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Biossegurança e organismos
geneticamente modificados
(OGM)
Biossegurança

 A Biossegurança é um conjunto de ações,
regras e procedimentos voltados para a
prevenção, controle e minimização de
riscos advindos da prática de diferentes
tecnologias, seja na clínica, em laboratório ou
no meio ambiente (lato sensu).

 No Brasil, restringe-se a manipulação e
utilização seguras de todo organismo vivo
modificado por engenharia genética (OGM).
(Site CTNBio http://www.ctnbio.gov.br)
OGM = “todo organismo (microrganismo,
animal ou vegetal) cujo genoma (DNA ou RNA)
tenha sido modificado por qualquer técnica de
engenharia genética.”
Portanto, exclui: técnicas de fusão celular,
mutantes naturais ou induzidas por agentes
naturais, clonagem de organismos, etc.
BIOSSEGURANÇA NO BRASIL

O genoma de um determinado organismo pode ser
modificado por:

introdução de genes exógenos;

eliminação de genes do genoma do organismo manipulado;

 remanejamento dos próprios genes do organismo: “todo
organismo (microrganismo, animal ou vegetal) cujo genoma
(DNA ou RNA) tenha sido modificado por qualquer técnica
de engenharia genética.”
Portanto, exclui: técnicas de fusão celular, mutantes naturais
ou induzidas por agentes naturais, clonagem de organismos,
etc.
http://new.paho.org/bra/images/publicacoes/marco%20legal%20web.pdf
A coleção institucional do Ministério
da Saúde pode ser acessada na
íntegra na Biblioteca Virtual em
Saúde do Ministério da Saúde:
http://saude.gov.br/bvs
Graus de risco biológico dos OGMs
Os OGMs são classificados em quatro
classes (de 1 a 4), de acordo com o grau
de risco que oferecem à saúde humana,
de animais ou ao meio ambiente.
RISCOS BIOLÓGICOS
Natureza do agente
 Agentes patogênicos selvagens;
 Agentes patogênicos atenuados;
 Agentes patogênicos que sofreram processo de recombinação;
As principais vias de contaminação biológica:
 a via cutânea ou percutânea (com ou sem lesões),
 a via respiratória (aerossóis),
 a via conjuntival e a via oral.
Esses riscos são avaliados em função:
 do poder patogênico do agente infeccioso,
 da sua resistência no meio ambiente,
 do modo e da intensidade (dose) da contaminação,
 do estado de defesa imunitária do manipulador,
 da possibilidade de tratamento preventivo e curativo eficazes.
As classificações de risco existentes (OMS, NIH, CTNBio):
•Classe 1 - agentes de baixo ou nenhum risco para o manipulador, nem
para a comunidade (ex.: E. coli, B. subtilis);
•Classe 2 – agentes com risco MODERADO para o manipulador e
BAIXO para a comunidade e há sempre um tratamento preventivo
(ex.: bactérias - Clostridium tetani, Klebsiella pneumoniae,
Staphylococcus aureus; vírus - Epstein-Barr (EBV), herpes; fungos -
Candida albicans; parasitas - Plasmodium, Schistosoma);
•Classe 3 - agentes que apresentam risco GRAVE para o manipulador e
MODERADO para a comunidade, sendo que as lesões ou sinais clínicos são
graves e nem sempre há tratamento (ex.: bactérias - Bacillus anthracis, Brucella,
Chlamydia psittaci, Mycobacterium tuberculosis; vírus - hepatites B e C, HTLV 1 e 2,
HIV, febre amarela, dengue; fungos - Blastomyces dermatiolis, Histoplasma);
•Classe 4 - agentes que apresentam risco GRAVE tanto para o manipulador
como para a comunidade, não existe tratamento e os riscos em caso de
propagação são bastante graves (ex.: vírus de febres hemorrágicas - ebola).
Níveis de Biossegurança

 Condições (instalações físicas, equipamentos e
procedimentos) nas quais os OGMs podem ser
manipulados com segurança.

