Levantamento da concepção do conceitos de: hazards natural; risco ambiental e perigo.
Compreender e caracterizar os movimentos de massas que resultam na modelagem do relevo e implicação sobre atividades da vida humana.
Relacionar os eventos naturais de alagamento, inundação, enchentes, enxurradas, deslizamentos e outros com a perspectiva de influência das distintas compartimentação geomorfológica e suas característica topografias e as distintas ocupações humanas.
Produzido pelos professores: Geisa Andrade e Jeferson Silva, 2016
1. DANIELWIEDGMANN/SHUTTERSTOCK
“O homem é como o agressor e vítima do meio ambiente “
Ivette Veyret
PROFº Geisa Andrade e Jeferson Silva
Licenciados em Geografia- IFBA
3. OBJETIVOS DA AULA
• Levantamento da concepção do conceitos de:
hazards natural; risco ambiental e perigo.
• Compreender e caracterizar os movimentos de
massas que resultam na modelagem do relevo e
implicação sobre atividades da vida humana.
• Relacionar os eventos naturais de alagamento,
inundação, enchentes, enxurradas, deslizamentos
e outros com a perspectiva de influência das
distintas compartimentação geomorfológica e
suas característica topografias e as distintas
ocupações humanas.
4. A relação homem-meio/sociedade-natureza é
colocada no centro do processo de ocupação
humana de um território, estando sua
compreensão no cerne dos mecanismos de
intervenção e gestão deste território.
(MARANDOLA JR;HOGAN, 2004).
5. HAZARDS
Eventos, não raro, eventos extremos,
que rompem um ciclo ou um ritmo de
ocorrência dos fenômenos naturais,
sejam estes geológicos, atmosféricos
ou na interface destes. (MARANDOLA
JR; HOGAN, 2004).
6. HAZARDS
TEREMOTOS
FURAÇÕES
INUNDAÇÕES
MOVIMENTO DE MASSAS
MAS TODOS ESSES EVENTOS SÃO HAZZARDS POR SI
MESMO?
Mas para que esses eventos sejam caracterizados como hazards,
deve a haver a relação com áreas ocupadas pelo homem,
caracterizando assim, o perigo, para determinada população que
reside nesses locais
CAUSADANOS
ÁREASOCUPADAS
PELOHOMEM
7. RISCO / PERIGO
RISCO
Risco é a possibilidade da
ocorrência de um evento
atingir determinada área e
população (ou seja, pode
ocorrer ou nunca ocorrer um
evento mas a região é
suscetível a tal ocorrência)
PERIGO
Perigo é a iminência desse
ocorrência, quando um
evento já está ocorrendo e
está pra ocorrer, como a
chegada de um furacão
O que é evidente é a ligação desses riscos e perigos à forma
como as sociedades ocupam e usam o território, como elas se
distribuem por este espaço
8.
9. MOVIMENTO DE MASSAS
Os movimentos de
massa de ordem
gravitacional
representam um
importante agente
externo modelador
do relevo e são
processos ligados ao
quadro evolutivo das
encostas.
10. MOVIMENTO DE MASSAS
•Segundo Guerra e Marçal (2006, p. 75-76) os
movimentos de massa se caracterizam-nos como sendo
“o transporte coletivo de material rochoso e/ou de solo,
onde a ação da gravidade tem papel preponderante,
podendo ser potencializado, ou não, pela ação da
água”.
•Para Drew (1986, p. 132) “ele varia em função da
natureza do material, da topografia, do clima e da
vegetação, mas pode ser tão lento que se torna
imperceptível (creep ou reptação) ou brusco
(desabamento ou desmoronamento)”.
11. CONDIÇÕES QUE FAVORECEM O MOVIMENTO DE
MASSAS.
