Este documento descreve as diretrizes para o Plano de Gerenciamento de Resíduos de Serviços de Saúde (PGRSS) de acordo com a Resolução RDC no 222/2018 da ANVISA. O documento explica como os resíduos de serviços de saúde devem ser classificados e descartados corretamente de acordo com seu tipo e nível de risco, incluindo a segregação, transporte e destinação final dos diferentes grupos de resíduos.
Aula 6 - Sistema Circulatório cardiovascular - Anatomia humana.pdf
Programa de Gerenciamento de Resíduos Sólidos 2018
1.
2. PGRSS - Plano de Gerenciamento de
Resíduos de Serviços de Saúde
3. Resolução da Diretoria Colegiada - RDC nº 222 de
28/03/2018
Histórico do ato:
• Revoga o(a) Resolução da Diretoria Colegiada -
RDC nº 306 de 07/12/2004
• Altera a Resolução RDC n.º 33, de 25 de fevereiro
de 2003 D.O.U de 05/03/2003
• Altera o(a) Resolução da Diretoria Colegiada -
RDC nº 305 de 14/11/2002
4. O QUE É O PLANO DE GERENCIAMENTO DE
RESÍDUOS DE SERVIÇOS DE SAÚDE – PGRSS ?
• O PGRSS um conjunto de procedimentos de
gestão que visam o correto gerenciamento dos
resíduos produzidos no estabelecimento.
• Esses procedimentos devem ser, planejados e
implementados a partir de bases científicas e
técnicas, normativas e legais, com o objetivo de
minimizar a produção de resíduos e
proporcionar aos resíduos gerados, um
encaminhamento seguro, de forma eficiente,
visando à proteção dos trabalhadores, a
preservação da saúde pública, dos recursos
naturais e do meio ambiente.
5. COMO FAZER O PGRSS
• O PGRSS a ser elaborado deve ser compatível com as
normas locais relativas à manuseio, coleta, transporte
e disposição final dos resíduos gerados nos serviços de
saúde, estabelecidas pelos órgãos locais responsáveis
por estas etapas.
• A elaboração do PGRSS consiste em fazer uma análise
quali e quantitativa de cada resíduo gerado e organizar
sua forma correta de manuseio, da geração até
a destinação final,seguindo a legislação de acordo com
o tipo de resíduo gerado.
6. MICROBIOLOGIA
AULA 2: MICROBIOLOGIA NA ASSISTÊNCIA À SAÚDE
Os resíduos de serviço de saúde (RSS) são descartados de acordo
com normas regulamentadoras da ANVISA1, CONAMA2, ABNT3 e
outros órgãos reguladores.
Os RSS são classificados, de acordo com o tipo de material
e risco oferecido.
Para cada grupo de RSS, um tipo de descarte.
Grupo A – resíduos potencialmente
infectantes;
Grupo B – resíduos químicos;
Grupo C – resíduos radioativos;
Grupo D – resíduos comuns;
Grupo E – resíduos Perfurocortantes.
Classificação de Resíduos de serviços de saúde (RSS)
1 Agência Nacional de Vigilância Sanitária, 2 Conselho Nacional do Meio Ambiente , 3 Associação Brasileira de Normas Técnicas
8. GRUPO A - Potencialmente Infectante
• Resíduos com a possível presença de agentes
biológicos que, por suas características,
podem apresentar risco de infecção.
Subgrupos A
Subgrupo A1
Subgrupo A2
Subgrupo A3
Subgrupo A4
Subgrupo A5
Resolução da Diretoria Colegiada - RDC nº 222
de 28/03/2018
9. Grupo A – Potencialmente Infectante
Grupo A - Subgrupo A1
Culturas e estoques de micro-organismos; resíduos de fabricação de produtos
biológicos, descarte de vacinas de microrganismos; meios de cultura e
instrumentais utilizados; resíduos de laboratórios de manipulação genética
Resíduos resultantes da atividade de ensino e pesquisa ou atenção à saúde
de indivíduos ou animais, com suspeita ou certeza de contaminação
biológica por agentes classe de risco 4
Bolsas transfusionais contendo sangue ou hemocomponentes rejeitadas
por contaminação ou por má conservação, ou com prazo de validade
vencido, e aquelas oriundas de coleta incompleta
Sobras de amostras de laboratório contendo sangue ou líquidos corpóreos,
recipientes e materiais contendo sangue, com suspeita ou certeza de
contaminação biológica por agentes classe de risco 4
A1: Microrgamismos, Sangue, sobras laboratório COM risco 4
10. Carcaças, peças anatômicas, vísceras e outros
resíduos provenientes de ANIMAIS submetidos a
processos de experimentação com inoculação
de microrganismos, bem como suas forrações, e
os cadáveres de animais suspeitos de serem
portadores de microrganismos de relevância
epidemiológica e com risco de disseminação.
