2. Relevo
⚫ Trata-se do conjunto das formas da crosta terrestre,
manifestando-se desde o fundo dos oceanos até as terras
emersas. Encontramos formas diversas de relevo:
montanhas, planaltos, planícies, depressões,
cordilheiras, morros, serras, inselbergs, vulcões,
vales, escarpas, abismos, Cuestas, etc.
⚫O relevo é o resultante da ação de dois agentes:os
internos e externos.
3. O Relevo e Seus Agentes
A formação do relevo e a constante transformação de
suas formas ocorrem devido à ação de:
Agentes internos ou endógenos
São as forças internas do planeta,
causadas pelas pressão e altas
temperaturas das camadas mais
profundas. Geralmente essas
manifestações são violentas e
rápidas, como é o caso dos
terremotos e vulcões. Esses
movimentos são construtores e
modificadores do relevo terrestre,
podendo levar milhões de anos ou
apenas um dia.
Agentes externos ou exógenos
Existem agentes externos, na
superfície terrestre, que modificam o
relevo, não tão rapidamente como os
vulcões ou terremotos, mas sua ação
contínua transforma lenta e
ininterruptamente todas as
paisagens da Terra. A ação dos
ventos, do intemperismo e da água
sobre a crosta terrestre determinam
a erosão.
4. São responsáveis pela formação do relevo. Os agentes
Internos ou endógenos são processos estruturais que atuam
do interior para o exterior do planeta :
Tectonismo
Vulcanismo
Abalos sísmico
Agentes Formadores do Relevo
(Endógenos)
5. Os Agentes Internos (Endógenos)
Vulcão Stromboli, na Itália.
Através de fendas ou aberturas da
crosta terrestre.
Lavas, cinzas e gases.
São processos que têm sua origem no interior da Terra,
como o vulcanismo, o tectonismo e os abalos
sísmicos.
Vulcanismo
É a atividade pela qual os
materiais vindos do manto
atingem a superfície.
A acumulação e consolidação da lava
expelida pelos vulcões podem dar origem a
montanhas e ilhas.
8. O movimento das placas tectônicas traz, em sua
dinâmica, resultados que podem ser observados na
superfície. Os terremotos, o vulcanismo, as rochas
dobradas e falhadas são exemplos claros de que toda a
crosta esteve e está em constante movimento.
Esses movimentos são denominados tectônicos e são
classificados em dois tipos:
Orogênese (movimentos tectônicos no sentido horizontal)
Epirogênese (movimentos tectônicos no sentido vertical)
Tectonismo:
9.
10. Epirogênese
é uma expressão criada por Gilbert, em
1890, a denominação teve como objetivo
principal designar o fenômeno geológico
que resulta em movimentos tectônicos no
sentido vertical. Caso esse movimento seja
para cima, recebe o nome de soerguimento
e para baixo, subsidência.
Orogênese
é um movimento tectônico que ocorre de
forma horizontal, e pode ter duas
configurações: convergente, quando duas
placas se chocam; e divergente, quando
duas placas se afastam. A primeira
provoca o surgimento de dobramentos e
cordilheiras e a segunda responde pela
formação das dorsais (cordilheiras
submarinas).
11. Terremoto ou abalo sísmico é uma vibração da
superfície terrestre produzida por forças
naturais situadas no
profundidades variáveis.
interior
Podem
da crosta a
ser também
associados à
indiretamente
ação humana
nas atividades
quer direta ou
de extração de
Abalos Sísmicos
minerais, água ou petróleo.
Quando esses abalos ocorrem nos
continentes são chamados de
terremotos; já quando acontecem nos
oceanos correspondem aos
maremotos, que podem resultar na
formação de ondas gigantescas
denominadas tsunamis.
12. O tsunami destruiu a cobertura vegetal que havia no litoral sudoeste da
Tailândia (acima, fotos de satélite de 2003 e de 2004, três dias após as
ondas). O padrão de distribuição de sedimentos submarinos também foi
alterado. O depósito arenoso na ponta da praia, por exemplo, foi erodido.
13. O relevo terrestre encontra-se em permanente evolução,
pois os agentes externos trabalham contínua e
incessantemente modelando a paisagem terrestre.
Principais agentes externos:
Intemperismo
Antropicidade
Agentes Externos de Relevo
(Exógenos)
14. É o conjunto de processos químicos e físicos, (ação da
água, do vento, do calor, do frio e dos seres vivos)
que provocam o desgaste e a decomposição das
rochas. Podem ser físicos e químicos.
Intemperismo
15. ⚫Físico – A desintegração e a ruptura das rochas
inicialmente em fendas, progredindo para partículas
de tamanhos menores, sem, no entanto, haver
mudanças na composição química. Exemplos de
processos físicos de meteorização: congelamento da
água, variação de temperatura, decomposição
esferoidal, esfoliação, destruição orgânica.
16. ⚫Químico – Realizam-se em presença da água e
dependem da ação de decomposição da água
juntamente com o CO2 dissolvido e, em alguns
casos, ácidos orgânicos formados pela
decomposição de resíduos de vegetais. Exemplos de
processos químicos de intemperismo: oxidação dos
solos ferrosos, maresia em áreas litorâneas.
