terra, e sobre todo o
réptil que se move sobre a terra. 27 E criou Deus o homem à sua imagem: à imagem de Deus o criou; homem
e mulher os criou. 28 E Deus os abençoou, e Deus lhes disse: Frutificai e multiplicai-vos, e enchei a terra, e
sujeitai-a; e dominai sobre os peixes do mar e sobre as aves dos céus, e sobre todo o animal que se move sobre
a terra.
1. O homem e a mulher foram criados por último. Tinham diante deles toda a criação visível para estudar e
cuidar.
2. O modo divino de criar o homem e a mulher foi diferente daquele pelo qual vieram à existência as outras
criaturas. Até esse ponto, a ordem divina tinha sido: “Haja” (luz, firmamento, água, peixes, aves, animais,
etc.). Então a ordem se transformou numa decisão conjunta: “Façamos o homem [...]” As três pessoas da
Divindade – Pai, Filho e Espírito Santo – conversaram sobre o assunto para tomar uma decisão. Embora esses
dois capítulos tratem da criação da Terra e das criaturas que ela contém, não há dúvida de que o principal
enfoque estava na criação da humanidade.
3. O homem e a mulher foram criados à imagem e semelhança de Deus, algo que não é dito a respeito de nada
mais do que foi criado naquela ocasião. Embora o texto não diga o que significa ser criado à imagem e
semelhança de Deus, isso deve significar que os seres humanos, de alguma forma, refletem o caráter de seu
Criador. Uma vez que temos uma capacidade moral que não é vista em outras criaturas, ser feito à imagem e
semelhança de Deus certamente significa que os seres humanos refletem, até certo ponto, o caráter moral de
Deus. As borboletas, por exemplo, podem ser belas, mas não se preocupam com questões relativas ao que é
certo ou errado.
4. O homem e a mulher deveriam ter domínio, representar Deus na Terra e governar sobre o restante da
criação. Esse chamado necessariamente acarreta responsabilidade.
Os seres humanos são apresentados no primeiro capítulo da Bíblia, mas não isoladamente. Existimos, mas
dentro de um relacionamento com Deus. Que importância Deus deve ter em nossa vida? Podemos ser
realmente “completos” sem Ele? Leia também Atos 17:28.
At 17:28, (ACF); 28 Porque nele vivemos, e nos movemos, e existimos; como também alguns dos vossos
poetas disseram: Pois somos também sua geração.
❉ Segunda - Livre-arbítrio Ano Bíblico: Sl 81–85
No relato da criação está incrustada a advertência dada por Deus sobre a ordem de não comer da “árvore do
conhecimento do bem e do mal” (Gn 2:9). Portanto, desde o princípio podemos ver o elemento moral
concedido à humanidade, algo que não é visto em nenhuma das outras criaturas vivas. Como dissemos ontem,
a capacidade de discernimento moral é uma das formas pelas quais os seres humanos revelam a imagem e
semelhança de Deus.
2. O que Gênesis 2:15-17 diz sobre a realidade do livre-arbítrio nos seres humanos?
Gn 2:15-17, (ACF); 15 E tomou o SENHOR Deus o homem, e o pós no jardim do Éden para o lavrar e o
guardar. 16 E ordenou o SENHOR Deus ao homem, dizendo: De toda a árvore do jardim comerás livremente,
17 Mas da árvore do conhecimento do bem e do mal, dela não comerás; porque no dia em que dela comeres,
certamente morrerás.
Deus poderia ter criado os seres humanos de forma que cumprissem automaticamente Sua vontade. Essa é a
maneira pela qual foram criadas as outras coisas, como a luz, o Sol, a Lua e as estrelas. Elas obedecem a Deus
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3. sem nenhum elemento de escolha; cumprem a vontade de Deus automaticamente, por meio de leis naturais
que guiam suas ações.