A2: Resíduos provenientes de ANIMAIS
com inoculação de microrganismos.
11. Peças anatômicas (membros) do ser humano;
produto de fecundação sem sinais vitais, com peso
menor que 500 gramas ou estatura menor que 25
centímetros ou idade gestacional menor que 20
semanas, que não tenham valor científico ou legal e
não tenha havido requisição pelo paciente ou seus
familiares.
A3: Resíduos provenientes de SERES HUMANOS
12. Kits de linhas arteriais, endovenosas e dialisadores, quando descartados
Sobras de amostras de laboratório e seus recipientes contendo fezes, urina e
secreções, provenientes de pacientes que não contenham e nem sejam
suspeitos de conter agentes classe de risco 4
Resíduos de tecido adiposo proveniente de lipoaspiração, lipoescultura ou
outro procedimento de cirurgia plástica que gere este tipo de resíduo.
Cadáveres, carcaças, peças anatômicas, vísceras e outros resíduos provenientes de
animais não submetidos a processos de experimentação com inoculação de
microrganismos.
A4: Resíduos provenientes de ANIMAIS SEM inoculação de
microrganismos, Sobras laboratório Sem risco 4
13. Órgãos, tecidos e fluidos orgânicos de alta
infectividade para príons, quaisquer
materiais resultantes da atenção à saúde de
indivíduos ou animais que tiveram contato
com órgãos, tecidos e fluidos de alta
infectividade para príons.
A5: alta infectividade para PRÍONS.
Príons: estrutura proteica alterada relacionada como agente
etiológico das diversas formas de encefalite espongiforme;
14. PRÍONS
Proteinaceous Infectious Particles
O que são?
• Príons são moléculas proteicas que possuem propriedades
infectantes. Partículas proteicas infecciosas.
• Tais partículas se distinguem de vírus e bactérias comuns por
serem desprovidos de carga genética.
• Por ser oriundo de uma proteína do sistema nervoso, os príons
afetam exatamente os neurônios.
Como é a transmissão ?
• A infecção pode ocorrer por herança genética, consumo da carne
de animais infectados, aplicação de hormônios, utilização de
instrumentos cirúrgicos contaminados ou por uma mutação casual.
Como é o Diagnostico ?
• E seja qual for o mecanismo de infecção, não há procedimento de
rotina que possa identifica-los.
• sinais e sintomas típicos e a progressão da doença , teste
imunodiagnóstico e/ou neuropatológico de tecidos de cérebro obtidos
em biópsia ou autópsia.
A ingestão de carne de vaca contaminada ou de produtos à base desta é a causa de
uma nova forma da doença de Creutzfeldt-Jakob em uma pequena porcentagem nos
humanos.
15. Patologias em animais e seres humanos ?
• Animais: Encefalopatia Espongiforme Bovina (EEB), conhecida
popularmente como mal da vaca louca. (degeneração evolutiva dos
neurônios de bovinos), que passam a apresentar comportamentos
anormais e morrem dentro de pouco tempo.
• Humanos: Doença De Creutzfeldt-jakob: desordem neurodegenerativa
de rápida progressão e invariavelmente fatal. sintomas iniciais
psiquiátricos, sensoriais e anormalidades neurológicas como demência.
Depois do aparecimento de sintomas neurológicos a doença progride
para um acometimento cognitivo global, movimentos involuntários,
incontinência urinária e imobilidade progressiva, cegueira cortical,
disfagia, levando ao aumento da dependência, falta de contato e
comunicação e outras complicações.
Qual o Tratamento adequado ?
• Alívio dos sintomas e medidas de conforto
• Não há cura para as doenças de príons, que são todas fatais, geralmente
em meses até poucos anos, depois que surgem os sintomas.
• As doenças provocadas por príons não têm cura e são frequentemente
classificadas como encefalopatias espongiformes, devido ao aspecto
esponjoso que o cérebro adquire com a infecção.
16. Praticando...
( ) Peças anatômicas (membros) do ser humano; produto de
fecundação sem sinais vitais,
( ) Resíduos resultantes da atividade de ensino e pesquisa ou atenção
à saúde de indivíduos ou animais, com suspeita ou certeza de
contaminação biológica por agentes classe de risco 4
( ) Cadáveres, carcaças, peças anatômicas, vísceras e outros resíduos
provenientes de animais não submetidos a processos de experimentação
com inoculação de microrganismos.