Estrutura geológica;
Declividade da vertente (forma topográfica);
Regime de chuvas (em especial de episódios
pluviais intensos);
Perda de vegetação e da atividade antrópica;
Existência de espessos mantos de intemperismo;
Presença de níveis ou faixas impermeáveis que
atuam como planos de deslizamentos;
12. TIPOS DE MOVIMENTOS DE MASSAS
ESCORREGAMENTOS
MOVIMENTO DE BLOCOS
RASTEJOS
CORRIDAS
13. Consiste em movimento descendente, lento e contínuo da
massa de solo de um talude, caracterizando uma
deformação plástica, sem geometria e superfície de ruptura
definidas. Ocorrem geralmente em horizontes superficiais de
solo e de transição solo/rocha, como também em rochas
alteradas e fraturadas.
RASTEJOS
14. O IPT (1991, p. 19) classifica os escorregamentos de acordo
com sua “geometria em circular, planar ou em cunha, em
função da existência ou não de estruturas ou plano de
fraqueza nos materiais movimentados, que condicionem a
formação de superfícies de ruptura”
ESCORREGAMENTO
PLANARES CIRCULARES
EM CUNHA
15. Escorregamentos planares podem ocorrer em maciços rochosos,
sendo condicionado pela xistosidade, fraturamento, foliação, etc.
Nas encostas serranas brasileiras são comuns escorregamentos
planares de solo, com ruptura podendo ocorrer no contato com a
rocha subjacente.
ESCORREGAMENTOS PLANARES
16. Os escorregamentos planares de solo
são bastante comuns nas regiões
serranas brasileiras. Nas fotos a seguir,
pode-se observar exemplos do processo
em questão, nota-se que a ruptura
ocorreu segundo uma superfície plana
(Proin/Capes & Unesp/IGCE, 1999).
17. Apresenta superfície de deslizamento
encurvada, correspondendo a movimento rotacional, segundo um
eixo. Ocorre geralmente em aterros, pacotes de solo ou depósitos
mais espessos, rochas sedimentares ou cristalinas intensamente
fraturadas.
ESCORREGAMENTOS CIRCULARES
18. Esse tipo de processo é
muito comum ao longo de
estradas e rodovias, devido
a construção de taludes
artificiais, principalmente
durante as épocas
chuvosas, onde a saturação
de água no solo é grande,
fazendo com que a
resistência do mesmo
diminua.
A foto ao lado ilustra um escorregamento circular ocorrido em 1995, em La Conchita,
California, Estados Unidos da América (geohazards.cr.usgs.gov).
19. Movimento ao longo de um eixo formado pela intersecção de
estruturas planares em maciços rochosos, que desloca o material
na forma de um prisma. São comuns em taludes de corte ou
encostas que sofreram algum tipo de desconfinamento, natural ou
antrópico.
ESCORREGAMENTOS EM CUNHA
20. O escorregamento em cunha é condicionado por estruturas
planares de maciços rochosos, apresentando sua direção de
movimento ao longo da linha de intersecção das superfícies de
ruptura
21. deslocamentos, por gravidade, de blocos de rocha, sendo
divididos em 4 tipos básicos
MOVIMENTOS DE BLOCOS
QUEDA
TOMBAMENTO
DESPLACAMENTO
DESPLACAMENTO
22. Consiste no movimento de blocos de rochas que se desprendem
do maciço e se deslocam em queda livre encosta abaixo, podendo
ocorrer em volumes e litologias diversas
QUEDA DE BLOCOS
23. Em geral, quedas de blocos ocorrem em encostas verticais, em
maciço fraturado, ou seja, locais como: pedreiras basalto, granito
e regiões serranas. A foto ao lado mostra uma área sujeita ao
processo em questão, trata-se de uma pedreira abandonada em
zona urbana, caso muito comum nas cidades
brasileiras (Proin/Capes & Unesp/IGCE, 1999).
24. consiste no movimento de rotação de blocos rochosos,
condicionado por estruturas geológicas sub-verticais no maciço
rochoso.
TOMBAMENTO DE BLOCOS
25. Movimento de blocos rochosos ao longo de
encostas, que ocorre geralmente pela perda de
apoio (descalçamento).