Mas a criação do homem e da mulher foi especial. Deus os criou para Si. Desejava que eles fizessem suas
próprias escolhas e que escolhessem adorá-Lo voluntariamente, em vez de serem forçados a fazê-lo. Do
contrário não poderiam amá-Lo, porque o amor, para ser verdadeiro, precisa ser dado livremente.
Por ser de origem divina, o livre-arbítrio é protegido e respeitado por Deus. O Criador não interfere nas
escolhas mais profundas e persistentes dos homens e mulheres. As escolhas erradas também têm
consequências e, às vezes terríveis, mas é contra o caráter de nosso soberano Senhor forçar a submissão ou a
obediência.
O princípio do livre-arbítrio humano tem três importantes implicações:
Para a religião: O Deus onipotente não dirige a vontade e as escolhas individuais de maneira unilateral.
Para a ética: Os indivíduos serão considerados moralmente responsáveis por seus atos.
Para a ciência: Os atos do corpo e do cérebro não são inteiramente determinados pela lei da causa e do efeito.
As leis físicas estão envolvidas em nossos atos, mas o livre-arbítrio significa que temos escolha com respeito a
eles, especialmente quanto aos atos morais.
Quais escolhas morais livres você terá que fazer nas próximas horas, dias e semanas? Como você pode ter
certeza de que está usando corretamente o sagrado dom do livre-arbítrio? Pense nas consequências do uso
errado desse dom.
❉ Terça - A queda Ano Bíblico: Sl 86–89
“Quando a mulher viu que a árvore parecia agradável ao paladar, era atraente aos olhos e, além disso,
desejável para dela se obter discernimento, tomou do seu fruto, comeu-o e o deu a seu marido, que comeu
também. Os olhos dos dois se abriram, e perceberam que estavam nus; então juntaram folhas de figueira para
cobrir-se” (Gn 3:6, 7, NVI).
Comer um pequeno fruto não era um ato pecaminoso. Contudo, temos que considerar as circunstâncias em que
esse ato ocorreu. Adão e Eva eram criaturas com livre-arbítrio, feitas por Deus à Sua imagem. Isso incluía a
liberdade – mas também o dever – de obedecer à vontade expressa de Deus. Eles comeram do fruto, não por
rigorosa necessidade, mas por escolha. Foi um ato de livre-arbítrio por parte de Adão e Eva, em desafio às
instruções claras e específicas de Deus.
Semelhantemente, podemos escolher por nós mesmos se seguiremos ou não a Deus, e se nos submeteremos ou
não à Sua Palavra. Deus não força ninguém a crer em Sua Palavra. Nunca nos forçará a Lhe obedecer, e não
pode forçar-nos a amá-Lo. Ele permite que cada um de nós escolha por si mesmo que caminho seguirá. Mas,
no fim, precisamos estar preparados para arcar com as consequências de nossas escolhas.
Ao comer do fruto, Adão e Eva, em realidade, disseram a Deus que Ele não era o governante perfeito. Sua
soberania foi desafiada. Eles se demonstraram desobedientes e, como resultado, trouxeram o pecado e a morte
para a humanidade.
“Por isso o Senhor Deus o mandou embora do jardim do Éden para cultivar o solo do qual fora tirado. Depois
de expulsar o homem, colocou a leste do jardim do Éden querubins e uma espada flamejante que se movia,
guardando o caminho para a árvore da vida” (Gn 3:23, 24, NVI).
Adão e Eva tiveram que deixar o paraíso. Foi uma consequência necessária, mas misericordiosa. O Senhor não
permitiria a seres humanos rebeldes o acesso à árvore da vida. Com amoroso cuidado, Ele conservou Adão e
Eva afastados do fruto que os tornaria imortais e, assim, perpetuaria a terrível condição à qual o pecado os
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4. trouxera. (Imagine como seria a vida eterna neste mundo tão cheio de dor, sofrimento e maldade!) Adão e Eva
foram expulsos do jardim para cultivar o solo menos fértil do lado de fora (v. 23, 24).