 Quatro Níveis de Biossegurança (NB), crescentes do
menor para o maior grau de contenção e complexidade
do nível de proteção:
OGM
tipo:
1 2 3 4
Laborat.
Nível:
NB-1 NB-2 NB-3 NB-4
http://www.ib.unicamp.br/comissoes/cibio_principal
Níveis de Biossegurança
Cada nível de Biossegurança pressupõe o
atendimento de condições particulares à classe
de risco biológico do OGM manipulado, no que
diz respeito a:

Práticas microbiológicas

Práticas laboratoriais especiais

Equipamentos de contenção

Instalações laboratoriais
•Conhecimento dos riscos pelo manipulador;
•Conhecimento das pessoas envolvidas na
manipulação sobre contaminação e biologia do
microrganismo ou vetor com o qual se trabalha;
•Conhecimento e respeito às regras gerais de
segurança:
MEDIDAS DE SEGURANÇA
1 Boas Práticas de Laboratório
2 Uso de EPI e EPC
2 Utilização da capela/cabine de fluxo laminar corretamente;
3 Autoclavagem de material biológico patogênico, antes de
eliminá-lo no lixo;
4 Utilização de desinfetante apropriado para inativação de um
agente específico.
EPIs e EPCs
EPI: sapatos/botinas, avental, luvas descartáveis (e/ou
lavagem das mãos antes e após a manipulação), máscara,
óculos de proteção ou viseira (para evitar aerossóis ou
projeções, nos olhos), capacete, cinto de segurança,
abafadores de ruído, etc.
EPC: Sinalizadores de segurança, Extintores de incêndio,
Lava-olhos, Chuveiros de segurança, Exaustores, Redes
de Proteção, Kit de primeiros socorros, etc
http://www.ib.unicamp.br/comissoes/cibio_principal
Bactérias (OGM)
. produção de insulina humana e outras proteínas
recombinantes;
. bio-remediação (neutralizar agrotóxicos, metais pesados, etc...)
No reino Vegetal (VGM)
. resistência à herbicidas, pragas (insetos e fungos e vírus);
. características nutricionais melhoradas;
. síntese de produtos especiais (vacinas, hormônios,
anticorpos, plásticos, ...)
APLICAÇÕES DOS OGMs
No reino Animal (AnGM)
. produção de alimentos melhorados;
. produção de substâncias de interesse
farmacêutico;
. tornar inofensivos insetos transmissores de
doenças;
. crescimento mais rápido (ex.: peixes)
OGMs: vantagens
J Broach Biosafety SBBq 2007
Duas maneiras de obter uma vaca com
mais carne magra:
Tradicional:
- Amostras de 1 bilhão de vacas
- Sequenciamento de DNA
- identificar a mutação espontânea (G para A)
- Usa os animais mutantes como reprodutores
Engenharia Genética:
- Usa equipamentos de síntese de DNA com a mutação
desejada
- Altera o DNA de células-tronco bovina
- Converte as células modificadas em embrião
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- Usa os embriões nascidos como reprodutores
• Utilização dos animais transgênicos como biorreatores
• Estudo da regulação e da expressão gênica
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• Introdução de novas características importantes economicamente (ex.
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Animais Transgênicos
Animais Transgênicos
Detergentes
As enzimas auxiliam na
remoção de manchas,
sem danificar as fibras e
renovando as cores dos
tecidos, além de ser um
produto natural e 100%
biodegradável.
Papel
As enzimas podem reduzir
drasticamente a quantidade
de cloro necessária para o
branqueamento do papel.
Logo estará disponível uma
enzima que vai ser capaz de
eliminar por completo o uso
do cloro.
Enzimas produzidas por OGMs
para muitas aplicações
Panificação
Utilizando-se enzimas na
preparação do pão, o
processo de
envelhecimento pode ser
retardado, mantendo o pão
"fresco" por mais tempo.
Sucos e Vinhos
Utilizadas para aumentar a
produtividade na extração
da polpa das frutas e para
melhorar a cor e aroma dos
vinhos.
Enzimas para muitas aplicações
Bt: Bacillus Turigiensis
OGMs/TRANSGÊNICOS
Preocupações de Biossegurança
AMBIENTAL -Transferência de genes para espécies
próximas, efeitos indesejáveis sobre outras espécies,
vantagem adaptativa sobre as espécies silvestres
(extinção, redução da biodiversidade), etc
SAÚDE HUMANA -potencial alergênico e
toxicológico dos OGMs e de alimentos produzidos
com OGMs.
Avaliação de risco
Competência técnica (CTNBio) para
avaliação e ponderação das possíveis
conseqüências do uso da biotecnologia

 PRINCÍPIO DA PRECAUÇÃO: “Ausência de evidência”
não pode ser tomada como “evidência da ausência”

