Os fungos representam 68% dos fitopatógenos, podendo ser saprófitas ou parasitas, estes microrganismos são muito importantes no sistema agrícola. KIMATI (2011), diz que é impossível explorar comercialmente diversos cultivos sem o emprego de fungicidas em locais ou épocas sujeitas a doenças fúngicas.
Os fungicidas podem ser classificados como preventivos, evitando a penetração do fungo na planta, estes forMam uma barreira protetora antes que o fungo se instale ou se desenvolva no tecido vegetal. Os curativos, podem penetrar na planta e impedir que o fungo atinja outros tecidos da planta, enquanto os erradicantes, impedem o desenvolvimento da doença, e é recomendado a aplicação quando a planta já desenvolveu os sintomas.
Os fungicidas também são classificados de acordo com seu grupo químico. Os Triazóis atuam na inibição da síntese de ergosterol, é o grupo mais difundido, possui ação curativa e não controla o filo Oomycota.
As Carboxamidas possuem ação na mitocôndria, inibindo a respiração celular e diminuindo a produção de ATP; possuem ação preventiva e são muito suscetíveis a resistência. Normalmente, as carboxamidas são posicionadas em conjunto com fungicidas multisítio.
As Estrobilurinas também são posicionadas de maneira preventiva, inibem a respiração celular, mas diferente das carboxamidas, inibem o complexo III.
2. 2
Fungos: Ciclo da relação patógeno-hospedeiro;
SUMÁRIO
Conceitos importantes + mecanismos de ação;
Resistência: Fatores de risco e estratégias anti-resistência;
Multisítio e fungicidas biológicos.
3. 3
Saprófitas ou parasitas;
Se reproduzem de forma
sexuada e assexuada;
FUNGOS
Mais de 8.000 espécies
causam doenças em
plantas;
Uma espécie de fungo pode
causar doença em mais de
uma espécie de planta.
5. 5
H. KIMATI/ MANUAL DE FITOPATOLOGIA, 2011. USP/ ESALQ – CAP. 16, PÁG. 343.
“
“
A EXPLORAÇÃO COMERCIAL DE DIVERSAS ESPÉCIES DE
PLANTAS SERIA IMPOSSÍVEL SEM O EMPREGO DE FUNGICIDAS
EM LOCAIS OU ÉPOCAS SUJEITAS A DOENÇAS.
6. 6
CICLO DAS RELAÇÕES PATÓGENO-HOSPEDEIRO
Germinação Penetração Colonização Sintomas visíveis Reprodução
Fonte: Jesus Carmo, 2014
7. 7
ClASSIFICAÇÕES
Principio geral de controle:
Curativos;
Erradicantes.
Germinação Penetração Colonização Sintomas visíveis Reprodução
Preventivo Curativo Erradicante
Figura 1. Jesus Carmo, 2014
Preventivos;
8. 8
ClASSIFICAÇÕES
Principio geral de controle:
Preventivos;
Curativos;
Erradicantes.
Mobilidade na planta:
Sistêmico;
Imóveis;
Translaminar.
Fonte: Elevagro, 2020.
9. 9
ClASSIFICAÇÕES
Principio geral de controle:
Curativos;
Erradicantes.
Mobilidade na planta:
Sistêmico;
Imóveis;
Translaminar.
Grupo químico:
Carboxamidas;
Estrobilurinas;
Triazóis.
Preventivos;
14. 14
CARBOXAMIDAS
Tratamentos Severidade Peso por ha
T1 45,12 b 3974,68 c
T2 30,00 bc 4338,17 b
T3 15,25 cd 4651,57 a
T4 4,50 d 4848,42 a
T5 0,65 d 4908,06 a
T6 1,30 d 4902,53 a
T7 1,65 d 4876,13 a
Testemunha 69,37 a 3879,61 c
Tabela 1: Média da severidade (%) de Phakospsora pachirhizi (plantas m-1), rendimento de grãos (kg).
