As plantas daninhas são qualquer organismo que esteja vegetando em momento e/ou lugar inapropriado, que irá competir por água, nutriente e luz, causando danos diretos e indiretos sobre a cultura estabelecida, como menor produtividade vegetal, demanda adicional de água, hospedeiros alternativos de pragas e doenças. Deste modo, aumentando o custo com o controle das mesmas. Podemos utilizar alguns tipos de controle como: manejo preventivo, controle cultural, mecânico, físico e químico.
O manejo preventivo é a melhor estratégia, pois, consiste em prevenir a entrada, o estabelecimento e/ou disseminação de determinadas espécies que ainda não estão presentes em determinada área. Como exemplo de controle preventivo podemos citar a limpeza cuidadosa de máquinas e implementos agrícolas e usar sementes certificadas.
No controle cultural usam-se boas práticas agrícolas visando favorecer o crescimento da cultura em detrimento das plantas daninhas, adotando práticas comuns como rotação de culturas, variação de espaçamento e população de plantas e cobertura verde, dentre outras visando assim a supressão das plantas daninhas. Já no controle mecânico os métodos são o arranquio, a capina manual, a roçada e o cultivo mecanizado.
O controle físico consiste no emprego de cobertura morta, solarização, fogo, inundação, dragagem, drenagem e eletricidade para o controle das plantas daninhas. A cobertura morta atuará como barreira física que irá impedir a planta daninha de emergir, já na solarização é utilizada coberturas plásticas que aumentarão a temperatura do solo e, assim, matando a daninha. O fogo que não é mais utilizado devido à devastação da microbiota do solo. A inundação impede que raízes de plantas sensíveis obtenham oxigênio para sobreviver, a dragagem consiste na remoção do lodo que acomete locais com baixo fluxo de água que pode proporcionar o crescimento de determinadas espécies semiaquáticas, e, na drenagem quando retira à água do local as espécies aquáticas não irão sobreviver. Já a utilização da corrente elétrica irá fazer com que aja um acumulo de energia na planta, assim, ocasionando a morte por aquecimento excessivo do conteúdo aquoso da planta.
O controle químico que é o mais empregado, pois utiliza químicos como herbicidas para o controle das plantas daninhas. Neste método, devem ser utilizados herbicidas com seletividade à cultura desejada e também o mecanismo de ação, devido que, ao escolher o melhor que irá atuar naquela planta daninha, a porcentagem de sucesso no controle será maior.
2. 2
• Definição de planta daninha;
• Classificação quanto ao ciclo e habitat;
• Competição entre plantas daninhas e plantas cultivadas;
• Época de interferência na cultura;
• Danos causados na cultura;
• Principais plantas daninhas;
• Estratégias de controle;
• Condições para aplicação.
SUMÁRIO
3. 3
Qualquer organismo vegetal que esteja vegetando em momento e ou
lugar inapropriado.
DEFINIÇÃO DE PLANTA DANINHA
Fonte: Mais soja, 2022 Fonte: Mais soja, 2022
4. 4
CLASSIFICAÇÃO QUANTO AO CICLO
Plantas que
realizam seu ciclo
completo em um
ano.
Germinam no
outono/inverno, produzem
sementes e morrem no
meio do verão.
Exemplo: Nabo
(Raphanus raphanistrum)
Germinam na primavera,
produzem sementes e
morrem no outono.
Exemplo: Caruru
(Amaranthus spp)
6. 6
CLASSIFICAÇÃO QUANTO AO CICLO
Ciclo completo ocorre
em ate dois anos.
Exemplo: Erva macaé
(Leonurus sibiricus)
Perduram por mais de
dois anos.
Exemplo: Tiririca
(Cyperus rotundos)
13. 13
Leiteiro (Euphorbia heterophylla)
• Características
–Ciclo anual;
–Herbácea;
–30 a 80 cm de altura;
–Caule glabro ou pubescente;
–Resistencia a glifosato.
15. 15
Leiteiro (Euphorbia heterophylla)
• Sugestão de controle químico:
–Amplo®;
–Benzatona + Imazamoxi;
–Dose: 1L p.c./ha (1 L de Amplo® equivale a 600 g
i.a. de Bentazona + 28 g i.a. de Imazamoxi);
–Volume de calda: 200-300 L/ha. Numero máximo
de aplicação: 1;
–BASF;
–Vento 5-10 km/h, temperatura menor que 30 UR%
não deve ser menor que 60%;
–R$ 1.165,27 – 5 Litros.
Fonte: Agro rural, 2022
16. 16
Corda-de-viola (Ipomoea spp.)
• Características:
–Ciclo anual;
–Trepadeira, com caule e ramos finos fibrosos e
longos;
–1-3 metros de altura;
–Resistencia a glifosato.