 Rigor na contenção, precaução e prevenção, para
evitar acidentes indesejáveis à saúde humana e ao
meio ambiente
http://ctnbio.mcti.gov.br/resolucoes-normativas
Resolução Normativa Nº 01, De 20 De Junho De 2006
Dispõe sobre a instalação e o funcionamento das Comissões Internas de
Biossegurança (CIBios) e sobre os critérios e procedimentos para requerimento,
emissão, revisão, extensão, suspensão e cancelamento do Certificado de
Qualidade em Biossegurança (CQB).
A Comissão Técnica Nacional de Biossegurança (CTNBio), no uso de suas
atribuições legais e regulamentares, resolve:
CAPÍTULO I -disposições preliminares
CAPÍTULO II -da comissão interna de biossegurança
CAPÍTULO III -do técnico principal
CAPÍTULO IV -do certificado de qualidade em biossegurança (CQB)
CAPÍTULO V -disposições finais e transitórias
ANEXO -Informações necessárias para obtenção do Certificado de Qualidade
em Biossegurança -CQB.
D E C L A R A Ç Ã O
REQUERIMENTO DE AUTORIZAÇÃO PARA ATIVIDADES EM CONTENÇÃO COM
OGM E SEUS DERIVADOS
Resolução Normativa Nº 2, de 27 de novembro de 2006
Dispõe sobre a classificação de riscos de Organismos Geneticamente Modificados
(OGM) e os níveis de biossegurança a serem aplicados nas atividades e projetos com
OGM e seus derivados em contenção.
A Comissão Técnica Nacional de Biossegurança – CTNBio, no uso de suas atribuições
legais e regulamentares, resolve:
CAPÍTULO I – Disposições Gerais
CAPÍTULO II -da apresentação de proposta de atividades e projetos com OGM em
contenção
CAPÍTULO III -da ocorrência de acidente ou de liberação acidental
CAPÍTULO V -dos níveis de biossegurança
CAPÍTULO IV -da classificação de risco
CAPÍTULO VI -dos níveis de biossegurança em grande escala
CAPÍTULO VII -das instalações físicas e procedimentos em contenção para
atividades e projetos com vegetais geneticamente modificados
CAPÍTULO VIII -das instalações físicas e procedimentos em contenção para
atividades e projetos com animais geneticamente modificados
BIOSSEGURANÇA NO BRASIL
A Unicamp possui várias CIBios (Instituto de Biologia,
Química, FCM, CBMEG, CEMIB, Hemocentro, FOP,
FCA) com Certificados de Qualidade em Biossegurança
(CQB).
OERF
Interesse
nacional no
uso
comercial
(Orgãos e entidades de registro e fiscalização: ANVISA)
Lei nº 11.105, de 24 de março de 2005
PNBS (Política nacional de biossegurança)
CNBS CTNBio CIBio

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biossegurança e Organismos Geneticamente Modificados