T1 - uma aplicação de Elatus® no estádio V5; T2 - uma aplicação no estádio R1; T3 - uma aplicação no estádio R3; T4 -
uma aplicação no estádio R5; T5 - duas aplicações, uma no estádio V5 e uma a 21 dias após a 1ª (DAA1); T6 - duas
aplicações, uma no estádio R1 e uma a 21 DAA1; T7 - três aplicações; uma no estádio V5, a 2ª 21DAA1 e a 3ª 21DAA2
e T8 - Testemunha (controle – nenhuma aplicação de fungicida).
Fonte: TOLOTI, 2016
15. 15
CARBOXAMIDAS
Tratamentos 1º aplicação 2º aplicação 3º aplicação Média
Testemunha 12,00 64,00 95,00 57,00 a
Unizeb G 13,00 40,60 90,00 43,00 b
Ativum® 11,00 35,90 52,00 32,90 c
Ativum+ Unizeb G® 12,40 23,50 36,00 24,23 d
Fox® 11,50 23,54 37,00 24,01 d
Fox+Unizeb G ® 11,50 23,10 36,50 23,70 d
Tabela 2: Média da severidade da doença em soja tratada com diferentes produtos comerciais para o
controle da ferrugem asiática e teste de Skott e Knott (α= 5%) comparando a diferença entre médias.
UTFPR, Pato Branco - PR, 2018.
Fonte: BEHM, 2016.
1Médias seguidas pela mesma letra na coluna não diferem entre si estatisticamente pelo teste de Skott e Knott em nível de 5% de
probabilidade de erro.
21. 21
Tratamentos
Preventivo Curativo Erradicante
Severidade Controle Severidade Controle Severidade Controle
Testemunha 11,18 a - 22,46 a - 22,94 a -
Tetraconazol 3,48 b 68,8 15,40 b 31,4 12,66 b 44,8
Tebuconazol 2,06 c 81,5 12,73 b 43,3 12,64 b 44,9
Epoxiconazol 1,72 c 84,6 15,40 b 31,4 14,66 b 36,1
Metconazol 2,00 c 82,1 15,16 b 32,5 13,74 b 40,1
Azoxistrobina 1,85 c 83,4 8,01 c 64,3 11,98 b 47,7
Piraclostrobina 1,69 c 84,8 10,41 c 53,6 12,50 b 45,5
Trifloxistrobina 1,41 c 87,3 7,58 c 66,2 13,36 b 41,7
Tabela 3: Ação preventiva, curativa e erradicante de fungicidas sobre o fungo Stenocarpella macrospora em
folhas de plantas de milho do híbrido simples AS 1565. Lages, SC, 2011
Fonte: BAMPI, 2012; adaptado por Gabriella Teodoro, 2023.
1Médias seguidas pela mesma letra na coluna não diferem entre si estatisticamente pelo teste de Skott e Knott em nível de 5% de
probabilidade de erro.
ESTROBILURINAS
27. 27
RESISTÊNCIA
Resistência é uma alteração herdável e estável em um fungo em
resposta à aplicação de um fungicida, resultando na redução da
sensibilidade ao produto (European, 1988).
“
“
29. 29
MECANISMOS DE RESISTÊNCIA
01
Desenvolvimento
de via metabólica
alternativa;
02
Degradação
metabólica do
fungicida;
03
Exclusão ou
expulsão do
fungicida;
04
Decréscimo na
permeabilidade
da membrana.
38. 38
FUNGICIDAS BIOLÓGICOS
Redução da densidade de inóculo ou das
atividades determinantes da doença, através de
um ou mais organismos.
1
Antibiose;
2
Competição;
S. sclerotiorum
Trichoderma spp.
Fonte: Revista Cultivar, 2017.
39. 39
FUNGICIDAS BIOLÓGICOS
Redução da densidade de inóculo ou das
atividades determinantes da doença, através de
um ou mais organismos.
1
Antibiose;
2
Competição;
3
Parasitismo;
4
Predação.
41. Entre em contato conosco:
geagraufg.wordpress.com
geagracontato@gmail.com
GEAGRA UFG
@geagraufg
UNINDO CONHECIMENTO EM PROL DA AGRICULTURA!
MECANISMOS DE AÇÃO DE FUNGICIDAS
gabriellatpc@outlook.com