17. Agentes Externos: Esculpidores da
Paisagem
As formas de relevo criadas pelas forças do interior da Terra sofrem
constantes modificações provocadas por agentes externos do relevo.
Água Vento Seres vivos
O desgaste das rochas causado pelo intemperismo
origina as rochas sedimentares.
18. ⚫Consiste na atuação direta ou indireta do ser
humano sobre o planeta.
Antropicidade
22. Formas de Relevo Continentais
Montanhas: formadas pela ação de forças tectônicas
Jovens: formadas em épocas
geológicas recentes. Apresentam
maiores altitudes.
Velhas: formadas em eras mais remotas.
Tendo sido afetadas pela erosão, apresentam
altitudes mais moderadas.
Montanhas jovens
no Parque Nacional
Los Glaciares, na região
patagônica
(Argentina,2000)
23. Formas de Relevo Continentais
Planalto: superfícies onde predomina intenso
processo de erosão.
Situam-se entre 200 metros
e 2 mil metros de altitude.
Apresentam forma aplainada
ou morros, serras ou
elevações íngremes de topo
plano (chapadas).
Morro do Pai Inácio, na Chapada
Diamantina (Bahia, 2008)
24. Formas de Relevo Continentais
Planícies: poucas irregularidades e forma quase plana
Baixas altitudes
(até 100 metros)
Sedimentação constante devido
aos movimentos das águas do
mar, de rios, de lagos etc.
Planícies
litorâneas
Planícies fluviais Planícies lacustres
25. Depressões
Quando as depressões se encontram
abaixo do nível do mar, recebem o
nome de depressões absolutas.
Relativa: Partes mais baixas em relação
às formas de relevo que as circundam.
Apresentam uma leve inclinação e são
também caracterizadas por um processo
de erosão, que é um aspecto
determinante na sua formação.
O mar Morto, na Ásia,
é um exemplo de
depressão absoluta.
Ele está metros
abaixo do nível do
mar.
Depressão Sertaneja /São
Francisco
26. As Diferentes Classificações do Relevo Brasileiro
Professor Aroldo
de Azevedo Anos
40/50
Professor Jurandyr Ross Anos 90
Professor Aziz Ab’Saber / anos 60
27. elaborada na déc. De 40, levou em consideração as cotas altimétricas (altitude)
do relevo. Planalto: superfície levemente ondulada com mais de 200 m de
altitude. Planície: superfície aplainada com menos de 200 m de altitude.
Classificação de Aroldo de Azevedo:
28. Classificação publicada em 1958, onde se definia: Planalto : superfície
suavemente ondulada, onde se verifica o domínio do processo
erosivo(desgaste). Planície: superfície onde o processo de sedimentação é
mais atuante e independe do nível altimétrico.
Classificação de Aziz AB Sáber:
29. Classificação de Ross
⚫Proposta pelo professor Jurandyr Ross, divulgada em 1989.
Utiliza os processos geomorfológicos para elaborar a sua classificação,
porem diferente das classificações anteriores, Ross, usa recursos mais
modernos como a aerofotogrametria , (fotos aéreas, projeto Radam Brasil) e
reformulou a classificação do relevo brasileiro, elevando para 28 o número
de grandes unidades de relevo.
Além disso, ao invés de se prender às divisões anteriores entre planaltos e
planícies, introduziu um novo conceito, o de depressão.
⚫ Destaca três formas principais de relevo: planaltos, planícies e
depressões. Define cada macro unidade da seguinte forma:
PLANALTO, superfície irregular, com altitude acima de 300 metros e
produto de erosão;
PLANÍCIE, área plana, formada pelo acúmulo recente de sedimentos;
DEPRESSÃO, superfície entre 100 e 500 metros de altitude, com
inclinação suave, mais plana que o planalto e formada por processo de
erosão.
30.
31. Mapa Relevo brasileiro
O relevo brasileiro
Características
Predominam os planaltos de baixa
altitude ( até 1200m ) e as planícies.
O relevo brasileiro não possui grandes
altitudes . Este fato pode ser explicado
pela antiguidade de seus terrenos (em
geral, pré-cambrianos ) que vem
sofrendo o ataque dos agentes de
erosão há milhões de anos.
Planalto, Planícies e Depressões são as
principais formas de relevo . O Brasil
não apresenta cadeias de montanhas
ou dobramentos modernos .
As Cores variam de acordo com níveis de
altitude indo dos mais baixos ( verde) aos mais
elevados ( marrom)
32. Classificação de Aroldo de Azevedo
Primeira classificação.
Recursos limitados.
4 grandes planícies.
2 grandes planaltos.
Subdivide o planalto
brasileiro em 3 sub-
unidades.
33. Classificação de Aziz Ab’Saber
Feita por um discípulo de
Aroldo de Azevedo.
Número de planícies
permanece a mesma.
2 grandes planaltos.
Subdivide o planalto
brasileiro em 6 sub-
unidades.
34. Classificação de Jurandyr Ross
Realizada na déc. 80.
Resultado do Projeto
RADAM-Brasil.
Divide o país em 28
unidades de relevo.
Predomina planaltos
baixos e depressões.
Planícies com áreas
pequenas e limitadas.