  • 2. Biossegurança   A Biossegurança é um conjunto de ações, regras e procedimentos voltados para a prevenção, controle e minimização de riscos advindos da prática de diferentes tecnologias, seja na clínica, em laboratório ou no meio ambiente (lato sensu).   No Brasil, restringe-se a manipulação e utilização seguras de todo organismo vivo modificado por engenharia genética (OGM). (Site CTNBio http://www.ctnbio.gov.br)
  • 3. OGM = “todo organismo (microrganismo, animal ou vegetal) cujo genoma (DNA ou RNA) tenha sido modificado por qualquer técnica de engenharia genética.” Portanto, exclui: técnicas de fusão celular, mutantes naturais ou induzidas por agentes naturais, clonagem de organismos, etc.
  • 4. BIOSSEGURANÇA NO BRASIL  O genoma de um determinado organismo pode ser modificado por:  introdução de genes exógenos;  eliminação de genes do genoma do organismo manipulado;   remanejamento dos próprios genes do organismo: “todo organismo (microrganismo, animal ou vegetal) cujo genoma (DNA ou RNA) tenha sido modificado por qualquer técnica de engenharia genética.” Portanto, exclui: técnicas de fusão celular, mutantes naturais ou induzidas por agentes naturais, clonagem de organismos, etc.
  • 5. http://new.paho.org/bra/images/publicacoes/marco%20legal%20web.pdf A coleção institucional do Ministério da Saúde pode ser acessada na íntegra na Biblioteca Virtual em Saúde do Ministério da Saúde: http://saude.gov.br/bvs
  • 6. Graus de risco biológico dos OGMs Os OGMs são classificados em quatro classes (de 1 a 4), de acordo com o grau de risco que oferecem à saúde humana, de animais ou ao meio ambiente.
  • 7. RISCOS BIOLÓGICOS Natureza do agente  Agentes patogênicos selvagens;  Agentes patogênicos atenuados;  Agentes patogênicos que sofreram processo de recombinação; As principais vias de contaminação biológica:  a via cutânea ou percutânea (com ou sem lesões),  a via respiratória (aerossóis),  a via conjuntival e a via oral. Esses riscos são avaliados em função:  do poder patogênico do agente infeccioso,  da sua resistência no meio ambiente,  do modo e da intensidade (dose) da contaminação,  do estado de defesa imunitária do manipulador,  da possibilidade de tratamento preventivo e curativo eficazes.
  • 8. As classificações de risco existentes (OMS, NIH, CTNBio): •Classe 1 - agentes de baixo ou nenhum risco para o manipulador, nem para a comunidade (ex.: E. coli, B. subtilis); •Classe 2 – agentes com risco MODERADO para o manipulador e BAIXO para a comunidade e há sempre um tratamento preventivo (ex.: bactérias - Clostridium tetani, Klebsiella pneumoniae, Staphylococcus aureus; vírus - Epstein-Barr (EBV), herpes; fungos - Candida albicans; parasitas - Plasmodium, Schistosoma); •Classe 3 - agentes que apresentam risco GRAVE para o manipulador e MODERADO para a comunidade, sendo que as lesões ou sinais clínicos são graves e nem sempre há tratamento (ex.: bactérias - Bacillus anthracis, Brucella, Chlamydia psittaci, Mycobacterium tuberculosis; vírus - hepatites B e C, HTLV 1 e 2, HIV, febre amarela, dengue; fungos - Blastomyces dermatiolis, Histoplasma); •Classe 4 - agentes que apresentam risco GRAVE tanto para o manipulador como para a comunidade, não existe tratamento e os riscos em caso de propagação são bastante graves (ex.: vírus de febres hemorrágicas - ebola).
  • 9. Níveis de Biossegurança   Condições (instalações físicas, equipamentos e procedimentos) nas quais os OGMs podem ser manipulados com segurança.   Quatro Níveis de Biossegurança (NB), crescentes do menor para o maior grau de contenção e complexidade do nível de proteção: OGM tipo: 1 2 3 4 Laborat. Nível: NB-1 NB-2 NB-3 NB-4
  • 11. Níveis de Biossegurança Cada nível de Biossegurança pressupõe o atendimento de condições particulares à classe de risco biológico do OGM manipulado, no que diz respeito a:  Práticas microbiológicas  Práticas laboratoriais especiais  Equipamentos de contenção  Instalações laboratoriais
  • 12. •Conhecimento dos riscos pelo manipulador; •Conhecimento das pessoas envolvidas na manipulação sobre contaminação e biologia do microrganismo ou vetor com o qual se trabalha; •Conhecimento e respeito às regras gerais de segurança: MEDIDAS DE SEGURANÇA 1 Boas Práticas de Laboratório 2 Uso de EPI e EPC 2 Utilização da capela/cabine de fluxo laminar corretamente; 3 Autoclavagem de material biológico patogênico, antes de eliminá-lo no lixo; 4 Utilização de desinfetante apropriado para inativação de um agente específico.
  • 13. EPIs e EPCs EPI: sapatos/botinas, avental, luvas descartáveis (e/ou lavagem das mãos antes e após a manipulação), máscara, óculos de proteção ou viseira (para evitar aerossóis ou projeções, nos olhos), capacete, cinto de segurança, abafadores de ruído, etc. EPC: Sinalizadores de segurança, Extintores de incêndio, Lava-olhos, Chuveiros de segurança, Exaustores, Redes de Proteção, Kit de primeiros socorros, etc http://www.ib.unicamp.br/comissoes/cibio_principal