17. 17
Fonte: Guia das suculentas Fontes: Dr. Rafael Pedroso; asb.com.ar, 2022
18. 18
Corda-de-viola (Ipomoea spp.)
• Sugestão de controle químico:
–Amplo®;
–Benzatona + Imazamoxi;
–Dose: 1L p.c./ha (1 L de Amplo® equivale a 600 g
i.a. de Bentazona + 28 g i.a. de Imazamoxi);
–Volume de calda: 200-300 L/ha. Numero máximo
de aplicação: 1;
–BASF;
–Vento 5-10 km/h, temperatura menor que 30 UR%
não deve ser menor que 60%;
–Controle pré-emergente ou pós inicial, antes do
desenvolvimento do hábito trepador;
–R$ 1.165,27 – 5 Litros.
Fonte: Agro rural, 2022
19. 19
Capim-pé-de-galinha (Eleusine indica)
• Características:
–Ciclo anual;
–Herbáceo cespitoso;
–Chega 30 a 70 cm de altura;
–Resistencia a glifosato, fenozaprop,
haloxyfop.
20. 20
Fonte: Grupo de Pesquisa em Plantas Daninhas e Pesticidas
no Ambiente/UFRRJ, 2022
Fonte: Lavoura10, 2022
21. 21
Capim-pé-de-galinha (Eleusine indica)
• Sugestão de controle químico:
–TARGA® MAX;
–QUIZALOFOPE-P-ETÍLICO;
–Dose: 500 a 2000 mL/ha;
–Volume de calda: 150-200 L/ha. Numero
máximo de aplicação: 1 antes do
plantio da cultura;
–IHARA;
–Vento 3-10 km/h, temperatura menor
que 30ºC UR% deve ser acima de 50%;
–R$ 192,83 – 1 Litro.
22. 22
Trapoeraba (Commelina benghalensis)
• Características:
–Ciclo anual;
–Flor de cor azulada;
–Dependendo da espécie pode possuir
folhas mais largas;
–Quando adultas possui cerosidade nas
folhas.
24. 24
Trapoeraba (Commelina benghalensis)
• Sugestão de controle químico:
–DUAL GOLD® ;
–S-METOLACLORO;
–Dose: 1,25 L/ha.
–Volume de calda: 150-300 L/ha. Numero
máximo de aplicação: 1 antes do plantio da
cultura;
–SYNGENTA;
–Vento 5-15 km/h, temperatura menor que
30ºC UR% acima de 55%;
–R$ 408,78 – 5 Litros.
Fonte: Hf sementes, 2022
27. 27
Picão-preto (Bidens pilosa e Bidens subalternans)
• Sugestão de controle químico:
–Amplo®;
–Benzatona + Imazamoxi;
–Dose: 1L p.c./ha (1 L de Amplo® equivale a 600
g i.a. de Bentazona + 28 g i.a. de Imazamoxi);
–Volume de calda: 200-300 L/ha. Numero
máximo de aplicação: 1;
–BASF;
–Vento 5-10 km/h, temperatura menor que 30
UR% não deve ser menor que 60%;
–R$ 1.165,27 – 5 Litros.
Fonte: Agro rural, 2022
30. 30
Guanxuma (Sida spp.)
• Características:
–Ciclo perene;
–Folha com acumulo de tricomas e
ceras;
–O controle deve ser feitos com a planta
pequena.
32. 32
Guanxuma (Sida spp.)
• Sugestão de controle químico:
–Amplo®;
–Benzatona + Imazamoxi;
–Dose: 1L p.c./ha (1 L de Amplo® equivale a 600 g
i.a. de Bentazona + 28 g i.a. de Imazamoxi);
–Volume de calda: 200-300 L/ha. Numero máximo
de aplicação: 1;
–BASF;
–Vento 5-10 km/h, temperatura menor que 30 UR%
não deve ser menor que 60%;
–R$ 1.165,27 – 5 Litros. Fonte: Agro rural, 2022
35. 35
Tiririca (Cyperus spp.)
• Sugestão de controle químico:
–Basagran® 600;
–BENTAZONA (BENTAZONA);
–Dose: 1,6L p.c./ha (1 L de Basagran® 600
equivale a 600 g i.a. de Bentazona);
–Volume de calda: 150-250 L/ha. Numero
máximo de aplicação: 1;
–BASF;
–Vento 5-10 km/h, temperatura menor que 30
UR% não deve ser menor que 60%;
–R$849,00 5 litros.
Fonte: Villa Verde Agro, 2022
36. 36
Buva (Conyza spp.)
• Características:
–Ciclo anual de inverno;
–Caule folhoso e cilíndrico;
–Podem chegar a 2,5 metros de altura.