( ) Sobras de amostras de laboratório e seus recipientes contendo
fezes, urina e secreções, provenientes de pacientes que não contenham
e nem sejam suspeitos de conter agentes classe de risco 4
( ) Órgãos, tecidos e fluidos orgânicos de alta infectividade para príons,
quaisquer materiais resultantes da atenção à saúde de indivíduos ou
animais
( ) Cadáveres, carcaças, peças anatômicas, vísceras e outros resíduos
provenientes de animais não submetidos a processos de experimentação
com inoculação de microrganismos.
1. Grupo A 1 2. Grupo A2
3. Grupo A3 4. Grupo A4;
5. Grupo A5.
3
1
4
4
5
3
17. GRUPO B - produtos químicos
• Resíduos contendo produtos químicos que apresentam
periculosidade à saúde pública ou ao meio ambiente,
dependendo de suas características de inflamabilidade,
corrosividade, reatividade, toxicidade, carcinogenicidade,
teratogenicidade, mutagenicidade e quantidade.
Chamamos de agente
teratogênico tudo aquilo
capaz de produzir dano ao
embrião ou feto durante a
gravidez.
Que agentes podem ser teratogênicos?
- Medicamentos: talidomida, ácido retinóico
- Drogas: álcool, tabaco, cocaína
- Físicos: radiações tipo raio-X, hipertermia (febre)
- Doenças maternas: diabetes, epilepsia
- Outros agentes: vacinas, poluição ambiental,
algumas ocupações
18. GRUPO C - resíduos radioativos
Qualquer material que contenha radionuclídeo
em quantidade superior aos níveis de dispensa
especificados em norma da CNEN e para os
quais a reutilização é imprópria ou não prevista.
- Enquadra-se neste grupo o rejeito radioativo,
proveniente de laboratório de pesquisa e ensino
na área da saúde, serviço de medicina nuclear e
radioterapia.
19. GRUPO D Resíduos Comuns
• Resíduos que não apresentam risco biológico, químico ou
radiológico à saúde ou ao meio ambiente, podendo ser
equiparados aos resíduos domiciliares.
Exemplos de Resíduos Comuns:
• Papel de uso sanitário e fralda, absorventes higiênicos, peças
descartáveis de vestuário, gorros e máscaras descartáveis,
resto alimentar de paciente,
• Sobras de alimentos e do preparo de alimentos.
• Resto alimentar de refeitório.
• Resíduos provenientes das áreas administrativas.
• Resíduos de gesso provenientes de assistência à saúde.
• Resíduos recicláveis sem contaminação biológica, química e
radiológica associada.
20. GRUPO E - Materiais perfurocortantes
• Materiais perfurocortantes, tais como:
lâminas de barbear, agulhas, escalpes,
ampolas de vidro, brocas, limas
endodônticas, pontas diamantadas, lâminas
de bisturi, lancetas; tubos capilares;
ponteiras de micropipetas; lâminas e
lamínulas; espátulas; e todos os utensílios de
vidro quebrados no laboratório (pipetas,
tubos de coleta sanguínea e placas de Petri)
e outros similares.
22. MICROBIOLOGIA
AULA 2: MICROBIOLOGIA NA ASSISTÊNCIA À SAÚDE
Descarte de resíduos de saúde
GRUPO A GRUPO B GRUPO C GRUPO D GRUPO E
Exemplos: restos de
órgãos, bolsas de
sangue, vacinas etc.
Descarte: saco
plástico branco
leitoso, resistente e
impermeável
Destino: Incineração
Exemplos: reagentes
de laboratório,
medicamentos etc.
Descarte: manter na
embalagem original
Destino: devolvido
ao fabricante ou
coleta especial
Exemplos: agulhas,
lâminas de
microscopia,
lancetas, lâminas de
bisturi
Descarte: recipientes
coletores rígidos
Destino: Incineração
Exemplos: papel,
luvas, máscaras
descartáveis,
alimentos, madeira
etc.
Descarte: saco
plástico resistente e
impermeável. Alguns
podem ser reciclados
Destino: Incineração
Exemplos: resíduos
de quimioterapia,
radioterapia, raio x
etc.
Descarte: recipiente
protegido com
chumbo
Destino: Coleta
especial / CNEN
23. Coleta e transporte interno
• O transporte interno dos RSS deve
ser realizado atendendo a rota e a
horários previamente definidos, em
coletor identificado .
• O coletor utilizado para transporte
interno deve ser constituído de
material liso, rígido, lavável,
impermeável, provido de tampa
articulada ao próprio corpo do
equipamento, cantos e bordas
arredondados.