No contexto da lição de hoje, leia 1 João 2:16. Como foram vistos na queda os elementos contra os quais essa
passagem adverte? De que formas, também, temos que lidar com essas mesmas tentações em nossa vida?
1Jo 2:16, (ACF); 16 Porque tudo o que há no mundo, a concupiscência da carne, a concupiscência dos olhos e
a soberba da vida, não é do Pai, mas do mundo.
❉ Quarta - A iniciativa de Deus para nos salvar Ano Bíblico: Sl 90–99
A Bíblia mostra que, depois da queda de nossos primeiros pais, Deus foi procurá-los, e não eles a Deus. Ao
contrário, o homem e a mulher tentaram se esconder da presença do Senhor. Essa é uma poderosa metáfora
que retrata a condição de grande parte da humanidade caída: fogem dAquele que vai procurá-los, do Único
que poderia salvá-los! Adão e Eva fizeram isso no Éden e, a menos que as pessoas se rendam à atração do
Espírito Santo, farão a mesma coisa hoje em dia.
Felizmente, Deus não rejeitou nossos primeiros pais, e também não nos rejeita. Desde o tempo em que Deus
perguntou a Adão e Eva no jardim pela primeira vez: “Onde estás?” (Gn 3:9) até hoje, Ele ainda continua a
nos chamar. De fato, Ele é o primeiro missionário.
“No dom incomparável de Seu Filho, Deus envolveu o mundo todo numa atmosfera de graça, tão real como o
ar que circula ao redor do globo. Todos os que escolherem respirar essa atmosfera vivificante hão de viver e
crescer até à estatura completa de homens e mulheres em Cristo Jesus” (Ellen G. White, Caminho a Cristo, p.
68).
Logicamente a maior revelação da atividade missionária de Deus pode ser vista na encarnação e no ministério
de Jesus. Embora Jesus tenha vindo à Terra para fazer muitas coisas – destruir Satanás, revelar o verdadeiro
caráter do Pai, provar que as acusações do inimigo estavam erradas, mostrar que a lei de Deus pode ser
guardada – a razão principal foi morrer na cruz em lugar dos seres humanos para nos salvar do resultado final
do pecado, a morte eterna.
3. O que cada um dos seguintes textos nos ensina sobre a morte de Jesus?
Jo 3:14-15, (ACF); 14 E, como Moisés levantou a serpente no deserto, assim importa que o Filho do homem
seja levantado; 15 Para que todo aquele que nele crê não pereça, mas tenha a vida eterna.
Is 53:4-6, (ACF); 4 Verdadeiramente ele tomou sobre si as nossas enfermidades, e as nossas dores levou sobre
si; e nós o reputávamos por aflito, ferido de Deus, e oprimido. 5 Mas ele foi ferido por causa das nossas
transgressões, e moído por causa das nossas iniquidades; o castigo que nos traz a paz estava sobre ele, e pelas
suas pisaduras fomos sarados. 6 Todos nós andávamos desgarrados como ovelhas; cada um se desviava pelo
seu caminho; mas o SENHOR fez cair sobre ele a iniquidade de nós todos.
2Co 5:21, (ACF); 21 Àquele que não conheceu pecado, o fez pecado por nós; para que nele fôssemos feitos
justiça de Deus.
“Deus tornou pecado por nós Aquele que não tinha pecado” (NVI). Isso foi necessário “para que nEle nos
tornássemos justiça de Deus” (NVI). Essa ideia tem sido chamada de “a grande troca”: O ato de Jesus assumir
nossos pecados e sofrer como pecador para que nós, embora pecadores, sejamos considerados tão justos diante
de Deus como o próprio Jesus.
❉ Quinta - Metáforas da missão Ano Bíblico: Sl 100–105
Missão é a iniciativa divina para salvar a humanidade perdida. A missão salvadora de Deus é motivada por Seu
amor para com cada um de nós. Não há razão que possa ser mais profunda. Deus enviou Cristo com a missão
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5. de trazer salvação para o mundo todo. Somente o evangelho de João contém mais de 40 declarações sobre a
dimensão cósmica da missão de Jesus (ver, por exemplo, João 3:17; 12:47). Assim como Cristo foi enviado
pelo Pai para salvar o mundo, Ele, por Sua vez, nos envia como discípulos Seus, com as palavras: “Assim
como o Pai Me enviou, Eu também vos envio” (Jo 20:21).