ROLAMENTOS DE BLOCOS
26. Movimento ocasionado pelo desprendimento de fragmentos ou
placas de rochas, ao longo da superfície de estruturas
geológicas (xistosidade, acamamento, fraturamento), devido
principalmente às variações térmicas ou à alívios de tensão
DESPLACAMENTO DE BLOCOS
27. Movimentos gravitacionais na forma de escoamento rápido,
envolvendo grandes volumes de materiais. Caracterizados
pelas dinâmicas da mecânica dos sólidos e dos fluidos, pelo
volume de material envolvido e pelo extenso raio de alcance
que possuem, chegando até alguns quilômetros,
apresentando alto potencial destrutivo.
CORRIDAS
DE TERRA
DE LAMA
DE DETRITOS
28. • Primária: corresponde as corridas de massa envolvendo
somente os materiais provenientes das encostas.
• Secundária: corridas de massa nas drenagens principais,
formadas pela remobilização de detritos acumulados no
leito e por barramentos naturais, envolvendo ainda o
material de escorregamentos das encostas e grandes
volumes de água das cheias das drenagens.
MECANISMOS DE GERAÇÃO DE CORRIDAS
29. Estas ocorrem geralmente sob determinadas condições
topográficas, adaptando-se às condições do relevo, são
geralmente provocadas por encharcamento do solo por pesadas
chuvas ou longos períodos de chuva de menor intensidade.
Ocorrem em formas topográficas menos abruptas, pois são muito
influenciados pelas características de resistência do material
CORRIDA DE TERRA
30. constituem um exemplo de corrida de extrema fluidez e são
geralmente produzidas pela ação de lavagem e remoção de solos
por cursos de água durante enchentes e tempestades.
CORRIDA DE LAMA
32. CORRIDA DE DETRITOS
São movimentos rápidos e de alta energia, nos quais fragmentos,
detritos e blocos de rochas escoam encosta abaixo em conjunto
com restos vegetais. São geralmente associados a uma sequência
de escorregamentos consecutivos, que juntam-se com blocos de
rochas do canal principal da drenagem, mobilizando uma grande
quantidade de material, com energia e poder destrutivo muito
elevados.
33.
34. MOVIMENTO DE MASSAS
FATORES
CONDICIONANTES
CONDICIONADOS PELA
FORÇA DA GRAVIDADE
CARACTERISTICAS
GEOMORFOLOGICAS DO
LOCAL CONDICIONAM O
MOVIMENTO DE MASSA
TIPOS DE ROCHA
ORIENTAÇÃO DA
INCLINAÇÃO DA VERTENTE
GRAU DE ALTERAÇÃO E DA
FRATURA DA VERTENTE
FATORES
DESENCADEANTES
PRECIPITAÇÃO
AÇÕES ANTRÓPICOS
ESCAVAÇÃO DA BASE DA
VERTENTE
SOBRECARGA DO TOPO DA
VERTENTE
DESMATAMENTOSISMOS
TEMPESTADES
REVISANDO
36. Este corte (perfil noroeste-sudeste) tem cerca de 2.000 quilômetros
de comprimento. Vai das altíssimas serras do norte de Roraima, na
fronteira com a Venezuela, Colômbia e Guiana, até o norte do Estado
de Mato Grosso. Mostra claramente as estreitas faixas de planície
situadas às margens do Rio Amazonas, a partir das quais seguem-se
amplas extensões de terras altas: planaltos e depressões.
Região Norte
37. Região Nordeste
Este corte tem cerca de 1.500 quilômetros de extensão.
Vai do interior do Maranhão ao litoral de Pernambuco.
Apresenta um retrato fiel e abrangente do relevo da
região: dois planaltos (da Bacia do Parnaíba e da
Borborema) cercando a Depressão Sertaneja (ex-Planalto
Nordestino). As regiões altas são cobertas por mata. As
baixas, por caatinga.
38. Regiões Centro-Oeste e Sudeste
Este corte, com cerca de 1.500 quilômetros de comprimento, vai
do Estado de Mato Grosso do Sul ao litoral paulista. Com altitude
entre 80 e 150 metros, a Planície do Pantanal está quase no
mesmo nível do Oceano Atlântico. A Bacia do Paraná, formada
por rios de planalto, concentra as maiores usinas hidrelétricas
brasileiras.