  • 14. Bactérias (OGM) . produção de insulina humana e outras proteínas recombinantes; . bio-remediação (neutralizar agrotóxicos, metais pesados, etc...) No reino Vegetal (VGM) . resistência à herbicidas, pragas (insetos e fungos e vírus); . características nutricionais melhoradas; . síntese de produtos especiais (vacinas, hormônios, anticorpos, plásticos, ...)
  • 15. APLICAÇÕES DOS OGMs No reino Animal (AnGM) . produção de alimentos melhorados; . produção de substâncias de interesse farmacêutico; . tornar inofensivos insetos transmissores de doenças; . crescimento mais rápido (ex.: peixes)
  • 16. OGMs: vantagens J Broach Biosafety SBBq 2007
  • 17. Duas maneiras de obter uma vaca com mais carne magra: Tradicional: - Amostras de 1 bilhão de vacas - Sequenciamento de DNA - identificar a mutação espontânea (G para A) - Usa os animais mutantes como reprodutores Engenharia Genética: - Usa equipamentos de síntese de DNA com a mutação desejada - Altera o DNA de células-tronco bovina - Converte as células modificadas em embrião - Implanta embriões nas vacas - Usa os embriões nascidos como reprodutores
  • 18. • Utilização dos animais transgênicos como biorreatores • Estudo da regulação e da expressão gênica • Geração de modelos animais para estudos biomédicos • Introdução de novas características importantes economicamente (ex. salmão transgênico cresce 10 x mais) Animais Transgênicos
  • 20. Detergentes As enzimas auxiliam na remoção de manchas, sem danificar as fibras e renovando as cores dos tecidos, além de ser um produto natural e 100% biodegradável. Papel As enzimas podem reduzir drasticamente a quantidade de cloro necessária para o branqueamento do papel. Logo estará disponível uma enzima que vai ser capaz de eliminar por completo o uso do cloro. Enzimas produzidas por OGMs para muitas aplicações
  • 21. Panificação Utilizando-se enzimas na preparação do pão, o processo de envelhecimento pode ser retardado, mantendo o pão "fresco" por mais tempo. Sucos e Vinhos Utilizadas para aumentar a produtividade na extração da polpa das frutas e para melhorar a cor e aroma dos vinhos. Enzimas para muitas aplicações
  • 23.
  • 24.
  • 25.
  • 26.
  • 27.
  • 28. OGMs/TRANSGÊNICOS Preocupações de Biossegurança AMBIENTAL -Transferência de genes para espécies próximas, efeitos indesejáveis sobre outras espécies, vantagem adaptativa sobre as espécies silvestres (extinção, redução da biodiversidade), etc SAÚDE HUMANA -potencial alergênico e toxicológico dos OGMs e de alimentos produzidos com OGMs.
  • 29. Avaliação de risco Competência técnica (CTNBio) para avaliação e ponderação das possíveis conseqüências do uso da biotecnologia   PRINCÍPIO DA PRECAUÇÃO: “Ausência de evidência” não pode ser tomada como “evidência da ausência”   Rigor na contenção, precaução e prevenção, para evitar acidentes indesejáveis à saúde humana e ao meio ambiente
  • 31. Resolução Normativa Nº 01, De 20 De Junho De 2006 Dispõe sobre a instalação e o funcionamento das Comissões Internas de Biossegurança (CIBios) e sobre os critérios e procedimentos para requerimento, emissão, revisão, extensão, suspensão e cancelamento do Certificado de Qualidade em Biossegurança (CQB). A Comissão Técnica Nacional de Biossegurança (CTNBio), no uso de suas atribuições legais e regulamentares, resolve: CAPÍTULO I -disposições preliminares CAPÍTULO II -da comissão interna de biossegurança CAPÍTULO III -do técnico principal CAPÍTULO IV -do certificado de qualidade em biossegurança (CQB) CAPÍTULO V -disposições finais e transitórias ANEXO -Informações necessárias para obtenção do Certificado de Qualidade em Biossegurança -CQB. D E C L A R A Ç Ã O REQUERIMENTO DE AUTORIZAÇÃO PARA ATIVIDADES EM CONTENÇÃO COM OGM E SEUS DERIVADOS
  • 32. Resolução Normativa Nº 2, de 27 de novembro de 2006 Dispõe sobre a classificação de riscos de Organismos Geneticamente Modificados (OGM) e os níveis de biossegurança a serem aplicados nas atividades e projetos com OGM e seus derivados em contenção. A Comissão Técnica Nacional de Biossegurança – CTNBio, no uso de suas atribuições legais e regulamentares, resolve: CAPÍTULO I – Disposições Gerais CAPÍTULO II -da apresentação de proposta de atividades e projetos com OGM em contenção CAPÍTULO III -da ocorrência de acidente ou de liberação acidental CAPÍTULO V -dos níveis de biossegurança CAPÍTULO IV -da classificação de risco CAPÍTULO VI -dos níveis de biossegurança em grande escala CAPÍTULO VII -das instalações físicas e procedimentos em contenção para atividades e projetos com vegetais geneticamente modificados CAPÍTULO VIII -das instalações físicas e procedimentos em contenção para atividades e projetos com animais geneticamente modificados
  • 33. BIOSSEGURANÇA NO BRASIL A Unicamp possui várias CIBios (Instituto de Biologia, Química, FCM, CBMEG, CEMIB, Hemocentro, FOP, FCA) com Certificados de Qualidade em Biossegurança (CQB). OERF Interesse nacional no uso comercial (Orgãos e entidades de registro e fiscalização: ANVISA) Lei nº 11.105, de 24 de março de 2005 PNBS (Política nacional de biossegurança) CNBS CTNBio CIBio