Jo 3:16-17, (ACF); 16 Porque Deus amou o mundo de tal maneira que deu o seu Filho unigênito, para que
todo aquele que nele crê não pereça, mas tenha a vida eterna. 17 Porque Deus enviou o seu Filho ao mundo,
não para que condenasse o mundo, mas para que o mundo fosse salvo por ele.
Jo 12:47-48, (ACF); 47 E se alguém ouvir as minhas palavras, e não crer, eu não o julgo; porque eu vim, não
para julgar o mundo, mas para salvar o mundo. 48 Quem me rejeitar a mim, e não receber as minhas palavras,
já tem quem o julgue; a palavra que tenho pregado, essa o há de julgar no último dia.
4. Leia Mateus 5:13, 14. Quais são as duas metáforas usadas para a missão nesses versos, e o que elas
representam?
Mt 5:13-16, (ACF); 13 Vós sois o sal da terra; e se o sal for insípido, com que se há de salgar? Para nada mais
presta senão para se lançar fora, e ser pisado pelos homens. 14 Vós sois a luz do mundo; não se pode esconder
uma cidade edificada sobre um monte; 15 Nem se acende a candeia e se coloca debaixo do alqueire, mas no
velador, e dá luz a todos que estão na casa. 16 Assim resplandeça a vossa luz diante dos homens, para que
vejam as vossas boas obras e glorifiquem a vosso Pai, que está nos céus.
As metáforas do sal e da luz expressam funções básicas da influência cristã sobre a humanidade. Enquanto o
sal atua internamente, unindo-se à massa com a qual entra em contato, a luz atua externamente, iluminando
tudo o que alcança. O termo “Terra”, na metáfora do sal, se refere a homens e mulheres com quem o cristão
deve se misturar, enquanto a palavra “mundo”, na metáfora da luz, se refere ao mundo de pessoas em trevas e
que precisam de iluminação.
Os filhos de Israel foram encorajados a viver à altura dos princípios morais e das regras de saúde que Deus
lhes havia concedido. Deveriam ser uma luz, iluminando e atraindo. Deveriam ser “como luz para os gentios”
(Is 49:6). Sua existência coletiva, num estado de saúde, prosperidade e lealdade ao sábado de Deus e a outros
mandamentos proclamaria às nações vizinhas os poderosos atos divinos de criação e redenção. As nações,
observando a prosperidade deles, se chegariam a eles e aprenderiam a ser ensinadas pelo Senhor.
Quando Cristo veio, Ele também falou sobre o sal, outra maneira de testemunhar. Por sua influência, os
cristãos devem reprimir a corrupção existente no mundo. Os descrentes muitas vezes se abstêm de atos maus
por causa de uma conscientização moral proveniente da influência cristã. Os cristãos não só exercem uma
influência boa sobre o mundo corrompido em virtude de sua presença nele, mas também se misturam com as
pessoas para compartilhar a mensagem cristã de salvação.
Como luz e sal, você e sua igreja são boas testemunhas para as pessoas que os cercam? Será que a luz está se
apagando, e o sal está perdendo o sabor? Sabendo que o reavivamento e a reforma devem começar com você,
deseja permitir que Deus atue em seu coração?
❉ Sexta - Estudo adicional Ano Bíblico: Sl 106–110
Tratamos de alguns aspectos da natureza missionária de Deus. A missão é um empreendimento do Deus triúno.
A missão está predominantemente relacionada a Jesus Cristo, cuja encarnação é fundamental para a fé e a
missão cristãs. Por Sua vida e morte, Jesus tornou possível a salvação de toda a humanidade. Nós, como Seus
seguidores, Seus missionários, temos que fazer com que as pessoas conheçam as boas-novas precisamente a
respeito do que Jesus fez por elas.