38. 38
Buva (Conyza spp.)
• Sugestão de controle químico:
–Amplo®;
–Benzatona + Imazamoxi;
–Dose: 1L p.c./ha (1 L de Amplo®
equivale a 600 g i.a. de Bentazona + 28
g i.a. de Imazamoxi);
–Volume de calda: 200-300 L/ha. Numero
máximo de aplicação: 1;
–BASF;
–Vento 5-10 km/h, temperatura menor
que 30 UR% não deve ser menor que
60%;
–R$ 1.165,27 – 5 Litros.
Fonte: Agro rural, 2022
41. 41
Apaga-fogo (Alternanthera tenella)
• Sugestão de controle químico:
–Amplo®;
–Benzatona + Imazamoxi;
–Dose: 1L p.c./ha (1 L de Amplo® equivale a 600 g
i.a. de Bentazona + 28 g i.a. de Imazamoxi);
–Volume de calda: 200-300 L/ha. Numero máximo
de aplicação: 1;
–BASF;
–Vento 5-10 km/h, temperatura menor que 30 UR%
não deve ser menor que 60%;
–R$ 1.165,27 – 5 Litros.
Fonte: Agro rural, 2022
42. 42
Caruru-de-espinho (Amaranthus spinosus)
• Características:
–Ciclo anual;
–Herbácea;
–Caule ereto, muito ramificado e de coloração
ver ou avermelhada;
–Aparece 2 espinhos em casa axila de folha.
44. 44
Caruru-de-espinho (Amaranthus spinosus)
• Sugestão de controle químico:
–GLI OURO;
–Glifosato;
–Dose: 2L p.c./ha (equivale a 720 g i.a. de Glifosato);
–Volume de calda: 200-300 L/ha. Numero máximo de
aplicação: 1;
–OUROFINO;
–Vento 5-10 km/h, temperatura menor que 28ºC, UR%
não deve ser menor que 55%;
–Aplicar na pré-emergência da cultura.
Fonte: Celeiro agricola insumos, 2022
47. 47
Fedegoso (Senna spp.)
• Sugestão de controle químico:
–Glizmax Prime®;
–Glifosato;
–Dose: 2,5 – 4,5 L/ha;
–Volume de calda: 100-200 L/ha. Numero
máximo de aplicação: 1;
–CORTEVA;
–Vento 5-10 km/h, temperatura menor que
28ºC, UR% não deve ser menor que 55%;
–Aplicar na pré-emergência da cultura.
50. 50
Capim-colchão (Digitaria spp.)
• Sugestão de controle químico:
–CLETODIM 240 EC PLS CL1;
–Cletodim;
–Dose: 0,35 – 0,45 L p.c./ha ( 240g/L de i.a);
–¼ de sua capacidade com água limpa e o sistema
de agitação ligado;
–PROVENTIS LIFESCIENCE;
–Vento 3 -10 km/h, temperatura menor que 32ºC, UR%
não deve ser menor que 60%;
–R$ 96,00 – 1 Litro.
53. 53
Poaia-branca (Richardia brasiliensis)
• Sugestão de controle químico:
–Glizmax Prime®;
–Glifosato;
–Dose: 2,0 – 3,0 L/ha;
–Volume de calda: 100-200 L/ha;
–CORTEVA;
–Vento 5-10 km/h, temperatura menor
que 28ºC, UR% não deve ser menor que
55%;
–Aplicar na pré-emergência da cultura.
56. 56
Erva-de-santa-luzia (Chamaesyce hirta)
• Sugestão de controle químico:
–GLI OURO®;
–Glifosato;
–Dose: 2,0 – 4,0 L p.c./ha (720 - 1440 g i.a/ha);
–¼ de sua capacidade com água limpa e o
sistema de agitação ligado;
–Ourofino;
–Vento 3 -10 km/h, temperatura menor que 32ºC,
UR% não deve ser menor que 60%;
–Aplicar na pré-emergência da cultura.
61. 61
CONDIÇÕES PARA APLICAÇÃO
Aplicação antes do
plantio
incorporando o
produto no solo.
Pode ser aplicado
antes ou após a
emergência da
cultura, mas não da
planta daninha.
Realizado após a
emergência da
planta daninha e
antes de interferir
na cultura.
62. 62
CONDIÇÕES PARA APLICAÇÃO
Aplicação quando
as dicotiledôneas
tiverem no máximo
duas folhas e as
monocotiledôneas
ainda não
perfilharam.
Aplicação quando
as dicotiledôneas
estiverem com 4 - 6
folhas e as
monocotiledôneas
3 – 4 perfilhos.
Aplicação quando as
dicotiledôneas
estiverem com estádios
avançados de
desenvolvimento e as
monocotiledôneas 6 - 7
perfilhos.
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