“A igreja de Cristo na Terra foi organizada com propósito missionário, e o Senhor deseja ver toda a igreja
planejando formas e meios pelos quais o exaltado e o humilde, o rico e o pobre, possam ouvir a mensagem da
verdade. Nem todos são chamados a trabalhar pessoalmente nos campos missionários, mas todos podem fazer
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6. alguma coisa por meio de suas orações e ofertas para ajudar na obra missionária” (Ellen G. White,
Testemunhos para a Igreja, v. 6, p. 29).
Perguntas para reflexão
1. Como uma adequada compreensão de nossa origem nos ajuda a entender melhor quem somos e qual é, na
realidade, o propósito de nossa existência?
2. Como a citação seguinte nos ajuda a compreender a existência do livre-arbítrio, do amor e do mal em nosso
mundo?
“Assim, se Deus deseja criar seres que amem (que reproduzam Seu perfeito amor), tem que criar seres livres,
que tenham a possibilidade de causar sofrimento e mal no mundo por suas escolhas. A dinâmica do amor e da
liberdade exige que Deus nos dê a autonomia necessária para crescermos em amor através de nossa liberdade
humana. Além de permitir que seres livres escolham atos que não reflitam o amor, outra alternativa que Deus
tem é abster-Se completamente de criar seres que amem” (Robert J. Spitzer, New Proofs for the Existence of
God: Contributions of Contemporary Physics and Philosophy [Novas provas da existência de Deus:
contribuições da física e da filosofia contemporâneas], edição para tablets Kindle [Eerdmans Publishing Co.,
2010], p. 233).
3. A morte de Jesus foi o ato que ocorreu numa nação pequena do vasto Império Romano quase dois mil anos
atrás. Contudo, esse ato tem importância eterna para todo ser humano. Nós, que conhecemos esse ato e seu
significado, temos responsabilidade de anunciá-lo aos que não o conhecem?
Respostas sugestivas: 1. Os seres humanos foram criados por último e, de maneira diferente do restante da
criação, foram criados à imagem e semelhança de Deus, e deveriam ter domínio sobre o restante dos seres
criados. 2. Deus disse a Adão que ele não deveria comer da árvore proibida, e que no dia em que dela comesse,
morreria; o que implica que ele era livre para comer dela no momento que desejasse, embora tivesse que arcar
com as consequências de seu ato. 3. a) A morte de Jesus tornou possível que todo o que nEle crer tenha a vida
eterna; b) Ele morreu pelas nossas transgressões e sofreu o castigo que nós merecíamos; c) Ele Se tornou
pecado por nós, a fim de que pudéssemos ser considerados justos nEle. 4. As metáforas são: a) o sal da Terra,
o que significa que os cristãos devem se misturar com outras pessoas do mundo para levar-lhes a mensagem de
salvação e para evitar que elas se corrompam; b) a luz do mundo, que representa os cristãos como instrumento
para iluminar as trevas morais e espirituais em que os seres humanos vivem.
Auxiliar - Resumo
Texto-chave: João 17:18
O aluno deverá:
Saber: Que a missão de restaurar a humanidade caída brota na própria natureza de Deus. O Criador do
Universo, todo-poderoso, todo-amoroso, é o Deus missionário.
Sentir: Profunda gratidão pelo fato de que Deus busca incansavelmente Suas criaturas.
Fazer: Colocar os talentos e dons a serviço do Deus missionário, para que homens e mulheres em toda parte
passem a reconhecer e adorar o Criador.
Esboço
I. Saber: Nosso Deus é expansivo
A. Ensinamos aos nossos filhos que “Deus é amor”. De que forma nossa compreensão da natureza de Deus se
aprofunda aos nos lembrarmos também de que “Deus é missionário”?
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7. B. O Pai enviou Seu Filho ao mundo numa missão redentora, e também enviou o Espírito Santo para continuar
a obra de Cristo. De que maneira essa percepção da “dinâmica do envio” que ocorre dentro da própria
Divindade triúna nos ajuda a apreciar a oração de Cristo: “Assim como Tu Me enviaste ao mundo, também Eu
os enviei ao mundo” (Jo 17:18)?
II. Sentir: Nosso DNA missionário
A. Seu senso de responsabilidade quanto à evangelização aumenta quando você considera a importância da
missão na compreensão do caráter de Deus?
B. Como você se sente quando reflete sobre o fato de que a missão pertence a Deus, isto é, embora Ele nos
convide a participar da missão, o resultado de nossos esforços, em última análise, está nas mãos dEle?
III. Fazer: Fomos enviados
A. Temos a tendência de definir a missão de maneira estreita, perdendo, assim, oportunidades de nos
envolvermos nela?
B. Decida e ore: “Eis-me aqui, envia-me a mim” (Is 6:8).
Resumo: A natureza de Deus O leva a nos buscar, a revelar-Se a nós e a nos atrair para um relacionamento
com Ele. Ao longo dos séculos, Ele tem convidado homens e mulheres a se tornarem Seus agentes nessa
grande iniciativa missionária. Como você responderá a esse convite?
Ciclo do Aprendizado
Motivação
Focalizando as Escrituras: João 20:21
Conceito-chave para o crescimento espiritual: A missão é a grande história da interação de Deus com os seres
humanos. Nosso Deus é o Deus que procura nos alcançar. Ao longo dos milênios, Ele tem buscado
incansavelmente um relacionamento com os seres que criou. Assim como Deus enviou Jesus ao mundo como
Seu supremo “agente missionário”, Cristo deu a Seus seguidores uma tarefa missionária importantíssima:
tornar a glória de Deus conhecida por meio de palavras e atos. Como estamos respondendo ao chamado de
Deus para a missão?
Para o professor: Quando pensamos nos atributos de Deus – santidade, onipotência, justiça, compaixão – às
vezes nos esquecemos de outra característica essencial: “espírito missionário”, isto é, Deus deseja ser
conhecido, e está trabalhando ativamente para Se revelar à humanidade. Ele é “expansivo” por natureza.
Explore esse aspecto da personalidade de Deus com a classe, incentivando cada membro a perguntar: De que
forma o impulso missionário que flui da natureza de Deus pode encontrar expressão prática em minha igreja e
em minha vida?
Discussão de abertura
Presumimos naturalmente que a cultura moderna da internet esteja rapidamente tornando nosso mundo cada
vez menor. Parece uma verdade óbvia que, ao viajarmos pela vasta estrada da informação on-line,
encontraremos pessoas de muitas culturas e contextos diferentes, e nossa visão do mundo irá se expandir.
Será que essa teoria corresponde à realidade? Alguns estudos sugerem que a maneira pela qual muitos usam a
internet serve, na verdade, para perpetuar uma visão estreita do mundo. Escolhemos o que é confortável, em
lugar do que leva a pensar. Em resumo, construímos uma rede on-line padronizada que reforça, e não contesta,
a visão que temos do mundo.
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8. Deus pretende que Sua igreja seja o grande instrumento para ampliar a visão que as pessoas têm do mundo.
Através da Bíblia, Ele nos deu uma visão do quadro geral do grande conflito entre o bem e o mal, e de Seu
plano redentor para o mundo. Contudo, a cultura dentro de nossa igreja pode fazer com que voltemos nossa
atenção para fora, para a missão de Deus, ou para dentro, para nossos próprios interesses e necessidades.
Quando reconhecemos a natureza essencialmente missionária de Deus, adotamos uma visão de mundo
concentrada na missão. Não nos contentaremos com uma igreja que seja meramente um clube social para
santos. Desejaremos que ela seja uma plataforma de lançamento para a missão.
De que forma uma visão de mundo concentrada na missão molda:
– Nosso relacionamento com outros membros da família da igreja?
– Nossa percepção das atividades e programas da igreja?
– Nosso relacionamento com os membros da comunidade mais ampla em que vivemos?
Compreensão
Para o professor: Nesta semana, aproveite a oportunidade de examinar o conceito bíblico sobre a natureza
missionária de Deus. Muitas vezes nos concentramos no Novo Testamento, onde a missão de Deus é
claramente retratada na vida de Jesus e na igreja primitiva. Mas as raízes da missão vão mais fundo, até o
Antigo Testamento. Há tesouros a ser descobertos no plano de Deus revelado no tempo de Abraão, de Moisés
e dos outros profetas.
Comentário Bíblico
Um Deus missionário (Recapitule com a classe Mateus 5:13, 14.)
Sempre foi desejo de Deus trazer salvação a todos os Seus filhos. Do Gênesis ao Apocalipse, a Bíblia O
apresenta como um Deus que busca, procura e redime. Ao longo da Bíblia, desde a nação israelita até a igreja
primitiva, vemos os esforços dEle para engajar Seus seguidores na mesma missão: ser sal e luz para as pessoas
ao redor.
Em Deuteronômio 10:19, os israelitas foram instruídos a amar os estrangeiros. Mais tarde, o salmista disse
para Deus: “Todas as nações Te pertencem” (Sl 82:8, NVI). Miqueias traça uma bela visão de qual deveria ser
a influência de Israel sobre as nações vizinhas: “Muitas nações virão, dizendo: ‘Venham, subamos ao monte
do Senhor, ao templo do Deus de Jacó. Ele nos ensinará os Seus caminhos, para que andemos nas Suas
veredas’. Pois a lei virá de Sião, a Palavra do Senhor, de Jerusalém” (Mq 4:2, NVI).
No livro de Isaías, o chamado missionário para todas as nações é claro: “Voltem-se para Mim e sejam salvos,
todos vocês, confins da Terra; pois Eu sou Deus, e não há nenhum outro” (Is 45:22, NVI). No capítulo 56,
Isaías mostra o templo de Deus se tornando uma “casa de oração para todos os povos” (v. 7). Deus diz:
“Minhas bênçãos são também para os gentios, quando eles se entregam ao Senhor. Não pensem eles que os
considero cidadãos de segunda classe” (Is 56:3, New Living Translation). A visão missionária de Deus era
maior que a de Seu povo; a visão dos israelitas talvez se estendesse até a esperança de reconciliação entre Judá
e Israel, mas isso era apenas uma pequena parte do plano de Deus. Ele disse: “É coisa pequena demais para
você ser Meu servo para restaurar as tribos de Jacó e trazer de volta aqueles de Israel que Eu guardei” (Is 49:6,
NVI). O plano mais amplo era: “Também farei de você uma luz para os gentios, para que você leve a Minha
salvação até aos confins da Terra” (Is 49:6, NVI).
Isaías ainda profetizou que um dia haveria “um altar dedicado ao Senhor no centro do Egito” idólatra, imoral e
supersticioso (Is 19:19, NVI). Mas, se isso não bastasse, Isaías também profetizou que os brutais assírios se
uniriam ao Egito em abandonar seus deuses: “Naquele dia haverá uma estrada do Egito para a Assíria. Os
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9. assírios irão para o Egito, e os egípcios para a Assíria, e os egípcios e os assírios cultuarão juntos. Naquele dia
Israel será um mediador entre o Egito e a Assíria, uma bênção na Terra” (Is 19:23, 24, NVI).
Infelizmente, muitas vezes Israel consentiu no sincretismo com esses vizinhos, em vez de torná-los objetos de
sua missão. Vez após vez, os profetas os chamaram a abandonar a imoralidade, a condescendência própria e a
falta de consideração pelos pobres, viúvas, órfãos e estrangeiros que viviam entre eles.
O verbo hebraico “enviar” (shelach) é encontrado quase 800 vezes na Bíblia. Embora seu uso se encontre, na
maioria das vezes, em várias frases não teológicas, ele é usado mais de 200 vezes tendo Deus como sujeito do
verbo. Em outras palavras, Deus comissiona e envia Seu povo.
Perguntas para reflexão
1. Somos semelhantes a Israel no sentido de estar tão preocupados com as nossas necessidades que passamos
por alto nossa missão?
2. A compreensão de Israel sobre seu papel missionário acabou ficando abaixo do plano de Deus. De que
forma nossa visão da missão talvez seja menos ambiciosa ou menos expansiva do que Deus planeja?
3. Há muito tempo que a Igreja Adventista do Sétimo Dia se identifica como “movimento missionário”. Que
qualidades isso sugere? Que características não seriam compatíveis com um movimento missionário?
Aplicação
Para o professor: Tratamos a missão como apenas uma atividade da igreja entre muitas outras igualmente
importantes? Ou deixamos claro que a missão é a razão de ser da igreja? Desafie a classe a examinar
novamente os valores e prioridades que movem sua congregação.
Aplicação para a vida: Reflita sobre a seguinte declaração do missiólogo adventista Jon Dybdahl: “Jesus não
criou uma igreja para depois lhe dar a missão como uma de suas tarefas. O plano divino do envio vem antes da
igreja. A missão dá à luz a igreja e é sua mãe. [...] Se a igreja deixar de ser missionária, não só falhou em sua
tarefa, mas, na verdade, deixou de ser a igreja” (Adventist Mission in the 21st Century [Missão Adventista no
Século 21], p. 17, 18).
Perguntas de aplicação
1. Como você reage diante da seguinte ideia: “É enganoso falarmos da ‘missão da igreja’. Não temos uma
missão; Deus nos convida a participar de Sua missão.”
2. Que diferença prática há no fato de que a missão de Deus precedeu a igreja? Qual é o significado desse fato
para nossa maneira de ordenar nossas prioridades e usar nossos recursos? Isso muda nossa maneira de pensar e
sentir sobre o resultado da missão? Muda nossa maneira de entender o propósito de Deus para nós? E para
nossa igreja local?
Atividade: Faça duas colunas num quadro de escrever ou numa folha grande de papel. Pergunte à classe: “Um
visitante que assistisse ao culto de sábado na sua igreja saberia imediatamente que essa é uma igreja que tem a
mente voltada para a missão?” Em uma coluna escreva uma lista das práticas que já estão em execução e que
revelam claramente o fato de que sua igreja está voltada para a missão. Em outra coluna faça uma lista de
mudanças específicas que sua igreja poderia fazer para refletir melhor a natureza missionária de Deus.
Criatividade e atividades práticas
Para o professor: Quando falamos sobre missão, às vezes nos concentramos em detalhes técnicos. Falamos
sobre “territórios ainda sem a presença adventista”, “contextualização”, e nos concentramos em dados
demográficos e estatísticos. Embora esses assuntos práticos sejam importantes, acaso podem fazer com que
percamos de vista a razão da missão? Conclua a lição de hoje tratando do propósito máximo de nosso
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10. testemunho: revelar que Deus é majestoso e digno de louvor.
Atividade
Peça a três membros da classe que leiam em voz alta Salmo 67:1-5, Judas 1:24, 25 e Apocalipse 15:2-4. Dê à
classe um minuto ou dois para refletir silenciosamente na imagem de Deus que essas passagens apresentam.
Depois pergunte: “Como você, pessoalmente, reage diante dessas passagens? Que sentimentos elas
despertam?”
Peça aos alunos que se dividam em grupos de dois ou três a fim de orar para que o Espírito Santo nos ajude a:
1. Obter uma visão mais clara da natureza de Deus, que está sempre nos amando e nos buscando.
2. Encontrar maneiras de nos engajarmos na missão, de modo pessoal e corporativo, de forma a glorificar
nosso Criador mais eficientemente e levarmos outros a adorá-Lo.
Planejando atividades: O que sua classe pode fazer na próxima semana como resposta ao estudo da lição?
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